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O líder do governo Dilma Rousseff na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou o presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), pela decisão de revogar a anulação do processo de impeachment na Casa. Segundo Guimarães, o presidente interino da Câmara cedeu à pressão da oposição. "Vi o grau de pressão que foi feita, as pessoas aqui acham que tudo podem. Não ficou bom. Na política, tem que ter lado, tem que perfilar e caminhar. A sociedade prefere transparência do que pular de galho em galho", disse o líder, em café da manhã com jornalistas na liderança do governo.

Guimarães afirmou que a disposição do governo e dos aliados é de "não entregar os pontos no Senado", que deverá aprovar em plenário nesta quarta-feira, 11, o prosseguimento do processo de impeachment. Uma votação desfavorável levará ao afastamento de Dilma da presidência por até 180 dias, até a votação final do caso.

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"Se o Senado aprovar (o prosseguimento do processo de impeachment), temos condições plenas de reverter em um segundo momento. Está havendo uma mudança muito grande na opinião pública. Estamos seguros de que vamos lutar até o fim, essa é a orientação da presidente Dilma. O governo Dilma está muito maior do que quando começou o processo de impeachment na Câmara", disse.

O petista reconheceu que também houve pressão, que chamou de "articulação", por parte dos governistas para que Maranhão anulasse as sessões que levaram ao impeachment da presidente na Câmara. No domingo, 8, o presidente interino da Câmara reuniu-se com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma no Congresso, e com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), aliado da presidente, com quem discutiu a anulação das sessões.

O líder evitou comentar a fragilidade de Maranhão no comando da Câmara, especialmente no momento em que o presidente em exercício desagradou adversários e aliados do governo, ao anular o processo de impeachment e depois voltar atrás.

Guimarães negou que o encontro com os jornalistas tivesse clima de despedida do cargo, na véspera da votação no plenário do Senado. O petista provocou aliados de Temer no Congresso, ao comentar a possibilidade de o possível governo do peemedebista enviar medidas impopulares como as mudanças nas regras da aposentadoria. "Quero ver a oposição defender a reforma da Previdência", disse. O próprio PT foi contra a reforma quando o governo da presidente Dilma tentou aprovar novas regras no Legislativo.

Ao longo dos próximos 180 dias, depois de eventual afastamento da presidente, Guimarães defende que os aliados de Dilma atuem em três frentes, inclusive com recursos à Justiça. O líder afirmou, no entanto, que falava em seu nome e não no do governo. "Não sei qual vai ser o desfecho, mas minha opinião pessoal é lutar em três esferas: nas ruas, para dar mais velocidade (às manifestações pró-Dilma); não entregar os pontos no Senado e atuar também no Judiciário".

Guimarães cobrou novos levantamentos dos institutos de pesquisa e disse ter certeza de que a popularidade da presidente Dilma aumentou. Ele afirmou que não há hipótese de a presidente renunciar ao cargo, mesmo que amanhã o Senado aprove o afastamento de Dilma.

Guimarães defendeu que, com Dilma ou Temer no governo, a esquerda deve ser organizar em uma "frente ampla para discutir algo mais estratégico para o País". Segundo o líder, o diretório nacional do PT vai se reunir nos próximos dias 16 e 17, em Brasília.

A um dia da reunião em que o PMDB deve aprovar o rompimento oficial da aliança com a presidente Dilma Rousseff, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), subiu o tom e acusou o vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer, de estar no "comando" do "golpe".

"O PMDB é o PMDB. (...) Por mais que o vice-presidente esteja no comando dessa operação do golpe, duvido que os senadores e deputados queiram abrir mão dos espaços que têm no governo. E são espaços enormes", afirmou Guimarães, segundo vídeo da entrevista ao qual o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, teve acesso e confirmado pela assessoria do parlamentar.

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O deputado afirmou que o governo entende que o "melhor caminho" é manter o PMDB no governo, mas "evidentemente, depende deles". "Não estamos também para ficar adulando ninguém. O problema é político. Não há razões nenhuma para esse golpe. E estamos mobilizando o Brasil. Em todos os cantos a mobilização é grande", disse.

O líder do governo avaliou ainda que os peemedebistas estão "acuados", "porque a história não vai jamais esquecer dessa atitude golpista daqueles que querem o golpe, que já se beneficiaram do governo Lula e agora ficam com essa história de dar o golpe". "Vamos mostrar para o País que ninguém dá o golpe impunemente", emendou.

