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A conquista do título inédito da Copa do Brasil proporcionará o pagamento de uma gratificação aos funcionários do São Paulo. A todos eles. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo presidente do clube do Morumbi, Julio Casares, nas suas redes sociais. Na carta, enviada por e-mail a todos os colaboradores do São Paulo, o mandatário expõe que será feito o pagamento de uma "gratificação não-ajustada, em reconhecimento pelo trabalho e esforço conjunto de todos os funcionários".

O documento ainda afirma que o cálculo dos valores que serão pagos a cada trabalhador foi feito a partir de um critério que considerou o "tempo de trabalho em 2023 e a carga horária". A gratificação será paga aos colaboradores que têm vínculo empregatício com o São Paulo (CLT) e a jovens aprendizes do clube.

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O título da Copa do Brasil rendeu ao São Paulo um total de R$ 88,7 milhões, somando os valores de todas as fases da competição com a premiação do campeão. De quebra, o time tricolor ainda garantiu a participação na Supercopa do Brasil e na fase de grupos da Copa Libertadores de 2024, que devem gerar pelo menos mais R$ 20 milhões de receitas, seguindo as cifras pagas em 2023 por CBF e Conmebol, respectivamente.

No post em que confirmou a premiação aos funcionários, Casares relembrou sua batalha contra a covid-19 e seu projeto no comando do São Paulo. "Quando Deus me salvou da covid-19 em agosto de 2021, ele me possibilitou concluir uma missão inclusiva e de reconhecimento. A reconstrução do São Paulo passa pela dedicação e comprometimento dos nossos funcionários de todos os níveis. Eles nunca trabalharam com tanto amor e carinho por uma causa. Merecem muito", escreveu.

A Universidade de São Paulo (USP) vai dar um bônus de até R$ 30 mil para os professores que estão há menos de 20 anos na instituição, numa tentativa de evitar saídas de profissionais. Nos últimos anos, cerca de 70 docentes deixaram a universidade mais conceituada do País anualmente para trabalhar na iniciativa privada ou no exterior. Segundo o reitor Gilberto Carlotti Junior, 75% deles eram jovens e estavam há pouco tempo na USP.

"A gente quer que eles fiquem na universidade e não peçam demissão", disse Carlotti. Caso o docente saia da USP em menos de dois anos, ele precisa devolver o dinheiro. Não há uma avaliação específica do profissional para receber o bônus, os valores variam conforme o tempo de serviço. Segundo o reitor, a perda de professores é mais presente em áreas como Economia, Administração de Empresas e Tecnologia da Informação, mas também recentemente em Medicina e humanidades. "Acreditamos que tem um forte componente salarial."

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O valor máximo, de R$ 30 mil, é para quem começou a trabalhar na USP depois de 2018. O mínimo é de R$ 27 mil para os que entraram entre 2008 e 2003. Cerca de 3 mil dos 5,2 mil professores da universidade serão beneficiados. Funcionários técnico-administrativos que entraram nos últimos 20 anos também ganharão a gratificação, com valor que varia de R$ 4,5 mil a R$ 5 mil.

PARA TODOS

Além disso, todos os professores e funcionários da USP receberão prêmio de R$ 5 mil este ano. "Entendemos que passamos um período de pandemia, todos tiveram de se empenhar além do normal e, mesmo assim, melhoramos nossos indicadores internacionais e nas avaliações da Capes", diz o reitor. Segundo ele, os R$ 180 milhões que serão usados para o prêmio e a gratificação vêm de um superávit acumulado pela universidade, em especial nos anos de pandemia.

A folga no orçamento veio depois de a USP enfrentar anos de uma crise financeira, em que os salários chegaram a comprometer 105% da folha de pagamento. Este ano, a universidade fez ainda investimento em obras e em hospitais. "As verbas anunciadas têm caráter indenizatório e não reporão as perdas advindas das reformas da previdência e perdas salariais. Obviamente a categoria não negará esse respiro, com déficit salarial de 26% em relação a 2012, no entanto entendemos que a medida não reverte o que perdemos", diz a presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), Michele Schultz.

O texto divulgado pela entidade afirma ainda que os prêmios não serão suficientes para reter "jovens talentos". "As razões pelas quais um certo número de colegas tem pedido exoneração nos últimos anos precisam ser estudadas em detalhe. Os motivos são diversos, e as pressões, a sobrecarga de trabalho, as cobranças excessivas e o consequente adoecimento físico e mental do professorado, somadas à falta de docentes e de funcionárias(os) estão entre eles, além dos salários defasados", diz a nota.

VALORES

Atualmente, os salários médios dos professores da Universidade de São Paulo são de R$ 16 mil para a categoria de professor doutor, R$ 18 mil para professor associado e R$ 26 mil para professor titular. Quem está há mais de 20 anos na universidade já recebeu aumentos progressivos da carreira e, por isso, segundo a reitoria, não entra na gratificação. Ao ingressar na carreira, o professor doutorrecebe cerca de R$ 13 mil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova decisão, desta vez do Tribunal Regional Federal da 5ªRegião (TRF5), garante o bônus do Exame Nacional do Ensino Médio para o curso de medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O benefício estava suspenso devido uma ação popular, movida pelo cirurgião plástico Arlindo Barros de Aguiar, e anulava dispositivos da Resolução Normativa nº 24/2022, que rege o benefício para inclusão regional no acesso dos discentes à graduação.

