Tópicos | SSP

Uma policial civil, identificada como Giovanna Cavalcanti Nazareno, usou as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, no estado do Tocantins.

Em vídeo, Giovanna relata que trabalhou na delegacia entre 2021 e 2022. A servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciadas à corregedoria. Segundo a denúncia, os assédios, cometidos por Cassiano, começaram aos poucos e como brincadeiras.  “Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.

##RECOMENDA##

De acordo com a agente, o acusado a chamava para encontros românticos e à medida que os convites eram recusados ela enfrentava o assédio moral, sendo obrigada a fazer trabalhos que não faziam parte de sua função.  Ao mesmo tempo, os assédios sexuais foram se intensificando. "Mandava fazer café. Eu ia fazer café ele ia lá e ficava se esfregando na gente pelas costas. Imagina você com o bule na mão a garrafa quente e a pessoa se esfregando atrás de você", contou.

Giovana ainda revelou que pensava em denunciar Cassiano, porém tinha receio de que as pessoas não acreditassem nela. Durante o período dos abusos, a policial pediu transferência para outras unidades de segurança, mas teve os pedidos negados. Ela também conta que, em setembro, fez denúncias à corregedoria, mas ainda não teve respostas.  Neste ano, Giovanna ficou afastada por licença médica e o retorno ao posto de trabalho está previsto para esta semana. Assustada por saber que continua designada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, ela pede respostas da corregedoria.

Através de uma nota, o delegado negou as acusações e afirmou que tudo se trata de uma “narrativa” criada como represália pela agente por não ter conseguido ser transferida para outra unidade da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, também por meio de nota, que a Corregedoria-Geral está apurando as denúncias e o procedimento é sigiloso. 

A Operação Escudo chegou ao total de 160 prisões no sábado (5) de acordo com o balanço mais recente divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo. Iniciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no dia 28, em resposta ao assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, ela também resultou em 16 mortes e já é a mais letal do Estado desde 2006.

Nos nove dias desde que a operação começou na Baixada Santista, 134 suspeitos foram presos pela Polícia Militar e outros 26 pela Polícia Civil. Ao todo, quase 480 quilos de drogas ilícitas também foram apreendidas por agentes das duas corporações, além de 22 armas de fogo, entre pistolas e fuzis.

##RECOMENDA##

Apenas no último sábado, a Polícia Militar prendeu 13 novos suspeitos, dos quais sete já estavam foragidos e eram procurados pela Justiça, segundo a SSP.

No mesmo dia, a Polícia Civil do Guarujá finalizou o inquérito sobre o assassinato do soldado da Rota e indiciou três pessoas pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.

Os três suspeitos de envolvimento na morte do policial estão presos desde a quarta-feira, 2, quando o último deles se entregou à Polícia Militar. Ele é apontado como irmão do homem responsável pelo disparo que matou Reis.

A Operação Escudo resultou também em uma série de denúncias de agressões e torturas, que ainda estão sendo apuradas. A quantidade de relatos chama a atenção de órgãos de controle.

Na última semana, a Defensoria Pública do Estado pediu o "fim imediato" da ação policial no Guarujá e que todos os agentes envolvidos nas 16 mortes de civis sejam temporariamente afastados.

A versão da SSP afirma que elas decorreram de conflitos e que os casos são investigados.

Os dados de extorsão mediante sequestro dos últimos três anos foram retirados do site da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em vez disso, no campo do portal em que deveriam estar disponíveis as estatísticas sobre esse tipo de crime, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) mostra apenas campos com linhas tracejadas.

A retirada vai na contramão da Lei Estadual 9.155, de 1995, que determina que a pasta deve divulgar o número de ocorrências trimestralmente. Entre os crimes listados como de divulgação obrigatória, estão os sequestros. A ausência dos dados foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo Estadão.

##RECOMENDA##

A secretaria afirma ter identificado "ausência de registros e inconsistências nos indicadores dessa natureza" e criado "um grupo de trabalho para coletar e revisar os dados". A pasta promete concluir esse trabalho até outubro.

Para quem acessar a página de estatísticas trimestrais da Secretaria de Segurança Pública, estão disponíveis os dados de extorsão mediante sequestro da 2ª metade de 1995, quando a lei entrou em vigor, até o fim de 2019. A partir do começo do ano seguinte, não é divulgada a contabilização desse tipo de crime em nenhum dos períodos disponíveis.

A SSP afirma que as estatísticas de sequestro deixaram de ser divulgados em 2020. Esses dados, porém, vinham sendo abastecidos. É possível consultar os números por meio de plataformas que guardam as versões antigas do site da pasta ou em publicações do Diário Oficial do Estado. O Estadão também já havia consultado os dados de extorsão mediante sequestro neste ano.

Em consulta ao site WebArchive, repositório de versões anteriores de páginas da internet, uma captura de tela de março deste ano indica que os dados de extorsão mediante sequestro do último trimestre de 2022 estavam disponíveis ao menos até aquele mês. Conforme a página (veja a reprodução abaixo), o Estado de São Paulo contabilizou 18 casos desse tipo de crime no período (15 deles na capital).

Cerca de três anos antes, no primeiro trimestre de 2020, foram apenas dois casos (ambos na capital), também segundo captura de tela de março deste ano obtida via WebArchive.

Como tem mostrado o Estadão, os sequestros estão em alta no Estado. Especialistas apontam que os casos têm sido puxados pela possibilidade de transferir dinheiro via Pix e pelo "golpe do amor" ou "golpe do Tinder", em que criminosos emboscam vítimas após marcar encontros falsos.

Em resposta a essa alta, a Secretaria de Segurança Pública do Estado criou um grupo de trabalho no começo deste ano com policiais e representantes de instituições bancárias e sites de relacionamento. O objetivo, conforme divulgado na época, era começar a compartilhar práticas de segurança para diminuir os casos desta modalidade de crime.