Procurado pelo Broadcast Político, o líder do governo na Câmara confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, o que falou na entrevista nesta manhã aos órgãos de imprensa do Ceará. Mas informou que, por enquanto, não quer mais comentar o assunto.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), negou que a presidente Dilma Rousseff tenha definido que entregará sua defesa no processo de impeachment na próxima terça-feira (22) como anunciado pelo deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), na manhã desta sexta-feira (18). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a petista iria antecipar sua defesa. Ambos atribuíram as informações a Guimarães.

"Não disse isso. Comentei na reunião de líderes que o governo tem pressa em resolver, em enterrar esse vivo-morto", disse Guimarães, salientando que ainda não falou com governo sobre a apresentação da defesa.

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Cunha realizou sessão plenária nesta sexta-feira, abrindo a contagem do prazo para a apresentação da defesa e elaboração do parecer pelo seguimento ou não do processo de impeachment.

A partir desta sexta, Dilma tem até dez sessões plenárias para entregar sua defesa. O relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), terá outras cinco sessões para elaborar o parecer.

Algumas horas após a primeira reunião de coordenação política de 2016 com a presidente Dilma Rousseff, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), anunciou uma nova mobilização nacional contra o Aedes aegypti na próxima sexta-feira, 19.

De acordo com Guimarães, o combate ao mosquito, que é vetor dos vírus da dengue, febre chikungunya e do zika, é a maior preocupação do Palácio do Planalto e foi a principal pauta do encontro desta segunda-feira, 15. "Não é uma campanha de governo, e sim da sociedade brasileira", disse.

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"Para a nova mobilização, todos os ministros estão sendo chamados mais uma vez para dar aulas e apresentar campanhas práticas. O objetivo é permitir que a população possa participar individualmente na sua casa, dando a sua contribuição", explicou Guimarães.

A última ação nacional foi realizada neste sábado, 13. Para ele, o balanço do ato foi "muito forte e positivo", principalmente por causa da velocidade com que a campanha foi planejada e realizada. Fato que, segundo o petista, deve ser destacado por "todos aqueles que querem eliminar o mosquito".

Neste sábado, 13, todos os 31 ministros foram convocados a escolher uma cidade e demonstrar apoio público à mobilização. Apenas dois deles não conseguiram participar presencialmente, mas foram representados pelos secretários-executivos das pastas.

A presidente Dilma participou da campanha no Rio de Janeiro. Ao todo, 220 mil militares das Forças Armadas atuaram em 356 cidades de todo o País. A campanha atingiu mais de dois milhões de residências e consistiu na entrega de panfletos e conscientização sobre como eliminar os focos do Aedes aegypti.

Os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados deixaram nesta terça-feira (2) a reunião com os ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), no Palácio do Planalto, com a orientação de tentar todos os esforços para concluir as matérias do ajuste fiscal iniciadas ano passado. 

A recomendação dos ministros no encontro marcado para tratar estratégias e prioridades de votação para os primeiros meses de 2016 foi buscar o consenso com outros parlamentares, de modo a votar as medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Casa.

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“Se votar amanhã está de bom tamanho para o recesso do carnaval”, afirmou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE). Entre as medidas, a mais importante para o governo é a que eleva o Imposto de Renda da Pessoa Física sobre o ganho de capital (MP 692/15), que altera a tributação sobre o lucro de bancos.

De acordo com Guimarães, o pedido dos ministros é para concluir a pauta e aguardar outras prioridades do governo que ainda estão em fase inicial de tramitação. É o caso das propostas de emenda à Constituição (PEC 140/15), que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), e a PEC 4/15, que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2019.

“O esforço é para concluir, virar a página. Temos de votar rapidamente as MPs para iniciarmos esse novo debate”, disse o líder petista. José Guimarães acrescentou que, tão logo os novos líderes partidários sejam definidos (até fim do mês), a base aliada tentará retomar o diálogo com a oposição, “que nos ajudou bastante na DRU [aprovada pela Comissão de Constituição de Justiça – CCJ]. É essa relação que tem de ser preservada. Não é pedir apoio, mas discutir a agenda, o pacto do desenvolvimento, com projetos que interessam ao país”, destacou.

José Guimarães disse ainda que o governo estuda a possibilidade de reunir as propostas da DRU e CPMF, mas não detalhou como seria feito. A PEC da CPMF ainda está em fase inicial e aguarda a apresentação do parecer do relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), que deve entregar o texto logo após o carnaval.

Em seguida, a proposta será analisada por uma comissão especial e, se aprovada, submetida à votação em dois turnos no plenário da Câmara e outros dois turnos no plenário do Senado. O Planalto quer que toda essa tramitação seja concluída até maio, a fim de que a contribuição, caso aprovada, atinja a previsão de arrecadação de R$ 10 bilhões.

