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Com dois gols da atacante Debinha, a seleção brasileira feminina derrotou a Inglaterra, neste sábado (5), por 2 a 1, em amistoso disputado no Estádio Riverside, em Middlesbrough, na Inglaterra.

Foi a primeira vitória do Brasil sobre as adversárias europeias, que ficaram em quarto lugar na Copa do Mundo da França. Na próxima terça-feira (8) o adversário do time da técnica sueca Pia Sundhage será a Polônia, às 15h15, na Suzuki Arena, na cidade polonesa de Kielce. A treinadora vai defender uma invencibilidade no comando do time nacional, pois bateu a Argentina por 5 a 0 e empatou sem gols com o Chile.

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O primeiro tempo foi muito ruim para o Brasil. Com 61% de posse de bola, as inglesas tiveram pelo menos cinco boas chances para marcar. Em três delas, destaque para a goleira Bárbara. Mead, após passar por marcação dupla, perdeu gol de forma incrível.

O sistema 4-4-2 adotado por Pia Sundhage deixou o Brasil sem força no meio-de-campo. O setor ofensivo ficou isolado e pouco foi municiado. Tímido, o Brasil só tentou três finalizações a gol, acertando o alvo em apenas uma, enquanto a Inglaterra arriscou oito vezes.

No segundo tempo, o Brasil voltou totalmente diferente. Pia fez três alterações: entraram Mônica, Maria e Ludmila nos lugares de Giovanna, Marta e Chu. A seleção passou a marcar a saída de bola inglesa, teve um meio campo mais "povoado" e Maria e Tamires mostraram força no apoio ao ataque.

Logo aos três minutos, Tamires fez grande jogada pela esquerda, ao deixar Parris no chão, após dois lindos dribles. O cruzamento foi na cabeça de Debinha, que teve a colaboração da goleira Earps para abrir o placar.

As inglesas sentiram o golpe e tentaram a recuperação, mas Bárbara mostrou segurança. Aos 21, a sorte ajudou o Brasil. Maria fez boa jogada pela direita e cruzou para Debinha. O chute da atacante desviou na zaga inglesa e encobriu a goleira Earps: 2 a 0.

O Brasil passou a atuar no contra-ataque e sofreu pressão. Aos 35, Houghton cruzou na área brasileira e England subiu bastante para ganhar de Mônica e cabecear forte. Bárbara ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o gol.

Mas nos minutos finais, a goleira foi muito importante ao defender duas finalizações muito perigosas das europeias, garantindo a vitória brasileira.

A estreia de Pia Sundhage no comando da seleção brasileira feminina de futebol não poderia ser melhor. Mesmo sem contar com Marta e Cristiane, o time goleou a Argentina por 5 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. A treinadora sueca, de 59 anos, foi anunciada no dia 25 de julho para substituir Vadão.

Em sua partida de estreia, a técnica bicampeã olímpica já mostrou parte do seu projeto com a seleção. Apesar das poucas mudanças no time, exibiu uma equipe mais compacta e organizada em campo. A disciplina tática, ainda inicial na seleção, já foi uma das marcas do trabalho realizado por Pia na seleção.

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Diante de 13.180 torcedores presentes no Pacaembu, a partida desta quinta faz parte de um quadrangular amistoso, que conta ainda com Chile e Costa Rica. Com o triunfo, a seleção brasileira avançou à final, marcada para as 13 horas de domingo, no mesmo estádio. O rival será o time chileno, que superou a Costa Rica também nesta quinta.

Após três dias de treino para se preparar para a sua estreia, Pia fez poucas alterações na equipe em comparação ao último jogo oficial da equipe, nas oitavas de final do Mundial da França, no mês passado. A maior parte em razão de lesões. Saíram do time Monica, Marta, Thaísa e Cristiane, as últimas três por conta de contusão.

Escalada no esquema 4-4-2, a seleção começou a partida com Bárbara; Letícia, Kathellen, Erika, Tamires; Formiga, Luana, Debinha, Andressa Alves; Ludmilla e Bia Zaneratto.

Com esta formação, o Brasil não teve problemas para se impor em campo num primeiro tempo de nível fraco. A primeira boa chance surgiu aos 12 minutos, quando Luana arriscou chute de longe, quase da intermediária, e exigiu boa defesa da goleira argentina. Na sequência, após escanteio na área, Erika escorou de cabeça na primeira trave, rente ao gol.

As redes balançaram pela primeira vez aos 17. Ludmilla recebeu pela esquerda dentro da área, após boa jogada de Bia Zaneratto, e bateu na saída da goleira: 1 a 0. O segundo veio em lance de bola parada. Aos 33, Formiga escorou de cabeça e mandou para o gol, após cobrança de falta na área.

Dois minutos depois veio o terceiro gol. Em rápido contra-ataque, a seleção chegou com facilidade ao ataque, surpreendendo as argentinas. Após cruzamento rasteiro de Tamires pela esquerda, Debinha completou para as redes. Do outro lado, a Argentina teve apenas uma chance, defendida por Bárbara.

Para o segundo tempo, Pia colocou em campo Aline e Raquel nos lugares de Formiga e Bia. Não afetou o estilo de jogo e nem o ritmo imposto pela seleção em campo. Tanto que o quarto gol não demorou para sair. Aos 13 minutos, Erika aproveitou cobrança de escanteio na área para cabecear para o gol, superando a marcação de duas rivais na bola aérea. A goleira se enrolou para fazer a defesa e a bola entrou.

O gol praticamente selou a vitória brasileira de forma precoce na partida. A partir daí, a equipe da casa diminuiu o ritmo, reduziu a velocidade e passou a valorizar a posse de bola. Pia aproveitou a oportunidade para fazer testes no time. Colocou Chu e Millene nas vagas de Debinha e Andressa.

A tranquilidade em campo também era favorecida pela fraca atuação do time argentino. Demonstrando falhas técnicas evidentes e até falta de maturidade, as argentinas praticamente não ameaçaram o gol de Bárbara. As poucas investidas eram chutes da intermediária que chegavam sem qualquer força nos pés da goleira brasileira.

Mesmo sem fazer força no ataque, a seleção buscou o quinto gol, com franca ajuda das rivais. Após cobrança de falta na área, aos 37 minutos, Juncos cabeceou contra as próprias redes e fechou a goleada brasileira, na estreia da nova treinadora.

