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O novo dono do Twitter, Elon Musk, ainda terá que submeter seus tuítes sobre sua empresa de carros elétricos Tesla a aprovação prévia, depois que um juiz negou nesta quarta-feira um recurso com o qual ele buscava ser liberado dessa supervisão.

Musk entrou com um recurso em março para anular as restrições impostas pela Securities and Exchange Commission (SEC) devido a um tuíte publicado em 2018 no qual ele disse que havia adquirido um financiamento para tirar a Tesla da bolsa, mas não apresentou provas ou documentos ante o regulador do mercado de ações americano.

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O tuíte, que elevou fortemente os preços das ações, foi considerado "falso e enganoso" e os acionistas acusaram a Tesla de fraude de valores. A SEC também acusou Musk de fraude e ordenou que ele renunciasse à presidência do conselho de administração da empresa, pagasse uma multa de US$ 20 milhões e, após outro tuíte (no começo de 2019), exigiu que todos os seus tuítes relacionados diretamente com os negócios da empresa fossem aprovados previamente por um advogado competente.

Musk disse que foi obrigado a aceitar o acordo e negou ter mentido aos acionistas. No entanto, "a afirmação de Musk de que foi vítima de coação econômica é totalmente pouco convincente", escreveu o juiz Lewis Liman em sua sentença. Ele disse que o argumento de Musk de que a SEC usou o acordo "para intimidá-lo" e investigar suas publicações "não tem mérito" e é "particularmente irônico", uma vez que os direitos de liberdade de expressão não permitem que ele faça declarações "consideradas fraudulentas" ou que violem as leis de valores.

Pesquisa feita em contas de 115 militares da ativa ligadas ao ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas localizou 3.427 tuítes de caráter político-partidário, entre abril de 2018 e abril de 2020. Eles estavam nas contas mantidas na rede social por 82 integrantes das Forças Armadas, entre os quais 22 oficiais-generais - 19 generais, dois almirantes e dois brigadeiros.

São casos como o do coronel Ricardo. Era 7 de outubro de 2018, dia do primeiro turno da eleição presidencial, quando a conta do militar no Twitter fez propaganda do então candidato Jair Bolsonaro: "É dia de mudar o Brasil. Vote consciente. Brasil acima de tudo! Deus acima de tudo!" Outro oficial - um tenente-coronel de Cavalaria - escreveu: #MitoPrimeiroTurno.

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A maioria dos tuítes é de apoio ao governo, mas há exceções. Um general disse sobre o caso das "rachadinhas", no gabinete de Flávio Bolsonaro quando o hoje senador pelo Republicanos era deputado estadual no Rio: "Ventos novos exigem posturas novas". Um dia depois da saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, um coronel escreveu: "A minha melhor continência a esse patriota!" E repetiu a frase do ex-juiz da Lava Jato: "Faça a coisa certa, sempre".

Um general chegou a mudar o nome de seu perfil, adotando outra identidade na rede, após a demissão de Moro, e passou a tuitar contra Bolsonaro, criticando-o pela atuação no combate à pandemia de covid-19.

Para o cientista político Eliezer Rizzo de Oliveira, as publicações dos militares demonstram a existência de um "ativismo militar". As manifestações político-partidárias de integrantes da ativa são proibidas pelo Estatuto dos Militares e pelos regimentos disciplinares e portarias das três Forças Armadas. Na avaliação de Eliezer, é importante controlar esse fenômeno, pois "a aplicação das normas republicanas confronta o partido fardado, ao passo que a impunidade reforça a autonomia militar".

Punições

O Ministério da Defesa disse que Marinha, Exército e Aeronáutica têm "manuais e cartilhas que normatizam e orientam adequadamente a conduta e o uso de mídias sociais por parte dos militares". O uso incorreto de redes já levou à punição de militares da ativa. O Exército cita casos de violação da segurança de unidades, mas não revelou o total de punidos.

A Força Aérea informou que registrou "17 procedimentos para apuração de suposta transgressão por 'mau uso' de redes sociais, dos quais dez praças foram punidos disciplinarmente" - seis deles em 2019 e quatro em 2020. Nenhum oficial foi punido. Entre os que fizeram postagens políticas está o brigadeiro Carlos Baptista Júnior, com 80 publicações políticas, todas em apoio ao presidente e ao bolsonarismo antes de ser nomeado comandante da Aeronáutica.

