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Os serviços de transporte e os de informação e comunicação foram as atividades que apresentaram o maior impacto na alta da receita bruta nominal do setor como um todo em junho deste ano, ante junho de 2012, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), inaugurada nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "As atividades que mais influem são informação e comunicação, transporte e serviços profissionais", disse o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.

Dos 8,6% de alta na receita bruta nominal dos serviços registrados em junho ante junho de 2012, 3,0 pontos porcentuais se deveram à atividade "transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio". "O transporte vem apresentando taxas de crescimento bastante expressivas", explicou Saldanha. "É uma função direta da demanda das empresas industriais e do crescimento agrícola", completou o técnico, destacando também o crescimento do transporte por dutos.

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Serviços de informação e comunicação responderam por 2,7 pontos porcentuais. Segundo Saldanha, puxados pela demanda das empresas e governos. Já os "serviços profissionais, administrativos e complementares" adicionaram 1,6 ponto porcentual ao índice cheio. Mesmo com variação expressiva, os "serviços prestados às famílias" pesaram 0,6 ponto porcentual, enquanto "outros serviços" responderam por 0,7 ponto porcentual.

Rio de Janeiro

A receita bruta nominal dos serviços prestados a famílias recuou 0,7% no Estado do Rio de Janeiro em junho, ante junho de 2012, enquanto no Brasil como um todo registrou alta de 9,0%. O movimento é explicado por fatores sazonais, pois o Rio sediou, em junho de 2012, a Rio+20, elevando a base de comparação com junho deste ano, a despeito da Copa das Confederações. "A Copa das Confederações foi espalhada em seis Estados", destacou há pouco o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.

Segundo Saldanha, o crescimento continuado do setor de serviços no País permite afirmar que o século 21 será o século dos serviços. "A tendência de crescimento continuado do setor de serviços nos permite afirmar que o século 21 será o século dos serviços", disse.

O resultado de junho do índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central, o IBC-Br, mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deve ser o mais alto do ano, avalia o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal. "O resultado do IBC-Br não altera muito a percepção de PIB do segundo trimestre, mas mostra que deve ser o nível mais alto do ano", comentou. A casa projetava alta de 0,70% no IBC-Br em junho ante maio, mas o avanço foi de 1,13%. No segundo trimestre, o IBC-Br subiu 0,89% ante os três meses anteriores, nos dados com ajuste sazonal.

"Acreditava antes que o primeiro trimestre seria o mais forte e depois a atividade iria diminuindo, mas acho que o salto vai ser no segundo trimestre", diz Leal, que passou a projetar alta de 1,10% no PIB do período entre abril e junho. Antes, a expectativa era de 1,00% de expansão.

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A incógnita a partir de agora é o terceiro trimestre. Para o economista, os dados preliminares de julho mostram a confiança muito fraca no início do período. "O terceiro trimestre começou ruim, mas temos que levar em consideração que os dados são de julho, o auge do problema político com as manifestações. Do mesmo jeito que a popularidade da presidente Dilma atingiu o ponto mais baixo em julho e começou a se recuperar em agosto, o mesmo pode se dar com os níveis de confiança", entende.

Mesmo otimista de que um mau resultado em julho será um ponto fora da curva, o economista admite que o PIB do terceiro trimestre "certamente será menor" do que o dos três meses anteriores. "Já tenho visto gente dizendo que não descarta um PIB negativo no terceiro trimestre. Acho isso ainda precipitado, mas de qualquer maneira há uma indicação de que o PIB do terceiro trimestre pode ser o mais baixo para o ano."

A projeção de PIB do segundo trimestre próxima de 1,10% reforça a expectativa do banco de que o crescimento econômico no fechamento do ano chegue a 2,3%. O IBC-Br de junho um pouco acima do previsto pela casa dá folga para um dado ruim no terceiro trimestre. "A não ser que de fato se verifique um PIB negativo no terceiro trimestre, caminhamos para 2,3% no fechamento de 2013."

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,13% em junho em relação ao mês anterior, após registrar queda de 1,50% em maio ante abril (dado revisado), na série com ajuste sazonal. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 15, pelo BC, o número passou de 144,80 pontos em maio para 146,43 pontos em junho na série dessazonalizada.