A CBF anunciou na tarde desta segunda-feira que a atacante Marta foi desconvocada da seleção brasileira que disputará um torneio amistoso nesta semana, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, que marcará a estreia da técnica sueca Pia Sundhage à frente da equipe nacional.

A entidade confirmou que o corte da principal jogadora do Brasil ocorreu pelo fato de a atleta ter sofrido no último sábado uma lesão na coxa esquerda durante partida do seu time, o Orlando Pride, contra o Washington Spirit, pela NWSL, mais importante liga feminina de futebol de clubes realizada nos Estados Unidos.

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"Após o jogo, a atacante foi examinada pelo departamento médico do Orlando Pride. Exames clínicos e de imagem diagnosticaram uma lesão muscular do bíceps femoral da coxa esquerda, grau 2. O Orlando Pride, através do seu Departamento Médico, confirmou a lesão da atleta e comunicou à CBF", informou o órgão nacional, por meio de nota publicada em seu site oficial.

A CBF também confirmou que a estrela brasileira seguirá nos Estados Unidos para dar continuidade ao seu processo de recuperação e destacou que a "comissão técnica da seleção lamenta a lesão de Marta e sua desconvocação". A nota oficial, porém, não revela se uma jogadora será chamada para substituir Marta.

A atacante se tornou a segunda atleta a se tornar baixa do Brasil para esse torneio amistoso em São Paulo. Na noite do último domingo, a CBF já havia anunciado o corte da volante Thaisa, do Real Madrid, por causa de uma lesão muscular na perna esquerda, também de grau 2. Para a vaga da jogadora do clube espanhola, a técnica sueca convocou a meio-campista Aline Milene, da Ferroviária, que já se apresentou para treinar com a equipe nacional no final da tarde desta segunda-feira, em atividade no CT do São Paulo, no bairro da Barra Funda.

Essa competição amistosa na capital paulista vai marcar o início da trajetória de Pia Sundhage na seleção. Substituta de Osvaldo Alvarez, o Vadão, demitido um mês após a participação do Brasil no Mundial realizado na França, a sueca fará a sua estreia nesta quinta-feira, às 21h30, no Pacaembu, quando a seleção enfrentará a Argentina. Antes disso, às 19h, Costa Rica e Chile medirão forças no mesmo local no confronto que abre o torneio.

As duas seleções que vencerem estas partidas vão se classificaram para a final, que ocorrerá no domingo, às 13 horas, pouco depois da disputa do terceiro lugar, que começará a ser realizada às 10h30 e reunirá os dois perdedores desta quinta-feira.

A sueca Pia Sundhage foi apresentada nesta terça (30) como nova técnica da seleção brasileira de futebol feminino. Após uma saudação inicial do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, ela recebeu a camisa da comissão técnica do time brasileiro e concedeu uma entrevista coletiva.

Logo no início da entrevista a treinadora falou do sentimento de assumir o Brasil: “Estou muito orgulhosa e feliz por olhar ao meu redor e sentir futebol. E eu adoro isto. Acompanhei a seleção na Copa do Mundo. Estou assumindo um excelente time. Eu fico muito empolgada em ver o Brasil”.

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Além disso, ela comparou o momento que vive agora com o que encontrou em 2008 ao chegar à seleção feminina dos Estados Unidos: “Amo futebol, amo desafios. Foi uma situação parecida nos EUA. Eles nunca tinham tido uma técnica estrangeira antes. É uma situação parecida. Esse tipo de desafio é algo do qual me orgulho muito, e que me orgulho de fazer novamente, e de dar o próximo passo para a seleção brasileira”.

Sonho Olímpico

Tendo a disputa dos Jogos Olímpicos de 2020 como primeiro grande desafio, a treinadora sueca falou que a medalha de ouro é uma possibilidade, mas para alcançá-la é necessário “trabalhar muito”. E o maior desafio nesta tarefa é fazer algumas mudanças: “A seleção brasileira precisa mudar. Mas não acho que precisa ser uma mudança muito radical. Pois, se isto acontecer, vamos perder a confiança. Cheguei aqui para equilibrar essa situação. Para fazer uma mudança que faça diferença”.

No decorrer da entrevista a treinadora deixou claro que o Brasil pode crescer muito se conseguir incorporar ao seu estilo de jogo a atitude da seleção dos Estados Unidos e a organização do time da Suécia, características que considera valiosas.

Relação com Marta

Pia também foi questionada sobre sua futura relação com a atacante Marta, principal jogadora da seleção brasileira. “Pretendo ser bem respeitosa. Ela tem o coração no futebol muito intenso. Vou tratá-la com respeito. Não sei que posição vai assumir em campo, pois é cedo demais para falar. É preciso primeiro ganhar o respeito dela e criar uma relação. Mas diria que não é só a Marta, mas o time inteiro. Podemos terestrelas no Brasil, nos EUA e na Suécia. Porém, no final das contas é a equipe inteira que conta. Tentamos fazer com que cada uma dê o melhor de si. E acho que Marta sabe disso”, afirmou a técnica.

Currículo vencedor

A técnica sueca de 59 anos de idade chega ao comando da seleção brasileira com um currículo muito vencedor. Já recebeu o prêmio de melhor técnica do mundo de 2012. Já conquistou dois títulos dos Jogos Olímpicos comandando a seleção dos Estados Unidos, em Pequim (2008), e em Londres (2012). E levou uma prata com a equipe da Suécia, no Brasil (2016).

Antes de assumir a seleção brasileira a treinadora estava trabalhando com a seleção sub-17 da Suécia.

Anunciada na semana passada como nova técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage já está no País e será apresentada na tarde desta terça-feira. Ela será recebida pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, e concederá entrevista coletiva a partir das 15 horas.

Bicampeã olímpica e medalhista de prata nos Jogos do Rio-2016, em conquistas no comando dos Estados Unidos, Pia terá como primeiro grande desafio preparar a seleção para a Olimpíada de Tóquio, no próximo ano. Mas, acostumada a trabalhos de longo prazo, a sueca terá como principal meta reformular a seleção brasileira.

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Pia estava passando férias na zona rural da Suécia, mas ainda na semana passada publicou um vídeo se mostrando ansiosa para comandar o Brasil. "Estou motivada para treinar no país do futebol. Para alcançar a melhor performance, juntos. Vamos, Brasil", comentou a nova treinadora da seleção em vídeo enviado para a CBF TV.

