Tópicos | papa

O papa Francisco teria testado negativo para a Covid-2019, doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já contaminou mais de 2 mil pessoas na Itália.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo jornal romano Il Messaggero, em meio às preocupações sobre a saúde do Pontífice, que cancelou audiências nos últimos dias e sua participação no retiro espiritual de Quaresma da Cúria, que acontece até sexta (6).

##RECOMENDA##

"Papa Francisco, atingido por um resfriado, teria se submetido a um teste por precaução, resultando, obviamente, negativo", escreve o jornal. A Santa Sé alega que o líder católico enfrenta apenas uma "leve indisposição".

O Vaticano adotou medidas de precaução para evitar que o novo coronavírus chegue ao país, incluindo controles mais rígidos em seus principais acessos. Segundo o Messaggero, os Museus Vaticanos já sofreram uma queda de 60% no público nos últimos dias.

Algumas áreas recebem atenção especial, como a Casa Santa Marta, residência oficial de Francisco, e o ex-mosteiro Mater Ecclesiae, lar do papa emérito Bento XVI. O objetivo do Vaticano é limitar ao máximo possível todos os contatos com o ex e o atual pontífice, que têm, respectivamente, 92 e 83 anos. 

Da Ansa

Papa Francisco fez a primeira aparição pública em quatro dias, desde que foi anunciada pelo Vaticano que o pontífice sofria de uma "pequena indisposição" que o forçou a cancelar sua agenda oficial.

O líder católico, de 83 anos, apareceu na varanda da Palácio Apostólico, na manhã deste domingo (1º) e acenou para o público presente na Praça de São Pedro. Francisco anunciou neste domingo que não participará de um exercício espiritual de seis dias com a cúria em Ariccia, ao sul de Roma, por causa do resfriado.

##RECOMENDA##

O Vaticano não especificou qual doença ou sintoma acomete Francisco. No entanto, em meio a temores na Itália por causa do surto de coronavírus, a possibilidade de ele estar sofrendo da epidemia foi descartada.

"Não há evidências que levem ao diagnóstico de nada além de uma leve indisposição", disse o porta-voz Matteo Bruni.

A Itália sofre o pior surto da epidemia no continente europeu, com mais de 1.100 casos confirmados desde 20 de fevereiro. Pelo menos 29 pessoas morreram.

O papa Francisco anunciou neste domingo (1º) que não participará do retiro espiritual de Quaresma realizado anualmente pela Cúria em Ariccia, nos arredores de Roma, por causa de um "resfriado". O líder católico ficaria recluso entre este domingo e a próxima sexta-feira (6) no mosteiro Casa Divin Maestro, onde faria exercícios espirituais com outros membros do clero.

"Infelizmente, o resfriado me obriga a não participar neste ano, mas me uno daqui", disse o Papa durante o Angelus dominical na Praça São Pedro. Ao longo da mensagem, Francisco teve de se interromper algumas vezes por causa da tosse.

##RECOMENDA##

Desde a quinta-feira (27), o Pontífice já cancelou diversas audiências por causa de uma "leve indisposição", segundo o Vaticano. Sua agenda nos últimos três dias se limitou à Casa Santa Marta, sua residência oficial.

A indisposição de Francisco acontece em meio à epidemia do novo coronavírus na Itália. De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, o Sars-CoV-2 já contaminou 1.049 pessoas e matou 29 no país. A região do Lazio, onde fica o Vaticano, registrou apenas seis contágios, já que o epicentro da epidemia está no norte italiano.

Da Ansa

O papa Francisco cancelou, pelo segundo dia consecutivo, compromissos em sua agenda devido a uma "leve indisposição" confirmada pelo Vaticano. "O Santo Padre celebrou uma missa nesta manhã e, ao término, como de costume, cumprimentou os participantes. Mas precisou adiar as audiências oficiais de hoje. Os outros compromissos na agenda, na Casa Santa Marta, ocorrerão normalmente", informou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, nesta manhã (28).

Nessa quinta-feira (27), Jorge Mario Bergoglio precisou anular sua participação em uma liturgia para o início da Quaresma e um confissões de padres na Basílica Romana de San Giovanni in Laterano, em Roma. Na quarta-feira (26), durante a tradicional audiência geral na Praça São Pedro, o Papa foi visto com tosse, respiração cansada, voz fraca e rouquidão. Os sintomas fizeram levantar dúvidas sobre um possível resfriado que acometeria Francisco, em um momento em que toda a Itália está em alerta pelo surto do novo coronavírus. 

