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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), rebateu com ataques nesta segunda-feira, 6, as críticas feitas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff pela cúpula do PSDB neste domingo, 5, durante convenção do partido. Guimarães, que também é vice-presidente do PT, chamou de "piada" a acusação de que seu partido quebrou o País e classificou a oposição como "direita autoritária".

"O FHC sai da tribuna da convenção do PSDB e diz 'o PT quebrou o Brasil'. Ele quebrou o Brasil. Queria até vender o Banco do Brasil, a Petrobras e tudo. Recebemos a inflação de 2002 com 12,5%. Eles (os tucanos) quebraram o Brasil. Dizer que o PT quebrou o Brasil parece uma piada dessa gente que governou durante oito anos, comprou reeleição conforme a imprensa divulgou, e vem agora com estes atalhos autoritários e antidemocráticos", afirmou Guimarães quando questionado sobre a defesa do impeachment da presidente. "Isso é uma visão absolutamente autoritária. É um desserviço isso que o PSDB está fazendo".

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"Querem governar o Brasil? Ganhem primeiro a eleição. A democracia tem regras. Qualquer coisa fora disso é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito", afirmou o líder do governo.

"Se o PT vai continuar governando o Brasil, que eles esperem 2018 e não fiquem apregoando o caos", disse Guimarães. "Não é nada responsável para quem quer um dia governar o Brasil. Não vamos aceitar esse tipo de imputação que é feita ao nosso governo. A presidente Dilma foi eleita pelo voto popular e é com ela que vamos governar até 2018. O que virá caberá à sociedade decidir. Essa coisa de discutir impeachment é coisa de uma oposição de direita, truculenta", criticou o petista.

Guimarães citou ainda irregularidades envolvendo tucanos e afirmou que eles não têm "moral" para acusar o PT. "Esse Agripino Maia, senador, denunciado no Supremo por um desvio de recurso no RN. Esse Cássio Cunha Lima, faz discurso ético, foi cassado pelo TSE. Falta moral para eles virem imputar. O presidente do PSDB diz que o TSE tem que julgar as contas da Dilma. Quer dizer que as instituições vão fazer o julgamento seletivo? Não. Isso não pode", afirmou Guimarães criticando "vozes do além que ficam a todo instante, ali na moita, querendo dar um pulo engolir alguém".

Questionado a respeito da análise das contas do governo referentes a 2014, Guimarães disse que o governo explicará todas as indagações ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que tudo termine "em bom termo". O líder do governo criticou a composição política do colegiado.

"Acho que o TCU deveria ser um órgão eminentemente técnico, com servidores de carreira. TCU não pode ser uma casa para aposentadoria de políticos", afirmou.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), considerou nesta terça-feira, 30, "imprevisível" o resultado da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos.

"As bancadas estão muito divididas, os partidos, a base está dividida. O governo da presidente Dilma tem uma opinião (contra a redução), mas isso (o resultado) depende da votação. É uma matéria do Legislativo, é imprevisível", comentou o petista a jornalistas, ao deixar o gabinete do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).

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"Sobre resultado dessa matéria, é impensável fazer qualquer prognóstico por conta da incidência que isso tem nas bancadas, nas mobilizações, enfim, vamos aguardar", disse Guimarães.

Na avaliação do líder do governo na Câmara, a tendência é de que a maioria das bancadas libere os deputados para votar como quiserem. "É uma questão filosófica e política importante e acho que a tendência da maioria das bancadas é liberar. Vamos ver o que vai acontecer no plenário", afirmou.

Reformulação

Mais cedo, Temer disse a jornalistas que a discussão é "suprapartidária" e defendeu uma reformulação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para resolver o problema. "É (uma questão) suprapartidária. Pessoalmente não escondo a posição pessoal pela reformulação do ECA, que acaba dando no mesmo resultado", disse Temer, fazendo referência ao projeto que mantém a idade penal mas aumenta o tempo de internação para menores que cometerem infrações graves.

Relatório

Na terça-feira passada, 23, o Ministério da Justiça divulgou que o Brasil aumentou o seu ritmo de encarceramento em 33% entre 2008 e 2014, conforme o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). A tendência está na contramão do que vem ocorrendo entre os países com as maiores populações prisionais do mundo.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiu antecipar a divulgação do relatório para alertar os parlamentares sobre as consequências da redução da maioridade penal. De acordo com o levantamento, 56% dos presos no Brasil são jovens - pessoas de 18 a 29 anos, conforme faixa etária definida pelo Estatuto da Juventude.

