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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira, 6, no Palácio do Planalto o CEO global da Nissan, Makoto Uchida. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também participou do encontro.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Planalto, Uchida disse que a Nissan lançará dois novos modelos SUV no mercado brasileiro. Ele também teria dito que a empresa pretende exportar para outros países a partir do Brasil, além de fortalecer fornecedores locais da montadora.

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Uchida também apresentou o novo plano estratégico da empresa para o Brasil, que engloba os anos de 2023 a 2025. O plano deve ser apresentado publicamente na terça-feira, 7.

O ex-executivo da Nissan Greg Kelly foi condenado nesta quinta-feira (3) a seis meses de prisão com suspensão condicional da pena por um tribunal de Tóquio por ter ajudado a esconder a fortuna do ex-CEO do grupo Carlos Ghosn.

O americano de 65 anos, ex-diretor jurídico da Nissan, foi detido no Japão em novembro de 2018 ao lado de Ghosn, que na época presidia a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

Embora no início seu papel no caso fosse totalmente secundário, a fuga cinematográfica de Ghosn para o Líbano um ano depois o deixou na linha de frente do fogo.

O Ministério Público pediu dois anos de prisão para Kelly, que foi acusado de ajudar Ghosn de ocultar das autoridades japonesas, entre 2010 e 2018, a quantia de 9,1 bilhões de ienes (quase 80 milhões de dólares) que a Nissan pagaria após a aposentadoria do executivo.

O tribunal, no entanto, o considerou inocente das acusações entre os anos de 2010 e 2016 e culpado apenas pelo ano fiscal de 2017, o que resultou na sentença de prisão de seis meses com suspensão condicional durante três anos.

O americano sempre negou as acusações. Os advogados afirmaram que o pagamento posterior à aposentadoria nunca foi acordado e que as conversas sobre o tema aconteceram para explorar uma "forma legal" de manter Ghosn vinculado e impedir que trabalhasse para a concorrência.

Mas o juiz Kenji Shimizu afirmou que, no ano fiscal de 2017, Kelly "estava a par de que havia uma remuneração não paga e o tribunal reconhece que houve conspiração (de Kelly) com Ghosn" e outro executivo da Nissan, Toshiaki Ohnuma.

Em um comunicado, Greg Kelly se declarou "extremamente surpreso e chocado" por sua condenação e insiste que "não ter participado em absoluto em atividades ilegais".

Os advogados anunciaram que vão apresentar um recurso contra a condenação.

O julgamento era acompanhado com atenção no Japão e nos Estados Unidos.

Alguns apontaram Kelly como bode expiatório no caso centrado em Ghosn, cuja fuga escondido em caixas de equipamento de áudio em dezembro de 2019 envergonhou a justiça japonesa.

O americano não foi autorizado a sair do Japão durante todo o processo. Sua mulher se uniu a ele e teve que estudar japonês para conseguir um visto que permitisse sua presença no país.

Com o veredicto, Kelly poderá deixar o Japão pela primeira vez em três anos.

"Estamos aliviados de que o procedimento legal tenha chegado ao fim e que o casal Kelly possa voltar para casa, no Tennessee" (sul dos Estados Unidos), afirmou o embaixador americano no Japão, Rahm Emanuel, que acompanhou o caso de perto.

"Foram três longos anos para a família Kelly, mas este capítulo chegou ao fim", acrescentou o embaixador.

O ex-executivo do setor automobilístico Carlos Ghosn, acusado de fraude, terá de reembolsar quase 5 milhões de euros em remuneração à aliança Nissan-Mitsubishi - decidiu a Justiça holandesa nesta quinta-feira (20).

Carlos Ghosn havia entrado com uma ação judicial contra a empresa, controlada por uma holding holandesa, para contestar o que ele chamou de demissão ilegal. Exigia € 15 milhões de indenização.

O tribunal de Amsterdã considerou, no entanto, que não havia contrato entre a empresa e o magnata do setor automotivo e que este último não tinha direito às quantias.

"Faltava a permissão necessária do conselho de administração", disse o tribunal, em um comunicado.

A corte esclareceu que o contrato anterior, iniciado em julho de 2012, havia expirado em abril de 2018 e que Ghosn teria de reembolsar os salários que recebeu entre abril e novembro de 2018, o correspondente a cerca de € 5milhões.

O libanês-franco-brasileiro foi preso em novembro de 2018 no Japão e foi processado por quatro acusações: duas por renda diferida não declarada às autoridades do mercado de ações por parte da Nissan, e outras duas, por quebra de confiança agravada.

Ghosn sempre se disse inocente e denunciou uma conspiração fomentada por certos executivos da montadora japonesa para derrubá-lo.

Após vários meses de detenção no Japão, foi solto sob fiança e fugiu para o Líbano. É suspeito de ter escapado dos controles no Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka (oeste do Japão), ao se esconder em uma grande caixa de equipamento de áudio, antes de decolar em um jato particular.