A Marinha respondeu que, em 2019, foram determinadas 17 punições a 17 militares pelo uso de redes. Em 2020, esse número subiu para 20 punições a 20 militares. Os dados foram obtidos pelo Estadão por meio de Lei de Acesso à Informação.

Para o Exército, atualmente o problema está sob controle. A reportagem apurou que uma dezena dos perfis de militares que publicavam manifestações políticas apagou os tuítes, fechou suas contas ou abandonou a rede social. A questão foi disciplinada pela portaria de 2019 feita pelo ex-comandante da Força, general Edson Leal Pujol. Ela criou critérios para a manutenção de contas nas redes sociais pelos militares, proibindo sua vinculação delas com perfis institucionais, à exceção dos integrantes do Alto Comando.

O uso do Twitter por militares voltou a ser debatido após o novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, congelar sua conta para priorizar a comunicação institucional no YouTube. Ele criara o perfil em abril de 2018, depois dos tuítes de Villas Bôas às vésperas do julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva, então preso na Lava Jato. Além dele, outros 30 generais e coronéis abriram contas de abril de 2018 a abril de 2020, período abrangido pela pesquisa, publicada no livro Os Militares e a Crise Brasileira. Entre os tuiteiros, um quinto dos posts políticos critica a oposição e a imprensa e 35% traz mensagens de apoio ao governo ou reproduz opiniões de bolsonaristas, como as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP).

'Partido fardado'

A presença de militares no governo Jair Bolsonaro e o comportamento deles reanimaram o interesse na atuação política dos militares e sobre obras como as dos antropólogos Celso Castro e Piero Leirner e as de cientistas políticos como José Murilo de Carvalho e Oliveiros S. Ferreira, autor de Vida e Morte do Partido Fardado e Elos Partidos. Um dos centros do debate atual é o conceito de "partido fardado", usado por Oliveiros e pelo cientista político francês Alain Rouquié.

Oliveiros pensava que as reformas do presidente Castelo Branco, limitando o tempo de permanência de generais na ativa, teriam levado ao fim do partido fardado, deixando-o acéfalo. Generais se candidatavam, exerciam cargo político e depois voltavam aos quartéis. Eles simbolizavam o fenômeno. Para o cientista político Eliezer Rizzo de Oliveira, que prepara um livro sobre o tema, o governo Bolsonaro mostra que o partido fardado não havia morrido, só estava hibernando, sobretudo no Exército. "Estamos diante de um ativismo militar, de um partido verde-oliva."

Segundo a pesquisadora Ana Penido, do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), para Oliveiros, o partido fardado não é algo formal para disputar eleições, mas uma organização temporária, que só se evidencia em momentos de tensão interna nas Forças Armadas ou de desencontro entre a instituição e o governo, precisando de situação favorável à politização militar.

A pesquisadora adota, porém, o termo "partido militar" para designar o fenômeno. "Pertencem ao partido aqueles militares que se julgam no direito de interpretar a Constituição e, na condição de defensores da lei e da ordem, estabelecem, por si mesmos, como e quando agirão. Integram o estabelecimento militar aqueles que agem subordinados às leis e regulamentos, pautados pela hierarquia e disciplina."

Para o coronel da reserva Marcelo Pimentel, que analisa o fenômeno no livro Os Militares e a Crise Brasileira, o atual processo de politização dos militares começou em meados da última década. "A politização dos militares não se confunde com a mera expressão pessoal de opiniões políticas." O partido militar se coloca em um dos polos da política e cria o risco de divisões nas Forças, com a volta ao estado de indisciplina crônica, vivido nos quartéis antes de 1964. "O que preocupa é a atual geração de tenentes em razão do exemplo dos chefes. O mau uso de redes sociais é um meio de politização do Exército." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Símbolo para alguns da liberdade de expressão na Espanha, o rapper Pablo Hasél foi preso nesta terça-feira (16) para cumprir uma pena de nove meses de prisão por tuítes que atacavam a monarquia e as forças de segurança.

"Eles nunca vão nos parar, não vão nos dobrar!", gritou Hasél quando a polícia o escoltava para fora da Universidade de Lleida, na região da Catalunha, onde ele havia se barricado no dia anterior com dezenas de jovens.

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"Morte ao Estado fascista", gritou no momento em que os agentes o introduziram na viatura, entre vaias de militantes que protestavam nesta cidade a 150 km de Barcelona.

De lá, ele foi levado diretamente para a prisão da cidade, informou Jordi Dalmau, chefe da polícia regional catalã na área.