O número de jovens no sistema prisional supera a proporção de jovens da população brasileira: enquanto os jovens representam 56% da população prisional, as pessoas dessa faixa etária compõem 21,5% da população total.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse agora no Plenário da Câmara que a conduta do senador do DEM, Ronaldo Caiado (RJ) tem de ser repudiada. Caiado divulgou pelo Twitter que um habeas corpus preventivo em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi protocolado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e disse apenas ter dado publicidade ao documento.

"Esse tipo de inverdade não pode prevalecer. O nosso repúdio, como vice-presidente do PT, ao líder do DEM que semeou essa mentira e terminou contaminando as redes sociais", disse Guimarães.

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Depois de o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) comentar a notícia em Plenário e afirmar que o habeas corpus pode ser "uma estratégia inteligente" dos advogados de Lula, o deputado petista Wadih Nemer Damous Filho (RJ) também fez uma defesa do ex-presidente. "O presidente Lula não precisa de habeas corpus preventivo", disse, durante a sessão plenária que acontece na tarde desta quinta-feira, 25, para apreciar os destaques do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamentos. O texto-base do projeto foi aprovado nesta madrugada. "Fica aqui o desmentido peremptório em nome de Lula, que não tem nada a ver com essa aventura", afirmou.

O deputado Afonso Florence (PT-BA) também tomou a palavra e disse que a bancada petista na Casa se "solidariza e manifesta repúdio a mais este ataque" contra Lula.

Mais cedo, a assessoria de Lula disse que causou "estranhamento" o fato de Caiado ter dado a notícia antes de todos e destacou que qualquer pessoa pode entrar com um habeas corpus. O senador do DEM disse que recebeu o documento de um amigo advogado e quem entrou (com o habeas corpus) não era problema seu.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), culpou a oposição e a "falta de sorte" pelo adiamento da votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento. "Usaram, infelizmente, a pobre da Venezuela para não votar", afirmou ao deixar o plenário.

Guimarães lembrou que adiamento para a próxima semana traz impacto para o governo e admitiu que dificilmente o projeto de lei passará até dia 30 pelo plenário do Senado. "É claro que é um prejuízo para o País, não é uma boa sinalização, mas as condições normais de temperatura e pressão não permitiram a votação hoje", comentou.

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A equipe econômica contava com a vigência da lei em 1º de outubro, mas com o atraso na aprovação da medida, a incidência ficará para novembro. "Não deu, não adianta ficar chorando o leite derramado aqui".

O projeto irá à votação só na noite de quarta-feira, 25, devido às festas juninas no Nordeste. Segundo Guimarães, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se comprometeu em abrir sessão até sexta-feira, 27, se for necessário. A missão do governo agora será convencer os parlamentares a abandonar as festas de São João em suas bases eleitorais e dar quórum na semana que vem para aprovar a medida que integra o pacote de ajuste fiscal do governo.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), demonstrou otimista na votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento. Segundo Guimarães, PDT, PCdoB, PT, PMDB, PP, PR, PRB, PHS e PROS estariam comprometidos com a aprovação da última medida do pacote de ajuste fiscal. "Está tudo bem negociado, não tem plano B, só tem uma opção, o plano A, que é o caminho possível frente as circunstâncias atuais", afirmou. "Ninguém quer a quebradeira geral".

Guimarães destacou que a negociação do governo já está concluída e que os últimos partidos que ainda questionavam a criação de regras mais flexíveis para quatro setores já foram convencidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reuniões nesta manhã.

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Segundo Guimarães, Levy pediu "firmeza" na conclusão do pacote do ajuste fiscal. "Sem isso (votação da desoneração), não tem volta do crescimento", enfatizou Guimarães.

Um dia depois da aprovação da convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para depor na CPI da Petrobras, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse ser favorável à "requalificação da coalizão" que sustenta o governo. "A coalizão precisa ter consistência, não pode ser uma coalizão pontual. Tem que ser uma coalizão que discuta o Brasil, que discuta projeto. Ou é isso ou então a coalizão fica arruinada", disse a jornalistas no congresso do PT, em Salvador.

O líder disse falar com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) "toda hora" e que o PMDB deveria ajudá-lo a promover essa coalizão em cima de projetos e não ponto a ponto da pauta no Congresso, como é feito semanalmente. "O PMDB não coordena a articulação política do governo? Ele que tem que patrocinar comigo (essa coalizão requalificada)."

