Tópicos | Violência

Os juízes não estão abandonados, garantiu nesta quarta-feira o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cezar Peluso. Em pronunciamento lido no plenário do STF, Peluso anunciou uma série de medidas tomadas após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, que incluíram a nomeação de uma comissão extraordinária para apresentar pelo menos um esboço de uma política nacional de segurança institucional da magistratura.

"(Quero dirigir-me) Aos magistrados, para assegurar-lhes que, na medida das minhas competências e forças pessoais, não serão, sobretudo em instante tão difícil para todos nós, nem no futuro, abandonados por esta Corte nem pelo Conselho Nacional de Justiça, na garantia da segurança e da tranquilidade indispensáveis ao exercício da função essencial à efetividade dos direitos da cidadania e da subsistência do Estado Democrático de direito, e da independência inegociável do Poder Judiciário. Os juízes não estão nem estarão sozinhos", disse Peluso.

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O presidente do STF e do CNJ disse que se solidariza com a indignação da sociedade brasileira. Ele afirmou que o Judiciário não poupará esforços nem providências para que sejam apuradas as responsabilidades pelo crime. "Assim como, no curso da história, não o lograram forças mais poderosas, as do chamado crime organizado não intimidarão, agora nem nunca, a magistratura, a sociedade brasileira, tampouco o Estado Democrático de direito", disse.

Peluso reclamou de reportagem publicada hoje pelo O Estado de S. Paulo sob o título "5 dias após morte, CNJ adia proteção para juíza de PE". A reportagem relatou que um pedido de vista impediu o CNJ de concluir o julgamento de um requerimento de proteção feito pela juíza Fabíola Michelle Muniz Mendes, que diz ter sofrido ameaças no interior de Pernambuco. O texto também informou que uma liminar concedida em julho pelo então conselheiro do CNJ Ives Gandra determinou que a magistrada recebesse proteção. Na terça-feira, o conselho decidiria se a liminar concedida em julho seria ratificada ou não. O pedido de vista interrompeu a discussão.

Tropas sírias detiveram dezenas de pessoas em Damasco e na cidade costeira de Latakia em ações noturnas, enquanto o presidente Bashar Assad tenta encerrar à força os cinco meses de levante contra seu governo. As prisões aconteceram no momento em que os vizinhos Jordânia e Turquia pedem a Damasco que interrompa a repressão e retire as tropas do Exército das cidades atacadas.

Na província de Idlib, noroeste do país, um homem morreu ao ser atingido por uma bala quando estava numa sacada, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, que tem uma rede de informantes na Síria. Soldados realizavam ações no local quando o homem foi morto.

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Mais cedo nesta quarta-feira, uma mulher morreu em decorrência dos ferimentos sofridos dois dias antes em Latakia, segundo o observatório e os Comitês de Coordenação Locais, outro grupo ativista, que também afirmou que um homem foi morto na cidade na noite de terça-feira.

Os ataques em Damasco se concentraram no bairro de Rukneddine, de maioria curda, onde dezenas de pessoas foram detidas depois que a eletricidade foi cortada na região, informou o observatório. Na área têm sido realizados intensos protestos contrários ao regime nas últimas semanas.

Em Latakia, centenas de agentes de segurança realizaram buscas em residências no bairro de al-Ramel, que abriga um lotado campo de refugiados palestinos onde sírios de baixa renda também vivem. A cidade mediterrânea tem sido alvo de ataques há quatro dias que já deixaram pelo menos 37 mortos e obrigou moradores a fugirem de suas casas.

Os ministros de Relações Exteriores da Turquia e da Jordânia pediram novamente a Damasco de encerre imediatamente a repressão aos manifestantes. Em coletiva de imprensa conjunta realizada à margem de uma reunião de países islâmicos para discutir a fome na Somália, o chanceler turco Ahmet Davutoglu disse que "o derramamento de sangue deve parar, todos os soldados devem se retirar das cidades e a vida nesses lugares deve voltar ao normal".

