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Além de histórica, a vitória da Arábia Saudita sobre a Argentina na Copa do Mundo do Catar também será lucrativa para os jogadores. O príncipe Mohammed bin Salman Al Saud vai dar, para cada jogador, um carro da marca de luxo Rolls Royce. A informação é do jornal The Sun.

A realeza do país, que já havia decretado feriado depois da vitória, também vai desembolsar uma fortuna para presentear os jogadores. Os carros dessa marca costumam valer milhões de reais. O modelo exato que será dado de presente não foi divulgado.

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E engana-se quem pensa que essa é a primeira vez que a realeza presenteia jogadores após vitórias como a contra a Argentina na Copa do Mundo. Em 1994 um jogador do time ganhou presente parecido.

Dois jogadores da Arábia Saudita que entraram em campo na vitória histórica sobre a Argentina, nesta terça-feira (22), pela Copa do Mundo do Catar tiveram uma breve passagem pelo futebol brasileiro, em um intercâmbio na base do Fluminense. Isso lá em 2009.

Salman Al-Faraj e Nawaf Al-Abed participaram do jogo histórico para os árabes. O primeiro foi titular e capitão da equipe, o segundo entrou justamente no lugar de Salman no segundo tempo. 

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Na passagem em 2009 pelo Fluminense, Nawaf marcou um gol com dois segundos em uma competição sub-23. Na época, o feito chegou a ser considerado o gol mais rápido da história do futebol.

Com a vitória inesperada da Arábia Saudita sobre a Argentina de Lionel Messi, o Rei Salman declarou que esta quarta-feira (23) será feriado comemorativo em todo o país, informa o portal ''Arab News''.

O Rei Salman aprovou a sugestão que partiu do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Com isso, todos os funcionários do setor público e privado em todos os estágios educacionais vão aderir ao feriado.

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Na manhã desta terça-feira (22), a Arábia Saudita enfrentou a Argentina pelo Grupo C da Copa do Mundo. Os vizinhos do Catar saíram perdendo logo no início, após Lionel Messi converter um pênalti aos 10 minutos.

A reação saudita veio na segunda etapa, quando o atacante Saleh empatou o jogo com apenas dois minutos de bola rolando, e o meia Al-Dawsari, principal jogador do time, virou o placar cinco minutos depois, surpreendendo os ''hermanos''.

O astro Lionel Messi demonstrou estar arrasado após a derrota para a Arábia Saudita na estreia da Argentina na Copa do Catar nesta terça-feira (22). Na primeira zebra da Copa, a Argentina perdeu por 2 a 1 de virada.

"Estamos mortos. É um golpe muito duro para todos", declarou o jogador na saída do estádio. "Não esperávamos começar desta maneira. As coistas acontecem por uma razão. Temos que nos preparar para o que vem, temos de vencer ou vencer e depende de nós", acrescentou.

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O capitão argentino disse que, após a virada, a seleção se desorganizou. "Sabíamos que a Arábia era um time com bons jogadores, que movimenta bem a bola e que avança muito. Nós cuidamos disso, mas depois aceleramos um pouco."

"Este grupo não vai decepcioná-los. Agora vamos ganhar do México para sossegar de novo. É hora de virar a página, pensar em vencer o México", continuou Messi. "Dissemos que viemos para ganhar todos os jogos. Bom, agora temos que fazer isso."

Em uma zebra histórica, a seleção da Argentina até que saiu na frente do placar, mas foi surpreendida pela Arábia Saudita e acabou sendo derrotada por 2 a 1 na estreia da Copa do Mundo do Catar, nesta terça-feira (22).

Os atuais campeões da Copa América controlaram o primeiro tempo e abriram o placar logo aos nove minutos com o craque Lionel Messi, que converteu uma cobrança de pênalti assinalado após revisão no VAR.

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A tecnologia, no entanto, ficou no caminho dos argentinos, que erraram o "timing" diversas vezes nos contra-ataques e viram ao menos três gols ser anulados.

A ansiedade do plantel da bicampeã mundial durante o primeiro tempo refletiu na etapa final, pois a produção da Argentina caiu durante o segundo tempo e sua vantagem ruiu em menos de 10 minutos.

No segundo minuto de jogo, Yahya Al-Shehri finalizou antes da chegada do zagueiro Cristian Romero e a bola foi no canto do goleiro Emiliano Martínez.

Os torcedores árabes celebraram ainda mais aos sete de jogo, quando Salem Al-Dawsari aproveitou o rebote da defesa argentina e acertou um belo chute no ângulo.

Os argentinos, liderados por Messi, Lautaro Martínez e Ángel Di María, até que tentaram buscar o empate, mas não conseguiram furar a muralha saudita.

A invencibilidade de 36 jogos da Argentina, que estava a apenas um de igualar o recorde da seleção da Itália, caiu diante dos sauditas. A Azzurra permaneceu 37 duelos sem perder entre outubro de 2018 e setembro de 2021.

A Argentina retornará aos gramados no sábado (26), contra o México, enquanto os sauditas vão encarar a Polônia no mesmo dia.

Da Ansa

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem em mãos propostas para tirar a Supercopa do Brasil. Arábia Saudita e Estados Unidos são os países interessados em receber a disputa pelos próximos quatro anos, incluindo a decisão de 2023 entre Palmeiras (campeão brasileiro) e Flamengo (da Copa do Brasil).

A revelação veio do próprio presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, durante um evento da Conmebol em Doha. A ideia é aguardar uma decisão do local do próximo Mundial de Clubes para depois definir a situação da Supercopa.