O problema é que algumas legendas da Casa são contrárias à criação do imposto e de elevações de tributação, como a prevista na MP 692/15. “O Brasil fechará 2016 com retomada e para retomar tem de ter equilíbrio”, defendeu o líder.

José Guimarães atacou economistas que têm criticado o governo pelas propostas de criação de impostos. “Esses economistas são contrários à tributação de ganho de capital? O que justifica. em um ano de restrições fiscais e econômicas, os dois maiores bancos privados terem lucro de R$ 20 bilhões? Essa gente não pode contribuir para tirar o país da recessão? A CPMF é nova, mas é provisória. A CPMF é ruim para quem ganha muito. Vamos trabalhar para aumentar essa tributação onde são registrados maiores lucros.”

Conforme o líder do PT, a Fazenda está analisando outras medidas para garantir um ano mais tranquilo. Entre outras, Guimarães citou a reforma previdenciária e as mudanças na cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), mas disse que não existe nada concluído ainda. "Não tem um pacote. São medidas", concluiu.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), defendeu nesta terça-feira, 26, que o Congresso retome os trabalhos na próxima semana "virando a página" do pacote de ajuste fiscal e do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Afirmando que 2015 foi "o ano do fim do mundo", o petista disse que a palavra de ordem agora é retomar a agenda do desenvolvimento.

Para isso, líderes da base aliada se reunirão na próxima semana com os ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) com o objetivo de firmar um "pacto pelo desenvolvimento", segundo o deputado, e discutir a agenda econômica do País. O pontapé inicial será dado na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado "Conselhão", marcada para quinta-feira, 28, onde é esperado o anúncio de novas medidas pelo ministro da Fazenda. "Nossa expectativa é que essas medidas sejam de retomada do crescimento", disse o deputado, defendendo a retomada das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os projetos de infraestrutura e o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3, este para reaquecer o setor de construção civil.

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O primeiro passo no Congresso, explicou Guimarães, é concluir as votações de duas Medidas Provisórias (692 e 694), da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O líder falou em abrir diálogo com a oposição para aprovar essas matérias, principalmente a CPMF, que poderá ajudar na recomposição das contas públicas e ter seus recursos divididos entre União, Estados e municípios. "A primeira parte da agenda é essa", disse.

Guimarães defendeu que a Câmara enfrente de maneira célere o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Temos pressa em virar essa página, para o bem ou para o mal. Não tem de ficar discutindo isso o tempo todo. O País não quer ficar preso a isso", disse.

O líder do governo quer que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), monte o mais breve possível a comissão especial que analisará o pedido de afastamento da petista. "O País não quer ver essa Câmara parada, esperando isso ou aquilo", insistiu. Ele enfatizou que é preciso, para retomar o ritmo dos trabalhos na Casa, a definição sobre a situação de Cunha à frente da presidência da Câmara. "Temos de vencer isso tudo logo".

Questionado sobre a proposta de reforma da Previdência, Guimarães pregou que o assunto seja discutido primeiro entre as centrais sindicais e depois com o governo. Em relação à MP 703 - uma das dez enviadas pelo Executivo no recesso parlamentar e que trata dos acordos de leniência com empresas envolvidas em corrupção -, o líder governista disse que a medida é fundamental para a retomada do crescimento. "Acordo de leniência veio para preservar os investimentos. As empresas precisam continuar trabalhando. Quem cometeu o delito já está pagando", declarou o deputado, defendendo a aprovação do "melhor texto" e "em tempo recorde".

Castro

Sobre as críticas às declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, em relação ao combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, Guimarães destacou que o ministro tem seu apoio e que o governo está se esforçando para "vencer a guerra" contra o mosquito. "Não está havendo nenhum problema na relação dele com o governo. É um ministro que tem nosso apoio e tem feito um esforço tremendo, percorrendo o País nesta mobilização social com governadores e prefeitos. Confio que ele vai dar conta do recado", afirmou.

Guimarães disse não concordar que o mosquito esteja "ganhando de goleada" a guerra. "O governo tem que partir para cima, seja o ministro da Saúde, seja os agentes de saúde, prefeitos ou governadores", emendou.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), e o líder do governo na Casa, José Guimarães (CE), vão compor a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O Partido dos Trabalhadores tem direito a oito indicações. Os outros seis nomes serão definidos até segunda-feira (7).

