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A Polícia Federal concluiu a perícia nas joias apreendidas pela Receita Federal com uma comitiva do governo Jair Bolsonaro no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em outubro de 2021. O caso foi revelado pelo Estadão. O conjunto foi avaliado em R$ 5,1 milhões.

A análise foi feita por especialistas do núcleo de perícias em geologia do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. O laudo foi incluído no inquérito que investiga se o ex-presidente tentou se apropriar indevidamente dos presentes da Arábia Saudita em vez de destiná-los ao acervo da União. O conjunto da marca suíça Chopard, com colar, anel e brincos de diamante, foi avaliado em R$ 4 milhões. O relógio vale em torno de R$ 1 milhão, segundo a perícia.

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Inicialmente, o conjunto foi estimado em R$ 16,5 milhões. O Estadão apurou com especialistas em perícia que a diferença de valores pode ter ocorrido porque a avaliação feita pela PF, frequentemente, é objetiva. Ou seja, leva em consideração o valor efetivo dos diamantes. Ficam de fora outros elementos subjetivos que agregam valor e compõem o preço na loja, como o joalheiro que desenhou a peça, a grife que produziu a joia, o lucro que a empresa vai tirar e o custo para venda e com impostos.

A PF apura se houve crime de peculato no caso - uso do cargo para desviar recursos ou bens públicos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Não é apenas Messi que pode estar indo para a Arábia Saudita na próxima temporada. De acordo com o jornal AS, da Espanha, Benzema recebeu uma proposta de 400 milhões de euros, cerca de R$ 2,172 bilhões, de uma equipe da Arábia Saudita para seguir para o país na próxima temporada e estaria analisando.

De acordo com a imprensa europeia, Benzema teria apalavrado uma renovação contratual com o Real Madrid no início de maio por mais uma temporada. Contudo, o atacante francês teria recebido uma oferta de um dos clubes da Arábia Saudita de 400 milhões de euros por dois anos e este novo cenário fez com que o jogador voltasse a analisar as opções para o futuro. Vale lembrar que o jogador francês está com 35 anos e defende o time da capital espanhola desde 2009.

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Assim como aconteceu com Cristiano Ronaldo quando chegou ao Al Nassr no início de 2023, a chegada de Benzema na Arábia Saudita não envolve apenas o fato de jogar na liga local. De acordo com a imprensa europeia, a ideia é que o francês seja um dos astros do futebol mundial que podem mudar a imagem do país no esporte. De acordo com o jornal Marca, Messi teria recebido uma proposta parecida do Al Hilal e estaria próximo de uma ida para a Arábia Saudita.

A proposta para Benzema e Messi, de acordo com a imprensa europeia, englobaria a atuação nos gramados por um período e posteriormente a dupla seguiria no país para serem embaixadores da Copa do Mundo de 2030, que a Arábia Saudita busca ser sede.

Nos últimos tempos, o times sauditas vem buscando mudar a imagem do esporte no país. Com o desejo de ser sede da Copa do Mundo de 2030, ao lado da Grécia e da Turquia, o governo do país vem incentivando e ajudando as equipes na busca por grandes nomes do esporte mundial. A candidatura saudita disputa a chance de ser sede do mundial com Portugal, Espanha e Marrocos e também Uruguai e Argentina.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu em mãos o segundo kit de joias, dado de presente pelo governo da Arábia Saudita, na época em que seu esposo, Jair Bolsonaro, era presidente da República. De acordo com o depoimento de uma ex-funcionária do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), o material estava em território nacional ilegalmente, e chegou a ser conferido pelo próprio Jair Bolsonaro no dia 29 de novembro de 2022, no Palácio da Alvorada.

O portal Estadão teve acesso ao depoimento da ex-servidora, que era responsável pela triagem dos presentes oficiais recebidos pela presidência. O kit, da marca suíça Chopard, é composto por um relógio com pulseira de couro, um par de abotoaduras, uma caneta rosa gold, um anel e um masbaha rose gold (colar de contas, parecido com um rosário católico, tradicional na religião islâmica).