No recurso, a UFPE apontou que a bonificação para os estudantes do Estado é uma forma de reduzir a evasão escolar e suprir a necessidade de formar um quantitativo de profissionais "conhecedores da realidade do local onde estão inseridos". Além disso, a nova decisão jusicial salienta "que não haveria tempo hábil para a reabertura do sistema [Sisu], com a inclusão de novo termo de adesão pela UFPE".

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Na ação popular que supendeu o bônus do Enem para o curso de medicina no câmpus Recife, O juiz Francisco Antonio de Barros e Silva Neto considerou que a criação do bônus, que existe desde 2020, "conflita com o princípio da isonomia, criando distinções entre os brasileiros, vedada expressamente pela Constituição (art. 19)". 

Na época, o magistrado, que é docente da UFPE, entendeu que "a ruptura ao texto constitucional fica ainda mais explícita quando o mecanismo é aplicado a apenas um dos cursos da Universidade (Medicina, "câmpus" Recife), não tem por objetivo o desenvolvimento de uma microrregião desfavorecida por profissionais dessa área (aplicando-se apenas ao curso sediado nesta capital) e, sobretudo, quando dificulta o acesso de candidatos e candidatas advindos de contextos substancialmente idênticos aos beneficiados pelo adicional, como os alunos e alunas que cursaram o ensino médio em outros Estados da região Nordeste". 

Na ocasião, a UFPE chegou a acatar a decisão da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE), através da Resolução 06/2023, emitida no dia 16 de fevereiro e assinada pelo reitor Alfredo Gomes.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acatou a decisão da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) e suspende o bônus do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudantes pernambucanos que concorrem às vagas do curso de medicina no campus Recife. De acordo com a resolução 06/2023, desta quinta-feira (16), a instituição confirma a retirada do benefício, que acrescenta 5% na nota final do Enem para efeito classificatório no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), cujas inscrições iniciaram nesta sexta-feira (16).

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Resolução 06/2023 assinada pelo reitor da UFPE, Alfredo Gomes. Foto: reprodução/WhatsApp

A suspensão do bônus atende uma ação popular, movida pelo cirurgião plástico Arlindo Barros de Aguiar, e anula dispositivos da Resolução Normativa nº 24/2022, que rege o benefício para inclusão regional no acesso de discentes à graduação de medicina no Recife. O juiz Francisco Antonio de Barros e Silva Neto, que é docente da UFPE, considerou que a criação da iniciativa, que existe desde 2020, "conflita com o princípio da isonomia, criando distinções entre os brasileiros, vedada expressamente pela Constituição (art. 19)".

Além disso, o magistrado entendeu que "a ruptura ao texto constitucional fica ainda mais explícita quando o mecanismo é aplicado a apenas um dos cursos da Universidade (Medicina, "câmpus" Recife), não tem por objetivo o desenvolvimento de uma microrregião desfavorecida por profissionais dessa área (aplicando-se apenas ao curso sediado nesta capital) e, sobretudo, quando dificulta o acesso de candidatos e candidatas advindos de contextos substancialmente idênticos aos beneficiados pelo adicional, como os alunos e alunas que cursaram o ensino médio em outros Estados da região Nordeste". 

No dia 13 de fevereiro está prevista a divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Às vespera da consulta do desempenho, candidados de Pernambuco que desejam ingressar no curso de medicina, ofertado no campus Recife pela Universidade Federal de Perambuco (UFPE), foram surpreendidos pela decisão da Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) pela retirada do bônus de 5% na nota final do Enem, de caráter classificatório no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

A medida atende uma ação popular e anula dispositivos da Resolução Normativa nº 24/2022, que rege o benefício para inclusão regional no acesso de discentes à graduação de medicina no Recife. O juiz Francisco Antonio de Barros e Silva Neto considerou que a criação do bônus, que existe desde 2020, "conflita com o princípio da isonomia, criando distinções entre os brasileiros, vedada expressamente pela Constituição (art. 19)".

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Além disso, o magistrado entende que "a ruptura ao texto constitucional fica ainda mais explícita quando o mecanismo é aplicado a apenas um dos cursos da Universidade (Medicina, "câmpus" Recife), não tem por objetivo o desenvolvimento de uma microrregião desfavorecida por profissionais dessa área (aplicando-se apenas ao curso sediado nesta capital) e, sobretudo, quando dificulta o acesso de candidatos e candidatas advindos de contextos substancialmente idênticos aos beneficiados pelo adicional, como os alunos e alunas que cursaram o ensino médio em outros Estados da região Nordeste".

O juiz deu um prazo de cinco dias úteis para a UFPE adequar ações internas. O LeiaJá entrou em contato com a universidade para falar sobre a decisão. À reportagem, a assessoria respondeu que a instituição está ciente da resolução da JFPE e que ainda não foi notificada. 

Recenseadores contratados temporariamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a coleta do Censo Demográfico 2022 têm recebido promessas de pagamentos de bônus de produtividade, o que faria parte de um esforço do instituto para tentar reduzir a morosidade no levantamento de informações em campo, segundo relatos ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

Na última sexta-feira (23), a coleta do Censo completou 54 dias, tendo recenseado 92.130 milhões de brasileiros. Embora tenham se passado quase dois terços do período de coleta, prevista para terminar em 31 de outubro, o total recenseado representa menos da metade da população do País, estimada em 215,138 milhões de pessoas.

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Na edição anterior do Censo, realizada em 2010, a coleta já tinha alcançado 80% da população nos primeiros 58 dias de trabalho em campo, com 154,2 milhões de habitantes recenseados num universo populacional menor à época, quando havia 190,733 milhões de brasileiros.

