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Para comemorar 120º aniversário do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Japão-Brasil, o príncipe Akishino – filho mais novo e segundo na linha de sucessão ao Trono de Crisântemo do imperador Akihito –, acompanhado da esposa, princesa Kiko, vem ao Brasil para uma visita de 12 dias. O casal real japonês estará em Belém nos dias 3 e 4 de novembro.

A última vez que o príncipe esteve no Brasil foi em 1988, para conhecer o Laboratório de Herpologia e o Museu Biológico em São Paulo. Akishino é biólogo e doutor ornitologia – ramo da biologia que estuda aves a partir da distribuição delas na Terra.

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Em maio deste ano, o embaixador do Japão, Kunio Umeda, agradeceu pela homenagem prestada ao seu país na 19ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém. Na ocasião foram articuladas parcerias entre Pará e Japão para desenvolvimento econômico e nas áreas de educação e segurança, reforçando colaborações já existentes. 

A presença de japoneses no Pará completa 86 anos em 2015. Nas últimas décadas, a parceria entre o Estado e o país oriental aumentou. “Nas décadas de 70 e 80, estabelecemos um dos projetos chamados binacionais. Pela Albrás, o Pará exporta alumínio para o mercado japonês”, disse o cônsul do Japão em Belém, Masahiko Kobayashi.

Colônia - Atualmente, o Brasil comporta a maior comunidade japonesa fora do Japão, com cerca de 1,5 milhões de pessoas. O Pará abriga a terceira maior colônia do país, concentrada, sobretudo, na região nordeste do Estado.

O primeiro grupo de japoneses a desembarcar em Belém, em setembro de 1929, era formado por 43 famílias, contabilizando 189 pessoas. O fluxo de imigração japonesa em direção ao Estado ocorreu ao longo do século XX, especialmente nos períodos de 1929 a 1937 e de 1952 a 1962.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, disse que muitos dos afegãos que chegam ao país devem ser mandados de volta para casa. Segundo ele, a Alemanha e outras nações ocidentais investiram milhões em ajuda ao desenvolvimento no Afeganistão, bem como enviaram soldados e policiais para treinar as forças locais, e que o governo afegão concorda com Berlim que os cidadãos devem ficar e ajudar a reconstruir o país.

De Maiziere disse que "as pessoas que vêm do Afeganistão não podem esperar que poderão ficar". A Alemanha implementou um plano para acelerar o processo de asilo para aqueles que fogem de guerras civis, como os sírios, para acomodá-los mais rapidamente. O país está, porém, simultaneamente acelerando as decisões sobre aqueles que têm argumentos mais fracos para pedir asilo. O ministro alemão disse que os afegãos serão considerados caso a caso.

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O ministro do Interior alemão comentou ainda o fato de que a Áustria construiu uma cerca, para controlar o fluxo de pessoas que chegam ao país. Segundo ele, autoridades austríacas precisam cooperar mais com as alemãs nesse assunto. Fonte: Associated Press.

O presidente da Eslovênia, Borut Pahor, afirmou que, se a cúpula de emergência da União Europeia, marcada para domingo, não produzir uma solução aceitável para a crise imigratória, o país vai agir por conta própria.

"A Eslovênia não pode se tornar um local onde os refugiados ficam presos se as fronteiras da Áustria e da Alemanha fecharem, porque o país não consegue lidar com isso", afirmou em discurso, segundo a agência estatal STA, sem oferecer detalhes do que faria.

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No entanto, fontes ligadas ao governo disseram que, para conter a onda migratória, o país pode levantar uma cerca ao longo da fronteira com a Croácia.

O discurso do primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borisov, foi na mesma linha que o do líder esloveno. Para ele, seu país, a Sérvia e a Romênia não podem se tornar "zonas-tampão" caso os demais países se recusem a receber imigrantes.

"Não vamos expor nossos países à pressão devastadora dos milhões que querem entrar aqui", disse.

Neste domingo, líderes de Áustria, Bulgária, Croácia, Alemanha, Grécia, Hungria, Romênia e Eslovênia participam de um encontro em Bruxelas para discutir a crise imigratória. Os governos da Macedônia e da Sérvia, que não fazem parte da União Europeia, também foram convidados para o encontro. Fonte: Associated Press.

Autoridades eslovenas advertiram neste domingo que a capacidade do país em lidar com o aumento do fluxo de imigrantes está sob pressão. O fechamento da fronteira entre a Hungria e a Croácia levou milhares de pessoas a procurar por nova rota, com objetivo de chegar no norte da Europa.

Cerca de 3,3 mil migrantes entraram na Eslovênia no sábado, dos quais 600 foram recebidos pela Áustria, disse Srecko Sestan, o chefe da força de proteção civil da Eslovênia.

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Autoridades disseram que a Eslovênia estava lidando com o aumento do fluxo, mas que dependia da possibilidade de os migrantes passarem pela Áustria. Em entrevista coletiva, o secretário de Estado do Ministério do Interior esloveno Bostjan Sefic afirmou que o país é capaz de lidar com cerca de 2,5 mil migrantes por dia, mas recebeu um pedido da vizinha Croácia para permitir a entrada de 5 mil imigrantes.

Ele também alertou sobre relatos de que 15 mil a 20 mil pessoas estavam a caminho da Grécia para os Balcãs Ocidentais. Caso os números de imigrantes subam acentuadamente, "nesse caso, eu gostaria de salientar que não podemos falar de um Estado que funcione sem problemas", disse Sefic.

O governo esloveno advertiu no sábado que poderia deslocar os militares para suas fronteiras, com o objetivo de ajudar a polícia a gerenciar o fluxo de imigrantes.

Enquanto isso, nem um único imigrante entrou na Hungria a partir de Croácia desde o fechamento da fronteira, no início de sábado, para pessoas sem documentos de viagem necessários e vistos, de acordo com o chefe do conselho de segurança Gyorgy Bakondi.

Para conter eventual entrada dos imigrantes na Hungria a partir da Eslovênia, a Hungria restabeleceu controles temporários nas fronteiras no seu curto trecho de fronteira com a Eslovênia, disse o governo da Hungria, acrescentando que notificou o Ministério de Relações Exteriores da Eslovênia e a Comissão Europeia sobre a medida. Fonte: Dow Jones Newswires.

Cerca de dois mil imigrantes estão esperando para fazer a travessia da Sérvia para a Croácia, em meio ao cansaço e falta de suprimentos, de acordo com Jan Pinos, que faz parte de um grupo de voluntários da República Checa. O voluntário comparou a travessia entre os dois países dos Balcãs a uma "barragem no rio".

Milhares ficaram presos na Sérvia e na Croácia no domingo após a Hungria fechar a sua fronteira com a Croácia, empurrando o fluxo para uma rota muito mais lenta via Eslovênia.

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Pinos disse que "o novo sistema, o novo fluxo do rio de refugiados através da Eslovênia não funciona ainda". Ele acrescentou que a capacidade desta nova jornada não é suficiente.

A Eslovênia disse que só vai levar 2,5 mil pessoas por dia, deixando muitos esperando para seguir em frente. Pinos afirmou que os refugiados estavam esperando por muitas horas e eles estão esgotados. Fonte: Associated Press.

O Senado aprovou leis mais rígidas para asilo na Alemanha nesta sexta-feira (16), no momento em que o país busca lidar com o grande número de imigrantes que entra na maior economia da Europa.

Berlim espera que entre 800 mil e 1 milhão de pessoas cheguem à Alemanha neste ano, com a intenção de pedir asilo. O total representa quase 1% da população do país. Autoridades disseram que até 10 mil pessoas buscam abrigo na Alemanha a cada dia.

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As novas regras reduzirão os benefícios em dinheiro pagos aos que buscam asilo, aceleram a revisão desses pedidos, agilizam a partida dos que tiverem seus pedidos rejeitados e dificultam que cidadãos de Albânia, Kosovo e Montenegro se tornem refugiados.

O governo também destinou cerca de 6 bilhões de euros em dinheiro extra para lidar com os crescentes custos relacionados a essa questão neste ano e no seguinte. Isso deve em grande medida beneficiar os 16 Estados federais alemães, que reclamam da crescente pressão sobre suas contas.

A aprovação também acontece após os líderes da União Europeia discutirem medidas para conter o fluxo de imigrantes no continente. Os planos incluem fortalecer o controle fronteiriço na UE, a criação de áreas onde imigrantes possam ser rapidamente registrados e a contratação de pessoas para enviar de volta aqueles que não se qualificam para asilo. Fonte: Dow Jones Newswires.

"Desierto", longa-metragem do mexicano Jonás Cuarón que narra a assustadora viagem de imigrantes aos Estados Unidos, tem como produtores o pai do diretor, o também cineasta Alfonso Cuarón, e seu tio Carlos.

"Estava muito interessado em documentar a emigração da qual o filme fala, mas estava interessado em fazer isto com um filme de gênero porque acredito que é um modo de atrair um público maior", disse à AFP Jonás Cuarón, de 34 anos.

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O filho de Alfonso Cuarón, que escreveu com o pai o roteiro de "Gravidade", conversou com a AFP em um hotel de Londres pouco antes da estreia europeia de "Desierto", seu segundo longa-metragem, no festival de cinema da capital inglesa.

Inspirado nos filmes de suspense com poucos diálogos, Jonás Cuarón apresenta uma perseguição sem trégua nem concessões, onde não há prêmio de consolação - a morte ou uma vida melhor -, e com o mexicano Gael García Bernal (Moisés) e o americano Jeffrey Dean Morgan (Sam) como protagonistas.

O filme duro, violento, que ganha intensidade quando os emigrantes são atingidos pelos tiros de Sam ou perseguidos pelos cães, tem uma forte ressonância com o que aconteceu nos últimos meses na Europa, com a chegada de milhares de refugiados sírios.

"Evidentemente, o filme está ambientado na fronteira entre México e Estados Unidos, mas eu queria que fosse o mais universal possível", disse, antes de destacar que o contexto europeu atual "o torna mais oportuno".

"A emigração é um tema universal e atemporal. Obviamente agora está ainda mais atual que o habitual", opinou o diretor, que chama sua obra de "filme político".

Moisés tenta entrar nos Estados Unidos para encontrar o filho. O roteiro trata do choque entre dois destinos, o dele e o de Sam, um autoproclamado defensor do que considera "sua terra" americana.

"O problema do racismo nos Estados Unidos é que existem pessoas em uma posição vulnerável e, quando encontram o discurso racista por meio dos políticos e da imprensa, isto os leva a cruzar a linha", afirma sobre o personagem Sam.

Tema de família

Seu pai Alfonso Cuarón, coprodutor do filme com o irmão Carlos, acredita que a originalidade do filme está no fato de que "o habitual é ver um americano vulnerável perseguido por um grupo de talibãs, uma ideia bem aceita, mas aqui os papéis são invertidos e o emigrante é o perseguido por um justiceiro americano".

Alfonso Cuarón se definiu como "um sócio estratégico" do projeto.

"Jonás escreveu o roteiro e, mais tarde, Carlos, meu irmão, entrou e os dois acabaram me convidando, mas já estava em andamento e fui mais um sócio estratégico".

Ele recordou a "longa história de colaboração" com o filho.

Jonás estreou no cinema com um pequeno papel como ator no filme de seu pai "Solo con tu pareja" (1991). Quatro anos depois foi assistente de direção e teve um pequeno papel em "A Princesinha", também dirigido por Alfonso.

Em 2007 dirigiu o experimental "Año Uña", foi roteirista com o pai de "Gravidade", que venceu sete estatuetas do Oscar em 2014, e agora retorna com "Desierto".

Alfonso Cuarón resumiu o trabalho em família.

"Somos muito mal-educados, muito pouco diplomáticos quando trabalhamos juntos", disse, antes de destacar que "ser um verdadeiro colaborador significa ser ostensivamente honesto".

A Câmara dos Deputados do Parlamento da Alemanha aprovou legislação voltada para conter a entrada de imigrantes, tema que gerou divergências com a chanceler Angela Merkel dentro de seu próprio partido. As discussões ocorrem no momento em que o país busca gerar moradias suficientes para milhares de pessoas em busca de asilo que chegam diariamente.

"O número daqueles chegando a nós neste ano é simplesmente muito alto. Eu não sei de ninguém que discorde seriamente disso", afirmou o ministro do Interior, Thomas de Maizière. "Nós trabalhamos intensivamente pela redução deste número - em nível internacional, europeu e nacional", disse o ministro. "A alternativa não é o completo fechamento ou abertura [das fronteiras]. É uma questão de nível."

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Berlim espera receber 800 mil a 1 milhão de pessoas neste ano em busca de asilo, quase 1% de sua população. O maior influxo de imigrantes desde o fim da Segunda Guerra gerou pedidos para que se limite o número de pessoas que têm permissão para entrar na Alemanha.

As novas regras, aprovadas pela grande maioria dos 631 deputados, reduzirá benefícios em dinheiro pagos a pessoas em busca de asilo, acelerará a revisão das regras para asilo e também a saída daqueles que tiveram seus pedidos rejeitados. Além disso, as normas dificultam que cidadãos de Albânia, Kosovo e Montenegro se tornem refugiados.

O governo também destinou cerca de 6 bilhões de euros (US$ 6,8 bilhões) em dinheiro extra para lidar com os custos relacionados à imigração neste ano e no seguinte. A maior parte desse benefício irá para os 16 Estados alemães, que reclamam sobre o crescente custo para suas finanças com a alimentação e o abrigo dos imigrantes em busca de refúgio.

As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Senado. Esse votação deve ocorrer na sexta-feira.

"Não é exagero chamar essa tarefa de teste histórico para a Europa", disse Merkel. Segundo ela, fechar as fronteiras no século 21, marcado pela internet, "é uma ilusão". A chanceler alemã pediu ações conjuntas do bloco europeu para confrontar a crise.

O governo da Baviera tem sido particularmente crítico sobre a política de Merkel. A região é a porta de entrada para os imigrantes que vêm da Áustria. Cerca de 300 mil imigrantes chegaram à Baviera desde 1º de setembro, segundo a administração local. Fonte: Dow Jones Newswires.

Mais de 710.000 migrantes entraram na União Europeia (UE) entre 1° de janeiro e 30 de setembro deste ano, anunciou a Frontex, a agência europeia de vigilância das fronteiras. "O número total de migrantes que cruzaram as fronteiras externas da União Europeia nos nove primeiros meses do ano superou os 710.000", indicou a Frontex em um comunicado. "As ilhas gregas do Mar Egeu foram as mais afetadas por uma pressão migratória em massa", acrescenta a nota.

O número de chegadas, no entanto, registrou leve queda em setembro na comparação com agosto, com 170.000 contra 190.000 um mês antes. "As ilhas gregas, em particular Lesbos, continuam sofrendo uma pressão migratória em massa, com 350.000 entradas registradas entre janeiro e setembro", afirma o comunicado.

Os números são diferentes dos anunciados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). O Acnur considera que, desde o início do ano, 600.000 migrantes entraram na UE através do mar Mediterrâneo, 450.000 deles pela Grécia.

A Frontex indicou que pelo menos 3.103 pessoas morreram ou desapareceram na tentativa de cruzar o Mediterrâneo. Antes do Conselho Europeu de 15 e 16 de outubro, a Frontex defende uma cooperação maior na UE para o envio de mais oficiais à proteção das fronteiras externas da UE.

Os Estados "devem compreender que, ao invés de mobilizar centenas de policiais em suas fronteiras nacionais, é mais útil enviá-los à fronteira externa", disse o diretor da Frontex, Fabrice Leggeri.

A Alemanha não terá de aumentar os impostos para ajudar a pagar centenas de milhares de refugiados e outros imigrantes que se dirigiram ao país, disse a chanceler Angela Merkel, em uma entrevista. O governo deve colocar em vigor novos regulamentos até novembro, para ajudar a lidar com o fluxo de pessoas.

A Alemanha espera ao menos 800.000 recém-chegados neste ano, porém Merkel disse ao jornal Bild, na prévia de uma entrevista que será publicada na edição de segunda-feira que "definitivamente" não haverá aumento de impostos para ajudar a cuidar deles.

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"Nós podemos estar satisfeitos, porque o país foi bem gerido por muitos anos e a nosso situação econômica é boa atualmente", disse ela.

Merkel, que viu sua popularidade diminuir ligeiramente em meio a preocupações com o aumento drástico de imigrantes, também buscou acalmar os receios de que os números poderiam sobrecarregar o sistema de saúde do país.

Em uma entrevista separada, o novo coordenador do governo da Alemanha para essa questão dos refugiados disse que o país deve racionalizar seus sistemas para lidar com eles.

Peter Altmaier, chefe de gabinete de Merkel e que foi neste mês encarregado da resposta do governo ao fluxo de recém-chegados, disse ao jornal Bild que a Alemanha "não vai virar as costas" a quem precisa e deve reduzir a burocracia para acelerar o processo de asilo.

Autoridades italianas enviaram um grupo de imigrantes eritreus em um voo fretado para a Suécia nesta sexta-feira (9), no início de um bastante contestado plano da União Europeia para redistribuir pela região os candidatos a asilo, diante do caótico fluxo de pessoas que chegam ao continente.

Autoridades da Itália e da União Europeia enviaram um grupo de 19 imigrantes da Eritreia que concordaram em se mudar para a Suécia, no primeiro passo do plano para dividir as responsabilidades pelos refugiados que têm chegado à Europa nos últimos dois anos. "Esta é uma jornada de esperança", disse Dimitris Avramopolous, comissário da UE para a Imigração e Interior, em uma breve cerimônia para marcar a partida do aeroporto Ciampino, em Roma. "É o primeiro passo, mas vamos adiante."

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Em setembro, após um debate duro, a UE concordou com um plano obrigatório para transferir 120 mil candidatos a asilo da Itália e da Grécia para outros países do bloco. Isso se soma a uma iniciativa anterior, voluntária, para redistribuir um total de 40 mil pessoas.

Mais de 500 mil pessoas chegaram à Itália e à Grécia em busca de refúgio neste ano. Nos últimos meses, houve caos e tensão, enquanto centenas de milhares de imigrantes se movimentavam pela Europa em busca de destinos como a Alemanha e os países da Escandinávia, muitas vezes correndo sérios perigos.

O sucesso dos primeiros planos para realocar os imigrantes pode ser decisivo para saber se a iniciativa pode ser expandida. O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, disse que outros 100 imigrantes deixarão a Itália nas próximas semanas, para países que incluem a Alemanha e a Holanda. A Europa "não significa apenas crises orçamentárias, problemas financeiros, crise de imigração", disse o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, em entrevista à imprensa. "Ela também sabe como resolver esses problemas."

Ainda em outubro, um grupo de cerca de 30 sírios será realocado da Grécia para Luxemburgo, segundo o comissário da UE. O programa inclui apenas aqueles com grandes chances de conseguir asilo - na prática, os oriundos de Eritreia, Síria e Iraque.

Os países do Leste Europeu integrantes da UE resistem a receber imigrantes. Quatro nações, Hungria, Eslováquia, República Checa e Romênia, se recusaram a apoiar o plano. Apesar de votar contra a iniciativa, Hungria, República Checa e Romênia acabaram decidindo participar, enquanto a Eslováquia pretende contestar legalmente o plano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O número de pessoas que buscam asilo na Hungria quase dobrou em agosto, à medida que o governo constrói uma cerca de arame farpado na fronteira para impedir que mais pessoas entre no país através da Sérvia, a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, divulgou nesta sexta-feira.

De acordo com a Eurostat, 92.265 pessoas pediram asilo em agosto, comparado com 49.250 em julho. Dessa maneira, o número total de pessoas que buscaram proteção internacional na Hungria neste ano já chega a cerca de 207 mil.

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A maioria das pessoas que chegam na Hungria viajam por terra através da Grécia e muitas tentam avançar dentro da União Europeia, para chegar em países como a Alemanha e a Suécia.

Nos primeiros seis meses desse ano, mais de 400 mil pessoas pediram asilo pela primeira vez em alguma das 28 nações da UE. Mais de um entre três - 154.055 pessoas - fizeram o pedido na Alemanha até junho. Outros principais países de destino são a Áustria, Itália, França e Suécia.

Na Grécia, aonde a maioria dos imigrantes entra na Europa e cujas guardas-costeiras e locais de acolhimento estão sobrecarregados, 5.480 pessoas entraram com pedido de asilo pela primeira vez na primeira metade de 2015.

Segundo a Eurostat, a maioria dos pedidos de asilo na UE, de abril a junho, quando aumentou o número de chegada de imigrantes devido ao bom tempo, foram feitos por sírios, com 21% dos números totais, 13% do Afeganistão e 8% da Albânia.

Enquanto a taxa de aceitação dos pedidos de asilo de sírios é relativamente alto - 95% foram reconhecidos como refugiados em 2014 - cerca de 8% de pedidos de cidadãos da Albânia são aceitos.

Os dados divulgados pela Eurostat são fornecidos pelos governos ou ministérios. Eles se referem às pessoas que buscam proteção internacional devido a um conflito ou violência em seu país, não aquelas que viajam para a Europa em busca de empregos ou para encontrarem-se com suas famílias. Fonte: Associated Press.

A Organização Internacional de Migração (OIM) afirmou que um número recorde de imigrantes cruzou o Mediterrâneo na direção da Europa neste ano. Até a terça-feira, o organismo informou que 522.124 pessoas haviam viajado por mar para chegar ao continente em 2015.

Do total, 388 mil pessoas entraram através da Grécia. Mais de 175 mil pessoas do total vieram da Síria, a maior fonte de refugiados. O recorde anterior havia sido registrado em 2014, com 219 mil pessoas.

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A OIM estima que 2.892 pessoas tenham morrido ao tentar fazer a viagem, a maioria delas tentando chegar a Itália a partir do norte africano. O presidente da França, François Hollande, disse que a Europa era "muito lenta" para perceber a gravidade da violência na Síria e no Iraque. Segundo ele, os países da União Europeia precisam agora trabalhar para integrar os centenas de milhares de refugiados que chegam às costas europeias. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que "os refugiados merecem nossa solidariedade".

Autoridades francesas disseram que um imigrante iraquiano de 20 anos, que aparentemente tentava passar pelo Canal da Mancha para chegar ao Reino Unido, foi encontrado morto em um caminhão. Um caminhoneiro húngaro localizou o homem, quando inspecionava sua carga no porto de Calais. Fontes oficiais disseram que a vítima viajava com dois outros membros da família, que não se feriram. O jovem iraquiano foi a 12ª pessoa a morrer ao tentar cruzar o Canal da Mancha desde junho, segundo as autoridades. Milhares de imigrantes oriundos de Síria, Iraque, Sudão, Eritreia e outros países vivem em abrigos sujos na região de Calais. Fonte: Associated Press.

Enquanto centenas de milhares de refugiados da Síria conseguem chegar à Europa e viram o centro de um debate sobre as políticas no continente, muitos outros sírios estão lutando apenas para sair de seu país. Países vizinhos têm aumentado controle sobre fronteiras para conter aqueles que tentam sair da Síria, país que, em seu quinto ano de guerra, já teve 250 mil mortos.

Forças de segurança da Turquia reforçaram o patrulhamento de estradas, buscando por veículos lotados de sírios que tenham atravessado a fronteira ilegalmente. Qualquer refugiado interceptado passa a noite na prisão e é enviado de volta à Síria pela manhã.

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As medidas mais duras nas fronteiras levaram a uma queda no número de sírios que são oficialmente registrados como refugiados nos vizinhos Turquia, Jordânia e Líbano. Nos primeiros seis meses de 2015, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados registrou menos da metade do número de pessoas que haviam atravessado no mesmo período do ano anterior. A agência considera que esse é o resultado de uma combinação de números impressionantes de refugiados somado a preocupações sobre segurança e recursos financeiros insuficientes.

Os obstáculos mais recentes para os sírios que tentam fugir do país estão na Turquia, onde cerca de 2 milhões de refugiados foram registrados pelas Nações Unidas Em meio a preocupações sobre combatentes internacionais como os do Estado Islâmico estarem usando a Turquia como rota para suprimentos, o que no início deste ano era uma fronteira relativamente aberta se transformou numa faixa fortificada de terra guardada por tropas turcas armadas em quilômetros de trincheiras e cercas de arame farpado.

Em março, a Turquia fechou parcialmente seus dois últimos pontos de travessia com a Síria que ainda estavam operacionais diante do medo de que ataques de militantes pudessem atrapalhar as eleições de junho. O fechamento levou a uma forte queda no número de sírios entrando legalmente na Turquia.

Em janeiro, autoridades libanesas começaram a exigir pela primeira vez que Sírios obtenham visto para entrar no Líbano. Soldados jordanianos permitem agora que 40 a 50 sírios entrem no país diariamente, queda ante centenas por dia há cerca de dois anos, segundo informam entidades de direitos humanos.

Uma única travessia de fronteira entre a Síria e o Iraque permanece aberta e é agora controlada pelo governo curdo semiautônomo da região norte do país. O grupo extremista Estado Islâmico controla outros postos de fronteira entre a Síria e o Iraque. Fonte: Dow Jones Newswires.

Grupos trabalham sem parar para completar um dos mais observados projetos de construção da Europa central: uma cerca de três metros e meio de altura feita de fios de arame farpado que vai se estender pelos mais de 170 quilômetros da fronteira da Hungria com a Sérvia.

A cerca - junto com um processo judicial que torna a travessia ilegal um crime - são peças centrais de um controverso plano do governo húngaro para conter o fluxo de refugiados que entram no país. Depois de semanas de caos, o primeiro-ministro Viktor Orbán disse nos últimos dias que "o período de tolerância acabou" para os refugiados, a maioria dos quais está fugindo de países tomados pela guerra no Oriente Médio.

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O governo anunciou o deslocamento de tropas para as fronteiras do sul do país como forma de garantir o cumprimento de uma série de medidas, incluindo a prisão por até três anos para imigrantes ilegais, o que começa a valer em 15 de setembro. Com a fronteira em intensa atividade neste final de semana, muitos estavam confusos. Veículos militares se moviam pela fronteira e ninguém tinha conhecimento sobre se a presença de militares afetaria o trabalho de policiais que já estavam no local.

Trabalhadores de agências humanitárias também estão indo em direção ao sul dizendo que não têm certeza sobre o que o governo deseja fazer. Os refugiados continuam a atravessar a fronteira entrando na Hungria.

Em um campo cheio de lama ao lado de trilhos de trem, diversos refugiados se reuniam num mar de tendas. O fluxo de imigrantes aumentou durante o final de semana e, até a tarde deste domingo, o acampamento improvisado tinha chegado ao seu limite. Pilhas de lixo estavam não muito longe de pilhas de cobertores, sapatos e outras doações. Trabalhadores humanitários disseram que pelo menos alguns dos refugiados queriam atravessar a fronteira correndo antes da mudança da lei em 15 de setembro.

"Há uma semana essa área toda tinha apenas uma barraca com voluntários húngaros", disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Erno Simon.

O número de pessoas cruzando a fronteira da Hungria ilegalmente totalizou 5,9 mil entre o começo do dia de sábado e a manhã de domingo no país, segundo informações da polícia. Com isso, o total neste ano já é de 187 mil contra 42 mil em todo o ano passado.

Autoridades húngaras alegam estar apenas reagindo da melhor forma que podem diante da situação. Orban disse que grande parte da culpa é da Alemanha por ter adotado políticas que, na opinião dele, encorajam demais os refugiados. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que permitir a entrada de dezenas de milhares de imigrantes que estavam na Hungria foi a decisão correta, rechaçando críticas feitas por um aliado conservador.

O líder da União Social Cristã, Horst Seehofer, afirmou que a decisão era "um erro que vai nos ocupar durante muito tempo", de acordo com a Der Spiegel. Seehofer afirmou que não vê "nenhuma possibilidade de colocar novamente a tampa da garrafa".

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Merkel afirmou no sábado que "nós tomamos uma decisão na semana passada em uma situação de emergência". Ela acrescentou: "Estou convencida de que foi correta", de acordo com a agência de notícias DPA.

Merkel não mencionou diretamente Seehofer. Ela disse que a Alemanha faria justiça à responsabilidade de ajudar aqueles que precisam de proteção.

Simone Hilgers, porta-voz do governo da região da Alta Baviera, disse que 3.600 imigrantes chegaram em Munique no sábado de manhã e um total de 10.000 ou mais são esperados no decorrer do dia. O número se compara com os 5.800 que vieram sexta-feira. Pelo menos dois trens especiais eram esperados para deslocar alguns dos imigrantes para outras partes da Alemanha.

A Alemanha é o país que mais acolhe requerentes de asilo do que qualquer outra nação na Europa e espera receber, pelo menos, 800 mil neste ano. Fonte: Associated Press.

A Arábia Saudita disse ter acolhido cerca de 2,5 milhões de sírios desde o início do conflito. Esta foi a primeira resposta oficial diante de alegações de que os Estados do Golfo devem fazer mais para resolver a situação dos refugiados sírios.

Segundo a agência oficial de imprensa saudita, um funcionário não identificado do Ministério das Relações Exteriores disse na sexta-feira que o reino não considera os acolhidos como refugiados e não os abriga em campos "de modo a garantir a dignidade e segurança".

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Eles são livres para se mover ao redor do país e várias pessoas que optaram por permanecer têm recebido o estatuto de residência, afirmou a agência, ao ressaltar que a Arábia Saudita tem oferecido acesso ao trabalho, escolas e assistência médica gratuita. Não foram dados detalhes sobre quantos sírios permanecem no país. Fonte: Associated Press.

A França irá abrigar 24 mil pessoas que fugiram para a Europa saindo de zonas de conflito. Nesta segunda-feira (7), o presidente francês François Hollande afirmou que a iniciativa é parte de um plano para lidar com a maior crise de refugiados no continente em toda uma geração.

Durante coletiva de imprensa, Hollande disse que a França também prepara ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico na Síria, o que aprofunda o envolvimento do país na guerra civil que está gerando o maior número de refugiados entre os que fogem para a Europa.

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Hollande afirmou que o movimento visa impedir a preparação de ataques terroristas contra a França e busca proteger os civis sírios. O anúncio marca uma mudança na direção da política de Hollande, que até aqui era focada em ataques aéreos contra o Estado Islâmico no Iraque enquanto evitava alvos na Síria. Até aqui o governo francês vinha tentando evitar que ataques aéreos na Síria dessem força ao ditador sírio Bashar al-Assad, principal inimigo do Estado Islâmico na caótica guerra civil da Síria.

"Nada pode ser feito que consolide ou mantenha Assad no poder na Síria", disse Hollande.

O presidente francês afirmou que voos de reconhecimento sobre posições do Estado Islâmico na Síria vão começar amanhã com o objetivo de mapear possíveis alvos. Após estes esforços, "estaremos prontos para conduzir ataques", afirmou Hollande.

A França aceitou receber refugiados como parte de um esquema obrigatório para redistribuir as centenas de milhares de pessoas que chegaram à União Europeia este ano, muitas saindo de países tomados pela guerra.

"A palavra importante é obrigação", disse Holande. "Essa é a diferença entre o que foi e o que não foi feito nos últimos meses", completou. Um esforço voluntário lançado mais cedo este ano por governos da União Europeia para redistribuir 40 mil imigrantes ficou aquém da meta.

A maioria dos refugiados tenta agora chegar à Alemanha, onde autoridades dizem esperar que 800 mil pessoas façam pedido de asilo apenas este ano.

"Não acredito que podemos deixar a Alemanha sozinha para lidar com isso", declarou Hollande, enquanto revelou que o plano completo é redistribuir 120 mil refugiados.

O plano para refugiados representa riscos políticos para Hollande. A direitista Frente Nacional, que se tornou uma força poderosa na política Francesa, já tem atacado o presidente por concordar em aceitar mais refugiados. Pesquisas mostram que a maioria dos franceses se opõe a um aumento no número de refugiados no País. Fonte: Dow Jones Newswires.

O chanceler austríaco, Werner Faymann, pediu a realização urgente de uma reunião de cúpula da União Europeia (UE) dedicada à crise da imigração, e alertou que a boa vontade de seu país neste caso será por tempo limitado.

A Áustria aceitou na noite de sexta-feira facilitar o acolhimento e o trânsito de milhares de imigrantes ansiosos para chegar até a Alemanha a partir de Hungria, e fretou trens especiais para fazer o trajeto.

Mas Faymann advertiu que "uma medida deste tipo não pode ser uma solução", em declarações publicadas neste domingo pela agência APA.

Segundo ele, o frete destes comboios é apenas uma medida "temporária", concebida para expressar a "boa vontade" de Viena em uma situação de emergência.

Em razão disso, o líder social-democrata pediu a convocação de uma cúpula europeia extraordinária "imediatamente após" a reunião de ministros do Interior da UE, agendada para 14 de setembro para tratar a questão.

"Não há alternativa a uma solução europeia comum", destacou o chanceler austríaco.

A Áustria defende a aplicação das cotas de recepção de imigrantes, e que os países da UE de dotem de padrões comuns para a concessão do estatuto de refugiado a pessoas que fogem de conflitos em países como Iraque, Síria e Afeganistão.

Viena também propõe a criação de abrigos e seleção nas fronteiras da UE, uma medida que não tem o apoio da Comissão Europeia.

Centenas de imigrantes que tentavam partir da ilha grega de Lesbos em direção à Europa ocidental entraram em confronto há pouco com a polícia local. Os refugiados, a maioria proveniente da Síria, Iraque e Afeganistão, começaram a protestar contra o fato das autoridades da ilha não procederem rapidamente para que eles pudessem viajar à porção continental do país, de onde partiriam para cruzar os Bálcãs em direção à Europa ocidental.

Ao longo do sábado, diversos enfrentamentos menores ocorreram entre imigrantes e policiais gregos. Os eventos mais recentes aconteceram no começo da noite, quando centenas de pessoas tentaram correr em direção a uma balsa. Ao menos uma pessoa foi ferida e levada ao hospital. A polícia retirou os refugiados da zona portuária, com exceção de 2 mil pessoas que devem partir rumo a Atenas à meia-noite (horário local). Este sábado foi o segundo dia consecutivo de incidentes envolvendo imigrantes na ilha de Lesbos.

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Há pouco, o porta-voz da região alemã da Alta Baviera, Simone Hilgers, disse que um total de 6 mil pessoas já haviam chegado a Munique. Destas, 1,7 mil foram enviadas a cidades de outras regiões da Alemanha. As outras 4,3 mil foram alocadas, temporariamente, em albergues em Munique ou levadas em ônibus a outras localidades da região. Segundo a porta-voz, todos receberam cuidados médicos, alimentos e roupas.

Um trem com cerca de 800 pessoas deve chegar a Munique por volta da meia-noite (horário local). O último trem deve chegar por volta da 1h de domingo, com 1 mil refugiados. Fonte: Associated Press.

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