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Segundo o rastreamento prévio, as joias chegaram ao Brasil em outubro de 2021, por meio da comitiva do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, sem haver a aprovação da Receita Federal.

O envolvimento de Michelle no recebimento das joias ilegais entra em conflito com a declaração feita por ela nas redes sociais, ainda no início do escândalo. “Não estava sabendo que tinha tudo isso”, disse a ex-primeira-dama nas redes sociais.

A derrota do Al-Nassr para o rival Al-Hilal, na terça-feira, não foi a única dor de cabeça de Cristiano Ronaldo nesta semana. O craque português está sendo alvo de um processo pedindo a sua deportação da Arábia Saudita por uma advogada que não gostou nada do gesto obsceno feito pelo jogador a torcedores rivais na saída de campo. A ação já foi encaminhada ao astro do futebol.

"Se os torcedores do Al Hilal provocaram Cristiano Ronaldo, ele não soube responder. A conduta de Cristiano constitui um delito. Um ato publicamente indecente que requer prisão e deportação quando cometido por um estrangeiro. Iremos apresentar uma petição ao Ministério Público nesse sentido", disse a advogada Nouf bin Ahmed, em seu perfil no Twitter.

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O Al-Nassr foi derrotado por 2 a 0 pelo Al-Hilal e perdeu a chance de alcançar o Al-Ittihad na liderança do Campeonato Saudita. Ao deixar o gramado, a torcida adversária gritou o nome de Lionel Messi, com quem o português revezou o posto de melhor do mundo e rivalizou na disputa por prêmios individuais. O atacante respondeu às provocações levando a mão à genitália e dando um sorriso irônico.

Nouf bin Ahmed, que também atua como conselheira da ONU e professora universitária, citou no processo ainda um lance em que Cristiano Ronaldo dá um mata-leão no volante colombiano Gustavo Cuéllar, ex-Flamengo.

O gesto de Cristiano Ronaldo não repercutiu bem no país saudita. Torcedores e jornalistas sauditas foram às redes sociais cobrar a federação por uma punição ao jogador. Na nota divulgada à imprensa, o Al-Nassr afirmou que as pessoas são "livres para pensar o que quiserem".

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Cristiano Ronaldo ainda não se pronunciou sobre o assunto. Ele tem 11 gols em 13 partidas com a camisa do Al-Nassr. Aos 38 anos, o craque português deixou o Manchester United na última temporada para desbravar o futebol da Arábia Saudita. De acordo com a imprensa local, o salário do atacante eleito cinco vezes melhor jogador do mundo é de 173 milhões de libras (cerca de R$ 1,1 bilhão) por ano.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, nesta terça-feira (4), a entrega do terceiro kit de joias que ele recebeu em 2019 pelo governo da Arábia Saudita, quando ainda presidia o Brasil. A informação foi confirmada pelo ex-secretário executivo de Comunicação, Fabio Wajngarten, por meio de uma publicação na sua conta no Twitter.

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O prazo dado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) foi de cinco dias úteis, para que as joias fossem entregues à Caixa Econômica Federal. O mesmo prazo se aplicou para as armas que ele também teria recebido do governo saudita, mas a entrega foi feita na sede da Polícia Federal, em Brasília.

Nesta quarta-feira (5), Bolsonaro deverá se apresentar à Polícia Federal para depor sobre o escândalo das joias recebidas. Ele é acusado de ter tentado articular a entrada das mercadorias no Brasil sem declarar à Receita Federal. Um dos presentes é avaliado em R$ 16 milhões.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF), nesta quarta-feita (5), de forma presencial em Brasília. A informação foi divulgada pelo UOL. Bolsonaro vai ser ouvido sobre o caso das joias da Arábia Saudita. O depoimento está previsto para acontecer às 14h30. 

Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram destinatários de três caixas com joias sauditas. Por se tratar de bens de alto valor, um dos conjuntos teria sido avaliado em R$ 16,5 milhões, os presentes deveriam ter sido incorporados ao acervo da Presidência da República e não ao pessoal. 