##RECOMENDA##

Da Ansa

No dia 12 de fevereiro, o Vaticano lançou a Exortação Apostólica Pós-sinodal do Papa Francisco intitulada “Querida Amazônia”. O documento tem como objetivo traçar novos caminhos de evangelização católica na região, com atenção para o meio ambiente e para a população mais pobre.

Para o teólogo católico e internacionalista Mário Tito Almeida, doutor em Relações Internacionais e professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, em momento algum a exortação apostólica pretende substituir os poderes públicos, pois, sgeundo ele, cada um tem o seu papel específico. O intuito dela é fazer um levantamento de questões e situações que afetam a vida das pessoas e o meio ambiente.

##RECOMENDA##

Mário Tito disse também que a Amazônia está no centro de interesse do mundo, por suas riquezas naturais e biodiversidade, e ressaltou que o conceito de soberania se entende hoje como algo mais amplo, como cuidado de uma situação.

O texto da exortação já saiu em livro, pela Editora Paulus.

Clique no ícone abaixo e ouça o podcast.

[@#podcast#@]

Por Cássio Kennedy.

O papa Francisco decidiu cancelar um compromisso na manhã desta quinta-feira (27) por conta de uma "leve indisposição", segundo o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni. Com isso, o Pontífice não participará da liturgia penitencial prevista no início do período de Quaresma com o clero e também não realizará as confissões dos padres na Basílica Romana de San Giovanni in Laterano, em Roma.

"Na verdade, o Papa não vai a Laterano por uma leve indisposição, pela qual ele preferiu permanecer nos ambientes próximos a Santa Marta", explicou Bruni à ANSA. De acordo com o porta-voz da Santa Sé, as outras reuniões previstas para acontecerem durante o dia serão realizadas regularmente.

##RECOMENDA##

Desde ontem, durante a audiência geral na praça São Pedro, Francisco já havia apresentado sinais de indisposição, como voz fraca e rouca, respiração cansada e tosse, principalmente na procissão entre a igreja de Sant-Anselmo all'Aventino e a Basílica de Santa Sabina.

Da Ansa

A repercussão do encontro do Papa Francisco com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (13), em audiência no Vaticano, que mais uma vez dividiu as redes sociais entre apoiadores e críticos, também reverberou no Palácio do Planalto, na ala militar do governo.

Em post publicado na manhã desta sexta-feira (14), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ironizou o encontro dos dois, dizendo que foi um ato de solidariedade a malfeitores, "tão a gosto dos esquerdistas".

##RECOMENDA##

"Parabéns ao Papa Francisco pelo gesto de compaixão. Ele recebeu Lula, no Vaticano. Confraternizar com um criminoso, condenado, em 2ª instância, a mais de 29 anos de prisão, não chega a ser comovente, mas é um exemplo de solidariedade a malfeitores, tão a gosto dos esquerdistas", escreveu o ministro no post.

Em menos de uma hora, a postagem já tinha mais de mil retuítes e 6 mil curtidas, a maioria, de simpatizantes do governo Bolsonaro, parabenizando o general Heleno pela mensagem recheada de sutil ironia, e criticando também a postura do sumo pontífice. Alguns seguidores classificaram Francisco de "comunista e militante político de esquerda".

Em contrapartida, os correligionários de Lula postaram mensagens de apoio, dizendo que "depois da bênção" que o petista recebeu do Papa Francisco, ele voltará mais revigorado para continuar sua luta no Brasil.

O encontro

O papa Francisco recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira no Vaticano, em um encontro privado que durou cerca de uma hora. Lula se encontrou com o papa na Casa Santa Marta, local onde o líder religioso costuma ter reuniões mais informais, longe dos protocolos do palácio.

Em sua conta pessoal no Twitter, o ex-presidente publicou duas fotos do encontro informando que havia conversado com o papa sobre um "mundo mais justo e mais fraterno".

Em comunicado, o PT afirmou que entre os assuntos tratados estariam a luta contra a fome e as desigualdades. A reunião foi organizada por intermédio do presidente argentino, Alberto Fernández, que visitou o papa em 31 de janeiro, segundo o partido. 