Para igualar a marca da coleta de 2010, o Censo de 2022 precisaria quase dobrar o total recenseado até agora em apenas quatro dias. Apesar do atraso, o IBGE informa que ainda não há perspectiva de prorrogar o prazo de coleta em campo. "Assim como não faz projeções de dados ou indicadores, o IBGE não especula sobre prazos", respondeu o órgão ao Estadão/Broadcast. Questionado pela reportagem, o IBGE negou que esteja oferecendo bônus de produtividade, embora alguns avisos enviados aos recenseadores usem este termo.

Em um setor censitário, o aviso sobre o bônus de produtividade distribuído aos recenseadores previa um pagamento adicional de até R$ 500 para o trabalhador que alcançasse uma média de 30 questionários preenchidos diariamente em um período de até cinco dias.

Outro alerta que circulava entre os temporários dizia que o instituto pagaria um bônus de até R$ 300 aos profissionais que conseguissem superar a marca de 126 questionários preenchidos durante a semana de incentivo. Para quem entregasse 70 questionários, o prêmio era um bônus de R$ 100. As metas alcançadas também renderiam um "upgrade" na faixa de valor paga por questionário dentro da tabela de remuneração.

QUESTIONÁRIO. A remuneração do recenseador varia de acordo com o tipo de questionário aplicado, se básico ou amostral, tipo do setor, se urbano ou rural, e características urbanísticas observadas pelo gestor local, que determinam as faixas de remuneração.

Sobre as discussões internas para tentar aumentar as remunerações dos recenseadores, o IBGE respondeu que "o orçamento do Censo é o mesmo, não prevendo até o momento possibilidade de acréscimo no volume destinado à remuneração dos recenseadores".

"Apesar disso, estamos fazendo esforços para que recenseadores que enfrentam mais dificuldade tenham remuneração mais adequada aos desafios que encontram em campo", completou o IBGE.

Em todo o País, apenas 24,5% dos 452.246 setores censitários tinham sido concluídos até sexta-feira passada. Outros 37,6% nem sequer tinham sido iniciados. Os demais 37,8% restantes tinham a coleta ainda em andamento.

A situação era mais grave dependendo do município ou do Estado. Em Mato Grosso, apenas 12,1% dos setores censitários estavam concluídos, ante 61,2% ainda nem iniciados. Roraima tinha somente 13,3% dos setores concluídos, ante uma fatia de 49,1% de não iniciados. No Acre, apenas 14,4% dos setores estavam concluídos, e 41,6% permaneciam não começados. São Paulo tinha apenas 20,2% dos setores concluídos e 45,8% nem iniciados.

O IBGE tem encontrado dificuldades para preencher todas as vagas de recenseadores necessárias para finalizar o trabalho, além de lidar com milhares de desistências de pessoal já treinado e insatisfeito com os pagamentos e as dificuldades encontradas nas ruas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a decisão do grupo Caoa Chery de demitir 485 funcionários e manter a fábrica de Jacareí (SP) fechada por três anos, trabalhadores da unidade seguem realizando protestos para tentar reverter a medida. Ontem, um grupo deles fez uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorria uma audiência pública para discutir a desindustrialização no Estado.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região chegou a anunciar, na semana passada, que a empresa havia concordado em realizar um programa de lay-off (suspensão temporária de contratos) por cinco meses e conceder mais três de estabilidade, mas depois teria voltado atrás e manteve os cortes.

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Em nota, a Caoa Chery informou que não aceitou a suspensão dos contratos pois a legislação estabelece a medida quando há previsão de retomada da produção no curto prazo, o que não é seu caso. Segundo o grupo, a intenção é manter a unidade fechada até 2025, período em que a fábrica será preparada para produzir apenas modelos híbridos e elétricos.

Ao todo, a planta de Jacareí emprega 627 funcionários e serão mantidos apenas os das áreas administrativas. Para os que serão demitidos, a empresa oferece indenização adicional à rescisão - serão 15 salários para quem tem mais de cinco anos de empresa, dez para quem tem de dois a cinco anos e sete para aqueles com até dois anos de contrato.

Em todas as propostas, o teto salarial é de R$ 5 mil, ou seja, quem tem mais de cinco anos de casa receberia adicional de R$ 75 mil.

Sem compromisso

O presidente do sindicato, Weller Gonçalves, insiste que a companhia voltou atrás e disse temer que a fábrica não retome as operações daqui a três anos, como anunciado, pois não há qualquer compromisso formal assumido pela empresa.

Segundo o sindicalista, na audiência de ontem, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que vai pedir ao Tribunal de Contas de São Paulo acesso a informações sobre isenções fiscais dadas a empresas que pretendem deixar a região. "O propósito é conhecer o quanto essas empresas foram beneficiadas com dinheiro público", disse Gonçalves.

Ele ainda informou que também será acionada a Comissão Permanente de Relações do Trabalho para que os donos da Caoa Chery e de outras empresas sejam convocados a prestar esclarecimentos à Alesp.

Nesta sexta-feira, haverá audiência online de conciliação entre o sindicato, a Caoa e o Ministério Público do Trabalho da região de Jacareí.

Na avaliação do sócio da Bright Consulting, Cássio Pagliarini, uma montadora normalmente não precisa de três anos para adaptar sua linha de produção, nem mesmo para modelos totalmente novos, como são os elétricos e híbridos.

Pagliarini disse ainda que, em casos em que a empresa importa a maior parte dos componentes - como ocorre com a Caoa Chery -, o tempo médio para a transição seria de um ano. "O prazo de três anos normalmente é o que se leva para desenvolver um veículo, fazer ferramentas para a produção e preparar a linha de montagem", diz o consultor.