“Nomes do PT na Câmara na comissão especial serão definidos apenas na segunda. Líderes Sibá Machado e José Guimarães farão parte”, disse a bancada, no Twitter.

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A decisão de abrir o processo de impeachment contra a petista foi anunciada na quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A comissão especial deverá analisar o mérito das denúncias e emitir parecer pela continuidade ou não do processo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), deixou a reunião desta terça-feira (24) no Palácio do Planalto com a missão de agilizar a tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC 140/15) que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aguardando a indicação de um relator.

“Independentemente se vai dar para debater este ano, a matéria não pode ficar dormitando nas gavetas da CCJ”, disse ele. Pelas contas do Executivo, com a retomada da contribuição a arrecadação de impostos pela União passaria a R$ 32,2 bilhões em 2016, se a PEC for aprovada até o fim do ano e voltar a ser cobrada a partir de abril do próximo ano, 90 dias depois.

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A missão de Guimarães foi dada pelo ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, depois do encontro, que teve a participação de representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Segundo o deputado, a pressão para que a matéria avance foi feita pelas entidades que querem receber parte do que for arrecadado.

Pela proposta do Executivo, a CPMF representaria uma alíquota de 0,20% para a União. Em debates promovidos pelo governo e também no Congresso Nacional, governadores e prefeitos propuseram alíquota de 0,38% para que, além do percentual destinado à União, cada um garanta o recebimento de 0,09% da contribuição em seus cofres.

“Há uma divergência entre eles sobre o critério de distribuição entre municípios e estados, com FPE ou FPM [fundos de participação de estados e municípios]. Eles pediram que agilizemos a indicação do relator da PEC”, explicou. Guimarães antecipou que o impasse sobre a distribuição dos recursos será discutido diretamente com o relator da proposta.

Segundo o líder, as entidades pretendem encaminhar o pedido em um ofício a ser entregue ainda hoje ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Outra demanda dos municípios foi o avanço nos debates sobre o critério de reajuste do piso nacional dos professores. A matéria está tramitando no Senado.

Orçamento

Além das matérias que tramitam nas duas casas separadamente, o governo tem hoje o desafio de tentar avançar na votação dos vetos presidenciais feitos a projetos aprovados pelos parlamentares, que ainda aguardam decisão do Congresso.

“São vetos simples que não têm grande consequências. Vamos trabalhar para manter os vetos 44 e 45 [que tratam da gestão dos terrenos de Marinha e da inclusão de policiais no Minha Casa, Minha Vida] e no veto da chamada bengalinha. O governo entende que não é questão dele [governo]. Vai transferir para que a Câmara decida o melhor caminho”, afirmou.

Segundo Guimarães, há uma posição unânime na base aliada de garantir quórum. “Se houver obstrução da oposição, como na vez passada, vamos garantir o quórum e entrar no mérito da matéria”, acrescentou.

Apenas depois de limpar essa pauta, em sessão conjunta da Câmara e do Senado marcada para as 19h de hoje, o Congresso pode começar a votar propostas orçamentárias que começam com o projeto de lei (PLN 5/15) que reduz a meta de superávit primário para 2015, alterando a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano (13.080/15) e revisando a meta de economia para pagar os juros da dívida. “Precisamos votar essa matéria ainda hoje. É prioridade para o governo”, completou.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Francisco Falcão, se reuniu, nesta terça-feira (17), com o  líder do maior bloco da Câmara, deputado federal Eduardo da Fonte (PP), juntamente com o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE) e de outros partidos para tratar da pauta do Judiciário na Câmara dos Deputados.

Entre as matérias que foram discutidas está o Projeto de Emenda Constitucional 209/2012, que trata da repercussão geral para os recursos especiais. A PEC visa dar celeridade ao andamento de ações no STJ, já que é de competência do órgão julgar, em recurso especial, causas decididas pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados e do Distrito Federal.

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“A celeridade é a palavra que todos cobram do Judiciário – tanto a sociedade, como, nós próprios, os magistrados”, destacou o ministro. O texto principal da PEC deverá entrar na pauta de votação da Câmara semana que vem. 

O Palácio do Planalto definiu como prioridade da semana garantir o quórum para analisar os vetos da presidente Dilma Rousseff na sessão do Congresso marcada para esta terça-feira (17). Em outubro, mesmo após a reforma ministerial, o governo não conseguiu levar ao plenário o número mínimo de deputados e senadores para dar início à sessão, e a apreciação dos vetos foi adiada duas vezes.

