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Policiais federais organizaram protestos ao longo desta quinta-feira, 26, em todas as superintendências da corporação nos 26 Estados e no Distrito Federal.

Cinco entidades de classe articularam a mobilização nacional para pressionar o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por recomposição.

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Delegados e agentes da Polícia Federal argumentam que receberam mais responsabilidades, como o controle de armas de fogo, antes atribuição do Exército, e que o governo tem usado as operações e investigações da PF como vitrine, sem contrapartidas para a corporação.

As negociações de recomposição estão em andamento no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Uma reunião com representantes da categoria, prevista na semana passada, foi desmarcada pela pasta. O cancelamento foi a faísca para a mobilização.

A delegada Tania Prado, presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), divulgou uma nota em que afirma que a categoria não ‘aceita mais protelação’ e ‘promessas da boca pra fora’.

"Os protestos nacionais de hoje de todas as categorias da Polícia Federal unidas são de suma importância para mostrarmos ao governo nosso inconformismo com os rumos que estão dando no tratamento ao fator humano da instituição que tanto tem trabalhado pela segurança interna do País", diz o texto.

Essa é a primeira ação de um cronograma mais amplo. Como mostrou o Estadão, lideranças estudam paralisações se não houver um aceno do governo. A paralisação das atividades em 16 de novembro, Dia do Policial Federal, já foi aprovada.

A pressão da classe se arrasta desde o governo Jair Bolsonaro. Policiais chegaram a fazer atos e operações tartarugas na fiscalização de passageiros e de cargas.

Os servidores federais tiveram reajuste de 9% em maio, mas segundo as associações da PF o aumento não foi suficiente para cobrir a defasagem na carreira.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recompôs a Comissão de Anistia. A portaria com a definição dos 16 novos integrantes foi publicada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial da União.  

De acordo com o ministério, os escolhidos possuem “experiência técnica, em especial no tratamento do tema da reparação integral, memória e verdade”.

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Os integrantes são: Eneá de Stutz e Almeida (presidente), Márcia Elayne Berbich Moraes, Ana Maria Lima de Oliveira, Rita Maria Miranda Sipahi, Vanda Davi Fernandes de Oliveira, Prudente José Silveira Mello, José Carlos Moreira da Silva Filho, Virginius José Lianza da Franca, Manoel Severino Moraes de Almeida, Roberta Camineiro Baggio, Marina da Silva Steinbruch, Egmar José de Oliveira, Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto e Mario de Miranda Albuquerque.

Ainda faltam ser designados os representantes do Ministério da Defesa e dos anistiados. O trabalho na comissão é considerado prestação de serviço público relevante, não sendo remunerado.

Histórico

A Comissão de Anistia foi criada pela Lei nº 10.559/2002 e funciona como um órgão de assessoramento direto do ministro de estado dos Direitos Humanos e da Cidadania. O objetivo é analisar os requerimentos de anistia com comprovação da perseguição política sofrida, além de emitir os pareceres sobre os pedidos.

A partir de 2019, o conceito de reparação integral com que a comissão trabalhava até 2017 foi descaracterizado, o que resultou na rejeição de 95% dos pedidos analisados de 2019 a 2022.

Do total de 4.285 processos julgados nesse período, 4.081 foram indeferidos.

Após o corte no orçamento do Farmácia Popular repercutir mal, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prometeu recompor as verbas em 2023. Nesta quarta-feira, 14, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia) foram a público defender o chefe do Executivo das críticas pela redução de 60% nos recursos do programa, que distribui remédios de forma gratuita para a população mais pobre.

Como revelou o Estadão, parte do dinheiro que iria para o Farmácia Popular foi transferido para o orçamento secreto, esquema por meio do qual o governo destina emendas parlamentares, sem transparência, para sustentar sua base de apoio no Congresso. O corte atinge de fraldas geriátricas a remédios usados no tratamento de diabetes, asma e hipertensão.