"Temos visto aumento dos casos de sequestro nesses últimos meses em São Paulo. E a população tem de ter ciência disso para redobrar cuidados e evitar ser vítima", afirma o pesquisador Pablo Lira, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "Esse tipo de movimento (de não divulgar os dados do site) não é positivo."

Segundo ele, a retirada das informações do site institucional da secretaria fere tanto a divulgação de estatísticas criminais, como determinado pela lei estadual, como foge das boas práticas de transparência. "Simplesmente retiraram do ar uma informação que estava pública, sem fazer a devida consideração metodológica ou porque iriam retirar previamente", afirma o pesquisador.

Governo faz auditoria em dados criminais

Recentemente, o governo estadual tem realizado auditoria de dados criminais, como os de roubos. Mas a prática de retirar dados do ar não é usual nem mesmo nesses casos, diz Lira. "Pode acontecer de haver inconsistência nos dados, o que requer aprimoramento dos dados para melhorar a qualidade da série histórica disponível", afirma. "Mas nesses casos não se deve tirar do ar a informação antiga enquanto a nova não for publicada."

A nota da secretaria diz que os dados de extorsão mediante sequestro deixaram de ser divulgados em 2020 por causa da "publicação do decreto que reestruturou as delegacias antissequestro repassando as funções para as unidades territoriais".

Segundo o texto, "a Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) identificou a ausência de registros e inconsistências nos indicadores dessa natureza, razão pela qual criou um grupo de trabalho para coletar e revisar os dados desses crimes. A expectativa é que esse trabalho seja concluído até outubro".

"Para combater os crimes de extorsão e roubo qualificado pela restrição de liberdade (Art. 157 e 158), a Secretaria de Segurança Pública ampliou as ações de patrulhamento e investigação, bem como criou, em abril deste ano, o Sistema de Informações e Prevenção a Crimes Financeiros em Ambiente Digital (SPFAD) para monitorar e divulgar os dados relacionados a esta e outras modalidades criminais", acrescenta a secretaria.

As mortes cometidas por policiais militares em serviço em 2022 caíram para o menor patamar desde 2001 no Estado de São Paulo. Só na comparação com o ano anterior, a queda foi de 39%, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública. Em relação há dois anos, a redução é de 61%. Especialistas e autoridades, que classificam a queda como "significativa", apontam o uso das câmeras corporais, aquisição de mais armas não letais e a criação de órgãos de fiscalização da conduta dos policiais como as principais razões para a queda da letalidade policial.

Dados oficiais apontam a morte de 256 pessoas por policiais militares em serviço em 2022. É o menor número das últimas duas décadas. Em 2021, foram relatados 423 casos. Em 2020, havia ficado em 659 mortes. Entre os policiais de folga, houve aumento: as ocorrências com morte subiram de 120 para 126 na comparação dos últimos dois anos. Considerando-se o total de ocorrências (serviço e folga), foram 382 casos de letalidade da PM em 2022 ou uma queda de 29,6% em relação a 2021 (543 mortes). Esse índice é o menor desde 2005.

##RECOMENDA##

Na visão dos especialistas, um dos fatores responsáveis pela queda é o uso das câmeras corporais. Acopladas às fardas, as câmeras gravam imagens das atividades policiais em tempo real e transmitem os dados para uma central. Isso permite acompanhamento das ações e armazenamento na nuvem.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, "todas as abordagens, fiscalizações, buscas, varreduras, acidentes e demais interações com o público" são registradas automaticamente. Implementadas em agosto de 2020 e expandidas ao longo de 2021, as câmeras fazem hoje parte da rotina de 179 unidades policiais, em 66 dos 134 batalhões da PM, com mais de 10 mil equipamentos corporais em uso.

Governo

O uso das câmeras foi um dos temas centrais da campanha eleitoral ao governo estadual no ano passado. Uma das mais polêmicas promessas do então candidato ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) era rever o programa de câmeras instaladas nas fardas dos policiais militares. Posteriormente, Tarcísio recuou. "Não vamos alterar nada. Para quem está esperando que a gente mexa nesse programa agora, não vamos mexer", declarou o governador no início do mês.

Posição semelhante foi adotada também pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Ele chegou a acenar com uma alteração do programa, mas depois recuou. Nesta sexta-feira, 27, em entrevista coletiva, Derrite afirmou que pretende ampliar o uso das câmeras, mas com foco operacional. Os equipamentos serão usados, por exemplo, para a leitura das placas de veículos roubados ou para a preservação de cenas de crime.

"Daremos funcionalidade operacional para as câmeras. Além da finalidade de fiscalização e controle, que é válida, podemos usar na leitura de veículos com placas roubadas, por exemplo. Ou ainda em novas modalidades de policiamento, como policiamento ambiental, com a vistoria em matas fechadas e a tecnologia de georreferenciamento para saber onde o policial se encontra."

Análise

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), antecipado pelo Estadão e divulgado no fim do ano passado, apontou que o uso de câmeras corporais nos uniformes da Polícia Militar de São Paulo evitou 104 mortes.

Segundo o estudo, as câmeras corporais tiveram um impacto positivo, reduzindo em 57% o número de mortes decorrentes de ações policiais em relação a unidades policiais onde ainda não houve a implementação desse tipo de tecnologia.

As conclusões do estudo esvaziaram o discurso adotado na campanha eleitoral pelo governador eleito de que as câmeras inibiriam e constrangeriam os policiais durante o trabalho. A revisão do programa de monitoramento enfrenta resistência na cúpula das forças de segurança do Estado.

Diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno reconhece a importância dos equipamentos, mas afirma que eles não são os únicos responsáveis pela queda da letalidade.