O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (13), em audiência privada no Vaticano, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro ocorreu por volta de 16h locais (12h em Brasília), na Casa Santa Marta, e foi intermediado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que tinha se reunido com o líder católico em 31 de janeiro.

Apesar do Vaticano não comentar a reunião, alegando que se trata de um evento informal e privado, Lula contou, pelo Twitter, que falou com Francisco sobre "um mundo mais justo e fraterno". Já segundo o Instituto Lula, que publicou duas fotos do encontro, o Papa e o ex-mandatário discutiram "soluções para as injustiças e desigualdades no mundo".

##RECOMENDA##

Uma das imagens divulgadas mostra Francisco abençoando o petista com uma mão em sua testa. Após o encontro com Francisco, Lula visitou a sede da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), em Roma. "É uma grande emoção ter Lula hoje, aqui, conosco. A CISL e o mundo sindical ainda precisam muito dele. Este encontro nos dá coragem e força para seguir adiante na nossa atividade sindical", escreveu, no Twitter, a secretária-geral da CISL, Annmaria Furlan.

O petista se reuniu também com os líderes dos sindicatos CGIL e UIL, Maurizio Landini e Carmelo Barbagallo, respectivamente. "Eu não podia concluir minha visita à Itália sem encontrar as grandes centrais sindicais que, por muitos anos, me apoiaram e ajudaram minha atividade sindical. A luta segue adiante", comentou o petista.

Ao longo do dia, Lula ainda conversou com expoentes políticos italianos e membros do atual governo, como o ministro da Saúde, Roberto Speranza, o ex-primeiro-ministro Massimo d'Alema e o secretário do Partido Democrático (PD), Nicola Zingaretti.

"Belíssimo encontro com Lula. A sua luta pela liberdade e democracia no Brasil é a nossa luta", escreveu o movimento político Articolo Uno nas redes sociais, com fotos de Lula ao lado de d'Alema e Speranza.

"Olhas nos olhos de cada pessoa. Enfrentar os problemas sem medo, sem atalhos da extrema-direita, que indica os inimigos e depois derruba a economia", exaltou, por sua vez, Zingaretti.

"Belíssima conversa com Lula, um protagonista extraordinário das batalhas contra a desigualdade", ressaltou. "Foi um prazer poder abraçar novamente o amigo Lula, que está em Roma para um encontro com o papa Francisco. Há cerca de dois anos, eu fui encontra-lo na prisão, em Curitiba. Revê-lo em liberdade foi uma grande emoção", afirmou o ministro da Economia da Itália, Roberto Gualtieri.

Para Lula, a visita a Roma é sua primeira viagem internacional desde que deixou a prisão, em novembro, graças a um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (SFT) para detenções em segunda instância. Por conta da reunião com o Papa, a Justiça Federal adiou um depoimento de Lula sobre a suposta venda de uma medida provisória para empresas automotivas, que estava previsto para 11 de fevereiro

[@#video#@]

Da Ansa

 O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (13), no Vaticano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma audiência privada. O encontro ocorreu por volta de 16h (12h em Brasília) e foi intermediado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que se reuniu com o líder católico no dia 31 de janeiro.

Segundo o Instituto Lula, que publicou duas fotos da reunião, o Papa e o ex-mandatário discutiram "soluções para as injustiças e desigualdades no mundo". Uma das imagens mostra Francisco abençoando o petista com a mão em sua testa. O Vaticano ainda não se pronunciou sobre o encontro.

##RECOMENDA##

Na última quarta (12), o líder católico publicou uma exortação apostólica na qual critica a "atividade extrativa predatória" na Amazônia, "que responde à lógica da ganância, típica do paradigma tecnocrático dominante".

"A depredação do território vem junto do derramamento de sangue inocente e da criminalização dos defensores da Amazônia", diz um trecho da exortação, que é resultante das discussões do Sínodo do ano passado, alvo de críticas no governo Bolsonaro.

Por conta da reunião com o Papa, a Justiça Federal adiou um depoimento de Lula sobre a suposta venda de uma medida provisória para empresas automotivas, que estava previsto para 11 de fevereiro. O ex-presidente se diz inocente. 

[@#video#@]

Da Ansa

O papa Francisco recebe nesta quinta-feira (13), no Vaticano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma audiência privada.

