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Os vereadores do Recife aumentaram os salários para a próxima legislatura, que entrará na Câmara a partir de 2025. O salário vai de R$ 19 mil para R$ 23,4 mil, segundo o Blog de Jamildo. 

O aumento foi votado nesta terça-feira (4), com aprovação do projeto de decreto legislativo n° 11/2023. Na defesa, os parlamentares dizem que se trata de uma medida adequada. 

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“O valor que se propõe não ultrapassa os limites constitucionais de 75% do subsídio dos Deputados Estaduais, nem supera o subsídio do prefeito da Cidade do Recife”, afirmam. 

O Sindicato dos Servidores de Camaragibe (Sisemc) realizou, na última terça-feira (10), uma Assembleia Geral para aprovar, por meio de votação, a proposta da prefeita Doutora Nadegi de reajustar 12,84% do piso salarial dos professores. Esse reajuste foi garantido pela lei n° 11.738 de 2008, que instituiu o piso nacional do professor.

“Gestão pública que valoriza o professor, forma cidadãos de bem e cada vez mais comprometidos com o mundo. E a nossa gestão trabalha dessa forma. Cumprimos a lei porque acreditamos que a Educação deve ser prioridade sempre na administração de uma cidade. Das salas de aula saem nossos médicos, advogados, engenheiros, astronautas, arquitetos e, acima de tudo, os cidadãos de uma sociedade. E Camaragibe só tem a ganhar com isso; os professores têm meu total apoio”, afirmou a Doutora Nadegi.

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A proposta foi aprovada pelos servidores e o projeto de lei segue para votação na Câmara dos Vereadores na próxima terça-feira (17). “É muito importante que toda a categoria da Educação marque presença para fortalecer e acompanhar de perto as decisões”, disse o sindicato através das redes sociais. Caso aprovado, o município se firmará novamente no topo dos melhores salários da categoria da Região Metropolitana do Recife.

“Esse é um reconhecimento que nós, profissionais de Educação, precisamos ter. Com toda dificuldade encontrada na administração do município, Camaragibe se destaca sempre na qualidade da Educação e na valorização dos educadores. A gestão tem mostrado preocupação no acolhimento do profissional e no reconhecimento do trabalho”, pontuou a prefeita.

Negociar um aumento de salário é algo que geralmente não faz parte do cotidiano. Mas em algum momento da carreira, pode surgir a necessidade de ganhar mais ou ser mais bem recompensado pelo seu trabalho. Esse momento não envolve somente coragem, mas principalmente argumentação para convencer o chefe de que você está merecendo um salário mais alto. 

De acordo com a consultora de recursos humanos, Vanci Magalhães, diretora da JBV Soluções em RH, no momento de hoje é bem complicado falar sobre aumento salarial, por causa do perido de crise. “Primeiro o funcionário deve analisar o momento que a empresa está vivendo. Quando a situação está no azul é mais fácil convencer seus superiores acerca de suas qualidades. Qualquer empresa se sentiria mais confortável concedendo reajustes quando a situação financeira é boa e o mercado está a favor”, complementa a especialista.

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Com algum preparo, é possível ter uma conversa franca e produtiva sobre sua remuneração. A grande questão é: quando e como pedir um aumento ao chefe? Por isso, o LeiaJá reuniu cinco argumentos fortes que ajudam na hora de pedir um salário maior.

Confira os 5 argumentos:

1. Explique o que você quer com sinceridade

Em primeiro lugar, o profissional deve explicar ao empregador por que precisa do aumento salarial. Comece com os diferenciais que você possui e como eles serão potencializados a partir das novas possibilidades que vão se abrir, até mesmo em novas responsabilidades. Passe confiança de que você merece receber um salário maior.