A alta do IBC-Br ficou abaixo da mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções (+1,25%) e dentro do intervalo das estimativas (+0,20% A +1,90%).

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Na comparação entres os meses de junho de 2013 e de 2012, houve expansão de 2,35% na série sem ajustes sazonais. Na série observada, junho terminou com IBC-Br em 144,55 pontos. O indicador de junho de 2013 ante junho de 2012 ficou abaixo da mediana, de +2,70% e dentro das previsões (+2,20% A +3,40%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções.

Nos 12 meses encerrados em junho de 2013, o crescimento foi de 1,94% na série sem ajuste. No acumulado do ano até junho, houve alta de 2,90% (sem ajuste). O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

O BC revisou alguns dados do índice de atividade econômica calculado pela instituição, o IBC-Br, na série com ajuste. Para maio de 2013, foi revisado para -1,50%, ante -1,40% na divulgação anterior. Para abril, foi revisto para +0,93%, ante +0,96% na divulgação anterior.

Para março de 2013, foi mantida a taxa de +1,10%. Para fevereiro, foi revisto para -0,38%, ante -0,41% na divulgação anterior. Para janeiro, ficou em +1,15%, ante +1,10%. O indicador para o primeiro trimestre de 2013 ante o quarto trimestre de 2012 foi revisto para +1,10%, ante +1,05%, no dado com ajuste, na divulgação feita há um mês.

O déficit em conta corrente da França caiu em junho para 1,4 bilhão de euros (US$ 1,87 bilhões), de 3,5 bilhões de euros no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco da França.

O país registrou um déficit comercial de bens 3,9 bilhões de euros, abaixo dos 5,9 bilhões de euros em maio. O superávit comercial de serviços ficou quase estável aos 2,7 bilhões de euros.

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O banco revisou para baixo o déficit em conta corrente de maio para 3,5 bilhões de euros, de 4,1 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

O emprego na indústria ficou estável na passagem de maio para junho, na série livre de influências sazonais, informou nesta sexta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com junho de 2012, no entanto, o emprego industrial caiu 0,4% em junho deste ano. No acumulado de 2013, os postos de trabalho na indústria recuaram 0,7%, enquanto em 12 meses acumulou queda de 1,1%.

O número de horas pagas pela indústria, descontadas as influências sazonais, caiu 0,6% em junho ante maio. Em relação a junho de 2012, o indicador recuou 0,4%. No ano, o indicador acumula queda de 0,9% e, em 12 meses, recuo de 1,4%.

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Comparando o resultado de junho com igual mês de 2012, o IBGE revelou que as taxas foram negativas em oito dos 14 locais pesquisados e em dez dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas partiram de calçados e couro (-6,5%). Em contrapartida, as principais influências positivas partiram de alimentos e bebidas (+2,1%) e Transporte (+3%).

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria caiu 1,4% em junho ante maio, pelo indicador ajustado sazonalmente. No ano, a taxa acumulada é é de alta de 2,7% e, em 12 meses, alta de 3,8%. Em comparação a junho de 2012, a folha de pagamento na indústria avançou 2,3%. Foram registradas altas em dez dos 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo, que apresentou avanço de 1,6%.

Ainda na comparação anual, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria cresceu em 11 dos 18 setores pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (+6,2%). Os principais impactos negativos foram observados em alimentos e bebidas (-4,4%), com destaque para Pernambuco (-4,5%).

Dados divulgados recentemente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae) apontam que, no último mês de junho, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 90% dos empregos líquidos – resultado total menos as demissões – no Brasil. Segundo a instituição, dos 123.836 cargos de trabalho criados, os pequenos negócios empregaram mais de 111 mil pessoas. Para se ter uma ideia da relevância desse número, as médias e grandes empresas alcançaram 11.555 contratações e a administração pública somente 1.148.