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Guimarães negou que o presidente Lula tenha ficado "bravo" com os deputados petistas, por não terem articulado melhor na CPI e evitado a convocação de Okamotto. Ele afirmou que não houve esse tom de cobrança nas conversas que o ex-presidente teve com representantes da bancada pela manhã, durante o evento petista na capital baiana. "Não vi essa 'braveza' (em Lula)", disse Guimarães.

Sobre a movimentação na CPI, o líder governista disse que incomoda à bancada petista o uso de critérios diferentes para o Instituto Lula e para o Instituto Fernando Henrique. "O que revolta a bancada do PT é que são dois pesos e duas medidas. Isso não é razoável para quem usa o discurso de querer apurar", argumentou. Ele disse ainda estar "errado" o uso de apurações seletivas pela CPI e pela Polícia Federal. Mas negou que haja uso político da PF. "O uso político é pela oposição."

A CPI da Petrobras aprovou ontem a convocação de Okamotto para que ele dê explicações sobre doações de R$ 3 milhões da Camargo Corrêa ao Instituto Lula. Os repasses são investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. Petistas argumentam que o instituto do ex-presidente tucano FHC recebeu até três vezes mais doações da mesma empreiteira

CPMF

Guimarães confirmou que há uma decisão da corrente majoritária de retirar do texto-base do Congresso do PT a defesa da volta da CPMF - o que ainda será votado pelos delegados. "Vai (sair do texto), porque são várias ideias. Não há consenso no PT ainda para estabelecer se vamos criar essa ou aquela contribuição."

Petistas têm articulado para a criação de uma contribuição aos moldes da CPMF, mas que taxasse apenas as classes mais ricas.

O governo está otimista com a votação da Medida Provisória (MP) 664, que altera as regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença, parte do ajuste fiscal. Após um café da manhã na residência oficial do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que a base aliada está “afinada” para a votação, marcada para esta quarta-feira (13).

“A base está muito afinada, eu acredito que nós não vamos ter surpresa”, disse Guimarães na saída do Palácio do Jaburu. “Os líderes fizeram uma manifestação coletiva. Vamos votar, acredito que votaremos bem o texto principal. A base está muito sólida, as manifestações que ouvi foram todas no sentido de que a base finalmente está se articulando, está se consolidando”, avaliou.

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Temer também espera um resultado positivo e disse que a expectativa é que o placar favorável ao governo seja maior que o da votação da MP 665, que alterou regras do seguro-desemprego e abono salarial, na última semana.

“A perspectiva é muito positiva. Pelos votos contados e pelas manifestações feitas, a tendência é aprovação. A tendência é que haja uma adesão maior a essa segunda MP”, avaliou o vice-presidente ao chegar ao Palácio do Planalto.

O encontro na residência oficial de Temer reuniu líderes de partidos da base aliada na Câmara e no Senado e os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Previdência, Carlos Gabas; das Comunicações, Ricardo Berzoini; do Planejamento, Nelson Barbosa; do Turismo, Henrique Eduardo Alves; e da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.

Após negociações com a base, Guimarães confirmou que a discussão sobre mudanças no fator previdenciário ficará de fora da MP que será votada hoje (13). A inclusão de uma emenda sobre o fator na MP chegou a ser cogitada durante as discussões do texto na comissão especial.

“O fator está fora [da MP 664] porque vamos instalar, após a discussão e aprovação da MP e do PL da Desoneração, o fórum para discussão dessa questão, [tão logo termine] a votação. Aprovado o ajuste, instala-se imediatamente o fórum com as centrais sindicais, com o governo, com o Congresso para discutir uma proposta concreta sobre a Previdência, não só sobre o fator”, disse.

Segundo Guimarães, também houve acordos para pagamento do valor integral da pensão às viúvas (e não 50% mais 10% por dependente, como estava na proposta original) e de regras diferenciadas para pagamento de auxílio-doença a trabalhadores de pequenas e médias empresas. “Foi feita uma sugestão para não se apresentar emenda a essa MP. Na próxima, que é a 670, vamos incluir um prazo melhor para as pequenas e médias empresas, de 20 dias. Esse foi um acordo político. O PR aceitou isso. Foi uma boa negociação política”, disse.

A proposta original do governo aumenta o custo das empresas com auxílio-doença de 15 para 30 dias, sem especificar regras especiais de acordo com o tamanho das empresas.

 

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira (13) que o Planalto vai instalar o fórum para discutir mudanças no fator previdenciário e anunciou que o Executivo aceitou ceder, nas discussões do ajuste fiscal, em uma das modificações propostas para o pagamento do auxílio-doença. Com isso, ele disse que a articulação política deu "um passo gigantesco" para a aprovação da Medida Provisória 664, que torna mais difícil o acesso a benefícios previdenciários.