A especialista cita um estudo realizado em parceria com a Unicef, entre 2020 e 2021, que mostra a redução da letalidade em todos os batalhões militares, inclusive naqueles que não usavam o equipamento de filmagem. "A câmera corporal é importante, mas não é uma panaceia, a solução definitiva para os problemas do uso excessivo da força", diz.

Medidas

Entre as outras iniciativas que, em sua opinião, também contribuem com a queda estão a criação do Comissão de Mitigação de Não Conformidades da Polícia Militar, uma espécie de área de compliance da corporação, formada por oficiais, para avaliar os casos de uso da força, como mortos e feridos em supostos confrontos com policiais militares no Estado.

Outro fator importante é a aquisição de mais armas não letais. Hoje são cerca de 7,5 mil tasers (armas de choque) em São Paulo. "(A PM é) a terceira maior força policial no mundo a utilizar esse tipo de equipamento, atrás apenas das polícias de Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido)".

O secretário Derrite destacou ontem a formação e a capacitação como fatores que também influenciam, na sua visão, na redução das mortes por policiais. "Além das câmeras corporais, que são uma defesa do próprio policial, evitando que o criminoso tente enfrentar o Estado, na figura do policial, o treinamento dos policiais é fundamental para não se colocar em situação de risco".

Derrite questionou, inclusive, a expressão "letalidade policial". Em sua visão, a expressão mais adequada seria "letalidade criminal". "O policial é sempre a primeira vítima de um confronto. É ele que recebe o primeiro disparo. Eu chamo de letalidade criminal. É nosso compromisso não estimular o confronto."

No dia 12 deste mês, policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) mataram dois suspeitos durante ocorrência que terminou na Rua da Consolação, na região central da capital. A polícia dizia perseguir suspeitos ligados a uma quadrilha de assalto a condomínios na Grande São Paulo. Um terceiro suspeito sobreviveu no caso.

A abordagem está sob análise do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil. As imagens gravadas pelos policiais serão analisadas para verificar a versão apresentada pelos agentes.

Secretário fala em defasagem de agentes na polícia

O policiamento no Estado enfrenta a maior defasagem de homens em sua história recente. O diagnóstico é do novo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. "Ninguém está aqui para tapar o sol com a peneira. Herdamos a pior defasagem de efetivo policial da história. Estamos trabalhando com efetivo de cerca de 15% na Polícia Militar, 25% da Polícia técnico-científica e quase 33% da Polícia Civil", afirmou, no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).

O secretário reconhece que a falta de policiais cria desafios para as operações. "A PM possui mecanismos e estratégias para identificar manchas criminais para fazer o deslocamento do policiamento que, em tese, não iria para aquela região, para coibir esses delitos. Mas, com a defasagem, a gente ainda não consegue evitar que todos os delitos cessem de uma hora para outra", avalia.

Diante do cenário, a pasta vem tentando aumentar o efetivo. Além da publicação e nomeação de 878 novos soldados, publicadas no Diário Oficial, existe um concurso em andamento da Polícia Civil com 2.939 vagas, sendo 250 delegados de polícia, 1.600 escrivães, 189 médicos legistas. "Provavelmente, teremos concomitância de concursos para que a gente consiga recompor a defasagem do efetivo", afirma o secretário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Estado de São Paulo registrou alta nos crimes de homicídio no ano de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Secretaria da Segurança Pública. Os assassinatos tiveram alta de 7,2% em relação a 2021 e superaram a quantidade registrada em 2019 (+4,7%), último ano que não sofreu efeitos do período da pandemia.

São Paulo teve 2.909 casos de homicídios dolosos registrados ao longo do ano passado, o equivalente a oito crimes por dia. Essas ocorrências resultaram nas mortes de 3.044 pessoas, já que um caso pode ter mais de uma vítima. É o maior número observado no Estado desde o ano de 2018, quando houve 2.949 casos com 3.106 vítimas.

##RECOMENDA##

A maioria das pessoas assassinadas no Estado ao longo do ano passado era do sexo masculino (84,8%), branca (45,4%) ou parda (43,3%) e tinha entre 20 e 44 anos (51,4%). Os crimes aconteceram majoritariamente em uma via pública (57,2%) ou na residência da vítima (21,4%).

Ainda segundo os dados divulgados pela SSP, a maioria dos homicídios teve como motivação algum conflito interpessoal entre pessoas conhecidas ou desconhecidas (34,9%). "Quando a gente fala de conflitos interpessoais é o que chamamos de 'morte banal', que pode ser no bar, em casa, no trânsito… Mas se há indício de execução, já é diferente, porque foi um crime encomendado e foi premeditado", afirma Carolina Ricardo, diretora executiva do Instituto Sou da Paz.

"É possível que as armas estejam mais presentes nesses crimes. Vimos casos recentes dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), que acabam atirando sem querer e causando uma tragédia maior. Não é um índice causado única e exclusivamente por isso, mas ele torna os conflitos mais letais", diz.

Professor de Gestão em Segurança Pública na FGV, Rafael Alcadipani afirma que outro fator contribuinte para o aumento desse índice no Estado é o crime organizado: "Houve uma alteração nas dinâmicas de facções criminosas, que hoje têm visto disputas internas como não se via antes. É preciso que a polícia esteja empenhada em tirar essas armas, principalmente as ilegais, das ruas", diz.

Na capital, entretanto, a tendência foi inversa, mesmo que por pouco: foram 560 homicídios dolosos e 583 vítimas desses crimes, uma diferença de apenas três casos e 20 mortes a menos do que no ano passado. Assim, 2022 tornou-se o ano com menor índice dessas ocorrências ao longo da última década.