2. Mostre seu crescimento dentro da empresa

O profissional precisa chegar diante do empregador com uma boa prova do merecimento. O resultado de todo trabalho desenvolvido e o que você contribuiu na empresa faz uma grande diferença. Por isso, durante a conversa, prepare-se para mostrar ao gestor tudo o que conquistou e ajudou a alcançar desde a sua contratação. Competência, comprometimento e resultados ajudam.

3. Diga aonde quer chegar

Dizer para o chefe que você deseja continuar na empresa, crescendo e adquirindo novas responsabilidades, demonstra que tem um propósito profissional. Deixe claro o que você almeja e destaque o quanto você e a empresa ganharão com as novas oportunidades. 

4. Invista na capacitação intelectual

É importante deixar claro para o empregador que você deseja se capacitar. Projete fazer algum curso que contribua para as suas funções dentro da empresa. Falar sobre cursos realizados desde a sua contratação também vale. Além de dizer o que aprendeu e como pode aplicar esses conhecimentos na prática. A ideia é dar uma dimensão para o gestor do quanto você pode contribuir para a empresa com o que adquiriu.

5. Apresente novos projetos e propostas 

Nada como novas ideias para fazer com que o chefe tenha outro olhar sobre o profissional. É imprescindível ter sempre novas ideias e projetos para a corporação. Os chefes precisam ver em você um potencial para o crescimento da empresa. E assim, projetar uma possível promoção.

Promoção

Maria Oliveira, 27 anos, conseguiu aumento após ter uma conversa com o seu chefe. “Eu quis comprar meu carro, mas com o salário que recebia não tinha condições de pagar as parcelas. Então, cheguei para o meu chefe e disse a ele que precisava de um aumento. Sempre fui logo conversando”, explica a profissional.  Ela ainda diz como foi todo o processo “Antes de falar com ele eu analisei a minha relação com o trabalho e se eu tinha abertura suficiente. Vi também a questão da empresa, se ela estava estabilizada para poder me dar aumento. Quando fui contratada ele deixou bem claro que era acessível, talvez se fosse uma pessoa mais fechada eu teria ido por outro tipo de estratégia”, afirma. 

“Acho que quando o funcionário recebe um aumento no salário é um incentivo, isso faz com o que a pessoa se estimule a produzir ainda mais. No meu caso, não precisei mostrar o que fazia, pois ele via. Tínhamos um acesso direto. Mas acredito que é preciso sim mostrar serviço, você deve mostrar que merece ganhar mais”, conclui Maria.

A seguir, confira uma entrevista com a consultora de RH Vanci Magalhães, sobre como deve ser o momento do pedido: 

LJ - Qual o momento certo para pedir aumento?

Vanci Magalhães – O ideal é quando o mercado está bem, a sua empresa está crescendo e a sua posição demonstra uma expressividade dentro da empresa. Assim será possível dialogar sobre um possível aumento. 

LJ - Como pedir?

Vanci Magalhães – É preciso ter uma conversa clara com o seu chefe, ser objetivo no que quer falar e sincero. Sempre que possível, pessoalmente. Só deve usar telefone ou e-mail quem trabalha em outra cidade e passa meses sem ver o chefe direto. Agende uma reunião formal em que não possa ser interrompido. 

LJ - O que fazer quando o chefe diz não?

Vanci Magalhães – Eu costumo dizer que o "não" já está garantido, você vai em busca do "sim. Se ele disser não, você não pode se frustrar e tem que entender a justificativa do empregador. A sugestão é agradecer a atenção do chefe e solicitar que ele passe objetivos para os próximos meses que, se cumpridos, possam resultar em um aumento.

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A chamada "pauta-bomba" da Câmara e do Senado nesta semana - apelidada assim por elencar projetos de teor econômico que aumentam gastos ou reduzem arrecadação federal - inclui uma proposta equiparando os salários recebidos por deputados, senadores, presidente da República e vice-presidente ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O impacto do projeto na folha pagamento será de R$ 38,165 milhões, se aprovado, conforme cálculo feito pela Consultoria de Orçamentos e Fiscalização Financeira da Câmara a pedido do Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5-B/2011, que trata da equiparação, está na pauta elaborada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A PEC pode dar aos parlamentares um aumento real de 34% em seus salários. Isto porque, em agosto, os ministros da Corte Suprema elevaram seus rendimentos de R$ 29,4 mil para R$ 35,9 mil a partir de 2015.