Ghosn permanece fora do alcance da Justiça japonesa, uma vez que o Líbano não possui acordo de extradição com o Japão.

Começa nesta terça-feira (15) o julgamento de Greg Kelly, colaborador de Carlos Ghosn na Nissan, no qual o americano terá que enfrentar sozinho a justiça japonesa, após a fuga do ex-chefe para o Líbano em 2019.

Kelly, que coincidentemente comemora seu 64º aniversário no dia da abertura do julgamento, chegou ao tribunal às 10h locais nesta terça-feira (22h00 de segunda-feira no horário de Brasília) acompanhado de três advogados, mas não falou com a imprensa.

O processo tem previsão de durar cerca de dez meses e foi iniciado quase dois anos após a prisão de Kelly no Japão.

Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan e com tripla nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, escapou da justiça japonesa, o que colocou Kelly na linha de frente do julgamento.

Kelly e a Nissan foram acusados de omitir, ilegal e intencionalmente, os relatórios anuais da montadora de 2010 a 2018, o que resultou na não declaração de 9,2 bilhões de ienes (87 milhões de dólares) que Ghosn receberia.

Kelly afirma ser inocente desde o surgimento do caso. "Não fiz nada de errado", garantiu em entrevista à AFP no início do mês.

Sobre os pagamentos diferidos, Kelly declarou que "Carlos Ghosn nunca recebeu nada e nunca teve nenhuma promessa de nada".

Já a Nissan irá se declarar culpada, segundo várias fontes questionadas pela AFP.

A montadora japonesa vem optando pela discrição neste julgamento, com medo de que uma "agitação midiática" possa prejudicar sua imagem.

A Nissan Motors vai reduzir sua capacidade de produção anual em 20%, para cerca de 5,4 milhões de unidades por ano, fechar uma fábrica em Barcelona e eliminar 3.000 empregos, em uma estratégia que visa reestruturar a empresa, tornando-a mais enxuta e lucrativa.

O CEO da Nissan, Makoto Uchida, disse que a empresa se equivocou ao buscar "expansão excessiva de vendas". Ele disse que sua nova estratégia é "manter a disciplina financeira e focar na receita líquida por unidade para obter lucratividade".

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A montadora registrou perda de US$ 6,2 bilhões no ano fiscal encerrado em março, mas disse que tem reservas de 712,6 bilhões de ienes para enfrentar um ambiente de negócios difícil.

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn disse nesta quarta-feira (8) que "não teve escolha" a não ser fugir do Japão para o Líbano.

A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa em Beirute, cidade para onde o executivo franco-brasileiro escapou no fim do ano passado. "Foi uma decisão difícil, tomada na impossibilidade de ter um julgamento justo", afirmou.

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Essa é a primeira entrevista coletiva de Ghosn desde novembro de 2018, quando ele foi preso no Japão sob a acusação de fraude fiscal. Desde então, o executivo passou 130 dias na cadeia, foi demitido da presidência da Nissan e da Mitsubishi e renunciou ao mesmo cargo na Renault.

Ghosn ficou preso em isolamento e foi libertado pela última vez em 25 abril de 2019, mediante pagamento de fiança. Sua casa em Tóquio era vigiada por câmeras de segurança, mas ainda assim ele conseguiu fugir para o Líbano, onde também tem cidadania.

"Não escapei da Justiça, eu fugi da injustiça e de perseguições políticas", declarou Ghosn, dizendo ser vítima de uma "campanha sistemática de atores malévolos" para "destruir" sua reputação.

O brasileiro é acusado no Japão de ter subnotificado rendimentos e de ter desviado recursos da Nissan para fins pessoais. Ele alega, no entanto, que as denúncias são uma trama de executivos da montadora e de procuradores japoneses para frear seus planos de aumentar a integração com a Renault. "Eu era refém de um país ao qual servi por 17 anos", salientou.

De acordo com o executivo, ele era "interrogado durante oito horas por dia sem advogados e sem entender exatamente do que era acusado". No período de liberdade condicional, Ghosn também tinha seus deslocamentos e encontros limitados. "Fiquei nove meses separado de minha esposa [Carole Ghosn]", disse. O brasileiro ainda acusou as autoridades japonesas de violarem seus "direitos humanos" e sua "dignidade".

[Fugir] Foi a escolha mais difícil da minha vida, mas era algo necessário para proteger minha família", declarou. 

Da Ansa

O Ministério Público de Tóquio emitiu nesta terça-feira (7) um mandado de prisão contra Carole Ghosn, esposa do ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubish Carlos Ghosn, sob suspeita de "falso testemunho", informou a agência de notícias Kyodo News.

De acordo com a publicação, ela teria cometido perjúrio perante um tribunal japonês durante uma audiência em abril passado sobre a investigação em curso contra o executivo brasileiro. Carole, de 53 anos, está com seu marido no Líbano, depois que Ghosn fugiu do Japão, onde cumpria prisão domiciliar após ser detido sob a acusação de fraude fiscal.