A aproximação da treinador com a seleção aconteceu no primeiro semestre deste ano, quando Pia esteve no Brasil a convite da CBF para um seminário sobre a modalidade. Ela respondeu perguntas sobre a seleção e abriu a possibilidade de estar no cargo.

A seleção feminina de futebol do Brasil enfrenta daqui a pouco a Jamaica, seleção que pela primeira vez joga uma Copa do Mundo. O país que é conhecido mundialmente por formar grandes velocistas no atletismo como: Usain Bolt, Asafa Powell, Yohan Blake, Elaine Thompson e Fraser-Pryce; leva também essa característica para o futebol; e as brasileiras devem ficar atentas para as atacantes Khadija Shaw e Jody Brown, que usam a velocidade para surpreender os times adversários em rápidas jogadas de contra-ataque.

A partida entre a seleção brasileira e da Jamaica está marcada para as 10h30 (horário de Brasília), no Estádio dos Alpes, em Grenoble, na França. O jogo é válido pelo Grupo C que tem também neste domingo, às 8h (horário de Brasília), em Valenciennes, Austrália e Itália; e Inglaterra x Escócia pelo Grupo D, às 13h, no estádio de Nice.

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Para o treinador brasileiro, Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, a Austrália é a equipe favorita do grupo, mas o Brasil tem condições de passar para a próxima fase. Por isso, segundo ele, é importante vencer a Jamaica hoje. “Temos que ganhar pois a Jamaica é a surpresa do grupo. Mas não vai ser fácil, pois são atletas fortes fisicamente”, disse durante entrevista à imprensa. Com a ausência de Marta, Vadão terá no ataque brasileira o trio de jogadoras formada por Debinha, Geyse e a experiente Cristiane.

A zagueira Mônica será a capitã brasileira. Essa será a primeira vez que ela usará a braçadeira desde o início de uma partida. "As meninas sabem que essa faixa é só uma representação, ser líder dentro de campo é estar sempre pronta para ajudar a equipe em qualquer momento. Eu tenho certeza que essa vontade nunca faltou e espero que a gente possa fazer uma grande partida", disse avalia Mônica.

O time do Brasil deverá pisar no gramado do Estádio dos Alpes com: Aline, Leticia Santos, Érika, Mônica e Tamires; Thaisa, Formiga e Andressa; Debinha, Geyse e Cristiane.

O treinador Hue Menzies deverá montar a equipe da Jamaica com: Sydney Schneider, Konya Plummer, Marlo Sweatman, Allyson Swaby e Dominique Bond-Flasza ; Lauren Silver, Havana Solaun e Chinyelu Ascher; Cheyna Matthews, Khadija Shaw e Jody Brown.

*Com informações da CBF

Aquela velha máxima sempre é real: goleira é aquela que chega primeiro no treino e sai por último. É bem verdade que essa história se repete em todas as sessões de treinamento. Há alguns anos, mais precisamente quinze, Bárbara repete essa rotina vestindo a camisa da Seleção Brasileira Feminina.

Com a Copa do Mundo da França, a goleira natural de Recife irá igualar uma marca histórica. Assim como Andréia Suntaque, Bárbara chegará a quatro participações em Mundiais, um recorde no futebol feminino. Ao longo da carreira esteve presente em 2007, 2011, 2015, e agora, em 2019.

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"Eu aprendi muito com a Suntaque, eu pude disputar duas Copas com ela, e agora estou indo para a minha quarta. Ela é uma baita de uma goleira, foi um espelho muito grande para mim. Eu fui reserva dela em duas Copas. Nesta eu vou buscar a titularidade", conta Bárbara.

Além de toda a história com a Seleção Principal, sendo um vice-campeonato em 2007, é uma medalha de bronze, ainda na categoria de base, a lembrança mais forte de uma Copa do Mundo. Em 2006, pela equipe sub-20, Bárbara participou da única conquista do Brasil em um Mundial de base feminino.

"Começou lá em 2006, quando pude disputar a minha primeira Copa do Mundo pela Seleção Feminina Sub-20. Foi muito marcante pra mim, porque a gente conseguiu a medalha de bronze contra os EUA na disputa dos pênaltis. Nós conseguimos trazer a primeira medalha Sub-20 em uma Copa do Mundo. E eu lembro que defendi três pênaltis para sermos campeãs", relembra Bárbara.

Ao lado das companheiras de meta, Aline e Letícia, e sob o comando do preparador de goleiras, Juarez dos Santos, Bárbara se prepara para fazer história na Copa do Mundo da França, seja com a marca de quatro Mundiais ou por vivenciar um momento único de crescimento do futebol feminino.

"Por mais que seja na França a Copa do Mundo, a visibilidade que as emissoras estão dando é muito especial, todos os nossos jogos serão transmitidos pela tv aberta, isso é único. Agora as pessoas irão poder torcer e se sentir mais próximas de nós",  finaliza.

Goleiras do Brasil em Copas do Mundo:

1991: Meg e Miriam

1995: Lia e Meg 

1999: Andréia Suntaque e Maravilha 

2003: Andréia Suntaque e Giselle

2007: Andréia Suntaque, Bárbara e Thais

2011: Andréia Suntaque, Bárbara e Thais

2015: Bárbara, Letícia e Luciana

2019: Aline, Bárbara e Letícia

Da assessoria da CBF. Fotos: Divulgação/CBF

Camisa 10 do Barcelona, um dos principais times do mundo no futebol feminino, Andressa Alves é uma das esperanças do Brasil no Mundial, que será disputado de 7 de junho a 7 de julho, na França - a seleção brasileira foi vice-campeã em 2007, na China, e ficou com a terceira colocação em 1999, no Mundial disputado nos Estados Unidos. Na última edição da competição, disputada em 2015 no Canadá, a seleção brasileira foi eliminada ao perder por 1 a 0 para a Austrália, nas oitavas de final.

Aos 26 anos, Andressa quer ajudar a seleção brasileira a se reerguer após uma sequência muito ruim de derrotas (a equipe perdeu as últimas nove partidas que disputou, quatro em 2018 e outras cinco neste ano) que deixaram o time e a comissão técnica sob intensa pressão. Nesta entrevista ao Estado, ela comenta sobre a importância da competição e como está a sua vida na Europa.

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Qual a expectativa para a disputa do Mundial?

