Foi enviado à Justiça o inquérito que apurou o tráfico de drogas nas festas da alta sociedade na região do Triângulo Mineiro. No documento, finalizado nesta semana, a Polícia Civil pede a prisão preventiva de todos os 18 acusados de pertencerem à "Quadrilha dos Playboys", como ficou conhecido o grupo formado, entre outros, por filhos de advogado, empresário e fazendeiro.

As investigações demoraram seis meses e foram apreendidos com os envolvidos grande quantidade de drogas, armas e dinheiro, além de 15 veículos, sendo carros e motos de luxo. A operação foi denominada "After Party" e o grupo se concentrava em Araguari (MG), mas as drogas eram buscadas na região de Goiânia. Um espanhol que seria o fornecedor da mercadoria foi preso neste mês naquela cidade.

Alguns dos envolvidos seguem presos, enquanto que outros conseguiram a liberdade até o caso ser julgado. Agora, segundo o delegado Fernando Storti, caso a Justiça acate o pedido de prisão provisória, todos voltarão para a cadeia.

Números

No total foram apreendidos com a quadrilha 100 mil comprimidos de ecstasy vindos da Holanda para serem comercializados no Brasil. Uma das apreensões envolveu uma mulher que levava 10 mil comprimidos de Goiânia para Araguari, enquanto que outra teve como protagonistas dois estudantes universitários pegos com 1.600 comprimidos.

A Polícia Federal (PF) prendeu 14 pessoas durante operação deflagrada hoje (15) em cinco estados brasileiros. Chamada de Touro Branco, a ação visa a desarticular um grupo investigado por tráfico internacional de drogas. Foram apreendidas três aeronaves de pequeno porte usadas para transportar os entorpecentes e ao menos uma arma, um revólver calibre 38.

Segundo a assessoria da PF, mais dois suspeitos de envolvimento já estavam detidos em Mato Grosso – um em Rondonópolis, outro em Cáceres. A Justiça já havia expedido mandados de prisão dos dois.

No total, foram expedidos 17 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 20 de busca e apreensão. Dos quatro suspeitos que estão foragidos, três estão na Bolívia, conforme apurou a PF. A Justiça também determinou o bloqueio dos bens dos investigados.

As ações policiais ocorrem simultaneamente em dez cidades mato-grossenses (Cuiabá, Cáceres, Mirassol d’Oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Sapezal, Colíder, Sinop, Sapezal e Rondonópolis); três paraenses (Belém, Santarém e Paragominas); duas paulistas (São Paulo e Lavínia), além de Luziânia (GO) e Apodi (RN). Os três aviões apreendidos estavam em Sinop (MS), Colíder (MS) e em Belém (PA).

Escolhida pela Polícia Federal como nome da operação, a expressão Touro Branco era usada pelos próprios investigados como forma de simular que as negociações de drogas se tratavam de compra e venda de gado. Segundo a PF, as investigações começaram há cerca de um ano e meio. A droga era transportada da Bolívia até a fronteira com Mato Grosso a bordo de aviões. Depois, era escondida em áreas rurais da região até ser distribuída para outras cidades.

Ontem (14), a PF já tinha deflagrado em Mato Grosso a Operação Falange, que resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de participação em um esquema de roubo e furto de estabelecimentos comerciais. Entre os detidos está um policial militar, acusado de colaborar com os criminosos.

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A polícia tirou de circulação 150 kg de maconha da Região Metropolitana do Recife (RMR). Os delegados Leonardo Cavalcante e Maria Elizabete apresentaram detalhes da apreensão da droga na manhã desta quinta-feira (10), no Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), no bairro da Boa Vista. Os casos aconteceram na Cidade Tabajara, em Olinda, em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, e em Maranguape, em Paulista, nessa terça (8) e quarta-feira (9). Através de investigações, a polícia chegou até Bernardo Messala Lima Milet, de 30 anos. 