Produção parada

A fábrica de Jacareí está parada desde março, quando os funcionários da linha de produção entraram em licença remunerada. A planta produzia os modelos Tiggo 3 - que saiu de linha -, e Arrizo 6, que passará a ser importado da China.

A unidade inaugurada em 2015 tem capacidade para produzir, em um turno, 50 mil veículos por ano, mas o máximo atingido até agora foi de 14 mil unidades, no ano passado.

No início, a fábrica pertencia integralmente ao grupo chinês Chery. Depois, teve metade das ações vendida à empresa brasileira Caoa, que também tem uma fábrica em Anápolis (GO), onde a produção de modelos da Chery e da Hyundai será mantida. O grupo foi criado pelo empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que faleceu em agosto do ano passado, aos 77 anos.

Greve na Renault

Funcionários da Renault em São José dos Pinhais (PR) entram hoje no 13º dia de greve por causa do valor do Programa de Participação nos Resultados (PPR). Ontem à tarde estava prevista nova reunião com representantes da empresa e uma eventual proposta será apresentada em assembleia marcada para esta tarde.

No início da semana, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba propôs o pagamento de no mínimo R$ 22,3 mil de PPR a cada funcionário.

A Renault disse que concordaria com o valor, desde que fosse vinculado à meta de produção de 198,5 mil veículos neste ano. O sindicato, porém, não aceita a condição, alegando, por exemplo, que a dificuldade na importação de semicondutores - que tem levado várias fábricas a interromper a produção - pode atrapalhar o cumprimento da meta.

No complexo, são feitos os modelos Kwid, Sandero, Logan, Stepway, Duster, Captur, Oroch, Master e motores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, Anderson Ferreira, sancionou a lei que institui o Bônus de Desempenho pelo Previne Brasil para profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família. 

O benefício será pago mensalmente de acordo com o cumprimento de metas estabelecidas pelos indicadores definidos pelo Ministério da Saúde, e os recursos serão repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).

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Cerca de 1.300 profissionais da cidade serão beneficiados com o bônus. Compõem as equipes da atenção básica os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos, auxiliares de saúde bucal e agentes comunitários de saúde. A Lei é retroativa e os primeiros pagamentos já serão efetuados no valor total de R$ 1,8 milhão, referente ao 3º quadrimestre de 2020 e primeiro quadrimestre de 2021.

“A instituição desse bônus tem o objetivo de incentivar os profissionais e qualificar ainda mais a assistência de atenção básica. Acredito que, além dos servidores, a população de uma forma geral também se beneficia com esta medida, porque o desafio é melhorar os serviços oferecidos a cada avaliação. E isso é muito bom para todos”, destacou o prefeito.

O conjunto de indicadores e metas será avaliado a cada quadrimestre por uma comissão formada por representantes da gestão municipal e de trabalhadores da saúde. Os dados serão mensurados através dos Sistemas de Informações do Ministério da Saúde e instrumentos próprios da gestão. 

Do total dos recursos a serem repassados pelo FNS, 35% vão para o custeio, manutenção e funcionamento da Rede Municipal de Saúde e o restante será distribuído entre os servidores que trabalham na atenção básica

O Google planeja lançar um bônus adicional equivalente a US$ 1.600 (aproximadamente R$ 9 mil na cotação atual) a seus funcionários da sede estadunidense e também nas filiais ao redor do mundo. De acordo com a empresa matriz, Alphabet, em anúncio dessa quarta-feira (8), o extra será uma forma de apoiar a força de trabalho da rede de staff enquanto a pandemia do coronavírus continua. Todos os funcionários, incluindo estagiários e membros da força de trabalho estendida do Google, são elegíveis para o bônus que deve ser pago ainda este ano. 

No início de março, a pesquisa interna do Google mostrou uma queda no bem-estar de seus funcionários no ano passado, após o qual a empresa anunciou uma série de benefícios, incluindo um bônus em dinheiro de US$ 500 (R$ 2.800). 

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Na semana passada, o Google adiou seu plano de retorno ao escritório indefinidamente em meio a temores da variante do Omicron e alguma resistência de seus funcionários às vacinas obrigatórias da empresa. Anteriormente, esperava-se que os funcionários voltassem ao cargo a partir de 10 de janeiro.  

A pandemia de coronavírus levou a Big Tech a introduzir medidas de apoio para promover o bem-estar dos funcionários na pandemia, o que virou tendência entre outras empresas. No início deste ano, a Microsoft planejou pagar aos trabalhadores um bônus de pandemia de US$ 1.500 (R$ 8.400); na Amazon, os benefícios cobrem tratamento de saúde mental para todos os funcionários dos EUA e suas famílias. 

 

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) aprovou, na última sexta-feira (26), o bônus regional para ingresso na instituição. O benefício é destinado a estudantes da rede pública e particular que moram nas regiões próximas aos campi da universidade e estipula o acréscimo de 10% na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O bônus já vale para a edição 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em nota, a Univasf salienta que o acréscimo na nota do Enem valerá para todos os cursos de graduação da instituição e, como isso, "ampliará as políticas afirmativas de acesso ao ensino superior implantadas pelo governo federal, conferindo um ganho social à atuação da Universidade no seu território de abrangência", explica trecho do comunicado.

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E finaliza: "A aprovação do bônus regional é uma demanda da sociedade externa pela primeira vez reivindicada no ano de 2010 e reforçada em 2014 e possibilita que a Univasf se integre às demais instituições públicas de ensino superior da região Nordeste que já o fazem há alguns anos".

