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O famoso ator de Hollywood Chuck Norris, de 77 anos, sobreviveu depois de sofrer dois ataques cardíacos em pouco menos de uma hora, revelou o site norte-americano "Radar Online" nesta sexta-feira (25).

De acordo com a publicação, o episódio aconteceu no último dia 16 de julho, quando Norris e sua família voltavam de carro de Las Vegas, onde o astro participava de um Campeonato Mundial de Artes Marciais, até Chester, na Califórnia, onde moram.

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Ao longo da viagem, a família decidiu para em um hotel para passar a noite. Lá, Norris sofreu a primeira parada cardíaca. Após ser socorrido e levado para o hospital, o ator teve o segundo ataque. "Isto teria matado facilmente a maioria dos homens, inclusive os mais jovens, mas Chuck está em sua melhor forma física", disse uma fonte à publicação.

O ícone das artes marciais e famoso pelos diversos memes publicados nas redes sociais por conta de seus personagens resistentes foi reanimado e liberado depois de permanecer alguns dias em observação. 

A lenda da música country Loretta Lynn atrasou o lançamento de seu álbum e o início de uma turnê após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), mas assegurou que está se recuperando.

A cantora de 85 anos, uma das pioneiras do country, cuja marca são os vestidos longos, sofreu um derrame em maio em seu rancho no Tennessee.

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Estava programado que seu último álbum, "Wouldn't It Be Great", fosse lançado em agosto. "Agora quero esperar para lançá-lo no ano que vem porque este disco é muito especial para mim. Merece o melhor de mim e não vejo a hora de compartilhá-lo", disse em comunicado no seu site.

A cantora também cancelou uma série de shows que começariam na próxima semana em Dubuque, Iowa.

Lynn - protegida de Patsy Cline que rompeu as barreiras do gênero na música country - ganhou fãs por suas canções que destacam as aflições das mulheres brancas do sul do país diante de maridos mulherengos e brigões.

Mantendo-se fiel ao fãs conservadores do country, foi uma das poucas artistas americanas proeminentes a apoiar com entusiasmo o presidente Donald Trump.

Pouco depois de o eslovaco Martin Klizan desistir do duelo que travava com Novak Djokovic por motivo de lesão no segundo set e facilitar o avanço do sérvio à segunda rodada de Wimbledon, Roger Federer também estreou de maneira bastante semelhante nesta edição do Grand Slam realizado em Londres. O tenista suíço contou com o abandono do ucraniano Alexandr Dolgopolov, também por causa de lesão, quando ganhava a segunda parcial por 3/0, e assim também assegurou classificação à próxima fase da competição com extrema tranquilidade nesta terça-feira.

Sete vezes campeão de Wimbledon, Federer havia batido o adversário por 6/3 no primeiro set e já encaminhava um triunfo sem maiores problemas antes da desistência de Dolgopolov, atual 84º colocado do ranking mundial. O fato fez a partida ser encerrada após apenas 43 minutos de confronto.

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Assim, o terceiro cabeça de chave do Grand Slam inglês chegará descansado para a disputa da segunda rodada, na qual medirá forças contra o vencedor do duelo entre o sérvio Dusan Lajovic e o grego Stefanos Tsitsipas, também previsto para ser encerrado na programação desta terça.

Atual quinto colocado do ranking mundial e embalado pela conquista do Torneio de Halle nesta temporada de grama do circuito profissional, Federer vinha tendo atuação dominante antes da desistência de Dolgopolov. No primeiro set, ele confirmou todos os seus saques sem oferecer chances de quebra e ainda converteu dois de sete break points para fechar a parcial em 6/3.

Já na segunda parcial, novamente absoluto com o serviço na mão, o suíço conquistou nova quebra e logo abriu 3/0 antes de o ucraniano abandonar o duelo. No fim, Federer ainda teve tempo de contabilizar dez aces e disparar 18 winners, sendo que cometeu apenas sete erros não forçados, contra nove bolas vencedoras e 15 erros do seu adversário.

Tido como favorito ao título em Wimbledon pela boa temporada que realiza e pelo seu alto poderio diante da maioria dos rivais em quadras de grama, Federer não conquista o Grand Slam londrino desde 2012, quando passou pelo britânico Andy Murray na decisão. Depois disso, ele obteve dois vice-campeonatos em 2014 e 2015, nas duas ocasiões caindo diante de Djokovic na decisão. Na década passada, o suíço ficou com o troféu na capital inglesa em 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2009.

OUTROS JOGOS - Em outras partidas encerradas há pouco em Wimbledon, o cipriota Marcos Baghdatis, o japonês Yuichi Sugita, o russo Andrey Rublev e o francês

Gilles Simon também estrearam com vitórias na chave de simples masculina.

O mundo da música lamenta a morte no sábado aos 90 anos de Chuck Berry, uma lenda do rock n' roll que inspirou e marcou muitas pessoas.

- Bruce Springsteen: "Chuck Berry era o maior praticante do rock, guitarrista, e o maior compositor de rock puro que já viveu. Esta é uma perda imensa de um gigante de todos os tempos".

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- Brian Wilson (Beach Boys): "Estou tão triste com a notícia da morte de Chuck Berry - uma grande inspiração! Todos os que amamos o Rock n' Roll sentiremos sua falta. Amor & Misericórdia".