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Os parlamentares recebem atualmente R$ 26.723,13. Se a equiparação for aprovada, eles passarão a receber os mesmos R$ 35,9 mil mensais que os ministros do STF, cujos salários servem de teto para administração pública. O aumento dado pelos ministros a eles mesmos depende de aprovação do Congresso, onde tramita para votação inicialmente na Câmara e, depois, no Senado.

No relatório sobre a PEC na comissão especial criada para tratar do tema, em 2012, o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) defendeu que o artigo da Constituição de 1988 definindo a separação dos Três Poderes como "independentes e harmônicos" servia de base para a equiparação salarial.

"Tais pressupostos não significam apenas a divisão de Poder, competências e responsabilidades, ou a forma com que se relacionam. Neles também reside a definição isonômica da remuneração de seus membros, ou seja, nenhum se sobrepondo a outro, pois o grau de importância conferido pela Constituição Federal a cada um é equivalente. Caso contrário, rompe-se a isonomia", argumentou Lopes.

O candidato da Frente Popular ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se comprometeu durante um encontro com representantes da comunidade escolar de Pernambuco, na noite dessa quarta-feira (27), em duplicar, até 2018, o piso salarial dos professores da rede estadual. Além disso, ele também afirmou que vai ampliar o número de alunos contemplados pelo programa Ganhe o Mundo e a rede de ensino integral. 

"Precisamos qualificar mais e remunerar melhor os nossos professores. Nos quatro anos do meu mandato, seremos capazes de dobrar a remuneração da categoria", garantiu. "Nos pouco mais de sete anos e meio do Governo Eduardo e João Lyra Neto (PSB), nós mais que dobramos essa remuneração. Isso mostra que esse Governo sabe construir, sabe tirar as coisas do papel. Há espaços fiscais para levantarmos esses recursos porque temos hoje um Estado enxuto", acrescentou o socialista. 

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De acordo com Câmara, o número de alunos que poderão fazer intercâmbio passará de 1,6 mil para 3 mil. O candidato também destacou o Programa Nova Escola Integrada de Pernambuco, que cuidará da formação dos estudantes do Estado desde a primeira infância até o Ensino Superior. Ele ressaltou, entre as propostas, a universalização das escolas em ensino integral, onde serão feitas parcerias com os municípios para que cada um deles tenha pelo menos uma unidade do tipo. 

Cerca de 100 vigilantes foram nesta segunda-feira (13), até a Superintendência Regional do Trabalho, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife – para protestar por melhorias para a categoria. O protesto não foi marcado pelas tradicionais músicas usadas pela CUT, nem por cartazes e apitos. A categoria levou uma escola de samba para animar os participantes.

Filiados do Sindicato dos Empregados Vigilância Segurança do Estado de Pernambuco (Sindev-PE) e da Central Única de Trabalhadores (CUT) foram até o local, onde acontece uma reunião entre representantes da categoria e as empresas. Os profissionais reivindicam por um reajuste salarial de 20% e pelo cumprimento da Lei 12.740 – que inclui os vigilantes em atividades ou operações perigosas.

Além disso, os trabalhadores também solicitam a redução de 6% para 3% na taxa do vale transporte e uma bonificação de 20% para funcionários de estabelecimentos financeiros como bancos e lotéricas. O diretor do sindicato João Rodrigues, explicou que somente após a reunião é será decidido como será feita a manifestação. “A diretoria e a comissão estão reunidas agora para conversar e tentar chegar a um acordo sobre nossas reivindicações. A categoria está mobilizada, inclusive pessoas do interior vieram para realizar o protesto. Por enquanto, não sabemos se vamos paralisar o trânsito, nem se vamos precisar fazer algo mesmo”.