"É importante interromper a violência e implementar reformas", disse o ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh. "Rejeitamos a continuidade dos assassinatos. A Turquia elevou suas consultas a países da região para tentar encontrar uma "posição comum" sobre a Síria, disse Davutoglu.

Davutoglu viajou para a Síria na semana passada e pediu a Assad que encerre o derramamento de sangue. Mas a Turquia, importante parceiro comercial da Síria, não se uniu aos Estados Unidos e à Europa na implementação de sanções contra o governo de Assad. As informações são da Associated Press.

Homens armados usando uniformes militares retiraram, na noite de segunda-feira, sete pessoas de uma mesquita sunita ao sul de Bagdá e em seguida as executaram a tiros, elevando para 70 o número de mortos no país ontem, até agora o dia mais sangrento do ano no Iraque.

Esses assassinatos ocorreram no final de um dia em que uma série de ataques violentos foi registrado no país, abrangendo eles ataques suicidas, bombas à margem de estradas e disparos. A violência lembra o derramamento de sangue diário registrado no país alguns anos atrás e representa uma forte advertência de que a Al-Qaeda no Iraque ainda é uma força que não pode ser desconsiderada

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O fato de militantes terem conseguido provocar uma onda de violência é bastante preocupante quando se leva em conta que as forças norte-americanas devem sair do Iraque até o final do ano, deixando a segurança nas mãos das forças iraquianas, ainda em fase de estruturação.

Autoridades iraquianas anunciaram no início deste mês que discutiriam com os Estados Unidos a possibilidade de manter um pequeno grupo de oficiais para treinar seus militares após 31 de dezembro, mas nenhum acordo foi fechado.

No ataque da noite de segunda-feira, os homens caminharam até uma mesquita sunita da cidade de Youssifiyah durante as orações da noite, levaram sete homens para fora e atiraram contra eles, segundo informações de funcionários do Ministério do Interior e do hospital da cidade, que falaram em condição de anonimato.

Os homens eram todos integrantes de uma milícia criada durante o pico do conflito sectário e já haviam sido aliados da Al-Qaeda, mas posteriormente se voltaram contra o grupo.

Youssifiyah fica a cerca de 20 quilômetros ao sul de Bagdá e já foi uma das regiões mais violentas do país, tendo ganhado o apelido de Triângulo da Morte. Trata-se de uma área dominada por sunitas que também abriga muitas famílias xiitas.

Após os assassinatos, os homens gritaram que eram combatentes do Estado Islâmico do Iraque, um grupo ligado à Al-Qaeda. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela onda de ataques da segunda-feira, mas poucos têm a capacidade de organização para realizar ataques tão sofisticados e abrangentes. O uso de suicidas e o fato de que muitos alvos eram civis xiitas e forças de segurança iraquianas também indicam que a Al-Qaeda no Iraque foi responsável pela onda de violência. As informações são da Associated Press.

O combate a violência e a todos os tipos de discriminação às mulheres nos meios de comunicação são temas do Seminário “Gênero, Mídia e Violência” que vai acontecer nesta sexta-feira (19).

O projeto é organizado pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e tem convênio com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, além de parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

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O público alvo do evento são militantes femininas, jornalistas e estudantes. O evento pretende criar diretrizes para orientação dos profissionais da imprensa e para a proteção as mulheres nos meios de comunicação.

Dentro do programa também está previsto o lançamento dos VTs da campanha nacional pela efetivação da Lei Maria da Penha e contra a veiculação de conteúdos discriminatórios na mídia.

O evento vai acontecer no auditório G4 (bloco G) da Universidade Católica de Pernambuco, na rua do Principe, 526 , bairro da Boa Vista, no Recife. As inscrições são gratuitas. Mais informações: (81) 3221-5519/ 99541051

O ex-técnico da seleção brasileira Mário Jorge Lobo Zagallo foi assaltado na madrugada de segunda para terça-feira (16) no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio. Segundo as primeiras informações da polícia, ele, a mulher e o filho passavam pela rua Ministro Raul Fernandes quando o carro em que estavam, um Honda, foi parado por quatro homens.