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Uma caixa foi retida na alfândega e o ex-presidente teria agido para liberar o pacote, mas não obteve êxito; outra foi devolvida após determinação do Tribunal de Contas da União e uma terceira estaria guardada na fazenda de Nelson Piquet. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não há irregularidades sobre o caso das joias recebidas pelo presidente da Arábia Saudita em 2021, e que tentou trazer para o Brasil ilegalmente. Ele desembarcou em Brasília na manhã desta quinta-feira (30) depois de três meses nos Estados Unidos, tendo partido um dia antes do fim do seu mandato presidencial.

Em entrevista concedida ao canal Jovem Pan, Jair afirmou que não pretende usar as joias. “Continuo com meu reloginho, graças a Deus”, disse. “Se estão achando que isso [caso das joias] foi o que fiz errado, fico até feliz, porque não têm do que me acusar. Essas joias estão prontas para serem entregues”, afirmou.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) decretou que o ex-presidente deve devolver todas joias que não foram devidamente declaradas. Segundo decisão do Tribunal, para que o item fosse considerado patrimônio privado, teria de ser de uso personalíssimo e de baixo valor, o que não é o caso das joias que passam dos R$ 16 milhões.

O TCU ainda proibiu que todos os itens envolvidos no caso não poderão ser usados nem vendidos por Bolsonaro. No entanto, ele declarou que elas estão à disposição. “Há a matéria porque está cadastrado. Quem classifica se é acervo pessoal ou público não sou eu, tem pessoal lá na Presidência que são servidores de carreira que classificam. Na lei diz que eu posso usar, mas não posso vender. Como criou-se um problema, está a disposição”, disse.

Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento na próxima quinta-feira (5) na Polícia Federal.

Por meio de seus advogados, o ex-presidente Jair Bolsonaro, entregou nesta sexta-feira (24), as joias e as armas que recebeu de presente da Arábia Saudita.

"Armas presenteadas por governo estrangeiro a ex-autoridade brasileira foram devolvidas, serão periciadas e acauteladas para procedimentos posteriores", informou pelo Twitter o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Em 2019, o ex-presidente ganhou de presente de representantes dos Emirados Árabes uma pistola e um fuzil. 

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Outro presente do governo saudita, dado em 2021, um estojo com um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, da marca suíça de diamantes Chopard, avaliados em R$ 500 mil, também foram desenvolvidas hoje em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília.

A devolução foi uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). No último dia 15, o ministro Bruno Dantas, presidente da Corte determinou que o material fosse entregue na Secretaria-Geral da Presidência da República. Dantas lembrou que para um presente ser incorporado ao patrimônio privado de um presidente, ele deve ser classificado como item personalíssimo e ser de baixo valor.

O tribunal determinou que o conjunto de joias e o relógio avaliado em R$ 16,5 milhões que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos em 2021, também deve ser enviado à Caixa. Os artigos entraram no Brasil na mochila do assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).

A Receita Federal impôs sigilo à documentação das joias de origem árabe dadas pelo governo saudita ao Governo Bolsonaro. Avaliados em R$ 16,5 milhões, os itens seriam entregues pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à ex-primeira-dama, Michelle (PL). O órgão alegou que correspondência com o Poder Executivo pode vir a integrar investigação interna do Ministério da Fazenda. 

A informação já havia sido antecipada em resposta a um pedido da representação dos Bolsonaro para ter acesso a dados do caso. Os novos esclarecimentos, no entanto, foram revelados na coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, após solicitações do veículo via Lei de Acesso à Informação (LAI). 

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De acordo com a RF, a correspondência entre o órgão e o Poder Executivo “foi enviada à Corregedoria do Ministério da Fazenda, podendo vir a integrar procedimento correcional”. “Por isso, são, por hora, de acesso restrito”, afirma. A Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União apuram o caso. 

As alegações da Receita foram enviadas em resposta a uma manifestação da coluna, que solicitou a íntegra de toda documentação enviada pela Receita Federal ao Executivo e pelo Executivo à RF, relacionada às joias. Também foi solicitado o acesso à documentação por meio da assessoria do órgão, por e-mail. A resposta foi que a RF só se manifestaria sobre o assunto por meio das duas notas divulgadas no site do órgão nos dias 4 e 6 de março. 