Na residência dele, no bairro de Maranguape, havia 50 kg de maconha, vinda provavelmente do Paraguai, além de munições de uso restrito das forças armadas e de uso permito desde que haja autorização. Não havia armas no local, apenas munições que a polícia acredita que também se trate do tráfico de munições. “Fizemos uma campana durante 15 dias e realizamos uma abordagem. Durante a busca nada foi encontrado, porém ele estava bastante nervoso e foi necessário usar forças policiais”, relatou Cavalcante.  

Também na terça, a polícia chegou a José Paulo da Silva, de 46 anos, por meio de uma denúncia, 20kg de maconha, na residência dele na Cidade Tabajara, em Olinda. “Ele estava armazenando a droga dentro do quarto e não resistiu à prisão”, disse a delegada Maria Elizabete. Segundo a ela, o homem não tinha passagem pela polícia e as investigações continuam no sentido de encontrar quem forneceu a droga a José Paulo.

Já na quarta-feira (9), a polícia prendeu Natália Rafaela Pereira, de 18 anos, quando ela ia entregar 7 kg de maconha a uma adolescente em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho. A Polícia que já vinha investigando a mulher, a seguiu até o ponto de encontro. De lá foram até o local onde havia mais droga escondida, um mangue próximo a maternidade da cidade. Houve troca de tiros com a polícia. “Nos já vinhas investigando a Natália através da inteligência policial. Ela era uma das fornecedoras da área. Quando a abordamos foi indagado a ela de onde vinha a droga e ela respondeu que tinha um homem guardando a maconha. Fomos recebidos por três elementos com tiros no mangue, eles fugiram, mas a polícia já os identificou”, concluiu.  

Os homens foram encaminhados ao Centro de Triagem, Cotel, em Abreu e Lima. Já a mulher foi levada a Colônia Penal Feminina, na Iputinga, na Zona Oeste do Recife. A adolescente seguiu para o Conselho Tutelar. 

Após investigações feitas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) indicarem que um homem estaria saindo de Foz do Iguaçu, no Paraná, com destino ao Recife, trazendo em seu veículo certa quantidade de droga, Cleverton Michel Ramos Cruz, 21 anos, foi detido pela Polícia Federal em uma barreira montada pelos agentes na BR 101, no município de Xexéu, Zona da Mata Sul do Estado, com 26 kg de pasta base de cocaína.

Ao ser abordado pela PF, Cleverton negou estar transportando qualquer entorpecente e foi encaminhado para uma averiguação na sede da polícia, localizada no Cais do Apolo, área central da cidade. Com a ajuda de dois cães farejadores, foram encontrados os 24 tabletes de pasta base de cocaína - totalizando 26,4 kg.

Cleverton, que já possuía passagem por porte ilegal de armas, foi autuado em flagrante por tráfico interestadual de entorpecentes e, se condenado, terá penas que somadas ultrapassam os 20 anos de reclusão. Além da droga, foram apreendidos dois aparelhos celulares. O homem foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL). 

Segundo a PF, com esses 26,4 kg de pasta base poderiam ser feitos cerca de 79 kg de Crack, o que corresponde a 316 pedras da droga.

Um avião foi abatido e um agente da Polícia Federal (PF) foi morto, na noite de quarta-feira (25), em uma operação cinematográfica de combate ao tráfico de drogas em Bocaina, no interior de São Paulo. Na ação, em um canavial às margens do quilômetro 136 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255), foram apreendidas armas e entorpecentes. O piloto e três bandidos foram presos.

Cerca de 20 agentes federais de Bauru e Araraquara aguardavam para apreender o avião dos traficantes. Vindo do exterior, ele desceria em uma pista clandestina no meio do canavial, mas os bandidos que aguardavam a chegada do aparelho, armados de fuzis, foram surpreendidos pelos policiais. Houve intensa troca de tiros.