Os criminosos levaram um cordão de ouro e um relógio, além de talão de cheques e cartão de crédito. Zagallo esteve na 10ª Delegacia de Polícia, no bairro de Botafogo, onde o caso foi registrado. A polícia deve divulgar novas informações sobre o assalto ainda nesta terça-feira.

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Afastado do futebol, Zagallo celebrou seu 80º aniversário na última semana, no dia 9 de agosto. Como jogador, ele se consagrou ao participar das conquistas dos títulos das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Já como técnico foi campeão mundial em 1970. E em 1994 era auxiliar do técnico Carlos Alberto Parreira na conquista da Copa. Ele também dirigiu a seleção brasileiras nos Mundiais de 1974 e 1998.

As recentes convulsões sociais ocorridas na Inglaterra evidenciaram que ideias conservadoras e, por conseqüência, absurdas, ainda encontram espaço na esfera pública. Não discordo do espaço conquistado por essas ideias. Mas fico surpreso com a presença delas. 

Por muito tempo, estudiosos, políticos e imprensa sugeriram que os conflitos nos morros cariocas eram provenientes da desigualdade social. Bastava o estado oferecer casa, comida, escola, emprego e divertimento, para o tráfico deixar de existir. Lentamente, o poder coercitivo estatal adentrou nos morros e o efeito esperado apareceu, qual seja: diminuição do tráfico e dos conflitos.

Por várias vezes, José Beltrame, secretário de segurança do Rio de Janeiro, expôs a necessidade de que comida, escola, emprego e divertimento fossem oferecidos às comunidades cariocas que estão ou estavam dominadas pelo tráfico. Beltrame tem razão. Ou seja: o poder coercitivo é variável necessária, mas não suficiente para inibir ou findar com o tráfico de drogas.

O debate que surgiu em razão das convulsões sociais na Inglaterra foi de que jovens querem casa, comida, escola, emprego e divertimento. Inicialmente, isto é um exagero, basta olharmos para os indicadores sociais da Inglaterra. Além disto, jovens, provenientes de variadas famílias, as quais possuem rendas diferenciadas, foram vetores das convulsões. Portanto, alegar que os conflitos na Inglaterra são provenientes de uma “bomba social” é falácia.

O estado de bem-estar social é necessário. Mas este não é mais possível diante das limitações fiscais dos estados do Ocidente. Ele precisa ser recriado, o qual precisa ter como função básica o atendimento das demandas dos setores fortemente excluídos. Não acredito, por exemplo, que o Brasil possa criar um estado de bem-estar social semelhante aos existentes na Europa na década de 70.

Casa, escola, comida, emprego e divertimento são necessários. Não questiono isto. Estes devem ser ofertados pelo estado e pelo mercado. O estado deve dar condições para que indivíduos qualificados possam aproveitar as oportunidades geradas pelo capitalismo. Mas é claro, e esta é uma característica da sociedade capitalista, desigualdades sociais existirão. E cabe ao estado amenizá-las.

Não alimentem e difundam a falsa hipótese de que indivíduos traficam ou geram conflitos em razão dos problemas sociais que enfrentam. E que a igualdade econômica é necessária para por fim a convulsões sociais.

O estado deve ofertar igualdade de condições e punir aqueles que buscam transgredir as normas. Na discussão em torno de atos ilícitos, acreditar que distúrbios sociais ou crimes devem ser justificados fortemente pela variável social, é sugerir uma falsa interpretação da realidade social.

Existem hoje no Brasil pelo menos 69 juízes ameaçados e 13 em situação de risco, segundo dados divulgados ontem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - 42 contam com escolta para garantir sua segurança. Mas o Judiciário está falhando na segurança dos magistrados, segundo a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. "Nós muitas vezes cochilamos um pouco quanto à segurança de magistrados que brigam e trabalham com assuntos muito sérios como foi o caso dessa magistrada (Patrícia). Temos uma segurança falha", reconheceu.

O CNJ considera "ameaçados" todos os que receberam algum tipo de intimidação - direta ou indireta - no decorrer de um processo. Os 13 casos de situação de risco levam em conta desde magistrados que cuidam de um grande número de processos envolvendo criminosos perigosos (mesmo que não tenham sido ameaçados) até juízes que atuam em áreas que são ou já foram de risco (fronteiras, locais em que magistrados já foram vítimas de atentados, etc).

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Ofícios

Em junho, informada sobre ameaças sofridas por juízes, Eliana Calmon enviou ofícios aos presidentes de todos os tribunais brasileiros pedindo que fossem adotadas "práticas efetivas para garantir a segurança de magistrados, em especial nas Varas Criminais e de Execução Penal". Ela também pediu aos tribunais que informassem se existiam juízes ameaçados. Dos 27 Estados, 6 não responderam ou não apresentaram informações - São Paulo, Minas, Acre, Goiás, Rondônia e Tocantins. Dos cinco Tribunais Regionais Federais, dois - o que cuida do Rio e do Espírito Santo (TRF-2) e o responsável pela Região Sul (TRF-4) - não responderam. Por isso, o número de juízes ameaçados deve ser maior.

Por enquanto, o Paraná é campeão em ameaças. De acordo com os dados, 30 magistrados são ameaçados no Estado. No Rio, 10 juízes sofreram ameaça e 13 são escoltados. Há casos de magistrados não ameaçados, mas que recebem escolta em decorrência do cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chefe do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2012, Sebastian Coe afirmou nesta quinta-feira que há "lições a serem aprendidas" da onda de violência que atingiu a cidade de Londres, que sediará o evento no próximo ano. Assim, o dirigente avaliou que os tumultos permitirão que a capital britânica reforce a sua preparação para receber a Olimpíada e evitar a repetição destes incidentes. Além disso, negou que a imagem da próxima edição dos Jogos Olímpicos tenha sido atingida.

Coe falou publicamente pela primeira vez sobre os tumultos, que eclodiram no bairro de Tottenham, no norte de Londres no sábado. "Há lições a serem aprendidas e ao longo do ano nós vamos continuar nossos planos de contingência. Teremos que lidar com todo tipo de situações, incluindo a desordem pública".

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Coe, que foi duas vezes campeão olímpico, disse ter conversado com Jacques Rogge, presidente do COI, e outros dirigentes esportivos sobre o tumulto. Todos disseram que não acreditam que a imagem dos Jogos de 2012 tenha sido atingida pela violência. "Eles sabem que as coisas de vez em quando saem do controle nas cidades. Efetivamente dentro de dois dias tivemos tudo sob controle", disse.

A onda de violência em Londres e outras cidades britânicas não afetou qualquer sede olímpica. Porém, alterou a programação do evento-teste do vôlei de praia para a Olimpíada de 2012, que foi realizado na terça-feira, mas com horas de antecedência por precaução.

Os tumultos causaram o cancelamento do amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria disputado na quarta-feira, no Estádio de Wembley. Além disso, três jogos da Copa da Liga Inglesa que estavam marcados para terça-feira também foram cancelados. Nesta quinta-feira, a partida entre Tottenham e Everton, pela primeira rodada do Campeonato Inglês, que seria disputada no sábado, foi adiada.

Os episódios de violência em Londres e em outras cidades podem afetar a disputa da primeira rodada do Campeonato Inglês. Nesta quarta-feira, a Premier League e a Football League, responsáveis pela organização da primeira e segunda divisão, respectivamente, do futebol do país, anunciaram a possibilidade de adiar os jogos do fim de semana por conta da tensão e do clima de insegurança. A principal preocupação é com as partidas marcadas para Londres.

"A Premier League e a Football League estão tristes com os incidentes recentes de agitação civil e do efeito que têm sobre as comunidades locais. Estamos em conversações com os nossos clubes com sede em Londres, a Polícia Metropolitana e as autoridades sobre a realização de jogos no próximo final de semana na capital", disse a Premier League em nota oficial.

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De acordo com a liga, um anuncio oficial será feito na quinta-feira. "A Polícia Metropolitana nos explicou a natureza dinâmica da situação atual e com isso em mente todas as partes analisarão a situação nesta quinta-feira e farão uma nova declaração pública", afirmou.

A Premier League espera que os jogos programados possam ser disputados neste fim de semana. "Com as informações atualmente disponíveis para nós não há nenhuma razão para pensar que qualquer partida fora de Londres será afetada. Estamos conscientes da necessidade de manter os torcedores o mais informados possível de qualquer evolução através do clube, liga e meios de comunicação", comentou.

A onda de violência que tomou conta de Londres nos últimos dias causou o cancelamento do amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria disputado nesta quarta-feira, no Estádio de Wembley. Os protestos em Londres começaram depois da morte de Mark Duggan. Ele foi morto por policiais, na quinta-feira, no bairro de Tottenham, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade da polícia que investiga crimes a mão armada naquele bairro. Por causa dos distúrbios em Londres, três jogos da Copa da Liga Inglesa que estavam marcados para terça-feira também foram cancelados.

Um homem que foi baleado em um carro durante os tumultos que atingem a capital britânica morreu nesta terça-feira em um hospital, informou a Polícia Metropolitana de Londres, tornando-se a primeira vítima fatal dos três dias de motins. O jovem, de 26 anos, foi encontrado com ferimentos de arma de fogo na noite de segunda-feira em um automóvel em Croydon, um subúrbio no sul de Londres onde vários prédios foram incendiados, informou a agência France Presse.

Segundo a Sky News, mais de 16 mil policiais estarão nas ruas de Londres na noite desta terça-feira para reprimir os tumultos e os saques. A Polícia dos Transportes do Reino Unido está preparada para fechar trechos inteiros da rede de transportes coletivos de Londres, se os tumultos irromperem pela quarta noite seguida.

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O primeiro-ministro britânico David Cameron cancelou suas férias na Itália e voltou à Inglaterra, onde ordenou o reforço policial para as ruas londrinas na noite desta terça-feira.

Algumas estações foram fechadas na noite de segunda-feira, quando começou a terceira noite de motins. A polícia afirma que fechou as estações para evitar que vândalos usassem os trens do metrô para movimentarem de uma região a outra da cidade. Outras estações foram fechadas porque ficam em bairros onde aconteceram tumultos.

As empresas que operam o transporte coletivo de Londres foram atingidas pelos motins. A operadora de linhas de ônibus Ariva, que pertence à alemã Deutsche Bahn AG, disse que vários motoristas de ônibus foram atacados pelos arruaceiros e dois foram hospitalizados. Um dos ônibus foi queimado e outros 13 danificados.

Os tumultos começaram após a polícia matar a tiros um homem de 29 anos em Tottenham, no norte de Londres, na quinta-feira passada. No sábado, ocorreu um protesto em Tottenham, que logo se espalhou para outras regiões da cidade e ficou violento, com saques a lojas e ataques incendiários contra prédios, automóveis e ônibus. Pelo menos 525 pessoas foram presas apenas em Londres desde a noite do sábado, informou a polícia nesta terça-feira.

As informações são da Dow Jones.

A onda de violência e saques em Londres se espalhou para outras grandes cidades britânicas nesta terça-feira, enquanto autoridades lutam para conter os piores tumultos no país desde as grandes distúrbios da década de 1980.

Em Londres, grupos de jovens provocaram tumultos pela terceira noite seguida, incendiando prédios, veículos e latas de lixo, saqueando lojas e jogando garrafas e fogos de artifícios contra os policiais. A violência é uma advertência preocupante a respeito da possibilidade de problemas durante os Jogos Olímpicos de 2012, daqui a menos de um ano.