Guimarães, que participou nesta manhã de uma reunião com líderes da base para debater a MP 664 no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, argumentou que o governo vai criar após as votações do ajuste fiscal na Câmara um fórum especial para debater propostas de mudanças na Previdência, incluindo alternativas ao fator previdenciário. O grupo será composto por representantes do governo, do Congresso e das centrais sindicais e o objetivo do anúncio é tentar evitar a aprovação hoje de uma emenda à MP 664 que flexibiliza o fator.

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De acordo com Guimarães, o Planalto vai esperar a aprovação pelos deputados do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha para instalar o fórum sobre a Previdência. Esse projeto está previsto para ir a Plenário na semana que vem. "A base finalmente está se consolidando", comemorou o deputado.

Guimarães afirmou ainda que, para viabilizar a aprovação da MP 664, o governo aceitou negociar pontos nas mudanças para a concessão de auxílio-doença. Em troca de os parlamentares manterem hoje o texto que saiu da Comissão Especial, que prevê que o empregador deverá arcar com o pagamento desse benefício por 30 dias, o Executivo promete incluir em uma outra medida provisória um dispositivo flexibilizando a regra para as micro e pequenas empresas. Para esses negócios, a empresa seria obrigada a arcar com 20 dias do auxílio-doença e o restante ficaria a cargo do governo.

Por um acordo costurado na terça-feira com o presidente da Câmara, a MP 664 deverá começar a ser votada nesta tarde e concluída amanhã. Nos últimos dias, o Planalto centrou esforços em reverter dissidentes no PP, PTB e PRB e Guimarães afirmou hoje que espera uma vitória com margem maior do que a registrada na votação, na semana passada, de outra Medida Provisória do ajuste, que passou por apenas 25 votos. "O quadro é favorável", disse.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quinta-feira, 7, que os partidos da base aliada do Palácio do Planalto não gostaram das críticas feitas pelo PDT ao apoio das legendas governistas à medida provisória 665, a primeira do ajuste fiscal, aprovada na quarta-feira (6). "A base ficou muito incomodada. Todos os líderes falaram que não é possível um partido da base subir à tribuna para criticar os demais partidos da base naquilo que estão votando com o governo", disse.

O PDT votou em peso contra a MP 665 e, durante a discussão em plenário na noite da quarta, o líder André Figueiredo (CE) ameaçou entregar os cargos da legenda no governo, incluindo o Ministério do Trabalho, chefiado pelo pedetista Manoel Dias.

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Guimarães evitou comentar os boatos de que o governo já não conta mais com o PDT e que o partido pode migrar para a oposição. "Caberá ao governo avaliar esse processo todo. Não me cabe aqui dizer qual o futuro da bancada do PDT. Me cabe dizer: base é base e tem de ser base de manhã, de tarde e de noite", afirmou o petista.

A discussão sobre a Medida Provisória (MP) 665/14 que faz parte do ajuste fiscal do governo e dificulta o acesso a direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, na noite dessa terça-feira (5) na Câmara dos Deputados, mostrou uma divisão de posições entre partidos da base aliada.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que o partido não votará a medida sem compreender melhor a posição do PT sobre o texto. “Não votaremos a MP 665 amanhã [quarta-feira], não mais, até que o PT nos explique o que quer. Se for o caso, feche questão para votação das matérias do ajuste fiscal. Se não for assim, não contem conosco. Se há dúvidas e se o País não precisa desse remédio amargo, não vamos empurrar essa conta no trabalhador.”

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A fala de Picciani foi feita depois que parlamentares do PMDB o procuraram por terem ficado “desconfortáveis” em apoiar a medida após a propaganda partidária do PT na noite desta terça. Em vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a proposta para regulamentar a terceirização (PL 4330/04), aprovada pela Câmara em 22 de março, seria um retrocesso para o trabalhador brasileiro. “Vamos seguir a orientação do ex-presidente Lula: vamos combater a retirada do direito dos trabalhadores”, disse Picciani.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que, "se o PT não votar o ajuste, só tem um caminho para Dilma, renunciar. "O PMDB só vai votar se o PT vier também”, afirmou. Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), o PMDB ajudou a “desmascarar” o PT, que bancaria o “santo do pau oco” ao trair os trabalhadores.

Diálogo

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou esfriar os ânimos e pediu mais diálogo com o principal aliado da base governista. “O governo tem absoluta convicção de que o ajuste é necessário e vamos votar para aprová-lo. Os partidos da base têm responsabilidade sobre isso, mas, principalmente, o PT e o PMDB precisam compreender a necessidade desse ajuste, não para o governo, para o País.”