Resposta

"É muito importante investir na capacidade de investigação e solução desses crimes. Essa variação com pouca explicação sobre os índices abre um chamado para São Paulo. É preciso reduzir ainda mais e esclarecer um por um. Nenhum homicídio pode ficar sem resposta."

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que ampliou o policiamento no Estado com a Operação Impacto, lançada no último dia 11 "a fim de potencializar a percepção de segurança". Segundo a pasta, as forças policiais "utilizaram o reforço operacional de forma direcionada, com planejamento estratégico baseado no uso de inteligência policial e geoprocessamento de dados".

Roubos sobem, mas se mantêm abaixo do patamar pré-pandemia

O Estado de São Paulo registrou 245.900 casos de roubo ao longo do ano passado, segundo as estatísticas da Secretaria da Segurança. A quantidade representa uma elevação em relação a 2021, quando 225,7 mil roubos aconteceram nas cidades paulistas, mas fica abaixo dos 255,4 mil de 2019 (ano que não sofreu interferência das dinâmicas impostas pelo período da pandemia de covid-19).

Ao longo do ano passado, os roubos atraíram a atenção das autoridades de segurança pública após casos emblemáticos. Um jovem foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) no Jabaquara durante um assalto. O caso desencadeou uma reforço no policiamento, medida adotada pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB).

A maioria dos roubos do Estado aconteceu na rua (22,53%) ou a veículos (15,16%). Os objetos roubados com mais frequência foram documentos, como cartão bancário e registro de identidade, ou celulares, presentes em 42,12% e 67,29% das ocorrências, respectivamente.

Os furtos, crime que se diferencia do roubo por não ser cometido com violência ou grave ameaça, dispararam. Foram 564.940 ocorrências, atingindo o maior patamar desde 2005, quando houve apenas 20 registros a mais. Os dados do ano passado indicam que houve mais de um furto por minuto no Estado ao longo de 2022. Em 2019, o número de furtos tinha ficado em 522,1 mil.

Crise

"Essa 'volta ao normal' faz os crimes voltarem ao 'normal' também. Acrescida ao momento econômico complexo e complicado que vivemos no Brasil, acredito que é o que leva esse índice (de furtos) ter chegado ao topo", diz o cientista político André Zanetic, associado do Fórum de Segurança Pública.

Ele afirma, entretanto, que esse movimento foi diferente entre áreas nobres e aquelas de maior vulnerabilidade social, principalmente na capital paulista. "Nos bairros mais pobres, houve queda menor (de ocorrências) e número maior de crimes ocorrendo, provavelmente porque as pessoas tiveram menos oportunidade de fazer isolamento social. Enquanto nos bairros ricos, como os Jardins, e nas áreas comerciais, a queda foi mais abrupta."

Na contramão desses aumentos, os registros de crimes como tentativa de homicídio e homicídio culposo, lesão dolosa e latrocínio foram maiores que os dos dois anos anteriores, mas ainda estão abaixo do patamar visto em anos pré-pandêmicos.

Nº de estupros atinge maior patamar desde 2001

O registro de estupros chegou em 2022 ao maior patamar da série histórica iniciada em 2001 no Estado de São Paulo. De acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública, foram 12.615 casos, o equivalente a mais de um por hora nas cidades paulistas ao longo do ano passado.

O número de 2022 é 7,3% maior na comparação com o dado do ano retrasado, e 1,9% maior que os registros de 2019, último ano a não sofrer os impactos das dinâmicas da pandemia de covid-19.

Do total de estupros registrados em 2022, 77% foram contra vítimas vulneráveis, formadas por crianças menores de 14 anos ou qualquer pessoa incapacitada de consentir ou discernir o ato sexual por condição mental ou física. Em 2022, os registros desses crimes foram os maiores desde que o perfil das vítimas passou a ser detalhado pela Secretaria, em 2016.

Na capital, o padrão de alta se repetiu. Foram 2.448 casos no ano passado, crescimento de 4,7% em relação a 2021. Na comparação com 2019, o dado apresentou queda na cidade, com redução de 8.1%. Segundo dados da SSP, aconteceram 1.803 estupros de vulnerável nos bairros paulistanos ao longo do ano passado.

Nível de violência contra as vítimas tem sido maior, aponta especialista

"O que mais tem nos deixado assustados é a quantidade de mulheres que chegam com nível de violência maior. A gravidade agora é muito alta. Recebemos mulheres desde 2004, mas agora as agressões mais violentas", afirma Heloisa Melillo, coordenadora-geral do programa Bem Querer Mulher, que oferece acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica direto nas delegacias.

Heloísa diz que "a pandemia passou, mas a população além de doente está empobrecida", o que contribui para a violência doméstica. "Não dá para separar isso da questão com a mulher", afirma.

Apesar de admitir que os números de São Paulo são dramáticos e ainda há subnotificação, ela afirma que o contexto nacional é mais preocupante. "Em termos proporcionais, São Paulo é o Estado mais seguro para a mulher viver. A situação nacional é ainda pior", diz.

Esse movimento se refletiu no crescimento das denúncias de lesão corporal dolosa (casos de agressão, por exemplo), que chegaram a 52.672 no ano passado, maior que nos dois anos anteriores, mas ainda inferior aos períodos de pré-pandemia. O total de ameaças contra as mulheres, entretanto, atingiu o maior patamar da década com 75.248 ocorrências: mais de oito por hora.

A Secretaria da Segurança Pública foi questionada sobre os dados, mas informou que o secretário, Guilherme Derrite, vai se posicionar em entrevista coletiva hoje. Em seu site oficial, a pasta destacou "o compromisso em combater à criminalidade e iniciou os trabalhos para reduzir os índices criminais que estão em alta".