Em comparação com o mês de maio, foi registrado um aumento de 38,3 na abertura de novas funções pelos empreendimentos de pequeno porte. A região Sudeste do Brasil continua sendo a que obteve melhor resultado, com aproximadamente 65 mil novas vagas, representando mais de 58% do total de oportunidades geradas.

No contexto dos setores da economia, o segmento de serviços empregou mais de 42 mil pessoas. A vice-liderança ficou com a agropecuária, que gerou 29,5 mil vagas de trabalho.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) informou nesta sexta-feira, 02, que a produção média diária de petróleo no Brasil no mês de junho foi de 2,1 milhões de barris. Houve aumento de 5,4% na produção de petróleo quando comparada com o mês anterior e de 3,4% se comparada com junho de 2012.

A produção de gás natural foi de 80 milhões de metros cúbicos diários, novo recorde. Representa alta de 7% na comparação com o mês anterior e de cerca de 11% em relação a junho de 2012.

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O resultado totaliza 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

A Petrobras já havia divulgado na quarta-feira, 31, sua produção e informara a produção total do pré-sal no País: com 310,7 mil barris/dia. O resultado é recorde. A ANP acrescentou nesta sexta-feira que foram 376 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 10,4 milhões de metros cúbicos de gás natural.

"O aumento de 14,4% em relação ao mês anterior é explicado pelo retorno à operação da plataforma FPSO Cidade de Angra dos Reis, que teve parada programada em maio e a entrada em operação da plataforma FPSO Cidade de Paraty, ambas no campo de Lula, na Bacia de Santos", informou a ANP em nota.

A produção teve origem em 27 poços localizados nos campos de Baleia Azul, Caratinga, Barracuda, Jubarte, Linguado, Lula, Marlim, Voador, Marlim Leste, Pampo, Pirambu, Sapinhoá e Trilha.

A queima de gás natural foi de cerca de 3,7 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 16% na queima de gás natural em comparação com o mês anterior e de 4,1% com junho de 2012. O aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,4%.

O volume vendido nos supermercados registrou queda de 1,6% entre janeiro e junho deste ano na comparação com igual período do ano passado, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), divulgado nesta quarta-feira, 31. No primeiro semestre de 2012, as vendas em volume recuaram 0,2% sobre o mesmo intervalo do ano anterior.

Fabio Gomes, gerente de atendimento da Nielse, observa que o maior impacto para a queda no volume parte da categoria bebidas alcoólicas (-5,7%) e não alcoólicas (-2,2%), que representam, juntas, cerca de 20% do indicador.

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"As vendas de cerveja e bebidas puxaram para baixo o volume nos supermercados. As vendas foram menores em função da mudança de hábito, com consumidores buscando alimentos saudáveis, e pelo reajuste de preços nessas categorias", disse.

Gomes observou também que as vendas em estabelecimentos de menor porte foram melhores, apesar de terem apresentado queda. Os mercados com um a quatro check-in (caixa) tiveram queda em volume de 0,2% no primeiro semestre, enquanto nos supermercados com 10 a 19 check-in a redução do volume foi de 2,3%. "Esses pontos comerciais são mais voltados para a venda de produtos de primeira necessidade e reposição, o que explica a performance melhor", afirmou.

As vendas reais do setor supermercadista registraram alta de 7,33% em junho em relação a igual mês de 2012, de acordo com o Índice Nacional de Vendas divulgado nesta quarta-feira, 31, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com maio deste ano, entretanto, o indicador aponta queda de 2,71%.

No primeiro semestre, o setor teve alta de 2,99% em relação a igual período de 2012. Esses índices já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

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Em valores nominais, o índice de vendas da Abras apresentou queda de 2,45% em relação a maio, mas teve alta de 14,49% sobre junho do ano passado. No acumulado de 2013, as vendas cresceram 9,67%.

O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), medido pela Ordem dos Economistas do Brasil, apontou uma alta de 0,21% em junho ante maio e acumula altas de 2,45% nos últimos seis meses e de 5,82% nos 12 meses anteriores. O acumulado até maio apontava alta de 5,89%, indicando um leve recuo no indicador do período.