Alertado pela movimentação em terra, o piloto, que se preparava para pousar, tentou arremeter a aeronave de pequeno porte, que foi abatida, caiu a 200 metros da pista e pegou fogo. As chamas atingiram o canavial. Segundo agentes, as informações eram de que o aparelho estaria carregado com mais de 500 quilos de drogas. O piloto, cuja identidade não foi divulgada pela PF, tentou fugir, mas acabou preso quando andava pela rodovia por volta da 1h30 desta quinta-feira, 26.

Os outros bandidos fugiram para o canavial e também foram presos ainda de madrugada. Na fuga, eles abandonaram um Gol branco, onde estavam armas, munições e coletes à prova de balas. Entre os armamentos havia um fuzil ponto 50, de uso exclusivo das Forças Armadas.

Durante a operação, o agente da PF Fábio Ricardo Paiva Luciano foi baleado no peito e morreu quando era socorrido para a Santa Casa de Jaú. De acordo com o delegado da PF de Bauru, Ênio Bianospino, que participou da operação, o agente foi atingido quando estava na via de acesso à pista de pouso. Segundo Bianospino, o policial estava de frente para um veículo que se aproximou com seus ocupantes disparando. Luciano trabalhava havia um ano em Bauru, era casado e completaria 39 anos nesta sexta-feira, 27.

Dois estudantes da USP, Samara Soares de Oliveira e Leandro Nunes, ambos de 26 anos, são investigados por tráfico de drogas no interior de São Paulo. Eles foram presos com 533 comprimidos de ecstasy, 45 pontos de LSD, 12 porções de haxixe e uma de maconha em Sertãozinho (SP). Ao serem pegos, alegaram ter gasto R$ 10 mil comprando a mercadoria em Ribeirão Preto (SP). A prisão ocorreu no domingo, 15.

Segundo a polícia, o casal contou que toda a droga seria comercializada em festas rave de São José do Rio Preto (SP).

Os dois são namorados e de classe média-alta, já tendo viajado por várias partes do País e do mundo, como mostram fotos postadas nas redes sociais. Nas imagens eles estão em locais como Estados Unidos, Itália, Holanda e Dubai.

Samara está no penúltimo ano de engenharia elétrica na USP de São Carlos (SP) e faz estágio na região em uma empresa pública, mas sua família reside em Franca (SP). Já o rapaz cursa o último ano de química, também em São Carlos, e sua família seria de Ribeirão Preto (SP).

Flagrante

Os dois foram presos quando seguiam de carro pela Rodovia Atílio Baldo, município de Sertãozinho. Após serem autuados em flagrante foram mandados para cadeias da região. O crime de tráfico está previsto na Lei 11.343/2006 e pode render de 5 a 15 anos de reclusão. Mas se o acusado cumprir alguns requisitos, como ser primário, pode conseguir a redução da pena.

Depois de um mês de investigação, a Polícia Federal (PF) e Polícia Militar (PM) efetuaram a prisão de um homem, que trouxe para Pernambuco um carregamento de 100 Kg de maconha. Rodrigo Fernando Fonseca, de 29 anos, não possui antecedentes criminais, mas de acordo com polícia esta é a terceira vez que ela traz a droga de São Paulo para a Região Nordeste. Pela apresentação do entorpecente, a polícia afirma que origem é o Paraguai.

A prisão aconteceu por volta das 17h, dessa quarta-feira (11), em Jaboatão dos Guararapes, depois que o caminhão, de placa HOH-9515, que ele dirigia foi identificado, através de uma operação montada nos locais por onde o veículo passaria. 

De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, Carlo Marcus Correia, o homem trabalhava em um transportadora paulista e aproveitava os carregamentos vindos até Pernambuco para trazer a droga. “Ele trazia matérias diversos e colocava a maconha em um compartimento externo. Em depoimento ele afirmou que passava por necessidades financeiras e tinha sido ameaçado para trazer a maconha”, disse. 