Apesar do aumento de crimes contra a mulher, Heloisa é categórica em afirmar que há uma mudança social em curso: "Vejo uma parcela maior da sociedade indignada com esses números, formada principalmente por uma parte considerável de mulheres. Elas estão mais informadas e denunciam mais do que antes."

Nacional

Os dados nacionais também estão em alta. No primeiro semestre do ano passado, o País registrou 29.285 vítimas de estupro, de acordo com levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desse total, 74,7% foram cometidos contra vulneráveis. No acumulado de quatro anos, considerando apenas os primeiros semestres, 112 mil mulheres foram estupradas no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-número 2 de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal, Fernando de Sousa Oliveira, disse em depoimento à Polícia Federal nesta quarta, 18, que seu superior saiu de férias sem lhe repassar diretrizes específicas para o cargo. Torres viajou aos EUA poucos dias antes dos atos golpistas realizados em Brasília em 8 de janeiro.

Ele disse que assumiu a secretaria executiva da SSP em 3 de janeiro e, dois dias depois, Torres o avisou que iria viajar no final de semana e deixaria aprovado o planejamento de segurança para as manifestações dos dias 6, 7 e 8.

##RECOMENDA##

Oliveira ainda disse que Torres não o apresentou aos comandantes das forças policiais do DF antes de viajar e ficou combinado que o então secretário-executivo seria acionado em caso de necessidade.

Em relação à área de inteligência, Oliveira disse que recebia informes em tempo real por meio de grupos no WhatsApp, mas que haviam poucas mensagens sobre radicais, "a grande maioria advinda de rede social e não de acompanhamento in loco". Ele disse que as informações em campo apontavam para um ambiente controlado e tranquilo, em termos como "normalidade", "tudo normal" e "policiamento reforçado".

Todas as informações prestadas por Oliveira ao governador, de acordo com seu depoimento, teriam sido extraídas desses grupos.

Os relatos de tranquilidade seguiram até as 13h do domingo, 8, segundo ele. Até então, "as forças de segurança não reportaram nenhum movimento atípico, inclusive com imagens de poucas pessoas na esplanada dos ministérios", afirmou Oliveira no depoimento.

O Estado de São Paulo registrou alta nos casos de homicídio, estupro, roubos e furtos em agosto deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (24) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Como motivo principal, a pasta aponta que, após o ano de 2020 ter sido atípico com a quarentena, o aumento da circulação de pessoas tem resultado sobretudo no crescimento dos chamados "crimes de oportunidade", normalmente cometidos contra o patrimônio.

Ainda com destaque para crimes com esse perfil, houve aumento nos casos de homicídios dolosos e estupros, dois dos crimes mais violentos na listagem da secretaria. A quantidade de homicídios dolosos registrados em agosto deste ano foi de 225, o que representa crescimento de 5,63% ante o mesmo período do ano passado (213). Enquanto isso, com 216 casos relatados no Estado em agosto deste ano, o aumento no número de estupros foi de 8%. No mesmo mês, mas em 2020, foram registrados 200 casos.

##RECOMENDA##

Em termos proporcionais, roubos e furtos, que são dois dos principais crimes cometidos contra o patrimônio, tiveram aumento significativo em relação a agosto do ano passado. O número de registros de roubo em agosto deste ano, 19.363, cresceu 24,57% em comparação com o que foi notificado no mesmo período do ano passado, 15.544. Já o aumento na quantidade de furtos foi de 44,13%. Em agosto deste ano, foram registrados 41.678 casos, ante 28.917 notificações no mesmo período do ano passado.

"No ano passado, com a pandemia, muitos indicadores caíram muito porque o movimento nas ruas parou", explica o secretário executivo da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo. Ele considera o fim do isolamento social como principal causa do aumento nos índices de alguns crimes quando comparados ao ano passado. Em agosto de 2020, o Estadão mostrou que os crimes violentos haviam caído em 99 dos 139 municípios (71,2%) com a pandemia, conforme notificado no Índice de Exposição à Criminalidade Violenta (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz com base nos registros de roubos, estupros e homicídios.

Segundo Camilo, com a alta observada sobretudo em ocorrências de roubo e furto, a Secretaria de Segurança Pública está fazendo uma série de ações para combater os crimes enquanto as atividades presenciais vão sendo retomadas. Há ações tomadas até em relação a crimes utilizando o Pix, o que, segundo o coronel, tem aumentado desde que a ferramenta foi lançada.

O Banco Central estabeleceu anteontem que as medidas antifraude na prestação de serviços de pagamentos deverão ser implementadas até o dia 4 de outubro. Conforme o BC anunciou no fim de agosto, as instituições deverão limitar a no máximo R$ 1 mil as operações de serviços de pagamentos por causa de depósitos ou de pagamento pré-pago para o período das 20 horas às 6 horas da manhã do dia seguinte. Além do Pix, o limite também será aplicado em outras transferências por meio de Documento de Crédito (DOC) e TED (transferência eletrônica disponível), boletos de pagamentos, para reduzir a vulnerabilidade das instituições a crimes como sequestro.

Tendência

Questionado em relação a um recorte mais geral, que abarca 2019 e outros anos anteriores no tocante à segurança em geral, o coronel Camilo reforçou ainda que há uma tendência de queda na criminalidade no Estado de São Paulo.

Dois homens, de 19 e 31 anos, foram presos na madrugada desta terça-feira (29), transportando mais de 1,6 tonelada de maconha em Itatinga, interior de São Paulo. A Polícia Militar do Estado realizava um patrulhamento pela rodovia Presidente Castello Branco, quando abordou um veículo com placa de Santa Catarina.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aponta que na abordagem policial o condutor apresentou nervosismo, fazendo com que os militares desconfiassem que se tratava de um "batedor".