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"O futebol é negócio, precisamos sempre inovar. Temos várias propostas, inclusive aqui no Oriente Médio. Já recebemos contatos dos Estados Unidos, e da Arábia Saudita, mas vamos analisar com calma. Precisamos verificar também o que é melhor para os clubes", disse o mandatário da entidade.

As duas primeiras edições da Supercopa do Brasil foram realizadas no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No ano passado, Atlético-MG e Flamengo disputaram o título do torneio na Arena Pantanal, em Cuiabá. O local do duelo de 2023, que está agendado para 28 de janeiro, ainda não foi definido pela CBF.

O presidente não revelou os valores que seriam envolvidos com a decisão sendo levada para fora do Brasil, mas especula-se que seja muito maior do que a atual receita, hoje na casa dos R$ 7 milhões.

A tensão segue aumentando entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos, que tiveram trocas de acusações particularmente duras nesta quinta-feira (13) sobre a produção de petróleo e, em termos mais gerais, sobre a atitude de Riade em relação a Moscou.

Em uma declaração incomum, os sauditas responderam às críticas dos Estados Unidos, que os acusaram de reduzir a produção de petróleo para "se alinharem" aos interesses do presidente russo, Vladimir Putin.

"A Arábia Saudita viu as declarações [...] que descreveram a decisão como uma tomada de posição do reino em conflitos internacionais e como politicamente motivada contra os Estados Unidos", reagiu, em nota, o Ministério de Relações Exteriores da Arábia Saudita.

Riade manifestou "repúdio total" às acusações americanas e garantiu que as decisões do cartel de exportadores de petróleo e de seus aliados "basearam-se puramente em considerações econômicas".

A Opep+, que reúne os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderados pela Arábia Saudita, e outros dez parceiros produtores liderados pela Rússia, decidiram reduzir suas cotas de produção na semana passada para manter os preços do combustível em patamares elevados.

- 'Direção errada' -

O presidente americano, Joe Biden, advertiu para as "consequências" resultantes desta decisão, que poderia favorecer a Rússia ao manter ou impulsionar os preços. Moscou precisa das receitas do petróleo para financiar sua guerra na Ucrânia.

Riade, por sua vez, disse que os Estados Unidos "sugeriram" adiar por um mês a decisão da Opep+, que também poderia elevar o preço da gasolina e, por fim, incomodar os eleitores americanos.

Em resumo, a Arábia Saudita está dizendo que a Casa Branca lhe pediu que esperasse até a conclusão das eleições legislativas de meio de mandato nos EUA, que acontecem em 8 de novembro e são decisivas para determinar o controle do Congresso e, consequentemente, o restante do mandato de Biden.

A resposta de Washington à declaração da Arábia Saudita foi rápida e especialmente forte.

"A chancelaria saudita pode tentar tergiversar ou desviar [a atenção], mas os fatos são simples", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

"Nas últimas semanas, os sauditas deixaram claro para nós, em particular e em público, que tinham a intenção de reduzir a produção de petróleo, sabendo que isso aumentaria as receitas da Rússia e atenuaria o impacto das sanções [contra Moscou pela guerra]. Esta é a direção errada", afirmou.

E frisou: "[Os sauditas] poderiam facilmente ter esperado a próxima reunião da Opep para ver como as coisas evoluiriam".

Perguntado sobre a postura de Riade, Biden declarou hoje a jornalistas em Los Angeles: "Vamos conversar com eles".

- 'Forçados a apoiar' -

"Outros países da Opep nos disseram, em particular, que também se opunham à decisão saudita, mas que se sentiram forçados a apoiar" a estratégia de Riade, acusou Kirby, ao acrescentar que Washington "continuará monitorando qualquer sinal sobre a posição [de Riade] em resposta à agressão russa" contra a Ucrânia.

Biden prometeu recentemente que "vai reavaliar" a longa relação estratégica entre os dois países, que se baseia em um princípio simples: a Arábia Saudita alimenta o mercado de petróleo e, em troca, os Estados Unidos garantem sua segurança, particularmente através de vendas maciças de armamentos.

O presidente americano visitou a Arábia Saudita em julho para reafirmar esse princípio, e a Casa Branca, portanto, viu a decisão da Opep+ como uma afronta diplomática.

Essa visita e o cumprimento de "soquinho" com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman vêm se mostrando como uma aposta política cada vez mais desastrosa para o presidente democrata de 79 anos, que, durante sua campanha eleitoral, prometeu reduzir a Arábia Saudita à categoria de "pária" após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Nesse sentido, muitos legisladores democratas reivindicam o congelamento das vendas maciças de armas para a Arábia Saudita. A Casa Branca, contudo, não detalhou até o momento quais seriam as "consequências" mencionadas por Biden.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá "reavaliar" a relação com Riade, afirmou nesta terça-feira (11) a Casa Branca, depois de uma coalizão de nações produtoras de petróleo liderada pela Arábia Saudita tomar o lado da Rússia para reduzir a produção global.

A Opep+, que agrupa os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) liderada pela Arábia Saudita com seus 10 parceiros liderados pela Rússia, irritou a Casa Branca na semana passada com sua decisão de reduzir a produção em dois milhões de barris por dia a partir de novembro, aumentando os temores de uma disparada dos preços.

Biden "deixou muito claro que este é um relacionamento que precisamos continuar reavaliando, que precisamos estar dispostos a revisitar", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, à CNN.

"Certamente, diante da decisão da Opep, acredito que essa seja a postura do presidente", completou.

A decisão da Opep+ foi vista como uma derrota diplomática para Biden, que viajou à Arábia Saudita em julho para encontrar-se com o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, apesar de ter jurado tornar o reino um Estado "pária" internacionalmente em função do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.