- Ringo Starr (The Beatles): "RIP. E paz e amor Chuck Berry, o Sr. rock n' roll".

- Lenny Kravitz: "Ave, ave Chuck Berry!!! Nenhum de nós seria nada sem você. Siga com o rock, irmão!".

- Rod Stewart: "Tudo começou com Chuck Berry. Ele inspirou todos nós. O primeiro álbum que comprei foi 'Live at the Tivoli' e nunca fui o mesmo".

- The Rolling Stones: "Os Rolling Stones estão profundamente tristes com a morte de Chuck Berry. Foi um autêntico pioneiro do rock, uma enorme influência. Chuck Berry não apenas era um guitarrista, cantor e intérprete brilhante, mas fundamentalmente era um verdadeiro meste da composição. As músicas de Chuck Berry viverão para sempre".

- Mick Jagger: "Estou muito triste de saber sobre a morte de Chuck Berry. Quero agradecer a ele por sua música, que me inspirou muito. Iluminou nossos anos de adolescência, deu vida aos nossos sonhos de nos tornarmos músicos e subirmos em um palco. Suas letras brilharam acima de outras e lançaram uma estranha luz sobre o famoso sonho americano. Chuck, você foi incrível e sua música ficará marcada para sempre em nós".

- Ronnie Wood: "Muito triste, a morte de Chuck Berry vem com o fim de uma era. Foi um dos melhores e minha inspiração, um verdadeiro personagem, de verdade".

- Keith Richards: "Uma de minhas grandes luzes se apagou".

- Arnold Schwarzenegger: "Quando tinha 10 anos e sonhava todas as noites em me mudar aos Estados Unidos, Chuck Berry era a música de fundo. Abalou o mundo. RIP".

- Stephen King: "Morreu Chuck Berry. Isso parte meu coração, mas 90 anos não está mal para o rock and roll. Johnny B. Goode para sempre".

A atriz húngara Zsa Zsa Gabor morreu neste domingo, após sofrer um ataque cardíaco, anunciou seu marido.

Muito emocionado, Frederic von Anhalt informou à AFP que Zsa Zsa morreu em casa, cercada por amigos e pela família. "Todos estavam lá. Ela não morreu sozinha."

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Poucos atletas no mundo podem se dar ao luxo de ter uma longa carreira em um único clube e serem amados e admirados por torcedores e adversários. Uma dessas lendas, o eterno capitão da Roma, Francesco Totti, completa 40 anos nesta terça-feira (27) e recebe todo o carinho do mundo esportivo.

Entre os eventos marcados para "Il Capitano", está uma festa com 200 convidados em Roma, onde grandes presenças de jogadores e ex-jogadores já foram confirmadas. Além disso, por volta das 20h, Totti usará sua página no Facebook para conversar com seus fãs.

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Porém, a carreira de Totti não foi construída apenas por seu carisma. Com números impressionantes, o eterno romanista, clube no qual atua há 25 anos, acumula grandes números no futebol.

Entre as maiores conquistas, certamente, estão a Copa do Mundo de 2006, o título da Roma na temporada 2000/2001 e diversas Copa da Itália.

Além disso, ele é o segundo maior artilheiro na história da Série A, com 250 gols pela Roma - 24 a menos do que Silvio Piola que jogou pelo Pro Vercelli, Lazio, Torino, Juventus e Novara.

O primeiro gol na elite do futebol italiano ocorreu há 22 anos, no dia 4 de setembro de 1994, na partida contra o Foggia. A primeira das 45 "doppietas", marcar dois gols em uma só partida, ocorreu na partida entre Bari e Roma em 9 de novembro de 1997 e a última no jogo contra o Torino no último dia 20 de abril.

Dos 250 gols marcados, 71 foram de pênalti, 21 de falta e apenas 10 de cabeça, que não é a especialidade do atacante. Destes, 122 foram no primeiro tempo e 127 na etapa final de cada partida.

O gol mais rápido da carreira ocorreu no primeiro minuto da partida entre Roma e Cesena, do dia 21 de janeiro de 2012. Já o mais "demorado", foi marcado no quarto minuto de acréscimo das partidas contra a Fiorentina, no dia 17 de outubro de 1998, contra o Lecce, no dia 4 de abril de 2004, e contra a Udinese no dia 9 de abril de 2011. Mas, o período final parece bem atraente para o Capitão - também pelo fato de, nos últimos anos, ele ter entrado sempre na etapa final de cada partida -: foram 14 gols depois dos 45 minutos do 2º tempo.

Totti já marcou gols em 38 equipes que disputaram a série A, sendo a maior vítima o "falecido" Parma, com 18 gols. Fiorentina e Sampdoria (15), Cagliari e Udinese (14), Bari (12), Palermo, Inter de Milão e Lazio (11), Chievo e Juventus (9), Lecce, Milan e Atalanta (8), Brescia, Bologna e Napoli (7), Reggina e Genoa (6), Empoli, Torino, Livorno e Verona (5), Messina, Perugia, Piacenza, Siena e Catania (4), Modena (3), Cesena (2), Ancona, Ascoli, Como, Foggia, Reggiana, Salernitana, Sassuolo e Vicenza (1) completam a lista.

O atacante da Roma ainda é o terceiro no ranking de jogadores que mais atuaram por uma equipe da Série A, com 604 jogos, ficando atrás de Paolo Maldini, ídolo do Milan, e Javier Zanetti, da Inter de Milão. Com Maldini, ainda divide o título de jogador com mais temporadas consecutivas jogadas, com 25.

Como essa é a última temporada de sua carreira, ambos permanecerão juntos no topo.

Totti ainda acumula outros recordes absolutos: maior número de gols com um só time, maior número de pênaltis marcados na série A, jogador mais velho a ter marcado uma "doppieta" na série A e a marcar um gol na Liga dos Campeões. Já no quesito expulsões, "Il Capitano" aparece na 5ª colocação, com apenas 11 cartões vermelhos em 25 anos de Roma.

Homenagens nas redes sociais: O aniversário de 40 anos de Totti também repercutiu nas redes sociais. Vários jogadores da Roma gravaram vídeos de felicitações e postaram através da conta oficial da equipe no Twitter.

O "rival" Gianluigi Buffon, que é ídolo na Juventus, também mandou sua mensagem dizendo que o atacante "escreveu a história do futebol italiano". Outro rival, o ex-jogador e atual dirigente da Inter, Javier Zanetti, também postou em sua conta uma mensagem: "Campeão em qualquer desafio, em campo ou fora dele. Orgulhoso de ter tido você como adversário. É ainda um prazer te ver jogar", escreveu.

O craque argentino Lionel Messi enviou um mensagem por vídeo.

"Feliz aniversário, Totti! Eu espero que você tenha um bom dia.  Eu sempre admirei você e desejo ainda mais sucesso. Abraço!", disse o argentino.

Até mesmo outros clubes, como o Chelsea e a Inter, e a Lega Serie A, que gere o futebol italiano, usaram suas redes para parabenizar "Il Capitano". Além dos clubes, dirigentes aproveitaram o momento para solicitar.

O presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Giovanni Malagò, disse que Totti é "campeão de generosidade". O presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, " Grandeeeeeeee. 40 anos para lembrar e renovar. Felicidades, Francesco".

Outras lendas do esporte mundial enviaram mensagens a Totti.

"Quero te parabenizar pelos teus 40 anos. Desejo um dia muito feliz e todo o melhor para esta temporada", publicou o tenista espanhol Rafael Nadal em vídeo.

Já o velocista tricampeão olímpico Usain Bolt enviou um vídeo em que diz que "de uma lenda para outra, foi uma honra te conhecer". 

O músico belga Toots Thielemans, considerado o rei da gaita, morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos, após uma longa carreira internacional, durante a qual tocou juntamente com os maiores nomes do jazz.

Thielemans, cuja música pode ser ouvida em trilhas sonoras de filmes como "Bonequinha de Luxo" (1961), morreu "enquanto dormia" um mês depois de ter sido hospitalizado devido a uma queda, anunciou à AFP seu agente, Veerle Van de Poel.

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Figura mundial do jazz, tocou junto aos maiores: Ella Fitzgerald, Quincy Jones, Bill Evans, Frank Sinatra, Ray Charles, Larry Schneider e Oscar Peterson.

Também acompanhou artistas como Nick Cave, Paul Simon, Billy Joel e Stevie Wonder.

Nascido em 29 de abril de 1922 em um bairro popular de Bruxelas onde seus pais trabalhavam em um café, Thielemans, também guitarrista, foi o primeiro músico a levar a gaita cromática ao reconhecimento geral.

Thielemans descobriu este instrumento em 1938. Seduzido em um primeiro momento pela música de Ray Ventura, foi picado pelo vírus do jazz durante a Segunda Guerra Mundial e, com uma guitarra nas mãos, adotou como modelo o cigano Django Reinhardt.

No fim da década de 1940 se instalou nos Estados Unidos, onde acompanhou o saxofonista Charlie Parker. Retornou posteriormente à Europa para uma turnê com o clarinetista Benny Goodman.

Após o êxito de "Bluesette" em 1962, interpretou com sua gaita a trilha sonora do filme "Perdidos na Noite", de John Schlesinger (1969) e, mais tarde, de "Jean de Florette", de Claude Berri (1986).

"Um mestre"

"Perdemos um grande músico", escreveu no Twitter o primeiro-ministro belga, Charles Michel, após o anúncio da morte de Thielemans, a quem o rei Alberto II concedeu o título de barão em 2001.

Em 2012, e apesar de estar em um estado delicado de saúde, Thielemans fez um show no Palácio de Belas Artes de Bruxelas para celebrar seus 90 anos, antes de iniciar uma turnê que o levou a Estados Unidos e Japão.

"Levou a gaita ao topo da arte e se converteu em um maestro", havia declarado na época o instrumentista brasileiro Oscar Castro-Neves, que o acompanhava regularmente.

Em 2014, ao sentir que perdia forças e "para não decepcionar seu público", cancelou seus shows e colocou um ponto final a sua carreira.

Em 2009, os Estados Unidos concederam a ele o prêmio "jazz master award", uma distinção dada poucas vezes a europeus, e a Academia Charles Cros entregou ao belga em 2012 um prêmio em homenagem a sua carreira.

É impossível dissociar a imagem de Michael Phelps dos Jogos Olímpicos. Na sua quinta, e última, participação, o nadador já cravou seu nome na história das olimpíadas como o maior medalhistas de todos os tempos. Nada mais justo que relembrar a carreira, nem sempre tranquila, do americano que precisou errar feio para nos lembrar que também é humano.
Jovem prodígio

Para falar sobre Phelps é preciso voltar no tempo, até 2000, Sidney. Com apenas 15 anos de idade, o jovem Michael, que já acumulava recordes em torneios nacionais em competições de juvenis, estreava em olimpíadas com um louvável quinto lugar nos 200m estilo borboleta. Poucos meses depois, o garoto mostrou que não estava para brincadeira e quebrou o recorde americano da prova no Mundial de Natação de Fukuoka, no Japão. Era o início de uma carreira gigante, oriunda de muito treinamento e um talento único no mundo.

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Em Atenas, 2004, já não se tratava mais de uma jovem promessa, Phelps era uma realidade. Com apenas 19 anos, o nadador já carregava consigo oito recordes derrubados em torneios mundiais. Claro, entrou como favorito. E não sentiu dificuldade em lidar com tal status. Foram seis medalhas de ouro (400m medley, 200m borboleta, revezamento 4x200m nado livre, 200m medley, 100m borboleta, revezamento 4x100m medley) e outras três de bronze (200m nado livre, 4x100m nado livre e 200m nado livre).

A maturidade e o auge

Se o talento era natural, a seriedade nos treinos, fruto do amadurecimento, só melhorou o desempenho do americano. O foco era um só: a olimpíada de Pequim em 2008. Michael utilizou os mundiais de Montreal e Melbourne como preparação e, ainda assim, continuou batendo recordes. Tanto que em 2007 desbancou o australiano Ian Thorpe, se tornando o maior vencedor de mundiais com sete medalhas de ouro. Além de quebrar mais cinco recordes mundiais, incluindo um que já pertencia a ele.

A rotina de vitórias contrastava com o cansaço dos treinos que ocupavam todo o tempo do atleta. Porém, tanto esforço iria render um aproveitamento perfeito em Pequim. Phelps disputou oito provas e venceu todas elas. Tornando-se bicampeão olímpico dos 200m e 400m medley, dos 100m e 200m borboleta, do revezamento 4x100m medley e 4x200m nado livre. Além de conquistar pela primeira vez os 200m livre e o revezamento 4x100m nado livre.
Desleixado, mas ainda campeão

Após os títulos em Pequim, a vida social do americano começou a ganhar destaque na mídia. Natural para quem se tornou uma celebridade. Porém, até para alguém visado, a situação começou a ficar complicada. Em 2009, Phelps foi flagrado em uma foto fumando maconha em festa com amigos e o retrato foi parar na imprensa. Por conta do ocorrido, a Federação de Natação dos Estados Unidos o suspendeu por três meses. O nadador foi a público pedir desculpas pelo que chamou de ‘um erro imaturo de um garoto de 23 anos’.

Com os jogos chegando, Michael faltava às sessões para curtir festas ou até dormir em casa. A indisciplina custou a boa relação com o treinador que o acompanhava desde a infância, Bob Bowman. Em uma das discussões, os dois trocaram xingamentos e gestos obscenos em público. Phelps chegava para a olimpíada de Londres, em 2012, com uma preparação defasada e transparecendo pouca confiança. Ainda assim, conquistou quatro ouros, tornando-se tricampeão dos 4x200m nado livre, 4x100m medley, 200m medley e 100m borboleta. Além de duas medalhas de prata (200m borboleta e 4x100m nado livre). 

O americano tomava o posto de maior medalhista da história dos jogos com 18 ouros, duas pratas e dois bronzes, superando a ginasta soviética Larisa Latynina.
Polêmicas, aposentadoria e o retorno às piscinas

Com 27 anos, maior medalhista da história das olimpíadas e cansado da rotina de treinos, Michael Phelps anunciou, em 2012, que estava deixando as piscinas. A partir daquele momento, iria curtir a família e os amigos. O mundo se chocava com tal notícia: todos queriam ver o nadador ir ainda além nos jogos de 2016, no Rio de Janeiro. O problema é que o período de aposentadoria foi curto, mas turbulento. Em 2014, poucos meses após desistir da aposentadoria, foi preso por dirigir alcoolizado em alta velocidade. Era o indício de que as coisas não estavam bem.

Phelps apresentava sintomas de vícios e depressão. Acabou condenado por um ano, teve a licença cassada e precisava manter o tratamento contra o alcoolismo. Passou 45 dias internado no centro de reabilitação The Meadows, em Phoenix. O período poderia ter encerrado a carreira do nadador, que já havia aproveitado a suspensão de seis meses da Federação Americana de Natação para dar outro tempo em seus treinos. Mas o campeão voltou a treinar forte em 2015 e brilhou nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos, nas quais garantiu vaga para a Rio-2016.

A despedida

Independente de resultado, a Olimpíada do Rio de Janeiro é o último ato de Michael Phelps. Classificado, empolgado e com idade avançada para um esportista, o nadador está vivendo um novo momento emocional. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele deixou claro que chegou ao Rio com a intenção de deixar uma última boa impressão para deixar todas as polêmicas no passado.

“Em 2012 eu estava acabado, não queria mais nada. Agora, estou feliz novamente, como estava entre 2007 e 2009, meu melhor momento. Vou fazer o meu melhor, e se não conquistar medalhas fico feliz também porque sei que terei dado o melhor de mim”, disse Phelps.

Michael é um vencedor. E somente a presença dele já é motivo suficiente para acompanhar o Rio-2016. Vale a pena conferir o maior da história em seu último mergulho, justamente em piscinas brasileiras.

Ao longo de seus 20 anos de carreira na NBA, Kobe Bryant ganhou fãs e críticos pelo alto grau de competitividade que sempre apresentou. E na sua despedida, Kobe foi Kobe. Um dos maiores nomes do basquete em todos os tempos, ele superou todas as limitações físicas de seus 37 anos e marcou inacreditáveis 60 pontos para dar a vitória nos últimos segundos ao Los Angeles Lakers sobre o Utah Jazz por 101 a 96, na noite de quarta-feira.

Kobe fez a festa de um Staples Center lotado, sedento por acompanhar de perto a última página da carreira daquele que fez a alegria da torcida nos últimos 20 anos. Do primeiro segundo da apresentação dos jogadores até o último deles deixar a quadra, o que se viu foi um verdadeiro show, digno do tamanho do grande astro que estava dizendo adeus.

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"É difícil acreditar que aconteceu deste jeito. Eu ainda estou chocado com isso", afirmou o camisa 24 à torcida após o fim da partida. "O fim perfeito seria com o título, mas hoje era eu tentando jogar duro e dar o melhor espetáculo que eu pudesse. Foi gostoso poder fazer isso uma última vez."

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E Kobe não poderia deixar por menos. Mesmo em meio a uma temporada bastante irregular, tanto dele quanto do próprio Lakers, ele precisava de uma última grande atuação. Foi assim durante toda sua carreira, desde que foi escolhido no Draft de 1996 ao 17 anos pelo Charlotte Hornets e imediatamente trocado para o time de Los Angeles. Na terra das grandes estrelas, o ala queria ser a maior dela.

Assim o fez por 20 temporadas. O único jogador da liga até hoje a passar duas décadas vestindo a mesma camisa. Neste período, Kobe teve grandes parceiros, mas dois foram especiais. Ao lado de Shaquille O'Neal, conquistou os títulos de 1999/2000, 2000/2001 e 2001/2002. Depois, com Pau Gasol, repetiu o feito em 2008/2009 e 2009/2010. Também foi o MVP (jogador mais valioso) da temporada 2007/2008.

Mas em 2015/2016, o Lakers não deu a Kobe companheiros do mesmo nível. Ele mesmo não era mais o próprio, perseguido pelas lesões e pelo desgaste natural de seu corpo. Só que por uma noite, o astro ignorou tudo isso. Sabendo que o dia era dele, exigiu a bola, arriscou impressionantes 50 arremessos, mesmo com as intensas dores no ombro, e foi herói mais uma vez.

Como se acostumou durante a carreira, Kobe foi decisivo. Dos 60 pontos, foram 23 no último período. O ala acertou uma bola de três a 59 segundos para o fim e recolocou o Lakers no jogo. Depois, converteu lindo arremesso com 31 segundos no cronômetro para virar o placar. Ainda houve tempo para dois lances livres antes da substituição final e da ovação de uma torcida incrédula com o último grande feito de um dos maiores do esporte.

Foi a primeira vez desde 2009 que o astro marcou mais de 50 pontos. Esta também foi a quinta maior pontuação da carreira do jogador que chegou a marcar 81 pontos em uma partida, contra o Toronto Raptors, em 2006. Além disso, aos 37, Kobe alcançou a melhor marca de um atleta nesta temporada, superando os 59 pontos de Anthony Davis, do New Orleans Pelicans, sobre o Detroit Pistons em fevereiro.

Kobe se emocionou, superou as expectativas mais uma vez e recebeu homenagens do Lakers e de outros astros que atuam ou já passaram pela NBA. No fim, tentou resumir para a torcida o sentimento de uma noite tão inesquecível. "Eu acho que a parte mais importante é que nós sempre estivemos juntos. Vocês estarão para sempre no meu coração e, sinceramente, eu aprecio isso. Obrigado do fundo do meu coração. Eu amo vocês, caras."

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Se depender da vontade do goleiro Rogério Ceni, o jogo contra o Santos, na semifinais da Copa do Brasil, dia 27 de outubro, não foi a último oficial dele como jogador do São Paulo. O experiente jogador faz tratamento em dois períodos para conseguir se recuperar de uma lesão no tornozelo direito.

No total, Ceni já desfalcou o São Paulo em cinco jogos: contra Sport, Cruzeiro, Atlético-MG, Corinthians e Figueirense. Existia uma grande expectativa para que ele retornasse ao time no sábado, contra o Figueirense, mas não conseguiu se recuperar. O goleiro chegou a ir para o Morumbi, conversou com os atletas antes de a bola rolar e deixou o estádio no intervalo.

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O técnico Milton Cruz contou que tem acompanhado de perto a luta do goleiro para conseguir jogar no domingo e, quem sabe, se despedir dos gramados com uma classificação para a Libertadores.

"Se vocês vissem o que o Rogério está fazendo para jogar, vocês não acreditam. Ele fica três períodos no clube e eu gostaria muito que ele tivesse jogado contra o Figueirense, porque ele é mito. Igual ele, vai demorar uns 100 anos para aparecer um igual. Ele é uma lágrima de Cristo", disse o treinador, que conta com Ceni para domingo. "Acredito que ele possa atuar no último jogo e nos ajudar bastante", completou.

Independente da partida de domingo, Ceni já tem marcado um jogo de despedida, dia 11 de dezembro, às 20h, no estádio do Morumbi. Será um amistoso entre os campeões mundiais pelo São Paulo em 1992 e 1993 contra os de 2005. As vendas de ingressos já começaram, mas apenas para sócios-torcedores.

Outro que ainda pode defender o São Paulo antes de dizer adeus é Luis Fabiano. O atacante chegou a declarar, após o jogo com o Figueirense, que aquele seria seu último ato com a camisa tricolor, mas depois recuou e falou que iria conversar com a diretoria e comissão técnica e, se fosse necessária sua participação em Goiânia, estaria à disposição.

Tudo dependeria do jogo do Inter, que empatou com o Fluminense pouco depois do jogo com o São Paulo. Caso a equipe gaúcha tivesse vencido, continuaria colada na equipe tricolor na briga pelo G4. Com o resultado, o Inter ficou com 57 pontos, dois atrás do clube paulista.

Setsuko Hara, lenda do cinema japonês e atriz de filmes clássicos do diretor Yasujiro Ozu, faleceu aos 95 anos, anunciou a imprensa nipônica.

Masae Aida, seu verdadeiro nome, foi internada em agosto e faleceu em 5 de setembro, mas a notícia só foi divulgada esta semana, o que provocou uma série de homenagens na imprensa a uma "atriz lendária", uma "madona eterna".

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Setsuko Hara, que se distanciou dos holofotes depois de interromper de maneira brusca sua carreira, iniciada nos anos 1930, "não desejava falar sobre ela e sua doença", afirmou à agência japonesa Kyodo seu sobrinho, de 75 anos.

A atriz ganhou fama depois da II Guerra Mundial com grandes papéis em vários filmes do cineasta Yasujiro Ozu, em particular "Era Uma Vez em Tóquio" (1953), considerado uma obra-prima pela crítica.

No longa-metragem, Setsuko Hara interpretou uma viúva de guerra mais apegada aos sogros que aos próprios filhos, em uma sociedade japonesa que observava a desagregação das famílias.

Ela trabalhou em vários filmes de Ozu, como "Dia de Outono" e "Fim de Verão".

Setsuko Hara - que nunca se casou, o que rendeu o apelido de "virgem eterna" - também trabalhou com os diretores Akira Kurosawa, Tadashi Imai e Mikio Naruse.

Simples e elegante, a atriz se aposentou em 1962, pouco depois da morte de Ozu. De acordo com a imprensa, ela morava na cidade balneária de Kamakura, antiga capital do Japão.

O mundo do rúgbi está de luto. Morreu no final da noite desta terça-feira (horário de Brasília), na Nova Zelândia, Jonah Lomu, uma das maiores estrelas de todos os tempos do esporte e ídolo dos All Blacks. Lomu tinha 40 anos.

John Mayhew, ex-médico da seleção neozelandesa de rúgbi e amigo pessoal de Lomu, confirmou a notícia. "Em nome da família, confirmo que Jonah Lomu faleceu nesta manhã. Obviamente, a família está devastada com a notícia, assim como seus ex-colegas de seleção, amigos e fãs", declarou.

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Lomu tinha sérios problemas de saúde desde que parou de jogar, em 2002, quando tinha apenas 27 anos. Ele sofria de uma doença renal rara, a síndrome nefrótica, diagnosticada em 1995. Em 2004, ele foi submetido a um transplante de rim e precisou se submeter ao tratamento de hemodiálise três vezes por semana durante a última década.

"Foi totalmente inesperado. Jonah e sua família acabaram de voltar do Reino Unido na noite passada e, inesperadamente, ele morreu horas depois", disse o médico. Lomu e sua família foram à Inglaterra, onde acompanharam a Copa do Mundo de Rúgbi, vencida justamente por sua Nova Zelândia. Na volta, passaram em Dubai, de onde o ex-jogador dos All Blacks chegou a utilizar sua conta no Twitter para contar aos seus fãs que seus dias no país estavam sendo encantadores.

O principal executivo dos All Blacks, Steve Tew, afirmou que todos estavam chocados com a notícia. "Estamos perplexos e profundamente entristecidos com a morte súbita de Jonah Lomu", afirmou o dirigente. "Jonah era uma lenda viva em nosso esporte, amado por milhares de fãs tanto aqui na Nova Zelândia quanto em todo o mundo. Não temos palavras para descrever nosso sentimento. Nossas mais sinceras condolências à família de Jonah."

John Key, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, usou o Twitter para falar ao povo de seu país. "Estou profundamente entristecido com a notícia do falecimento de Jonah Lomu. O pensamento de todo povo neozelandês está com sua família agora", afirmou.

A CARREIRA - Lomu foi um dos maiores jogadores da era moderna do rúgbi. Filho de pais tonganeses e criado em um dos bairros mais humildes de Auckland, foi a maior estrela da década de 1990 dos All Blacks, tida com uma das mais brilhantes da história do esporte, mesmo que não tenha conquistado nenhum título mundial. Sua principal característica em campo eram a incrível força física aliada à extrema velocidade, qualidades raras de serem encontradas em um mesmo jogador. Além disso, destacava-se por sua grande lealdade.

Ele defendeu os All Blacks em 63 jogos, anotando nada menos do que 37 tries. Estreou pela seleção em 1994, aos 19 anos. Um ano depois, defendeu sua seleção na mítica Copa do Mundo disputada na África do Sul e retratada no filme "Invictus", que conta a história do presidente sul-africano Nelson Mandela e sua luta contra o Apartheid e para popularizar o esporte em todo o país - o rúgbi era considerado um esporte do povo branco e o futebol era o dos negros.

Mandela, o capitão dos Springnoks François Pienaar e também Jonah Lomu ajudaram a unir o país e diminuir o racismo. Foi nesse Mundial que uma de suas jogadas, um contra-ataque ultrapassando toda a linha defensiva da Inglaterra, é considerada até hoje a maior de todas as edições dos Mundiais.

Mesmo com a derrota na decisão, a estrela de Lomu foi fundamental para popularizar o esporte em todo o planeta, contribuindo decisivamente para que a audiência do rúgbi explodisse. Em agosto, pouco antes do início do Mundial da Inglaterra, Lomu deu uma entrevista para o jornal inglês The Guardian.

"O que eu fiz para o rúgbi naquela Copa do Mundo definitivamente mudou tudo no esporte. Quando eu olho isso agora eu entendo essa relação. Antes não via assim. Quando meus jogos antigos passam na TV, meus filhos me olham com espanto. Eles cresceram como 'filhos de Jonah' e é difícil explicar para eles a minha importância", disse, para completar.

"Eu não tenho nenhum arrependimento na minha carreira. Conquistei tudo com muito carinho. Disputei uma final de Copa do Mundo contra a África do Sul na África do Sul, quando o país se tornou um só. François Piennar me disse que não foram 80 mil pessoas no estádio, mas 44 milhões assistindo pela TV", afirmou.

O pai de Diego Maradona, popularmente conhecido como "Don Diego", morreu nesta quinta-feira, aos 87 anos, "em paz e com todo o amor" de seus filhos, segundo uma mensagem divulgada por rádio pelo ídolo argentino.

"Olá, sou Diego Maradona e quero agradecer a todos que se comportaram 10.000% com o papai. Partiu em paz e com todo o nosso amor, de seus filhos", disse Maradona à rádio FM Delta.

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Don Diego, que estava hospitalizado há mais de um mês em Buenos Aires por problemas cardíacos e respiratórios, deixa oito filhos, cinco homens e três mulheres.

Maradona voltou de Dubai para Buenos Aires no dia 2 de junho passado, para ficar ao lado do pai no hospital.

Lembranças do menino superprotegido pelo avô e anedotas das duas únicas visitas que Gabriel García Márquez fez a Aracataca após ganhar o Nobel dominam as conversas dos vizinhos desta empoeirada cidadezinha colombiana, que viu nascer o escritor, hoje transformado em lenda.

Em Aracataca, que ao mesmo tempo é a Macondo insólita e cheia de realismo de "Cem anos de solidão", obra-prima de García Márquez, a morte do Nobel não se sente nas ruas em forma de luto ou tristeza assoladora.

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Vizinhos e turistas prestam homenagens a García Márquez, falecido na quinta-feira (17) aos 87 anos na Cidade do México, de forma mais alegre do que triste: alguns trazem nas roupas as flores amarelas que eram suas favoritas, outros lembram histórias de sua juventude, enquanto tomam cerveja, alguns cantam em sua homenagem e muitos visitam aquela que foi sua casa natal, transformada há anos em museu.

Aníbal Calle, vizinho de García Márquez de 95 anos, contou à AFP que sua primeira lembrança do escritor é de quando era "muito pequeno" e "a professora o levava pela mão para a aula".

"O avô, que era coronel, o protegia muito em casa e só saía assim, para ir à escola", contou Calle, com os olhos postos do outro lado da rua, que dá para o frondoso pátio da casa do escritor.

- "Aracataca é Macondo" -

Calle lembra a Aracataca daquela época, no fim dos anos 1920 e começo dos 1930, como uma cidade "com muitos generais e coronéis", como o avô de García Márquez e tantos outros que aparecem em suas obras: Aureliano Buendía, de pé diante do pelotão de fuzilamento em "Cem anos de Solidão" ou o protagonista de "Ninguém escreve ao Coronel", que morre esperando sua pensão.

Elvia Vizcaíno compartilha uma anedota familiar da visita de Gabo à cidade em 1983, um ano depois de ganhar o Nobel.

"Meu marido, que era mais conhecido como 'o russo' (el mono) Todaro, com algumas bebidas a mais, se aproximou de Gabo para pedir uma garrafa de rum. Não o deixou em paz durante os atos, o perseguiu por toda parte até que Gabo lhe pediu um papel para fazer um vale", relatou Vizcaíno.

"Vale 10 garrafas de rum para o russo Todaro", diz a nota assinada por García Márquez, hoje guardada como um tesouro pela viúva.

"O melhor é que quando meu marido se deu conta de que não tinha onde cobrar o vale, perguntou a Gabo e ele lhe disse: em Estocolmo!", contou Vizcaíno às gargalhadas, lembrando a forma de agir do escritor, com um dos tantos casos escondidos atrás das portas de latão das casas humildes de Aracataca.