##RECOMENDA##

Com isso, os PMs começaram a busca de algum veículo suspeito que poderia estar transportando entorpecentes, até que viram o caminhão com as placas do mesmo estado que o carro abordado anteriormente.

O motorista da carreta tinha o mesmo sobrenome do primeiro homem abordado e ele afirmou que era tio dele. Na busca, os policiais encontraram um fundo falso onde estava guardado diversos tijolos da erva. 

Ao todo, foram localizados 2.383 tijolos de maconha (1.620 quilos), 84 de skunk ( 40,4 kg), 77 de haxixe (7,7 kg) e seis de cocaína (6,2 kg) . Toda a droga, que somou 1.674,3 quilos, foi apreendida para perícia.

Na ação também foram apreendidos os dois veículos, uma furadeira, um alicate, um rebitador, 79 rebites e uma broca, três celulares e R$ 2.098,70 em espécie.

A dupla foi presa em flagrante e levada à Delegacia Seccional de Polícia de Botucatu, onde foi indiciada e teve a prisão preventiva solicitada. Os dois autores permaneceram detidos à disposição da Justiça.

Policiais militares de São Paulo salvaram uma bebê de apenas 8 dias de vida, que se engasgou com leite materno na noite desta última sexta-feira (7), na Zona Norte da capital paulista. 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) explicou que os policiais estavam em serviço quando a mãe chegou carregando a filha no colo, pedindo socorro. A garotinha estava sem respirar e com a pele roxa. 

##RECOMENDA##

Neste momento, os oficiais começaram as manobras para reverter o quadro. Mãe e filha foram levadas para o Hospital Andaraí, onde a recém-nascida recebeu os devidos cuidados médicos. 

Com um caso registrado a cada três horas, São Paulo interrompeu uma sequência de sete anos de queda e viu o número de homicídios voltar a subir em 2020. Os dados consolidados do último ano foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira (25). Também segundo a pasta, os indicadores de estupro, latrocínio (o roubo seguido de morte), assalto e de mortes cometidas pelas polícias recuaram no Estado.

De acordo a SSP, os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, subiram 4,1% - passando de 2.778 para 2.893 ocorrências no Estado, na comparação entre 2019 e 2020. O aumento anual de assassinatos aconteceu apesar da queda registrada em dezembro. Foram 279 casos no mês passado, ante 294 no mesmo período do ano anterior. Com isso, o Estado chegou à taxa de 6,48 homicídios por 100 mil habitantes.

##RECOMENDA##

Desde o início da série histórica, em 2001, esta foi a terceira vez que São Paulo registrou mais assassinatos na comparação com o ano anterior. Pelos dados oficiais, os últimos aumentos haviam sido em 2012 (de 4.193 para 4.836) e 2009 (de 4.432 para 4.564), ocasiões em que o patamar de homicídios no Estado era ainda maior do que o atual.

Essa estatística só considera o total de boletins de ocorrência registrados como "homicídio doloso", mas que podem ter mais de uma vítima por ocorrência ou contabilizar até chacinas como um caso só. Para o número de pessoas assassinadas no Estado, também informado pela SSP, o aumento foi ligeiramente maior: 4,5%. Foram 3.038 mortos em 2020, contra 2.906 no ano anterior.

Com 659 registros no ano passado, a capital paulista também viu o índice subir, mas de forma menos acentuada. A alta foi de 1,3%, segundo a SSP. Em 2019, haviam sido registrados 650 homicídios na cidade. Em relação às vítimas, a estatística aumentou de 685 para 709 - ou 3,5% a mais.

O professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani diz que o aumento nos homicídios "preocupa bastante". "As parciais do ano passado já desenhavam que isso poderia acontecer. Acende uma luz amarela para o governo João Doria porque aumentos como esses historicamente são raros", explica.

Ele acredita que o governo deve analisar a fundo os dados para entender as variações por cada região. "Os números precisam ser estudados com maior clareza. O que parece é que a atual política de segurança se preocupa muito com viatura e arma e pouco com inteligência. O sucateamento da polícia de investigação afeta os esclarecimentos de homicídio", reforça.

Em contrapartida, o índice de feminicídios, assassinato cometido contra mulheres por motivação de gênero, recuou de 184 para 179 ocorrências no Estado, de acordo com a pasta. O índice representa queda de 2,7%.

Registros de estupro também interromperam uma sequência de quatro anos com aumento e fecharam 2020 com menos registros (10,9%). Um total de 11.023 casos foram informados pela SSP no ano passado, ante 12.374 em 2019. Especialistas, no entanto, alertam que o confinamento provocado pela pandemia de coronavírus pode ter dificultado que mulheres, as principais vítimas do delito, conseguissem registrar o BO de crime sexual.

Já os latrocínios caíram 6,7%, passando de 192 ocorrências para 179 no Estado. Na capital, foram 46 casos em 2020, contra 64 em 2019.

Por sua vez, roubos e furtos, em geral, recuaram 14,3% e 24,8%, respectivamente. Para o primeiro, foram registros 218.839 ao todo. Para o segundo, 392.311. Entre as modalidade, houve aumento de roubo a bancos - de 21 para 29 casos.

Sobre a variação nos roubos, Alcadipani diz que a gestão estadual deve observar os efeitos econômicos associados à criminalidade, como o fim do auxílio emergencial. "O que vai ser feito é colocar policiamento nos locais de maior incidência de crime. Mas é preciso também mapear as áreas de maior vulnerabilidade social e domínio do crime organizado para agir nessas regiões, observando a questão social", diz.

Letalidade policial tem queda em 2020

Após bater recorde negativo de mortes em supostos confrontos no 1º semestre, as polícias de São Paulo conseguiram reduzir a letalidade das suas ações em 2020, de acordo com a pasta. Foram 814 mortes decorrentes de intervenção policial no ano passado - 6,1% a menos do que em 2019, quando foram registrados 867 casos do tipo.