Na última segunda-feira (13), a Polícia Federal negou acesso do ex-presidente ao inquérito das joias presenteadas. O processo da polícia em São Paulo apura a tentativa de entrada ilegal no Brasil de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita. A defesa de Bolsonaro pediu acesso aos autos da investigação e disse que estava "à disposição" das autoridades.  

 

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado decidiu chamar o embaixador da Arábia Saudita para ajudar a esclarecer o caso das joias de diamantes que o regime saudita deu para o então presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, em outubro de 2021, e que acabaram retidos pela alfândega do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, durante a tentativa do governo Bolsonaro de ingressar ilegalmente com os itens no País.

Ao Estadão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que vai presidir a comissão pelos próximos dois anos, afirmou que vai apresentar o requerimento nos próximos dias, para convidar o embaixador da Arábia Saudita para prestar esclarecimento. Desde dezembro do ano passado, o embaixador do Reino da Arábia Saudita no Brasil passou a ser Faisal bin Ibrahim Ghulam.

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Quando os presentes sauditas avaliados em cerca de R$ 16,5 milhões foram dados pelo regime árabe aos Bolsonaro, o embaixador do Arábia Saudita no Brasil era Ali Abdullah Bahitham. No dia 25 de outubro de 2021, enquanto o então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e sua comitiva recebiam os pacotes de presentes no lobby de um hotel em Riade, antes de partirem para o aeroporto, Bolsonaro estava na casa de Ali Abdullah Bahitham, nuA comissão quer entender, por exemplo, por que a entrega dos presentes não seguiu o tradicional rito diplomático, com a liturgia que essas tradições sempre envolvem, e foi realizada em uma saída de hotel, quando a comitiva do governo Bolsonaro partia, improvisando a alocação daqueles itens em suas bagagens.

"Queremos botar um foco nessa questão e fazer o que for recomendável. O ideal é que seja uma audiência pública. Eu vou olhar atentamente para que essa providência seja apresentada", disse Renan. "Dentro do limite de competência destama região nobre de Brasília, acompanhado de seu filho Flávio Bolsonaro, diplomatas de países do Oriente Médio e membros do Conselho de Cooperação do Golfo.

A comissão quer entender, por exemplo, por que a entrega dos presentes não seguiu o tradicional rito diplomático, com a liturgia que essas tradições sempre envolvem, e foi realizada em uma saída de hotel, quando a comitiva do governo Bolsonaro partia, improvisando a alocação daqueles itens em suas bagagens.

"Queremos botar um foco nessa questão e fazer o que for recomendável. O ideal é que seja uma audiência pública. Eu vou olhar atentamente para que essa providência seja apresentada", disse Renan. "Dentro do limite de competência desta comissão, vamos botar um lupa sobre essa assunto e ajudar a esclarecer as dúvidas."

Desde o dia 3 de março, quando o Estadão passou a revelar detalhes do escândalo das joias, a reportagem procurou um posicionamento da embaixada árabe no Brasil e, também, da embaixada brasileira em Raide, mas não obteve nenhum retorno.

A tentativa do governo Bolsonaro de entrar ilegalmente no País com joias milionárias presenteadas pelo regime da Arábia Saudita será investigada pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado. A informação foi dada pelo presidente da comissão CTFC, Omar Aziz (PSB-AM). O parlamentar pretende direcionar os esforços da comissão para apurar negócios que foram fechados entre empresas do Oriente Médio durante a gestão Bolsonaro.

"É papel do Senado Federal a responsabilidade de apurar qualquer desvio de conduta de servidores públicos, seja ele um ministro ou presidente", disse Aziz ao Estadão. "Essa é uma história mal contada, em que um ministro foi o portador de uma joia valiosa, que deveria ser do povo brasileiros, mas que ele disse que iria para a primeira-dama. Temos que apurar isso."

Fora do Congresso, o caso já é apurado pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União, Comissão de Ética da Presidência da República, Tribunal de Contas da União e Receita Federal.

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou por unanimidade nesta quarta-feira (15), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem que devolver as joias sauditas e o conjunto de armas doado pelos Emirados Árabes Unidos. 