Ainda segundo a polícia, na primeira vez que ele trouxe a droga recebeu R$ 2 mil reais pelo transporte, e foi informado que trazia mercadoria contrabandeada. Já na segunda, com a quantia de R$ 2,5 mil, ele já estava ciente que trazia a droga. Nesta terceira vez, ele receberia R$ 1,5 mil. 

O superintendente do Departamento da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz, afirma que esta inversão, da maconha estar sendo importada para o Estado, quando antigamente era importada para outros locais, demonstra que as ações para erradicação do cultivo da droga no Sertão estão sendo eficientes. “Nossa atuação tem sido cada vez mais efetiva, causando prejuízo para esses criminosos. A parceria com as polícias civil e militar tem trazido bons resultados”, destacou. 

Apesar de a polícia acreditar que a droga tenha origem no Paraguai, o homem vai responder por tráfico interestadual de drogas, pois ela já estava em São Paulo quando foi trazida. Se condenado, ele pode pegar pena que ultrapassam 20 anos. Rodrigo Fernando Fonseca foi encaminhado ao Centro de Triagem e Observação, Cotel, em Abreu e Lima.

Um tanzaniano foi preso no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, no Recife, pela Polícia Federal (PF), com 125 cápsulas de cocaína dentro do estômago. De acordo com a PF, Holden Canisius Bahatisha, de 33 anos, já se queixava na aeronave, vinda de São Paulo, de dores na barriga tendo inclusive desmaiado e ficado sem sentido dentro do avião. A aeronave que ele estava seguia para Lisboa, em Portugal. 

Ao pousar no Recife, o passageiro foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, escoltado por policiais federais, e ao passar por um exame de “raios x” ficou constatada a existência das cápsulas de cocaína, uma delas com sinal de rompimento.

O homem foi levado para o Hospital da Restauração (HR) e foi submetido a uma cirurgia de três horas. As cápsulas retiradas do estômago do tanzaniano totalizaram um peso bruto de 2,3Kg de cocaína. De acordo com o Elimarcos dos Santos, médico cirurgião do HR, o estrangeiro está sedado e entubado, mas passa bem. Ele está custodiado por policiais federais na Unidade de Terapia Intensiva e não tem prazo para receber alta. 

Após a liberação médica, ele será autuado por tráfico internacional de entorpecentes e caso seja condenado poderá pegar penas que somadas ultrapassam 20 anos de prisão. Além da droga também foram apreendidos passagens aéreas, cartões de embarque, passaporte, um aparelho celular e vários documentos. Esta é a segunda apreensão de drogas feita pela PF no Aeroporto Internacional dos Guararapes este ano somando 6Kg de cocaína e duas pessoas presas. 

Com informações da assessoria

O Ministério Público (MP) do Rio denunciou à Justiça, com pedido de prisão preventiva, o traficante Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, e o pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), pelo crime de associação para o tráfico. De acordo com o MP-RJ, a associação da dupla para o tráfico de drogas começou em 1993, quando pastor Marcos fazia trabalho de evangelização em presídios, delegacias e comunidades dominadas pelo tráfico.

Naquela época, Marcinho VP começava a ascender na estrutura do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio, da qual é hoje um dos principais chefes. A denúncia diz que, no início, o pastor agia como "pombo-correio", levando ordens de chefes do tráfico que estavam presos para as comunidades onde atuavam.

Ele tiraria proveito do fato de ter acesso aos presos como pastor. No início dos anos 2000, o religioso passou a filmar as supostas ações de resgate, nas quais ele aparecia para salvar alguém que havia sido condenado à morte pelo "tribunal do tráfico" ou para conter rebeliões em unidades prisionais. De acordo com o MP, tudo não passava de encenação.

Segundo a denúncia do MP, em 2006 o pastor repassou ordens de traficantes presos aos comparsas soltos em favelas para promover os ataques a bases policiais e ônibus no Rio. A onda de violência foi uma forma de os traficantes protestarem contra o programa de isolamento deles em presídios federais, com a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O religioso está preso preventivamente desde maio acusado de estuprar duas fiéis da igreja.