O encontro está previsto para 16h (12h em Brasília) e teria sido intermediado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, que se reuniu com o líder católico no dia 31 de janeiro.

##RECOMENDA##

A conversa entre Lula e o Papa deve girar em torno do combate à fome e à desigualdade e pode ampliar a distância entre o Vaticano e o governo de Jair Bolsonaro.

Na última quarta (12), Francisco publicou uma exortação apostólica na qual critica a "atividade extrativa predatória" na Amazônia, "que responde à lógica da ganância, típica do paradigma tecnocrático dominante".

"A depredação do território vem junto do derramamento de sangue inocente e da criminalização dos defensores da Amazônia", diz um trecho da exortação. Por conta da reunião com o Papa, a Justiça Federal adiou um depoimento de Lula sobre a suposta venda de uma medida provisória para empresas automotivas, que estava previsto para 11 de fevereiro. O ex-presidente se diz inocente.

Da Ansa

Relator-geral do Sínodo da Amazônia, o cardeal d. Cláudio Hummes afirmou, nesta quarta-feira (12), que a proposta de ordenação de homens casados em áreas remotas será retomada pelo Vaticano. A medida, que mudaria as circunstâncias de exigência do celibato, uma tradição da Igreja, ficou de fora da exortação apostólica do papa Francisco, divulgada pela Santa Sé, apesar do apelo feito pela assembleia de bispos em outubro do ano passado.

"Essa questão deverá ser trabalhada agora com o papa, nas instâncias da Santa Sé. Será retomada", disse d. Cláudio Hummes. "Esse pedido terá que ser elaborado e cumprido."

##RECOMENDA##

O relator-geral disse que o organismo eclesial anunciado pelo papa a Amazônia, após o Sínodo, terá um papel importante na discussão, no âmbito do Vaticano, sobre como realizar o ordenamento de padres casados em áreas de escassez.

Segundo d. Cláudio, a igreja não pode deixar de se preocupar em buscar uma solução para que os povos tenham acesso à eucaristia. "O que edifica a Igreja é a assembleia eucarística reunida, isso é o que forma e alimenta a Igreja", ressaltou.

O cardeal disse que o documento final do Sínodo, votado pelos bispos em outubro e não citado pelo papa na exortação, "não vai para a estante" e que a Igreja deve se empenhar na sua aplicação. "Não significa que, feita a exortação pós-sinodal, se possa incinerar o documento final do Sínodo. Talvez se esperasse que fosse um decreto, o que não é próprio da exortação", afirmou d. Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O bispo lembrou que o sumo pontífice determinou um estudo para atualização de questões referentes ao ministério, cujo documento atual tem mais de 50 anos.

Em resposta à falta de sacerdotes na região amazônica, em vez de citar o pedido pelo ordenamento como padres de homens com família já constituída, o sumo pontífice sugeriu dar ênfase ao trabalho missionário itinerante e que diáconos permanentes, mulheres religiosas e leigos "assumam responsabilidades importantes".

No documento Querida Amazônia, divulgado na manhã desta quarta-feira (12), o papa Francisco recua da proposta de que, em casos específicos e de acordo com a necessidade, homens casados sejam ordenados padres em comunidades afastadas da região amazônica. A proposta foi discutida pelos bispos durante o Sínodo da Amazônia, realizado em outubro, no Vaticano.

Francisco rejeitou a medida mesmo após a recomendação positiva de bispos. A "exceção amazônica" do celibato foi levantada por bispos

##RECOMENDA##

em razão das "enormes dificuldades de acesso à eucaristia", já que parte das comunidades da região ficam meses e até vários anos sem a presença de um sacerdote. Para diminuir o problema, foi pedido ao papa que autorizasse a ordenação de sacerdotes sem exigência do celibato clerical.

A medida, frisaram os bispos favoráveis, seria aplicada a "homens idôneos e reconhecidos pela comunidade, que tenham diaconato permanente fecundo e recebam uma formação adequada para o presbiteriado". Outra exigência é que esses homens tivessem "uma família legitimamente constituída e estável".

A estratégia foi criticada veementemente por bispos conservadores. Francisco foi atacado por posições contrárias de representantes dos mais variados níveis dentro da Igreja Católica, todos opostos à ideia de "tirar do sacerdócio aquilo que o torna mais especial". O cardeal canadense Marc Ouellet chegou a publicar um livro inteiro defendendo o celibato clerical e chegou a enviar dois exemplares da obra diretamente ao papa.