O Planalto considera essencial a manutenção dos vetos às chamadas pautas bombas, ou seja, que podem causar impactos bilionários aos cofres públicos. A principal delas é o do reajuste dos servidores do Judiciário, que pode gerar uma despesa de R$ 36,2 bilhões até 2019.

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"Acertamos que de hoje (16) até amanhã (17) é muito diálogo para a sessão do Congresso. Manter os vetos é fundamental para estabilizar a relação política e dar uma sinalização para o País", disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) também classificou a manutenção dos vetos como "importantíssima, não para o governo, mas para o Brasil". "É interesse da Nação nós mantermos o veto, porque, senão, indiscutivelmente não vamos ter como fazer nenhum ajuste fiscal", afirmou.

A reunião de coordenação política do governo foi comandada nesta segunda-feira pelo vice-presidente Michel Temer, já que a presidente Dilma Rousseff está na Turquia para o encontro do G-20. Participaram do encontro ministros e líderes do governo.

Segundo Guimarães, apesar dos esforços do governo em fazer avançar a tramitação da CPMF no Congresso, o foco esta semana não será a discussão da volta do imposto. "Nós já temos que cuidar de muitas coisas", disse.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), assumiu nesta terça-feira, 10, que o Executivo ainda não tem votos suficientes para aprovar o projeto da repatriação de recursos, cuja votação no plenário da Casa está marcada para amanhã. Hoje, ele e outros líderes de partidos da base aliada se reuniram com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, no Palácio do Planalto, para discutir o assunto.

"(A estratégia será) arrumar votos", afirmou o petista em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Na reunião, eles também debateram sobre a Medida Provisória (MP) 688, sobre o risco hidrológico, prevista para ser votada nesta terça-feira em plenário. Guimarães convocou uma nova reunião com líderes da base às 18h de hoje, para discutir repatriação. O relator da matéria, deputado Manoel Junior, também participará.

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Na quarta-feira da semana passada, o líder do governo propôs acordo com a oposição para adiar a votação da repatriação para amanhã, por não ter votos suficiente para aprovar a matéria naquele dia. De acordo com Guimarães, o objetivo do governo é finalmente votar o projeto nesta quarta-feira, 11. A matéria é considerada essencial pelo Executivo, pois faz parte das medidas do ajuste fiscal em andamento.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a aprovação do projeto de regularização e repatriação de ativos de brasileiros mantidos no exterior, sem mencionar, na tribuna, o polêmico artigo incluído pelo relator Manoel Jr. (PMDB-PB), que regulariza a situação de recursos oriundos de crimes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

"Participei ativamente de discussões com o relator, com o presidente da comissão especial de análise, com líderes da oposição e diversos partidos. A oposição sabe da importância desse projeto para regularizar aquilo que é lícito e está no exterior", disse Guimarães, que defendeu a votação do projeto ainda hoje.

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Sobre a destinação do dinheiro que será arrecadado com a multa que será cobrada, Guimarães defendeu que a aprovação do texto atual não inviabiliza uma mudança no futuro. Inicialmente, o projeto do governo previa que o dinheiro fosse destinado à formação de um fundo que viabilizaria a reforma do ICMS, considerada prioritária pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Como a reforma está parada no Congresso, o relator Manoel Jr. alterou a destinação do dinheiro: pelo texto atual, vai para os fundos constitucionais de Estados e municípios, o FPE e o FPM.

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (27) que a Câmara dos Deputados retomou a votação da pauta de interesse do país. Ele respondeu a questionamento da imprensa se houve mudanças recentes na relação entre os poderes Executivo e Legislativo. 

“A mudança que houve é que a Câmara está votando, está discutindo a agenda econômica do país. Saiu de pauta negativista da oposição”, disse. “A base começou a pensar o país”, acrescentou Guimarães.

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Segundo ele, as prioridades do governo na Câmara incluem a votação da Medida Provisória 687/15, que reajusta taxas de três órgãos federais, e do projeto de repatriação de recursos no exterior (PL 2960/15), que faz parte do ajuste fiscal e tranca a pauta do Plenário devido à urgência constitucional. “É uma das medidas essenciais para a retomada do crescimento da economia brasileira”, destacou.

O líder disse acreditar que, até o final deste ano, a Câmara vai concluir a análise do Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 (PLN 6/15); da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e da Lei Orçamentária Anual (LOA). “Estou muito otimista”, disse. “E vamos fazer um debate público, da maior dimensão, com governadores, prefeitos e com o Congresso sobre a CPMF”, completou.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo não está preocupado com o novo pedido de impeachment protocolado hoje por líderes da oposição na Casa. De acordo com o petista, o que preocupa o Executivo atualmente é votar a agenda do ajuste fiscal.