O ICVM mostra a inflação para as famílias paulistanas que recebem de dez até 39 salários mínimos e abrange cerca de 20% da população da cidade de São Paulo. As maiores altas dos grupos foram Despesas Pessoais, com 0,66%, e Habitação, com 0,37% em junho. Já o grupo Transportes, com recuo de 0,44% ante maio, foi o principal responsável por segurar a alta no indicador.

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No grupo Despesas Pessoais a maior alta, de 9,22%, foi item viagem de excursão, cujos preços estão indexados ao dólar. No grupo Habitação, os serviços de correio (2,97%) e a conta de água e esgoto (1,23%) foram os principais vilões setoriais. Já o etanol, com queda de 8% em junho, e a manutenção de veículos, com recuo de 3,29%, foram as maiores baixas do grupo Transportes.

Dos 468 itens que compõem o ICVM, 272, ou 58%, aumentaram em junho, 25, ou 5%, permaneceram estáveis e 171 produtos ou serviços, ou 37%, tiveram queda de preços ante maio.

A Secretaria da Segurança Pública anunciou nessa quinta-feira, 25, um novo órgão para reformular indicadores de criminalidade em São Paulo, que poderá tornar diárias as estatísticas da pasta. Hoje, elas são divulgadas mensalmente.

Segundo o secretário de segurança Fernando Grella Vieira, a intenção é que os dados diários comecem em 2014. A proposta será desenvolvida pelo Câmara Técnica de Análise, Pesquisa e Estatísticas em Segurança Pública e Atividade Policial, composta por membros da sociedade civil, governo, polícias e universidades. Poderão ser criados novos indicadores como furto a caixas eletrônicos ou letalidade (mortes por homicídios com assaltos).

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Esses novos índices poderão ser usados nas metas que o governo pretende criar em troca de bônus a policiais a partir do segundo semestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O arrefecimento no mercado de trabalho deve comprometer o crescimento das vendas no varejo, avaliam a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em nota divulgada na noite desta terça-feira, 23, as entidades comentaram os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de junho, divulgados mais cedo em Brasília.

Segundo a nota, "a estimativa é que o comércio feche 2013 com crescimento de 4,5%, o que representa uma desaceleração na comparação com 2012". As entidades lembram que, nos últimos anos, o aumento recorde do contingente da população com emprego e o aumento real da renda foram os principais motivos para manter o varejo aquecido.

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Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, "os dados indicam que o Brasil vive um momento delicado na economia e os fatores de empregabilidade e renda devem deixar de ser pontos favoráveis ao crescimento das vendas no País".

Os dados do Caged mostram uma geração líquida de 123,836 mil empregos formais em junho. No primeiro semestre, houve uma criação líquida de empregos formais de 826,168 mil vagas - o pior resultado do semestre desde 2009, quando foram gerados 397,936 mil empregos.

Do total de cheques movimentados em junho, 1,93% foi devolvido (segunda devolução por falta de fundos), divulgou nesta terça-feira, 23, a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O resultado mostra uma queda em relação ao mês anterior, quando essa proporção atingiu 2,11%. No acumulado do ano (janeiro a junho) o porcentual de cheques devolvidos sobre movimentados é de 2,04% ante 2,03% do mesmo período de 2012.

O indicador aponta ainda que houve queda no número de cheques devolvidos (segunda devolução) de 15,6% na comparação mensal, como também para os cheques movimentados (-7,7%), o que contribuiu para o recuo do índice. Contra o mesmo mês do ano anterior, houve contração no número de cheques devolvidos (-11,8%) e no número total de cheques movimentados (-9,6%).

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De acordo com a Boa Vista, no acumulado do ano na comparação com o mesmo período de 2012, a devolução para as pessoas físicas foi 9,5% menor e para as pessoas jurídicas a redução foi de 6,2%. No total, os cheques devolvidos recuaram 8,6% no período, enquanto os movimentados diminuíram 9,1%.

O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE), lançado nesta quarta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em parceria com o instituto de pesquisas independente norte-americano The Conference Board, acende uma luz amarela para a economia brasileira.