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"Ninguém será prejudicado em nosso governo. Temos recursos porque não roubamos. Tem dinheiro sobrando para atender a tudo isso. Isso será refeito agora pelo parlamento brasileiro", disse Bolsonaro à CNN Brasil, em entrevista exibida nesta quinta-feira, 15. "E, se não for possível, nós acertaremos essa questão ano que vem. Ninguém precisa ficar preocupado porque jamais abandonaríamos os mais humildes na busca de um remédio na Farmácia Popular", emendou o presidente.

O total de recursos para os medicamentos caiu de R$ 2,04 bilhões no Orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso em 31 de agosto. Um corte de R$ 1,2 bilhão. Para o orçamento secreto, foram reservados R$ 19,4 bilhões.

Após a repercussão negativa do corte, a campanha de Bolsonaro acendeu o alerta e passou a agir para reduzir os danos à tentativa de reeleição do chefe do Executivo. "É um processo político, ainda não houve encaixe", disse Guedes a empresários, ontem, durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Em São Paulo, Queiroga disse que o Congresso vai ter "sensibilidade" para reverter o corte e até ampliar o Farmácia Popular. O ministro da Saúde culpou o orçamento secreto pela tesourada na verba para os medicamentos gratuitos e afirmou que Bolsonaro vetou o esquema. O presidente, contudo, voltou atrás no veto ao orçamento secreto.

Começou há pouco a sessão no Congresso Nacional para votar um projeto de lei que restabelece cerca de R$ 20 bilhões ao Orçamento Federal de 2021, principalmente, para o pagamento de benefícios sociais. Além da recomposição orçamentária, os parlamentares também devem analisar ainda nesta terça-feira (4) vetos presidenciais pendentes sobre a compra de vacinas e o apoio à internet para a educação básica.

O projeto abre crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões para o Orçamento, dos quais R$ 6,649 bilhões são para benefício previdenciários; R$ 4,798 bilhões serão destinados ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social; R$ 2,630 bilhões para o seguro-desemprego; R$ 4,3 bilhões para o Programa de Financiamento às Exportações; R$ 968 milhões para o Benefício de Prestação Continuada e Renda Mensal Vitalícia; e R$ 423 milhões para remuneração a agentes financeiros.

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Os valores para a abertura do crédito suplementar, virão, de acordo com o Poder Executivo, de vetos a outras destinações orçamentárias: R$ 11,9 bilhões em emendas parlamentares e R$ 7,9 bilhões em despesas discricionárias do próprio Executivo.

Vetos

O Congresso pode ter 10 vetos na pauta para a sessão desta terça-feira (4), dos quais oito devem começar com os deputados (pois dizem respeito a leis que se originaram na Câmara e medidas provisórias) e dois com os senadores (leis de origem no Senado).

Entre os vetos que serão analisados, está o que atingiu todo o texto do Projeto de Lei 3477/20, que destinava R$ 3,5 bilhões para garantir acesso gratuito à internet de alunos inscritos no CadÚnico e de professores de escolas públicas.

Os congressistas também vão analisar um veto relacionado à aquisição de vacinas contra a covid-19 e que trata do prazo de cinco dias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder autorização temporária de uso emergencial para importação e distribuição de imunizantes.

O prazo estava previsto em projeto de lei de conversão aprovado pelo Congresso que deu origem à Lei 14.121/21, que autorizou o Brasil a aderir ao consórcio global de vacinas Covax Facility. Contudo, o prazo foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro com a justificativa de que “viola o princípio constitucional da separação dos Poderes ao usurpar a competência privativa do presidente da República”.

Outro veto em pauta é o que atingiu  o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Devido ao sistema de votação remota, em razão da pandemia de covid-19, a sessão do Congresso Nacional acontece de maneira separada: primeiro votam os deputados e, na sequência, o senadores. Para que um veto presidencial seja derrubado pelo Congresso Nacional, são necessários os votos de 257 deputados e 41 senadores.