Disputar o Mundial é o sonho de qualquer jogadora. Trabalhamos muito nos clubes para ter a oportunidade de ser convocada e jogar a Copa, e agora estou muito ansiosa para poder jogar.

A seleção vem de resultados negativos. O quanto isso pesa neste momento?

Os resultados realmente foram ruins e agora é trabalhar para melhorar até a Copa do Mundo. Temos pouco tempo e precisamos deixar tudo ajustado até lá.

Você é um grande talento da seleção e tem o suporte de atletas experientes como Marta, Cristiane e Formiga. Isso te dá mais tranquilidade para mostrar seu futebol

Com certeza ter o apoio delas é fundamental, elas são exemplos do futebol feminino mundial. É um orgulho poder jogar ao lado delas.

Como é atuar no Barcelona?

Ser a primeira brasileira a jogar aqui foi uma realização. Estou muito feliz por tudo que vem acontecendo na minha vida e só tenho a agradecer a Deus por tudo.

Você tem contato com os jogadores do time masculino? Já conversou com o Messi?

Já conversei algumas vezes. Temos evento do clube que o masculino e o feminino fazem juntos, e é uma sensação muito boa. Todo mundo quer conversar com Messi ou tirar aquela foto com ele.

Como é sua vida na Espanha?

A vida aqui é muito boa. A cidade de Barcelona é sensacional, tem muitos lugares para sair e vários restaurantes brasileiros. Eu me adaptei muito bem à cidade.

Você teve apoio de sua família para jogar futebol, o que não é tão comum com as meninas. Como foi isso?

Para mim foi maravilhoso ter o apoio deles porque era meu sonho e você ter um suporte da sua família ajuda a não desanimar. Infelizmente não é assim para todas as meninas, mas se puder falar alguma coisa para essas meninas é que não desistam nunca dos seus sonhos e que vale a pena lutar por aquilo que você ama.

E quando você convivia com garotas que não tinham esse apoio em casa, como lidava com isso?

É complicado porque não tem muito o que você fazer, a não ser ajudar ali todo dia com apoio e motivação.

O futebol feminino ainda não engrenou no Brasil, apesar do talento das jogadoras daqui. Acha que chegou o momento de deslanchar?

Acredito que para deslanchar precisa de mais investimento e apoio, mas melhorou muito desde que eu comecei a jogar em 2009.

O Mundial será transmitido ao vivo para o Brasil e os jogos da seleção estarão na TV aberta. Isso causa uma ansiedade para a disputa, pois muita gente poderá ver vocês em ação?

Com certeza terá muita ansiedade, e responsabilidade também. Você representa todas as meninas que infelizmente não terão a chance de disputar um Mundial. É uma coisa muito grande e precisamos estar preparadas da melhor maneira pra fazer bonito na Copa.

A ginástica artística brasileira brilhou em um dos eventos preparatórios para o Mundial. Neste sábado (16), em Stuttgart, a seleção feminina triunfou na disputa por equipes no DTB Pokal Team, uma importante competição amistosa, contando com ótimas apresentações de Rebeca Andrade.

O time brasileiro conseguiu uma nota final de 164,396 pontos. O segundo lugar ficou com a Rússia (159,496), enquanto a equipe da Holanda foi a terceira colocada (153,763).

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Rebeca Andrade brilhou ao conseguir as melhores notas brasileiras em todos os aparelhos. Foi assim no salto (14,800), nas assimétricas (14,566), na trave (13,433) e no solo (14,133).

"Nós treinamos muito para conseguir esse resultado e eu não falo nem da medalha, falo sobre nós. Temos muita coisa para melhorar, mas o meu orgulho é gigantesco e eu sou muito grata por ter vocês como minha equipe e amigas", escreveu Rebeca em seu perfil no Instagram.

No salto, ainda participaram Flavia Saraiva (14,600) e Carolyne Pedro (13,600). Nas

assimétricas, Jade Barbosa conseguiu 13,300 e Flavia fez 13,266. Na trave, o Brasil também contou com Flavia, que fez 13,033, e Thais Fidélis somou 12,733. Já no solo, Flavia conseguiu 13,666 e Thais obteve 13,266.

O DTB Pokal Team é a primeira competição da equipe brasileira em 2019 e ocorre na mesma cidade - Stuttgart - palco do Mundial de Ginástica Artística desta temporada, que será classificatória para a Olimpíada de Tóquio, em 2020.

O evento prossegue neste domingo na Alemanha com a disputa da final masculina por equipes a partir das 12 horas (de Brasília). No qualificatório, o time brasileiro foi o terceiro colocado.

Poucas horas depois de confirmar que a atacante Cristiane sentiu dores na panturrilha direita no treinamento de quarta-feira e não poderá defender a seleção brasileira feminina nas próximas semanas, o técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, anunciou nesta quinta a convocação de 23 jogadoras, inclusive a meia Marta, para a disputa do torneio amistoso She Believes, nos Estados Unidos, entre os dias 27 deste mês e 5 de março.

De olho no Mundial da França, em junho, o Brasil fará a sua estreia na competição norte-americana no próximo dia 27 contra a Inglaterra, na Filadélfia. No dia 2 de março, o duelo será contra o Japão, em Nashville, e a campanha será encerrada diante dos Estados Unidos, no dia 5, em Tampa. O formato será de pontos corridos com todas as equipes se enfrentando.

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A seleção brasileira feminina está concentrada desde o dia 14 de janeiro - uma parte na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), e outra em Itu (SP). Os treinamentos serão encerrados nesta sexta-feira. Neste período de mais de um mês de concentração, a comissão técnica já pode observar 42 jogadoras e ter tempo para trabalhar fisicamente e taticamente o elenco. A viagem para os Estados Unidos será neste sábado.

"O critério para essa convocação é levar as atletas que estão melhor fisicamente. Convocamos também algumas jogadoras que se recuperaram de lesão, para que possamos ter uma avaliação de cada uma. Logicamente, o objetivo de disputar um torneio importante como esse, apesar de não estarmos no nosso ápice físico, é também avaliar os adversários fortes que iremos enfrentar", revelou Vadão.

Sobre Cristiane, exames realizados pelo departamento médico da seleção confirmaram uma lesão no músculo sóleo, de grau 1/2. "A contusão inviabiliza a participação da atleta na competição e, por esse fato, foi liberada da concentração", informou a CBF.