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou, por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (28), Dia do Servidor Público, a assinatura de um plano de metas para as escolas da capital pernambucana. De acordo com a publicação, a iniciativa beneficiará os professores da Secretaria de Educação.

Ainda segundo o texto do prefeito, o bônus, que será concedido aos docentes ainda em 2021, poderá ser equivalente "a um 14º e até 15º salários", escreveu Campos. Confira a publicação:

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Há dias, lideranças e professores ligados ao Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) tentam um diálogo direto com João Campos para negociação do reajuste salarial em 12,84%, valor anunciado pelo Ministério da Educação. No entanto, o grupo não teve êxito. Após o anúncio do prefeito do Recife, o LeiaJá procurou a coordenadora geral do Simpere, Cláudia Ribeiro, para saber do posicionamento do sindicato sobre o benefício. De maneira enfática, Cláudia classificou o bônus como um "show pirotécnico" e uma "armadilha".

"É um anúncio que dá a falsa impressão de investimento na educação pública e nos seus profissionais. É show pirotécnico! Porque parte do pressuposto que escola é fábrica e que nela tem uma linha de montagem de resultados que se referem à aprendizagem. Outra, é que na medida em que irá implementar uma política de premiação deixará a maioria sem investimento algum, promovendo sucateamento, abandono e justificando aos professores nenhum reajuste posto que estes serão responsabilizados pelo baixos índices de aprendizagem. É uma armadilha", critica.

Para a coordenadora do Simpere, a prefeitura deveria garantir uma política de valorização dos profissionais da Educação e investir na Educação pública. Além disso, ela chama atenção para a luta salarial travada há anos com a administração do município. "Nossos salários estão congelados desde 2017 e o repasse do percentual do piso de 2020 não foi repassado para todos os professores", ressalta.

Nesta sexta-feira (8), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, encaminhou um projeto de lei à Câmara dos Vereadores. A proposta cria o "Bônus Livro 2021", que pretende repassar R$ 1 mil a cada professor e servidor administrativo da rede municipal de ensino, para que possam comprar livros e materiais didáticos em feiras e encontros literários.

De acordo com a Prefeitura, Jaboatão conta com 4.258 educadores e servidores aptos a receberem o investimento, cujo valor total é de R$ 4,258 milhões. O incentivo deverá ser pago na folha de pessoal do mês de outubro.

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"Terão direito ao Bônus Livro os 3.247 professores efetivos e 676 com contratos temporários, além dos 335 servidores administrativos. No último dia 4, a rede municipal do Jaboatão dos Guararapes retomou as aulas presenciais, com estudantes do 9º ano e do Módulo V do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). No dia 18, será a vez dos alunos do 5º ano e do EJA 3; e, em 3 de novembro, todos os 65 mil estudantes matriculados poderão retornar às escolas", destacou a Prefeitura por meio de nota à imprensa.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituição que figura entre as maiores da região Nordeste e oferta 6.982 vagas distribuídas entre três campi via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), anunciou, nesta segunda-feira (5), que manterá o argumento de inclusão regional no curso de medicina, no Recife, durante a edição 2021. A medida vale também para todas as áreas dos demais campi.

Com a decisão, que faz parte do conjunto de ações afirmativas da Universidade, estudantes que cursaram o ensino médio em escolas regulares e presenciais localizadas em Pernambuco recebem um acréscimo de 10% em suas notas. Em caso de aprovação, é necessário apresentar documentos comprobatórios no ato de matrícula.

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Candidatos a cursos nos campi Agreste (Caruaru) e Vitória de Santo Antão só terão direito ao acréscimo na nota caso tenham cursado e concluído o ensino médio em escolas regulares e presenciais localizadas nas mesorregiões Agreste e da Zona da Mata pernambucanas. No curso de medicina - campus Recife, egressos de escolas de todas as regiões do Estado têm direito ao argumento de inclusão regional.

O acréscimo de 10% será feito na nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), obtida por uma média ponderada das notas das provas, com efeito classificatório, não sendo levado em conta na análise do atendimento de eventuais critérios eliminatórios. Estudantes que se encaixem tanto nos critérios da “Lei de Cotas” quanto nas exigências do argumento de inclusão regional devem escolher entre as duas opções.

As inscrições para o Sisu começam nesta terça-feira (6) e seguirão até 9 de abril. O resultado está previsto para o dia 13 do mesmo mês.

Um desafio lançado pela empresa Vanoncini Edilizia Sostenibile de Mapello, na Itália, no início do ano fez uma pequena revolução cultural dentro da construtora para estimular a leitura e também a habilidade de falar em público: cada livro lido e apresentado pelos funcionários, a maioria pedreiros, rende 100 euros para o colaborador.

O "Clube do Livro" tem, nessa etapa inicial, uma lista com 60 títulos diferentes, que vão desde manuais de autoajuda até obras clássicas de Fiódor Dostoiévski e Alexandre Dumas.

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Após a leitura, o funcionário deve fazer uma apresentação sobre a obra - com os pontos que achou mais relevantes - durante as reuniões quinzenais da equipe de cerca de 80 pessoas.

Os donos da construtora prometem dobrar e triplicar o valor se o colaborador ler e apresentar duas ou três obras.

"Eu acredito fortemente no valor da cultura e da formação. Sei que, às vezes, porém, o cansaço ou até a preguiça afastam as pessoas da leitura. Por isso, decidi incentivar os meus colaboradores a ler e criamos duas reuniões por mês para que eles possam participar ou apresentar um livro. A adesão foi completa e também mais empolgada do que poderia esperar", disse o CEO da Vanoncini, Danilo Dadda, ao jornal "Corriere della Sera".