O desentendimento com a Arábia Saudita acontece em um momento delicado para o Partido Democrata de Biden, que encara eleições de meio de mandato em novembro com o aumento da inflação como um argumento-chave da oposição republicana.

Biden "está pronto para trabalhar com o Congresso para pensar como deveria ser essa relação no futuro", acrescentou Kirby, esclarecendo que conversas formais sobre o tema ainda não foram iniciadas.

Kirby falou um dia após o democrata Bob Menendez, presidente do influente Comitê de Relações Exteriores do Senado, pedir a Washington o fim de toda cooperação com Riade.

Menendez disse que a Arábia Saudita decidiu "financiar" a guerra da Rússia na Ucrânia com uma medida que denunciou como uma concessão a Moscou que prejudicaria a economia global.

- "Escolheram a Rússia" -

"Os Estados Unidos devem congelar imediatamente todos os aspectos de nossa cooperação com a Arábia Saudita, incluindo vendas de armas e cooperação de segurança além do absolutamente necessário para defender o pessoal e os interesses americanos", disse Menendez.

"Como presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, não aprovarei nenhuma cooperação com Riade até que o reino reavalie sua posição em relação à guerra na Ucrânia", garantiu.

A cooperação entre Estados Unidos e Arábia Saudita foi selada após a Segunda Guerra Mundial, brindando ao reino proteção militar em troca de acesso americano ao petróleo.

A estratégica relação, salpicada de crises foi retomada pelo antecessor de Biden, o republicano Donald Trump, em cujo mandato Riade representou um quarto das exportações de armas dos Estados unidos, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz.

A aproximação continuou com Biden. Em agosto, o Departamento de Estado anunciou a compra por parte da Arábia Saudita de caças e de 300 sistemas de mísseis Patriot MIM-104E, usados para derrubar mísseis balísticos e de cruzeiro de longo alcance, no valor de US$ 3,05 bilhões.

A Arábia Saudita enfrentou recentemente ameaças de foguetes lançados pelos rebeldes huthis do Iêmen, que recebem armamento e tecnologia iraniana.

Biden afirmou na semana passada que buscaria alternativas para evitar aumentos do preço da gasolina.

Isso pode incluir a liberação de mais petróleo da Reserva Estratégica americana, potencialmente mais perfurações internas, bem como medidas mais drásticas, incluindo limites às exportações.

O pedido de Menendez para congelar a venda de armas tem o apoio de vários parlamentares democratas, como o senador de Connecticut Chris Murphy, que disse à CNN que Washington deu carta branca a Riade por muito tempo.

"Durante anos olhamos para o outro lado enquanto a Arábia Saudita esquartejava jornalistas, participava de repressão política massiva, por um motivo: queríamos que, quando as coisas fossem mal, quando houvesse uma crise global, os sauditas nos escolhessem ao invés da Rússia", declarou.

"Bem, não o fizeram. Escolheram a Rússia", completou.

A grande peregrinação anual a Meca, o hajj, volta a encher as ruas da cidade sagrada do Islã na Arábia Saudita a dois dias de seu início e após dois anos de restrições devido à pandemia de Covid-19.

Um milhão de fiéis muçulmanos chegarão ao reino do Golfo para esta grande peregrinação, que é um dos cinco pilares do Islã. Entre eles, haverá 850.000 pessoas do exterior pela primeira vez desde 2019.

"É uma felicidade absoluta", disse à AFP Abdel Qader Jeder, um peregrino sudanês. "Quase não consigo acreditar que estou aqui. Estou aproveitando cada momento", acrescentou.

Em 2021, para limitar a propagação do vírus, apenas 60.000 residentes da Arábia Saudita foram autorizados a participar do evento. No ano anterior, apenas 1.000 fiéis tiveram acesso permitido, contra 2,5 milhões de muçulmanos de todo o mundo em 2019.

O regresso dos peregrinos estrangeiros este ano é uma alegria para hotéis, restaurantes e comércios da região, que estiveram privados de rendimentos durante duas temporadas.

Nas principais vias da cidade, localizada no oeste do país, cartazes com mensagens de boas-vindas foram colocados.

O hajj consiste em cinco dias de rituais que devem ser realizados dentro e ao redor de Meca por todos os muçulmanos em condições de fazê-lo, pelo menos uma vez na vida.

- Prestígio e legitimidade -

As duas principais peregrinações muçulmanas, o hajj e a umrah, aportam normalmente cerca de US$ 12 bilhões por ano para a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo.

Mas também dá certo prestígio e legitimidade aos líderes do país.

O hajj deste ano será uma oportunidade para o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, mostrar sua gestão do país, dez dias antes da primeira visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Acusado pelos americanos de ter aprovado o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018 e criticado por abusos aos direitos humanos, o jovem príncipe introduziu mudanças importantes no reino conservador nos últimos anos.

Longe dos shows em Riad e das praias mistas de Jidá, as autoridades permitiram no ano passado que as mulheres fizessem a peregrinação a Meca sem serem acompanhadas por um parente do sexo masculino.

Num momento em que as infecções por Covid-19 voltam a aumentar, a aglomeração de um milhão de pessoas não é isenta de riscos.

As autoridades sauditas, que haviam anunciado em junho que a máscara não era mais obrigatória na maioria dos espaços fechados, especificaram que seria obrigatória na Grande Mesquita, ao redor da Caaba, uma estrutura quadrangular preta em direção à qual os muçulmanos oram.

Este ano, o hajj está reservado a pessoas vacinadas com menos de 65 anos.

Os peregrinos que chegam do exterior também têm que apresentar resultado negativo de um teste de PCR realizado 72 horas antes da viagem.