Do total, 659 pessoas morreram em confrontos com policiais militares em serviço e 121, de folga. Já a morte de outros 21 suspeitos envolveram policiais civis em serviço e 13, de folga.

A queda na letalidade policial aconteceu mesmo após a PM atingir patamar recorde mortes nos seis primeiros meses do ano, mesmo em meio à quarentena e à queda de crimes patrimoniais.

Diante de uma sequência de denúncias de violência policial, o governador João Doria (PSDB) chegou anunciar um programa para submeter todos os agentes a novo treinamento. Recentemente, também anunciou a compra de câmeras corporais para filmar as ações.

Pelas estatísticas divulgadas, o comportamento do último trimestre, período entre outubro e dezembro, teria sido responsável por inverter o cenário. Foram 138 casos de letalidade, de acordo com a pasta, ante 241 na mesma época de 2019 - uma queda de 42,7%.

SP desenvolve ações contra o crime e mantém menor taxa do País, diz coronel

O secretário executivo da Polícia Militar, coronel Alvaro Camilo, destacou que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes em São Paulo permanece como a mais baixa do País, "uma das melhores do mundo". "São Paulo está brigando contra os próprios números", diz, lembrando da redução histórica dos casos no Estado.

Camilo diz que o governo está tentando entender melhor o que causou o aumento. "O que identificamos é que a maioria dos crimes foi por conflitos interpessoais. A situação foi agravada pelo confinamento das pessoas causado pela pandemia", declara.

Os conflitos interpessoais se diferenciam dos outros tipos de assassinato por não ser cometido com característica de execução, típica do crime organizado. As mortes nesses casos são causadas por brigas entre pessoas conhecidas ou ocasionadas por disputas pontuais, como desentendimentos.

A atuação da Secretaria da Segurança contra esse tipo de crime, diz o coronel, ocorre de forma indireta com ações contra o tráfico de drogas, contra o alcoolismo e contra o uso de armas de fogo, fatores que ele aponta como relacionados aos assassinatos. "O trabalho continua muito forte", reforça.

Os registros criminais de homicídios, roubos e estupros caíram no Estado de São Paulo ao longo do mês de outubro em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (25) pela Secretaria da Segurança Pública. O número de latrocínios (roubos seguidos de morte) aumentaram no período.

Os dados mostram que o Estado registrou 255 assassinatos em outubro ante 261 no mesmo mês do ano passado, queda de 2,3%. É a menor quantidade de homicídios para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 2001.

##RECOMENDA##

A queda interrompe três meses seguidos de alta no Estado. No ano, se somados os registros de janeiro a outubro, 2020 ainda está à frente de 2019, com 5,6% mais vítimas.

Em outubro, outros indicadores apresentaram queda. Foi o caso dos registros de roubo, que passaram de 22 mil casos em outubro do ano passado para 16,2 mil casos no mês passado, redução de 26,15%.

O ano tem sido marcado pela queda nos crimes patrimoniais, o que a secretaria tem atribuído à redução de circulação de pessoas em razão da pandemia. Os furtos, na mesma comparação, caíram 24%.

Os crimes de estupro também caíram. De 1.306 boletins de ocorrência em outubro do ano passado, os casos passaram para 994 neste ano, redução de 23,9%.

Para esse tipo de crime, especialistas estudam que tipo de efeito o período da pandemia pode ter tido sobre os registros, já que a maior parte dos casos é cometida por pessoas conhecidas da vítima, o que poderia dificultar a denúncia em tempos de períodos prolongados de isolamento social na mesma residência.

Destoou dos registros em queda o dado de latrocínio. No mês passado, a polícia registrou 21 casos, três a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Na capital paulista, o aumento foi mais acentuado: de 2 para 7 registros no período. A cidade de São Paulo também viu redução de homicídios (-30%), roubos (-26,2%) e estupros (-34,4%).

Uma festa intitulada 'Pandemia Fest' realizada em uma casa de luxo no município de Lauro de Freitas-BA foi encerrada pela Polícia Militar (PM) e pela prefeitura na noite da terça-feira (2). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), participavam da celebração 22 homens e 17 mulheres.

De acordo com a SSP, o evento contava com som alto e uso excessivo de bebida alcoólica. A casa era alugada. Com a chegada da fiscalização, os participantes consentiram com o encerramento da festa e deixaram o local.

##RECOMENDA##

Essa é a quinta festa irregular na Região Metropolitana de Salvador encerrada pela polícia. O evento foi descoberto por meio de denúncia.

O primeiro trimestre de 2020 reflete um panorama favorável no número de roubos a veículos no estado de São Paulo. Dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP) na última terça-feira (5), mostram queda de 12,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o levantamento, a redução significa cerca de 1,4 mil casos a menos.

De acordo com a pasta, a baixa é resultado do trabalho integrado entre as polícias Militar, Civil e Técnico-Cientifica paulistas. No levantamento da Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP/SP, os dados ainda apontam que as ações e operações policiais dos últimos 12 meses recuperaram mais de 12,8 veículos oriundos de roubo e furto em São Paulo.

##RECOMENDA##

Ainda segundo a SSP/SP, o último mês de março foi o 41º consecutivo com índices reduzidos em roubos de veículos.

Em 2020, foram 862 casos a menos em relação ao mesmo período do ano anterior nesta modalidade de crime.

Um auxiliar de necropsia do Instituto Médico Legal de Manaus-AM é investigado por suspeita de ter "relações sexuais" com o cadáver de uma mulher. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o homem foi demitido.