Conforme Dadda, os resultados foram além do esperado e "há funcionários mais felizes para dividir as 'descobertas' com os colegas".

Segundo dados do governo italiano, a média de leitura do país é de 10 livros por pessoa por ano.

Da Ansa

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou uma resolução reforçando o argumento de inclusão regional no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021, em todos os cursos presenciais dos campi Caruaru e Vitória e para o curso de medicina do Campus Recife.

A instituição visa beneficiar estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas do Estado de Pernambuco, concedendo assim um acréscimo de 10% na nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “O acréscimo terá efeito apenas classificatório, não sendo levado em conta na análise do atendimento de eventuais critérios eliminatórios”, detalhou a UFPE.

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O bônus de 10% será concedido da seguinte forma: para os cursos dos Centros Acadêmicos do Agreste (CAA) e de Vitória (CAV), aos candidatos que tiverem cursado e concluído todo o ensino médio em escolas regulares e presenciais das mesorregiões do Agreste e da Zona da Mata pernambucanos; e para o curso de medicina do Campus Recife, aos candidatos que tiverem cursado e concluído todo o ensino médio em escolas regulares e presenciais no Estado. Essa condição deverá ser comprovada mediante documentação no ato da matrícula.

Os candidatos que desejarem receber o benefício tanto do argumento de inclusão regional quanto da política de reserva de vagas para cotistas, deverão optar, no ato da inscrição, por apenas uma dessas duas ações afirmativas, não sendo permitida a sua aplicação cumulativa. Confira mais detalhes na resolução divulgada no Boletim Oficial da UFPE.

A terceira e derradeira parte do game Hitman já tem data para chegar ao Brasil em sua versão física. O jogo da IO Interactive entra no país em 29 de janeiro para PlayStation 4, Xbox One e Xbox Series X/S, distribuído pela Solutions 2 Go. As cópias vêm com uma aventura adicional, que só pode ser completada com o uso dos óculos VR. 

De acordo com seus criadores, o game "Hitman 3 tem um tom muito mais sombrio do que os jogos anteriores da trilogia". Ele leva o Agente 47 em uma jornada ao redor do mundo ao lado de Diana Burnwood, seu contato de confiança na Agência, e de seu amigo de longa data Lucas Gray, unidos para eliminar os ardilosos membros da Providence.

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Jogadores poderão importar locais dos títulos anteriores para jogar as mais de 20 missões da trilogia em um só universo. Ou seja, quem tiver Hitman 2 poderá carregar suas conquistas e seus progressos para o volume três da franquia. A versão física para PS5 chega em 11 de fevereiro, já as versões digitais para consoles e PC podem ser adquiridas no dia 20 de janeiro.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concederá bônus de 10% na nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), dos candidatos ao curso de medicina que realizaram todo o ensino médio em Pernambuco e que residem no Estado, independentemente de ter concluído em rede de ensino pública ou privada. Em live nesta semana, o professor de biologia Fernando Beltrão esclareceu algumas dúvidas dos estudantes. 

Ao ser questionado como ficará a situação de alunos que estudaram, por exemplo, durante um período de seis meses em outro Estado ou fizeram intercâmbio, Beltrão esclareceu que o acréscimo está direcionado para quem fez todo o ensino médio em escola regular no Estado de Pernambuco, assim como o concorrente precisa residir em solo pernambucano. O professor destacou que o bônus é exclusivo para medicina, no curso oferecido no Campus Recife da UFPE.

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Beltrão alertou que o bônus de 10% não tem nada a ver com as vagas reservadas para as escolas públicas. A UFPE informou que o benefício não é acumulativo e os candidatos que forem possíveis beneficiários, tanto do argumento de inclusão regional, previsto na resolução, quanto da política de reserva de vagas definida na Lei de Cotas para o Ensino Superior (lei 12.711/2012), deverão optar, no ato da inscrição, por uma dessas duas ações afirmativa

Na live, o professor ilustrou: “Um estudante do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e outro do Instituto Federal do Ceará (IFCE), digamos que ambos tiveram a mesma nota, os dois competem por igual à vaga de cotas reservadas para escolas públicas. Mas quando chega o momento de concorrer ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o estudante que se encaixa aos critérios do bônus de 10% pode simular uma situação e outra. Se o estudante for cotista, mas passar em primeiro lugar geral, ele ocupa a vaga dele e não tira a vaga da cota que é reservada para alunos de escolas públicas”.

A UFPE ressaltou que o sistema de bônus já era utilizado para todos os cursos dos campi de Vitória de Santo Antão e Caruaru. Nos últimos quatro anos, o curso de medicina do Campus Recife apresentou um percentual médio de ocupação das vagas acima de 49% por estudantes de outros estados, o que levou à necessidade de estender o bônus de inclusão regional também para essa graduação.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da instituição de ensino, o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, comentou que a medida é muito importante para os alunos locais. “Trata-se de um bônus de caráter regional para fortalecer a presença dos estudantes pernambucanos no nosso curso de medicina do Campus Recife,  lembrando que o argumento incide sobre a ampla concorrência e o sistema de cotas permanece intacto", falou o reitor.

Segundo Gomes, a resolução foi muito bem acolhida pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), gerando um bom debate, de forma democrática e participativa. Houve apenas um voto contrário à implantação do argumento de inclusão regional.

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Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (28), o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Falcão, revelou uma informação que deve animar os estudantes que moram no Estado. O gestor admitiu que a instituição de ensino avaliará a possibilidade de conceder bônus de 10% nas notas dos candidatos ao curso de medicina que residem e estudaram em Pernambuco.