No entanto, segundo Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre/FGV e professor da Escola de Economia de São Paulo (EESP-FGV), depois de duas quedas no IACE frente aos meses imediatamente anteriores, ainda não é possível dizer que uma contração está a caminho. O IACE recuou 0,6% em junho, após queda de 1,2% em maio, informou o Ibre/FGV.

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Após destacar que o IACE também apresenta queda nas médias móveis de seis meses, Picchetti evitou cravar uma recessão. "Vem aí uma contração? Por enquanto, a gente acredita que não. Agora, o papel desse indicador é acender uma luz amarela e essa luz acendeu. No mínimo, haverá uma desaceleração da economia brasileira", afirmou Picchetti.

Por outro lado, o pesquisador do Ibre/FGV destacou que não há condições, nos indicadores antecedentes, para uma retomada da economia. Por fim, Picchetti lembrou que os ciclos econômicos são difíceis de prever, porque não tem periodicidade fixa, e, por isso, a queda no IACE pode não se traduzir numa contração.

O Brasil chegou ao final do mês de junho com 265,7 milhões de linhas de celulares ativas e teledensidade de 134,26 acessos para cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no mês passado foram registradas mais de 215,3 mil habilitações.

Em junho, a maioria das linhas registradas (79,43%) era pré-paga e 20,57% pós-pagas (20,57%). A banda larga móvel totalizou 77,4 milhões de acessos, dos quais 174,1 mil são terminais 4G.

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No mês, a operadora Vivo liderava o mercado, com 28,67% de participação, seguida pela TIM, com 27,17%, da Claro, com 25,01%, da Oi, com 18,71%, da CTBC, com 0,34%, da Nextel, com 0,05% e da Sercomtel, com 0,02%. A Porto Seguro, que opera como autorizada da rede virtual, registrou 0,02% de participação no mercado.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, disse nesta terça-feira, 16, que a criação de empregos na indústria paulista foi muito ruim nos primeiros seis meses do ano e a estimativa para este semestre não é "nada alvissareira". "O resultado do primeiro semestre reflete o panorama da economia em 2013, em que a atividade industrial ficou aquém das expectativas."

De acordo com a Fiesp, foram criadas 59.500 vagas de emprego no primeiro semestre. O setor de açúcar e álcool acumula no período saldo positivo de 28.077 empregos, mas o resultado deve chegar próximo de zero até o fim do ano.

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Em junho ante maio, o setor já demitiu 2.670 pessoas das 4.500 vagas perdidas no total da indústria paulista. "O resultado ocorreu por causa da antecipação da colheita, e o setor deve continuar perdendo vagas até o fim do ano."

Francini disse, porém, que o mais preocupante é o que vai ocorrer com os demais setores, que acumulam no primeiro semestre a criação de 31.423 vagas. "Os demais setores devem devolver uma parte e devemos fechar o ano com a criação total da indústria de cerca de 20 mil vagas. O mês de junho não incentiva o otimismo."

Além disso, afirmou, o nível de emprego nos primeiros seis meses acumula alta de 2,31%. Desde 2006, esse resultado só foi pior em 2009 (-1,86%) e no ano passado (1,27%).

Protestos

O diretor do Depecon afirmou que a onda de manifestações que se espalhou pelo País não teve interferência no nível de emprego na indústria em junho. "O impacto não é sentido tão rapidamente como no comércio."

A indústria de fundos registrou o primeiro resgate líquido mensal do ano em junho, no montante de R$ 1,3 bilhão, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar da saída e do cenário adverso, a captação líquida acumulada no ano, até o mês passado, foi de R$ 102 bilhões - volume recorde para o primeiro semestre.

O resgate de junho foi estimulado pelas categorias curto prazo (-R$ 2,79 bilhões), renda fixa (-R$ 6,11 bilhões) e multimercados (-R$ 2,66 bilhões). Já a captação acumulada na primeira metade do ano foi impulsionada pelos mesmos fundos de curto prazo (R$ 19,94 bilhões) e renda fixa (R$ 16,25 bilhões), além de previdência (R$ 14,59 bilhões) e Fidcs (R$ 25,49 bilhões).