"Essa é uma pagina virada. Não há ambiente político para ser essa pauta permanente aqui", afirmou Guimarães, para quem a oposição está "completamente fora de eixo". O petista aconselhou oposicionistas a discutirem a nova agenda econômica e os projetos do ajuste fiscal que tramitam na Casa. "A oposição está ausente do debate econômico do País e deveria opinar se é contra ou a favor".

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O petista defendeu que a oposição precisa deixar clara sua opinião e, se for contra, apresentar alternativas. "Nem nos tempos que o PT fez oposição, que era outra conjuntura, foi tão inexistente, foi tão gritante a falta de propostas para o País", criticou. O líder também rebateu campanha da oposição do "Natal sem Dilma". "E se eu devolver na mesma moeda: que tal Natal com DRU, com CPMF?", alfinetou.

Na avaliação de Guimarães, o novo pedido de impeachment apresentado nesta quarta-feira não tem consistência ou fundamento e é uma agressão à Constituição. "Quer dizer que as decisões do Supremo só servem quando atendem a oposição?", questionou, referindo-se ao discurso de oposicionistas de que pretendem apresentar recurso ao plenário, caso o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indefira o pedido.

O líder do governo mais uma vez evitou comentar as denúncias contra Cunha. O peemedebista é suspeito de possuir contas secretas na Suíça, por meio das quais teria recebido propina. "O governo não tem essa pauta na sua agenda, essa é a pauta da oposição", afirmou. Segundo ele, o governo está preocupado apenas com o diálogo com Cunha para construir a agenda do crescimento.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), reagiu nesta terça-feira (20) à possibilidade de cortes no Bolsa Família. Em entrevista à imprensa após participar da reunião de líderes com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o petista saiu em defesa do programa social e disse que, como parlamentar, é contra os cortes.

"Bolsa Família não é esmola nem serve para sustentar quem não quer trabalhar", afirmou. De acordo com Guimarães, o Bolsa Família e os outros programas sociais são a "alma do governo". "Não acho necessário diminuir, pelo contrário, defendo até aumentar", emendou o líder do governo.

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A intenção de fazer cortes no Bolsa Família no Orçamento de 2016 foi anunciada pelo deputado Ricardo Barros (PP-RR), relator da peça orçamentária. Hoje pela manhã, em reunião no Planalto, Barros avisou ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que poderá cortar até R$ 10 bilhões dos R$ 28,8 bilhões previstos no programa.

Cunha

O líder do governo evitou comentar as denúncias contra Eduardo Cunha, de que ele teria contas secretas na Suíça e patrimônio de cerca de R$ 61 milhões no exterior, não declarados. Ele alegou não poder se manifestar pelo governo em relação ao peemedebista, pois a "questão de Cunha não é questão do governo". "O diálogo do governo com o presidente da Câmara é apenas no sentido de fluir a pauta", disse.

Na entrevista, Guimarães também evitou comentar sobre relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que aponta que a presidente Dilma Rousseff cometeu as chamadas "pedaladas fiscais" também em 2015. "Não perco o sono nem tempo com o Tribunal de Contas. O TCU é auxiliar do Congresso Nacional, quem julga é o Congresso", afirmou.

Repatriação

Ainda de acordo com Guimarães, o projeto de lei com normas para regularizar a repatriação de recursos não declarados à Receita Federal deve ser votado entre hoje e amanhã na comissão especial que analisa o projeto. Segundo ele, o governo "avançou bem" em relação à matéria. "Acredito que, até amanhã, consolidamos com o Ministério da Fazenda o texto", disse ele, referindo-se às possíveis mudanças no texto original enviado pelo Planalto no início de setembro.

O petista também reforçou que o governo está "buscando entendimento" com lideranças partidárias na Câmara para conseguir a admissibilidade do projeto da Desvinculação de Receitas da União (DRU) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O mecanismo permite ao governo remanejar parte do que arrecada, o que poderá ajudar o Executivo a desengessar o Orçamento da União no momento em que o governo se esforça para equilibrar as contas públicas.