Até Bento XVI, seu antecessor que havia prometido manter-se afastado da vida pública quando renunciou ao cargo, entrou na conversa como um dos nomes que assina a autoria de um livro que também defende o celibato - e depois pediu para que seu nome fosse retirado da obra. "A habilidade de renunciar ao casamento para se posicionar completamente à disposição do Senhor tem se tornado um critério para o ministério sacerdotal", escreveu Bento XVI.

Apesar da tradição, a regra que prevê o celibato entre padres não é um dogma da Igreja Católica, o que significa que ela pode ser alterada ou revogada, em tese. Um dos últimos momentos de revisão do celibato foi em 2009, quando Bento XVI permitiu que padres anglicanos casados fossem convertidos ao catolicismo. Na ocasião, ele deixou claro que a medida não significava uma mudança abrangente na postura da Igreja. Em 2019, durante coletiva de imprensa, o próprio Francisco se posicionou sobre o tema. "Diria que não concordo com o celibato opcional", afirmou, classificando a prática como um "presente para a Igreja".

Na chamada exortação apostólica do Sínodo dos Bispos, o pontífice caracteriza como "desigual" a presença de padres na área, reforça a importância de preservação do meio ambiente e pede aos bispos da América Latina para "promoverem a oração" por mais vocações e aos missionários para irem à Amazônia.

"Exorto todos a avançar por caminhos concretos que permitam transformar a realidade da Amazônia e libertá-la dos males que a afligem", afirma Francisco, no texto redigido em espanhol e finalizado no dia 2 de fevereiro. O documento está disponível no link do Sínodo da Amazônia.

O texto está elaborado em quatro capítulos descritos como "sonhos" do pontífice: Social, em defesa dos mais pobres e povos nativos; Cultural, sobre a preservação da riqueza dos povos; Ecológico, sobre o resguardo da beleza natural; e Eclesial, dirigido às comunidades cristãs, para dar à Igreja "rostos novos com traços amazônicos".

Internacionalização

No documento, o papa Francisco também fala sobre a chamada "internacionalização" da Amazônia. Diz que a medida não é a solução para cuidar do bioma. O pontífice cobra, ao falar sobre a preservação do meio ambiente, que os governos não se vendam a "espúrios interesses" locais ou internacionais.

"Além dos interesses econômicos de empresários e políticos locais, existem também os enormes interesses econômicos internacionais. Por isso, a solução não está numa internacionalização da Amazônia, mas a responsabilidade dos governos nacionais torna-se mais grave", escreveu a papa, para em seguida defender a presença e o trabalho desenvolvido por Organizações Não-Governamentais (ONGs) - entidades que são constantemente criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Pela mesma razão, é louvável a tarefa de organismos internacionais e organizações da sociedade civil que sensibilizam as populações e colaboram de forma crítica, inclusive utilizando legítimos sistemas de pressão, para que cada governo cumpra o dever próprio e não delegável de preservar o meio ambiente e os recursos naturais do seu país, sem se vender a espúrios interesses locais ou internacionais", diz o texto.

A proposta da "internacionalização" era de grande preocupação do governo Jair Bolsonaro, em especial dos militares, que viam no Sínodo uma tentativa de fragilizar a soberania nacional sobre a porção brasileira do território amazônico. O quadro levou a um choque entre o governo Bolsonaro e o Vaticano, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que o encontro episcopal era alvo de monitoramento pelos serviços de inteligência.

A exortação final, espécie de orientação do papa após todas as discussões do Sínodo, era aguardada com atenção por militares e diplomatas brasileiros que mantiveram diálogo com o Vaticano para tentar garantir uma palavra em defesa da soberania no documento final.

O tema ganhou mais relevância quando, com a Amazônia em chamas, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs uma discussão sobre um "status internacional" para a floresta.

Sem fazer menção específica a nenhum país ou governante, o sumo pontífice se opõe ao avanço da exploração econômica em terras indígenas e reservas florestais e, de forma taxativa, afirma que são "injustiça e crime".