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A polícia convocou centenas de homens para reforçar a segurança, além de policiais voluntários, e tomou a rara decisão de enviar veículos blindados para alguns dos bairros mais atingidos, mas ainda luta para controlar os tumultos em algumas regiões de Londres, e nas cidades de Birmingham, Bristol e Liverpool.

"A violência que vemos é simplesmente indesculpável. Pessoas comuns tiveram suas vidas viradas de ponta cabeça por essa selvageria irracional", disse a comandante da polícia Christine Jones. A polícia de Londres disse que 14 pessoas ficaram feridas, dentre elas um homem de mais de 60 anos que corre risco de vida.

Os distúrbios parecem não ter uma causa única - embora alguns dos envolvidos afirmem que são manifestações contra os fortes cortes de gastos do governo, que afetou todos os pagamentos previdenciários e vai eliminar milhares de vagas no serviço público até 2015.

Mas muitos parecem realizar os ataques simplesmente pela oportunidade da violência. "Venha se divertir", gritava um jovem no subúrbio de Hackney, leste de Londres, onde lojas foram atacadas e carros incendiados.

A crise é um importante teste para a coalizão conservadora do primeiro-ministro David Cameron, que inclui os liberal-democratas, legenda que temia que o programa de cortes drásticos no orçamento pudesse provocar problemas. Cameron interrompeu suas férias de verão na Itália e voltou para a Grã-Bretanha para uma reunião de emergência nesta terça-feira.

Espera-se que Cameron endureça a atuação da polícia. A secretária do Interior, Theresa May, recusou-se a falar sobre as medidas, mas pareceu desconsiderar medidas mais dramáticas. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha não é com canhões de água", disse ela à Sky News. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha é por meio do consentimento das comunidades". As informações são da Associated Press.

A onda de violência que tomou conta de Londres nos últimos dias causou o cancelamento do amistoso entre Inglaterra e Holanda, que seria disputado nesta quarta-feira, no Estádio de Wembley, na capital inglesa.

A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) confirmou nesta terça que o duelo precisou ser cancelado por causa do momento tenso vivido em Londres. "É com pesar que o amistoso de amanhã (quarta) com a Holanda em Wembley foi cancelado", afirmou a entidade em um breve comunicado oficial.

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A decisão foi anunciada antes de a seleção holandesa viajar a Londres para o amistoso, para o qual já haviam sido vendidos cerca de 70 mil ingressos. "Nós seguiremos na Holanda. É uma pena", lamentou Monique Kessel, porta-voz da Associação Holandesa de Futebol.

Em seguida, a entidade holandesa destacou que "os distúrbios em Londres são tais que toda capacidade disponível da polícia foi reservada para eles" e que "tendo em vista que um grande evento como um amistoso internacional em Wembley requer policiamento, foi decidido por não deixar que ele seja disputado".

Os protestos em Londres começaram depois da morte de Mark Duggan. Ele foi morto por policiais, na quinta-feira, em Tottenham, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade da polícia que investiga crimes a mão armada naquele bairro. Na última segunda-feira, em um dos momentos mais tensos da onda de distúrbios, um prédio foi incendiado no sul de Londres. Mais de 200 pessoas já foram presas na cidade.

Além do atentado contra o prédio, jovens manifestantes já cometeram atos de vandalismo contra carros, incendiaram lixeiras, saquearam lojas e atacaram até policiais com garrafas e fogos de artifício.

Indignado com o quadro crítico vivido em Londres, Wayne Rooney, atacante da seleção inglesa e do Manchester United, fez um apelo para pedir pelo fim da violência na cidade. "Isso é vergonhoso para o nosso país. Por favor, parem", escreveu o jogador, por meio de sua página no Twitter.