Uma campanha em busca do benefício na UPE foi criada por estudantes e professores, inspirados na bonificação anunciada recentemente pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “A UPE vai levar ao Conselho de Ensino a proposta de bônus e a proposta é que esse bônus seja regionalizado, tendo em vista que a Universidade tem cursos regionalizados. Não seria apenas medicina, entrariam nessa ação odontologia e direito. Não é o reitor que define”, declarou Falcão, enfatizando que a decisão é dos conselheiros universitários da UPE.

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'Não é o reitor que define', desclarou o reitor da UPE, Pedro Falcão, sobre a possibilidade de adotar o bônus na nota dos candidatos pernambucanos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

No caso da UFPE, o bônus de 10%, acrescentado na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no âmbito do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), será válido para estudantes de escolas regulares e presenciais localizadas em Pernambuco, sejam elas públicas ou privadas. Saiba mais.

A Universidade de Pernambuco oferece vagas por meio do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) e também via Sisu, com notas do Enem. Confira mais informações no site do Processo de Ingresso.

Os reitores da UPE, UFPE e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) estão reunidos, nesta tarde, com jornalistas, na Reitoria da UFPE, no Recife. Eles abordam, entre vários assuntos, os protocolos de retomada das aulas, após paralisação devido à Covid-19.

Com informações de Larra Tôrres

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O reajuste de até 73% na bonificação salarial concedida aos militares das Forças Armadas que fazem cursos ao longo da carreira custará R$ 26,54 bilhões em cincos anos. Chamado de "adicional de habilitação", o "penduricalho" será incorporado na folha de pagamento de julho dos militares, com impacto de R$ 1,3 bilhão neste ano, em plena pandemia do novo coronavírus, de acordo com nota técnica do Ministério da Economia e dados do Ministério da Defesa, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Na prática, o gasto anual com o pagamento dessa bonificação no soldo dos militares crescerá ano a ano, como antecipou o Estadão, e em 2024 já estará em R$ 8,14 bilhões. O reajuste do adicional foi aprovado com a reforma da Previdência dos militares, no fim do ano passado. Os críticos argumentam que o benefício deveria ter sido suspenso até dezembro de 2021, junto com o congelamento dos reajustes salariais dos servidores civis, aprovado pelo Congresso com o socorro de R$ 120 bilhões aos Estados e municípios.

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A ideia do congelamento - uma contrapartida do setor público aos cortes salariais no setor privado - foi do ministro da Economia, Paulo Guedes. Quase 12 milhões de trabalhadores da iniciativa privada foram atingidos durante a pandemia com a tesourada nos salários e suspensão de contratos. Os ministros militares do governo Jair Bolsonaro, porém, trataram de negociar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a "blindagem" das Forças Armadas. Desde o início do governo, Bolsonaro tem protegido as carreiras militares.

O bônus será concedido no momento em que Bolsonaro enfrenta uma sucessão de crises e busca ampliar sua base de apoio, composta por militares, policiais, evangélicos, ruralistas e, agora, políticos do Centrão. Ocorre também em um cenário de dificuldades do governo para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 à população mais afetada pelos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia. A área econômica anunciou ontem a extensão do benefício por dois meses, mas o repasse deverá ser feito em várias etapas.

Os militares se converteram numa espécie de esteio de Bolsonaro, que tem o mandato ameaçado por denúncias de crime de responsabilidade apresentadas no Congresso, um inquérito por acusação de interferência na Polícia Federal tramitando no Supremo Tribunal Federal, além do julgamento de ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Oficiais das Forças Armadas comandam 10 dos 23 ministérios e são maioria no Palácio do Planalto, de onde atuam, nos bastidores, na articulação com o Legislativo e o Judiciário, além dos órgãos de controle.

Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e do almirante Bento Albuquerque (Minas e Energia). Em março, último pagamento publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência. Os valores, no entanto, caem na regra do abate-teto, pela qual ninguém pode ganhar mais do que um ministro do Supremo, que recebe R$ 39,2 mil.

Mudança

Lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o major-brigadeiro Ary Soares Mesquita, secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional, ganha o terceiro maior salário do setor militar. Ele tem vencimento bruto de R$ 40.992,66. Os generais da ativa e da reserva do governo também serão beneficiados com o reajuste no penduricalho, mas o valor deve ser "engolido" pelo abate-teto.

A situação pode mudar em breve. Em abril, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu parecer no qual considera que, para os militares, a regra do abate-teto incidirá sobre cada um dos vencimentos acumulados, e não mais sobre o somatório deles. Ou seja, se um militar recebe R$ 20 mil das Forças Armadas e R$ 39,2 mil do Executivo, ele poderá embolsar R$ 59,2 mil por mês, uma vez que cada uma das rendas não ultrapassa o teto. A manobra, revelada pela revista Época, não é aplicada por enquanto em razão da pandemia.

De acordo com nota técnica do Ministério da Economia, as alterações promovidas no "adicional de habilitação" dos militares terão impacto de R$ 1,3 bilhão até o fim do ano. O dinheiro foi preservado em reserva específica do Orçamento. Além de subir a despesa por causa desse adicional, o governo já tinha gasto R$ 441 milhões a mais por causa das mudanças na reforma dos militares. O motivo apontado foi o de que dobrou a ajuda de custo na passagem do militar para a inatividade.

Mais benesses

O "adicional de habilitação" foi criado ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso e é dado para quem fez cursos ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas. Na primeira delas, o penduricalho para quem fez "curso de altos estudos", por exemplo, subirá a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor da remuneração. O aumento vale para militares da ativa e da reserva, que pressionaram para receber.