Confira a convocação da seleção brasileira feminina:

Goleiras - Aline (UD Granadilla Tenerife/Espanha), Letícia (Corinthians) e Luciana (Ferroviária)

Defensoras - Érika (Corinthians), Jucinara (Valencia/Espanha), Kathellen (Bordeaux/França), Letícia (Sportclub Sand/Alemanha), Mônica (Orlando Pride/EUA), Poliana (Orlando Pride/EUA), Tamires (Fortuna Hjorring/Dinamarca) e Tayla (Benfica/Portugal)

Meio-campistas - Andressa Alves (Barcelona/Espanha), Formiga (Paris Saint-Germain/França), Juliana (Flamengo), Luana (KSPO Women Football Team/Coreia do Sul), Marta (Orlando Pride/EUA) e Thaisa (Milan/Itália)

Atacantes - Adriana (Corinthians), Beatriz Zaneratto (Incheon Hyundai Steel Red Angels/Coreia do Sul), Debinha (North Carolina Courage/EUA), Geyse (Benfica/Portugal), Ludmila (Atlético de Madrid/Espanha) e Raquel (Sporting Club Huelva/Espanha)

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, anunciou nesta quinta-feira (23) uma lista de 22 jogadores convocadas para dois amistosos que a seleção brasileira vai fazer em setembro contra o Canadá. E o treinador incluiu na relação a meia-atacante Marta, que está no Orlando Pride, dos Estados Unidos.

Da relação de 22 nomes anunciados por Vadão para os amistosos em Ottawa, apenas quatro atuam em clubes do futebol nacional, sendo elas a goleira Bárbara, a defensora Tayla e as atacantes Raquel e Adriana.

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As jogadoras convocadas se apresentam no dia 31 de agosto e ficam à disposição da seleção até 4 de setembro. A primeira partida será em 2 de setembro em jogo aberto ao público. O segundo amistoso está marcado para o dia 4, com portões fechados. E ambos ocorrerão no Estádio TD Place.

Em meio aos amistosos, o dia 3 de setembro é aguardado com expectativa por Vadão e também por Marta. É nesse dia que a Fifa anunciará os finalistas de 2018 do prêmio "The Best", sendo que eles estão entre os indicados aos prêmios de melhor técnico e melhor jogadora, respectivamente. A festa de gala para premiação está marcada para 24 de setembro.

Neste ano, a seleção feminina conquistou o título da Copa América, que foi realizada no Chile, em abril, desempenho que a classificou para o Mundial de 2019 e a Olimpíada de 2020. Mais recentemente, a equipe participou do Torneio das Nações nos Estados Unidos e ficou em terceiro lugar entre os quatro participantes.

Confira a lista de convocadas da seleção brasileira:

Goleiras: Bárbara (Kindermann) e Aline (Tenerife/Espanha);

Defensoras: Mônica (Orlando Pride/EUA), Bruna Benites (Meizhou Huijun/China), Rafaelle (Changchun Volkswagen/China), Tayla (Santos), Rilany (Atlético de Madrid/Espanha), Letícia (Sportsclub Sand/Alemanha) e Fabiana (Wuhuan Chedu/ China);

Meio-campistas: Andressinha (Portland Thorns/EUA), Camila (Orlando Pride/EUA), Andressa Alves (Barcelona/Espanha), Marta (Orlando Pride/EUA) e Thaisa (Milan/Itália);

Atacantes: Adriana (Corinthians), Beatriz Zaneratto (Incheon Hyundai/Coreia do Sul), Cristiane (Changchun Volkswagen/China), Debinha (North Carolina Courage/ EUA), Thais Duarte (Incheon Hyundai/Coreia do Sul), Raquel (Ferroviária), Darlene (Benfica/Portugal) e Ludmila (Atlético de Madrid/Espanha).

A Seleção Brasileira Feminina de futebol estreia na próxima quinta-feira (26) contra a Austrália, no Torneio das Nações, que será disputado nos Estados Unidos de 26 de julho a 2 de agosto. O jogo será realizado no Children’s Mercy Park, em Kansas City, às 17h15 (horário de Brasília). 

As próximas partidas das brasileiras no torneio são contra o Japão, no domingo (29), no Pratt & Whitney Stadium, em East Hartford, e as americanas no dia 2 de agosto, uma quinta-feira, no Toyota Park, em Bridgeview. 

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Todas as jogadoras convocadas já estão em Kansas. Com isso, o técnico Vadão (Oswaldo Fumeiro Alvarez) terá toda a equipe à disposição para o treinamento desta terça-feira (24).

Goleiras

Aline - UDG Tenerife (Espanha)

Bárbara - Kindermann

Letícia Izidoro - Corinthians

Laterais

Poliana - Orlando Pride (EUA)

Joyce - UDG Tenerife (Espanha)

Tamires - Fortuna Hjorring (Dinamarca)

Rilany - Atlético de Madrid (Espanha)

Zagueiras

Mônica - Orlando Pride (EUA)

Tayla - Santos

Daiane - Avaldsnes (Noruega)

Kathellen - FC Girondins (França)

Meias

Thaisa - Sky Blue (EUA)

Andressinha - Portland Thorns (EUA)

Juliana - Flamengo

Camila - Orlando Pride (EUA)

Rayanne - Flamengo

Atacantes

Adriana - Corinthians

Raquel - Ferroviária

Millene - Corinthians

Thaís - Incheon Hyundai Steel Red Angels (Coreia do Sul)

Beatriz - Incheon Hyundai Steel Red Angels (Coreia do Sul)

Debinha - North Carolina Courage (EUA)

Marta - Orlando Pride (EUA)

*Com informações da Confederação Brasileira de Futebol

A Seleção Brasileira não teve dificuldades para vencer por 3 x 0 a Argentina na sua segunda partida da fase final da Copa América de futebol feminino, na noite dessa quinta-feira (19) no Estádio La Portada, em La Serena, no Chile.

Agora, o Brasil depende apenas de um empate contra a Colômbia, no domingo (22), às 19h, para conquistar o heptacampeonato da competição. Os gols de ontem foram marcados por Cristiane, Thaisa e Debinha.

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O resultado garantiu ao Brasil a vaga para a Copa do Mundo da França, em 2019. A seleção feminina lidera, com seis pontos, a fase final da Copa América, e só pode ser alcançado pela Argentina, que tem três pontos e joga contra as chilenas na última rodada da Copa América.