"Às operações econômicas, nacionais ou internacionais, que danificam a Amazônia e não respeitam o direito dos povos nativos ao território e sua demarcação, à autodeterminação e ao consentimento prévio, há que rotulá-las com o nome devido: injustiça e crime", escreveu Francisco.

Como funciona um Sínodo?

Durante os Sínodos, "o papa ouve mais do que fala", explicou o bispo d. Odilo P. Scherer, em artigo escrito para o Estado. O evento, na verdade, serve para que o Vaticano possa ouvir a opinião dos fiéis sobre assuntos específicos, por meio de questionários conduzidos pelos 250 bispos participantes, e tomar decisões a partir desses consensos.

Em 2014 e 2015, o Sínodo teve como tema "Os desafios pastorais no contexto da evangelização", e abordou temas como divórcio, contracepção e a união entre casais homoafetivos na Igreja. Em 2018, os cardeais discutiram "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional" e no ano passado, em outubro, "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral".

Participaram do encontro no ano passado bispos e líderes religiosos, além de indígenas e convidados especiais, dos nove países amazônicos - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa -, além de outros da Cúria Romana. O papa ressalta, porém, que a exortação apostólica se dirige ao mundo todo.

O objetivo de um Sínodo é discutir como a Igreja Católica pode intervir em determinados conflitos, assim como adequar suas diretrizes em lugares onde haja dificuldade de converter novos fiéis e disseminar os ideais católicos.

A palavra "sínodo" vem de duas palavras gregas: "syn", que significa "juntos", e "hodos', que significa "estrada ou caminho'. O sínodo tem caráter consultivo. Após o Sínodo, o papa emite um documento chamado "exortação apostólica", no qual resume e aprova as principais conclusões dos bispos durante as reuniões. O Sínodo da Amazônia foi o quarto do pontificado de Francisco. (Com agências internacionais).

O papa Francisco disse nesta quarta-feira (12) que está rezando pela China, atingida por uma epidemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Na tradicional audiência geral no Vaticano, o líder católico também convidou o público a orar para "os nossos irmãos chineses que sofrem dessa doença cruel".

"Que eles encontrem o caminho da cura o mais rápido possível", disse Jorge Mario Bergoglio. De acordo com um balanço da John Hopkins University, nos Estados Unidos, o novo coronavírus já provocou a morte de 1.115 pessoas em todo o mundo, sendo 1.068 somente na província de Hubei, na China, epicentro da epidemia.

##RECOMENDA##

O número de contágios é de 45.188, dos quais 44.670 na China continental. Também foram confirmados casos na Alemanha, Austrália, Estados Unidos e Itália. As pessoas infectadas e curadas somam 4.850, das quais 2.639 em Hubei.

Da Ansa

Em um livro-entrevista publicado na Itália nesta terça-feira (11), o papa Francisco critica a "teoria de gênero" que, segundo afirma, "quer minar a humanidade em todas as variações educacionais possíveis". Além disso, Francisco se coloca em sintonia com o pensamento do papa polonês João Paulo II no que diz respeito ao ensinamento sobre o celibato na igreja. 

Marcado como um papa nada tradicional, Francisco afirma no livro "San Giovanni Paolo Magno" que suas observações sobre a "teoria de gênero" não se referem de maneira alguma aos homossexuais, que são bem-vindos à Igreja Católica. 

##RECOMENDA##

"Minha referência é mais ampla e se refere a uma perigosa raiz cultural. Ela se propõe, de forma implícita, a destruir o projeto de Deus para a criação que Deus quis para cada um de nós: a diversidade, distinção. Quer converter tudo em homogêneo, neutro. É um ataque à diferença, à criação de Deus e a homens e mulheres", esclarece o pontífice.

Francisco continua sua avaliação sobre o assunto dizendo que "na teoria de gênero se quer impor uma ideia à realidade, de maneira sutil. O objetivo é minar a base da humanidade em todos os âmbitos e em todos os programas educativos possíveis, e está se convertendo em uma imposição cultural que, em vez de nascer de baixo é imposta do alto por alguns Estados como único caminho cultural possível a se adequar", declara Francisco.

Sobre o celibato, a Gazeta do Povo mostra que o líder máximo da Igreja Católica se referiu à condição como uma "graça". "Estou convencido de que o celibato é um dom, uma graça e, seguindo os passos de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, sinto fortemente a obrigação de pensar no celibato como uma graça decisiva que caracteriza a Igreja Católica Latina. Repito: é uma graça", pontua o papa.