A caixa de joias avaliada em R$ 16,5 milhões foi apreendida pela alfândega do aeroporto de Guarulhos está no centro de uma discussão que envolve a posse de presentes por Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

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A decisão do TCU determina que as peças devam ser entregues à secretária-geral da Presidência da República Mariana Muniz no prazo de cinco dias. 

Além disso, o TCU também determinou uma auditoria completa em todos os presentes recebidos pela Presidência da República entre 2019 a 2022, período em que Bolsonaro estava no Palácio do Planalto. 

A Receita Federal recebeu uma ordem do ministro para entregar um outro conjunto de joias que estaria retido pelo Fisco no Aeroporto de Guarulhos a Mariana. 

 

A Polícia Federal negou acesso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao inquérito das joias de origem árabe. O processo da polícia em São Paulo apura a tentativa de entrada ilegal no Brasil de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita. Na segunda-feira (13), a defesa de Bolsonaro pediu acesso aos autos da investigação e disse que estava "à disposição" das autoridades. 

“Trata-se de investigação que corre sob sigilo. O interessado não consta como investigado até o momento”, disse o delegado da PF Adalto Machado, chefe do inquérito, à defesa do ex-mandatário. 

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Os advogados do ex-presidente também informaram que ele enviaria ao Tribunal de Contas da União (TCU), como fiel depositário, o segundo pacote de joias, que teria entrado no Brasil sem ser declarado, segundo a Receita Federal. 

“Requer-se, finalmente, que em se confirmando a existência de inquérito policial ou procedimento assemelhado nesta Delegacia, seja informada a numeração dos autos, bem como dado imediato e integral acesso aos patronos do peticionário a seu conteúdo, inclusive a eventuais diligências ainda não colacionadas aos autos, bem como autorizada a extração de cópias de eventuais documentos físicos acostados ou na pendência de serem”, dizia a petição assinada pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. 

As peças foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Estavam na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), que integrou a comitiva do governo federal no Oriente Médio, em outubro de 2021.  Uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que o antigo governo tentou trazer joias ao Brasil sem declará-las à Receita. As peças, avaliadas em R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

O conjunto era composto por colar, anel, relógio e brincos de diamante com um certificado de autenticidade da Chopard, marca suíça de acessórios de luxo. 

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) abriu um inquérito para investigar e cobrar explicações de ex-assessores do então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as joias presenteadas pela Arábia Saudita em 2021. O órgão pretende encontrar os responsáveis envolvidos no escândalo revelado por reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, quando uma comitiva do ex-presidente tentou entrar no Brasil portando as joias de maneira ilegal, sem declarar os valores à Receita Federal, no dia 28 de outubro daquele ano.

Segundo informações do portal UOL, a CEP vai investigar o ex-ministro Bento Albuquerque, que portava o estojo com as joias. Também estão na lista alguns ex-assessores do então presidente, como o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid e o primeiro-sargento Jairo Moreira da Silva. Eles haviam recebido ordens de Bolsonaro, no final do seu mandato, em 2022, para resgatar as joias, que ficaram presas na Receita Federal. O ex-oficial da Marinha do Brasil, Julio Vieira Gomes, também está na fila para ser questionado. À época, ele era o secretário que chefiava a Receita Federal, e foi orientado a pressionar os servidores do órgão para liberar o material.

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O presente dado pelo governo saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é avaliado em R$ 16,5 milhões, e ficou preso na alfândega. Quando tentaram reaver o material, ele já havia se tornado parte do patrimônio do Ministério da Economia. O caso repercutiu antes de as joias irem para leilão, quando a Receita notificou a perda dos bens.

Há especulações de que a lista de investigados pela CEP aumente nos próximos dias.

O adiamento das viagens da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo Brasil e do evento do PL Mulher em celebração ao Dia Internacional da Mulher foi atrelado ao escândalo das joias que Michelle Bolsonaro recebeu de presente da Arábia Saudita e foram apreendidas no aeroporto de São Paulo.

No entanto, de acordo com a avaliação do cientista político da Universidade Federal de Pernambuco Arthur Leandro, não deve-se esperar “tanta prudência” do Partido Liberal, de Valdemar da Costa Neto, em tentar preservar, de alguma forma, a imagem da família Bolsonaro. 

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A afirmação foi feita porque o evento do PL Mulher, por exemplo, poderia servir de defesa para Michelle Bolsonaro ante o eleitorado bolsonarista. “O evento seria restrito às mulheres que são ligadas ao PL. Então, Michelle falaria em ambiente seguro e poderia, inclusive, usar a oportunidade para subir o tom, dizer que as mulheres estão sendo perseguidas e que são caluniadas, sofrem todo tipo de violência e que o PL seria a agremiação que dá espaço e permite que as mulheres participem e se expressem”, disse. 

Para o especialista, o evento seria um palanque para Michelle Bolsonaro, sobretudo para “tentar reverter esse episódio das joias em seu favor, dizendo que é uma armação da grande imprensa junto com o governo do PT”. “Pode parecer uma afirmação alucinada, desligada da realidade, mas é um tipo de afirmação que ela ressoa e conforta parte da militância e dos apoiadores de Michelle e da família Bolsonaro”, complementou. 

Um outro ponto observado por Arthur Leandro é de que algumas pessoas defendem o episódio como uma “cortina de fumaça para tirar o foco dos eventuais desmandos do governo Lula e da sua dificuldade em entregar o que se comprometeu a fazer”. 

Ademais, o bolsonarismo ainda tem uma base eleitoral expressiva e muito forte no Brasil, que espera ser mobilizada. “O bolsonarismo ainda é muito forte nas redes sociais e os atos do ex-presidente Jair Bolsonaro e das pessoas próximas a ele vão ser inevitáveis daqui para a frente. Vão ser evidenciados e trazidos à tona. Então, o grupo dessa figura da Michelle não deve, por razão prática, silenciar enquanto esses episódios estão sendo mobilizados”, afirmou o cientista político. 

Segundo ele, a decisão de esconder Michelle Bolsonaro neste momento, além de não fazer sentido com o perfil do líder partidário, seria uma estratégia equivocada. “Acho que é um momento de se fazer presente, dizer que é calúnia [a história das joias], que está sendo perseguida porque sempre pensou na família, nas crianças brasileiras, que é contra a mentira. Então, se for uma razão de prudência [o cancelamento do evento], de buscar preservar uma liderança emergente. Primeiro, é extravagante em relação à figura do partido que não costuma ter esse tipo de cautela. Depois, me parece uma decisão equivocada do ponto de vista estratégico”, pontuou. 

“Michelle não vai ser presa sem ser acusada formalmente e processada. Ela não corre o risco que o marido corre e não vai ser presa preventivamente. Ela tem que ocupar o espaço político que está aberto. Essa lacuna foi deixada com o afastamento do casal Jair e Michelle do Palácio do Planalto e que ela tem condições, sim, de vocalizar a expressão e as ideias que esse casal e esse movimento representa”, afirmou Arthur Leandro. 

O senador Flávio Bolsonaro chegou a publicar no Twitter que o pai estaria retornando ao Brasil no dia 15 de março, mas apagou a publicação e depois afirmou que a volta estava próxima, mas ainda sem data. Isso também fez com que fosse cogitado o possível adiamento do retorno de Bolsonaro ao Brasil por conta do escândalo. Sobre isso, o cientista político pontuou que não há ambiente seguro para o retorno do ex-presidente ao Brasil por enquanto, pois “provavelmente ele pode ser preso”.

“A sua prisão preventiva pode ser decretada porque, objetivamente, ele pode sim interferir no curso das investigações, usar seu poder de influência para pressionar investigador, juiz, promotor. A leitura de que o momento não foi propício é correta, e eu acho que vai continuar sem ser propício por muito tempo, já que ele corre efetivamente o risco de sofrer algum tipo de revés no Brasil e precisa encontrar meios de se colocar fora do alcance da Justiça Nacional”. 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu pessoalmente o segundo pacote de joias da Arábia Saudita que entraram ilegalmente no Brasil no ano passado, de acordo com o documento oficial emitido no dia em que o pacote chegou no Palácio da Alvorada. 