*Com informações da Confederação Brasileira de Futebol

Classificada para a fase final da Copa América de futebol feminino, no Chile, a seleção brasileira enfrenta nesta sexta-feira (13) a Bolívia, sem algumas titulares, na última partida da fase de grupos.

De acordo com o treinador Vadão, as alterações no time são para poupar algumas atletas e dar oportunidade a outras que ainda não jogaram.

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Uma dessas jogadoras que terão a oportunidade de entrar em campo nesta sexta-feira é Aline Milene, que atua nos Estados Unidos e participa de sua primeira competição oficial pela seleção.

“Acho que é uma oportunidade incrível, estou muito feliz de poder estrear pela seleção brasileira em uma competição tão importante”, disse.

A partida contra a Bolívia será às 19h, no Estádio Sanchez Rumoroso, na cidade de Coquimbo. O Brasil é líder do Grupo B, com nove pontos e 14 gols de saldo. A segunda vaga do grupo será definida no confronto entre Argentina e Venezuela. O Chile e a Colômbia, do Grupo A, já estão mo quadrangular final.

*Com informações da Confederação Brasileira de Futebol

As boas atuações da oposto Tifanny Abreu na Superliga Feminina de Vôlei estão colocando a jogadora mais perto de uma convocação para a seleção brasileira. Ela está no radar do técnico José Roberto Guimarães, que reconhece o talento dela como atacante e sabe que poderia ser útil para a reserva de Tandara na posição.

Nesta sexta-feira, ela vai tentar ajudar o Vôlei Bauru diante do favorito Dentil/Praia Clube, melhor equipe da fase de classificação na Superliga. O duelo no ginásio Panela de Pressão, em Bauru, às 19 horas, será o maior desafio da atleta desde que assinou com a equipe. Tifanny já marcou 281 pontos, com a média de 5,51 pontos por set, a melhor da competição.

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Se for chamada, Tifanny seria a primeira trans a atuar internacionalmente, ainda mais em uma seleção que está entre as melhores do mundo. Zé Roberto evita falar sobre convocação neste momento, até porque a fase final da Superliga está começando e sua equipe, o Hinode Barueri, terá uma disputa complicada contra o Vôlei Nestlé, de Osasco.

Mas o treinador já reiterou diversas vezes que qualquer atleta pode ser convocada. "Se ela é elegível pelo COI, pela FIVB e pela CBV, ela é elegível para qualquer coisa. Não cabe a nós ficarmos discutindo isso", avisou o comandante. Pelas regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), não existe qualquer impedimento para ela atuar na seleção feminina.

A entidade informa que a classificação de gênero é feita pelas autoridades do país, que emitem a documentação sobre o assunto. Outro ponto é a elegibilidade da jogadora, que no momento está apta também. Comitê Olímpico Internacional (COI) vai conversar novamente sobre os parâmetros para atletas trans no esporte, mas Tifanny está apta.

Ela fez a cirurgia para mudança de sexo - algo que o COI não vê como obrigatório - e mantém a taxa de testosterona bem abaixo dos 10 nmol por litro permitidos - a dela é 0,2 nmol/l. Então, pelas diretrizes estabelecidas, ela está dentro da lei e pode representar o Brasil. Para Tifanny, ser convocada para a seleção seria um sonho.

Quando enfrentou o time de Zé Roberto na primeira fase da Superliga, marcou 36 pontos. "É sempre bom mostrar serviço, ainda mais para o técnico da seleção, até porque não descarto um dia estar ali ajudando a seleção. Eu vou continuar fazendo meu melhor e, se um dia eu for chamada, espero poder ajudar", comentou.

Na ocasião, Zé Roberto elogiou o empenho da atleta. "Nós estudamos a forma como a Tifanny joga, mas ela tem uma variação de golpes bastante grande. É difícil marcá-la. Ela sabe o que está fazendo o tempo inteiro, de qualquer posição, é uma jogadora bastante interessante. Ela pega a bola um pouco mais alto, então a defesa e o bloqueio precisam se ajustar melhor."

O bom momento da atleta também elevou seu patamar na Superliga. Para a próxima edição, ela passará a valer sete pontos, assim como outras jogadoras da seleção brasileira: a levantadora Dani Lins, as centrais Fabiana e Thaisa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi Guimarães e Natália, e a oposto Tandara. Pelas regras do ranking, cada equipe só pode ter duas atletas de sete pontos no elenco.

O técnico da seleção brasileira feminina de futebol, Vadão, convocou nesta quinta-feira 28 jogadoras, entre elas a estrela Marta, que hoje defende o Orlando Pride, dos Estados Unidos, para uma semana de treinos na Granja Comary, no CT da CBF, em Teresópolis (RJ). As atividades serão realizadas entre a próxima segunda-feira e o dia 20 de novembro.

O período de treinamentos servirá para o comandante fazer observações e testes visando os próximos passos do time nacional, do qual ele reassumiu o comando no mês passado em substituição à demitida Emily Lima.

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Além de Marta, a listagem divulgada nesta quinta-feira pelo site oficial da CBF traz jogadoras convocadas pela primeira vez à seleção principal, como a atacante Jennifer, que defende o time norte-americano Notre Dame Fighting Irish, e a meio-campista Francisca, do Sporting Braga, de Portugal.

Outra jovem jogadora chamada foi a goleira Kemelli, que após ser observada por Vadão neste período de treinos seguirá na Granja Comary para treinar com a seleção brasileira sub-20, entre os dias 20 de novembro e 4 de dezembro, visando a disputa do Campeonato Sul-Americano da categoria, cujas datas e o local ainda serão definidas.

Essa convocação também conta com cinco jogadoras do Corinthians/Audax, campeão da Copa Libertadores Feminina neste ano. Tratam-se das goleiras Letícia Izidoro e Tainá, além das laterais Yasmin, Paula e Daiane Rodrigues.

No mês passado, no primeiro desafio de Vadão após a sua volta ao comando da seleção feminina, o time nacional conquistou o título da Copa CFA, torneio amistoso realizado na China. No próximo ano, o Brasil lutará para manter a sua hegemonia na Copa América, que será realizado no Chile entre os dias 4 e 22 de abril.

A competição sul-americana dará à seleção campeã e à vice-campeã vaga direta ao Mundial de 2019, na França, e à Olimpíada de Tóquio, em 2020. A terceira colocada disputará uma repescagem com uma seleção da Concacaf para também ir à França. E as quatro primeiras colocadas estarão garantidas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.