Um outro adicional criado por Bolsonaro, o de disponibilidade militar, tem impacto previsto de R$ 2,7 bilhões por ano. Esse penduricalho não existia antes e engorda o salário em até 41%. Na outra ponta, a ajuda de custo na passagem para a reserva dobrou, quando havia sido projetada para atingir cerca R$ 300 milhões anuais, abaixo dos R$ 441 milhões já registrados em 2020, conforme o documento do Ministério da Economia.

A mesma lei que reajustou o "adicional de habilitação" abriu a possibilidade de contratação de militares inativos para exercerem tarefas em outros órgãos da administração pública, com um adicional de 30% da remuneração na aposentadoria. A medida tem sido criticada por facilitar a chamada militarização do serviço público na gestão Bolsonaro. O governo não informa quantos militares da reserva ocupam cargos civis no governo. O Estadão mostrou que militares da ativa no Executivo já são 2,9 mil.

Medida sustentável

O Ministério da Defesa informou que a reestruturação das carreiras é "autossustentável e autofinanciável". Segundo a Defesa, a economia líquida estimada com a aplicação da nova lei é de R$ 10,45 bilhões em dez anos, já computado o impacto do adicional de habilitação militar, que será de R$ 1,3 bilhão, levando-se em consideração a alteração prevista para a partir deste mês.

Antes do envio da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitou que os militares ficassem de fora da proposta. Um projeto de reforma foi enviado depois, com aumento de despesas por causa da reestruturação das carreiras, o que acabou consumido boa parte da economia com o aumento da contribuição para a aposentadoria.

O Ministério da Economia argumentou, por sua vez, que apenas que a Secretaria de Orçamento Federal examina metodologia de projeção e classificação das despesas obrigatórias de pessoal, a partir de informações e cálculos fornecidos pelos órgãos. Segundo a pasta, o valor de R$ 1,3 bilhão consta do planejamento orçamentário deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), entrou com uma representação na corte de contas para suspender o aumento na remuneração de militares. O reajuste começa nesta quarta-feira (1º) e tem impacto previsto de R$ 1,3 bilhão neste ano, como revelou o Estadão.

O procurador considerou o reajuste "ilegal", por causa da lei, aprovada em maio, que congelou aumentos em todo o funcionalismo público até o fim de 2021, como medida de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Para Furtado, a lei "colide frontalmente" com o "agrado" aos militares, apesar de prever exceção para casos autorizados antes da pandemia ou determinados pela Justiça.

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"É flagrante e inapelavelmente ilegal", escreveu o subprocurador no documento assinado nesta terça-feira, dia 30, um dia após o Estadão revelar que o "penduricalho" passaria a ser pago a partir deste mês.

"É difícil crer que no momento atual, quando se acumulam crises sanitária, econômica e fiscal em face dos grandes esforços exigidos de todos para o enfrentamento da pandemia decorrente da covid-19, o governo adote medida que virá a exigir ainda mais recursos da sociedade, já sobrecarregada por problemas que se acumulam nos campos da saúde e econômico, do convívio social, do emprego e da renda", escreveu o subprocurador.

O reajuste às Forças Armadas impacta um penduricalho chamado de "adicional de habilitação" e foi aprovado na reforma dos militares, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019.

Esse adicional é pago para quem conclui cursos durante a progressão na carreira e incide sobre o salário base dos militares, aumentado a remuneração final. Ele não era alterado desde 2001, quando foi instituído, em substituição a uma gratificação similar existente até então.

Na prática, os militares conseguem complementar o salário por meio desse "adicional", que varia de acordo com a categoria de curso concluído: formação (12%), especialização (19%), aperfeiçoamento (27%), altos estudos II (37%) e altos estudos I (42%). Esses percentuais passaram a valer nesta quarta-feira.

Até 2023, a maior faixa, de altos estudos I, atingirá 73%, como proposto pelo governo Bolsonaro. Ela beneficia principalmente o oficialato de Aeronáutica, Exército e Marinha, motivo de pressões internas na caserna.

O acúmulo de penduricalhos como o "adicional de habilitação" faz com que o salário de um oficial general de quatro estrelas, topo hierárquico as três forças, salte de R$ 13,4 mil (soldo) para quase R$ 30 mil, podendo ser superior, a depender das especificidades da carreira de cada militar, como local de trabalho.

Furtado pede que, até que o plenário do TCU se manifeste ou enquanto durar a pandemia da covid-19, o governo seja obrigado cautelarmente a se abster de pagar o reajuste em remuneração de qualquer espécie aos integrantes das Forças Armadas.

Ele afirmou que a manutenção do pagamento a mais, "constrange a sociedade brasileira" e que seria justificado pela "proximidade e simpatia" do presidente Jair Bolsonaro com as Forças Armadas, já que é capitão da reserva do Exército.

"A medida, que já pareceria inconveniente em tempos normais - dada a elevada remuneração da classe militar, além de outros benefícios que seus integrantes recebem -, se mostra agora, diante do cenário econômico catastrófico que se avizinha - com sinalização de queda vertiginosa do Produto Interno Bruto brasileiro - inteiramente inoportuna e indecorosa e até, porque não dizer, de monstruosa indiferença com a população - como quem pergunta e daí diante das tragédias alheias -, sobretudo com as pessoas mais pobres, que serão chamadas a pagar a conta exatamente no momento em que, possivelmente, enfrentam as maiores dificuldades, incertezas e angústias de suas vidas", afirma Furtado.

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