O reajuste retroativo dos planos de saúde, que tiveram o aumento das mensalidades congelado por quatro meses por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vai começar a ser cobrado de beneficiários de planos individuais/familiares e coletivos a partir de janeiro. A medida, que atingiu os reajustes anual e por faixa etária, foi adotada por causa da pandemia de covid-19 e o valor será parcelado ao longo de 2021.

A suspensão da cobrança foi anunciada em agosto, após críticas do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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A agência informou que a decisão foi tomada "diante de um cenário de dificuldades para o consumidor em função da retração econômica acarretada pela pandemia, e de um cenário de redução de utilização dos serviços de saúde no período".

Em novembro, foi definido que o valor que não foi cobrado poderia ser diluído em 12 meses e que os boletos deveriam conter informações detalhadas sobre o valor da mensalidade, o pagamento da recomposição do reajuste e o número da parcela referente.

Segundo a agência, a medida atingiu 20,2 milhões de beneficiários que teriam reajuste anual por variação de custos e 5,3 milhões por mudança de faixa etária. Dados de outubro apontam que o País tem 47,2 milhões de beneficiários no segmento de assistência médica, número que cresceu e atingiu o maior patamar desde janeiro de 2019, de acordo com a agência.

Contratos antigos, anteriores à Lei nº 9.656/98, planos coletivos empresariais com 30 ou mais vidas que já tinham e aplicado reajuste até 31 de agosto e planos com 30 ou mais vidas em que a pessoa jurídica contratante optou por não ter o reajuste suspenso não tiveram a interrupção.

Mas o impacto do pagamento do reajuste retroativo é algo que preocupa especialistas. "Essa medida de suspensão não resolveu o problema do consumidor, só adiou. Muitos tratamentos eletivos ficaram suspensos e isso fez com que os planos tivessem menos despesas no decorrer de 2020. Nos planos coletivos, que têm 80% dos beneficiários, o reajuste é, em média, de 15%, mas chega a 25% em alguns casos. Mais a cobrança retroativa e o reajuste de 2021, o impacto para os beneficiários pode superar os 35%", estima Rafael Robba, advogado especializado em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados.

Robba acredita que a questão pode ser judicializada por alguns usuários. "As pessoas podem ter um comprometimento grande com o plano de saúde e muitas devem recorrer à Justiça, principalmente idosos e quem faz algum tipo de tratamento."

Em nota, a ANS informou que os impactos da queda de atendimentos nos planos só poderão ser notados no próximo ano. "Cabe esclarecer que o porcentual de reajuste autorizado para o período de maio de 2020 a abril de 2021 observou a variação de despesas assistenciais entre 2018 e 2019, período anterior à pandemia e que, portanto, não apresentou redução de utilização de serviços de saúde. Os efeitos da redução serão percebidos no reajuste referente a 2021."

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 16 grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde e planos exclusivamente odontológicos, informou que as operadoras vão parcelar o valor em 12 vezes a partir de janeiro. A entidade reforçou que o reajuste não tem relação com o período da pandemia.

"Não faz sentido alegar que os reajustes deveriam ser suspensos em função de resultados financeiros que são parciais, registrados por algumas operadoras em alguns meses da pandemia. Isso porque a recomposição que será aplicada a partir deste mês de janeiro refere-se à variação de custos de assistência anotados entre 2018 e 2019. Um segundo aspecto a considerar é que plano de saúde não gera custos. Ele os gerencia e repassa aos usuários apenas o necessário para manter a carteira dos planos em constante equilíbrio econômico-financeiro e atuarial", informou, em nota.

Perguntas e Respostas

Por que os planos de saúde vão cobrar reajuste retroativo?

A recomposição dos reajustes será cobrada porque, entre setembro e dezembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a cobrança dos reajustes anual e por mudança de faixa etária para planos individuais/familiares e coletivos. Segundo a agência, a medida foi adotada por causa da retração econômica desencadeada pela pandemia, que afetou os beneficiários, e pela queda da utilização dos serviços de saúde no período.

