A Câmara dos Deputados deve concluir, nesta terça-feira (3), a votação do Plano Nacional da Educação (PNE). A definição foi fruto da reunião de líderes da Minoria, Domingos Sávio (MG), do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e do DEM, Mendonça Filho (PE). O plenário também deverá apreciar a PEC dos Cartórios, que efetiva os titulares de cartórios que estavam à frente do negócio antes da Constituição de 1988.
O texto-base do PNE foi aprovado na semana passada, mas os deputados precisam votar os destaques à matéria, inclusive o que propõe retirar a possibilidade de se contar os recursos investidos em várias áreas na conta dos 10% do PIB, como incentivos fiscais por meio de bolsas em faculdades privadas (ProUni).
##RECOMENDA##O projeto foi aprovado pelos deputados em 2012, mas, como foi alterado pelos senadores no ano passado, precisou retornar para a análise da Câmara. A comissão especial que analisou a proposta manteve a maior parte texto aprovado anteriormente pelos deputados, desprezando a maioria das alterações feitas pelo Senado. A expectativa dos parlamentares é de concluir a votação ainda neste semestre.
Orçamento impositivo
Também há um acordo para votar a PEC do orçamento impositivo nesta semana. Os senadores incluíram regras que criam um piso de recursos da União que devem ser aplicados anualmente em saúde pública. Na Câmara, há deputados contrários que destacaram o trecho para votar em separado. São necessários 308 votos para aprovar alterações, por isso o governo teme não conseguir o número necessário.
Pela matéria, o governo federal fica obrigado a liberar os recursos das emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) da União, desde que metade delas seja vinculada a ações e serviços públicos de saúde.