Condenado a nove meses de prisão por tuítes publicados entre 2014 e 2016, Hasél tinha até sexta-feira para se entregar voluntariamente e começar a cumprir sua pena por exaltar o terrorismo e insultos à Coroa e às forças de segurança.

Nas mensagens, o rapper atou a monarquia e chamou, por exemplo, de "mercenários de merda" as forças policiais, acusando-as de torturar e assassinar manifestantes e imigrantes.

Em 2014, o cantor já havia sido condenado a dois anos de prisão por glorificar o terrorismo em canções em que clamava pela morte da família real ou elogiava grupos extremistas responsáveis por ataques violentos.

Na ocasião, a prisão não foi realizada porque o rapper não tinha antecedentes e a pena não ultrapassava dois anos.

Em entrevista por telefone à AFP, Hasél disse na sexta que não se entregaria à polícia.

"Eles terão que vir para me sequestrar e isso também servirá para que o Estado seja retratado pelo que é: uma falsa democracia", declarou desafiadoramente.

Na segunda ele se barricou no prédio da reitoria da universidade de sua cidade, Lleida, junto com dezenas de jovens que queriam dificultar sua prisão.

"Eles vão me prender de cabeça erguida por não ceder ao terror", postou o rapper em um de seus últimos tuítes, poucas horas antes da prisão.

Os policiais chegaram por volta das 06h30 (02h30 de Brasília) e, apesar de encontrarem algumas barricadas e contêineres para impedir seu acesso, conseguiram evacuar os ativistas sem "incidentes graves", segundo um porta-voz.

Em Madri e Barcelona foram organizadas manifestações em apoio a Hasél. Cerca de 200 artistas, entre os quais o cineasta Pedro Almodóvar, o ator Javier Bardem e o cantor e compositor Joan Manuel Serrat, assinaram um manifesto em sua defesa.

O escândalo incomoda o governo do socialista Pedro Sánchez, cuja porta-voz María Jesús Montero reconheceu na semana anterior que não havia "proporcionalidade" na condenação do rapper.

Na defensiva, o Executivo prometeu "uma revisão dos crimes relacionados aos excessos no exercício da liberdade de expressão", com o objetivo de impor sentenças "dissuasivas" e não de prisão.

Parceiro minoritário da coalizão de governo, o partido radical de esquerda Podemos denunciou abertamente a situação. "Todos aqueles que presumem uma 'plena normalidade democrática' e se consideram progressistas, deveriam se sentir envergonhados", tuitou a formação.

O caso de Hasél lembra o do rapper espanhol Valtonyc, que em 2018 partiu para a Bélgica horas antes de entrar na prisão para cumprir pena por insultos ao rei, glorificação do terrorismo e ameaças em suas canções.

A Bélgica rejeitou a extradição solicitada pela Espanha, alegando que suas ações não constituem um crime sob a lei belga. O caso está em processo de apelação.

À espera da alta do hospital onde está sendo tratado por covid-19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta segunda-feira (5) uma avalanche de tuítes sobre as eleições de 3 de novembro, após uma polêmica saída surpresa para saudar seus partidários.

Trump, de 74 anos, permanece internado no centro médico militar Walter Reed, nos arredores de Washington. De acordo com seu chefe de gabinete, Mark Meadows, melhorou nas últimas horas e poderá receber alta ao longo do dia.

"Estamos otimistas que, com base em seu incrível progresso, e o quão forte foi em termos de sua luta contra esta doença, receba alta", disse Meadows à emissora Fox News. "Mas essa decisão será tomada apenas mais tarde", acrescentou.

As ações de Wall Street subiram na abertura desta segunda, tranquilizadas com a saúde de Trump. Na reta final de uma tensa campanha eleitoral, em que aparece nas pesquisas atrás de seu rival democrata, Joe Biden, o presidente republicano foi hospitalizado na sexta-feira, horas depois de anunciar que havia sido contaminado com o novo coronavírus.

O diagnóstico da covid-19 de Trump expôs, mais do que nunca, sua questionada gestão de uma pandemia que matou mais de 209.000 americanos, e provocou um duro golpe na economia da primeira potência mundial.

"VOTEM!"