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O ex-magnata foi impedido de ver sua esposa durante seu período de detenção e teve acesso limitado a conversas em videoconferência. Ao chegar ao Líbano na semana passada, Ghosn descartou a hipótese de que sua esposa tivesse orquestrado seu plano de fuga e insistiu que tudo foi organizado por ele pessoalmente.

"Houve especulações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida do Japão. Toda essa especulação é imprecisa e falsa. Só eu arranjei minha partida. Minha família não teve nenhum papel", afirmou o executivo.

Carole, que também tem cidadania americana, deixou o Japão em abril passado após a emissão do quarto mandado de prisão contra seu marido, mas continuou realizando uma campanha em vários países para exigir um "julgamento justo" e a libertação de Ghosn.

Acusado de fraude fiscal no Japão, o brasileiro estava em liberdade condicional e fugiu para o Líbano, país onde também tem cidadania, alegando ser vítima de um "complô" e de uma "perseguição política". A expectativa é de que ele conceda uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (8), em Beirute.

O Japão, por sua vez, tenta uma forma de extraditar Ghosn, mas os dois países não têm acordo de extradição. No último dia 2 de janeiro, o Líbano chegou a anunciar que recebeu um pedido de prisão da Interpol contra o ex-presidente da aliança Renault-Nissan. 

Da Ansa

Um jornal turco informou que o ex-presidente do Conselho de Administração da Nissan Motor Carlos Ghosn violou os termos de sua liberdade sob fiança e fugiu do Japão, sem que as autoridades de imigração percebessem, escondido na carga de jatos particulares.

Ghosn teria partido ilegalmente do Japão e entrado no Líbano na segunda-feira passada (30), usando dois jatos particulares de uma companhia aérea turca. Uma proibição de viagens ao exterior estava entre as condições de sua liberdade sob fiança.

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O jornal turco Aksam citou fontes segundo as quais dois americanos embarcaram no primeiro jato em Dubai, no domingo passado, e voaram para Osaka. O avião carregava duas caixas grandes especiais para transporte de equipamento de áudio.

O jornal diz que as caixas eram grandes demais para passar pelas máquinas de raios X em um aeroporto de Osaka, então detectores portáteis foram utilizados para verificá-las. O jornal informa ainda, de acordo com as mesmas fontes, que Ghosn teria deixado o Japão sem passar pela imigração, utilizando as caixas.

As fontes teriam informado que os dois americanos disseram aos tripulantes para não incomodá-los e os mantiveram fora da sala para convidados durante o voo.

Quando os dois foram transferidos para a segunda aeronave em Istambul, um funcionário de alto escalão da companhia aérea teria afastado os tripulantes durante os procedimentos.

Investigadores turcos prenderam posteriormente o funcionário e continuam as investigações.

*Emissora pública de televisão do Japão

Ex-presidente da aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão em uma jornada digna de um filme de ação: viajou para o Líbano na noite do último domingo em um jato particular, com escala na Turquia. Apesar de ter sido uma trama real, Ghosn poderia de fato estar inspirado por histórias hollywoodianas - segundo o jornal The New York Times, o executivo encontrou-se em dezembro em Tóquio com o produtor de Hollywood John Lesher, que esteve por trás de filmes como "Birdman", vencedor do Oscar em 2014.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, Ghosn contou a Lesher seu caso, uma trama que, para o executivo, é composta por uma prisão injusta e tem como vilã a justiça japonesa. A ideia de rodar a história era tornar o brasileiro, através do filme, mais simpático ao sistema japonês. Além de Lesher, Ghosn também conversou, antes de fugir, com Jake Adelstein, um jornalista americano que cobre o sistema judicial japonês, e procurou Takafumi Horie, um empresário que foi condenado por violar leis do mercado financeiro.

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Em nota divulgada nesta quinta-feira (2), em sua segunda declaração após a fuga, Ghosn afirmou ter organizado sua fuga sozinho. "As alegações da mídia de que minha esposa, Carole, e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida são falsas. Eu fui o único que organizou minha partida."

A saga de Ghosn com a Justiça japonesa começou em novembro de 2018, quando ele foi preso pela polícia, acusado de ocultar parte de seu patrimônio. O executivo ficou meses na prisão até conseguir, em um acordo de US$ 14 milhões (cerca de R$ 56 milhões), migrar para a prisão domiciliar. Apesar de as acusações da promotoria japonesa terem sido feitas 13 meses atrás, ainda não havia perspectiva de um julgamento em Tóquio.

A fuga ainda é cercada de dúvidas. Segundo notícias divulgadas até agora, Carlos Ghosn teria utilizado um passaporte francês que tinha para usar no dia a dia - pois seus demais documentos haviam sido confiscados pela Justiça japonesa - para organizar a escapada. Usando um jato particular, fez escala na Turquia antes de seguir rumo a Beirute. O executivo, que tem cidadania brasileira, libanesa e francesa, recebeu várias manifestações de apoio do governo libanês ao longo do ano passado.

