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A Polícia Federal (PF) intimou o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para prestar depoimento na investigação sobre o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é esperado na próxima terça-feira, 6, na sede da PF em Brasília.

O Estadão entrou em contato com o general, que ainda não se manifestou sobre a intimação.

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A Abin fez parte da estrutura administrativa do GSI enquanto Heleno esteve no cargo. A agência passou para o guarda-chuva da Casa Civil em março de 2023, já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Abin é o principal órgão do sistema de inteligência federal e tem como atribuição produzir informações estratégicas sobre temas sensíveis, como ameaças à democracia e às fronteiras, segurança das comunicações do governo, política externa e terrorismo. Para a PF, a agência foi instrumentalizada no governo Bolsonaro e usada para atender interesses privados do grupo político do ex-presidente.

A Polícia Federal acredita que aliados de Bolsonaro infiltrados na Abin faziam parte de um grupo mais amplo responsável por uma espécie de serviço clandestino de "contrainteligência".

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse, nesta terça-feira (26), que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid não participava das reuniões realizadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma foto, contudo, mostra Cid ao fundo durante um encontro de Bolsonaro com o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das Forças Armadas da época.

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Marcos Corrêa/PR

Durante a oitiva na CPMI, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) perguntou se Cid participava das reuniões e Heleno negou.

"Não e eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid, ele não participava de reuniões, ele era o ajudante de ordens do presidente da República. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar numa reunião dos comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. Isso é fantasia. É a mesma coisa é essa delação premiada, ou não premiada, do Mauro Cid... Tão apresentando trechos dessa delação e me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa, ninguém sabe o que o Cid falou", disse o general.

Depois, quando surgiu a foto na CPMI, Eliziane voltou a fazer o mesmo questionamento: “Mauro Cid participava presencialmente das reuniões com comandantes do Exército?”, Heleno por sua vez respondeu: “Raramente tinha esse papel de estar ali para fazer algo que o presidente pedisse”.

Depois, quando o senador Fabiano Contarato (PT-ES) voltou a falar sobre o assunto e apontar que mesmo sem deliberar nas reuniões, Mauro Cid estava lá e poderia testemunhar os fatos, o general voltou a justificar as presenças do ex-ajudante de ordens. “Não era por iniciativa dele. É a mesma coisa que esse rapaz que serve café para nós pacientemente, ele não é partícipe da reunião”, disse, quando também lembrou que a imagem era antiga.

Em outro momento, antes do surgimento da foto, Augusto Heleno também chegou a dizer que Mauro Cid não tinha protagonismo no governo, apenas obedecia as ordens de Jair Bolsonaro. 

A foto

Uma foto de 25 de janeiro de 2019 mostra o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, sentado logo atrás do ex-ministro do GSI, general Heleno, durante uma reunião do presidente com os comandantes das Forças Armadas. 

A legenda da imagem relata quem são os presentes no encontro: "Presidente da República, Jair Bolsonaro durante encontro com durante Reunião com Fernando Azevedo, Ministro de Estado da Defesa; Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior, Comandante da Marinha do Brasil; General de Exército Edson Leal Pujol, Comandante do Exército Brasileiro; Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, Comandante da Aeronáutica; Almirante Esq Cláudio Portugal de Viveiros, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Interino, e Alte Esq Almir Garnier Santos, Secretário-Geral do Ministério da Defesa." 

A imagem está disponível na conta do Flickr do Palácio do Planalto.

Por Caio de Freitas Paes, para a Agência Pública 

Pouco antes do atentado a bomba em Brasília (DF), na véspera do Natal de 2022, a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal já defendia um posicionamento firme quanto aos acampados em frente ao Quartel-General (QG) do Exército – onde o ato terrorista foi, afinal, planejado. “A dissolução do agrupamento humano em frente aos Quartéis Generais é medida imperiosa” para evitar problemas, “bem como para garantia da ordem pública, ainda mais em razão do evento da posse [do presidente Lula] que se avizinha”, é o que se lê em um despacho da PF emitido em 21 de dezembro, dois dias antes do atentado, obtido pela Agência Pública. O acampamento não foi desfeito conforme defendido pela PF e, na prática, dele partiram milhares de bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.

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Semanas depois do despacho da PF, se confirmou que a mensagem da corporação não chegou ao Comando Militar do Planalto (CMP) e à Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). O motivo? Não era “atribuição” da PF, segundo revela outro documento obtido pela reportagem, expedido em 16 de janeiro passado – uma semana depois da invasão dos Três Poderes.

Nesse segundo despacho, o delegado na superintendência do DF, Daniel Carvalho Brasil Nascimento, argumenta que a PF “não tem atribuição para expedir Ofício ao Comando do EB [Exército Brasileiro] e/ou ao Comando da Polícia Militar para que as respectivas instituições cumpram seus deveres constitucionais” – no caso, a “dissolução” do acampamento golpista.

Nesse mesmo documento, o delegado explica também que o CMP e a PM-DF não foram oficialmente comunicados sobre a avaliação da PF “por se tratar de fato notório e de conhecimento amplo de todas as instituições públicas que o agrupamento humano estacionado em área militar federal de responsabilidade do Exército Brasileiro representava risco à Ordem Pública”.

A PM, por outro lado, garantia que havia feito sua parte para o desmonte do acampamento, planejando uma operação de retirada de ambulantes, barracas e energia elétrica do local. Tal posição foi comunicada em 29 de dezembro, dois dias antes da posse, quando o ex-comandante geral da PM-DF Fábio Augusto Vieira disse: “Tínhamos 500 policiais militares em condições, e o Exército desistiu da operação”.

“A despeito de todo o esforço e do aparato mobilizado pela Polícia Militar do Distrito Federal, face à demanda apresentada e ao apoio operacional solicitado pelo Exército Brasileiro, a referida Força, na ocasião, decidiu pela não realização da operação, possibilitando a permanência, continuidade e funcionamento do acampamento”, de acordo com um outro relatório da PM-DF sobre sua atuação no caso.

O material foi destinado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no DF, braço do Ministério Público Federal (MPF) responsável pela defesa dos direitos constitucionais da população, que havia aberto uma apuração “para acompanhar manifestações políticas em face do resultado das eleições para Presidente da República e apurar eventuais atos antidemocráticos”.

Todos os documentos foram expedidos entre 4 de novembro de 2022 e 14 de fevereiro passado, mesmo período da ascensão do golpismo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

À Agência Pública, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que, de acordo com o Comando Militar do Planalto, “não houve qualquer pedido oficial para desmobilização do acampamento” entre o início de novembro e o dia 8 de janeiro.

Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil

Monitoramento ineficaz e falta de coordenação

Os documentos revelam ainda o descompasso entre militares, forças de segurança distritais e a PF no fim do governo Bolsonaro para tratar da crise dos acampamentos – mesmo sendo constantemente cobrados por órgãos de controle.

A falta de coordenação ficou escancarada a partir da atuação desses órgãos em meio aos violentos protestos realizados após a prisão do falso cacique Xavante, em 12 de dezembro, e ao atentado a bomba no aeroporto de Brasília, na véspera de Natal.

Em 14 de dezembro, representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Comando da PM-DF, além do CMP, reuniram-se na sede da Procuradoria da República no Distrito Federal.

Na ocasião, relataram que “o acampamento dos manifestantes contrários ao resultado do pleito eleitoral” estava sendo “constantemente monitorado, inclusive para averiguação de possíveis atos criminosos atribuídos aos manifestantes e a pessoas que transitam no local”.

Ainda segundo o relato dessa reunião, o monitoramento era feito por órgãos de inteligência da SSP e da PM-DF, além de agentes da PF. Não há menção, porém, a atividades de inteligência por parte do CMP.

O encontro do dia 14 ocorreu dois dias depois do quebra-quebra bolsonarista após a prisão do pastor indígena José Acácio Serere Xavante, com queima de ônibus circulares e tentativa de invasão da sede da PF.

Segundo as autoridades da SSP-DF, da PM-DF e do CMP presentes na reunião, a notícia da prisão de Serere pela PF “chegou às forças de segurança do Distrito Federal com atraso”, o que, ainda de acordo com eles, “inviabilizou a adoção de medidas mais eficazes para a prevenção/contenção dos prováveis conflitos que dela adviriam”.

Não à toa, em 19 de dezembro, dias antes do ato terrorista arquitetado em frente ao QG do Exército, a PRDC recomendou aos órgãos de segurança que monitorassem – juntos e continuamente – “pontos de tensão que envolvam manifestantes políticos”.

A procuradoria ligada ao MPF pedia também a criação de um “canal direto de troca de informações, inclusive de inteligência”, para “antecipar riscos” e “evitar possíveis conflitos”. Segundo o material obtido pela Pública, os órgãos citados garantiram que havia constante troca de informações de inteligência, sem especificar quantos informes e relatórios haviam circulado entre eles nem quais as providências tomadas com base em tais informações.

Militares insistiram no “livre exercício de manifestações pacíficas”

Em 22 de dezembro, dois dias antes do atentado a bomba em Brasília, o então comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, tentou pôr panos quentes na crise. O general disse, por meio de ofício, que os militares mantinham constante “interlocução” com os acampados na frente do QG do Exército, “a fim de garantir o livre exercício de manifestações pacíficas”.

A posição do general não surpreende, pois o CMP foi o responsável por dar guarida para bolsonaristas em Brasília logo após o segundo turno das eleições. Em 4 de novembro, foi esse mesmo comando militar que autorizou, pela primeira vez, a entrada de um carro de som para embalar as manifestações golpistas em frente ao QG do Exército.

General Gustavo Henrique Dutra de Menezes estava à frente do Comando Militar do Planalto (CMP) à época dos ataques de 8 de janeiro. Foto: Exército Brasileiro

A órgãos de controle, o CMP havia dito que essa autorização referia-se “exclusivamente” àquela data, mas, quase duas semanas depois, Dutra simplesmente informou que “foi delimitada uma área dentro do Setor Militar Urbano (SMU) destinada como estacionamento e outra como área de acampamento” para os bolsonaristas – que pediam um golpe de Estado com intervenção militar, contestando a vitória de Lula.

“No que tange a supostas autorizações para protestos políticos, informo que não houve qualquer demanda ou providência nesse sentido”, disse o comandante militar do Planalto – ignorando, na prática, o caráter político mais que explícito do acampamento golpista.

À Agência Pública, o Comando Militar do Planalto afirmou que o “acampamento já estava sendo desmobilizado desde dezembro e, principalmente, a partir do dia 2 de janeiro”. Já em relação ao fracassado atentado a bomba em Brasília, os militares disseram que, “até o presente momento, nada comprova que o explosivo foi repassado [aos terroristas] no SMU”.

Para PF, Bolsonaro causou “acirramento dos ânimos”

Diferentemente do que sugerem ofícios dos militares, a situação no acampamento não era pacífica pelo menos desde o fim de novembro.

Segundo a PF, “o acirramento dos ânimos” já havia sido identificado no acampamento em 28 de novembro, com a chegada de um grupo de indígenas bolsonaristas, “acrescido do pronunciamento do atual Presidente da República” em 9 de dezembro. Foi quando Bolsonaro rompeu seu silêncio desde a derrota eleitoral ao dizer a seus apoiadores: “Nada está perdido”.

O despacho da PF assinado dois dias antes do atentado a bomba revela também que a corporação não conseguia mais monitorar plenamente o acampamento golpista na frente do QG do Exército.

“Com o incremento da hostilidade com as forças de segurança pública, em especial para com a Polícia Federal, acrescido do perfil violento apresentado no dia 12/12 [prisão de Serere Xavante]”, disse a PF, “o monitoramento aproximado [infiltrado] restou prejudicado”.

Mesmo assim, após a invasão dos Três Poderes, a corporação relata que “dispunha de informações [de inteligência] disponíveis em fontes abertas de redes sociais que indicavam a possibilidade de manifestação no dia 07 até 09 de janeiro”. A Pública revelou, inclusive, o uso do código “festa da Selma” pelos bolsonaristas nas redes sociais para coordenarem a invasão e a depredação do dia 8 de janeiro.

Por conta da iminência de protestos violentos em Brasília, o efetivo da PF no Distrito Federal “ficou empregado ininterruptamente do dia 07 até 09 juntamente com outras unidades de inteligência desta Polícia Federal”, o que incluía a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) e o Comando de Operações Táticas (COT).

A corporação defendeu também que sua “ação preventiva resultou na pronta identificação de parte dos criminosos, bem como, por exemplo, na prisão de uma das líderes da organização criminosa que se encontrava foragida na cidade de Luziânia”, em Goiás – uma referência à prisão da bolsonarista Ana Priscila Azevedo no dia 10 de janeiro, pelo seu envolvimento na invasão dos Três Poderes.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados cancelou a audiência que faria nesta terça-feira (22) com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. Ele alegou problemas de saúde para não comparecer.

Augusto Heleno prestaria esclarecimentos acerca das interferências, por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em investigação conduzida pela Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República.

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Segundo o deputado Ivan Valente (Psol-SP), que havia solicitado a audiência, reportagem do jornal O Globo, de 30 de agosto, destaca que a Polícia Federal afirmou em um relatório que a Abin atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan Bolsonaro.

"Integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que
recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair
Renan, sob apuração de um inquérito da PF. Segundo o espião, o objetivo era
prevenir 'riscos à imagem' do chefe do Poder Executivo", observou o deputado.

A operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico Allan Lucena se tornarem alvos de uma investigação. A dupla seria suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

A comissão ainda não marcou nova data para ouvir o ministro.

*Da Agência Câmara de Notícias

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, segue distribuindo permissões para que mineradores explorarem áreas indígenas e de assentamento na fronteira da Amazônia. Ele autorizou que o empresário Antônio João Abdalla Filho busque diamantes onde moram, pelo menos, 70 famílias. 

O GSI também é secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional, que assessoria o presidente Jair Bolsonaro (PL) em assuntos de defesa e soberania, e tem poder de liberar ou barrar projetos de mineração nos limites do Brasil em uma largura de 150 km. 

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O novo alvo da política de Heleno foi o assentamento Jacamim, de aproximadamente 3.178 hectares, entre os municípios de Bonfim de Contá, na divisa de Roraima com a Guiana. O projeto da área é de 2002 com a sobreposição do território indígena Malacacheta, onde vivem mil integrantes da etnia Wapichana. Ao todo, o general autorizou a exploração em 9.999,63 hectares. 

O empresário já recebeu assentimento prévio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Agencia Nacional de Mineração (ANM). Em nota enviada à Folha de S. Paulo, os órgãos informação que não há impedimento legal para pesquisas de exploração no assentamento de reforma agrária. Nenhuma das entidades respondeu se as famílias chegaram a ser consultadas ou se terão participação no projeto. 

"Apenas na etapa do processo de licenciamento ambiental caberá ao instituto manifestar-se sobre eventuais medidas de compensação relacionadas à atividade minerária", acrescentou o Incra. 

Desde que assumiu o cargo no Governo Bolsonaro, Augusto Heleno já deu 81 autorizações para exploração de minério na Amazônia. O maior registro nos últimos nove anos ocorreu em 2021, com 45 autorizações.

Com a notícia de que a expansão do garimpo em áreas preservadas da Amazônia foi autorizada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, nesta segunda-feira (6), o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) classificou o braço direito de Jair Bolsonaro (PL) de “Napoleão do Hospício" e "alcoviteiro de golpes".

Heleno é recordista em permitir que empresas de minério mantenham as atividades próximas a reservas indígenas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina, e às margens do Rio Negro. Pelo menos sete liberações foram para a pesquisa e extração na região conhecida como a cidade mais indígena do Brasil.

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Ciro criticou o GSI e reiterou que ele desonra os militares. O pedetista lembrou das declarações da ex-militante bolsonarista Sara Winter sobre Heleno ter orientado redirecionar os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele ainda avaliou o gerenciamento do Comando Militar da Amazônia na época do general como pífio e cobrou investigações ao Ministério Público e Polícia Federal para apurar o interesse do ministro em continuar com a "devastação dos últimos santuários da Amazônia brasileira" . 

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Após a ex-militante bolsonarista Sara Winter relatar que foi orientada pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a concentrar os ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o general se defendeu nas redes sociais. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) também repercutiu as declarações feitas pela ex-aliada à IstoÉ.

Líder do 'acampamento dos 300', movimento antidemocrático que se instalou na Praça dos Três Poderes com arquétipos militares para pressionar as decisões do STF e motivar um levante contra a Corte, Sara Giromini foi presa e se mostra arrependida por ser usada na linha de frente para os interesses do Governo.

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“Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, alegou a ativista, que comentou sobre uma lista entregue pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao blogueiro Oswaldo Eutáquio com desafetos que ele deveria "investigar e subir o tom".

Um dos pilares da gestão Bolsonaro, general Heleno reduziu as denúncias de Sara à "calúnias e acusações falsas" e voltou a criticar à Imprensa.

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Representante da bancada bolsonarista na Câmara, a deputada Bia Kicis classificou as revelações como "mentira" e reforçou que nunca deu apoio às ações pró-governistas comandadas pela militante, mas lembra que visitou o acampamento para fazer uma oração.

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Ainda na entrevista, a militante disse que Carlos e Eduardo Bolsonaro são como "cães de guarda" do pai e confirmou que a família é apoiada pelas milícias do Rio de Janeiro a partir da relação dentro da Assembleia Legislativa Fluminense, e que os assuntos "rachadinhas e milícias são proibidos".

“Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”, disparou.

Com planos de sair do Brasil para morar no México, Sara Winter diz que a ameaça de divulgar os bastidores do bolsonarismo fez com que o Governo Federal convocasse uma reunião ministerial às pressas.

“Tenho medo da esquerda, medo de um fanático e medo do governo. Em janeiro eu anunciei que eu ia contar tudo que eu sabia sobre o bolsonarismo. O Planalto surtou e fez uma reunião ministerial. A Damares foi chamada. Eu não sabia o que eles tinham tanto medo do que eu possa tornar público”, destacou.

A ativista Sara Winter, conhecida por liderar o movimento '300 do Brasil', fez declarações reveladoras sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Demonstrando insatisfação com o chefe do Executivo, Winter rasgou o verbo ao contar detalhes polêmicos envolvendo diversos aliados de Bolsonaro. Um deles é sobre o general Augusto Heleno.

Em entrevista à IstoÉ, ela garantiu que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança orientava os radicais da extrema-direita a atacarem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a revista, a ex-apoiadora de Bolsonaro, disse que Heleno pediu para que todos os esforços fossem focados no Su. "Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF", explicou.

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'300 do Brasil'

Quando o 'Acampamento dos 300' ganhou forma, em 2020, Sara Winter ganhou notoriedade por sua participação enérgica na manifestação. Ela afirmou que, além de Augusto Heleno, deputados como Daniel Silveira (PTB-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Sargento Fahur (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) tiveram uma grande influência na organização. Sem citar o verdadeiro idealizador do movimento, Sara assegurou que tudo não passou de uma 'histeria coletiva'.

Revoltada com o rumo que tomou a ação, Sara destacou seu arrependimento de ter apoiado Jair Bolsonaro: "Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merd*, as pessoas vão comer". Ela disse também que alguns temas são podem ser tocados entre as pessoas ligadas ao presidente da República. "Rachadinhas e milícias são tipos de assuntos proibidos", revelou, alegando que tudo não passa de censura instalada pelo próprio grupo.

Por ter sido um nome forte à frente de todo o movimento, Sara Winter teme por sua segurança. A militante deixou clarou que não se sente protegida morando no Brasil: "Tenho medo da esquerda, medo de um fanático e medo do governo. Em janeiro eu anunciei que eu ia contar tudo que eu sabia sobre o bolsonarismo. O Planalto surtou e fez uma reunião ministerial. A Damares foi chamada. Eu não sabia que eles tinham tanto medo do que eu possa tornar público". De acordo com Sara, sua ideia é de um dia morar com o filho no México.

Militantes ligados ao cantor Sérgio Reis se encontraram com ministros e deputados em Brasília nas últimas semanas. Após convocar um grande ato político de apoio popular ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de Setembro, o cantor disse que "era tudo brincadeira".

A manifestação repetiria os moldes antidemocráticos das anteriores, com pressão por uma alçada das Forças Armadas e pelo fim do Supremo Tribunal Federal (STF). Os encontros entre o grupo e representantes políticos ligados a Bolsonaro estão sob suspeita na Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou mandados de buscas e apreensões ao próprio STF.

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No domingo (15), dois dos três investigados pela Polícia Federal (PF) publicaram fotos nas redes socias com o general Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em corredores do Planalto, segundo o Uol.

Até o irmão de Bolsonaro

Os membros da organização bolsonarista também estiveram com a secretária especial de articulação social, Gabriele Araújo, ligada à Secretaria de Governo (Segov). Na ocasião, um deles publicou no Instagram que o grupo cumpriu "agenda" com a secretária.

Além do ministro do Turismo, Gilson Machado, nomes como os deputados Carla Zambelli (PSL-SP), Nelson Barbudo (PSL-MT) e Hélio Lopes (PSL-RJ) atenderam os ativitas Juliano Martins, Turíbio Torres e Zé Trovão. Até Renato Bolsonaro, irmão do presidente aparecem em registros com o grupo.

Encontros fora da agenda oficial

Nenhum dos encontros estão registrados nas agendas oficiais de Heleno e Gabriele.

A Comissão Mista de Controle de Atividade de Inteligência (CCAI) vai ouvir, de forma secreta, nesta terça-feira (10), o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno. A reunião está prevista para 15 horas. 

Formada por senadores e deputados, a CCAI está prevista na Resolução 2/2013 do Congresso Nacional e tem como missão fiscalizar e exercer o controle externo das atividades de inteligência e contrainteligência desenvolvidas no Brasil e no exterior por órgãos e entidades da administração pública federal, a fim de assegurar a conformidade com a Constituição e com as leis. 

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Segundo o artigo 22 da Resolução, o colegiado tem a faculdade de realizar sessões secretas e só podem participar seus integrantes e os servidores credenciados.

O presidente da CCAI é do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e a vice-presidente é a senadora Kátia Abreu (PP-TO). 

*Da Agência Senado

 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, disse nesta quarta-feira (19) aos deputados da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados que está dentro das atribuições da pasta acompanhar eventuais desvios de recursos e “mal feitos” com as verbas que foram destinadas a estados e municípios durante a pandemia.

O ministro respondeu o deputado Leo de Brito (PT-AC), que questionou o general sobre reportagem da revista Crusoé que diz que o presidente Jair Bolsonaro pediu à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que coletasse dados sobre irregularidades relacionadas à pandemia em âmbito estadual e municipal. Essa também é uma pauta da CPI da Pandemia, no Senado.

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Heleno disse que o presidente pode solicitar essas informações. “Uma atribuição legal da Abin é fazer esse tipo de investigação. É um órgão de inteligência e que pode ser solicitado pelo presidente da República que verifique o que aconteceu com as verbas que foram destinadas a estados e municípios. Isso aí não tem nada de ilegal e nem de irregular”, disse.

Espionagem

O ministro também respondeu ao deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) que desconhece licitação do governo para a compra de equipamentos de espionagem de celulares, motivo de reportagem desta quarta-feira do portal UOL.

O diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, disse, porém, que há uma preocupação da pasta em cadastrar a aquisição deste tipo de tecnologia por diversos órgãos. “A inteligência de Estado não tem essa prerrogativa, essa atribuição; mas a persecução penal, a investigação criminal a possui. Que faz parte o Executivo, o Ministério Público e o Judiciário. Então, portanto, o Executivo e o Judiciário, pela persecução penal, compõem essa parte de controle”, afirmou.

Kataguiri ainda pediu explicações sobre o que ele chamou de “fake news” do presidente postada no Twitter em abril deste ano, no qual Bolsonaro sugere que governadores e prefeitos estariam decretando expropriação de imóveis. Segundo o deputado, a legislação permite a requisição temporária de bens para o combate à pandemia.

Para Kataguiri, o GSI deveria coibir esse tipo de informação, bem como as relacionadas a tratamento precoce contra a Covid. “Não é papel do GSI e da Abin garantir que o presidente da República tenha informações precisas sobre legislação que ele mesmo sancionou? Para não difundir por canais oficiais notícias falsas em relação à condução da pandemia ou uso de medicamentos como a cloroquina?”, perguntou Kataguiri.

O general Heleno disse que não pode censurar o presidente e que o GSI não tem papel no aconselhamento técnico sobre a pandemia. “Uma das coisas que é primordial, num regime democrático, é que ele tenha a liberdade de se expressar. E pode algumas vezes não se expressar exatamente no texto da lei. Mas ele tem essa prerrogativa de colocar alguns assuntos da maneira como ele acha que tem que colocar. E não pergunta nada. Ele fala, coloca, e não é sempre que os assessores têm a oportunidade de chegar a quem é assessorado”, afirmou.

Vacinação na Abin

Outra questão apresentada ao ministro foi a notícia, também desta quarta-feira do jornal O Globo, de que 130 funcionários da Abin teriam se vacinado contra a Covid no Distrito Federal fora da lista de prioridades. O diretor Alexandre Ramagem disse que a indicação de quem deveria ser vacinado foi feita pela associação de servidores e que ele só teria pedido para que fosse restrito a quem estava em trabalho de campo.

O deputado Vitor Hugo (PSL-GO) criticou o requerimento para a audiência pública com o ministro, afirmando também que ele estaria fora do foco das atividades da comissão.

“A finalidade do requerimento é prestar esclarecimentos quanto à disseminação de desinformação pelo presidente da República e seus aliados pelos meios institucionais e também nas redes sociais; principalmente com relação à pandemia e ao chamado tratamento precoce baseado em medicações comprovadamente ineficazes. E fica muito claro, até pelos assuntos que foram tratados nas perguntas dos autores, que esse requerimento é uma fake news”, disse o deputado.

Próximos ministros

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que é função da comissão fiscalizar as atividades do governo.

Ribeiro anunciou ainda as próximas audiências na comissão: ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no dia 26 de maio; e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no dia 16 de junho.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Uma reportagem da Agência Sportlight resgatou a ‘dolce vita’ do general Augusto Heleno durante o seu período na direção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), entre os anos de 2011 e 2017. Sem as correções, o salário do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional chegou aos R$ 58.581,00 no contracheque e corrigidos, os valores se aproximaram dos atuais R$ 87 mil (IGP-M), segundo os documentos revelados no texto. A maior parte do dinheiro seria oriunda do dinheiro público.

Parte da informação já havia sido publicada em 2017, pela Folha de São Paulo, mas o relato atual mostra detalhes da rotina de trabalho do chefe, que no cargo de “diretor de comunicação e educação corporativa do COB”, frequentava reuniões quinzenais e, segundo funcionários do COB, não possuía atuação presente nas atividades do comitê. Em 2019, o ministro já havia rebatido críticas sobre o assunto, alegando que o salário líquido atual de R$ 19 mil é uma “vergonha” para um militar da sua patente.

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A reportagem também revela que da remuneração de R$ 58.581,00, R$ 47.024,00 vinham de fonte pública, como mostram os registros públicos contendo os salários dos funcionários do COB. A sigla “LAP” que acompanha a descrição dos vencimentos ao lado dessa quantia quer dizer que ela era vinda dos recursos oriundos da Lei Agnelo Piva, fruto de arrecadação pública.

Heleno atuou no COB por seis anos e deixou o cargo em meio à crise oriunda da prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente antecessor do comitê e também responsável pelo convite do general ao cargo. Nuzman esteve envolvido em esquemas para o desvio de recursos do órgão.

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira (24), que determinou a abertura de uma apuração preliminar para a verificação da conduta do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, na publicação da “nota à nação brasileira”.

A nota foi divulgada por Heleno em 22 de maio, onde ele diz que a eventual apreensão de celular de Bolsonaro seria “inconcebível” e que poderia ter “consequências imprevisíveis” para estabilidade do país.

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O texto assinado pelo ministro foi uma reação a decisão do ministro Celso de Mello, do STF, no inquérito que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Augusto Aras informou que irá analisar a carta do general Heleno e, caso sejam identificados “indícios mais robustos de possível prática de ilícitos”, será solicitada a abertura de um inquérito criminal no STF.

A “nota à nação brasileira” foi compartilhada através das redes sociais de Heleno, que teve a publicação retuitada por Jair Bolsonaro. Após as reações e críticas argumentando que houve ameaça a membros do judiciário, Heleno afirmou que o texto foi distorcido e que se tratava apenas de uma nota genérica e neutra.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, negou que tenha participado, neste domingo (7), de um ato pró-Bolsonaro, em Brasília. Heleno estava presente entre os poucos manifestantes que estiveram na Esplanada do Ministério na manhã de hoje, em apoio ao presidente da República.

No Twitter, o general disse que foi até a via central de Brasília para agradecer pelo trabalho das Forças Armadas. O ministro fez referência ao canal de TV CNN, dizendo que não teria ido ao local para se manifestar. "POR FAVOR,CNN. NÃO FUI PARTICIPAR DE MANIFESTAÇÃO. As imagens mostram. Fui à Esplanada dos Ministérios agradecer aos integrantes das F Seg, pelo trabalho abnegado e competente que realizam, em prol de manifestações pacificas. É atitude de camaradagem, comum entre nós, militares".

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Durante a semana, o presidente Jair Bolsonaro chegou a pedir a manifestantes pró-governo que não fossem à Esplanada neste domingo, como forma de evitar atritos com os manifestantes contra o governo, que estiveram presentes em maior volume na Esplanada. Os atos em Brasília se encerraram por volta do meio-dia e ocorreram de forma pacífica.

Neste sábado (23) o deputado federal Kim Kataguiri afirmou que vai processar o ministro Augusto Heleno. O general reformado disse que o pedido feito pelo STF para apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é "inacreditável" e ainda acrescentou que "tal atitude poderia ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".

Em um vídeo publicado pelo deputado, ele relatou a apresentação uma denúncia de crime de responsabilidade na Câmara dos Deputados, e um pedido de convocação para que o general se apresente a casa, para prestar esclarecimentos.

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O deputado chamou de “manifestação golpista” a atitude do general Heleno e ainda afirmou que irá adiantar o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, de 72 anos, disse nesta quarta-feira (18) que seu exame deu positivo para coronavírus. Embora o primeiro exame realizado por ele tenha dado negativo para o vírus, um novo teste, colhido na terça-feira (17), diagnosticou o contágio pelo vírus. Com isso, sobe para 16 o número de pessoas do grupo que viajou com o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, na semana passada, e pegaram a doença.

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Na quarta, o presidente divulgou em suas redes sociais que o segundo teste, a exemplo do primeiro, não diagnosticou coronavírus.

O primeiro caso envolvendo a comitiva presidencial que foi aos Estados Unidos foi o do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. Ele voltou ao Brasil na madrugada da quarta-feira passada, no mesmo avião do presidente e de Heleno.

Além do ministro, outros quatro funcionários do GSI que integraram a equipe que acompanhou Bolsonaro na viagem também tiveram diagnóstico positivo para a doença.

Mesmo com o resultado negativo do primeiro exame, a recomendação médica era para que os integrantes da comitiva ficassem em quarentena por mais sete dias até a realização do novo exame.

O próprio Bolsonaro, no entanto, ignorou a orientação e cumpriu agendas diárias desde sexta-feira. No domingo, chegou a participar de manifestações de rua a favor do governo e contra o Congresso. Na ocasião, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, teve algum tipo de contato com 272 pessoas.

O contato com uma pessoa infectada é uma das formas de transmissão do coronavírus. O presidente foi criticado por infectologistas e até por aliados por expor os manifestantes ao risco de contaminação pela covid-19 (caso esteja com o vírus incubado).

Heleno também não ficou em isolamento total e despachou em seu gabinete no Palácio do Planalto mesmo após a confirmação de que teve contato com alguém infectado.

O ministro faz parte do grupo de risco da doença por causa da idade. A taxa de letalidade do vírus é considerada baixa (entre 2% e 3%, segundo a OMS), mas o número sobe para 8% em pacientes de 70 a 79 anos e chega a 15% em maiores de 80 anos, conforme estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China.

Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) com base em dados de pacientes chineses apontou mortalidade de quase 22%.

Os exames feitos pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, deram negativo para coronavírus. O ministro fazia parte da comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos.

Após a viagem, o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi diagnosticado com a doença. Heleno não participou, na manhã desta sexta-feira (13), da reunião no Palácio do Planalto que discute ações diante do avanço do coronavírus no País.

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Além dele, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também teve diagnóstico negativo para o vírus.

A repercussão do encontro do Papa Francisco com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (13), em audiência no Vaticano, que mais uma vez dividiu as redes sociais entre apoiadores e críticos, também reverberou no Palácio do Planalto, na ala militar do governo.

Em post publicado na manhã desta sexta-feira (14), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, ironizou o encontro dos dois, dizendo que foi um ato de solidariedade a malfeitores, "tão a gosto dos esquerdistas".

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"Parabéns ao Papa Francisco pelo gesto de compaixão. Ele recebeu Lula, no Vaticano. Confraternizar com um criminoso, condenado, em 2ª instância, a mais de 29 anos de prisão, não chega a ser comovente, mas é um exemplo de solidariedade a malfeitores, tão a gosto dos esquerdistas", escreveu o ministro no post.

Em menos de uma hora, a postagem já tinha mais de mil retuítes e 6 mil curtidas, a maioria, de simpatizantes do governo Bolsonaro, parabenizando o general Heleno pela mensagem recheada de sutil ironia, e criticando também a postura do sumo pontífice. Alguns seguidores classificaram Francisco de "comunista e militante político de esquerda".

Em contrapartida, os correligionários de Lula postaram mensagens de apoio, dizendo que "depois da bênção" que o petista recebeu do Papa Francisco, ele voltará mais revigorado para continuar sua luta no Brasil.

O encontro

O papa Francisco recebeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira no Vaticano, em um encontro privado que durou cerca de uma hora. Lula se encontrou com o papa na Casa Santa Marta, local onde o líder religioso costuma ter reuniões mais informais, longe dos protocolos do palácio.

Em sua conta pessoal no Twitter, o ex-presidente publicou duas fotos do encontro informando que havia conversado com o papa sobre um "mundo mais justo e mais fraterno".

Em comunicado, o PT afirmou que entre os assuntos tratados estariam a luta contra a fome e as desigualdades. A reunião foi organizada por intermédio do presidente argentino, Alberto Fernández, que visitou o papa em 31 de janeiro, segundo o partido. 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, disse em seu Twitter, nesta terça-feira (7), que o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) "merece um exame de sanidade mental, seguido de bafômetro", ao compartilhar um vídeo no qual o parlamentar divulga uma petição sobre a descriminalização de pequeno uso de porte de drogas. 

A princípio, o general compartilhou apenas o vídeo em questão, deixando a entender que ele estava apoiando a votação online. Só depois, em outro tuíte, foi que o ministro criticou o pedido de Marcelo Freixo, chamando de "pregação inacreditável".

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A petição está disponível no site drogaSTF.com.br. De acordo com Freixo, o objetivo é combater à guerra contra as drogas. No vídeo, o deputado diz que a política antidrogas significa "a guerra aos lugares mais pobres, superlotação da população carcerária, aumento de homicídios e aumento de agentes públicos mortos". 

Ele tem 45 anos dedicados à vida militar e à defesa dos interesses brasileiros, já atuou como comandante militar da Amazônia e hoje está ao lado da maior autoridade do país, aconselhando sobre os próximos movimentos de um Brasil que se redesenha. O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo de Jair Bolsonaro, foi o entrevistado do programa Impressões, da TV Brasil, que vai ao ar nesta segunda-feira (23).

O ministro, que comanda a segurança do presidente da República, fez um balanço do primeiro ano do governo Bolsonaro. “O primeiro ano do presidente, a gente comparando com o esporte, é um ano de aquecimento, onde vai conhecer as coisas. Ele imagina fazer muita coisa que a estrutura não vai permitir que faça. A burocracia vai impedir que faça. Ele tem que se adaptar a todas as conjunturas que o obrigam a se limitar àquelas regras do jogo. Este primeiro ano é de adaptação.”

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O general também tratou de questões consideradas prioritárias para o próximo ano, como educação, saúde, meio ambiente e investimentos em infraestrutura, principalmente no que se refere à Região Nordeste. “Ele [o presidente], desde o início, tem na cabeça que se quiser modificar o Brasil, tem que modificar o Nordeste. Não podemos mais ter aquela imagem do Nordeste com aquela seca na época da estiagem, não podemos admitir que o semiárido seja um foco de pobreza extrema, que as pessoas tenham que sair do Nordeste para sobreviver em outras regiões do país”. E revela que as conversas do presidente com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vão gerar melhorias. “Fica muito evidente que ali [no Nordeste] será investida não só uma quantidade razoável de dinheiro, mas também a esperança de modificação daquele estado de coisas. Investimento para colocar água no Nordeste, colocar energia, melhorar o sistema de comunicação viária, não só com estradas, mas com ferrovias e turismo.”

Apesar disso, Augusto Heleno reconheceu que ainda há muito por fazer em algumas áreas prioritárias. “Desde o primeiro momento, ele [o presidente], colocou como prioridades absolutas a educação e a saúde. Só que elas foram tão comprometidas ao longo desses 16 anos e até mais, que é muito difícil você recuperar”. Para o ministro, o país precisa apostar na educação profissional. “O nosso ensino profissionalizante foi muito descuidado, nós precisamos de mão de obra técnica. Não adianta só doutores, você precisa ter mão de obra técnica para ocupar esse espaço que fica entre o ensino médio e a universidade, que é gente que precisa botar a mão na massa”.

Ao comentar sobre a economia, o general Heleno demonstrou otimismo. “Para a infelicidade de alguns idiotas de plantão, como dizia Nelson Rodrigues, é muito triste o Brasil estar dando certo, né? Mas é obvio que o Brasil está dando certo”. Ele disse que após passar por uma gestão desastrosa, o país agora está se recuperando. “Nós recebemos um país que foi empobrecido pela corrupção, pela falta de gestão, pela falta de honestidade pela coisa pública. E no momento em que ele empobreceu, nós estamos tendo que puxar ele lá da UTI. O Brasil foi para a UTI e está sendo tirado da UTI. E rapidamente os índices estão aparecendo. E essa recuperação está aparecendo para o mundo. E temos certeza de que o mundo quer investir no Brasil”.

Em resposta às críticas recebidas pelo governo às questões que envolvem a Amazônia e o meio ambiente, o general ponderou: “O próprio governo reconhece que poderia ter sido mais eficiente na preservação do meio ambiente. Só que o governo foi acusado de um descuido que não é verdadeiro. Nós temos uma região que chama a atenção, que é a Amazônia oriental, onde realmente houve um desmatamento exagerado". O ministro cita a Amazônia Legal, que tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados e que, segundo ele, é uma região muito preservada. “Não há nenhum outro país do mundo com esse tamanho de área preservada. E aí sofremos críticas severas, raivosas, de países que pelaram suas reservas e hoje cantam “marra”, que são os grandes preservadores da humanidade. Mentira! Interessa a eles criar essa campanha contra o Brasil para que se aproveitem da Amazônia mais tarde”, concluiu Augusto Heleno.

 

 

 

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