O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (10) que o papa Francisco visitará Malta, no sul da Europa, no próximo dia 31 de maio.

Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, o Pontífice foi convidado pelo presidente George Vella e pela Igreja Católica maltesa. Francisco deve passar pelas ilhas de Malta e Gozo, as duas maiores do arquipélago que constitui o país.

##RECOMENDA##

O logo da viagem mostra mãos saindo de um barco em direção a uma cruz, representando o acolhimento dos cristãos ao próximo e o auxílio aos que enfrentam dificuldades.

Malta está na linha de frente da crise migratória no Mediterrâneo e acumula cerca de 10 mil solicitantes de refúgio ou refugiados, o que equivale a 2% de sua população, segundo maior índice dentro da União Europeia, atrás apenas da Suécia.

Da Ansa

O papa Francisco lembrou, neste sábado (25), o aniversário de um ano da tragédia de Brumadinho. Nas redes sociais, o pontífice publicou uma mensagem endereçada aos fiéis que vão se reunir na tarde de hoje para a I Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte a Brumadinho.

"Neste primeiro aniversário da tragédia de Brumadinho, rezemos pelos 272 irmãos e irmãs que foram soterrados e lamentemos a contaminação de toda a bacia fluvial. Ofereçamos a nossa solidariedade às famílias das vítimas, um apoio à Arquidiocese e a todas as pessoas que estão sofrendo e que necessitam de nossa ajuda", disse o papa em vídeo.

##RECOMENDA##

Em mensagem por ocasião do 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (24) que é preciso "respirar a verdade das histórias boas" e fez um alerta de que as notícias falsas estão se tornando cada vez mais "sofisticadas".

No texto, que neste ano foi dedicado ao tema da narração, o líder da Igreja Católica disse que "para não nos perdermos, precisamos respirar a verdade das histórias boas: histórias que edifiquem, e não as que destroem. Histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos".

##RECOMENDA##

O Papa ainda afirmou que "temos necessidade de uma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da bela que nos habita; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura".

"Na comunicação, em vez de histórias construtivas, que são uma cola de laços sociais e do tecido cultural, são produzidas histórias destrutivas e provocativas, que desgastam e quebram os frágeis fios da coexistência, reunindo informações não verificadas, repetindo perguntas banais e falsamente persuasivas, golpeando com proclamações de ódio", declarou Francisco.

O Pontífice ainda enfatizou que "enquanto as histórias usadas para fins instrumentais e de poder duram pouco", uma "boa história é capaz de atravessar as fronteiras do espaço e do tempo", porque mesmo "depois de séculos permanece atual, pois alimenta a vida".

Já sobre as notícias falsas, o Papa fez um apelo aos jornalistas de que as fake news estão "se tornando cada vez mais sofisticadas". Francisco também alertou que "precisamos de sabedoria para acolher e criar histórias bonitas" e pediu para os profissionais da imprensa rejeitarem as notícias falsas.

O 54º Dia Mundial das Comunicações será celebrado no dia 24 de maio, sob o tema "Para que possa contar e fixar na memória. A vida faz-se história". A data celebra São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, escritores e comunicadores.

Da Ansa

Um pacote suspeito apareceu em frente a uma casa em Buenos Aires onde o papa Francisco viveu sua infância e juventude.

Segundo o jornal Clarín, o objeto foi detonado por um esquadrão antibombas, que encontrou apenas lixo. As autoridades haviam sido alertadas por um pedestre por volta de 19h do último domingo (19).

##RECOMENDA##

O imóvel fica no número 533 da rua Membrillar, no bairro de Flores, e foi lar de Jorge Bergoglio antes de sua entrada para o sacerdócio.

Da Ansa

O papa Francisco nomeou na quarta-feira, 15, a italiana Francesca Di Giovanni como nova subsecretária da Seção para as Relações com os Estados, o que representa o maior cargo já ocupado por uma mulher na Secretaria de Estado do Vaticano.

Ela coordenará o setor multilateral, especialmente nas áreas de migrantes e refugiados, direito internacional humanitário, comunicações, direito internacional privado, estatuto da mulher, propriedade intelectual e turismo, conforme informou a Santa Sé. "Continuarei a lidar com o que tenho acompanhado até agora na Seção de Relações com os Estados, embora nesta nova função eu seja responsável por coordenar o trabalho nesta área."