Guimarães reconheceu que é necessário discutir os problemas apontados pelo PMDB na medida provisória. “Daqui para amanhã é evidente que vamos conversar muito. Aprendi uma coisa na política: que é preciso calma, tranquilidade e diálogo.” Ele também disse que o PT pode fazer as considerações que quiser sobre o projeto de terceirização.

Para o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), quando a economia do País precisa de um ajuste, não se pode olhar a coloração partidária. “Ninguém está fazendo ajuste porque quer, mas porque há necessidade”, afirmou. Segundo ele, a discussão não é mais sobre o ajuste, mas política e simbólica. “A posição da bancada do PT é de apoiar as duas medidas provisórias (664/14, da pensão por morte, e 665/14) e vamos acompanhar essas votações.”

Divisão

O líder do PDT (partido que integra a base), deputado André Figueiredo (CE), afirmou que todos os 19 parlamentares da legenda votarão contra a medida. “Tirar de quem tem pouco, preservando quem tem muito, é injusto. A presidente Dilma talvez não queira o que está acontecendo hoje no Brasil. Cabe aos partidos dar resposta”, disse Figueiredo.

Já a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), afirmou que as MPs do ajuste fiscal não foram a melhor solução para alavancar a economia, mas ressaltou que o partido votará a favor do governo. “O PCdoB vota com o governo, entende que é importante enfrentar politicamente uma oposição demagógica que nunca defendeu o trabalhador.”

Segundo ela, o PCdoB quer a aprovação de proposta para taxar os mais ricos, com a tributação sobre as grandes fortunas, e não obteve apoio dos partidos da oposição.

*Com informações da Agência Câmara.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), propôs, nesta quarta-feira (15), que o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) realizasse a votação do projeto da terceirização (PL 4330/04) apenas no próximo dia 27. O projeto está na pauta de votações desta tarde. Na semana passada, os deputados aprovaram o texto-base da proposta. Hoje eles devem votar os destaques apresentados ao texto.

Guimarães sugeriu fazer uma mesa de negociação entre empresários, trabalhadores, governo e Congresso Nacional a fim de se chegar a um acordo. Para o líder, o assunto não está maduro, o que explica as manifestações que estão acontecendo no País contra a proposta, além do fato de muitos deputados quererem conhecer melhor o projeto.

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Cunha, no entanto, não concordou com a solicitação e manteve a proposta na pauta. "Os temas têm de ser enfrentados, têm de ser votados. O adiamento significa que querem evitar que eles sejam votados”, declarou Eduardo Cunha. “Não tenho compromisso, nem interesse com qualquer dos resultados. Eu tenho interesse que vote. Não tem isso de ficar enrolando votação”, disparou o presidente. 

Um dos pontos mais polêmicos do texto é sobre a terceirização ou não da atividade-fim. Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), a possibilidade de terceirizar a atividade-fim é o próprio objetivo do projeto, uma vez que a atividade-meio já pode ser terceirizada. O projeto, na opinião de Mendonça Filho, vem regulamentar e assegurar direitos, além de modernizar as relações produtivas no País.

Nessa terça (14), os deputados aprovaram a retirada de empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias da proposta. Na prática, empresas como Banco do Brasil e Petrobras terão de fazer concurso público para atividade-fim, mas poderão terceirizar áreas como segurança e limpeza.

Após reunião com os ministros Joaquim Levy (da Fazenda), Carlos Gabas (da Previdência) e Pepe Vargas (de Relações Institucionais) no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 24, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que os partidos negociam uma proposta alternativa para a política nacional do salário mínimo e que até a quarta-feira, 25, a solução será apresentada.

Em nome do pacote de ajuste fiscal, o governo quer evitar a aprovação da política de reajuste do salário mínimo com o uso da mesma regra para aposentados e pensionistas. O projeto, que foi retirado de pauta na quarta-feira, 18, poderá voltar ao plenário nesta semana. "Não está definida qual será a solução", declarou Guimarães. O petista explicou que o governo quer chegar em 1º de maio, Dia do Trabalho, com a medida aprovada pelo Congresso.

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Durante o encontro com os líderes da base aliada na Câmara, Levy disse que a manutenção do grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) é o primeiro passo para a recuperação da economia brasileira. "É uma sinalização importantíssima", comemorou Guimarães. Para o petista, a disposição do governo em dialogar sobre as medidas de ajuste fiscal mostra que não haverá descontrole na economia brasileira e essa sinalização influenciou na manutenção da nota.