Reunião

O líder do governo avaliou que a reunião das lideranças foi "tranquila", "não teve polêmica". De acordo com ele, a pauta desta semana é "leve" e não tem projetos que preveem grandes impactos sob os cofres do governo. "Vamos votar as várias urgências nesta semana", disse, destacando que a Medida Provisória (MP) do Seguro Rural deve ser votada amanhã. Na reunião, acrescentou, líderes também chegaram a um consenso de que é "inoportuno" votar a flexibilização da "Voz do Brasil" nesta semana.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) saiu nesta quinta-feira, 24, em defesa da permanência dos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Segundo ele, os três são figuras fundamentais para o governo atualmente e estão "trabalhando muito pelo País". "São grandes ministros. É imprescindível a participação deles nesse momento de ajuste e de retomada de crescimento", afirmou.

Guimarães disse desconhecer a reunião do líder do PT, Sibá Machado (AC), em que parte da bancada do partido teria defendido a saída dos ministros. "Como líder de governo acho que é um desserviço alguém chegar para a presidente e pedir cabeça desse ou daquele ministro", afirmou.

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Sibá negou nesta quinta-feira que tenha pedido a cabeça dos ministros. "Nunca falei que tem um grupo que defende afastamento, o que existe, e sempre falei isso, é que existem integrantes do PT descontentes. Isso é verdade", afirmou.

Para Guimarães, entretanto, as críticas aos ministros "não pelos seus defeitos, mas pelas suas virtudes". "Até porque, o Cardozo e o Mercadante são pessoas honradas, que prestam grande serviço", disse.

O líder do governo reconheceu, porém, que a reforma ministerial pode causar insatisfações no partido. "Provavelmente se a presidente fizer uma reforma ampla e atingir o PT vai ter insatisfação, como terá em outros partidos, isso faz parte do jogo", disse.

Guimarães destacou que é fundamental nesse momento "todos darem crédito de confiança à presidente". "Ela está fazendo o melhor para nova governabilidade", disse. A presidente Dilma Rousseff está negociando com o PMDB e deve entregar até cinco pastas ao partido.

Dólar

Guimarães afirmou também que não vê problemas caso o governo decida usar as reservas internacionais para conter a alta do dólar. "Se necessário for, se a equipe econômica achar necessário, pode ser uma saída. Não vejo problema nenhum se esse tiver que ser o caminho, mas isso quem decide é a presidente Dilma", disse.

Hoje, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falou sobre o uso dessa ferramenta. "As reservas são um seguro. Pode e deve ser utilizado", afirmou.

Guimarães reconheceu que a alta do dólar - que tem batido recordes nesta semana - é preocupante, mas destacou justamente que as reservas brasileiras asseguram que o País não vai quebrar e ainda criticou o comportamento do mercado financeiro. "O mercado especula demais. Eu ouvi declarações hoje de que não há razão nenhuma para essa subida do dólar", disse. "Não há razão nenhuma que seja razoável para esse estresse do mercado."

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse nesta quinta-feira, 27, que todas as decisões da reforma ministerial que o governo pretende fazer cabem à presidente Dilma Rousseff, mas que ele tem certeza de que a reforma será "ampla". "Não posso falar sobre um tema, o detalhamento, porque quem vai fazer isso é a presidente Dilma da forma que ela achar conveniente", disse. "Mas estou convencido que será uma reforma ampla, importante para o País e um sinal para a sociedade que o governo está fazendo sua parte", disse nesta quinta-feira, 27.

Segundo Guimarães, não há ainda nenhuma definição sobre quais e quantos ministérios devem ser extintos. "Não tem nada definido. Há uma decisão de que vamos fazer uma reforma administrativa e cortar aquilo que é oneroso para financiamento da máquina pública", disse. "Temos que racionalizar, integrar e enxugar. Na hora certa, a presidente vai fazer e dizer o que vai fundir ou não", completou.

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também comentou hoje os rumores de que a reforma ministerial seria menos abrangente e apenas uma mudança de status de algumas pastas. "Se for isso, é uma simulação de corte, não é o que a gente gostaria de ver. Por isso acho que tem que tramitar a minha PEC que prevê a redução para 20 ministérios", afirmou.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que a reforma administrativa anunciada nesta segunda, 24, pelo Palácio do Planalto era um 'clamor' de todos os críticos e, maior do que o impacto financeiro, é o impacto político da medida. "O governo vai cortar na própria carne, mostrar para o País que não está de brincadeira", declarou.

Guimarães disse que o governo precisava "fazer sua parte" e que a partir de agora se dedicará a discutir com a base aliada, partidos e movimentos sociais os termos da reforma para "não criar embaraços". O objetivo, ressaltou o petista, é adotar uma ação "enérgica" e ampla para mostrar que o Executivo vai mesmo "apertar o cinto".