O documento foi publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo e, em um dos campos do recibo, consta a pergunta se o pacote chegou a ser “visualizado pelo presidente”, e um “x” marca a opção “sim”. 

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O funcionário Rodrigo Carlos dos Santos foi quem assinou o recibo, às 15h50 do dia 29 de novembro de 2022, pouco mais de um mês antes de Bolsonaro fugir do Brasil para os Estados Unidos. 

O documento lista as joias dadas pelo governo saudito ao ex-presidente, todos da marca suíça de diamantes, a Chopard: relógio, caneta, anel, abotoaduras anel, masbaha (tipo de rosário). Os itens foram trazidos por uma comitiva do Ministério de Minas e Energia, que representou o Brasil em um evento na Arábia Saudita em outubro de 2021. 

Um avião da Arábia Saudita com ajuda para as vítimas do terremoto pousou nesta terça-feira (14) em Aleppo, norte da Síria, anunciou o ministério dos Transportes do governo de Damasco.

"É o primeiro avião da Arábia Saudita a pousar na Síria em mais de 10 anos", afirmou à AFP um funcionário do ministério.

O avião transporta 35 toneladas de mantimentos para as vítimas do terremoto, informou a agência oficial síria SANA.

Desde o terremoto de 7,8 graus de magnitude que atingiu na semana passada a Turquia e a Síria, com um balanço de mais de 35.000 mortos, vários aviões pousaram no território sírio, rompendo o isolamento político que afeta o país. Aleppo, segunda maior cidade síria, foi devastada.

O pouso anterior de um avião saudita na Síria havia acontecido em fevereiro de 2012, de acordo com a SANA.

A Síria foi expulsa da Liga Árabe no fim de 2011, após a repressão das manifestações que resultaram em uma guerra civil com interferência estrangeira.

A Arábia Saudita rompeu as relações com o presidente sírio, Bashar al Assad, em 2012 e expressou apoio aos rebeldes desde o início da guerra, que em poucos meses entrará no 12º ano.

A Arábia Saudita prometeu ajuda ao governo sírio, em particular às zonas controladas pelos rebeldes no noroeste, muito afetadas pelo terremoto que deixou mais de 3.600 mortos no país.

A região de Aleppo foi muito atingida pelo terremoto e mais de 200.000 pessoas ficaram desabrigadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A guerra na Síria provocou mais de meio milhão de mortes e o deslocamento de mais da metade da população.

 A Arábia Saudita anunciou que enviará a primeira astronauta do país para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em viagem marcada para "o segundo trimestre de 2023".

A ida de Rayyanah Barnawi será com Ali Al-Qarni, informou ainda a Agência Oficial de Imprensa, em viagem conjunta com a tripulação da missão espacial AX-2 que partirá de uma base nos Estados Unidos.

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Além dos dois sauditas, também outros dois astronautas locais serão treinados na base norte-americana em caso de problemas com Barnawi ou Al-Qarni - Mariam Fardous e Ali Al-Gamdi.

Conforme a nota oficial, o envio de mais dois astronautas "é uma marca histórica para o programa para treinar e qualificar os sauditas a irem para o Espaço, fazerem experimentos científicos e participarem de pesquisas internacionais". (ANSA).

A Arábia Saudita escolheu a primeira mulher astronauta que viajará ao espaço, informou a mídia estatal, em uma nova tentativa de mudar a imagem ultraconservadora do país.

Rayyana Barnawi acompanhará o astronauta Ali Al-Qarni em uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS) no "segundo trimestre de 2023", disse a agência de notícias saudita no domingo (12), após um primeiro anúncio no final do ano passado.

Os astronautas "vão se juntar à equipe da missão espacial AX-2" em um voo que será "lançado dos Estados Unidos", acrescentou.

O líder da Arábia Saudita, o príncipe Mohammed bin Salman, procurou mudar a imagem conservadora do país por meio de uma série de reformas.

Desde sua chegada ao poder em 2017, as mulheres podem dirigir e viajar ao exterior sem serem acompanhadas por um homem.

A proporção de mulheres no mercado de trabalho também aumentou de 17% para 37% desde 2016.