A Grande Mesquita será "limpa 10 vezes ao dia, por mais de 4.000 trabalhadores e mais de 130.000 litros de desinfetante serão usados em cada operação", disseram as autoridades.

Desde o início da pandemia, a Arábia Saudita registrou mais de 795.000 infecções por coronavírus e 9.000 mortes em uma população de cerca de 34 milhões.

E outro desafio será a temperatura em uma das regiões mais quentes e secas do mundo. Algumas partes do país já registraram temperaturas em torno de 50º Celsius.

O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), criado pelo príncipe Mohammed bin Salman, comprou uma participação de 5% na desenvolvedora de jogos Nintendo. De acordo com um relatório da empresa de tecnologia Bloomberg, isso significa que o PIF (que vale US$ 500 bilhões, quase R$ 249 trilhões) é agora o quinto maior acionista da companhia japonesa.

A Nintendo, que soube da compra através da mídia, se recusou a comentar a negociação. O PIF disse que a compra foi feita para fins de investimento. Isso faz parte de um esforço conjunto, por iniciativa do PIF, para investir em empresas de jogos. O fundo comprou participações em empresas como Electronic Arts, Capcom, Activision Blizzard e Take-Two.

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“A Arábia Saudita vem intensificando os esforços para criar sua própria indústria de conteúdo, e essa série de investimentos em empresas de jogos japonesas é provavelmente uma maneira de aprender com o Japão”, disse o analista sênior da Toyo Securities, Hideki Yasuda, à Bloomberg.

A Arábia Saudita fez vários desses investimentos no Japão, pois a queda no valor do iene internacional tornou a moeda mais acessível. A razão pela qual a compra é motivo de controvérsia é por causa da própria natureza do PIF e também por problemas diplomáticos acerca do príncipe Mohammed bin Salman.

O líder árabe criou o fundo e é uma figura controversa. A C.I.A. o culpou pelo assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi. Além disso, a homossexualidade ainda é uma ofensa criminal na Arábia Saudita, o que provocou boicotes internacionais e um distanciamento de grandes empresas do fundo do país. A Nintendo ainda não comentou a venda e pode querer se distanciar do PIF por esses motivos, apontam os analistas.

Em notícias recentes da Nintendo, o presidente da empresa, Doug Bowser, falou sobre as recentes reclamações dos contratados. Axios publicou trechos de um e-mail interno de Bowser, dizendo: “Como muitos de vocês, a equipe de liderança executiva e eu achamos muitos desses pontos preocupantes e estamos analisando de perto o conteúdo.” Ele também falou sobre a “tolerância zero da Nintendo para condutas inadequadas”.

A Arábia Saudita pediu que a Disney elimine as "referências LGBTQ" do próximo filme de super-heróis da Marvel antes de sua estreia no país, explicou à AFP um responsável do governo nesta segunda-feira (25).

Segundo Nawaf Alsabhan, supervisor responsável pela classificação etária dos filmes na Arábia Saudita, até o momento a Disney se negou a editar "cerca de 12 segundos" do filme "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" - cuja estreia está prevista para o início de maio - nos quais uma personagem lésbica, America Chavez, fala sobre suas "duas mães".

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"É apenas ela falando de suãs mães, porque tem duas, mas no Oriente Médio é muito difícil passar algo assim", disse Alsabhan.

"Enviamos a solicitação para a distribuidora e a distribuidora nos encaminhou para a Disney, mas a Disney não está disposta" a realizar as mudanças propostas, acrescentou Alsabhan, que negou as informações de que o filme seria proibido.

"Não foi proibido. Nunca será proibido. Não há motivos. É apenas uma simples edição (...) até agora se negaram mas não fechamos a porta, seguimos tentando", disse.

Questionado nesta segunda-feira sobre a polêmica, um funcionário da empresa de salas de cinema AMC Cinemas da Arábia Saudita disse que o filme havia sido "retirado" do catálogo de exibição.

Como parte do programa de reformas deste país ultraconservador, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman levantou a proibição dos cinemas, em vigor há décadas, em 2017.

Desde então, a venda de ingressos de cinema explodiu no país, com um aumento de 95% em 2021 em relação ao ano anterior, segundo a revista Variety.

A homossexualidade na Arábia Saudita, um país cujo sistema Judiciário é regido por uma aplicação estrita da lei islâmica, pode chegar a ser punida com pena de morte.

Mais duas seleções carimbaram o passaporte para o Catar nesta quinta-feira. O Japão derrotou a Austrália por 2 a 0, fora de casa, pelas Eliminatórias da Ásia, e garantiu a vaga na Copa do Mundo deste ano. O resultado beneficiou a Arábia Saudita, que também acabou se classificando para o Mundial.

Com o resultado, 17 seleções já estão com presença confirmada na Copa. São elas: Catar (país-sede), Brasil, Argentina, Irã, Coreia do Sul, Japão, Arábia Saudita, Dinamarca, Alemanha, França, Bélgica, Croácia, Espanha, Sérvia, Inglaterra, Suíça e Holanda. Outras 15 vagas ainda estão abertas.

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Ambos os gols do Japão diante da Austrália foram marcados no fim do duelo entre as seleções. Kaoru Mitoma balançou as redes aos 44 e aos 49 minutos do segundo tempo, decretando a vitória japonesa em Sydney.

Com apenas mais um jogo para disputar, os australianos seguem na terceira colocação do Grupo B das Eliminatórias Asiáticas, com 15 pontos, e não tem mais chances de alcançar a Arábia Saudita, vice-líder da chave, com 19 pontos. O Japão está isolado na ponta, com 21.