Confira a lista de convocadas da seleção brasileira:

Goleiras - Kemelli (3B, do Amazonas), Letícia Izidoro (Corinthians/Audax), Tainá (Corinthians/Audax) e Aline (Györ ETO FC-HUN).

Zagueiras - Renata (Flamengo), Camila (Santos), Bruna (Iranduba) e Gislaine (São José).

Laterais - Rilany (sem clube), Yasmin (Corinthians/Audax), Paula (Corinthians/Audax) e

Daiane Rodrigues (Corinthians/Audax).

Meio-campistas - Thaisa (sem clube), Djenifer (Iranduba), Francisca (Sporting Braga),

Juliana (Flamengo), Andressinha (Iranduba) e Gabi Zanotti (Jiangsu Suning Ladies-CHN).

Atacantes - Debinha (NC Courage-EUA), Bianca (3B, do Amazonas), Adriana (Rio Preto), Paula (Ferroviária), Raquel (Ferroviária), Geyse (Atlético de Madrid), Jennifer (Notre Dame Fighting Irish-EUA), Marta (Orlando Pride), Patrícia (Ferroviária) e Millene (Rio Preto).

Na esteira da revolta das jogadoras da seleção brasileira feminina contra a CBF, ex-atletas da equipe, como Formiga e Marcia Taffarel, lançaram nesta sexta-feira um manifesto contra a CBF e pedindo o apoio da Fifa. O objetivo é demonstrar apoio à técnica Emily Lima e pedir maior suporte ao time feminino da seleção.

"Nós, ex-jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino (SBFF), estamos muito tristes e angustiadas pelos recentes acontecimentos na CBF no que concerne o futebol feminino e a nossa seleção brasileira", dizem ex-jogadoras da seleção, como a atacante Cristiane, que se aposentou da equipe recentemente em protesto contra a demissão de Emily.

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Na carta aberta, elas criticam a suposta falta de importância dada pela CBF ao time feminino e reclamam do tratamento recebido pelas mulheres dentro da entidade. "O péssimo tratamento das mulheres como líderes e jogadoras por muitos anos. Esses são apenas alguns exemplos recentes: a técnica Emily Lima, apesar do apoio das jogadoras, expressado numa carta endereçada à CBF, datada de 19 de setembro, foi abruptamente demitida; e cinco jogadoras de destaque se aposentaram, exaustas dos anos de desrespeito e falta de apoio", citaram as ex-jogadoras da seleção.

Elas também apontaram a falta de mulheres em cargos de direção na CBF. "Até o presente momento, nós tivemos uma ex-jogadora da seleção (Daniela Alves) trabalhando com a configuração da seleção, e, apesar das promessas, apenas Emily Lima teve a chance de ter um papel de liderança na seleção feminina", afirmaram, antes de enumerarem uma série de supostos problemas para a entidade:

"A falta de mulheres em papéis de liderança na CBF; a ausência de qualquer estrutura dentro da CBF que permita que mulheres façam parte da gerência e da administração do futebol; e a ausência de voz daquelas que vivenciaram o futebol feminino, em decisões sobre o futebol feminino."

Para o grupo de ex-jogadoras, a CBF precisa incorporar a reforma de igualdade de gênero. "Nós, as jogadoras, investimos anos das nossas próprias vidas e toda a nossa energia para construir essa equipe e criar toda essa força que o futebol feminino tem hoje. No entanto, nós e quase todas as outras mulheres brasileiras, somos excluídas da liderança e das tomadas de decisão relativas à nossa própria equipe e ao nosso esporte."

Para tanto, elas citaram a própria Fifa, que vem contratando mulheres para postos diretivos, caso da senegalesa Fatma Samoura, primeira mulher a ocupa o posto de secretária-geral da entidade máxima do futebol, após a eleição do suíço Gianni Infantino.

"No ano passado, a Fifa fez grandes reformas, como a inclusão obrigatória de mulheres em seu próprio Conselho, e a adição de mulheres em todos os níveis de administração do futebol. Membros como a CBF são obrigados a levar em conta a importância da igualdade de gênero na composição de seus órgãos legislativos. A CBF ainda não tem nenhuma mulher no seu conselho de administração. Não há quase nenhuma mulher na sua assembleia legislativa e administração senior. Não há nenhum caminho relevante para ex-jogadoras entrarem na CBF e ajudarem a gerir o próprio jogo delas", afirmaram.

O estopim da crise entre as jogadoras da seleção e a CBF foi a demissão de Emily Lima após duas derrotas em amistosos realizados na Austrália, no mês passado. Ao todo, ela comandou o Brasil em 13 jogos, conquistando sete vitórias, um empate e cinco derrotas. Em 10 meses de trabalho à frente da equipe, teve um aproveitamento de 56,4%.

O pouco tempo de trabalho irritou algumas jogadoras da seleção. E, após o anúncio da saída de Emily, elas começaram a anunciar suas aposentadorias da seleção. A primeira foi a atacante Cristiane, que foi seguida pela zagueira Andreia Rosa, pela lateral-esquerda Rosana, pela meia Fran e pela lateral Maurine.

Demitida na semana passada do comando da seleção feminina de futebol, a treinadora Emily Lima considera que o anúncio de aposentadoria de algumas jogadoras do time nacional é apenas em parte por solidariedade a ela.

"A minha saída só acrescentou a não aceitação de não ter o respeito adequado, de não ter o respeito que elas merecem", declarou Emily, em entrevista ao Estado. Ela criticou o coordenador da seleção feminina, Marco Aurélio Cunha que, a seu ver, não tem toda "essa vontade, essa briga de melhorar, de gostar do futebol feminino" que ele diz ter.

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A técnica retornou nesta quinta-feira à noite a São Paulo e diz que vai descansar antes de definir a sequência de sua carreira.

Como está vendo a decisão de algumas atletas de não defenderem mais a seleção em apoio a você?

Não sei se foi só por conta disso. Acho que os anos fizeram com que elas cansassem. A minha saída foi a gota para que elas pudessem colocar pra fora. A minha saída só acrescentou a não aceitação de não ter o respeito adequado, de não ter o respeito que elas merecem. Acho que refletiu dentro da minha demissão essa atitude das atletas.

A saída dessas atletas não vai colocar a seleção, o futebol feminino, numa situação ainda mais difícil?