Esta não é a primeira vez que um saudita viaja ao espaço. Em 1985, o príncipe Sultan bin Salman bin Abdulaziz, um piloto de avião, integrou uma missão espacial organizada pelos Estados Unidos e se tornou o primeiro cidadão muçulmano e árabe a deixar o planeta Terra.

Em 2018, o país criou a Autoridade Espacial Saudita e, no ano passado, lançou um programa para enviar astronautas ao espaço.

O atacante Cristiano Ronaldo é o novo jogador do Al Nassr, da Arábia Saudita, com acordo assinado de ganhos de quase 200 milhões de euros (R$ 1,09 bilhão) por ano, entre salários e acordos de publicidade. O anúncio da contratação foi feito nesta sexta-feira (30), e o jogador português deve assinar até 2025 com a equipe.

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Cristiano Ronaldo, vencedor cinco vezes da Bola de Ouro, completa 38 anos no próximo dia 5 de fevereiro e, pela primeira vez em mais de 20 anos de carreira, ele vai atuar em um clube não europeu. Os ganhos de quase 200 milhões anuais recolocam CR7 no topo do futebol mundial, à frente de Mbappé. 

“História em construção”, escreveu o clube arábe no Twitter. “Esta é uma contratação que não apenas inspirará nosso clube a alcançar um sucesso ainda maior, mas também inspirará nossa liga, nossa nação e as gerações futuras, meninos e meninas a serem a melhor versão de si mesmos. Bem-vindo Cristiano Ronaldo à sua nova Casa”.

No Al Nassr, o atacante português será treinado pelo francês Rudi Garcia, ex-Lyon, e terá a companhia de dois brasileiros: o meio-campista Luiz Gustavo e o atacante Anderson Talisca.

China e Arábia Saudita assinaram, nesta quinta-feira (8), contratos milionários, no segundo dia da visita do presidente chinês Xi Jinping a esta monarquia petrolífera do Golfo.

A visita foi criticada pelos Estados Unidos, tradicional aliado do reino saudita, que nos últimos anos ampliou parcerias econômicas e políticas com outros países.

Segundo a imprensa saudita, cerca de 20 acordos foram assinados no valor de mais de 110 bilhões de riais sauditas (cerca de 29,3 bilhões de dólares).

Xi Jinping, que chegou a Riade na quarta-feira, encontrou-se com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, de 38 anos, no palácio real.

Ele também se reuniu com o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, de 86 anos, que está doente.

"Estou muito feliz em visitar a Arábia Saudita novamente depois de seis anos", disse Xi em declarações transmitidas pela emissora pública CCTV.

O líder chinês vê a Arábia Saudita como "uma força importante em um mundo multipolar".

- Cúpulas na sexta-feira -

Xi Jinping e o príncipe herdeiro assistiram à assinatura de acordos energéticos sobre hidrogênio, um projeto petroquímico, outro de desenvolvimento habitacional e de ensino de chinês, noticiou a agência oficial saudita SPA.

A China é o principal consumidor de petróleo bruto da Arábia Saudita.

Além da energia, os dois países discutem acordos para que empresas chinesas participem de megaprojetos com os quais o príncipe herdeiro pretende diversificar a economia saudita e reduzir a sua dependência do petróleo.

Na quarta-feira, empresas sauditas e chinesas assinaram 34 acordos de investimento nos setores de hidrogênio verde, tecnologia da informação, computação em nuvem, transporte e construção, segundo a SPA, que não divulgou valores.

O comércio entre os dois países totalizou 304 bilhões de riais sauditas (US$ 81 bilhões) em 2021 e 103 bilhões de riais sauditas (US$ 27,4 bilhões) no terceiro trimestre de 2022, de acordo com a SPA.

O presidente chinês participará de mais duas cúpulas na sexta-feira, uma com os líderes dos seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) e outra com líderes dos países árabes.

Xi Jinping se encontrará com chefes de Estado como o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi; o primeiro-ministro iraquiano Mohammed Shia' al-Sudani; o presidente da Tunísia, Kais Saied; o primeiro-ministro marroquino, Aziz Akhannouch, e o primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati.

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