Interpol

Na manhã desta quinta-feira, o Líbano recebeu um pedido de prisão da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) contra Ghosn. Em entrevista, o ministro da Justiça libanês, Albert Serhan, disse que o governo vai "cumprir suas obrigações", sugerindo que Ghosn poderá ser questionado. Mas reforçou que o Líbano e o Japão não têm acordo de extradição. Por isso, disse, está fora de questão a possibilidade de que o país vá entregar o ex-todo-poderoso da Nissan às autoridades japonesas.

Serhan disse ainda que poderá examinar as acusações contra Ghosn, em respeito às autoridades japonesas. De acordo com ele, uma decisão sobre a abertura de um processo caberá à Justiça libanesa. Um julgamento - e uma possível absolvição - no Líbano seria, de acordo com fontes ligadas ao caso Renault-Nissan, uma das chances para o executivo tentar limpar seu nome.

Conexão na Turquia

Também nesta quinta a polícia turca afirmou ter prendido sete pessoas que estariam envolvidas na passagem de Ghosn por Istambul: quatro pilotos, dois trabalhadores de solo de um aeroporto e um funcionário de uma empresa de transporte de carga. Eles deverão fazer declarações perante um tribunal para esclarecer o caso.

O site de notícias Hurriyet, citando uma autoridade do Ministério do Interior da Turquia, informou que a polícia de fronteira turca não foi notificada sobre a chegada de Ghosn e que nem sua entrada nem sua saída foram registradas. Segundo o site, o avião que levou Ghosn chegou às 5h30 da manhã de segunda-feira ao aeroporto de Ataturk, em Istambul, e os promotores ordenaram as prisões depois de ampliarem as investigações.

Dados de rastreamento de voo sugerem que Ghosn usou dois aviões diferentes para voar para Istambul e depois para o Líbano. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autoridades do Japão ainda não se pronunciaram sobre a fuga cinematográfica do ex-presidente da Nissan e Renault, o executivo Carlos Ghosn, que aguardava julgamento no país e conseguiu escapar, chegando ao Líbano às vésperas do Ano Novo.

A imprensa japonesa informou nesta quarta-feira (1°) que não havia registros oficiais da saída de Ghosn do país, mas um jato particular partiu de um aeroporto regional direto para a Turquia.

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Há especulações de que ele teria deixado sua casa em Tóquio, onde cumpria prisão domiciliar, se escondendo em uma caixa para um instrumento musical de uma banda que se apresentou na residência dele.Até o momento a polícia japonesa ainda não deu declarações sobre a fuga, que permanece um mistério.

O ministro de assuntos presidenciais do Líbano, Selim Jreissati, disse ao jornal An-Nahar que Ghosn entrou legalmente pelo aeroporto do país, com passaporte francês e identificação libanesa. A França reagiu com surpresa e confusão, negando qualquer conhecimento do caso.

Também há especulações de que um governo estrangeiro ou japonês, ou ambos, possam estar envolvidos, ou talvez apenas tenham feito 'vista grossa' permitindo que a fuga livrasse Ghosn de um julgamento potencialmente complicado. Com ele desaparecido, o julgamento está suspenso.

Ghosn estava sob fiança enquanto aguardava julgamento por várias alegações de má conduta financeira. O julgamento estava previsto para começar em abril. A data ainda não havia sido definida.

De origem libanesa e portador de passaporte francês, libanês e brasileiro, o executivo divulgou sua localização em comunicado por meio de seus representantes, mas não disse como conseguiu fugir do Japão. Ele prometeu conversar com os repórteres na próxima semana. Ele disse que fugiu para evitar "injustiça e perseguição política".

De origem libanesa, Carlos Ghosn nasceu no Brasil. Seu avô mudou-se para o País e administrou empresas de borracha, em Rondônia. Entre viagens entre o Líbano e o Brasil, seu pai, Jorge Ghosn, casou-se com Rose, uma nigeriana também de origem libanesa, e se estabeleceram em Porto Velho, onde o executivo nasceu.

Aos seis anos mudou-se com a mãe para a casa da avó paterna, em Beirute, no Líbano.

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Ghosn frequentou colégio jesuíta francês na capital libanesa, até completar 17 anos. Daí, foi estudar na França, onde graduou-se pela Escola Politécnica e depois, na Escola de Minas de Paris.

Após a graduação, Carlos Ghosn trabalhou na companhia de pneus francesa Michelin por 18 anos. Chegou a ser diretor de operações na América do Sul, retornando ao Brasil. Obteve sucesso na divisão e foi promovido a diretor de operações da sede norte-americana.