Levy disse aos líderes partidários, segundo Guimarães, que o Brasil está seguro no caminho da retomada do crescimento e que a dificuldade é momentânea. Já o ministro Pepe Vargas destacou que o ajuste fiscal é uma "necessidade imperiosa". Guimarães elogiou a capacidade de argumentação simples de Levy e disse que o ministro é um dos que mais dialogam com o Parlamento. "Ele está virando o queridinho dos líderes da base", relatou.

As comissões mistas que analisarão as medidas provisórias do pacote de ajuste fiscal serão instaladas amanhã e, após o feriado da Páscoa, as centrais sindicais serão convidadas a participar de audiência pública. "Nossos ouvidos não podem ficar surdos para as centrais", disse Guimarães. O líder do governo admite que as MPs sofrerão mudanças, mas defendeu que a "espinha dorsal" das propostas seja mantida.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse na tarde desta segunda-feira, 23, que a presidente Dilma Rousseff vem se esforçando para apresentar propostas que correspondam às demandas das manifestações de 15 de março. Ao avaliar a pesquisa CNT/MDA - que mostrou que 64,8% avaliam o governo como ruim ou péssimo -, o petista concluiu que o resultado do levantamento é consequência do "massacre midiático" diário e "sem precedentes" pelo qual passa o governo do PT.

"Às vezes até quem é a favor fica tonto (pelo massacre), porque é uma verdadeira lavagem cerebral. Esse processo todo está em consonância com o clima do País, com a supervalorização das manifestações que a mídia fez. Isso tudo repercute", avaliou. Segundo ele, só o que é contra o governo tem repercussão na imprensa.

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Pesquisa divulgada nesta tarde mostrou que a avaliação positiva do Executivo é de 10,8%. A avaliação pessoal da presidente também despencou: 77,7% desaprovam a maneira de governar da petista e só 18,9% apoiam a presidente.

Guimarães disse que "quem lutou contra a ditadura não pode se assustar com a voz das ruas". Ele enfatizou que o processo em curso tende a se estabilizar e que em outras situações, prefeitos com 82% de rejeição se reelegeram. "Qualquer governo tem altos e baixos", resumiu.

O petista disse que a instabilidade atual afeta todos os governantes. "Tem governadores que estão no chão. Ninguém vem perguntar da situação do governador do Paraná", reclamou, em referência ao tucano Beto Richa, que teve que adotar cortes no orçamento e enfrentou manifestações no Estado.

Ajuste fiscal

Nesta tarde, Guimarães anunciou que haverá um esforço para convencer todos os partidos da importância do pacote de ajuste fiscal. Questionado sobre o projeto de regulamentação da reindexação da dívida de Estados e municípios, o líder disse que ainda não há uma posição do governo sobre a matéria.

Ele, no entanto, defendeu que não haja neste momento nenhuma flexibilização em favor de alguns entes federativos, entre eles as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro. "O momento é de vacas magras. Vamos com cautela. O fundamental é preservarmos o ajuste", defendeu.

Sobre a abertura de ação penal contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Guimarães se esquivou. "Esse assunto do PT eu não falo".

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que a fórmula para aprovar as Medidas Provisórias (MPs) que trazem mudanças na legislação trabalhista é a ampliação do diálogo com os parlamentares e com as centrais sindicais. Ele rechaçou a possibilidade do governo voltar atrás em relação às propostas de ajuste fiscal, como pediram alguns sindicalistas. "Não vamos retirar as medidas provisórias", avisou.

Guimarães não demonstrou preocupação com as mais de 600 emendas encaminhadas para serem incluídas nas MPs. Ele lembrou que a MP dos portos, votada em 2013, recebeu mais de mil emendas. As comissões para análises das medidas só serão instaladas depois do Carnaval.

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A PEC da bengala, uma das medidas que incomodava o governo, também ficou para depois do Carnaval. Na reunião de líderes partidários desta manhã, a base governista conseguiu tirar da pauta imediata a proposta que eleva de 70 para 75 anos de idade de aposentadoria dos magistrados. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu a possibilidade de votar a matéria só depois do dia 23 de fevereiro.

Hoje, o líder anunciou que a Casa terá reuniões semanais com ministros. Segundo Guimarães, está sendo discutido também um encontro com a presidente Dilma Rousseff. "Terá com certeza", revelou. (Colaborou Ricardo Della Coletta)

Escolhido na tarde desta terça-feira, 3, para ocupar a liderança do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) ressaltou que um dos primeiros passos será o de reconstruir um diálogo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Guimarães ocupará o lugar de Henrique Fontana (PT-RS).

