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A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) cancelou ontem o vestibular para o segundo semestre de 2012, após comprovar que um funcionário da instituição vendeu as provas para uma candidata ao curso de Medicina. As identidades de ambos estão sob sigilo.

O reitor da UFU, Alfredo Júlio Neto, explicou que o vazamento foi investigado graças à denúncia do diretor de um cursinho no qual a aluna estava matriculada. Como ela teve acesso às provas das duas fases - a segunda estava sendo realizada neste final de semana -, ele decidiu cancelar ambas as etapas.

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Ao chegar para a prova, na tarde de ontem, muitos foram surpreendidos com a notícia de que terão de refazer todo o concurso. Houve protestos na porta da universidade, onde foi colocado às 11 horas um cartaz com o aviso do cancelamento. Alguns estudantes carregavam faixas com dizeres como "A UFU virou circo, mas os vestibulandos não são palhaços". Os manifestantes fecharam duas avenidas no entorno da instituição e a PM foi chamada.

O reitor explicou que, na véspera da primeira fase, a acusada teria apresentado várias dúvidas que caíram nas provas. O fato chamou a atenção da diretoria do cursinho, que acionou o Ministério Público. Júlio Neto disse que, antes da segunda etapa, novamente ela levantou questões que foram exigidas ontem.

Como o caso já estava sendo investigado, por volta das 22 horas de anteontem o MP convocou a universidade e a Polícia Federal. Na manhã de ontem, policiais foram à casa da estudante, que tem entre 30 e 40 anos e já tentou vaga em Medicina em outros vestibulares. Como ela confessou, vai permanecer sob custódia em sua residência. O valor pago pelas provas não foi revelado. O funcionário que vazou os testes está sendo procurado.

O reitor disse que precisará de pelo menos 15 dias até que novas provas sejam elaboradas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Foi enterrado na sexta-feira em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, o corpo da estudante Fabíola Santos Correia, de 12 anos, que foi assassinada e teve o coração arrancado por duas amigas de infância, de 13 anos de idade. O corpo estava há duas semanas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para ter a identidade confirmada, já que foi encontrado em avançado estado de decomposição.

Fabíola estava desaparecida desde 27 de maio, quando saiu de casa com as duas amigas, e seu corpo foi encontrado no último dia 7, em uma área erma conhecida como Mata do Japonês. Além de ter o coração arrancado, a jovem, que foi morta com golpes de faca e de uma barra de ferro, ainda teve a garganta cortada, o rosto desfigurado e um dedo do pé arrancado pelas adolescentes.

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Na quinta-feira (21), as duas acusadas foram ouvidas pela juíza Andrea Faria Mendes, do Juizado da Infância e da Juventude, e pelo Ministério Público no fórum de Igarapé, também na região metropolitana da capital. O teor dos depoimentos não foi revelado, já que o caso corre em segredo de Justiça.

No entanto, as duas já haviam confessado o crime ao delegado Enrique Solla, da Polícia Civil mineira, que contou que as adolescentes não mostraram arrependimento e chegaram a rir em vários momentos da oitiva. As adolescentes, que mantinham relacionamento com suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas no município, alegaram que havia planejado dar "um susto" em Fabíola por medo de que ela contasse a rotina da gangue para uma quadrilha rival.

Elas alegaram que arrancaram o coração e o dedo da amiga para mostrar às mães, a quem pretendiam alegar que haviam sido ameaçadas e mataram um traficante. As partes do corpo chegaram a se enterradas pelo irmão de uma delas, de 8 anos, e depois foram jogadas em um rio. As duas menores estão apreendidas em uma unidade de reabilitação de Belo Horizonte.

Uma operação realizada nesta quinta pela Polícia Federal (PF) desarticulou um esquema de fraudes em licitações em 36 municípios do norte de Minas Gerais. O grupo, composto por empresários e servidores públicos, é acusado de desviar verbas do Estado e da União destinadas a diversas obras públicas.

Ao todo, os agentes envolvidos na operação Máscara da Sanidade executaram 120 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão contra 16 pessoas físicas e 39 pessoas jurídicas (incluindo as sedes das 36 prefeituras), 49 de sequestro de bens e 16 de prisão temporária - todos cumpridos. Cerca de 200 agentes foram mobilizados na ação.

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Segundo a PF, entre os presos estão o empresário Evandro Leite Garcia, de 64 anos, proprietário de três empreiteiras com sede em Montes Claros, e a mulher dele, Maria das Graças Garcia. O empresário, preso na casa onde mora que ocupa um quarteirão no município, é acusado de comandar o esquema, por meio do qual o grupo direcionava licitações com a participação de funcionários das prefeituras investigadas para que os certames fossem vencidos pelas empresas "integrantes da organização criminosa".

A polícia apurou que as fraudes foram realizadas em mais de 100 contratos fechados pelas empresas de Garcia com os municípios e o esquema foi comprovado por meio de escutas telefônicas, vídeos e fotos.

Entre os detidos estão também vereadores, secretários municipais e funcionários das prefeituras. Prefeitos ainda são investigados por suspeita de participação nos desvios, cujo valor total não foi revelado. Os acusados vão responder por crimes cujas penas, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.

Ao todo, 16 pessoas foram presas.

Uma técnica em Enfermagem de Galileia (MG) deve receber mais de R$ 60 mil de indenização por danos morais e materiais do ex-marido e da amante dele, segundo decisão da 2.ª Vara Cível de Governador Valadares. Segundo a ação, o casamento, realizado em 2009, durou apenas dez dias e o acusado saiu de casa levando móveis e eletrodomésticos.

Para a Justiça, a atitude foi "traiçoeira" e os amantes "devem arcar com as consequências do macabro ato". Segundo a ação, logo depois do casamento, a amante procurou a mulher para contar sobre o caso extraconjugal. Ouvidos no processo, a amante disse não ter culpa pela separação do casal. O ex-marido assumiu a traição, mas alegou ter arcado com as despesas do casamento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Ibirité, com o objetivo de desarticular um grupo responsável pela adulteração de produtos alimentícios destinados a órgãos públicos.

Segundo os policiais, a Operação Vaca Atolada investigou seis empresas frigoríficas que utilizavam máquinas para injetar compostos à base de água em peças de carnes. Com o líquido nas carnes, o peso e o valor nutricional dos alimentos eram alterados.

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Os responsáveis pelos frigoríficos responderão, de acordo com a PF, pelos crimes de adulteração de produto alimentício, formação de quadrilha e crimes de licitação, podendo ser condenados até 12 anos de prisão.

Duas adolescentes de 13 anos mataram a amiga de infância Fabíola Santos Corrêa, de 12, e ainda arrancaram o coração da vítima. As duas suspeitas confessaram o crime, ocorrido em 26 de maio em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, e estão internadas provisoriamente em um centro de reabilitação da capital. O corpo de Fabíola foi encontrado no último dia 7 em uma área conhecida como Mata do Japonês e ainda passa por perícia no Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil.

No dia do crime, a vítima saiu de casa com as colegas, que têm envolvimento com integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas que age na região. Segundo a polícia, as acusadas alegaram que no lote vago que costumavam usar para cortar caminho uma delas pegou uma faca para "dar um susto" em Fabíola, mas a menina reagiu e sofreu um corte no pescoço. Ela ainda tentou fugir, mas, de acordo com o delegado do município, Enrique Solla, como a situação havia saído do controle, elas resolveram matar a amiga com outras facadas, além de golpes de uma barra de ferro.

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Segundo o delegado, as duas revelaram detalhes do crime e não mostraram arrependimento. "Elas tinham medo de que Fabíola contasse a rotina da quadrilha para facções rivais e disseram que iam dar um susto para ver se ela falaria", disse. Além de arrancar o coração da menina, as acusadas ainda cortaram um dedo de um dos pés da vítima.

As duas ainda puseram as partes do corpo em uma sacola para mostrar às mães. O plano, de acordo com o polícia, era alegar que estavam sendo ameaçadas por criminosos e dizer que foram obrigadas a matar um deles. Porém, o irmão de uma delas, de oito anos, enterrou os restos pensando se tratar de um coração de porco e um dedo de brinquedo.

Em depoimento, as meninas disseram que se arrependeram de ter levado as partes do corpo para casa e, no dia seguinte, as jogaram em um rio. Apesar da confissão, o caso continua sendo investigado. Isso porque a polícia não descarta a possibilidade de o crime ter sido cometido a mando de um traficante e de as partes serem uma prova de que elas cumpriram o que havia sido ordenado.

Um cabo da Polícia Militar é suspeito de ter assassinado a amante e uma filha na noite deste domingo (10). De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu na Rua Hungria, em Granjas Primavera, no município de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.

Uma denúncia anônima informou os agentes militares de que disparos de arma de fogo foram ouvidos na região do crime. Quando os policiais chegaram na residência, três vítimas foram encontradas, entre elas Rosângela Alves Ferreira, de 40 anos, e Raíssa Raiani Alves de Lima, de 13. As duas morreram e a terceira pessoa ferida, uma menina de 15 anos, continua internada em estado grave no Hospital Risoleta Tolentino Neves.

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De acordo com a PM, o caso foi registrado na delegacia de Ribeirão das Neves. A perícia técnica foi feita no local e o autor dos disparos não foi encontrado. Os agentes militares suspeitam do cabo Marco Antônio Alves Lima, de 45 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, ele é pai de uma das duas jovens baleadas e amante de Rosângela.

A polícia militar continua buscando o homem, que já tem um procedimento administrativo disciplinar instaurado contra ele. Assim, se for comprovado que Marco Antônio foi o autor dos disparos, ele será excluído da Polícia Militar.

Dezessete pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais de Minas Gerais, durante os cinco dias do feriado prolongado de Corpus Christi, entre a quarta-feira e domingo, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com o boletim, foram registrados 439 acidentes, que causaram ferimentos em 223 passageiros neste feriado. Segundo a PRF, em igual período do ano passado, foram registrados 372 acidentes, com 220 feridos e 16 mortos.

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Lei seca - Segundo a PRF, durante blitz de Lei Seca, foram realizados 1.851 testes, resultando em 40 autuações e 17 prisões.

A Polícia Federal apreendeu 180 quilos de maconha em um sítio localizado nas proximidades do trevo de Sete Lagoas, em Minas Gerais, na quinta-feira. Cinco pessoas foram presas.

Segundo a PF, os envolvidos estavam sendo investigados por haver fortes indícios de que eram traficantes do interior, sediados em São João Del Rey, que constantemente iam para Belo Horizonte para adquirir drogas.

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Entre os presos estavam três homens e duas mulheres. Além dos 180 quilos da droga, foram apreendidos também os veículos VW/Cross Fox, VW/Gol e um Fiat/Uno. Os homens foram encaminhados ao Complexo Penitenciário Nelson Hungria em Contagem/MG, e as mulheres, ao Presídio Estevão Pinto em Belo Horizonte/MG.

Uma mulher teve 95% do corpo queimado no centro de Belo Horizonte no início da madrugada desta terça-feira. Foi o segundo caso do tipo em cinco dias na capital mineira. Desta vez, o principal suspeito é o companheiro da vítima, que é procurado pela polícia mas não havia sido encontrado até o fim da manhã.

A vítima foi identificada como Selma Sales, de 53 anos, que permanece internada em estado grave no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS). Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas viram o casal discutindo em um ponto de ônibus na avenida dos Andradas. O homem jogou gasolina na companheira, ateou fogo e fugiu. A suspeita é de que o crime tenha sido passional, mas o caso ainda será investigado pela Polícia Civil.

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No sábado, Ermelinda Vicente, de 33, que era moradora de rua, morreu no HPS com queimaduras em 80% do corpo. Ela foi atacada no dia anterior por um grupo de seis pessoas que, de acordo com a PM, fazem parte de um grupo de tráfico e teriam cometido o crime por causa de uma dívida de drogas.

Eles amarraram a vítima, jogaram álcool em seu corpo e atearam fogo. O crime foi filmado pelas câmeras de segurança do centro da cidade. Os suspeitos tentaram fugir em um táxi, mas o veículo foi interceptado pela polícia. Entre os acusados está um adolescente de 17 anos.

Uma mulher de Nanuque, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais, foi condenada a indenizar o ex-companheiro porque, além de traí-lo, fez piadas sobre o desempenho sexual do homem para os colegas da empresa onde ambos trabalham. A servente industrial terá que pagar R$ 8 mil por danos morais por expor o homem a "situações vexatórias".

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o casal se conheceu no trabalho e viveu junto por dez anos, mas a mulher começou a trair publicamente o companheiro com um instrutor de autoescola. A traição levou o casal a se separar, mas, de acordo com a ação, a mulher ainda passou a fazer "comentários negativos e depreciativos" sobre o ex-companheiro, dizendo para os cerca de 60 a 70 pessoas do setor onde trabalham que ele tinha "pênis mole", "não dava mais nada na cama" e "deitava e dormia".

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A "humilhação" foi confirmada por pelo menos duas testemunhas ouvidas pela juíza Patrícia Bitencourt Moreira, da 2ª Vara de Nanuque, que condenou a mulher a pagar R$ 5 mil ao ex por entender que o homem foi "lesado em sua honra" pela traição pública e pelos comentários "absolutamente depreciativos" que "naturalmente causaram inegável dor e constrangimento" ao autor da ação.

O homem recorreu ao TJMG pedindo o aumento da indenização, enquanto a mulher solicitou ao Judiciário que anulasse a sentença de primeira instância alegando que, apesar de ter traído o companheiro, causou apenas "meros dissabores" pelo "relacionamento fracassado".

Para o desembargador Gutemberg da Mota e Silva, da 10ª Câmara Cível do TJMG, porém, a própria traição é um "escárnio" e "vilipêndio ao companheiro", além de uma "ofensa às instituições e até mesmo ao dogma religioso" e caracteriza uma "ofensa", agravada pelos comentários que causaram "angústia, decepção, sofrimento e constrangimento" ao rapaz. Os desembargadores Veiga de Oliveira e Mariângela Meyer concordaram com o relator e aumentaram o valor da indenização. A advogada da mulher, Suzi Patrice Aguilar, não foi encontrada no seu escritório em Nanuque para falar sobre o caso.

Uma aeronave de pequeno porte saiu da pista do Aeroporto Carlos Prates, na região de Belo Horizonte, em Minas Gerais, ao tentar pousar na manhã deste sábado, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Por volta das 8h30, o avião modelo Cessna, de prefixo P289A, pilotado por Warley Gonçalves da Silva, tentou pousar no aeroporto e acabou caindo em um barranco no fim da pista, provocando danos na fuselagem da aeronave. Apesar do susto, o piloto, de acordo com os bombeiros, saiu sozinho da aeronave e não precisou ser conduzido ao hospital.

Dirigentes dos metroviários de Belo Horizonte e Recife e dos ferroviários de João Pessoa, Maceió e Natal se reuniram na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, José Feijó, e representantes do Ministério do Planejamento para discutir uma pauta de reivindicações que inclui reajuste salarial e a implantação de um plano de saúde.

Os metroviários e ferroviários de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal decidiram pela greve no último dia 14 de maio. Nessas cinco capitais, o sistema é administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa de serviços de passageiros ligada ao Ministério das Cidades.

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A reunião no Planalto durou cerca de duas horas e meia. Segundo o secretário-executivo nacional da CSP/Conlutas, José Maria de Almeida, os metroviários e ferroviários querem reposição da inflação mais 10% de aumento real nos salários, adicional noturno de 50% e plano de saúde. A expectativa é a de que, agora, as negociações sejam retomadas para se chegar a uma resolução do impasse.

A população de Montes Claros (MG) foi surpreendida com um novo tremor de terra na tarde desta terça-feira. O fenômeno ocorre quando os moradores ainda se recuperam do susto causado por um abalo registrado no último sábado (19), de magnitude 4.2 na escala Richter, que levou à interdição total de seis imóveis e parcial de dois. Nesta terça-feira, porém, segundo o Corpo de Bombeiros, não havia registro de vítimas ou danos até o fim da tarde.

O tremor foi o quinto registrado na cidade em quatro dias e foi sentido no centro e em alguns bairros do município. Segundo o Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB), outro abalo que chegou a 3.0 na escala Richter foi registrado ainda no sábado e outros dois, de magnitudes 2.9 e 2.7, foram registrados respectivamente na madrugada e na tarde de domingo.

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De acordo com o Obsis, o primeiro sismo de sábado foi o mais forte já registrado na cidade. Por causa do fenômeno, o Corpo de Bombeiros recebeu quase 400 ligações e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) de Minas enviou equipe de Belo Horizonte para auxiliar nos trabalhos. Ao todo, foram vistoriados 60 imóveis. Segundo os bombeiros, 10 pessoas ficaram desabrigadas (que perderam tudo e precisam de abrigo público) e 18 desalojadas (que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares).

O juiz aposentado Mário José Pinto da Rocha, de 65 anos, foi preso em flagrante em Belo Horizonte acusado de estuprar um garoto de 11 anos. O menino foi encontrado na casa do ex-magistrado, na região da Pampulha. Rocha, segundo a Polícia Civil, já era investigado porque havia sido denunciado pelo mesmo crime.

A prisão ocorreu na noite de ontem, domingo, após vizinhos denunciarem o suspeito. O próprio acusado, que mantém escritório de advocacia na capital mineira, permitiu a entrada dos policiais, que encontraram a criança escondida debaixo da cama do ex-juiz. O menino cuida de carros no bairro onde mora Rocha e confirmou que havia acabado de manter relações sexuais com o suspeito.

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O menino contou também que não foi a primeira vez que o fato ocorreu e que o ex-juiz pagava cerca de R$ 15 por relação. De acordo com a polícia, Rocha já teria sido preso duas vezes por atentado violento ao pudor. Ele foi exonerado do cargo de juiz em 2003, mas o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não informou o motivo. No escritório de Rocha, ninguém atendeu as ligações da reportagem nesta segunda-feira.

Algumas horas após a prisão, já na manhã de hoje, um professor de futebol também foi preso suspeito de abusar de um garoto de 12 anos. A mãe do menino foi quem fez a denúncia e acusou o professor de ter abusado de outras crianças que têm aula na escolinha de futebol.

Duas estudantes que morreram com mais três colegas quando se dirigiam do Espírito Santo para uma festa no sul da Bahia foram enterradas nesta quinta-feira em Minas Gerais. As universitárias Amanda Oliveira, de 22 anos, e Izadora Ribeiro, de 21, foram vítimas de um provável acidente na BR-101, próximo à divisa dos dois Estados litorâneos, que também causou as mortes de Marllonn Amaral, de 21, Rosaflor Oliveira, de 24, e André Galão, de 28. O carro em que os jovens viajavam foi encontrado no rio Mucuri, cinco dias depois de terem saído São Mateus (ES).

O corpo de Amanda foi enterrado no fim da manhã de hoje no Cemitério Municipal de Manhuaçu, na Zona da Mata mineira. Segundo a Funerária São José, dezenas de amigos e parentes compareceram ao sepultamento e ao velório que foi realizado durante a madrugada no Cemitério Parque das Flores.

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Também durante a manhã, o corpo da amiga Izadora foi enterrado no Cemitério Recanto da Paz, em Jaíba, no norte de Minas, em cerimônia também marcada pela emoção de familiares e amigos da jovem.

As duas eram mineiras mas cursavam juntas o sétimo período do curso de Ciências Biológicas no campus São Mateus da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A família de Izadora também era natural do norte de Minas, mas seus pais se mudaram para Prado, no sul da Bahia, onde abriram uma pousada e para onde os jovens seguiam para participar da festa de aniversário da mãe da universitária.

Índios da tribo xacriabá em São João das Missões, no norte de Minas, mantiveram quatro funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) reféns por aproximadamente 16 horas. Segundo a Polícia Militar (PM), as vítimas foram libertadas ilesas após um acordo com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde para melhorias no atendimento na região.

Os servidores são ligados ao órgão e foram feitos reféns por volta das 18h de terça-feira (24), quando chegaram para prestar assistência médica na aldeia do Brejo Mata Fome, uma das maiores da reserva xacriabá, com cerca de 2 mil habitantes. Ainda de acordo com a PM, os índios fizeram os trabalhadores reféns para protestar contra o atendimento de saúde prestado na área.

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Para libertar os funcionários, a Sesai se comprometeu a construir, ainda este ano, uma unidade básica de saúde na reserva, um hospital e um centro de odontologia em São João das Missões. Os índios também reivindicam captar água do rio São Francisco, mas ainda deve ser feita uma pesquisa para verificar a viabilidade da ação. A Polícia Federal participou das negociações junto com representantes do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (Dasi).

Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado no governo de Minas para uma prima do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima de Carlinhos Cachoeira, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de diretora regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba.

Do pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. São citados nos grampos o deputado federal Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, articulador político de Aécio em seu Estado e secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na nomeação.

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A PF monitorou Cachoeira, a prima dele e Demóstenes na Operação Monte Carlo, que desmantelou esquema de contravenção, fez ruir a aura de paladino do senador goiano e expôs métodos supostamente ilícitos da Delta Construções para atingir a supremacia em sua área.

Professor e doutor

Aécio não caiu no grampo porque não é alvo da investigação. Mas ele é mencionado por Demóstenes e Cachoeira. Nos diálogos, o contraventor chama Demóstenes de ‘doutor’ e o senador lhe confere o título de ‘professor’.

O grampo que mostra a ascensão profissional da prima de Cachoeira está sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos que tratam exclusivamente do conluio de Demóstenes com o contraventor.

Em 13 de maio de 2011, Aécio é citado. Cachoeira pede a Demóstenes para "não esquecer" o pedido. "É importantíssimo pra mim. Você consegue pôr ela lá com o Aécio... em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe." Demóstenes: "Tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar pra ele."

A PF avalia que o caso pode caracterizar tráfico de influência. "Seguem ligações telefônicas, divididas por investigado, em ordem cronológica, que contêm indícios de possível cometimento de infração penal por parte de seus interlocutores ou pessoas referidas."

Na síntese que faz da ligação de Cachoeira a Mônica, a 26 de maio - o contato durou 3 minutos e 47 segundos -, a PF assinala: "Falam sobre a nomeação de Mônica para a Sedese/MG, conseguida por Cachoeira junto ao senador Aécio Neves por intermédio do senador Demóstenes Torres e de Danilo de Castro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu uma série de protestos nesta terça em Minas Gerais para lembrar os 16 anos das mortes de 21 integrantes da entidade no Pará, sendo 19 deles no chamado Massacre de Eldorado dos Carajás, vítimas em um confronto com a Polícia Militar. Em Belo Horizonte, cerca de 100 integrantes do movimento ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os sem-terra também fizeram manifestações no interior, com a interdição de rodovias e a liberação do pedágio da BR-381, que liga São Paulo à capital mineira.

Integrante da direção do MST em Minas, Vânia Maria de Oliveira afirmou que, além de cobrar punição ao militares envolvidos na chacina em Eldorado dos Carajás - apenas dois oficiais foram condenados, mas continuam em liberdade -, os protestos também têm o objetivo de cobrar agilidade na criação de assentamentos no Estado e assistência para aqueles já existentes. "Minas tem 2,8 mil famílias acampadas e há três anos não é feito nenhum assentamento", disse.

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O superintendente do Incra no Estado, Carlos Calazans, avaliou que não pode "deixar de dar razão ao movimento" porque, segundo ele, o processo de criação de um assentamento é lento e pode levar até dez anos desde a assinatura do decreto de desapropriação de uma área até que os assentados possam ocupar legalmente a terra. Calazans afirmou que vai fazer "um apelo ao governo para que a gente possa fazer esses assentamentos o mais rápido possível".

Além da ocupação do Incra, os sem-terra ocuparam o pedágio da rodovia Fernão Dias próximo a Perdões, no sul de Minas, e as BRs 365, no norte do Estado, e 116, no Vale do Rio Doce. No caso do pedágio, os manifestantes permitiram que os veículos passassem sem pagar a taxa cobrada. Já nas outras rodovias os sem-terra bloquearam o tráfego.

Parte do PT mineiro vai abandonar a campanha pela reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que vai ter um petista como vice, mas também contará com o PSDB na aliança. A decisão foi tomada neste domingo, após encontro petista que acatou, com apoio de cerca de 60% dos participantes, a resposta da direção socialista às reivindicações do partido. O documento enviado pelo PSB ao PT confirmou oficialmente que o partido da presidente Dilma Rousseff indicará o vice de Lacerda, mas é evasivo sobre o pedido de coligação para a eleição proporcional e se omite sobre a coligação com os tucanos.

"Entendemos que o documento do PSB não atendia nossas reivindicações. Reconhecemos o resultado da votação, mas não acataremos nenhum encaminhamento que tenha o PSDB na aliança. Não vamos fazer campanha com o PSDB", disparou o presidente do diretório municipal petista e vice-prefeito, Roberto Carvalho. Desafeto público de Lacerda, Carvalho é o maior defensor da candidatura própria do PT e admitiu a possibilidade de o grupo derrotado aderir à campanha do PMDB, que deve lançar chapa puro-sangue para a disputa em Belo Horizonte. "Vamos fazer uma plenária para decidir nosso rumo. Ainda tem muito chão pela frente", disse.

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Na última sexta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reuniu-se com lideranças petistas na capital mineira para garantir a coligação com o PSB. Os petistas querem o apoio dos socialistas para a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Oficialmente, Falcão negou que as conversas envolvam troca de apoios. "Aqui (Belo Horizonte) já estávamos coligados. Não houve negociação para colocar São Paulo no ajuste", afirmou.

Nos bastidores, porém, petistas assumem que a aliança em torno de Lacerda tem peso para receber o apoio do PSB em São Paulo e outras capitais, como Recife e Salvador, além de a legenda comandada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ser aliada essencial para a disputa presidencial de 2014. Na última quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se reunido com Falcão e duas das principais lideranças petistas em Minas, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e o ex-ministro Patrus Ananias, para reafirmar a necessidade de coligação com os socialistas em Belo Horizonte.

Para Roberto Carvalho, a interferência de Lula e Falcão foi "praticamente uma intervenção" no diretório mineiro. "O Rui Falcão fez um papel deplorável. Veio às vésperas do encontro fazer praticamente uma intervenção. Foi autoritário e desrespeitoso. Quanto ao Lula, tem nosso carinho, respeito e apoio, mas não é morador de Belo Horizonte", disparou. Um dos integrantes da direção petista que trabalha pela coligação evitou polemizar com o vice-prefeito, mas considerou "uma tentativa de golpe" a decisão do grupo liderado por Carvalho decidir abandonar a campanha. "Tudo foi decidido de forma democrática, pelos delegados do partido", declarou.

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