Indústria automobilística

A ascensão de Ghosn na indústria automobilística foi tão famosa quanto sua queda recente. Ele ingressou na montadora francesa Renault em 1996 como vice-presidente executivo, supervisionando fabricação, compras, pesquisa e desenvolvimento.

Depois que a Renault adquiriu uma grande participação na Nissan em 1999, Ghosn foi enviado para ajudar a transformar a empresa japonesa. À época, essa tarefa era considerada impossível para um executivo estrangeiro.

Apesar de ter fechado cinco fábricas e ter demitido cerca de 21 mil funcionários, Ghosn teve sucesso na transformação da montadora japonesa.

Ele também esteve por trás da constituição da aliança da Nissan com a Renault e a Mitsubishi. O executivo defendia que o mercado global de veículos de passeio era muito pulverizado.

A parceria permitiu que as duas montadoras dividissem os custos de desenvolvimento de novos modelos, além de comprar componentes em conjunto. Ghosn foi a primeira pessoa a atingir o feito de ser presidente executivo de duas grandes companhias ao mesmo tempo.

Com a inclusão da Mitsubishi ao grupo desde 2016, as três montadoras venderam 10,8 milhões de unidades em todo o mundo em 2017 - mais do que o volume isolado da Toyota, Volkswagen e General Motors.

Carro elétrico

Outra feito do executivo foi o investimento em carros elétricos antes que as montadoras rivais olhassem para esse novo nicho de mercado.

Entretanto, dentro da Nissan alguns executivos estavam preocupados com o fato de Carlos Ghosn estar pressionando por uma fusão. Por esse motivo, o executivo brasileiro culpou sua prisão mo Japão por "conspiração e traição" de executivos da Nissan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, que é réu no Japão, viajou para o Líbano nessa segunda-feira (30), segundo informou a imprensa internacional. De acordo com o jornal 'Financial Times', a viagem foi confirmada por fontes próximas à família do ex-executivo.

Até a publicação desta matéria, ainda não estava claro como Ghosn (que possui tanto a cidadania francesa quanto a libanesa) poderia deixar o Japão, onde cumpria prisão domiciliar. Até o início da noite de ontem, fontes oficiais dos dois países também não haviam confirmado a viagem.

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A imprensa estrangeira informou que o ex-executivo teria desembarcado no aeroporto Rafic Hariri, em Beirute, e viajado para a capital libanesa por meio de um jato privado.

A Nissan demitiu Ghosn, afirmando que investigações internas da montadora revelaram conduta indevida por ocultação de seu salário, quando ele era presidente executivo da empresa, e transferência de US$ 5 milhões em recursos da Nissan para uma conta na qual ele tinha participação.

Ele enfrenta quatro acusações, incluindo ocultação de renda e enriquecimento irregular. O ex-executivo nega as acusações. Segundo seus advogados, os promotores conspiraram com funcionários do governo e executivos da Nissan para tentar prejudicá-lo.

Ghosn foi preso pela primeira vez em novembro do ano passado, sendo solto quatro meses mais tarde, depois de pagar fiança. Em abril, um mês depois de ser libertado, o ex-executivo foi novamente para a cadeia. Após pagar uma outra fiança, ele deixou novamente a prisão, ainda em abril, mas estava sujeito a uma série de condições restritivas, entre elas, a exigência de que ele ficasse no Japão. (Com agências internacionais). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Nissan pretende levar ao Brasil, em dois a três anos, a primeira geração de um sistema que permite ao motorista a condução sem as mãos ao volante quando o veículo está em uma única faixa de vias expressas. Como são necessárias adaptações, homologações e infraestrutura, ainda não há data oficial para o uso local dessa tecnologia semiautônoma.

No Japão, a empresa iniciou neste mês as vendas do sedã Skyline já com a segunda geração dessa tecnologia. Entre os avanços, estão a capacidade do carro de trocar de faixas de rodagem e de realizar ultrapassagens.

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O dispositivo renovado representa um dos mais altos níveis de automação disponíveis no mercado para carros de segmentos abaixo daqueles de alto luxo, como modelos da Volvo e da Porsche. "É mais um passo para a democratização das novas tecnologias", afirma Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.

Chamado de ProPILOT 2, o sistema de assistência aos motoristas está disponível apenas no Skyline, modelo premium vendido no Japão e em breve nos EUA. A primeira geração do sistema, lançada em 2017, equipa vários modelos, inclusive o elétrico Leaf, mas a versão à venda no Brasil ainda não tem essa opção.

"Estamos tratando de levar a primeira geração para o Brasil, mas ela precisa de outra calibragem para ser adaptada ao País, o que depende de investimentos em engenharia", afirma Silva.

Espelho inteligente

No sábado, 26, um grupo de jornalistas brasileiros andou no Skyline com o ProPILOT 2 por um trajeto de 25 quilômetros, partindo de Tóquio. O veículo tem uma série de câmeras, radares, sonares, GPS e mapas 3D de alta definição que fornecem informações em tempo real em 360 graus do entorno e da localização do veículo.