A escolha de Guimarães, vice-presidente nacional do PT, ocorre em meio à derrota acachapante do Palácio do Planalto na disputa pelo comando da Câmara. "O desafio agora é recompor a base. Estender a mão para o diálogo. Vamos fazer conversas bilaterais com todos os líderes além de reconstruir um dialogo com o presidente da Câmara", afirmou Guimarães ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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O convite do Palácio do Planalto foi feito por telefone no dia de hoje pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Pepe Vargas. A definição do governo ocorre um dia depois de os deputados da corrente majoritária, Construindo um Novo Brasil (CNB), se reunirem na Câmara e pedirem a saída de Pepe Vargas em razão da derrota ocorrida na disputa pela presidência da Câmara. O PT também ficou sem nenhum cargo na Mesa Diretora.

José Guimarães é um dos representantes da CNB, composta também pelo ex-presidente Lula. O grupo até aqui tem sido deixado de lado pela presidente Dilma neste segundo mandato, principalmente na ocupação dos principais cargos do Executivo.

Saída

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse nesta tarde que preferiu antecipar sua saída da liderança do governo na Câmara dos Deputados em virtude da derrota do candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O petista contou que se reuniu na segunda-feira, 2, com Pepe Vargas e pediu para que sua saída do cargo fosse acelerada.

Fontana argumentou que o calor da disputa pelo comando da Casa o impossibilitou de continuar na função. O ex-líder se envolveu diretamente com a campanha de Chinaglia e o concorrente direto, o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), criticou a interferência do governo e de seu líder na campanha. Antes de ser eleito, Cunha avisou que o PMDB não negociaria mais com o líder Fontana.

O ex-líder mencionou a falta de "afinidade" com Eduardo Cunha como um dos motivos para deixar a liderança do governo. " Um líder do governo tem de conversar com o presidente da Casa uma, duas, três vezes por dia. Então nós temos numa função dessa de ter alguma afinidade. Entendi que era melhor que eu não continuasse", explicou o deputado, que quer agora se dedicar à discussão da reforma política. Ele evitou comentar as críticas que sofreu dentro do próprio partido sobre sua atuação.

O vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (CE), classificou há pouco de "conversa para boi dormir" a justificativa dada pelo presidente do PTB, Benito Gama, para o desembarque da sigla da aliança para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PTB, que apoiou o governo no primeiro mandato de Dilma, deve anunciar hoje apoio ao candidato do PSDB, senador Aécio Neves, à presidência da República. Ao Estado de S. Paulo, Gama disse que divergências em acordos estaduais com o PT, como em Roraima, Acre, Piauí e Bahía, levaram o PTB a deixar o projeto nacional da presidente Dilma.

"Acho que é conversa para boi dormir. Não é problema nos Estados, isso todo mundo tem", disse Guimarães ao chegar à convenção nacional do PT que oficializa hoje a candidatura de Dilma. Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a perda do PTB - "se confirmada" - embora ruim "não é o fim do mundo". "Chama atenção para termos mais cuidado com os outros aliados", disse.

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Apesar de a justificativa oficial ser problemas nos Estados, a cúpula do PTB estava descontente por não ter conseguido emplacar um posto no primeiro escalão na reforma ministerial deste ano e de não ter conseguido confirmar o líder do partido no Senado, Gim Argello (DF), no Tribunal de Contas da União (TCU).

O secretário-geral do PT, deputado Geraldo Magela (DF), disse que o governo não tem "nenhuma responsabilidade" pela indicação de Gim ao TCU não ter prosperado. "A responsabilidade foi dele. Foi um processo (de Argello) de tentar forçar a barra".

Em reunião realizada nesta quinta-feira, 12, na Câmara dos Deputados, o líder do PT, José Guimarães (CE), foi cobrado por diversos prefeitos do Ceará sobre um posicionamento a respeito da candidatura ao Senado no próximo ano.

O prolongamento de uma indefinição, para alguns dos presentes, atrapalha as articulações e possíveis alianças no Estado. A confirmação da candidatura de Guimarães ao Senado ainda depende, no entanto, do um desfecho das conversas com o governador do Ceará, Cid Gomes, e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, que por sua vez quer disputar o comando do Estado em 2014.

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"Estamos iniciando o debate, vários prefeitos vieram fazer um apelo mas o PT tem um calendário que é até março para lançar suas candidaturas. Vamos ouvir todo mundo", afirmou Guimarães após o encontro com os prefeitos realizado em um das salas das comissões. "Acho que até o final de janeiro temos algo consolidado. Os aliados ainda não decidiram quem será o candidato a governador e o Cid me disse que isso vai ser tratado com a presidente Dilma", acrescentou.