Esta será a sétima vez consecutiva que o Japão disputa uma Copa do Mundo. No Mundial da Rússia, a seleção nipônica chegou a abrir 2 a 0 sobre a Bélgica nas oitavas de final, mas levou a virada no lance final. Os belgas foram os algozes no Brasil na fase seguinte.

Por sua vez, esta será apenas a sexta vez que a Arábia Saudita vai para um Copa do Mundo. A Austrália, que, apesar de estar localizada na Oceania, disputa o qualificatório da Ásia, vai disputar a repescagem.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fará nesta quarta-feira uma polêmica visita à Arábia Saudita para conversar sobre petróleo, depois de pedir aos países ocidentais que acabem com seu "vício" em hidrocarbonetos russos em meio à guerra da Ucrânia.

Johnson se reunirá primeiro em Abu Dhabi com o governante dos Emirados Árabes Unidos, Xeique Mohammed bin Zayed, e depois na Arábia Saudita com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, na esperança de convencê-lo a aumentar a produção de petróleo.

Os países do G7, do qual o Reino Unido faz parte, pediram na semana passada aos produtores de petróleo e gás que "aumentem suas entregas" para lidar com o aumento dos preços da energia devido à guerra na Ucrânia e às sanções impostas à Rússia.

De acordo com Downing Street, as negociações se concentrarão em "esforços para melhorar a segurança energética e reduzir a volatilidade dos preços da energia e dos alimentos que afetam as empresas e os consumidores britânicos", que já enfrentam o aumento do custo de vida, "bem como a estabilidade regional" no Oriente Médio.

Em um editorial publicado no jornal conservador Daily Telegraph nesta terça-feira, Johnson disse que os líderes ocidentais cometeram um "terrível erro" ao permitir que o presidente russo, Vladimir Putin, "se safasse" após a anexação da Crimeia em 2014 e ao aumentar sua dependência em óleo e gás da Rússia.

"Quando Putin finalmente iniciou sua cruel guerra na Ucrânia, ele sabia que o mundo teria muita dificuldade em puni-lo. Ele sabia que havia criado um vício", disse Johnson.

"O mundo não pode se submeter a essa chantagem contínua", acrescentou, pedindo que o "vício" termine agora.

- Execução de 81 condenados -

Os Estados Unidos e o Reino Unido decidiram parar de importar petróleo russo, enquanto a União Europeia, muito mais dependente, planeja cortar suas compras de gás de Moscou em dois terços este ano.

Afirmando que a Rússia de Putin não produz "praticamente nada mais" que o "resto do mundo queira comprar", Johnson argumentou que "se o mundo puder romper sua dependência do petróleo e gás russos, podemos tirar seu dinheiro, destruir sua estratégia".

Sua visita à Arábia Saudita se enquadra exatamente nesse contexto, explicou a repórteres nesta terça-feira.

"Se quisermos resistir à intimidação de Putin, se quisermos evitar ser chantageados como tantos países ocidentais infelizmente foram, devemos dar as costas aos hidrocarbonetos russos", insistiu.

Isso significa "conversar com outros produtores ao redor do mundo", acrescentou, e "construir a coalizão mais forte e ampla possível" contra a Rússia.

A viagem foi fortemente criticada por ativistas de direitos humanos, especialmente após a execução de 81 pessoas no corredor da morte na Arábia Saudita no sábado.

Johnson também deve apresentar nas próximas semanas a estratégia de segurança energética do governo, focada em energias renováveis e na extração de petróleo e gás do Mar do Norte, que ajudaria a reduzir a dependência energética do Reino Unido e cumprir seu objetivo de zero emissões líquidas de carbono até 2050.

A Arábia Saudita executou 81 pessoas em um dia por diversos crimes ligados ao "terrorismo", superando o número total de execuções em 2021 no país.

A agência de notícias oficial SPA disse que os condenados estavam ligados ao "Estado Islâmico, Al Qaeda, houthis e outras organizações terroristas".

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Os executados estavam planejando ataques no reino, como a morte de "um grande número" de civis e membros das forças de segurança, detalha o comunicado da SPA.

"Também incluem condenações por atacar funcionários do governo e locais econômicos vitais, matar forças de segurança e mutilar seus corpos e plantar minas terrestres para atingir veículos da polícia", disse a agência.

As sentenças incluem "crimes de sequestro, tortura, estupro, contrabando de armas e bombas para o reino", acrescentou.

Dos 81 executados, 73 eram cidadãos sauditas, sete do Iêmen e um da Síria.

A SPA explicou que os condenados foram julgados separadamente em tribunais da Arábia Saudita por 13 juízes.

"O reino continuará adotando uma postura rígida e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade", continuou.

A Arábia Saudita é um dos países que mais executa pessoas no mundo e chegou a impor penas de morte por decapitação.

- Recorde de execuções -

A Arábia Saudita sofreu uma série de ataques mortais desde o final de 2014 reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

Além disso, o país do Golfo também lidera uma coalizão militar que luta no Iêmen desde 2015 para apoiar o governo contra os rebeldes houthis apoiados pelo Irã e lançou ataques no reino.

O anúncio feito neste sábado de 81 execuções em um único dia supera o número total de 2021: 69.

Atualmente, cerca de 50 países ao redor do mundo continuam aplicando a pena de morte.

Em 2020, 88% das 483 execuções relatadas ocorreram em apenas quatro países: Irã, com 246; Egito, 107; Iraque, 45; e Arábia Saudita, 27, segundo a Anistia Internacional.

As execuções deste sábado ocorreram um dia após a libertação do blogueiro saudita e ativista de direitos humanos Raif Badawi, que havia sido condenado a 10 anos de prisão e 1.000 chicotadas sob a acusação de insultar o Islã.

No entanto, Badawi, que recebeu apenas 50 chicotadas antes que a punição fosse interrompida por pedidos da comunidade internacional, está proibido de deixar a Arábia Saudita pelos próximos dez anos.

Sendo assim, Badawi não poderá se juntar a sua esposa Ensaf Haidar e seus três filhos no Canadá, para onde fugiram após a prisão.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita iniciou neste sábado (25) uma operação militar de larga escala no Iêmen, depois de um ataque dos rebeldes huthis que deixou dois mortos e sete feridos, a primeira ação dos insurgentes em três anos que provocou vítimas.

De acordo com fontes médicas, um ataque de represália das forças de Riad no Iêmen deixou três mortos e seis feridos em Ajama, cidade ao norte da capital Sanaa, que está sob controle dos rebeldes.

Após o bombardeio de Riad, os huthis advertiram que responderão com "ações dolorosas", caso a coalizão não interrompa as "agressões".

O reino saudita lidera desde 2015 uma coalizão que apoia o governo do Iêmen, que está em guerra há sete anos com os rebeldes huthis. Estes últimos, ligados a Irã, atacam com frequência o território da Arábia Saudita a partir do Iêmen.

A defesa civil do reino saudita informou que duas pessoas, um saudita e um iemenita, morreram durante um ataque na região de Jizan, perto da fronteira com o Iêmen.

"Um projétil caiu em um edifício comercial e deixou dois mortos, um saudita e um cidadão iemenita. Também registramos sete civis feridos, seis sauditas e um cidadão de Bangladesh", afirma o comunicado oficial saudita.

Pouco depois do ataque, a coalizão informou que se preparava para uma "operação militar em larga escala".

- Intensificação dos combates -

Embora os rebeldes iemenitas dispare com frequência mísseis e utilizem drones contra os aeroportos e infraestruturas de petróleo da vizinha Arábia Saudita, este ataque é o primeiro com vítimas fatais desde 2018.

No lado iemenita, fontes médicas informaram que três pessoas morreram e seis ficaram feridas nos ataques aéreos de represália da coalizão ao noroeste de Sanaa.

"Três civis, incluindo uma criança e uma mulher, morreram na cidade de Ajama, e seis ficaram feridas", afirmou um médico à AFP.

Nos últimos meses aconteceu uma intensificação dos combates. Na capital Sanaa, que sofre desde 2016 o bloqueio da Arábia Saudita, os bombardeios de Riad atingiram o aeroporto, que desde terça-feira não pode receber os aviões das organizações humanitárias e da ONU.

Riad afirma responder a ataques com drones que decolam do aeroporto de Sanaa.

Na quinta-feira, a coalizão, que na véspera atacou uma base militar dos huthis em Sanaa, anunciou a destruição de um drone explosivo que seguia para o aeroporto de Abha, sul da Arábia Saudita, ação que não provocou vítimas.

No mesmo dia, a Marinha dos Estados Unidos anunciou a apreensão de 1.400 fuzis AK-47 e munições destinadas aos rebeldes iemenitas em um barco de pesca procedente, segundo os militares americanos, do Irã.

Teerã reconhece o apoio político aos rebeldes, mas nega o fornecimento de armas.

O Iêmen sofre com uma guerra civil desde 2014, quando os huthis assumiram o controle da maior parte do norte do país, em um conflito que a ONU considera que provocou a pior crise humanitária do mundo.

De acordo com a ONU, 377.000 pessoas morreram pelas consequências diretas e indiretas do conflito, em particular a falta de água potável, a fome e as doenças.

Mais de 80% dos quase 30 milhões de iemenitas precisa de ajuda humanitária.

Na quarta-feira, a ONU afirmou que foi "obrigada" a reduzir a ajuda alimentar ao Iêmen por falta de recursos, no momento em que a fome aumenta no país.

O aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, sob poder dos rebeldes, já não pode receber aviões de organizações humanitárias e da ONU, após ataques aéreos da coalizão militar liderada pela Arabia Saudita, declarou nesta terça-feira um representante aeroportuário.

A coalizão atua no Iêmen desde 2015 para apoiar as forças do governo contra os huthis, rebeldes apoiados pelo grande rival de Riad, o Irã. Os huthis conquistaram Sanaa em 2014, o que deu início a uma guerra que provocou uma das piores crises humanitárias do mundo.

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Como resultado dos ataques da coalizão contra os rebeldes, "o aeroporto não tem mais condições de receber aviões das Nações Unidas e de organizações humanitárias internacionais", afirmou a fonte, que não quis ter sua identidade revelada. Ela pediu à ONU que "faça parar" os ataques, para que o aeroporto possa funcionar novamente.

Nesta segunda-feira à noite, a coalizão anunciou que executou "ataques aéreos precisos e limitados contra alvos militares legítimos no aeroporto internacional de Sanaa".

“A operação foi realizada em resposta à ameaça e ao uso da infraestrutura do aeroporto para lançar ataques transfronteiriços”, acrescentou, citada pela agência oficial saudita SPA. Segundo a coalizão, os ataques sauditas não devem afetar "a capacidade operacional" do aeroporto e respeitam o direito humanitário internacional".

A coalizão acrescentou que os aeroportos sauditas estão prontos para receber voos humanitários para o Iêmen, e que a ajuda poderia ser entregue por meio de "pontos de acesso" supervisionados pela ONU, segundo um comunicado divulgado pela TV estatal saudita El-Ekhbariya.

As Nações Unidas, no entanto, reiteraram seu apelo para manter o aeroporto de Sanaa aberto às operações humanitárias, acrescentando que "o equipamento necessário para manter os voos humanitários deve ser preservado, a fim de que permaneça operacional".

Segundo a ONU, a guerra no Iêmen terá ceifado a vida de 377 mil pessoas antes do fim de 2021, cerca de 227 mil delas em consequência indireta do conflito, como falta de água potável, fome e doenças. A violência mergulhou o país no que a ONU considera a pior crise humanitária do mundo, que devastou o atendimento de saúde iemenita, onde mais de 80% dos 30 milhões de habitantes precisam de assistência.

Um concurso de beleza para camelos na Arábia Saudita foi afetado nesta semana por um escândalo: dezenas desses animais foram desclassificados, após descobrirem que injetaram botox.

Com prêmios de até 66 milhões de dólares, o festival do rei Abdelaziz, um evento anual enraizado na tradição beduína, recebe donos de gado de todo o Golfo.

A forma e o tamanho dos lábios, do pescoço e da corcunda são os principais critérios de beleza para determinar os melhores camelos, em um concurso que vai durar até meados de janeiro em um deserto ao nordeste de Riade.

"Quarenta e três camelos foram desclassificados por fazer trapaça", informou a agência de notícias saudita SPA na quinta-feira. Acrescentou que foram detectados casos de trapaça após o exame físico e médico dos camelos, particularmente durante sua passagem pelas máquinas de raio X.

Não é a primeira vez que os organizadores do concurso desclassificam camelos que receberam botox ou foram submetidos a cirurgias estéticas, mas essa edição apresenta o maior número de desclassificações registradas desde o lançamento do concurso, há seis anos.

Em 2018, 14 camelos foram eliminados da competição.

"As autoridades insistem que os camelos se apresentem em sua forma natural", disse à AFP um responsável do festival, que pediu anonimato. Na sua opinião, as operações de estética sofridas pelos animais deveriam ser consideradas maus-tratos.

"Os infratores enfrentam fortes sanções e não terão direito de participar de futuros concursos", acrescentou.

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O Brasil encontrou mais dificuldades do que o esperado, mas confirmou o favoritismo diante da Arábia Saudita, venceu por 3 a 1 e confirmou sua vaga no mata-mata dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em Saitama, a seleção brasileira deslanchou no segundo tempo e chegou ao triunfo com gols de Matheus Cunha e outros dois de Richarlison, o nome do jogo e o novo artilheiro da competição.

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Com isso, o Brasil avançou às quartas na liderança do grupo D, com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate. Os árabes, que balançaram as redes com Al Amri, e mostraram coragem e organização, se despediram da Olimpíada sem pontuar e na lanterna da chave. O outro classificado do grupo foi a Costa do Marfim, que segurou um empate com a Alemanha e eliminou o time europeu, atual vice-campeão olímpico.

Garantida nas quartas, a seleção atual campeã olímpica ainda não tem adversário definido. Certo é que será o segundo colocado do Grupo C, que pode ser Espanha, Austrália, Argentina ou Egito. O rival será conhecido ainda na manha desta quarta e o duelo decisivo está marcado para o próximo sábado, às 7 horas (de Brasília), em Saitama.

O Brasil fez bons 20 primeiros minutos, apertou a saída de bola do adversário e chegou ao seu gol por meio da bola aérea aos 13 minutos. Claudinho bateu escanteio da esquerda e Matheus Cunha apareceu na primeira trave para desviar de cabeça e abrir o placar. Foi seu primeiro gol em Tóquio após oito finalizações. Destaque na jogada para a bola roubada de Antony antes de o time ter dois escanteios e, em um deles, originar-se o gol.

Embora não tenham feito uma grande apresentação, os brasileiros chegarão invictos e com moral para o mata-mata olímpico. Nesta quarta, engrenaram na etapa final à medida que encontraram os espaços na defesa dos árabes.

Pouco produtivo, Antony teve a chance de ampliar o resultado ao receber cruzamento perfeito de Arana, mas mandou de cabeça no travessão. No rebote, Claudinho arrematou em cima da marcação.

Ocorre que o Brasil enfrentou um adversário que, mesmo sem chance de classificação, entrou em campo disposto a surpreender. Os árabes, ao contrário da Costa do Marfim no último jogo, não se intimidaram diante dos brasileiros, subiram a marcação e se arriscaram no ataque.

A seleção brasileira encontrou o gol pelo alto e foi dessa mesma maneira que levou o empate. Aos 26, Diego Carlos saltou, mas não alcançou a bola, e ela sobrou para Al Amri. O zagueiro desviou de cabeça no cantinho, sem chance de defesa para o goleiro Santos.

Arana e Claudinho, dois dos que mais tomaram a iniciativa no primeiro tempo, tiveram uma oportunidade cada para recolocar o Brasil em vantagem, mas o meia cabeceou mal e o lateral soltou uma bomba que fez a curva ao contrário e saiu muito perto da trave esquerda. No fim, Antony ainda perdeu um gol incrível. O jovem atacante do Ajax recebeu passe de Matheus Cunha e, dentro pequena área, desviou devagar para a meta. Mas o goleiro Al Bukhari se jogou nos pés dele para fazer a defesa.

O Brasil melhorou seu desempenho com a entrada de Malcom no intervalo. Jardine colocou o atacante no lugar de Antony, que até conseguiu bons dribles, mas falhou na objetividade e enfeitou demais as jogadas.

Saiu dos pés de Matheus Cunha a melhor oportunidade de gol no segundo tempo. Matheus Henrique concluiu para a defesa do goleiro e, no rebote, com o gol escancarado, Matheus Cunha, bateu de primeira e mandou na trave.