O defensor Rio Ferdinand, outro astro da seleção inglesa, descreveu a escalada da violência em Londres como "loucura" e questionou se soldados não deveriam ser colocados nas ruas de Londres para contê-la.

Por causa dos distúrbios, três jogos da Copa da Liga Inglesa que estavam marcados para esta terça-feira também foram cancelados. O West Ham, time do leste londrino que receberia o Aldershot em um dos confrontos, disse que a polícia informou que "todos os grandes eventos públicos em Londres deveriam ser reorganizados". Já no sul de Londres, os duelos entre Charlton e Reading e do Crystal Palace contra o Crawley também foram adiados.

Nesta quinta e sexta-feira, dias 4 e 5 de agosto, das 7h às 19h, na Estação Recife do Metrô, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizará ações que marcam os cinco anos da Lei Maria da Penha.  O público que circular no local terá acesso a apresentações culturais, exposição de artesanato e balcão de Ouvidoria do MPPE para recepção de denúncias. A Secretaria Estadual da Mulher participará fazendo a distribuição de material educativo de campanhas de combate à violência contra a mulher.

Lei 11.340/06 – A Lei Maria da Penha recebeu este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearense, que sofreu  tentativas de assassinatos provocadas pelo ex-marido. Depois de ter conhecimento do ocorrido, a Organização dos Estados Americanos (OEA) recomendou que o Brasil criasse uma legislação adequada ao tipo de violência. Em setembro de 2006 a Lei entrou em vigor. A lei acabou com as penas pagas em cestas básicas ou multas, e envolve a violência física, sexual, psicológica, patrimonial e o assédio moral.

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A ação na Estação do Metrô conta com apoio  da Secretaria da Mulher do Governo do Estado, Prefeitura do Recife, CBTU Metrorec, Núcleo de Apoio à Mulher da Promotoria da Justiça, Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Mais informações pelo telefone: (81) 3182-7401.

O soldado da Polícia Militar da Paraíba, Gleson Campos Pereira, foi preso na madrugada da última terça-feira (02), na cidade de Serra Talhada, Sertão do Estado, acusado de torturar quatro pessoas e portar arma de fogo sem registro. O militar foi capturado por policiais civis da Delegacia da cidade.

A tortura foi praticada contra dois adolescentes e dois adultos. O crime ocorreu nos bairros da Borborema e Alto da Conceição, áreas centrais do município. Para a polícia, a motivação teria sido o furto de um aparelho que pertencia a um amigo do soldado. De início, os dois adolescentes foram apontados como autores do delito. E a partir de informações obtidas com os menores através do uso da violência, o militar chegou aos dois maiores que também sofreram agressões.

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Os policiais civis foram avisados e conseguiram prender o militar em flagrante. No momento ele portava um revólver calibre 38 sem o registro. Gleson foi autuado por tortura e pelo crime de porte ilegal da arma de fogo de uso permitido. O PM foi conduzido por policiais militares da Paraíba, onde ficará custodiado na sua unidade de trabalho, conforme determina a legislação específica.

Uma adolescente de 11 anos denunciou à polícia na última sexta-feira, 30, o abuso sexual que sofria por parte dos irmãos na cidade de Iaçu (BA). Ela era violentada desde os nove anos de idade, com os quais dividia um cômodo. O crime acontecia na residência da família, onde a vítima vivia com os irmãos, de 15 e 29 anos de idade, o pai, trabalhador rural, e a mãe, que sofre de distúrbios mentais. Um exame pericial constatou que a menina vinha de fato sofrendo violência sexual.

O delegado titular de Iaçu, Renato Fernandes, foi procurado na sexta-feira pela vítima, acompanhada do pai e do irmão mais velho, Noel Couto Nascimento, que estava enciumado pelo fato de a garota também estar sendo molestada pelo irmão mais novo. Noel ofereceu-lhe R$ 30 para que o denunciasse. Diante da autoridade policial, a menina decidiu revelar com detalhes a violência que sofria sem que os pais percebessem.

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