Hoje, Trump pareceu determinado a mostrar que tem a situação sob controle: em 30 minutos, disparou 15 tuítes em letras garrafais em sua conta, destacando o que considera como conquistas de seu governo: "MERCADOS FINANCEIROS EM ALTA. VOTEM!". "O EXÉRCITO MAIS FORTE. VOTEM!". "LEI E ORDEM. VOTEM!". "LIBERDADE RELIGIOSA. VOTEM!". "A MAIOR REDUÇÃO DE IMPOSTOS DA HISTÓRIA E OUTRA POR VIR. VOTEM!". "FORÇA DO ESPAÇO. VOTEM!". "LUTA CONTRA OS CORRUPTOS VEÍCULOS DAS FAKE NEWS. VOTEM!".

As mensagens foram publicadas, um dia depois de uma rápida saída de Trump do hospital para saudar seus seguidores, de dentro do carro. O episódio causou indignação e polêmica sobre os riscos para sua saúde e a de seus seguranças.

Um porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, garantiu que foram tomadas as precauções "apropriadas" para proteger Trump e seu pessoal de apoio. Especialistas em saúde questionaram, duramente, a saída.

"Cada pessoa no veículo durante esse 'passeio' presidencial completamente desnecessário agora tem de ser posta em quarentena durante 14 dias", disse James Phillips, médico da George Washington University. "Podem ficar doentes. Podem morrer (...) Isso é uma loucura", completou.

Zeke Emanuel, do Departamento de ética médica da Universidade da Pensilvânia, questionou o risco "desnecessário" de infecção para os agentes do Serviço Secreto. "E para quê? Um golpe publicitário. É vergonhoso", tuitou.

Biden, que anunciou ontem que seu último teste de covid-19 deu negativo mais uma vez, começará a semana com uma viagem à Flórida. O estado é crucial para ganhar as eleições.

Levantamento feito pelo Estado no Twitter de militares da ativa das Forças Armadas encontrou 220 publicações políticas em 20 contas de oito generais, oito coronéis, um 2.º tenente e um subtenente do Exército e de dois brigadeiros da Força Aérea. Há entre as mensagens manifestações, em tese, de caráter partidário durante a campanha eleitoral de 2018. Muitas foram publicadas em horário de expediente normal nos quartéis.

Os textos apoiam o presidente Jair Bolsonaro, suas políticas e seus ministros e políticos vinculados ao bolsonarismo. Também criticam o Centrão, partidos de oposição, o Judiciário, o Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Há até o caso em que um general de brigada é corrigido publicamente por um subordinado.

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Foi no dia 20 de junho. O comandante da 3.ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (sede em Bagé, no Rio Grande do Sul), general Carlos Augusto Ramirez, criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em razão do que pensava ser uma manifestação do político no Twitter. "Mais tempo perdido e nosso dinheiro pagando!!!" No dia seguinte, um subtenente o advertiu de que o perfil que o general pensava ser do senador era falso. Ramirez agradeceu com uma saudação militar: "Aço".

Apenas duas das 220 manifestações mostravam desacordo com o governo: uma com crítica à "defasagem salarial das Forças Armadas" e outra que questionava o fato de o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) dizer que seu ex-assessor Fabrício Queiroz era quem devia explicações sobre movimentações bancárias suspeitas. "Diz axioma nas Forças Armadas que o comandante é o responsável por tudo o que acontece ou deixa de acontecer. Ventos novos exigem posturas novas", escreveu, em 18 de dezembro, o general de divisão Carlos Penteado, comandante da 5.ª Divisão de Exército (Curitiba).

"É o Oliveiros Ferreira revivido. É o 'partido fardado'", afirmou o cientista político e professor titular aposentado da Unicamp Eliézer Rizzo de Oliveira, lembrando a obra de Ferreira, jornalista e cientista social que foi diretor do Estado. "É uma organização difusa, com mentalidade, com permanência, com interesse e com visão verde-oliva."

Portaria

Essa onda de manifestações, em tese, de caráter político-partidário e eleitoral de militares da ativa influiu na decisão do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, de criar normas contra a militância virtual de subordinados em seus perfis, principalmente do Twitter. Em 12 de julho, o Estado-Maior da Força publicou a portaria 196. "Com a entrada em vigor dessa portaria, ficam objetivamente estabelecidos parâmetros para a adequação de perfis e conteúdos das mídias sociais aos demais preceitos regulamentares da Força", informou o Exército.