Até que Richarlison apareceu para recolocar o Brasil à frente. A zaga afastou após cobrança de escanteio e a bola sobrou para Bruno Guimarães, que rebateu de cabeça em direção ao camisa 10. O "pombo" desviou de cabeça para as redes.

Jardine oxigenou a equipe ao lançar mão de Reinier, Menino e Gabriel Martinelli no fim da partida. Reinier teve a chance para ampliar após tabelar com Malcom na área, mas parou no goleiro Al Bukhari. Nos acréscimos, Richarlison balançou as redes novamente. Mas Malcom estava impedido na origem do lance e o gol do atacante do Everton não foi validado.

Não fez falta porque Richarlison marcou mais um aos 47 e desta vez valeu. Ele apareceu na pequena área para completar cruzamento rasteiro de Reinier, sacramentar o triunfo em Saitama e assumir a artilharia do torneio olímpico, com cinco gols, ultrapassando o experiente goleador francês Gignac.

FICHA TÉCNICA

ARÁBIA SAUDITA 1 X 3 BRASIL

ARÁBIA SAUDITA - Al Bukhari; Al Dawsari Khalifah, Amri e Hindi; Abdulhamid, Al Faraj (Al Omran), Al Hassan, Al Dawsari Salem, Al Naji (Ghareeb) e Al Shahrani; Al Hamddan (Al Brikan). Técnico: Saad Ali Al Shehri.

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana (Abner Vinícius); Bruno Guimarães (Gabriel Menino), Matheus Henrique e Claudinho (Reinier); Antony (Malcom), Richarlison e Matheus Cunha (Gabriel Martinelli). Técnico: André Jardine.

GOLS - Matheus Cunha, aos 13, e Al Amri, aos 26 minutos do primeiro tempo. Richarlison, aos 30, e aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Bamlak Tessema (Etiópia).

CARTÕES AMARELOS - Guilherme Arana, Al Shahranik, Mukhtar, Khalifah Al Dawsari, Daniel Alves e Gabriel Martinelli

LOCAL - Estádio de Saitama.

O técnico da seleção olímpica de futebol, André Jardine, divulgou na manhã desta quinta-feira (17) a convocação para as Olímpiadas de Tóquio 2020, com algumas surpresas: a não participação do craque Neymar Jr. e a inserção de Daniel Alves à equipe.

O atacante Pedro, que teve sua ida à seleção vetada pelo Flamengo, foi chamado mesmo assim. A regra da Olimpíadas diz que as equipes devem ter 18 atletas, em que 15 têm de ser sub-23 e três podem exceder a idade.

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A seleção olímpica nunca havia conquistado o ouro até 2016 e agora tentará o bicampeonato. No grupo D, o caminho do Brasil inicia contra a Alemanha, no dia 22 de julho. Completando os adversários na fase inicial, Costa do Marfim e Arábia Saudita estão na lista. Confira a relação oficial de convocados:

GOLEIROS

Santos – Athletico-PR

Brenno – Grêmio

LATERAIS

Daniel Alves - São Paulo

Gabriel Menino - Palmeiras

Guilherme Arana - Atlético-MG

ZAGUEIROS

Gabriel Guimarães - Arsenal (ING)

Nino - Fluminense

Diego Carlos - Sevilla (ESP)

MEIAS

Douglas Luiz - Aston Villa (ING)

Bruno Guimarães - Lyon (FRA)

Gerson - Flamengo

Claudinho - Red Bull Bragantino

Matheus Henrique - Grêmio

ATACANTES

Matheus Cunha - Hertha Berlim (ALE)

Malcom - Zenit (RUS)

Antony - Ajax (HOL)

Paulinho - Bayer Leverkusen (ALE)

Pedro - Flamengo

Os Estados Unidos suspenderam o sigilo de um relatório de Inteligência explosivo que revela que o príncipe-herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, autorizou "capturar ou matar" Jamal Khashoggi, um jornalista radicado nos Estados Unidos, cuja morte causou indignação.

O príncipe, herdeiro do rei Salman e governante de fato do reino, "aprovou uma operação em Istambul, Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi".

Khashoggi era um jornalista crítico ao reino, que se radicou nos Estados Unidos após cair em desgraça com o príncipe-herdeiro. Em outubro de 2018, ele entrou no consolado saudita em Istambul para pedir uma certidão para se casar com sua noiva.

Segundo as autoridades turcas, ele foi assassinado na sede diplomática em 2 de outubro por um esquadrão de 15 sauditas que primeiro o estrangularam e depois esquartejaram seu corpo. Seus restos mortais nunca foram encontrados.

O relatório, de dois anos atrás, foi divulgado nesta sexta-feira de forma parcial pelo governo do presidente Joe Biden. O informe destaca que dada a influência do príncipe-herdeiro, é "altamente improvável" que o assassinato do jornalista acontecesse sem uma luz verde de sua parte.

"O príncipe-herdeiro vê Khashoggi como uma ameaça para o reino e em termos gerais apoiou o uso de medidas violentas para silenciá-lo", destacou o relatório.

Após a suspensão do sigilo, os Estados Unidos anunciaram sanções contra 76 sauditas relacionados com a morte de Khashoggi, que era colaborador do jornal The Washington Post, e anunciou que proibirá a entrada ao país de pessoas que ameaçarem dissidentes em seus países de origem.

"Deixamos claro que as ameaças extraterritoriais e os ataques da Arábia Saudita contra ativistas, dissidentes e jornalistas têm que terminar. Não serão tolerados pelos Estados Unidos", afirmou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, em um comunicado.

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