 De acordo com nota da secretaria, o auxiliar foi flagrado "arrumando as calças enquanto descia subitamente de uma mesa de necropsia onde havia um cadáver". O Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC) solicitou abertura de inquérito para investigar a prática de necrofilia, segundo o G1. O caso está sendo investigado pelo 27º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

##RECOMENDA##

 O flagrante ocorreu no dia 24 de novembro. Um auxiliar administrativo também foi demitido no dia anterior por "faltas funcionais graves praticadas durante o plantão", conforme o DPTC. Ele e o suspeito de necrofilia teriam deixado o expediente para assistir à final da Copa Libertadores e retornado ao trabalho sob efeito de álcool.

Uma carga com mais de 27 toneladas de carne bovina, que havia sido roubada em Itaurama, Minas Gerais, foi recuperada na madrugada deste último domingo (6), pela Polícia Militar de São Paulo. A PM havia sido comunicada pela empresa responsável pelo monitoramento do veículo que o mesmo estaria fora de sua rota e transitando em uma velocidade acima da compatível. Carga está avaliada em R$ 558 mil.

Com as indicações de um possível roubo, a equipe da Polícia Militar Rodoviária iniciou patrulhamento em busca do automóvel, que foi localizado próximo ao quilômetro 8 da Rodovia Eliseo Bernabé, em Piacatu, na região de Araçatuba. 

##RECOMENDA##

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, quando localizado o caminhão, o homem que dirigia o veículo não correspondia ao informado anteriormente pela empresa de rastreamento. Após comprovar o roubo, o suspeito foi preso em flagrante.

O verdadeiro motorista contratado - vítima do crime - foi localizado pela PM na cidade de Jales (SP) e levado à delegacia, onde informou que foi mantido em cárcere privado após ter o veículo roubado no pátio de um posto de combustível.  

Duas toneladas de camarão sete-barbas foram apreendidos pela Polícia Militar Ambiental na madrugada desta segunda-feira (17). Os frutos do mar estavam sendo pescados ilegalmente em uma área de proteção da Marinha, na Praia Grande, São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma equipe marítima do 3º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) realizava patrulhamento no local quando flagrou a embarcação. Em abordagem, foi constatado que os tripulantes não possuíam autorização do órgão ambiental competente para a pesca.

##RECOMENDA##

Equipamentos utilizados para a prática e a embarcação foram apreendidos pela polícia. Todo o pescado foi recolhido e doado para instituições beneficentes e carentes da região, segundo afirma a SSP. O responsável pelo barco foi autuado em flagrante e submetido a multa de quase R$ 82 mil.

O número de roubos e furtos de cachorros aumentou 110,8% entre 2017 e 2018 na cidade de São Paulo, conforme mostram dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

No ano passado, o registro foi de 137 crimes, contra 65 no ano anterior, sendo que 53 foram cometidos nas residências. Já os casos de roubo e furto na rua ainda são minorias, apesar de terem crescido 227%, uma alta de 15 em 2017 para 49 no ano passado.

##RECOMENDA##

Segundo a SSP, as polícias Civil e Militar conseguiram diminuir em 3% o número de roubos e furtos de animais em todo o estado, além de combater o comércio ilegal e os maus-tratos.

Três máquinas para embalagem mecanizada de cocaína foram encontradas em uma casa na comunidade de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo. A ação da Polícia Civil foi realizada nessa sexta-feira (15), detendo um ajudante do tráfico, de 23 anos, além de 77 quilos da droga.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Diadema realizavam diligência para combater o tráfico de drogas na região, após apreensão de entorpecentes que seriam distribuídos para municípios da Grande São Paulo.

##RECOMENDA##

A equipe identificou um imóvel que armazenava as drogas e, durante investigação, verificou-se que a fiação da rua que estava conectada à casa "era muito grossa", diferente das demais residências, como se algo estivesse puxando grande quantidade de energia.

Os policiais confirmam que na casa havia forte cheiro de drogas, além de um grande barulho, como o de funcionamento de máquinas. Os policiais se identificaram e chamaram os residentes, mas ninguém atendeu. Em seguida, entraram no imóvel, onde localizaram o suspeito de 23 anos.

Em vistoria, foram encontradas as três máquinas que eram usadas para embalar mecanicamente a cocaína. Também foram apreendidos 80 mil invólucros e 300 bobinas utilizadas para embalar o entorpecentes, além de 27 sacos plásticos com a substância, totalizando 77,4 quilos.

A SSP aponta que foi requisitada perícia no local. O ajudante foi preso em flagrante e indiciado por tráfico de drogas. Ele foi conduzido à carceragem anexa ao 3º Distrito Policial de Diadema, onde permanecerá a audiência de custódia.

De janeiro a setembro deste ano foram registrados 197 casos de roubo no Rodoanel, em São Paulo. O que representa um crescimento de 31% no período de um ano, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O roubo ao interior de veículos aumentou 92%, com 50 casos registrados entre janeiro e setembro. Nos primeiros nove meses de 2017, houve o registro de 26 crimes desse tipo.

##RECOMENDA##

A maioria dos roubos ocorre no km 15, no limite entre os municípios de Carapicuíba e Osasco. No trecho que corta Santo André e São Bernardo do Campo também falta reforço policial.

A Polícia Militar afirmou que criou no ano passado uma companhia específica para combater os roubos no Rodoanel e que realiza ações conjuntas com unidades da Rota e da Rocam. Neste ano, 32 pessoas foram presas e mais de 150 quilos de drogas foram apreendidos na região.

 

Tanto o estado quanto a cidade de São Paulo registraram aumento no número de casos de estupro em agosto, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A capital sofreu o maior aumento. Foram 221 casos em agosto deste ano, contra 190 no mesmo mês de 2017, o que representa um aumento de 16,3%. Em todo o estado, o crescimento foi de 12,2%, passando de 934 para 1.048 casos.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando