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Os dois líderes rivais líbios começaram a negociar um acordo formal de cessar-fogo nesta segunda-feira (13), em Moscou. O chefe do Governo de União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU, Fayez al-Sarraj, e o marechal Kalifa Haftar, que controla o leste do país, viajaram para a capital da Rússia, mas não se encontraram.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, anunciou que Sarraj já assinou o acordo, enquanto o marechal Haftar pediu um pouco mais de tempo para tomar uma decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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As duas partes que se enfrentam no sangrento conflito na Líbia aceitaram um cessar-fogo que começou a ser aplicado nas primeiras horas deste domingo (12), após semanas de intensos esforços diplomáticos da Rússia e da Turquia em favor de uma trégua, para impedir que o país se torne uma "segunda Síria".

Este país do norte da África, rico em petróleo, tem sido palco de confrontos e está mergulhado no caos desde que uma intervenção militar internacional derrubou em 2011 a longa ditadura do coronel Muammar Khadafi.

Desde abril do ano passado, o Governo da União Nacional (GNA), com sede em Trípoli e reconhecido pela comunidade internacional, tem sido alvo das forças leais ao marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país.

Na noite de sábado (11), o marechal Haftar anunciou um cessar-fogo que entraria em vigor à meia-noite, após um apelo conjunto neste sentido dos presidentes russo, Vladimir Putin, e turco, Recep Tayyip Erdogan.

As forças do marechal alertaram em uma breve declaração que "a resposta será dura se o lado oposto violar a trégua", referindo-se às tropas do GNA.

Pouco depois, em comunicado, o líder do GNA, Fayez al-Sarraj, anunciou um cessar-fogo que entraria em vigor a partir das primeiras horas do domingo.

Ele também enfatizou o "direito legítimo" de suas forças de "responder a qualquer ataque ou agressão do lado oposto".

Depois da meia-noite, ou seja, após a entrada em vigor dessa trégua, tiros ainda eram ouvidos no centro de Trípoli, sede do GNA, mas depois a calma foi estabelecida na parte sul da capital, onde as forças do GNA resistem desde abril à ofensiva das forças de Haftar.

A missão da ONU no país comemorou a trégua e pediu que as partes façam "esforços em favor do diálogo".

Desde o início da ofensiva de Haftar, mais de 280 civis e 2.000 combatentes morreram, segundo a ONU. Além disso, cerca de 146.000 líbios foram deslocados pelos combates.

- "Segunda Síria" -

A entrada em vigor deste cessar-fogo ocorre após importantes esforços diplomáticos liderados por Ancara e Moscou.

Na quarta-feira, Erdogan e Putin pediram em Istambul que essa trégua fosse estabelecida.

Especificamente, a Turquia pediu à Rússia para convencer Haftar a respeitá-la.

Ancara enviou militares em janeiro para apoiar o GNA, enquanto a Rússia é suspeita, apesar de negar, de apoiar as tropas de Haftar, que também tem o apoio dos Emirados Árabes Unidos e do Egito.

Os países da Europa e da África do Norte lançaram uma ofensiva diplomática para tentar impedir a Líbia de se tornar uma "segunda Síria".

Os governos europeus temem que grupos islâmicos e traficantes de migrantes se estabeleçam neste país, aproveitando-se do caos que reina desde a morte de Khadafi.

No sábado, a Líbia foi um dos temas centrais das discussões entre Putin e a chanceler alemã Angela Merkel em Moscou.

A chanceler alemã disse que quer organizar uma reunião internacional sobre a Líbia em Berlim em breve, com o apoio da ONU para ajudar o país a se tornar "soberano novamente e recuperar a paz".

Mas a Rússia e a Turquia emergiram como as verdadeiras potências influentes na crise líbia, apesar de supostamente apoiarem lados diferentes.

Putin negou, porém, que seu país seja um defensor do marechal Haftar. "Se há russos, eles não representam os interesses do Estado russo e não recebem dinheiro de nós", garantiu.

Os Estados Unidos, descontentes com o crescente envolvimento de Moscou na Líbia, denunciaram no sábado o "destacamento de mercenários russos (...) e combatentes sírios apoiados pela Turquia" em comunicado de sua embaixada.

Os dirigentes da Alemanha e da Rússia disseram neste sábado que esperam uma rápida redução das tensões na Líbia e a realização de uma conferência de paz patrocinada pela ONU, considerando que esse conflito pode ser internacionalizado.

"Realmente espero que dentro de algumas horas (...), como pedimos ao presidente turco (Recep Tayyip) Erdogan, as partes do conflito na Líbia parem de disparar", disse o presidente russo Vladimir Putin, após uma reunião em Moscou com a chanceler alemã Angela Merkel.

Putin e Erdogan, atores-chave do conflito, pediram um cessar-fogo a partir da meia-noite de domingo, embora, como na Síria, tenham interesses divergentes

A Turquia enviou militares em janeiro para apoiar o Governo da Unidade Nacional (GNA) - reconhecido pela ONU - de Fayez al Sarraj, enquanto a Rússia, apesar das negações, é considerada suspeita de apoiar as tropas rivais do marechal Khalifa Haftar.

"É importante encerra o confronto armado", insistiu Putin, enquanto o marechal Haftar até agora diz que quer continuar a ofensiva contra o GNA, com sede em Trípoli.

O chefe da diplomacia turca, Mevlüt Cavusoglu, disse neste sábado que a Rússia deve "convencer" o chefe militar e homem forte do leste da Líbia.

- Conferência de paz em Berlim -

A chanceler alemã cumprimentou os esforços russo-turcos e disse que espera emitir em breve "convites para uma conferência em Berlim sob o patrocínio da ONU", para tornar a Líbia um país "soberano e pacífico".

"As partes líbias que atualmente travam um confronto armado (...) devem estar envolvidos o máximo possível para encontrar soluções", afirmou a dirigente.

Para o presidente russo, essa conferência seria um "passo na direção certa".

Imersa no caos desde a revolta de 2011 que levou à morte do ditador Muammar Kadafi, a Líbia é palco de um conflito entre o GNA e as forças rivais do marechal Haftar.

O GNA é apoiado pela ONU, por vários países do Ocidente e pela Turquia. O marechal Haftar é apoiado pelo Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

A Alemanha pretende desempenhar um papel mediador na crise e não quer ver o país se tornar uma "segunda Síria", um conflito no qual a Rússia e a Turquia se tornaram os principais atores internacionais, deixando os ocidentais praticamente à margem.

A União Europeia (UE) prometeu, nesta quarta-feira (8) a Fayez al-Sarraj, primeiro-ministro líbio do governo reconhecido pelas Nações Unidas, intensificar seus esforços para uma solução pacífica na Líbia, temendo a questão migratória e o terrorismo.

Fayez al-Sarraj, cujo Governo de União Nacional (GNA) enfrenta uma ofensiva das forças rivais do marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país, se reuniu nesta quarta-feira em Bruxelas com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e com o chefe da Conselho Europeu, Charles Michel.

"A União Europeia apoia plenamente o processo de Berlim e todas as iniciativas das Nações Unidas para encontrar uma solução política global à crise na Líbia", afirmou o Conselho em comunicado após a reunião, na qual as autoridades europeias reiteraram que "não há solução militar" para o conflito no país mediterrâneo.

Uma conferência internacional está prevista para este mês em Berlim para retomar o processo político no âmbito das Nações Unidas.

A Líbia está mergulhada no caos desde a queda do regime de Muammar Khadafi em 2011 e com duas autoridades que disputam o poder: o GNA e o governo nas mãos de Haftar, que impôs um duro golpe aos seus rivais dias atrás em Sirte.

Haftar tenta, desde abril, conquistar Trípoli e, para isso, conta com o apoio do Egito, Emirados Árabes Unidos e Rússia.

Para ajudar o governo de Sarraj, a Turquia enviou 35 soldados para a Líbia que, segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, citado pelo jornal Hurriyet, não serão chamados para participar dos combates.

O anúncio, feito no domingo, do envio de militares turcos desencadeou alertas na UE, que condenou as "interferências externas" na Líbia.

"Queremos evitar que a Líbia se torne palco de uma guerra subsidiária e uma segunda Síria", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas.

Os europeus temem que o ressurgimento do conflito possa beneficiar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e gerar uma chegada maciça de migrantes nas costas da Europa.

O chefe da diplomacia alemã, cujo país patrocina o chamado Processo de Berlim para encontrar uma solução para a crise, também se encontrou com o primeiro-ministro líbio em Bruxelas, depois de abordar a situação com seus colegas da Itália, França e Reino Unido na véspera.

"Sarraj reiterou seu total apoio ao processo de Berlim e, em particular, declarou que está disposto a assumir e promover o que for acordado", disse Maas, que considerou um "requisito essencial" a realização de uma eventual cúpula sobre a Líbia em Berlim.

Reunidos em Istambul, presidente turco Recep Tayyip Erdogan e seu colega russo Vladimir Putin pediram nesta quarta um cessar-fogo na Líbia a partir da meia-noite do domingo, informou o chefe da diplomacia turca.

"Nosso presidente Recep Tayyip Erdogan e o chefe de estado russo VLadimir Putin lançam hoje um chamado de cessar-fogo a partir de 12 de janeiro à meia-noite", declarou Mevlut Cavusoglu em coletiva de imprensa em Istambul.

O Parlamento turco aprovou nesta quinta-feira (2) uma moção para enviar tropas à Líbia em apoio ao governo de unidade nacional de Fayez al-Sarraj, reconhecido pela ONU, cuja administração está sendo atacada pelas milícias do general rebelde Khalifa Hafter.

A autorização dada pelo Parlamento responde a um pedido do premiê Recep Erdogan e permite o uso de tropas durante um ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Deputados turcos aprovaram nesta quinta-feira uma moção que permite ao presidente Recep Tayyip Erdogan enviar militares à Líbia para dar apoio ao Governo da União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU e aliado da Turquia.

Um total de 325 deputados votaram a favor e 184 contra essa intervenção, segundo o presidente da Assembléia Nacional Turca, Mustafa Sent.

A decisão autoriza o exército turco a intervir na Líbia por um ano.

O papa, que nesta quinta-feira (19) instalou uma cruz de cristal emblemática no Vaticano, na qual se destaca um colete salva-vidas de um migrante afogado em 2019, pediu o esvaziamento dos campos de refugiados na Líbia, considerados locais "desprezíveis" e centros de tortura.

"Devemos trabalhar seriamente para esvaziar os campos de detenção na Líbia", disse ele, após pedir que se "denuncie e processe traficantes que exploram e maltratam migrantes, sem medo de revelar conluio e cumplicidade com as instituições".

Com essa instalação no Palácio Apostólico, o papa argentino, extremamente sensível a essa questão, pretende lembrar dos migrantes e refugiados que arriscam suas vidas no mar para chegar à Europa.

"O problema não é resolvido com o bloqueio de navios", alertou.

Hoje, Francisco recebeu 33 refugiados de um campo na ilha de Lesbos, na Grécia, que puderam viajar para a Itália, graças aos corredores humanitários organizados pela comunidade católica italiana Sant'Egidio.

Antes deles, o papa lembrou que o colete colocado na cruz foi encontrado em julho passado no Mediterrâneo e pertencia a um migrante anônimo que morreu afogado.

Visivelmente comovido, falou da "morte ilícita", da situação que "força muitos migrantes a deixarem suas terras e a atravessarem desertos, e a serem sujeitos a abuso e tortura em campos de detenção".

Em uma ação sem precedentes, uma ONG apresentou nesta quarta-feira (18) na ONU uma denúncia contra a Itália por seu papel no envio de migrantes resgatados no mar para a Líbia, onde tiveram que enfrentar condições terríveis.

A Global Legal Action Network (GLAN), uma organização não governamental, apresentou a denúncia no Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas em nome de um migrante do Sudão do Sul.

O homem, que atualmente reside em Malta, tinha 19 anos quando em 2018 foi resgatado no Mediterrâneo, juntamente com outras dezenas de migrantes, e foi enviado para a Líbia, onde foi baleado, espancado, detido arbitrariamente e obrigado a cumprir trabalhos forçados.

Segundo a ONG, esta é a primeira denúncia que trata da questão dos chamados "privatised push-backs" ("expulsões privatizadas"), um mecanismo segundo o qual os Estados da União Europeia contratam embarcações comerciais para devolver refugiados e outros que precisam de proteção a locais inseguros.

O texto sustenta que esses Estados transformaram navios mercantes privados em instrumentos do chamado "refoulement", - a devolução de refugiados para lugares onde sofrem perseguição e tortura - algo que é ilegal pelo direito internacional.

- 'Fórmula de abuso' -

"O que estamos observando é uma tendência preocupante em que o resgate de pessoas desesperadas no mar está sendo terceirizado para embarcações mercantes não treinadas e mal equipadas", declarou o chefe do GLAN, Gearoid O Cuinn, em comunicado, alertando que "é uma fórmula de abuso".

"Nossa denúncia legal é sobre a tentativa da Itália de abdicar de suas responsabilidades, privatizando o retorno de migrantes a um ambiente hostil na Líbia", disse ele.

O incidente específico mencionado na denúncia começou em 7 de novembro de 2018, quando o Centro Italiano de Coordenação de Resgate Marítimo (IMRCC) instruiu o navio mercante "Nivin", com bandeira do Panamá, a resgatar uma embarcação de migrantes em apuros e cooperar com a temida Guarda Costeira Líbia (LYCG).

A LYCG instruiu o "Nivin" a devolver os migrantes para a Líbia, onde os cerca de 80 passageiros foram brutalmente retirados da embarcação pelas forças de segurança líbias, que usaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição real.

O queixoso foi baleado na perna, foi arbitrariamente detido, interrogado, espancado, submetido a trabalho forçado e teve tratamento médico negado por meses.

A queixa é apoiada por evidências de um relatório de oceanografia forense da Universidade de Londres, publicado nesta quarta-feira.

De acordo com este relatório, os "privatised push-backs" aumentaram consideravelmente desde junho de 2018 e os marinheiros são cada vez mais "usados pelos Estados que procuram fugir de suas obrigações em relação aos refugiados".

A denúncia argumenta que a Itália, ao abandonar sua responsabilidade de oferecer porto seguro aos migrantes em perigo, viola suas obrigações internacionais em termos de direitos humanos.

Em uma decisão amplamente criticada, a Itália renovou em outubro um controverso acordo assinado em 2017 com a Guarda Costeira da Líbia para bloquear os migrantes que tentam chegar à Europa.

O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas é composto por 18 especialistas independentes que emitem opiniões e recomendações com grande peso internacional, mas que não têm o poder de forçar os Estados a cumprir suas decisões.

A interferência da Turquia na guerra civil da Líbia vem aumentando a tensão no Mediterrâneo. Neste domingo (15) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu enviar ajuda militar ao governo líbio que resiste em Trípoli ao avanço de forças rebeldes islâmicas apoiadas pela Rússia. "Estamos prontos para proteger os interesses da Turquia e da Líbia no Mediterrâneo Oriental", disse Erdogan em entrevista à TV A Haber.

Para entender como a disputa pelo poder na Líbia vem colocando o Mediterrâneo em pé de guerra é preciso primeiro voltar o conflito civil que dilacera o país desde a morte do ditador Muamar Kadafi, em 2011. Desde então, duas forças se estabeleceram no país.

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Em Trípoli, o Governo de União Nacional (GNA, na sigla em inglês). Chefiado pelo primeiro-ministro Fayez Sarraj, o GNA tem apoio de ONU, EUA, União Europeia e da maior parte da comunidade internacional, incluindo a Turquia.

Do lado oposto, ocupando a maior parte do território líbio e a maioria dos campos de petróleo, está o Exército de Libertação Nacional (LNA). Comandado pelo general Khalifa Haftar, o LNA tem apoio da Rússia e de alguns países árabes, como Egito e Emirados.

Nas últimas semanas, Haftar lançou uma ofensiva contra Trípoli que ameaça o governo do GNA. Em linhas gerais, o conflito na Líbia repete uma lógica geopolítica parecida com a guerra civil da Síria - de um lado, a Turquia, do outro, a Rússia, em apoio ao governo de Bashar Assad.

No entanto, no caso da Líbia, a tensão também tem relação com a exploração de gás natural nas águas do Mediterrâneo Oriental. Recentemente, o governo turco publicou um mapa que amplia seu espaço marítimo e sua zona econômica exclusiva, ignorando os direitos de Chipre, Israel e Grécia.

Parte do novo mar territorial turco foi negociado em um acordo fechado com o governo do GNA, em Trípoli, em novembro. O tratado foi levado ontem ao Parlamento da Turquia e deve ser analisado a partir de hoje.

A diplomacia agressiva da Turquia ressuscitou a velha rivalidade com a Grécia. No dia 6, o governo grego expulsou o embaixador turco e afirmou que o acordo assinado com o GNA é uma "flagrante violação do direito internacional". "Este acordo foi negociado de má-fé", disse o chanceler grego, Nikos Dendias.

Grécia e Turquia são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e uma crise entre dois países-membros é mais um desafio enfrentado pela já combalida aliança atlântica.

Neste domingo, a Marinha da Turquia interceptou e expulsou um navio israelense nas águas do Chipre. A embarcação, da Instituição de Pesquisa Oceanográfica e Limnológica de Israel, estava conduzindo pesquisas na região em conjunto com autoridades cipriotas. "Outros atores internacionais não podem realizar operações de exploração nessas áreas sem o consentimento da Turquia. Chipre, Egito, Grécia e Israel não podem estabelecer uma linha de transmissão de gás sem antes obter a permissão da Turquia", afirmou Erdogan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade nesta quinta-feira (12) uma resolução para renovar por mais um ano a missão na Líbia e se comprometeu a apoiar os esforços para construir um cessar-fogo nesse país castigado pela guerra.

A Líbia está mergulhada no caos desde que uma insurgência depôs e matou, em 2011, o ditador Muamar Kadhafi, após o que a Missão de Apoio da ONU na Líbia (UNSMIL) foi estabelecida.

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O Conselho de Segurança informou ter pedido ao secretário-geral da ONU que avalie os "passos necessários para alcançar um último cessar-fogo (e) o possível papel da UNSMIL para proporcionar um apoio escalável ao cessar-fogo".

O compromisso de apoio foi solicitado pelo enviado da ONU à Líbia, Ghassan Salamé, pressionado para reiniciar o processo político desde que o autodenominado Exército Nacional Líbio de Khalifa Haftar lançou, em abril, uma ofensiva para conquistar a capital, Trípoli.

As forças de Haftar estão lutando contra as do Governo de União Nacional (GNA), que é liderado por Fayez al Sarraj e reconhecido pela ONU.

Enquanto Sarraj é respaldado por Turquia e Catar, Haftar conta com o apoio de Egito, Emirados Árabes, Estados Unidos, Rússia e França.

Na semana passada, Salamé advertiu que sem uma ação do Conselho de Segurança, o conflito na Líbia pode escalar se os patrocinadores externos aumentarem o apoio aos lados em conflito.

Entretanto, o general Ahmed al Mesmari, porta-voz das forças de Haftar, descartou neste sábado qualquer negociação política.

"O tempo de retomar o diálogo acabou", disse al Mesmari. "A militar é a melhor solução para aumentar a segurança e restituir a lei".

Segundo a Organização Mundial de Saúde, desde abril, os combates entre os favoráveis às forças do GNA e apoiadores de Haftar levaram à morte pelo menos 1.093 pessoas, com 5.752 feridos. Cerca de 120.000 foram deslocadas.

Quatro civis foram feridos durante as primeiras horas deste domingo por um foguete no aeroporto de Mitiga, o único em funcionamento em Trípoli, segundo o Governo da Unidade Nacional (GNA), que acusa as forças rivais do marechal Haftar de terem cometido o ataque.

Localizado a alguns quilômetros ao leste da capital da Líbia, Mitiga está numa área controlada pelo GNA, com sede em Trípoli e reconhecido pela ONU.

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O ataque ocorreu no momento em que um avião líbio chegava de Medina, na Arábia Saudita, transportando peregrinos que retornavam de Meca.

Três dos passageiros, incluindo uma mulher, e uma quarta pessoa não identificada ficaram feridos, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde da GNA.

A pista de pouso e um Airbus A330 da companhia Líbia Airlines foram danificados. Os vôos foram suspensos "até nova ordem".

A missão da ONU na Líbia (Manul) confirmou a informação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta quinta-feira (29) que teme que a Líbia termine em uma "guerra civil total", a menos que adote medidas rápidas para acabar com o conflito interno.

"A menos que atue a curto prazo, é muito possível que o atual conflito escale para uma guerra civil total", advertiu Guterres.

O diplomata reconheceu a necessidade do apoio da comunidade internacional para encontrar uma solução política para o país, onde as forças leais ao líder rebelde, Khalifa Haftar, lançaram uma ofensiva - no início de abril - para tomar a capital Trípoli do Governo de Coalizão Nacional, reconhecido pela ONU.

"Exorto as partes a abandonar o uso de armas explosivas em áreas povoadas, seja mediante bombardeios aéreos ou disparos de artilharia, devido a seus prováveis efeitos indiscriminados", escreveu Guterres.

Os combates nos arredores de Trípoli já deixaram mil mortos e 120 mil deslocados desde o início da ofensiva de Haftar.

"Uma solução política para o conflito na Líbia requer o apoio total e unido da comunidade internacional".

"Me preocupa a presença de combatentes e mercenários empregados pelas partes no conflito na Líbia, assim como a entrada de armas no país", declarou o secretário-geral, pedindo o estrito respeito ao embargo adotado em 2011.

Em seu relatório, Guterres também expressou sua preocupação com refugiados e imigrantes na Líbia.

"Os refugiados e imigrantes na Líbia deveriam ser libertados e provistos de abrigos seguros até que seus pedidos de asilo sejam analisados para sua repatriação em condições seguras...".

Um carro-bomba explodiu neste sábado do lado de fora de um shopping center na cidade de Bengasi, Líbia, matando pelo menos três funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou um porta-voz do secretário-geral da ONU. O ataque aconteceu mesmo com os lados em guerra no país afirmando que aceitariam um cessar-fogo proposto pela ONU com o objetivo de paralisar o combate na capital Trípoli durante um feriado muçulmano.

O conselho municipal de Bengasi disse que o ataque teve como alvo um comboio para a Missão de Apoio da ONU na Líbia. O local do ataque está próximo dos escritórios da missão na Líbia. A explosão feriu nove pessoas, segundo funcionários da saúde que falaram sob condição de anonimato.

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Cinco médicos morreram e outras oito pessoas ficaram feridas em um bombardeio contra um hospital de campanha no sul de Trípoli, informou o Ministério da Saúde do Governo de União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU.

"O hospital de campanha localizado na região da estrada do aeroporto foi alvo de um bombardeio aéreo, matando cinco médicos e ferindo outras oito pessoas, entre elas socorristas", disse à AFP neste sábado Lamin Al Hachemi, porta-voz do ministério.

As ambulâncias e hospitais de campanha perto das áreas de combate no sul de Trípoli frequentemente são alvo de ataques aéreos que o GNA atribui às forças do marechal Jalifa Haftar.

O homem-forte do leste da Líbia executa, desde abril, uma ofensiva para conquistar a capital, onde fica a sede do GNA.

Mas, após quatro meses de confronto, as forças pró-Haftar não avançaram significativamente, detidas por uma resistência das forças leais ao GNA.

"Foram os aviões de Haftar que bombardearam o hospital. O ataque foi direto contra o hospital, que estava cheio de médicos", disse Hachemi.

As forças pró-Haftar não reivindicaram o ataque.

A Líbia informou nesta sexta-feira, 26, ter recuperado os corpos de 62 imigrantes, após um naufrágio, na véspera, perto de Khoms, cidade situada 120 quilômetros a oeste de Trípoli, na pior tragédia registrada no Mar Mediterrâneo este ano, segundo a ONU.

A Agência de Imigração na capital da Líbia disse que até 350 migrantes estavam a bordo dos barcos que se aproximaram da cidade de Khoms, a cerca de 120 quilômetros a leste de Trípoli.

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Os migrantes eram da Eritreia, Egito, Sudão e Líbia, segundo a agência. Autoridades líbias disseram que mais de 130 foram resgatadas desde quinta-feira.

Um dos sobreviventes, da Eritreia, disse que a embarcação começou a virar após de uma hora de navegação. A maioria dos migrantes a bordo eram mulheres, ele disse, e a maioria deles se afogou.

"Todos eles (que se afogaram) eram mulheres ... apenas duas garotas se salvaram", disse ele, sob condição de anonimato por temer por sua segurança.

Dois outros sobreviventes, alocados em uma instalação de desembarque em Trípoli, disseram à Associated Press que cada um pagou entre US $ 200 e US $ 400 a contrabandistas que prometeram chegar às costas da Itália ao pôr do sol na quinta-feira.

Ahmed al-Tayeb, de 32 anos, do Sudão, disse que estava em uma das três embarcações que naufragaram uma hora depois de partir da Líbia na noite de quarta-feira.

O egípcio Mustafa Mahmoud, de 26 anos, disse que os pescadores líbios foram os primeiros a resgatá-los. "Eu vi muitos corpos, dezenas, na água", disse ele. "A maioria era de crianças e mulheres que não sabiam nadar."

Pelo menos uma dúzia de sobreviventes foi levada para um hospital em Khoms, enquanto os demais foram transferidos para diferentes centros de detenção, incluindo Tajoura.

O centro de detenção de Tajoura foi atingido por um ataque aéreo em 3 de julho que matou mais de 50 pessoas e levantou novas preocupações sobre o tratamento dos migrantes na Líbia. A agência de refugiados da ONU exigiu que o centro seja fechado, mas isso não aconteceu.

"Isso está colocando intencionalmente a vida dessas pessoas em risco", disse Vincent Cochetel, enviado especial do ACNUR para o Mediterrâneo Central.

A agência de migração da ONU disse hoje que, uma vez que chegaram, os 84 migrantes foram retirados do centro de detenção e, em vez disso, foram "liberados gradualmente" para a cidade de Tajoura.

A Anistia Internacional pediu sexta-feira aos líderes da UE para "mostrar alguma coragem" e reverter sua decisão de suspender os resgates de migrantes no Mediterrâneo. "As pessoas ainda arriscam suas vidas para vir para a Europa", disse Massimo Moratti, da Anistia.

Nos últimos anos, a União Europeia associou-se à Líbia para impedir que os migrantes façam a perigosa viagem marítima para a Europa. Grupos de direitos humanos dizem que esses esforços deixaram os migrantes à mercê de grupos armados brutais ou confinados em centros de detenção, sem acesso à comida e água limpa.

A UE divulgou um comunicado nesta sexta dizendo estar profundamente entristecida com a tragédia na costa da Líbia e acrescentou que "soluções sustentáveis para busca e salvamento são urgentemente necessárias no Mediterrâneo".

No entanto, também disse que "o atual sistema da Líbia de gerenciar a migração irregular e deter arbitrariamente refugiados e migrantes tem que acabar".

Um ataque aéreo contra o centro de migrantes e refugiados no leste de Trípoli deixou cerca de 40 mortos e mais de 70 feridos, disse à AFP um porta-voz dos serviços de emergência.

"É um saldo preliminar e pode ser mais grave", disse o porta-voz Osama Ali, acrescentando que no momento do ataque havia 120 migrantes confinados no hangar em Tajoura, no leste da capital líbia.

Um fotógrafo da AFP observou numerosos corpos no chão do hangar utilizado como centro de confinamento para migrantes, enquanto as equipes de socorro reviravam os escombros a procura de sobreviventes.

Na parte externa da unidade, as forças de segurança tratavam de coordenar o acesso de dezenas de ambulâncias.

O Governo de Unidade Nacional (GNA) denunciou o ataque como "um crime odioso" praticado pelo "criminoso de guerra Khalifa Haftar".

Segundo o GNA, trata-se de um ataque "premeditado" e "preciso" das forças de Haftar contra o centro de migrantes.

O marechal Haftar, que controla parte da Líbia, realiza no momento uma ofensiva para controlar Trípoli, sede do GNA, reconhecido pela comunidade internacional.

Nos últimos dias, veículos de imprensa favoráveis a Haftar informavam a iminência de "uma série de ataques aéreos" na zona de Trípoli e Tajoura.

Em Tajura estão localizadas várias instalações militares controladas pelo GNA, alvo de ataques regulares das forças de Haftar.

As forças de Haftar prometeram esta semana intensificar os ataques aéreos contra posições do GNA, após perderem o controle da cidade de Gharyan, a cerca de 100 km de Trípoli.

O Alto Comissário da ONU para os Refugiados manifestou sua "extrema preocupação" com as informações sobre o ataque, que representaria "a morte de refugiados e migrantes".

As agências da ONU e entidades humanitárias têm expressado reiteradamente sua oposição a que emigrantes resgatados no mar sejam devolvidos à Líbia, em razão do caos institucional no país.

Na Líbia, estes migrantes e refugiados são colocados em "detenção arbitrária" e regularmente ficam a mercê das milícias armadas.

Apesar da constante instabilidade e do caos institucional, a Líbia permanece como um país de trânsito de emigrantes que fogem de conflitos armados ou da instabilidade em outras regiões da África e do Oriente Médio.

A missão de apoio da ONU na Líbia (MANUL) tem manifestado sua preocupação com os cerca de 3.500 emigrantes e refugiados "em risco nos centros de detenção situados nas zonas de conflito".

Envolvida em um conflito sangrento, a Líbia parece mais do que nunca mergulhada no caos no início do mês sagrado do Ramadã após a convocação do marechal Haftar para redobrar os esforços para a conquista de Trípoli, sede do governo de União Nacional (GNA).

Após um avanço surpreendente, as tropas do autoproclamado Exército Nacional da Líbia (ENL) estão paradas às portas de Trípoli, retidas pelas forças leais ao GNA, incluindo grupos armados da cidade de Misrata.

Os combates estão ocorrendo nos subúrbios do sul da capital e mais ao sul da cidade.

Desde 4 de abril, confrontos e bombardeios deixaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 50 mil desabrigados, segundo a ONU, que multiplicou os pedidos pelo fim das hostilidades.

O primeiro-ministro do GNA, Fayez al-Sarraj, iniciará nesta terça-feira uma viagem de dois dias para se reunir com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, com a chanceler alemã Angela Merkel e com o presidente francês Emmanuel Macron. O objetivo é aumentar o apoio contra a agressão "do Marechal Haftar, anunciou nesta segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores.

No domingo, a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (Manul) pediu novamente uma "trégua humanitária de uma semana" por ocasião do início do Ramadã nesta segunda-feira.

O marechal Haftar se opôs a esse pedido e instruiu suas tropas a "infligir uma lição ainda mais dura" às forças que defendem a capital líbia e ao GNA "para arrancá-los de nosso amado país", segundo uma mensagem lida por um porta-voz do ENL, general Ahmed Al Mesmari.

- Presidente do Parlamento "provisório" -

Com o início nesta segunda-feira do "mês abençoado do Ramadã, o mês da jihad", a guerra santa, o marechal Haftar pediu às suas tropas que sejam "corajosas e implacáveis" para erradicar o "terrorismo".

No nível político, o Parlamento da Líbia deu um novo rumo, no domingo, a uma divisão duradoura, depois que 42 deputados dissidentes indicaram um presidente parlamentar "provisório", como alternativa ao atual presidente, Aguila Salah, que apoia o marechal Haftar.

O Parlamento, composto por 188 deputados eleitos em 2014, está baseado no leste, depois de deixar Trípoli após a tomada da cidade por uma coalizão de milícias. Primeiro se estabeleceu em Tobruk, e depois foi em 13 de abril para Benghazi, reduto de Haftar.

Após o lançamento da ofensiva, 42 deputados decidiram boicotar as atividades da câmara, para denunciar a operação militar e a linha seguida pelo presidente Aguila Salah.

Esta guerra é "injustificada", afirmaram em sua primeira reunião em Trípoli.

Em sua segunda sessão no domingo, eles nomearam um presidente "provisório" do Parlamento, Dean Sadeq al-Keheli, "por um período de 45 dias".

Com apenas 42 deputados, essa assembleia não possui a representação exigida pela Declaração Constitucional (ou seja, metade mais um deputado, 95 deputados) para realizar juridicamente uma sessão parlamentar.

A comunidade internacional reconhece o Parlamento baseado no leste, mas não no governo de Abdullah al-Theni, que emergiu daquele Parlamento e também está localizado no leste.

Desde o final de 2015, a comunidade internacional apoia o GAN, criado após um acordo político interlibio, patrocinado pela ONU e baseado em Trípoli.

Pelo menos 392 pessoas morreram e 1.936 ficaram feridas na Líbia desde o início da ofensiva em 4 de abril do marechal Khalifa Haftar em Trípoli, sede do governo do Acordo Nacional (GNA), segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde.

Os combates obrigaram 50 mil pessoas a deixar suas casas, informou, por sua vez, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

O ministro da Educação da Líbia, Othman Abdel Jalil, também presidente do comitê de crise do governo, mencionou na quinta-feira a cifra de 55 mil pessoas deslocadas, representando 11 mil famílias.

Desde o início da ofensiva, os combates foram registrados no subúrbio ao sul e ao redor de Trípoli.

A maioria dos que fogem dos combates encontram refúgio entre seus parentes ou amigos e, portanto, não são registrados por organizações oficiais, indicaram as diferentes organizações humanitárias.

Um grupo de cerca de 150 refugiados procedentes da cidade de Misrata, na Líbia, chegou nesta segunda-feira (29) ao aeroporto militar de Pratica di Mare, perto de Roma, no âmbito de evacuações organizadas pelo Acnur.

Segundo o Ministério do Interior italiano, o grupo era formado por eritreus, somalis, sudaneses, sírios e etíopes, entre eles, vários menores de idade, todos considerados particularmente vulneráveis.

"Com esta operação de evacuação demos segurança a pessoas que enfrentaram sérias ameaças e perigos na Líbia", explicou em um comunicado Filippo Grandi, do Alto Comissariado nas Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

A entidade iniciou em novembro as evacuações de emergência que permitiram salvar diversas vidas como parte de um esforço mais amplo para abordar o complexo movimento de migrantes e refugiados através das rotas mediterrâneas.

A Itália foi o único país industrializado que se ofereceu para receber os refugiados evacuados da Líbia desde que os combates começaram, há três semanas.

"Agora é fundamental que outros países mostrem sua generosidade e se ofereçam para receber os refugiados que precisamos evacuar por estarem afetados pelo conflito", acrescentou Grandi.

"Neste momento, mais de 3.300 pessoas correm o risco de morrer por estarem presas dentro de centros de detenção localizados em zonas de combate", denunciou.

O papa Francisco pediu neste domingo (21) que se encontre soluções pacíficas para que "as armas parem de ensanguentar a Líbia" e que "se favoreça o retorno" dos refugiados na Síria.

Em sua tradicional mensagem de Páscoa, seguida pela bênção "Urbi et Orbi", o soberano pontífice também pediu "a reconciliação" no Sudão do Sul.

"Que as armas deixem de ensanguentar a Líbia, onde, nas últimas semanas, pessoas indefesas voltam a morrer e muitas famílias se veem obrigadas a deixarem suas casas", afirmou o papa, falando da Basílica de São Pedro.

"Peço às partes envolvidas a que escolham o diálogo em lugar da opressão, evitando que se abram de novo as feridas provocadas por uma década de conflito e instabilidade política", disse.

Os combates ganharam intensidade neste sábado, às portas de Trípoli, após o anúncio das forças leais ao governo de união nacional (GNA) de uma "fase de ataque" contra as tropas do marechal Khalifa Haftar, mobilizadas para conquistar a capital líbia.

O papa, que acompanha de perto a situação na Síria, também lamentou que o povo sírio, "vítima de um conflito que continua e ameaça nos fazer cair na resignação e até na indiferença".

"Em contrapartida, é hora de renovar o compromisso a favor de uma solução política que responda às justas aspirações da liberdade, de paz e de justiça, à beira da crise humanitária e favoreça o retorno seguro das pessoas deslocadas, assim como dos que se refugiaram nos países vizinhos, especialmente no Líbano e na Jordânia", acrescentou.

Além disso, o sumo pontífice voltou a pedir ao presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e ao chefe rebelde, Riek Machar, que se comprometam com a "reconciliação da nação".

Kiir e Mashar se reuniram há pouco no Vaticano para um retiro espiritual de dois dias.

"Que se abra uma nova página na história do país, na qual todos os atores políticos, sociais e religiosos se comprometam ativamente pelo bem comum e pela reconciliação da nação", pediu o papa neste domingo, em sua mensagem de Páscoa.

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