José Guimarães foi alçado a vice-presidente nacional do PT em encontro realizado nesta quarta-feira em Brasília pela Executiva do partido. A posse deve ser efetivada na noite de hoje quando está previsto o 5º Congresso Nacional do PT.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), comemorou nesta quinta-feira, 24, o resultado da pesquisa Ibope em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual a presidente Dilma Rousseff venceria as eleições de 2014 já no primeiro turno. Embora tenha celebrado os números, dizendo que eles sinalizam que o governo escolheu o "caminho certo", Guimarães cobrou que o partido não pode ter "salto alto". "Estamos preparados para ganhar a eleição no primeiro ou no segundo turno", disse Guimarães ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

No cenário considerado hoje o mais provável, o levantamento traz Dilma com 41% das intenções de voto, contra 14% do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e 10% do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Cerca de 2 mil eleitores foram ouvidos entre 17 e 21 de outubro.

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O petista creditou o desempenho da presidente a resultados dos cinco pactos propostos por ela em resposta às manifestações populares de junho, citando a votação - e posterior sanção pela presidente - do projeto que destinou os recursos do petróleo para a educação e para a saúde, os investimentos anunciados para a mobilidade urbana e o programa Mais Médicos, sancionado na segunda-feira, 21. "O País percebe o esforço", acrescentou.

O deputado federal avaliou ainda que, para consolidar a força da sigla para o pleito do ano que vem, o PT precisa trabalhar agora para firmar alianças regionais, sobretudo com seu principal aliado, o PMDB. De acordo com Guimarães, esse esforço deve ser concentrado com a conclusão do processo interno de eleição do PT, em novembro.

Outros cenários

A pesquisa Ibope divulgada nesta quinta também traz outros cenários para o pleito do ano que vem. Com Marina Silva no lugar do governador de Pernambuco, a presidente marcaria 39%, versus 21% de Marina. Aécio, por sua vez, teria 13%.

Num quadro com o ex-governador José Serra (PSDB), Dilma teria 40%, o tucano 18% e Campos, 10%.

O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), disse nesta quarta-feira que o governo usou a necessidade de maior negociação e tempo para convencer os partidos para adiar a votação do Orçamento Impositivo. Para o líder, esse tempo era fundamental para abrir negociação sobre o tema. "Dá um tempo para o diálogo prosseguir", disse Guimarães, comemorando "a vitória do governo".

Pouco antes de receber a notícia do adiamento da votação, o líder do governo em exercício, deputado Henrique Fontana (PT-RS), havia confirmado que o desejo do Palácio do Planalto era adiar a votação para a próxima semana. Mais cedo, o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sugeriu que a proposta pudesse ser votada em dois turnos, ainda nesta quarta.

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Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), tentou desvincular as declarações do coordenador do grupo de trabalho da reforma política na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), da posição da bancada petista sobre o tema. Na primeira reunião do grupo instalado nesta semana, Vaccarezza disse que as propostas, a serem apresentadas em 90 dias, não valerão para as eleições de 2014. Guimarães disse que as declarações "não expressam o pensamento nem da bancada na Câmara nem do Partido dos Trabalhadores".

Segundo o líder, o PT mantém "posição unitária em defesa do plebiscito" e vai insistir na mobilização dos aliados para conseguir as 171 assinaturas necessárias para apresentação de um Decreto Legislativo ao plenário para a convocação da consulta popular. "A realização de uma reforma política que elimine as distorções produzidas pelo poder econômico é uma bandeira empunhada há anos pelo PT. Não temos medo de ouvir o povo, por isso entendemos que o plebiscito é o instrumento mais adequado para responder às vozes que clamam por mudanças no sistema de representação do País", justifica o texto assinado por Guimarães.

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O partido da presidente Dilma Rousseff trabalha para que as regras da reforma política que forem aprovadas este ano tenham validade já em 2014.

Curto-circuito

A indicação de Vaccarezza para a coordenação provocou, nas palavras do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), um "curto-circuito" na maior bancada da Casa.

O deputado Henrique Fontana (RS) era o preferido dos petistas por ter sido o relator da última proposta de reforma política em tramitação na Câmara, mas Alves insistiu no perfil "conciliador" de Vaccarezza. Fontana então desistiu de participar do grupo como mero representante do partido e o PT o substituiu por Ricardo Berzoini (SP) a quem, segundo a nota, caberá defender as posições da sigla no grupo de trabalho.

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