Um dos representantes do Sindesv-PE Josinaldo Macedo, explicou ao Portal LeiaJá o motivo pelo qual escolheram uma escola de samba para participar do protesto. “Escolhemos o Patusco pra animar nossa manifestação, ninguém quer mais participar de protesto que não tenha um pouco de animação”, comentou. Confira o vídeo da mobilização:
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Os servidores municipais de saúde estiveram presentes a sessão plenária que aconteceu na tarde desta terça-feira (11) na Câmara do Recife. Os agentes de saúde que estão em campanha salarial, reivindicam um aumento de R$ 673,00 para R$ 952,00. Na ocasião, o vereador e líder do governo, Gilberto Alves (PTN), declarou que o executivo ofereceu um salário de R$ 750,00 mais R$ 200 de gratificação e o acordo não foi fechado porque há divergências que ainda estão sendo discutidas.

Em defensa dos servidores, o vereador Raul Jungmann (PPS), disse ter visitado os postos de saúde do município e constatado que as condições de trabalho são precárias. “Acompanho a luta desses profissionais e sei que precisam ser mais valorizados”, comentou. Já Aline Marino (PSDB), pediu que a saúde pública fosse respeitada. “Estou com uma pauta de reivindicações da categoria para discutir com a bancada de oposição”, destacou.

Após o debate, Jungmann convidou os agentes de saúde e os parlamentares para participarem de uma Audiência Pública que vai acontecer às 9h desta quarta-feira (12) no Plenarinho da casa. O encontro vai discutir sobre o Recife Saúde, plano de saúde, e Reciprev, plano de previdência dos servidores.

 

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A Câmara Municipal dos Vereadores de Olinda entrou na pauta do programa CQC da TV Bandeirantes por causa do aumento de 60% que os parlamentares se deram no final do ano passado. Com este reajuste, o subsídio passou de R$ 9,1 mil para cerca de R$ 15 mil. A matéria que foi realizada pela repórter Mônica Iozzi será exibida nesta segunda-feira (29), a partir das 22h30.

Em abril do ano passado, a equipe do programa esteve na Câmara do Recife para questionar os parlamentares sobre o aumento de 62% no salário. Ao ficarem sabendo da presença da equipe, os vereadores suspenderam a sessão. Quem não conseguiu deixar o local a tempo foi questionado sobre o salário dos 39 vereadores que passou de R$ 9.287,57 para R$ 15.031,76.

O prefeito de Carurau, José Queiroz (PDT) vetou integralmente os projetos de Lei nº 6423 e 6424 que aumentavam os salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais. O reajuste aprovado no dia 11 de dezembro pela câmara gerou protesto e confusão na população local e o prefeito reeleito decidiu, nesta terça-feira (18), data da diplomação, não autorizar o aumento.

Em nota divulgada à impensa José Queiroz declarou que até o momento de sua diplomação o projeto de lei não foi enviado para o seu gabinete e decidiou vetar o subsídio. Depois da decisão do prefeito, os vereadores ainda irão se reunir e analisar se acatam ou não o veto do prefeito. Os parlamentares ainda poderão aprovar o aumento mesmo não sendo autorizado pelo executivo municipal.

No texto do projeto foi aprovado pelos parlamentares um aumento no salário de prefeito de R$ 16 mil para R$ 22 mil, vice-prefeito de R$ 8 mil para R$ 12,5 mil. Os vereadores deixariam de receber R$ 9 mil e passariam a ganhar R$ 12 mil e os secretários sairiam de R$ 9 mil para R$ 11 mil.     

Confira a nota digulgada pelo prefeito José Queiroz:

Desde o dia onze de dezembro, quando a Câmara de Vereadores aprovou os reajustes dos subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, tenho aguardado a chegada dos projetos para conhecer o texto e pronunciar-me.