##RECOMENDA##

Francesca Di Giovanni coordenará as relações da Santa Sé em organizações intergovernamentais como as Nações Unidas (ONU) no cargo que foi criado recentemente.

Com a nomeação dela, a Seção de Relações com os Estados passa a ter dois subsecretários: Francesca Di Giovanni trabalhará ao lado de Monsenhor Miroslaw Wachowski, que continuará responsável principalmente pela área da diplomacia com outros países.

"Esta é a primeira vez que uma mulher tem um papel de liderança na Secretaria de Estado. O Santo Padre tomou uma decisão inovadora, certamente, que, para além da minha pessoa, representa um sinal de atenção às mulheres. Mas a responsabilidade está ligada ao trabalho, e não ao fato de ser mulher", disse ela.

Ela destacou a importância da criação de um subsecretário para o setor multilateral "porque ele possui procedimentos próprios, de certa forma diferentes dos da esfera bilateral."

"Na comunidade internacional, a Santa Sé também tem a missão de garantir que a interdependência entre pessoas e nações seja desenvolvida em uma dimensão moral e ética, bem como em outras dimensões e vários aspectos que as relações estão adquirindo no mundo de hoje."

Para ela, nunca se deve cansar de incentivar o diálogo em todos os níveis, sempre buscando soluções diplomáticas.

"Em um discurso recente ao Corpo Diplomático, o papa lembrou, entre outras coisas, os muitos resultados positivos das Nações Unidas, que comemoram seu 75º aniversário este ano. Queremos continuar vendo a ONU como um meio necessário para alcançar o bem comum, mesmo que isso não nos exija de pedir mudanças ou reformas quando julgar necessário".

Perfil

Formada em direito, a italiana, que trabalha na Secretaria de Estado há quase 27 anos, nasceu em Palermo, em 1953.

Após concluir o estágio como notário, trabalhou na área jurídico-administrativa do Centro Internacional da Obra de Maria.

Em 15 de setembro de 1993, começou a trabalhar como funcionária na Seção de Relações com os Estados da Secretaria de Estado.

Participação feminina

"As mulheres são por vezes vistas, pelos homens e também por outras mulheres como pessoas de menor valor intelectual e profissional, sempre disponíveis para o serviço, sempre dóceis aos superiores. É, portanto, urgente promover a autoestima e melhorar a presença feminina também no Vaticano", escreveram Romilda Ferrauto e Adriana Masotti, juntamente com outras nove mulheres da Associação de Mulheres do Vaticano.

Segundo elas, é preciso "desenvolver o conceito de reciprocidade para superar a subordinação, promover a corresponsabilidade e caminhar juntos".

A última edição do suplemento mensal Donna, Chiesa, Mondo (em português, Mulher, Igreja, Mundo) do jornal Vaticano Osservatore Romano, foi noticiado que cerca de 950 mulheres trabalham no Vaticano, mas que embora tenham o mesmo salário que os homens, poucas ocupam cargos de responsabilidade e de alto nível de gestão. (Portal Vaticano com agências internacionais)

O papa Francisco batizou neste domingo (12) um grupo de 32 bebês recém-nascidos, durante uma cerimônia realizada na Capela Sistina, no Vaticano. A celebração teve a participação de 17 meninos e 15 meninas.

Durante a homilia, o líder da Igreja Católica aconselhou as mães a amamentarem os filhos na própria capela, caso eles sentissem fome.

##RECOMENDA##

"Os bebês não estão acostumados a vir à Capela Sistina, é a primeira vez. Não estão acostumados a ficar fechados, inclusive em um ambiente um pouco quente, e não estão acostumados a se vestir assim, para uma festa tão bela como a de hoje", disse o Papa.

"Eles vão se sentir um pouco desconfortáveis. Começará um, depois o outro, mas não se assustem, deixem as crianças chorarem. Se seu bebê chora ou se lamenta, talvez seja porque está muito quente, tirem alguma coisa, ou porque tem fome. Amamentem-no aqui. Sim, aqui. Sempre em paz", acrescentou.

Segundo Francisco, batizar um filho é um "ato de justiça", e a data deve ser comemorada "como um aniversário".

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando