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A Coreia do Norte foi acusada, nesta quinta-feira (17), no Conselho de Segurança da ONU, de cometer violações "hediondas" e "inimagináveis" aos direitos humanos de sua população para prosseguir com seu programa de armamento nuclear e balístico, o que lhe rendeu sanções internacionais.

A pedido dos Estados Unidos, que preside este mês o órgão, o Conselho de Segurança realizou nesta quinta a primeira reunião pública desde 2017 dedicada exclusivamente à situação dos direitos humanos na Coreia do Norte.

Rodeada de diplomatas de cerca de 50 países, a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, denunciou em um comunicado as "violações e abusos dos direitos humanos ligados ao desenvolvimento de armas de destruição em massa e mísseis balísticos pela RPDC", a República Popular Democrática da Coreia.

Mais cedo, diante do Conselho, o alto comissário para os direitos humanos da ONU, Volker Türk, denunciou que as "violações" dos direitos humanos "sustentam o crescimento da militarização" do país.

Türk explicou que "o recurso em larga escala ao trabalho forçado, inclusive de prisioneiros políticos e escolares nas colheitas, o confisco de salários de trabalhadores no exterior, sustentam o aparato militar do Estado e sua capacidade de fabricar armas".

O Conselho também convidou para dar detalhes um jovem "representante da sociedade civil" que fugiu da Coreia do Norte e cuja família se refugiou na Coreia do Sul.

Ilhyeok Kim, que leu um texto em inglês, denunciou o "isolamento e os castigos" sofridos pela população norte-coreana, "o sangue e o suor" do povo para amparar "a vida luxuosa dos dirigentes".

"Para o governo, isso não importa, só importa preservar seu poder desenvolvendo armas nucleares", acrescentou o jovem.

"As violações que [Ilhyeok Kim] acaba de relatar são tão atrozes quanto inimagináveis", afirmou Thomas-Greenfield, que criticou "o controle totalitário e repressivo da sociedade por parte de Kim Jong Un", o líder norte-coreano.

A Rússia, que assim como a China se opôs à reunião, denunciou, por meio de seu representante, Dmitry Polyansky, "o cinismo e a hipocrisia dos Estados Unidos e seus aliados".

A comunidade internacional impôs em 2006 sanções à Coreia do Norte, que em 2017 foram reforçadas três vezes.

As medidas adotadas pelo Conselho por unanimidade este ano para obrigar Pyongyang a suspender seus programas armamentistas limitam em particular suas importações de petróleo. Mas desde então, o órgão está dividido sobre o assunto.

Em maio de 2022, China e Rússia vetaram uma resolução com novas sanções e desde então nenhuma decisão ou declaração voltou a ser adotada, embora as autoridades norte-coreanas tenham seguido ordenando testes de lançamento de mísseis.

A Coreia do Norte ordenou um confinamento de cinco dias em Pyongyang, a capital do país, por "males respiratórios", informou a imprensa nesta quarta-feira (25), o primeiro confinamento na cidade desde que o governo declarou vitória sobre a Covid-19 em agosto do ano passado.

Os moradores de Pyongyang receberam ordens para ficar em casa de quarta a domingo e devem passar por várias verificações diárias de temperatura, informou o site de notícias NK News, com sede em Seul, citando um aviso do governo do Norte.

O aviso não menciona a Covid-19, mas indica que entre os males que se espalham pela capital está a gripe comum.

A ordem do governo foi emitida um dia depois que o NK News informou que os moradores da maior cidade norte-coreana pareciam estar estocando alimentos em antecipação ao confinamento.

Não ficou claro se outras partes do país enfrentaram medidas semelhantes e a imprensa estatal não anunciou tais ações.

A península coreana enfrenta atualmente uma onda de frio, com temperaturas de -22 ºC em Pyongyang.

A Coreia do Norte manteve um bloqueio rígido desde o início da pandemia, embora permita algum comércio com a China. Reconheceu seu primeiro surto de covid-19 em abril do ano passado, mas proclamou vitória sobre o coronavírus logo depois, o que chamou de "milagre".

No entanto, especialistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) questionam as estatísticas da Coreia do Norte sobre a Covid-19. O país tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva e falta de medicamentos para o coronavírus.

A Coreia do Norte não poupou críticas aos Estados Unidos nesta sexta-feira (12) e acusou o país de hipocrisia, no segundo aniversário da histórica reunião de cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder de Pyongyang, Kim Jong Un.

Há várias semanas o regime norte-coreano intensifica os ataques verbais contra Washington e Seul, chegando inclusive a ameaçar a celebração da eleição presidencial nos Estados Unidos em novembro, caso o país continue interferindo nas questões coreanas.

Nos últimos dias, Pyongyang também criticou os desertores norte-coreanos, que enviam a partir do território sul-coreano, por cima da zona desmilitarizada, panfletos que denunciam as autoridades de seu país de origem. A Coreia do Norte chegou a cortar os canais de comunicação oficiais com o Sul.

Nesta sexta-feira, a Coreia do Norte fez as críticas mais duras aos Estados Unidos em meses. O ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Son Gwon, acusou Washington de hipocrisia e de pretender derrubar o regime, antes de afirmar que as esperanças de 2018 se "transformaram em um pesadelo".

- "Promessas vazias"" -

Em 12 de junho de 2018, Trump e Kim protagonizaram um aperto de mãos histórico diante das câmeras do mundo inteiro, na primeira reunião de cúpula entre um presidente americano e um líder norte-coreano.

Pouco depois, Trump escreveu no Twitter que Pyongyang "não era mais uma ameaça nuclear".

Além do aspecto simbólico, o encontro produziu uma declaração a favor da desnuclearização da península. A segunda reunião entre Kim e Trump, em fevereiro de 2019 em Hanói, terminou em fracasso, depois que os representantes dos dois países não conseguiram chegar a um acordo sobre as concessões de Pyongyang em troca de uma possível flexibilização das sanções internacionais.

Os diplomatas americanos continuam afirmando que Kim se comprometeu a renunciar ao arsenal nuclear, mas Pyongyang não tomou nenhuma medida a respeito.

Afetada pelo peso das severas sanções, a Coreia do Norte diz que merece uma compensação por sua moratória sobre os testes nucleares e os testes com mísseis balísticos intercontinentais, assim como pelo desmantelamento da central para testes nucleares de Punggye-ri ou a repatriação dos restos mortais de militares americanos mortos durante a Guerra da Coreia (1950-1953).

"Não há nada mais hipócrita que uma promessa vazia", afirmou Ri, de acordo com a agência estatal KCNA.

- "Desesperança" -

Trump sempre menciona a relação que conseguiu estabelecer com Kim, que ele encontrou uma terceira vez em junho de 2019 na zona desmilitarizada entre as duas Coreias. O presidente americano deu alguns passos em território norte-coreano, algo histórico.

Mas o chanceler norte-coreano afirmou que os avanços diplomáticos não podem ser baseados apenas nas "relações pessoais entre nosso líder supremo e o presidente americano".

"A esperança de melhorar as relações, que era grande alta e foi observada pelo mundo inteiro há dois anos, converte-se, agora, em desesperança, caracterizada por uma deterioração rápida", disse o ministro.

Para o chanceler, embora as populações dos dois países desejem a paz, Washington "quer claramente agravar a situação".

"Como consequência, a península coreana se transformou agora no ponto mais perigoso do mundo e se vê ameaçada de maneira permanente pelo fantasma da guerra nuclear", declarou Ri.

Em 1º de janeiro, Kim Jong Un declarou o fim da moratória sobre os testes nucleares.

Ri Son Gwon acusou o governo dos Estados Unidos de querer, com a desculpa de melhorar as relações, provocar uma "mudança de regime" em Pyongyang e explicou que a Coreia do Norte decidiu fortalecer a sua dissuasão nuclear para "lidar com as constantes ameaças de guerra nuclear dos Estados Unidos".

A Coreia do Norte executou vários testes nucleares com projéteis de curto alcance nos últimos meses. Japão e Estados Unidos consideraram que o país organizou testes de mísseis balísticos.

O Reino Unido fechou temporariamente sua embaixada na Coreia do Norte e retirou todos os seus diplomatas, anunciou o embaixador nesta quinta-feira (28), devido aos drásticos controles impostos por Pyongyang nas fronteiras para impedir a propagação do coronavírus.

A Coreia do Norte, que decidiu muito cedo fechar as fronteiras, alega que não registrou nenhum caso da Covid-19, apesar do fato de a epidemia ter surgido no final de 2019 na China, sua vizinha, e se espalhado por quase todos os países do mundo.

O fechamento da embaixada é uma medida temporária, segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Foi tomada porque Pyongyang decidiu impor "restrições à entrada em seu país que tornavam impossível movimentar nossas equipes e manter operações nas embaixadas", acrescentou.

O site NK News, especializado na Coreia do Norte, afirma que diplomatas britânicos cruzaram a fronteira para a China na quarta-feira (27).

O Reino Unido planeja manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e "tentará restabelecer sua presença em Pyongyang o mais rápido possível", informou o Ministério das Relações Exteriores.

Desde o início da epidemia, Pyongyang impôs quarentenas drásticas a todos os estrangeiros, com confinamento quase completo em seu local de residência, medidas que o embaixador russo, Alexander Matsegora, chamou de "terríveis para a moral".

As medidas foram mais tarde flexibilizadas e dezenas de diplomatas e outros estrangeiros puderam deixar o país em março.

Várias legações diplomáticas em Pyongyang foram fechadas, como a embaixada alemã ou o escritório de cooperação francês. A França não tem relações diplomáticas com a Coreia do Norte.

Segundo especialistas, é altamente improvável que a Coreia do Norte passado ilesa pela pandemia Uma epidemia em larga escala pode ser catastrófica neste país, com infraestrutura de saúde muito pobre.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que acredita que o líder norte-coreano Kim Jong Un honrará seus compromissos de desnuclearização ameaçados por uma "nova arma estratégica".

"Assinamos um contrato falando sobre desnuclearização. Essa foi a principal palavra, 'desnuclearização', redigida em Singapura. Acho que ele é um homem de palavra", declarou Trump à imprensa.

Kim Jong Un declarou que Pyongyang está abandonando suas moratórias sobre testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, informou nesta quarta-feira (1°) a agência estatal KCNA.

"Não há mais base para mantermos unilateralmente o vínculo com o compromisso", disse Kim a líderes do partido governista.

"O mundo vai testemunhar uma nova arma estratégica que a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] deterá no futuro próximo", acrescentou o líder norte-coreano, anunciando uma "ação impactante" da Coreia do Norte.

O presidente da China, Xi Jinping, chegou nesta quinta-feira (20) a Pyongyang para uma visita oficial de dois dias à Coreia do Norte, a primeira de um líder chinês em 14 anos, anunciou o canal estatal de televisão CCTV.

Xi Jinping, que viaja com sua mulher, Peng Liyuan, e com o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, chegou à capital norte-coreana às 11h40 local (23h40 Brasília), de acordo com imagens da TV estatal.

A visita, que terminará na sexta-feira (21), é a primeira de um presidente chinês desde 2005, e nos anos recentes as relações bilaterais foram afetadas, a ponto de a China se somar às sanções internacionais contra Pyongyang por seu programa nuclear.

Xi e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, se esforçaram pessoalmente para recompor a relação entre os dois países, mas o segundo esperou até 2018 para sua primeira viagem à China.

No ano passado, os dois líderes se encontraram em quatro oportunidades.

Xi escreveu um incomum artigo, publicado na primeira página do jornal oficial da Coreia do Norte, no qual destaca o vínculo "insubstituível" entre os dois países, na véspera da viagem a Pyongyang.

Com sua visita, Xi pode demonstrar que a China ainda tem influência sobre seu aliado da Guerra Fria e desempenhar um papel nos esforços para convencer Pyongyang a abandonar seu programa nuclear.

Xi também pode usar sua posição como uma "moeda de troca" na guerra comercial com os Estados Unidos, de acordo com o especialista.

Apesar de Trump ter prometido a Kim um fabuloso desenvolvimento econômico caso Pyongyang renuncie a seu programa nuclear, Xi espera recordá-lo do papel central de Pequim, que responde por nada menos que 90% do comércio exterior norte-coreano.

As principais avenidas e praças da capital norte-coreana estão decoradas com emblemas e bandeiras dos dois países.

A viagem ocorre uma semana antes da Cúpula do G20 no Japão, da qual participarão o presidente chinês e o líder americano, Donald Trump.

O líder norte-coreano Kim Jong Un deixou nesta sexta-feira (26) a cidade de Vladivostok após a reunião de cúpula "amistosa" com o presidente russo Vladimir Putin, do qual buscava apoio na questão nuclear ante o que chamou de má fé" dos Estados Unidos.

Após uma visita sem avanços concretos, mas que permite a Pyongyang renovar os laços com seu aliado durante a Guerra Fria, e que devolveu Moscou à primeira página na crise coreana, o trem blindado verde oliva da delegação norte-coreana partiu às 5H30 GMT (2H30 de Brasília) da estação de Vladivostok, para uma viagem de quase 10 horas até Pyongyang.

"Prometeu voltar, gostou da cidade", afirmou o governador Oleg Kojemiako.

Kim passou cinco horas na quinta-feira (25) com o presidente russo, duas delas sozinhos e as demais em uma reunião com as delegações e durante um jantar de gala, durante o qual trocaram brindes e presentes.

Um encontro "aberto e amistoso", afirmou Kim, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, segundo a qual Putin "aceitou prontamente" o convite para visitar a Coreia do Norte.

O resultado foi muito diferente do fiasco da reunião de Hanói entre Kim e o presidente americano Donald Trump em fevereiro, que representou um freio na distensão observada nos últimos meses na península coreana.

Washington "adotou uma atitude unilateral de má fé", denunciou o dirigente norte-coreano, segundo a KCNA, antes de advertir: "A situação na península coreana e na região está atualmente em um impasse e atingiu um ponto crítico".

- "Reparar erros" de Washington -

Em Hanói, que recebeu a segunda reunião de cúpula Trump-Kim, a Coreia do Norte pretendia obter um alívio imediato das sanções internacionais impostas para obrigar o país a renunciar às armas atômicas. Mas as conversas terminaram antes do previsto em consequência das profundas divergências com Washington, sobretudo a respeito das concessões que Pyongyang estava disposta a aceitar.

Na semana passada, Pyongyang criticou Mike Pompeo e exigiu que o secretário de Estado americano não participe mais das negociações sobre a desnuclearização.

O encontro de Vladivostok, o primeiro deste nível desde a reunião de 2011 entre o ex-presidente russo Dmitri Medvedev e Kim Jong Il, falecido pai de Kim Jong Un, "repara os erros cometidos pela diplomacia americana em uma série de temas", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, antes de acusar Washington de "levar a região à beira de uma crise nervosa".

Moscou defende um diálogo com Pyongyang com base em um plano elaborado pela China e a Rússia. O Kremlin já pediu o fim das sanções internacionais, enquanto o governo americano acusa Moscou de ajudar Pyongyang a evitar as punições.

- Atraso -

No fim do encontro, o presidente russo afirmou que é favorável, como os Estados Unidos, a uma "desnuclearização total" e considerou que uma solução é possível desde que ofereça a Pyongyang "garantias de segurança e de soberania", com o "direito internacional" à frente da "lei do mais forte".

Sem avanços concretos, a reunião foi para o líder norte-coreano seu primeiro encontro com um chefe de Estado desde o fracasso da cúpula de fevereiro com Donald Trump.

Apesar dos convites, a Rússia estava afastada até agora do processo de distensão coreano. Desde março de 2019 Kim se reuniu quatro vezes com o presidente chinês Xi Jinping, três com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e duas com Trump.

O norte-coreano busca apoios em sua disputa com Washington e um certo reequilíbrio das relações entre Pequim, seu aliado mais próximo e Moscou, antigo aliado durante a Guerra Fria. A União Soviética foi a responsável por colocar no poder seu avô e fundador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Il Sung.

Depois de conseguir o que desejava, Kim Jong Un não teve outras atividades em Vladivostok. A imprensa russa citou uma possível visita ao aquário local e um espetáculo de balé, mas ele se contentou em participar nesta sexta-feira - com duas horas de atraso - em uma cerimônia em que depositou flores e em uma recepção em um restaurante visitado por seu pai em 2002.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (18) que espera ver as Coreias do Sul e do Norte "vivendo em paz". A declaração foi dada em uma coletiva conjunta ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, recebido pelo magnata em seu resort na Flórida.

"Espero ver as duas Coreias vivendo em paz", declarou Trump, acrescentando que fará "de tudo" para que seu encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, previsto para junho, "seja um grande sucesso para o mundo".

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No entanto, Trump garantiu que manterá a "máxima pressão" contra Pyongyang até a "desnuclearização" do país. O mandatário se pronunciou sobre a Coreia do Norte pela primeira vez após a revelação de que o diretor da CIA e futuro secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fez uma visita secreta ao país asiático.

Segundo a imprensa norte-americana, a viagem teve como objetivo "preparar o terreno" para o encontro entre Kim e o presidente dos Estados Unidos.

Da Ansa

Vários artistas sul-coreanos, liderados pelas jovens estrelas de um grupo de K-pop, viajaram neste sábado para a Coreia do Norte para participar em uma série de apresentações prévias à reunião de cúpula entre os dois países prevista para o fim de abril.

Os 120 membros da delegação, que inclui a famosa banda feminina Red Velvet, embarcaram no aeroporto Gimpo de Seul a bordo de um voo charter civil com destino a Pyongyang, uma conexão direta pouco utilizada entre os dois países, em mais uma prova da aproximação.

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"Esta apresentação em Pyongyang vai estimular os intercâmbios e a cooperação intercoreana, que foi retomada com os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang", na Coreia do Sul, afirmou o ministro da Cultura, Do Jong-hwan, que lidera a delegação.

Com o lema "Está chegando a primavera", os músicos sul-coreanos farão um show em Pyongyang no domingo antes de participar em um espetáculo conjunto com artistas norte-coreanos em um estádio da capital com capacidade para 12.000 pessoas na terça-feira.

Do Jong-hwan vai se reunir com autoridades da Coreia do Norte para discutir sobre novos intercâmbios esportivos e culturais entre as duas Coreias, retomados após uma década de interrupção.

Os dois países anunciaram na quinta-feira a data da reunião de cúpula, 27 de abril, a terceira do tipo após as organizadas em 2000 e 2007. O encontro acontecerá na cidade de Panmunjom, na fronteira entre os dois países.

Após a reunião entre o dirigente da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente do Sul, Moon Jae-in, está previsto um encontro histórico entre Kim e o presidente americano Donald Trump, que pode acontecer no fim de maio.

Uma equipe de televisão sul-coreana vai gravar e editar as apresentações na Coreia do Norte para criar um programa de TV conjunto para os dois países.

Após ser alvo de mais sanções econômicas da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo da Coreia do Norte afirmou que sua "vingança" contra a entidade e os Estados Unidos será "mil vezes maior".

Em um comunicado, divulgado pela emissora estatal "KCNA", Pyongyang destacou ainda que é alvo de um "odioso complô dos EUA para isolar e sufocar" o país porque as novas sanções são uma "violenta violação de nossa soberania".

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O documento ainda afirma que a aplicação do novo pacote de punições "não vai fazer nunca" com que os norte-coreanos reduzam seu programa nuclear. A reação dos norte-coreanos ocorre pouco depois das Nações Unidas ter adotado novas sanções contra o país por unanimidade.

No sábado (5), o Conselho de Segurança decidiu impor mais punições por conta dos dois novos testes balísticos feitos pelo ditador Kim Jong-un.

Até mesmo a China, que não aceita normalmente esse tipo de sanção, firmou o pedido que impede as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, chumbo, minério de ferro e de chumbo e frutos do mar. Estima-se que esses cortes gerem a queda de um terço das exportações do país, em valor estimado em US$ 1 bilhão em negócios.

O texto com as novas sanções foi apresentado pelos Estados Unidos. No entanto, os chineses ressaltaram que esse tipo de punição não deve ser a única medida tomada contra o regime norte-coreano e que a entidade precisa estudar como resolver a crise norte-coreana.

- Declaração dos EUA e Coreia do Sul:

No fim da noite deste domingo (6), após uma conversa por telefone entre os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, Donald Trump e Moon Jae-in emitiram uma nota conjunta acusando Pyongyang de serem um problema para o mundo.

"A Coreia do Norte representa uma crescente ameaça, séria e direta, contra os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, assim como contra grande parte dos países do mundo", informam os dois presidentes.

Já o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, destacou que o melhor sinal que os norte-coreanos podem dar para o mundo e para negociar com os EUA é parando com os testes de lançamento de mísseis balísticos.

A Coreia do Norte estaria preparando um novo teste com mísseis e um novo lançamento deve ser realizado nos próximos dias, informaram fontes da Defesa dos Estados Unidos na noite desta terça-feira (26) à mídia norte-americana.

As informações apontam que o míssil lançado seria de alcance internacional e que teria capacidade de atingir o Alasca.

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De acordo com as informações do Pentágono, houve um aumento da movimentação de veículos próximo a um dos locais mais comuns de lançamentos, a cidade de Kusong, desde a última sexta-feira (21).

O mais provável é que o teste ocorra no dia 27 de julho, data em que o país celebra o "Dia da Vitória", quando houve o fim do conflito armado com a vizinha Coreia do Sul.

O último lançamento de um equipamento semelhante, ocorrido em 4 de julho, foi bem sucedido e causou preocupação ao redor do mundo.

Ainda ontem, a agência de notícias norte-coreana KCNA informou que o país pode fazer um "ataque nuclear" no "coração dos EUA" se a postura de Washington continuar a ser a de ameaças a Pyongyang.

Para a agência, "ficou claro" que a postura norte-americana sob o comando de Donald Trump é "causar uma mudança de regime" e derrubar o "líder" Kim Jong-un. 

Um dia após os Estados Unidos enviarem um submarino nuclear para a Coreia do Sul, os vizinhos da Coreia do Norte reagiram e disseram nesta terça-feira (25) estarem prontos para atacar alvos de Washignton e Seul sem qualquer aviso prévio. "Pyongyang mantém a vontade e a capacidade de responder a qualquer tipo de guerra", disse o jornal local "Rodong Sinmun", em um editorial, ressaltando que "terminou a era em que os EUA faziam ameaças nucleares unilaterais".

Esta foi mais uma intimação da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, em um clima de tensão que já se arrasta por semanas e que preocupa países da Ásia, como Japão, Coreia do Sul, Rússia e China, que temem uma guerra nuclear entre Pyongyang e Washington. EUA e Coreia do Norte têm trocado farpas e um tenta intimidar o outro com demonstrações de capacidade militar.

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Seul confirmou que o submarino chegou ao porto de Busan, o que ocorreu no mesmo dia em que Pyongyang comemorou o aniversário de 85 anos da fundação de suas Forças Armadas e fez uma apresentação de tiros de artilharia. O submarino norte-americano é um USS Michigan dotado de mísseis táticos e alta capacidade de comunicação. Ele não deve participar de exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, mas, mesmo assim, é uma tentativa do Pentágono de intimidar a Coreia do Norte.

Atualmente, o porta-aviões USS Carl Vinson e navios destroyers estão navegando rumo à península da Coreia, após uma série de manobras militares com a Marinha do Japão no mar das Filipinas.

Um cidadão americano foi detido quando tentava sair da Coreia do Norte, o terceiro indivíduo dos Estados Unidos detido no país, informou neste domingo a agência sul-coreana de notícias Yonhap.

"Estamos a par da informação de que um cidadão dos Estados Unidos foi detido na Coreia do Norte", afirmou em Washington um funcionário do Departamento de Estado.

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A detenção acontece em um momento de tensão entre Pyongyang e Washington.

De acordo com fontes da Yonhap, o homem, identificado como Kim, foi detido na sexta-feira no aeroporto internacional de Pyongyang, quando pretendia deixar o país. Kim, com idade por volta de 50 anos e ex-professor na Universidade Chinesa de Ciência e Tecnologia de Yanbian, teve envolvimento com programas de ajuda para a Coreia do Norte

Esta pessoa estava no país para falar sobre atividades de assistência, de acordo com a Yonhap. Os motivos da detenção não foram divulgados.

Apesar da falta de uma confirmação oficial, o diretor do grupo World North Korea Research Center, que tem sede em Seul, indicou que suas fontes em Pyongyang confirmaram a detenção. "A razão pela qual a Coreia do Norte não diz nada é porque ainda não terminou suas investigações", declarou à AFP Ahn Chan-il, um desertor do Norte.

"É importante para eles manter como refém um cidadão americano para advertir os Estados Unidos contra qualquer ação para acabar com Kim Jong-Un", completa Ahn, em referência aos temores do Norte de que Washington teria planos militares secretos para derrubar o líder norte-coreano.

Outros dois cidadãos americanos - o estudante Otto Warmbier e o pastor coreano-americano Kim Dong-Chul - estão detidos na Coreia do Norte, depois que foram condenados a longas penas de prisão por "espionagem" ou "crimes contra o Estado".

Na data em que a Coreia do Norte celebra o "Dia do Sol" e o aniversário de 105 do "presidente eterno" Kim il-sung, o regime de Pyongyang aproveitou para mostrar seu potencial bélico e ameçar os Estados Unidos com uma guerra nuclear. Durante a parada militar na capital norte-coreana neste sábado (15), foram exibidos mísseis de alto nível que já foram testados pelo regime ou que ainda passam por ajustes finais.

Alguns dos protótipos que desfilaram foram os mísseis intercontinentais KN-08 e KN-14. "Responderemos a uma guerra total com uma guerra total, e uma nuclerar com o nosso estilo de ataque nuclear", ameaçou Choe Ryong-hae, o número dois do governo da Coreia do Norte.

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O atual líder Kim jong-un é neto de Kim il-sung, morto em 1994, e assistiu a todo o desfile. Choe Ryong-hae também acusou os Estados Unidos de lançarem ataques contra outros países e ameaçarem a paz mundial.

A tensão entre Washington e Pyongyang existe há anos, com o regime norte-coreano testando mísseis e ameaçando os EUA. Porém, o clima de guerra aumentou nas últimas semanas com novas provocações políticas. Nesse contexto, o presidente Donald Trump ordenou ataques contra a Síria e a detonação no Afeganistão da bomba mais potente que existe depois da nuclear.

O explosivo foi lançado contra túneis usados por terroristas do Estado Islâmico, de acordo com a Casa Branca, mas pode ter sido uma exibição de força dos EUA para fazerem seus inimigos recuarem. Países da região, como Japão, China e Rússia, já alertaram sobre os riscos de uma guerra e pediram que EUA e Coreia do Norte evitem confrontos.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, começa neste fim de semana uma viagem pela Ásia, com primeira parada em Seul. Em seguida, ele irá para Tóquio, Jacarta e Sydney.

Hamlet, a obra de William Shakespeare que gira em torno de uma luta familiar pela coroa da Dinamarca, será apresentada em Pyongyang por uma companhia de teatro inglesa. A companhia de teatro Shakespeare's Globe de Londres atuará em setembro de 2015 na Coreia do Norte como parte de uma turnê para celebrar o 450º aniversário do nascimento do dramaturgo inglês.

A data exata ainda não foi confirmada, declarou uma porta-voz do teatro. Na obra, o príncipe Hamlet acaba assassinando seu tio Claudius, um usurpador do trono, em um desenlace que lembra a execução de Jang Song-Thaek em dezembro de 2013, ordenada por seu sobrinho e líder norte-coreano Kim Jong-Un.

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O teatro britânico pretende enviar uma pequena companhia de atores para representar Hamlet em todos os países do mundo, começando no dia 23 de abril, data do nascimento de Shakespeare. "Levamos a obra a Coreia do Norte como parte de uma turnê de dois anos por todos os países do mundo", declarou a porta-voz.

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Nessa semana aumentou a tensão entre os EUA e os norte-coreanos, devido à prisão do americano de origem coreana Pae Jun-ho, que foi detido no início de novembro do ano passado. O anúncio da sua condenação de 15 anos em um campo de trabalho na Coreia do Norte foi feita na última semana, pela agência nacional norte-coreana KCNA, que não revelou quais eram as reais acusações contra Jun-ho, e que o mesmo havia confessado os crimes.

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O Departamento de Estado Americano solicitou a libertação do diretor de uma agência de viagens, cujo nome americano é Kenneth Bae. O governo americano acompanha o caso a partir da embaixada sueca na capital Pyongyang, uma vez que os EUA não possuem representação diplomática no país.

De acordo com um militante anti-Pyongyang ouvido pela AFP, Jun-ho pode ter sido sentenciado por ter feito fotos de crianças com sinais de desnutrição, com o objetivo de alertar a comunidade internacional em relação à situação da população na Coreia do Norte.

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A Coreia do Sul propôs, na última quinta-feira (25), um diálogo formal com a vizinha Coreia do Norte sobre o complexo industrial de Kaesong. O governo de Pyongyang proibiu o acesso dos trabalhadores sul-coreanos ao local desde o dia 3 de abril.

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Caso a Coreia do Norte rejeite a proposta de discussão, que deve ser respondida até esta sexta-feira (26), a Coreia do Sul disse que pode adotar uma ação grave. Confira mais detalhes sobre as negociações entre os dois países na reportagem da AFP.

O enviado especial dos Estados Unidos para os direitos humanos na Coreia do Norte, Robert King, disse nesta terça-feira que as condições nos campos de presos políticos no país comunista são "brutais" e piores do que as existentes nos antigos gulag (campos de concentração e trabalhos forçados) da União Soviética durante a Guerra Fria. Os gulag foram desmantelados em 1961 na União Soviética.

King fez os comentários durante uma conferência nesta terça-feira que examinou o sistema prisional de trabalhos forçados na Coreia do Norte, o qual segundo estimativas abriga atualmente 150 mil detidos. King diz que os EUA deixaram claro a Pyongyang que o regime precisa não apenas negociar com a comunidade internacional o seu programa de armas nucleares, mas também melhorar a situação dos direitos humanos.

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As informações são da Associated Press.

A Coreia do Norte informou, já no sábado (pelo horário local) que Kim Jong-un, filho do falecido ditador Kim Jong-il, foi nomeado "Comandante Supremo" das Forças Armadas do país, que possuem 1,2 milhão de soldados. Em comunicado emitido na manhã do sábado, hora local em Pyongyang, a mídia estatal informou que Jong-un recebeu o título na sexta-feira, após uma reunião do Politburonorte-coreano. Kim Jong-il morreu aos 69 anos de ataque cardíaco em 17 de dezembro.

As informações são da Associated Press.

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