Uma turista britânica de 23 anos morreu nesta sexta-feira após ser esfaqueada por um palestino em um VLT em Jerusalém, informou uma fonte policias.
Os ataques visando especificamente os turistas são raros em Jerusalém.
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O atacante palestino foi neutralizado e preso pela polícia. A identidade da vítima não foi revelada. Segundo a imprensa local, ela seria uma estudante que teria a dupla nacionalidade israelense e britânica.
Ela chegou a ser socorrida em estado crítico pelos serviços de emergência, mas não resistiu aos ferimentos.
O atacante seria, de acordo com o Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, Jamil Tamimi, de 57 anos e um morador de Jerusalém Oriental.
No passado, foi hospitalizado depois de uma tentativa de suicídio e condenado em 2011 por agredir sexualmente sua filha, de acordo com o Shin Beth.
O comandante da polícia de Jerusalém, o comissário Yoram Halevy, afirmou aos jornalistas que o "terrorista está muito perturbado mentalmente".
Segundo a polícia, o agressor subiu no VLT com uma mochila. Ele reparou na jovem que estava próxima dele e tirou uma faca da mochila antes de atingí-la várias vezes na região do peito.
Um policial, que estava no mesmo vagão, acionou o sistema de alarme para parar o VLT e se preciptou contra o agressor antes de controlá-lo com a ajuda de um outro passageiro, acrescentou a polícia.
O VLT parou, suas portas se abriram e policiais entraram no vagão para prender o agressor. O Magen David Adom, o equivalente da Cruz Vermelha israelense, evacuou a ferida para um hospital onde ela faleceu.
O ataque ocorreu perto da Cidade Velha, onde a polícia israelense está presente em grande número para as celebrações da Páscoa judaica, iniciadas na segunda-feira.
Nesta ocasião, dezenas de milhares de judeus vão à Cidade Velha para visitar o Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo.
Milhares de cristãos do mundo inteiro celebram no mesmo dia a Sexta-Feira Santa antes da Páscoa.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou, apesar da tese policial sobre a saúde mental do agressor, "o terrorismo islâmico extremista".
"Um terrorista palestino assassinou a sangue frio uma estudante de 23 anos de nacionalidade britânica", acrescentou o premiê, afirmando que as forças de segurança israelenses frustraram "várias tentativas de atentados nos últimos dias", sem fornecer outras precisões.
O presidente Reuven Rivlin expressou em um comunicado sua "tristeza" após este ataque.
"Esta semana milhares de visitantes passaram pelos portões antigos de Jerusalém para celebrar as festas do Pessah e da Páscoa em toda a cidade, enquanto as forças de segurança atuam para assegurar os habitantes e dos visitantes (...) O terrorismo não irá nos vencer, o terrorismo não nos destruirá", acrescentou o presidente.
Os territórios palestinos, Jerusalém e Israel são palco de uma onda de violência que já matou 260 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu e um sudanês desde 1º de outubro de 2015, de acordo com uma contagem da AFP.
A intensidade da violência diminuiu nos últimos meses. Contudo, o chefe do Shin Beth, Nadav Argaman, estimou recentemente que a "calma relativa atual" na Cisjordânia ocupada e em Israel era "enganadora".