Pujol, que ao contrário do antecessor (Eduardo Villas Bôas) decidiu não ter perfil no Twitter, está preocupado em evitar a contaminação política da Força em razão da presença de militares no governo. Ao mesmo tempo, o Exército reconhece que "um dos fenômenos que têm caracterizado o meio informacional nos anos recentes é o emprego crescente e generalizado das mídias sociais por pessoas e organizações". E conclui: "Como parte da sociedade, tal comportamento também tem sido observado nos integrantes do Exército."

Sobre essa realidade, a portaria diz que a criação de perfis pessoais nas redes "é de livre arbítrio, sendo o criador do perfil responsável por todas as suas interações digitais, observando-se fielmente o prescrito no Estatuto dos Militares e no Regulamento Disciplinar do Exército". Só generais do Alto Comando poderão ter perfis associados aos cargos que ocupam e só grandes unidades poderão estar no Twitter.

O regulamento disciplinar das Forças Armadas proíbe manifestações - sem autorização - de natureza político-partidárias assim como tomar parte ou provocar, em qualquer meio de comunicação, discussões políticas. O Código Penal Militar estabelece ser crime a publicação de crítica indevida sobre resolução do governo. "Mas isso se aplica somente às críticas ao governo e ao Comando", disse o juiz auditor militar, Ronaldo João Roth.

Espelho

Quinze dos 20 perfis com mensagens políticas foram criados após o general Villas Bôas se manifestar em 3 de março de 2018 contra a impunidade, um dia antes do julgamento no STF de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado pela Lava Jato. O fenômeno ganhou corpo com o início da campanha eleitoral, em agosto de 2018. Há o caso do brigadeiro Marcelo Fonseca, do Estado-Maior da Aeronáutica, que tuitou cinco vezes entre 2 e 9 de agosto mensagens de apoio ao candidato Bolsonaro, como "eu voto em Bolsonaro".

Em 12 de outubro, o tenente-coronel Rodrigo Otávio Fagundes, da Academia Militar das Agulhas Negras e um dos mais ativos no Twitter, republicou texto de Bolsonaro contra o PT. Já o tenente-coronel Leonardo Franklin, comandante do 1.º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Itaqui, RS), publicou: "Bolsonaro17". No dia do primeiro turno, o coronel Ricardo Omaki tuitou: "Compareça às urnas. Vote consciente. Por nós. Por nossos filhos. Brasil acima de tudo! Deus acima de Todos!", repetindo slogan de Bolsonaro. No dia do segundo turno, o general Penteado afirmou ao retuitar texto em defesa de Bolsonaro: "O Brasil não suposta mais os cleptocratas disfarçados de políticos, que destruíram nossa democracia".

As publicações políticas cresceram após a eleição e se mantiveram até julho com críticas a políticos do PT, PSOL, PSDB, MDB, DEM e SD e a ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso. Muitos republicaram tuítes de políticos bolsonaristas - os mais citados são os deputados Bia Kicis (PSL-DF), Joice Hasselmann (PSL-SP), Janaina Paschoal (PSL-SP) e Vitor Hugo (PSL-GO). O coronel Alberto Horita, do 20.º Batalhão de Logística Paraquedista, publicou em 30 de junho, em resposta à publicação da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), um quadro com ofensas a militantes do PT e do PSOL. Em 28 de dezembro, o general Penteado afirmou que o "desmanche do Estado brasileiro devia iniciar pelo Judiciário".

Recordista

O Estado excluiu da pesquisa casos de defesa genérica de ideias, de amizade com políticos e o debate de temas militares. O tenente-brigadeiro Carlos Baptista Junior, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, é o recordista de publicações políticas: foram 42 de 31 de janeiro a 13 de julho. Em 14 de maio, escreveu: "Onde estavam estes jovens e professores nos sucessivos contingenciamentos dos governos anteriores? São outros agora seus objetivos!" Além de retuitar deputados do PSL, ele publica expoentes bolsonaristas, como o assessor de relações internacionais da Presidência, Filipe Martins.

A Força Aérea informou que "já há algum tempo tem orientado o seu efetivo quanto às boas práticas da liberdade de expressão e quanto ao posicionamento público por parte de militares da instituição nas redes" e diz ter "estabelecido parâmetros objetivos para a adequação de perfis e conteúdos das mídias sociais aos demais preceitos regulamentares". O Estado pediu autorização para entrevistar os 20 militares citados, mas não as obteve. A reportagem não achou no Twitter nenhuma manifestação política de membros da Marinha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente americano, Donald Trump, retomou as viagens de campanha, nesta quarta-feira (17), determinado a continuar seus ataques contra os democratas que "detestam" os Estados Unidos, um dia depois de o Congresso denunciar seus tuítes como "racistas".

"Grande comício esta noite em Greenville, na Carolina do Norte", tuitou Trump, depois de três dias de violenta polêmica ligada a seus tuítes, nos quais aconselhou quatro congressistas eleitas pelo Partido Democrata a "voltarem" para seus países de origem, "lugares infestados pela criminalidade".

"Eu falarei das pessoas que amam nosso país e daquelas que o detestam", acrescentou no tuíte desta quarta, mostrando que insistirá no mesmo tom, responsável por uma onda de indignação nos EUA e fora do país.

Na disputa pela reeleição em 2020, o magnata republicano, de 73 anos, dá passos firmes, ainda que arriscados. Alimentando tensões raciais e ideológicas, ele renuncia claramente a adotar um discurso conciliador e se concentra, mais do que nunca, na mobilização do eleitorado branco.

As quatro representantes que foram alvo de Trump são Alexandria Ocasio-Cortez (Nova York), Ilhan Omar (Minnesota), Ayanna Pressley (Massachusetts) e Rashida Tlaib (Michigan). Três delas nasceram nos EUA.

Em entrevista conjunta à CBS, elas disseram se tratar de uma manobra política da parte do presidente americano.

"É uma maneira de distração (...) para não falar de temas que realmente preocupam os americanos", disse Ayanna Pressley.

Controlada pela oposição democrata, a Câmara de Representantes aprovou nesta terça uma resolução que "condena energicamente os comentários racistas do presidente Donald Trump, que tem legitimado e incrementado o medo e o ódio contra novos americanos e contra as pessoas de cor".

Com forte significado simbólico, a votação mostrou que Trump pode contar com o apoio dos representantes republicanos. Em geral, seus correligionários são muito cautelosos quanto a criticar aquele que será - salvo alguma surpresa de última hora - seu candidato em 2020.

A resolução foi firmada por 235 democratas e apenas quatro legisladores republicanos.

- 'Abertamente racista' -

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, mostrou-se neutro: "Todos temos uma responsabilidade (...), nossas palavras são importantes", afirmou ele, antes de acrescentar que o presidente "não é um racista".

Para o líder dos republicanos na Câmara, Kevin McCarthy, toda esta controvérsia "é só uma história política".

Estas declarações não parecem afetar a popularidade de Trump entre os eleitores republicanos.

Seu índice de aprovação no país até aumentou cinco pontos, chegando a 72%, de acordo com pesquisa Reuters/Ipsos realizada na segunda e na terça-feiras. Em comparação com a semana passada, seu índice de popularidade no eleitoral em geral se manteve estável, em 41%.

Para Joe Biden, vice-presidente de Obama durante oito anos e atual pré-candidato democrata à Casa Branca, nenhum chefe de Estado americano "foi tão abertamente racista como este homem".

"Pode-se imaginar um presidente conservador como George W. Bush, dando essas declarações racistas?", questionou o também pré-candidato democrata na corrida para 2020 Bernie Sanders.

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em proibir a prisão após condenação em segunda instância, seguida pela revogação da medida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, gerou na quarta-feira (19), mais de 1,3 milhão de postagens no Twitter. Os dados são do estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas (FGC), divulgado nessa quinta-feira (20).

As postagens foram analisadas entre as 14h30 e 0h, já excluindo "robôs" e interações suspeitas na rede social. Mais de 900 mil compartilhamentos também foram registrados, segundo mostrou o estudo.

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Caso não fosse vetada por Toffoli, a medida poderia beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros presos da Operação Lava Jato. Como reação, a maioria das postagens no Twitter equivale a perfis favoráveis ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, com 33% dos usuários (equivalente a mais de 70 mil pessoas) e 58% das interações, criticando a decisão de Marco Aurélio.

O segundo maior grupo de perfis, com 32% das contas e 13% das interações na rede, é crítico a Bolsonaro e ao mesmo tempo satirizou as decisões dos ministros. Em menor proporção, a base de apoio a Lula e a movimentos da esquerda somou 16% dos perfis (aproximadamente 35 mil pessoas) e 17% das interações.

O DAPP aponta que o número total de postagens equivale a de outros momentos decisivos para Lula. Em julho, após soltura concedida pelo plantonista do TRF-4, seguida de veto do presidente do Tribunal, 1,5 milhão de tuítes mencionaram o caso. Na semana da prisão de Lula, em abril, a média registrada foi de 956 mil tuítes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Twitter confirmou nesta terça-feira (30) que um ano após duplicar o limite de caracteres para os tuítes o tamanho médio das mensagens escritas em inglês se reduziu. De acordo com o serviço de mensagens sediado em San Francisco, o tamanho médio de um tuíte em inglês é de 33 caracteres, um a menos que a média antes da duplicação.

Apenas 1% dos tuítes atingiram o limite de 280 caracteres, e somente 12% superaram os 140 caracteres do limite original, segundo o serviço de mensagens. A notícia afasta definitivamente as preocupações de que elevar o limite de caracteres de 140 para 280 atrapalharia o estilo conciso de comentários do Twitter, conduzindo a divagações.

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"Fizemos esta mudança porque queremos que todas as pessoas, de todo o mundo, se expressem facilmente em um tuíte", declarou a empresa à AFP. "Nosso objetivo era tornar isto possível e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção da velocidade e da brevidade do Twitter".

Os dados correspondem aos tuítes em inglês, mas os resultados foram semelhantes em todos os sete idiomas analisados pelo Twitter em todo o mundo.

Uma menina síria que se tornou famosa por seus tuítes durante o cerco a Aleppo lançou um pedido de ajuda para as crianças sírias em carta aberta enviada ao novo presidente americano Donald Trump, informou a BBC.

"Sou uma das crianças sírias que sofreu com a guerra na Síria", escreve Bana Al Abed, de 7 anos, evacuada em dezembro de Aleppo para a Turquia, em uma carta transmitida por sua mãe à BBC e citada pela rádio na noite de terça-feira (24).

Na carta, Bana explica a Trump que sua escola em Aleppo foi destruída por bombardeios e que muitos de seus amigos morreram. "Agora, na Turquia, posso sair e brincar. Posso ir ao colégio, apesar de ainda não ir. Por isso, a paz é importante para todo mundo, inclusive para o senhor", escreveu.

"Mas milhões de crianças sírias não estão como eu neste momento e continuam sofrendo em diferentes regiões da Síria", acrescentou. "É preciso fazer algo pelas crianças da Síria porque elas são semelhantes a suas crianças e merecem viver em paz como o senhor", afirma ainda. Entre os mais de 300.000 mortos durante a guerra na Síria em seis anos, há ao menos 15.000 crianças.

De setembro a dezembro de 2016, esta menina se converteu num ídolo das redes sociais ao tuitar com sua mãe em meio ao inferno diário de Aleppo. Ela relatou momentos comoventes da vida da cidade sitiada, o que foi denunciado pelo governo de Bashar Al Assad como propaganda.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan a recebeu em 21 de dezembro com sua família após terem sido evacuados da cidade.

O ano de 2016 não está fácil para a carreira do MC Biel e a culpa é do próprio cantor. O ídolo de muitos adolescentes foi alvo de uma grande polêmica na noite desta segunda-feira (1º). Internautas “desenterraram” tuítes antigos de Biel, que continham caráter preconceituoso, e divulgaram as ofensas cometidas pelo artista.

Não demorou muito para que o nome do cantor fosse o mais comentado do Twitter. Muitos internautas xingaram Biel e a hashtag #ErrarÉHumanoPersistirÉBiel foi criada para mostrar o repúdio contra o artista. “É verdade que o Biel virou sinônimo para a palavra otário?”, questionou um internauta.  “Hoje to mais acabado que a carreira do Biel”, brincou outro.

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As publicações do artista continham traços de racismo, homofobia, gordofobia, misoginia e machismo. Por conta da polêmica, o perfil do cantor foi "trancado" somente para seguidores e perdeu seu selo de verificação da rede social.

Confira, abaixo, algumas reações dos internautas em relação aas publicações de Biel:

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Jornalista

Em entrevista à Rede TV!, nesta segunda-feira (1º), Biel afirmou que a jornalista Giulia Pereira, 21, que o acusou de assédio sexual, foi a responsável pelos problemas em sua carreiras. “Primeiro gostaria de deixá-la ciente do quanto ela prejudicou minha carreira. É um trabalho de anos, não só meu, mas de um grupo empresarial, de uma gravadora”, argumentou o artista.

Apesar de ter colocado a culpa na jornalista, Biel pediu desculpas. “Presenciei tudo e sei o quanto estávamos em clima de descontração. Errei por ter feito brincadeiras que fiz com uma pessoa que não conheço”, completou ao programa.

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O anúncio da morte de Prince provocou oito milhões de tuítes em todo o planeta na quinta-feira (21) à noite, uma número gigantesco, mas que não representa um recorde na rede social. A plataforma Visibrain registrou até as 8h00 GMT (5h00 de Brasília) desta sexta-feira (22) mais de 8,07 milhões de tuítes com a palavra "Prince" ou a hashtag #PrinceRIP.

O site americano TMZ anunciou a morte do artista na quinta-feira (21) às 16H00 GMT (13H00 de Brasília). Uma hora depois, mais de 2 mil mensagens por minuto eram publicados sobre o tema. Como comparação, o anúncio da morte de David Bowie em janeiro gerou mais de três milhões de mensagens no Twitter em quatro horas.

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A morte do cantor David Bowie já gerou, nesta segunda-feira (11), mais de três milhões de tuítes no mundo inteiro - conforme a Visibrain, plataforma que supervisiona o Twitter. O astro britânico de rock morreu no domingo (10) de câncer aos 69 anos.

Ainda de acordo com a Visibrain, às 12h30 (11h30 de Brasília) haviam sido contabilizados mais de 3,16 milhões de tuítes em torno dos termos David Bowie e das hashtags #RIPDavidBowie, #Bowie e #DavidBowie. O nome do cantor também ocupa o topo dos assuntos mais comentados da plataforma no mundo e no Brasil.

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Comparando com os números alcançados recentemente pelo microblog, a última premiação do Oscar gerou em cinco horas 5,9 milhões de tuítes, enquanto o Globo de Ouro deste domingo (10) gerou 3,7 milhões de tuítes. 

David Bowie faleceu dois dias depois do lançamento de seu 25º álbum. Vários artistas lamentaram a morte do astro.

Com informações da AFP

O Twitter anunciou, nesta sexta-feira (17), que planeja levar o interesse de seus usuários em conta ao exibir posts na timeline. Se a novidade for implantada, os internautas poderão ver tuítes de pessoas que eles não seguem em sua linha do tempo, mas que de alguma maneira são consideradas relevantes para ele.

“Há momentos em que você pode perder tuítes que nós pensamos que você poderia gostar. Para ajudá-lo a manter-se ligado com o que está acontecendo, estamos testando maneiras de incluir esses tuítes em sua timeline”, complementa a rede social.

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Até agora, o Twitter mostra só as mensagens das pessoas seguidas pelos usuários, tuítes promocionais de contas que pagaram pela publicidade ou postagens recomendadas por outras pessoas (os chamados retuítes).

Segundo a rede social, nos testes realizados até agora, os usuários avaliaram positivamente a iniciativa.

O Twitter precisou se desculpar com três de seus usuários após a empresa ter utilizado seus nomes para divulgar tuites falsos. O caso aconteceu durante a divulgação de uma nova ferramenta da rede social onde as empresas podem acompanhar em tempo real a repercurssão de suas propagandas ao conferir o que as pessoas andam tuitando sobre elas.

Para exemplificar como o sistema funciona, o Twitter utilizou três mensagens supostamente escritas em seu site falando sobre o “Barista Bar”. Só que os usuários realmente existiam, mas nunca haviam escrito tais coisas.

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A rede social pediu desculpas pelo engano e atualizou a propaganda com fotos de pessoas da sua própria equipe. A empresa tuitou ao três “Ei  @Neil_Gottlieb, @WilliamMazeo, @subhash_tewari – desculpa pela confusão que aconteceu hoje mais cedo. Estamos consertando o problema agora”.

O usuário William Mazeo é brasileiro e publicou em resposta um pedido para que isso não aconteça novamente. Ele tomou conhecimento do acontecido através de um jornalista e diz ter se mostrado surpreso. “Ainda bem que era só um negócio de café”, escreveu.

Nesta quinta-feira (4) as redes sociais Google+ e Twitter surgiram com novidades. Agora, no site do Google os vídeos serão mostrados como GIFs antes que os internautas cliquem no play para reproduzi-los.

De acordo com as explicações do The Next Web, esse recurso já acontecia com imagens, a partir de uma ferramenta chamada Auto Awesome, que reúne fotos para criar imagens. Já na rede de microblogs, sempre que o tuiteiro estiver escrevendo um post e citar algum termo popular, o site vai sugerir hashtags que podem substituir a palavra em questão.

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