A partir de quando o valor será cobrado?

A cobrança terá início em janeiro de 2021 e será dividida em 12 parcelas mensais de igual valor. Os boletos devem ter informações detalhadas e apresentar: o valor da mensalidade, o valor da parcela relativa à recomposição e o número da parcela referente à cobrança.

É possível pagar o reajuste retroativo em menos parcelas?

Sim. A ANS informa que o pagamento pode ser feito em um número menor de parcelas "desde que a pedido do beneficiário ou da pessoa jurídica contratante ou à administradora de benefícios". Também pode ser feito em um número superior de parcelas " desde que haja concordância entre as partes".

Todos os usuários de planos de saúde foram afetados pela medida?

Não. De acordo com a ANS, a suspensão atingiu 20,2 milhões de beneficiários em relação ao reajuste anual por variação de custos e 5,3 milhões de beneficiários por mudança de faixa etária.

Em quais casos a medida não foi adotada?

Nos contratos antigos (anteriores à Lei nº 9.656/98), nos contratos de planos coletivos empresariais com 30 ou mais vidas que já tinham negociado e aplicado reajuste até 31 de agosto deste ano e nos planos com 30 ou mais vidas em que a pessoa jurídica contratante optou por não ter o reajuste suspenso.

O governo decidiu reajustar o salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir do dia 1º de fevereiro, anunciou nesta terça-feira, 14, o presidente Jair Bolsonaro.

A correção será feita por uma nova Medida Provisória (MP), que precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não perder a validade.

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O novo valor leva em conta a variação do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019, que foi de 4,48%. Também foi incorporado um resíduo de 2018 (porcentagem do INPC daquele ano que não havia sido incorporada ao mínimo de 2019).

Em 2019, o salário mínimo estava em R$ 998.

Inicialmente o valor fixado pela área econômica para o salário mínimo neste ano, de R$ 1.039, não repunha a inflação do ano passado.

Isso ocorreu porque o reajuste autorizado, com base na última previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019 ficou abaixo da inflação oficial registrada pelo indicador, divulgada apenas em janeiro.

O INPC serve como base para correção do salário mínimo e é diferente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.

Impacto nas contas públicas

De acordo com cálculos do governo, cada R$ 1 de aumento para o salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355,5 milhões.

Se for levado em conta um aumento para R$ 1.045, informou o secretário Waldery Rodrigues, do Ministério da Economia, o impacto seria maior, de R$ 2,13 bilhões em 2020.

De acordo com ele, esse gasto adicional, não considerado anteriormente na aprovação do Orçamento deste ano, pode levar o governo a fazer cortes em outras áreas - como forma de não descumprir o teto de gastos e a meta fiscal.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, nesta terça-feira (14), que deve existir "brecha" para aumentar o salário mínimo e garantir a recomposição da inflação do ano passado. Ele afirmou "a ideia" é garantir o aumento e que o assunto será decidido em reunião às 14 horas, desta terça, com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

"Vou reunir com Paulo Guedes agora à tarde. Acho que tem brecha para a gente atender aí. Porque a inflação de dezembro foi atípica, né, por causa do preço da carne. Vai ser duas da tarde despacho com Guedes para decidir esse assunto", comentou Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.

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Questionado se o governo deve recompor a inflação, Bolsonaro disse: "A ideia, no mínimo, é isso aí". O presidente falou que cada real elevado do mínimo tem forte impacto sobre o Orçamento, mas que "tem de recompor" este pagamento.

"A cada um real reunido, mais ou menos R$ 300 milhões no Orçamento. A barra é pesada. A gente não pode... apesar de ser pouco o aumento, R$ 4, R$ 5 reais, tem de recompor", declarou Bolsonaro.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) publicaram na segunda-feira (13), Guedes deve dar sinal verde para elevar o valor do salário mínimo de 2020 e garantir a recomposição da inflação do ano passado.

O assunto foi tema de reunião do ministro com a equipe na volta ao trabalho após um período de férias de fim ano. O custo adicional deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

O salário mínimo foi fixado em R$ 1.039, com alta de 4,1%. O ajuste ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Mercado (INPC) de 2019, de 4,48%, que serve como base para correção do salário mínimo. Se for dado o mesmo índice sobre o salário mínimo vigente em 2019, o valor subirá para R$ 1.042,71.

A Justiça Federal derrubou a liminar que suspendia o aumento das tarifas do metrô do Recife e mais quatro capitais. Com a decisão, a tarifa do metrô da capital pernambucana deve voltar aos R$ 3.

Segundo o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife, Leonardo Villar Beltrão, a equipe jurídica está analisando a decisão. "Eles estão estudando, por exemplo, se tem risco de outra ação anular essa decisão, se o reajuste já pode ser programado", citou Beltrão. Além do Recife, a decisão atinge também Belo Horizonte-MG, Natal-RN, Maceió-AL e João Pessoa-PB.

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A suspensão do aumento ocorreu em novembro de 2018. A ação coletiva que solicitava a suspensão argumentava que o aumento, aplicado em junho de 2018, era elevado e repentino. O texto pontuava também que a CBTU não implementou medidas para oferta de um transporte público de qualidade que justificasse o aumento.

No Recife, a tarifa sofreu uma recomposição de 87,5%, saltando o valor de R$ 1,60 para R$ 3. A CBTU defende que o chamado ‘reequilíbrio tarifário’ representa uma necessidade orçamentária diante de anos de congelamento de tarifas e aumento de custos operacionais e manutenção. A capital pernambucana ficou seis anos sem aumento. Ainda não há uma data para a tarifa de Recife voltar aos R$ 3, mas a companhia garante que haverá ampla divulgação à população.

Novo ano, nova tarifa de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). É assim que tem sido a regra nos últimos anos, com exceção de 2018, quando não houve aumento no transporte público por força de decisão judicial. Desta vez, as empresas e o Governo de Pernambuco já apresentaram suas propostas. A reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) foi marcada para a manhã da próxima sexta-feira (25) na Secretaria das Cidades, localizada no interior da sede do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE).

Através do Grande Recife Consórcio de Transporte, o governo propõe uma recomposição tarifária de 7,07%. O Consórcio destaca se tratar de um valor abaixo do IPCA acumulado dos últimos 25 meses, que foi de 7,12%. Além disso, o governo sugere eliminar o anel tarifário D, transformando as linhas deste anel em tarifa A.

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Com a extinção da tarifa D, seriam atingidos 2 mil passageiros por dia, das linhas 330 - Casa Amarela/CDU, 341 - Curado I, 352 - Curado II (Bacurau) e 362 - Curado IV (Bacurau).

O anel A, com o reajuste de 7,07%, subirá de R$ 3,20 para R$ 3,43, com provável arredondamento para R$ 3,45. O Anel B pula de R$ 4,40 para R$ 4,68 e o G salta de R$ 2,10 para R$ 2,25. Caso a proposta seja aprovada, as linhas 042 - Aeroporto (Opcional)  e 053 - Shopping RioMar (Opcional) vão custar R$ 4,28, que deverá ser arredondado para R$ 4,30. Outras linhas especiais também seriam atingidas pelo reajuste conforme o quadro abaixo.

Para justificar o aumento, o consórcio destaca que, ao longo dos anos, o Sistema de Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) vem sofrendo redução no número de passageiros pagantes. O Governo também divulgou os custos que suporta para evitar uma maior recomposição. São arcados pelo Estado valores de concessões, gestão e fiscalização, terminais integrados e estações de BRT, linhas alimentadoras, isenção de ICMS do óleo diesel e isenção do ICMS de veículos novos. "Se tais custos fossem incluídos no estudo tarifário, a necessidade de reajuste seria superior ao patamar de 20%", diz nota técnica do consórcio.

Renovação de frota

Foi divulgado que foram renovados 557 veículos no período de dezembro de 2016 a novembro de 2018, acima do plano de 467 veículos renovados. Para o período de dezembro de 2018 a novembro de 2019, a planilha de custos contemplará a renovação de 655 veículos que estão com vida útil acima da idade estabelecida.

Retirou-se da planilha o custo referente ao Seguro de Responsabilidade Civil, após entendimento de que a responsabilidade civil do transportador é objetiva e inerente ao negócio. Houve redução do fator de utilização de cobrador em 7,71%, considerando que atualmente 41 linhas, com 187 veículos ao todo, já operam sem o mesmo.

O Grande Recife apresenta ainda a variação dos principais insumos que compõem a planilha tarifária. Houve aumento no custo do óleo diesel, rendimento do óleo diesel (Km/L), salário do motorista mais abono e renovação de frota. Houve variação negativa na quantidade de passageiros utilizando o sistema, quilometragem, fator de utilização de cobrador, e o seguro, que foi retirado. Por fim, também é destacado o fato de Recife ter a segunda tarifa mais barata das capitais do país, à frente apenas de São Luís.

Proposta dos empresários

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) também apresentou sua proposta de reajuste. Os empresários almejam uma recomposição de 16,18%. O texto, assinado por Fernando Bandeira, presidente do sindicato, diz que existe "necessidade de imediato realinhamento tarifário, de forma a atenuar os impactos da redução da demanda e aumento dos custos do setor".  O aumento, para a Urbana-PE, vem para evitar a iminente falência dos serviços no STPP/RMR.

Tradicionalmente, a proposta aprovada na reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) é a do governo, até pela superioridade na quantidade de cadeiras no conselho. A Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP), movimento contrário ao reajuste nas tarifas, já organiza uma manifestação para a quinta-feira (24).

O fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) vai fechar pelo terceiro ano consecutivo com déficit. Até novembro, segundo fontes próximas ao fundo, as contas estavam negativas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, o que deve levar a um rombo acumulado de R$ 5 bilhões. Desta vez, aposentados e pensionistas da Caixa poderão sentir no bolso as perdas do fundo.

Pelas regras da previdência, ao registrar déficit por três anos seguidos e que representem 10% de seu patrimônio é preciso recompor as perdas do período. As regras dizem ainda que o buraco tem de ser tapado metade com dinheiro dos aposentados e contribuintes e a outra metade com aportes do próprio banco, que é o patrocinador da fundação. Uma fonte próxima ao fundo diz que os números registrados do ano passado vão fazer com que a conta tenha de ser repassada neste ano.

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A Funcef não fez nenhum comentário sobre a possibilidade de ter que apresentar um plano de recomposição, mas em nota confirmou que o ano de 2014 fechará com novo déficit. A contabilização final depende ainda dos números de dezembro. Em 2013, data de seu último balanço publicado, a fundação tinha cerca de R$ 55 bilhões sob sua administração.

O desempenho ruim no ano passado foi bastante influenciado pela queda dos preços das ações na bolsa de valores, mas esse não foi o único motivo. O fundo também teve de fazer novas contabilizações de perdas em renda fixa, em razão da alta dos juros, e também amargou perdas pelo mau desempenho das empresas em que a fundação é sócia. Um dos principais ativos, a companhia mineradora Vale, por exemplo, perdeu valor durante ano por causa das dificuldades provocadas pela queda dos preços do minério de ferro no mundo.

Algumas fontes também relatam que os investimentos do setor imobiliário, que tinham registrado ganhos substanciais em 2013, com mais de 20% de retorno, tiveram perdas no ano passado, por causa do desempenho fraco da economia. As investigações na Petrobrás também estão preocupando alguns administradores do fundo. Além da Vale, duas das maiores participações da Funcef estão na Invepar, que possui 12 concessões, como o aeroporto de Guarulhos, e na Sete Brasil, do setor de petróleo.

A primeira tem como principal sócia a empresa OAS, que passa por dificuldades em consequência das investigações da operação Lava Jato. A construtora está com pendências financeiras e deixou de pagar mais de R$ 116 milhões em dívidas no início deste ano e deve vender sua participação na Invepar.

Já as dificuldades na Sete Brasil podem ser ainda maiores. A empresa é uma espécie de intermediária na construção de plataformas para a Petrobrás, mas a estatal se recusou a chancelar contratos no fim do ano passado, retardando a obtenção de financiamentos. Os sócios decidiram abrir uma investigação dentro da própria Sete.

Outra preocupação é com a taxa de juros do BNDES, que pode subir além de 5,5% neste ano e provocaria uma revisão em taxas de retorno. A fundação tem aplicações em outros ramos de infraestrutura, além da Invepar e Sete Brasil, como por exemplo a usina hidrelétrica de Belo Monte.

Banco

Se o déficit de 2014 levar a um plano de recomposição extraordinária, a Caixa terá de desembolsar sozinha cerca de R$ 2,5 bilhões. Normalmente, essa recomposição é paga por períodos longos, de até 12 anos, mas a instituição teria de fazer imediatamente a provisão destes pagamentos, o que atingiria diretamente seu balanço. Isso poderia piorar seus números e atrapalhar o desempenho de uma possível abertura de capital do banco, segundo algumas fontes próximas à Caixa. A instituição não fez comentários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira, 27, a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca e móveis. As novas alíquotas passam a valer na segunda-feira, 1º. A alíquota do fogão, que hoje é 2%, passa para 3% e valerá até setembro. Para tanquinho, a alíquota de 3,5% passa para 4,5%. Para refrigerador e congelador, os 7,5% passam para 8,5%. A máquina de lavar roupa, que antes tinha taxa de 20%, já está em tarifa definitiva de 10%. Móveis em geral, que têm alíquota de 2,5%, passarão a ter 3%. Para painéis, o valor de 2,5% passa para 3%. Laminados, com alíquota de 2,5%, terão IPI de 3%. A alíquota de luminárias, que hoje é de 7,5%, passará para 10%. No caso dos papeis de parede, a mudança é de 10% para 15%. O ministro lembrou que a recomposição das alíquotas começou neste ano. "Em fevereiro, já demos um primeiro passo e já fizemos recomposição parcial das alíquotas", lembrou Mantega.

Mantega garantiu que o varejo e a indústria de móveis e eletrodomésticos de linha branca farão um esforço para absorver a recomposição das alíquotas de IPI sem que haja um aumento de preços. O compromisso, acrescentou o ministro, tem o objetivo de não prejudicar as vendas e nem causar impacto na inflação. "Os setores vão procurar absorver o aumento de tarifas de forma que preço não se eleve. Tanto o varejo quanto o setor produtor farão esforço para manter os preços atuais", disse Mantega.

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Ainda assim, afirmou o ministro, os empresários se queixaram do aumento de custos de alguns insumos e componentes. "Ficamos de estudar o que fazer para impedir que haja um aumento de custos para a produção que possa ser repassado para o consumidor final. O nível de vendas desses produtos teve crescimento moderado nesses primeiros cinco meses do ano e, portanto, deve continuar tendo esse desempenho", completou.

A entrevista coletiva, marcada para 18h, começou com quase uma hora de atraso. Ao chegar ao auditório do ministério, jornalistas perguntaram ao ministro sobre o jogo da Copa das Confederações entre Espanha e Itália, que havia terminado alguns minutos antes, com vitória dos espanhóis. "Eu estava torcendo para Itália ganhar porque ela é um adversário melhor para o Brasil", disse Mantega. "Na verdade, nem sabia que tinha o jogo", afirmou em seguida.

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