Situação difícil elas passam diariamente. Acho que elas têm que começar a pensar nelas e buscar o respeito que elas merecem. Toda a vida elas pensaram na seleção, toda a vida elas pensaram em ajudar, e nunca ninguém pensou em ajudá-las. A CBF dá todo o respaldo necessário porque é obrigada a ter seleção feminina. Agora, tem alguns detalhes, que ela (CBF) até citou em vídeo nas redes sociais, como camisa... Isso é muito pequeno. Elas ganham uma camisa por convocação com o nome delas, sendo que tem um monte com o nome delas. E elas sabem, porque são amigas dos jogadores (da seleção masculina), que eles recebem 20 camisas, 15 camisas, 10 por convocação. Fora diárias que eles recebem por convocação, o bicho que ganham por jogo. Então é difícil você estar há 15, 17 anos na seleção, e nunca ninguém brigar por você. E quando uma pessoa entra pra brigar por você, e essa pessoa é demitida, e pode ter sido por conta disso também, aí acho que foi o fim pra elas. E eu acredito que tem que aparecer mais meninas falando o que se passa. Tem que acontecer. Acho que só assim a gente vai conseguir mudar as coisas.

Você chegou a bater de frente com o Marco Aurélio?

Sempre bati de frente com o Marco Aurélio, desde o primeiro dia que pisei na CBF, até antes mesmo. Eu batia de frente com coisas que não achava corretas, que ele como coordenador de seleção fazia. Algumas por comentários que ele fez sem ter um mínimo de conhecimento de futebol feminino, e outras lá dentro, com coisas ligadas a atletas mesmo. A gente sempre discordava um da opinião do outro. Eu brigando pelo que fiz durante 25 anos, por uma coisa que eu amo de verdade, e ele brigando por cargo dele, pelo status de estar na seleção. Não vejo essa vontade, essa briga de melhorar, de gostar do futebol feminino como ele diz que ele gosta.

Qual o futuro que você prevê para a seleção?

Eu vou torcer para que o trabalho dê sequência e que as meninas tenham sucesso.

E o que você pretende fazer a partir de agora?

Estou retornando a São Paulo, vou ficar um pouco com a minha família. Estive muito ausente e acho que preciso um pouco recarregar minhas energias. Não por conta da demissão, mas quando eu entro em qualquer coisa que vou fazer eu entro de cabeça mesmo, me doo 100% e me desgasto demais. Já estou em conversas com meu empresário para saber o que a gente vai fazer e o que é melhor pra mim neste momento.

A CBF anunciou nesta segunda-feira (25) o retorno de Oswaldo Alvarez, o Vadão, como técnico da seleção brasileira feminina. Ele reassume o selecionado dez meses após deixar a equipe nacional, em novembro do ano passado. O anúncio vem três dias após a entidade demitir Emily Lima, que havia substituído justamente a Vadão.

Emily foi demitida na sexta-feira após duas derrotas em amistosos com a Austrália, fora de casa. A CBF não revelou detalhes sobre a demissão, que foi muito criticada por torcedores nas redes sociais.

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Antes de perder o emprego, a treinadora havia liderado o Brasil na conquista do Torneio Internacional de Manaus, em dezembro, ao vencer a Itália na decisão, e deixou a seleção feminina após 13 jogos - foram sete vitórias, um empate e cinco derrotas, resultando em um aproveitamento de 56,4%.

De volta ao cargo, Vadão terá como principais tarefas classificar e preparar a equipe nacional para a próxima Copa do Mundo, em 2019, na França, e iniciar a formação do time olímpico para os Jogos de Tóquio-2020.

Demitida na última sexta-feira, Emily Lima caiu após derrotas por 3 a 2 e por 2 a 1 para as australianas em amistosos realizados na casa das adversárias. Antes disso, o Brasil foi goleada pela mesma Austrália, por 6 a 1, em junho deste ano, no Torneio das Nações, nos Estados Unidos. Lá também perdeu para a seleção da casa e empatou com o Japão. Antes disso, em amistoso disputado em abril, venceu a Bolívia.

A técnica da seleção brasileira feminina de futebol, Emily Lima, convocou nesta quinta-feira (23) as 24 jogadoras para o amistoso contra a Bolívia, no dia 9 de abril, na Arena Amazônia, às 20h30 (de Brasília), em Manaus. Os principais nomes da lista são as atacantes Marta e Cristiane e a meio-campista Andressa Alves, que ficaram fora anteriormente da convocação para o Torneio Internacional de Manaus, realizado em dezembro passado.

Este será o primeiro amistoso do time nacional neste ano, depois de o Brasil ter fracassado em 2016 em sua tentativa de buscar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio, onde terminou em quarto lugar na disputa da futebol feminino, em agosto.

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Presentes na convocação desta quinta-feira, a laterais Letícia e Jucinara e as meio-campistas Gabi Portilho e Brena foram chamadas pela primeira vez para defender a seleção principal em um jogo em uma data reservada pela Fifa para confrontos envolvendo seleções.

Em baixa no cenário internacional atualmente, o Brasil ocupa apenas o nono lugar do ranking feminino da entidade que controla o futebol mundial. Atual campeã do mundo, a seleção dos Estados Unidos ocupa a primeira posição desta listagem da Fifa.

Confira as convocadas da seleção brasileira:

Goleiras - Bárbara (Kindermann) e Thaís Picarte (Huelva-ESP).

Zagueiras - Rafaelle (Changchun-CHN), Mônica (Orlando Pride), Bruna Benites (Houston Dash) e Andreia Rosa (Avaldsnes Idrettslag-NOR).

Laterais - Fabiana (Corinthians/Audax), Tamires (Fortuna Hjorring-DIN), Letícia (Sporclub Sand-ALE) e Jucinara (Corinthians/Audax).

Meio-campistas - Franciele (Avaldsnes Idrettslag-NOR), Thaisa (Grindavik Football Club-ISL), Brena (Santos), Andressa Alves (Barcelona), Rosana (North Caroline Courage), Gabi Zanotti (Jiangsu Suning Ladies-CHN) e Gabi Portilho (Madrid Club)

Atacantes - Debinha (North Caroline Courage), Marta (Rosengard-SUE), Bia Zaneratto (Hyundai Steel Red Angels-Coreia do Sul), Gabi Nunes (Corinthians/Audax), Cristiane (Paris Saint-Germain), Darlene (Rio Preto) e Thais Duarte (Hyundai Steel Red Angels).

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