Como até o dia de ontem, inexplicavelmente, o presidente da Câmara Municipal não havia remetido os projetos, decidi que hoje, dezoito de dezembro, data da minha diplomação, anunciaria a minha decisão.

Assim, comunico que, em nome do interesse público, irei VETAR INTEGRALMENTE os Projetos de Lei nº 6423 e 6424.

Caruaru, 18 de dezembro de 2012.

José Queiroz

Prefeito

O prefeito reeleito da cidade de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), enviou um ofício ao presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Manoel Pereira Neco. Elias comunicou o veto total ao aumento dos subsídios que havia sido proposto através do Projeto de Lei, de autoria do Poder Legislativo. 

Elias argumentou razões de “inconstitucionalidade formal e contrariedade ao interesse público” - o aumento seria de R$ 12 para R$15 mil nos vencimentos dos vereadores, de R$ 15 para R$ 18 mil para o prefeito e de R$ 12 para R$ 15 mil para vice, a serem pagos a partir do próximo ano.

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No documento, o prefeito alega ainda que o Projeto de Lei enviado pelo legislativo esbarra em restrições jurídicas que impedem a transformação do mesmo em lei e chega em um momento desfavorável, pelo fato do município enfrentar uma queda na receita, devido a crise econômica que vem afetando os municípios brasileiros. 

Após o resultado das eleições, Jaboatão dos Guararapes teve um acréscimo no número de cadeiras na Câmara Municipal, de 21 para 27 vagas. 

*Com Informações da Assessoria.

 

A presidente Dilma Rousseff avisou que os servidores federais que estão em greve, terão que aceitar a proposta de aumento de 15,8% em três anos, quem recusar, corre o risco de não receber reajuste até 2015. O ultimato de Dilma mexeu com várias carreiras, sobretudo as que têm salários menores.

A União das Carreiras de Estado (UCE), que reúne 22 categorias com salários mensais superiores a R$ 10 mil, rejeitou o aumento de 15,8%. De acordo com o presidente dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a entidade tem a intenção de chegar a um número bom para todas os servidores. A categoria pede um aumento de 30,18%.

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Em pleno ano eleitoral, os vereadores de Belo Horizonte cederam à pressão popular e, apesar de discursos contrários, mantiveram o veto do Executivo municipal ao projeto que aumentava em 61,8% os salários dos parlamentares. Mesmo com voto secreto, 21 vereadores foram favoráveis à posição do Executivo, que alegou inconstitucionalidade do projeto. Dez parlamentares votaram pela derrubada do veto.

Bastante tumultuada, a sessão teve que ser suspensa em alguns momentos por causa de protestos dos manifestantes que lotaram as galerias e entoavam a marchinha vencedora de concurso carnavalesco na capital, "Na Coxinha da Madrasta". A música faz referência aos gastos de R$ 62 mil da verba indenizatória por parte do presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), com lanches no estabelecimento de sua madrasta.

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Durante a sessão, o vereador Leonardo Mattos (PV) fez a mais ferrenha defesa da derrubada do veto e acusou o prefeito de "desrespeitar" a "soberania" da Câmara. "O prefeito veta tudo. Não tem a menor consideração com o poder Legislativo", disse. E afirmou que Lacerda foi "oportunista" ao vetar o projeto, após diversos protestos nas ruas da capital e nas redes sociais na internet.

Mattos disparou também contra os colegas ao lembrar que a maioria da Casa foi favorável ao reajuste. "Todos os vereadores assinaram o documento em que se comprometiam com o projeto", declarou. O aumento foi aprovado na última sessão ordinária de 2011 e faria os salários saltarem de R$ 9 mil para mais de R$ 15mil. Na ocasião, o texto foi aprovado com 22 votos favoráveis e apenas três contrários.