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Mais cedo, o governo anunciou que cortará 10 ministérios, mas ainda não há definição de quais seriam as pastas. A expectativa é que a redução das pastas aconteça em setembro. "Para o bem da governabilidade, a reforma administrativa é vital num momento de superação como esse", concluiu Guimarães.

Temer

Diante do agravamento do cenário político, da possibilidade de o PMDB desembarcar do governo e de os pedidos de impeachment protocolados na Câmara prosperarem, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que o vice-presidente Michel Temer continuasse na articulação política. O peemedebista concordou em ficar, mas avisou que não vai cuidar de liberação de emendas parlamentares e composição do segundo e terceiro escalões do governo. Essas negociações serão conduzidas pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS).

"Vou sentir falta de Temer no dia a dia", afirmou Guimarães. Ele garantiu que a mudança na articulação não causou nenhum "estremecimento" entre as partes e que Dilma e Temer estão em "sintonia". "Isso está bem resolvido", enfatizou. Guimarães afirmou ainda que vai continuar procurando Temer para tratar de articulação política.

A presidente Dilma Rousseff (PT) cumpre agenda em Pernambuco na próxima sexta-feira (21). Ela virá ao Estado para inaugurar o Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco na cidade de Cabrobó, no Sertão. De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT), a visita da petista integra a série de agendas da “força tarefa” que o governo está organizando para reforçar a retomada da popularidade.

“Dilma vai a Pernambuco e lá, vejam só, será entregue o primeiro trecho de 50 km da transposição, que tanta gente falou que não iria sair", detalhou ao participar de uma coletiva, nesta segunda-feira (17), no Palácio do Planalto, após a avaliação política das manifestações desse domingo (16). 

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Segundo a assessoria de imprensa do Planalto, uma equipe técnica da gestão federal foi encaminhada ao local nesta segunda para averiguar as condições do equipamento e viabilidade da vinda da presidente.

O trecho entrou em fase final de testes no último dia 9. E levou as águas do Velho Chico da captação, em Crabrobó, até o primeiro reservatório eixo, em Tucutú, percorrendo nove quilômetros de canais. Na última semana, vários outros testes foram realizados no empreendimento federal. 

A visita acontece exatamente um ano depois da última inspeção da presidente ao local. A obra da Transposição começou a ser construída em 2007 e, quando concluída, deve fornecer água para cidades sertanejas de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Depois de mais uma reunião com o vice-presidente Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e Eliseu Padilha, da Aviação Civil, os líderes dos partidos da base no Câmara se comprometeram a tentar evitar a votação de novas "pautas-bomba" e fazer, a exemplo do Senado, uma proposta de agenda positiva. Em troca, receberam a promessa de que a presidente Dilma Rousseff vai receber cada uma das bancadas, individualmente. Depois de uma semana complicada, em que o governo perdeu o controle dos aliados e os líderes informaram ao governo que não conseguiria segurar as votações, os deputados mudaram completamente o tom.

"O entendimento é que há de se fazer esforço coletivo para evitar votações de matérias que onerem e acarretem mais despesas, não só para Estados e municípios quanto para a União, ao exemplo do que foi feito com a PEC 443", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). "Vamos dialogar para evitar pautas que gerem despesas. E ficamos também de discutir, no início da próxima semana, uma pauta comum da base para a Câmara. É importante em um momento como este a Câmara dialogar com o País, agregarmos, a exemplo do que fez o Senado, uma pauta positiva para o País."

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O clima foi totalmente diferente do encontro há uma semana, quando o governo ainda tentava evitar a votação da PEC 443, que vincula os salários dos advogados da União e dos delegados da Polícia Federal ao de ministros do Supremo Tribunal Federal, a um custo de R$ 2,4 bilhão ao ano. Do encontro, avaliado como "desastroso", saiu a maior derrota no governo na Câmara, quando a PEC foi aprovada com apenas 16 votos contrários. Guimarães deu a entender que os deputados sentiram a má repercussão da votação.

"A política é muito dinâmica. Cada semana é uma semana. Todos vocês sabem do impacto da votação da 443, o sentimento que se generalizou no País sobre essa decisão da câmara. A partir dessa análise construímos um novo patamar de diálogo que é muito importante para consolidar isso e refazer o que fizemos", afirmou Guimarães. O líder do governo foi o único a falar depois do encontro.

O deputado afirmou que ainda esta semana Dilma e Temer irão receber as bancadas individualmente para "dialogar sobre a necessidade de repactuarmos a base". A presidente deve ouvir queixas e cobranças sobre a falta de nomeações para cargos e liberação de emendas, uma das maiores reclamações das bancadas e que teria levado à rebelião da semana passada.

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