Muitas anedotas e lembranças como estas aproximam Aracataca da Macondo imaginária de García Márquez.

"A maior parte das histórias dele são daqui. Macondo é uma figura literária, mas Aracataca é Macondo", afirmou Fabián Marriaga, em meio ao falatório dos vizinhos que se protegiam do sol abrasador em um pequeno armazém e que assentiam ou ouvi-lo falar.

- O trem da prosperidade -

Marriaga, ex-secretário de Cultura de Aracataca, foi um dos que promoveu, em 2007, a última visita de García Márquez à sua terra. "Um ato incrível, que lotou as ruas, ao qual veio gente de todos os lugares e no qual Gabo não quis que a polícia colocasse um cordão de segurança, mas que crianças da escola fizessem um corredor de homenagem por toda a rua", disse.

O Nobel chegou em 2007 a Aracataca a bordo do trem amarelo que mencionou também em seus escritos, circulando excepcionalmente por uma via que desde 1970 não presta serviços para o transporte de pessoas - unicamente de carvão - e por onde os vizinhos sonham que, em breve, chegue um trem turístico ligando Aracataca à cidade de Santa Marta, a 70 km de distância e banhada pelo mar do Caribe.

"O trem amarelo é algo que desejamos, traria uma mudança, bem-estar e prosperidade com a chegada de mais turistas", afirmou à AFP Jakeline Massi, de 35 anos.

Com aproximadamente 46 mil habitantes, Aracataca atrai visitantes por ser a cidade natal de García Márquez, mas não em números consideráveis e os moradores explicam o fato por duas razões: há apenas quatro hospedarias que não chegam a ser hotéis e a conexão com Santa Marta não é direta.

"Com o trem chegariam investimento, hotéis, trabalho. É algo que consideramos possível agora com a morte de Gabo, embora seja triste dizê-lo, que venha o trem e o turismo ganhe força", disse Dania Todaro, cujo pai, 'O Russo', morreu em 1996 esperando ganhar as prometidas 10 garrafas de rum.

Uma das mais estranhas lendas urbanas do mundo dos games será investigada em um documentário exclusivo para a plataforma Xbox, da Microsoft. A novidade deve ir ao ar em 2014 e terá a produção de Simon Chinn, vencedor de dois Oscars, e direção de Zak Penn, roteirista de "O Incrível Hulk". O enredo girará em torno do grande enterro de cartuchos da Atari em 1983.

Entenda - No início de 1980 a Atari se viu com milhões exemplares não vendidos da adaptação para videogames do longa “E.T.- O Extraterrestre”, criada para o console Atari 2600 . Sem ideia do que fazer, a companhia enterrou os cartuchos em uma pequena cidade no Novo México. Segundo a lenda, ninguém parece saber exatamente o que aconteceu.

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Marina Correia, mãe dos lutadores Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, lançou neste mês uma biografia sobre os gêmeos e ícones do MMA mundial. No livro Meus Filhos Minotauro e Minotouro - Lenda e superação, Marina revela diversos momentos da jornada dos gêmeos, desde a infância até os dias de glória.

Episódios como o acidente que condenou Minotauro a uma cadeira de rodas, aos 11 anos, e cirurgias complicadas são contados pela mãe dos lutadores. A obra ainda traz um caderno de imagens, com fotos que contam a história dos gêmeos, além das fichas técnicas de cada um, com peso, altura, modalidades e o histórico de lutas e títulos conquistados.

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O "Abominável Homem das Neves", ou Yeti, em tibetano, pode ser um simples urso, anunciou nesta quinta-feira (17) um cientista britânico da Universidade de Oxford, baseando-se em testes genéticos de pelos do "abominável homens das neves" himalaio.

"Encontramos uma coincidência genética exata entre duas amostras do Himalaia e um urso polar primitivo", disse Bryan Sykes, professor da universidade britânica.

Durante séculos circularam lendas sobre criaturas peludas e gigantes, simiescas, chamadas de "migoi" na cordilheira himalaia, "Pé Grande" na América do Norte e "almasty" nas montanhas do Cáucaso. O mito ganhou força quando o explorador Eric Shipton voltou de sua expedição ao Everest, em 1951, com fotografias de pegadas gigantes.

Os relatos de supostas testemunhas alimentaram a ideia de que poderia se tratar de seres humanoides, mas Sykes acredita que, na verdade, tratam-se de ursos híbridos. O cientista fez uma convocação mundial solicitando amostras da criatura e recebeu 70, 27 das quais foram consideradas válidas.

Finalmente, o DNA de pelos de dois animais não identificados da região de Ladaj, na Índia, e do Butão, coincidiam exatamente com uma amostra da mandíbula de um urso polar encontrada no arquipélago norueguês de Svalbard e que tinha de 40.000 a 120.000 anos. "Não acredito que signifique que há ursos polares primitivos rondando pelo Himalaia. Mas pode significar que existem subespécies de urso pardo (...) que descendem do urso ancestral do urso polar", disse o cientista à BBC.

"Pode ser que a espécie do Yeti ainda esteja por aí e que tenha bastante do urso polar, que seja algum tipo de híbrido e que sua conduta seja diferente da apresentada pelos ursos normais", acrescentou, informando que este detalhe pode ser a fonte da lenda.

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