"Esses equipamentos são condições para que o sistema opere", informa Shiro Nagai, diretor global de comunicação da Nissan. O painel do carro avisa ao motorista quando ele pode tirar as mãos do volante, pede autorização para trocar de faixa e fazer ultrapassagens e também alerta para o momento em que o condutor deve assumir novamente o comando do carro.

Também foram apresentadas tecnologias que deverão equipar novos modelos da marca, como o espelho inteligente, que permite amplo ângulo de visão ao motorista, além de melhor qualidade da resolução das imagens durante o dia e à noite. Para efeitos de comparação, a diferença é de ver uma imagem numa TV de tubo ou numa TV digital.

Outra novidade para modelos elétricos da Nissan, que chegarão ao mercado a partir de 2020, é a tração integral, movida por dois motores elétricos de alta potência, um na frente e outro na traseira do carro.

Segundo a montadora, o sistema permite aceleração mais rápida e suave, fazer curvas acentuadas sem riscos de sair da pista e estabilidade em diferentes tipos de condição de estradas, como muito molhadas ou com neve. Em congestionamentos, ao acelerar e reduzir a velocidade, o sistema evita o chacoalhar para frente e para trás da cabeça, diminuindo assim o desconforto.

Sem retrovisor

Tecnologias disruptivas também estão sendo apresentadas pela Toyota no Salão do Automóvel de Tóquio, que ocorre até o dia 4. A montadora apresentou a van conceito e-Palette, totalmente autônoma, que será usada apenas nos jogos olímpicos do próximo ano para transportar atletas.

A Honda trouxe o elétrico Honda-e, sem espelhos retrovisores. Duas câmeras projetam as imagens dentro do carro e um sistema de voz - como a Siri, da Apple - interage com o motorista indicando clima, o trânsito no trajeto e a melhor rota.

Já a Suzuki buscou praticidade no protótipo da minivan autônoma Hanare, com uma porta única que abre para cima. O veículo permite diversos tipos de uso, como uma sala de estar.

A Mercedes-Benz, uma das poucas marcas não asiáticas presentes no salão, mostrou o EQC, modelo híbrido que tem motor a diesel para gerar a eletricidade da bateria - nos demais, o motor é a gasolina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-todo-poderoso da indústria automotiva, à frente da aliança de Renault e Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, 65 anos, viu sua história de sucesso ruir ao ser acusado de fraude pela montadora japonesa. Após ser preso em novembro, foi solto sob fiança, mas não pode deixar o Japão. Sua mulher, Carole Ghosn, diz estar impedida de ver o marido desde abril. Sem uma solução para o caso no horizonte, a estratégia de Carole agora é apelar para a ajuda do presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Estado por telefone, do Líbano, Carole cobrou do governo uma posição mais enérgica em relação a um cidadão brasileiro que, em sua visão, não recebe tratamento justo. "É hora de o presidente brasileiro se envolver e perguntar ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, por que esse homem está na prisão", disse. "Passaram-se nove meses e não há data para um julgamento. Não tivemos sequer acesso às evidências da acusação."

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A família de Ghosn, que inicialmente optou pelo silêncio, decidiu falar após o executivo passar o Natal e o ano-novo sozinho em uma cela numa prisão de Tóquio. Membros da família se revezam para fazer companhia ao executivo enquanto ele responde ao processo. Carole, porém, foi proibida pelas autoridades do país de ver o marido. "A última vez que vi Carlos foi no dia 4 de abril."

Segundo ela, as autoridades do Japão decidiram impedi-la de ver o marido porque, ao fazer declarações à mídia, ela poderia influenciar potenciais testemunhas do caso. "Eles dizem que eu posso destruir evidências. Mas que evidências tenho para destruir? Eles me deixam entrar no país, mas se eu vir meu marido, ele volta para a cadeia", disse. A Justiça japonesa já negou cinco pedidos de Carole para visitar o marido - o último deles há duas semanas.

Como não existe data para o julgamento de Ghosn, a estratégia que resta a Carole é tentar chamar a atenção para o caso. Ela afirmou que já recebeu sinalizações importantes, como da Human Rights Watch, organização que deve divulgar em setembro um estudo sobre o sistema judiciário japonês que citará o caso do ex-executivo da Nissan. Ela disse que recebeu ajuda do Ministério das Relações Exteriores do Líbano, mas acredita que uma posição clara do Brasil faria muito mais diferença.

A irmã de Ghosn, Claudine, que vive no Rio de Janeiro, enviou, por meio de um interlocutor, uma carta a Bolsonaro em junho, quando ele foi ao Japão para a reunião do G-20. Agora, por meio de outro emissário, voltou a solicitar uma intervenção direta do presidente. Do primeiro contato, recebeu uma ligação do embaixador do Brasil no Japão. Procurado, o Itamaraty afirmou que "o consulado do Brasil em Tóquio acompanha o caso e presta a assistência consular cabível".