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A piora do cenário em junho se refletiu nos principais indicadores do mercado financeiro, com a queda do IMA-Geral (-1,52%), do Ibovespa (-11,31%) e a alta do dólar (3,93%), afetando o desempenho da indústria. Com isso, os fundos cambiais apresentaram a maior rentabilidade da indústria em junho(3,93%), conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já havia antecipado. Os fundos referenciado DI e curto prazo, menos expostos ao cenário atual, registraram retorno de 0,61% e 0,60%, respectivamente.

Os fundos long and short, neutro e direcional, obtiveram boa rentabilidade com a utilização de estratégias de valor relativo, proveniente da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável. Esses fundos têm apresentado um desempenho consistente, superando os principais indicadores de renda fixa e de renda variável nos últimos 12 meses, com ganhos de 10,18% e 11,30%, respectivamente, ao longo deste período.

Os fundos de ações foram os mais afetados com a piora do cenário em junho, registrando recuo expressivo diante da queda de 11,31% do Ibovespa. No primeiro semestre, todos as modalidades apresentaram variação negativa, e com gestão ativa conseguiram minimizar as perdas de 22,14% acumuladas pelo Ibovespa no período. A categoria Ibovespa Ativo perdeu 11,33%, enquanto que a small caps caiu 11,60% e a livre variou -6,01%.

No mês passado, todos os fundos multimercados apresentaram rentabilidade negativa, mas, no acumulado do primeiro semestre, apenas as modalidades trading (-6,4%) e estratégia específica (-7,55%) não ganharam.

Os fundos de renda fixa renderam 0,21% em junho e 2,7% no ano. A modalidade renda fixa índices, também conhecidos como fundos de inflação, acumularam perdas de 1,74% em junho e 3,84% nos primeiros seis meses de 2013.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,37% em maio, informou nesta sexta-feira, 05, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Até o mês passado, o IPCA acumula altas de 3,15% no ano e de 6,70% nos 12 meses encerrados em junho, o que situa o indicador oficial de inflação no País acima do teto da meta de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%.

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Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 1,46% no mês passado, após recuo de 0,75% em maio, segundo anunciou nesta sexta-feira (5), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), através do IGP-DI de junho, que acelerou para 0,76% ante 0,32% em maio. A instituição informou ainda que a inflação industrial atacadista acelerou para 0,62% em junho, em comparação com a alta de 0,30% em maio.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais repetiram em junho a variação positiva de 0,08% apurada em maio.

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Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 1,19% no mês passado, em comparação com 0,13% em maio. Já os preços das matérias-primas brutas registraram alta de 1,39% em junho, ante a queda de 0,22% em maio.

Transporte acelera IGP-DI

O grupo Transportes, que variou de -0,19% em maio para +0,30% em junho, contribuiu para a aceleração do IGP-DI do mês passado. Segundo a FGV, o destaque dentro do grupo Transportes ficou para o item tarifa de ônibus urbano, cuja taxa passou de -1,34% para 2,10%. Além de Transportes, registraram alta os grupos Habitação (de 0,39% para 0,67%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,28% para 0,35%) e Comunicação (de 0,10% para 0,23%). O IPC passou de +0,32% em maio para +0,35% em junho.

Quatro das oito classes de despesa componentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos componentes do IGP-DI, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação na passagem de maio para junho.

As demissões anunciadas por grandes empresas dos EUA subiram 8,2% em junho em relação a maio, para 39.372, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela consultoria Challenger, Gray & Christmas. Essa foi a primeira alta mensal do indicador após três meses consecutivos de quedas. Na comparação anual, o número de demissões subiu 4,8% em junho.

No primeiro semestre, no entanto, o número de demissões anunciadas caiu 8,5% ante o mesmo período do ano passado, para 258.932, graças a uma desaceleração dos cortes de vagas no segundo trimestre. Apenas entre maio e junho, as demissões totalizaram 113.891, representando queda de 22% ante o primeiro trimestre e recuo de 19% na comparação com o período equivalente de 2012.

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O setor de informática anunciou o maior número de demissões em junho, com 10.133 cortes, seguido pelo de educação, com 5.629 demissões. Fonte: Dow Jones Newswires.

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