Vereadores de Belo Horizonte estão promovendo uma ofensiva para tentar melhorar a própria imagem. Após a repercussão negativa causada pela aprovação de um aumento de 61,8% nos salários a partir de 2013, a Câmara de Belo Horizonte iniciou campanha para tentar reduzir o desgaste, mas que pode ter o efeito inverso, já que a medida representa nova sangria nos cofres públicos. A missão é ainda mais difícil porque todos vereadores eleitos em 2008 e os suplentes que assumiram no lugar do que foram eleitos deputados estaduais, por exemplo, são acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de irregularidades com a verba pública.

Uma das iniciativas da Câmara é a veiculação, há pelo menos duas semanas, de mensagens em horário nobre da televisão e até nos intervalos do Big Brother Brasil, da TV Globo. A Câmara não revela o custo da iniciativa nem quantas inserções serão feitas no total, sob alegação de que a campanha está em andamento. Mas agências de publicidade ouvidas pela reportagem afirmaram que uma inserção de 30 segundos no Jornal Nacional, por exemplo, custaria cerca de R$ 450 mil e os intervalos do BBB são ainda mais caros. A mensagem produzida pela Câmara tem um minuto. Os parlamentares também gastaram cerca de R$ 3 milhões com autopromoção por meio de impressos, jornais particulares e mensagens enviadas às casas dos eleitores.

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Boa parte disso para tentar reduzir o desgaste causado pelo projeto de aumento, aprovado na última sessão ordinária do ano passado por 22 dos 25 vereadores presentes no plenário, que eleva o salário dos atuais R$ 9.288 para R$ 15.031. Mas, além do vencimento e de dois salários adicionais no início e no fim de cada ano, os vereadores ainda têm direito a R$ 15 mil de verba indenizatória, R$ 1.548 de auxílio-paletó, R$ 800 de franquia de telefone e R$ 42,6 mil de verba de gabinete, que pode ser gasta com até 15 funcionários.

Ações - Além da repercussão negativa, a situação pode se agravar para os vereadores porque MPE não descarta a possibilidade de novas ações pelas verbas indenizatórias. O presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB), por exemplo, teria gasto mais de R$ 60 mil em lanches no estabelecimento da própria madrasta. Ele não foi encontrado na Câmara esta semana. E o MPE pode verificar ainda o gasto com a própria campanha publicitária. "É preciso verificar se o contrato foi feito com o devido processo licitatório", observou o promotor João Medeiros, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

O projeto com o aumento está nas mãos do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tem até o dia 26 para decidir se veta, sanciona ou deixa o texto voltar para a Câmara para que seja promulgado pelo próprio Legislativo. "Há uma série de circunstâncias que têm que ser levadas em conta e a gente, com toda tranquilidade e embasamento, vai tomar uma decisão", disse, sem adiantar qual.

Diante do impasse, o próprio prefeito tornou-se alvo de protestos nas ruas e nas redes sociais da internet, promovidos pelo grupo "Veta, Lacerda". Além disso, manifestantes também criaram um "vídeo resposta" no mesmo formato do veiculado pela Câmara, mais uma vez com duras críticas aos parlamentares. "São movimentos sem orientação de organizações, com adesão individual por uma questão pontual ou expressão de descontentamento. Políticos não sabem lidar com isso. Estão acostumados a negociar com lideranças. E essa campanha na TV é uma burrice, porque posterga a imagem negativa", avaliou o cientista político Rudá Ricci.

"Há uma repercussão impressionante. A campanha (na TV) esclarece dúvidas, mas não quer dizer que a cidade aceitou. Estamos em um momento de crise e está todo mundo atento", avaliou a vereadora Neusinha Santos (PT) que votou contra o aumento ao lado dos colegas Iran Barbosa (PMDB) e Arnaldo Godoy (PT). "Este tema terá que ser discutido pelo colégio de líderes quando voltarem os trabalhos", completou.

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