Apesar de ser uma luta com poucas chances de vitória - no Japão, 99% dos processos terminam em condenação, geralmente porque o acusado costuma confessar o crime -, Carole disse que, para Carlos, assumir alguma culpa está fora de questão. "Ele está triste e deprimido, mas, ao mesmo tempo, ele está pronto para o combate. E quer limpar seu nome."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da montadora francesa Renault, o franco-brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, entrou com uma ação contra as empresas japonesas Nissan e Mitsubishi Motors por violação abusiva de seu contrato em uma empresa com sede na Holanda - informou um de seus porta-vozes à AFP.

"Ele confirmou a apresentação de uma ação judicial perante a Justiça holandesa", disse o porta-voz. O ex-CEO da Renault e da Nissan pede 15 milhões de euros (16,8 milhões de dólares) a título de indenização.

Fundada em 2017 para explorar as sinergias entre os dois grupos, a subsidiária Nissan-Mitsubishi B.V. (NMBV) foi dissolvida em março de 2019, após a prisão de Carlos Ghosn no Japão por suspeita de fraude financeira.

A Nissan e a Mitsubishi Motors (MMC) disseram em janeiro que Ghosn havia recebido como administrador do NMBV "uma remuneração total de 7.822.206,12 euros".

Segundo a Nissan, que quer recuperar o montante indevidamente recebido, Ghosn fez um contrato por conta própria em 2018, "sem discutir com os outros membros do conselho de administração da NMBV", no caso os presidentes da Nissan, Hiroto Saikawa, e da Mitsubishi Motors, Osamu Masuko.

O Tribunal de Tóquio aceitou nesta quinta-feira (25) um novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente da Nissan, da Mitsubish e da Renault Carlos Ghosn, suspeito de fraude fiscal, mediante pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões.

A decisão determina o pagamento da quantia, além da proibição da saída de Ghosn do Japão e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nas investigações. O executivo também terá o contato com sua esposa restringido. 

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A Promotoria chegou a apresentar um recurso contra a libertação, mas foi rejeitado pelo tribunal. Desta forma, Ghosn poderá deixar a cadeia a qualquer instante. O pagamento de uma fiança de 500 milhões de ienes já teria sido feito.

O brasileiro foi detido pela primeira vez em novembro de 2018, após denúncias de crimes financeiros. Ele foi libertado sob fiança em março e ficou em Tóquio à espera de um julgamento. No entanto, um mês depois Ghosn voltou para a prisão devido a um novo pedido apresentado por procuradores. Ao todo, ele é alvo de quatro acusações, mas nega todas elas.

Da Ansa

Um tribunal de Tóquio negou o pedido de liberdade para Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho de administração da Nissan, que está detido há quase dois meses. Os advogados devem apelar da decisão.

A defesa de Carlos Ghosn fez o pedido de liberdade na sexta-feira (11), após o ex-executivo da Nissan ter sido novamente denunciado por grave quebra de confiança e por ter relatado um valor menor para sua remuneração. Ghosn negou todas as acusações.

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Segundo fontes, os advogados solicitaram o regresso dele à França, sob a promessa de que compareceria a um tribunal japonês.

Acredita-se que o pedido de liberdade de Carlos Ghosn tenha sido negado porque as investigações estão em andamento e existe o risco de que ele possa manipular provas.

No Japão, suspeitos sob investigação de promotores especiais tendem a permanecer detidos por longo período quando negam as acusações. Mesmo que o tribunal aceite um pedido de liberdade, os suspeitos costumam ser soltos sob difíceis condições, visando a evitar que fujam e alterem evidências.

*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão

Preso desde novembro no Japão, o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn está completamente isolado no centro de detenção de Tóquio. Segundo a imprensa japonesa, o executivo, que não tem acesso aos familiares e só se comunica com o exterior por meio de um advogado japonês, estava com febre alta, o que obrigou a suspensão de um interrogatório.

De acordo com o advogado Motonari Otsuru, um médico prestou atendimento a Ghosn, de 64 anos, que estaria "cansado da longa detenção e dos interrogatórios". O executivo está preso há quase dois meses na capital japonesa sob acusação de fraude fiscal.

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Em comunicado, a mulher de Ghosn, Carole Ghosn, afirmou que soube da notícia pelos jornais. Ela diz que as autoridades japonesas se recusam a esclarecer se o executivo foi transferido para uma enfermaria ou se será permitido à família falar com a equipe médica. "Estou suplicando às autoridades japonesas que nos forneçam qualquer informação sobre a saúde do meu marido", escreveu. "Estamos com medo e muito preocupados que sua recuperação seja complicada, enquanto ele continua a suportar condições tão duras e tratamento injusto."

Itamaraty. Para o advogado brasileiro do executivo, José Roberto Castro Neves, o caso agora é uma questão humanitária. "Há uma violação das garantias básicas, da integridade física de Ghosn." De acordo com Castro Neves, a família vai solicitar que o Itamaraty tome medidas.

Em sua primeira aparição pública, durante depoimento à Corte Distrital de Tóquio, na segunda-feira, Ghosn, que entrou algemado, aparentava estar mais magro do que antes da prisão e exibia fios brancos na raiz de seus cabelos, conforme pessoas presentes na audiência.

Em sua fala, o executivo, a quem é dado o crédito de ter resgatado a Nissan da beira da falência duas décadas atrás, disse que foi "equivocadamente acusado e injustamente detido com base em acusações infundadas e sem mérito".

Na última quarta-feira, foi a vez do jornal Wall Street Journal, em editorial, questionar a condução das investigações contra Ghosn. Na avaliação da publicação, trata-se de um dos casos "mais estranhos no mundo dos negócios".

Para o WSJ, a prolongada prisão do executivo é uma pressão crescente sobre a Renault para que destitua Ghosn de sua presidência - a montadora francesa tem uma aliança com a Nissan e a Mitsubishi Motors, liderada pelo brasileiro. "(...) Essa aliança incomoda cada vez mais os japoneses; é possível presumir que a inquisição sobre Ghosn seja parte de um esforço japonês para dissolver a aliança montada pelo executivo."

Sentença. Segundo o WST, os procuradores públicos estão adicionando acusações que necessitam de investigação, para que possam manter o executivo preso, nos termos das leis japonesas. Em referência à Alice no País das Maravilhas, o jornal americano recorre à lógica da Rainha de Copas, do clássico de Lewis Carroll, para definir o tratamento dado ao executivo: "primeiro a sentença e depois o veredicto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O filho do ex-diretor-executivo da Nissan Carlos Ghosn disse em uma entrevista publicada neste domingo (6) que as pessoas ficarão surpresas quando seu pai, preso desde 19 de novembro por supostamente falsificar relatórios financeiros, narrar sua versão dos acontecimentos para um tribunal de Tóquio na terça-feira (8).

Anthony Ghosn disse ao Journal du Dimanche que seu pai - que permanecerá detido até pelo menos 11 de janeiro - terá 10 minutos para falar em audiência, realizada a seu próprio pedido. "Pela primeira vez, ele poderá falar sobre sua versão das alegações contra ele", afirmou. "Acho que todos ficarão bastante surpresos ao ouvir sua versão da história. Até agora, só ouvimos os acusadores".

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O filho não tem contato direto com o pai e recebe informações via advogados. Segundo Anthony Ghosh, seu pai, que por décadas foi uma figura reverenciada na indústria automotiva global, perdeu cerca de 10 quilos, mas "resiste". Ghosn se recusa a desabar, disse, alegando que ele seria libertado se ele admitisse culpa. " Mas há sete semanas, sua decisão é bem clara ... Ele não vai dar ceder", afirmou.

Contrariando descrições feitas pela mídia, Anthony Ghosn insistiu que seu pai "não é obcecado por dinheiro". "Ele sempre nos disse que o dinheiro é apenas um meio para ajudar aqueles que você ama, mas não um fim em si mesmo."

Ghosn é acusado de não registrar adequadamente pagamentos recebidos da empresa em cerca de 5 bilhões de ienes (US$ 44 milhões) entre 2011 e 2015. Ele liderou a Nissan Motor Co. por duas décadas e ajudou a salvar a montadora japonesa de uma possível falência.

Outro executivo da Nissan, Greg Kelly, foi preso por suspeita de colaborar com Ghosn na ocultação de renda e foi libertado 25 de dezembro, após pagamento de fiança.

Fonte: Associated Press

O ex-diretor da Nissan, Greg Kelly, foi libertado sob fiança nesta terça-feira (25), após ficar preso por aproximadamente um mês no Japão acusado de irregularidades cometidas juntamente com o ex-presidente da montadora, o brasileiro Carlos Ghosn.

Um tribunal de Tóquio determinou hoje uma fiança de 70 milhões de yuans (US$ 636.000) para Kelly e concedeu a liberdade, rejeitando um recurso movido pelos promotores.

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O tribunal também estabeleceu condições para a libertação de Kelly, que está proibido de viajar para fora do Japão, a menos que receba a permissão do tribunal, e também de se encontrar com pessoas envolvidas no caso.

Kelly, que planejava fazer uma cirurgia na coluna nos EUA antes de ser preso no mês passado, deve receber tratamento no Japão, segundo seu advogado japonês.

A liberação no dia de Natal encerra uma detenção de cinco semanas - em grande parte isolada de estranhos, além de advogados e funcionários consulares - que começou em 19 de novembro, quando os Kelly e Ghosn foram presos por suspeitar de conspirar para subfaturar o salário de Ghosn. Ambos alegam inocência. Fonte: Dow Jones Newswires.

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