Tópicos | caso Henry Borel

O ex-vereador carioca Jairo de Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, de 45 anos, preso desde 8 de abril de 2021 pela morte do menino Henry Borel, teve seu registro profissional como médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) na tarde desta quarta-feira, 15.

Henry era enteado do parlamentar, tinha 4 anos de idade e morreu em 8 de março de 2021. Médicos constataram sinais de espancamento no corpo do menino, e testemunhas apontaram o então parlamentar como autor das agressões. Jairinho alega inocência.

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O acusado foi provisoriamente proibido de exercer a medicina no Brasil em 10 de junho de 2021, mas essa punição provisória vigora por até um ano e deixou de valer em junho passado. Agora, a cassação é definitiva.

A decisão foi tomada por unanimidade, durante plenária na sede do Cremerj da qual participaram por videoconferência Jairinho e seu advogado, além dos diretores do Conselho. A cassação definitiva do registro é a punição mais grave prevista o Código de Processo Ético-Profissional. Dr. Jairinho não exercia a profissão; dedicava-se à política.

Jairinho também perdeu o mandato na Cãmara do Rio. A mãe do menino, Monique Medeiros, também será julgada no 2º Tribunal do Júri. Assim como Jairinho, ela chegou a ser presa, mas foi libertada . Ambos são acusados de homicídio. Jairinho responde também por tortura contra a criança.

Casal

Filho do ex-deputado estadual Coronel Jairo, o ex-vereador era casado com Monique, professora e mãe de Henry, filho de um relacionamento anterior. Moravam em um apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Na madrugada em que o menino morreu, e foi levado pelo casal, aparentemente desacordado, ao Hospital Barra D'Or, no mesmo bairro. Ali, médicos constataram que o menino morrera. O casal alegava ter encontrado Henry desmaiado no quarto onde dormia.

A Polícia Civil indiciou Jairinho por tortura e o responsabilizou pela morte do enteado. Relatos posteriores apontaram o político como agressor de Henry e outras vítimas - há outros procedimentos em curso contra o acusado. Monique também foi acusada de torturar e matar o filho, mas vai responder apenas pela denúncia de homicídio. Ela foi libertada, porque alegou ter sido ameaçada no presídio. A Justiça então permitiu que ela aguarde o julgamento - ainda sem data para acontecer - em liberdade.

Assim como Jairinho, ela alega ser inocente.

O médico e ex-vereador da capital fluminense Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, foi interrogado nesta segunda-feira (13) na 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e se defendeu das acusações pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos de idade. Ele se declarou inocente e apresentou sua versão para os fatos, questionando os procedimentos médicos adotados no Hospital Barra D'Or. 

"Juro por Deus que nunca encostei em uma criança", afirmou. Jairinho vivia um relacionamento com Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, quando o menino morreu. O caso ocorreu no dia 8 de março do ano passado no apartamento onde os três moravam, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. 

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O laudo de necrópsia do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a criança tinha ferimentos pelo corpo e que a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”. Foram listadas lesões hemorrágicas na cabeça, lesões no nariz, hematomas no punho e abdômen, contusões no rim e nos pulmões, além de hemorragia interna e rompimento do fígado. 

Em maio do ano passado, Jairinho e Monique Medeiros foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pela morte da criança. Os dois se tornaram réus e são julgados no Tribunal de Júri por homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. Monique é acusada ainda por falsidade ideológica. 

Denúncia

Na denúncia, o MPRJ endossou conclusões do inquérito conduzido pela Polícia Civil. “Os intensos sofrimentos físicos e mentais a que era submetida a vítima como forma de castigo pessoal e medida de caráter preventivo consistiam em agressões físicas perpetradas pelo denunciado Jairo Souza Santos Junior”, diz o documento. 

Monique é apontada como coautora do crime por omissão, pois tinha o dever de proteção e vigilância. "Sendo conhecedora das agressões que o menor de idade sofria do padrasto e estando ainda presente no local e dia dos fatos, nada fez para evitá-las ou afastá-lo do nefasto convívio com o denunciado Jairo”, registra a denúncia. 

Em sua versão, Jairinho afirma que, na noite dos fatos, Henry despertou duas ou três vezes enquanto ele e Monique assistiam televisão. Embora o menino costumasse acordar, seria mais do que o habitual. O ex-vereador disse ter tomado remédios para dormir, os quais usa há mais de 15 anos, e adormeceu quando Monique foi fazer companhia ao filho. Mais tarde, foi acordado pela mãe da criança, quando Henry estaria respirando mal e com as mãos geladas. Nesse momento, ambos o levaram ao Hospital Barra D'Or. 

"Fui acusado, como médico, de não prestar socorro. Mas quando você vê uma criança passando mal e você tem um hospital a 5 minutos da sua porta, acho que é muito mais viável levá-la pra lá do que socorrê-la dentro de casa", disse Jairinho, assinalando que também não exercia a medicina há bastante tempo.

Ele disse ainda que, na noite anterior, Monique obteve de Leniel Borel, pai de Henry, a informação de que o menino havia vomitado. "Não estou fazendo pré-julgamento. Mas se meu filho vomita, eu levo pro hospital. Ou ligo pro pediatra que seja rotineiro. Porque vômito é sempre sintoma de alguma coisa", disse. 

Segundo Jairinho, nem os profissionais do hospital e nem familiares que acompanharam o atendimento notaram sinais de violência na criança. Ele sustenta que se houvesse qualquer lesão aparente, seria relatado. "Não é possível entrar em um hospital do porte do Barra D'Or com uma criança machucada sem que nenhuma atitude seja tomada. Ninguém falou em morte violenta. Isso veio depois. Até o dia do velório, foi tratado como morte acidental". 

Na versão apresentada pelo ex-vereador, houve abordagem médica inadequada e Henry foi submetido há duas horas de massagem cardíaca, quando a conduta mais indicada seria cirúrgica. Ele sugeriu que a equipe do plantão noturno de domingo para segunda-feira não estivesse preparada para um caso grave. "Toda massagem cardiorrespiratória pode causar lesão. Isso faz parte da literatura médica", argumentou. 

Jairinho pediu para ter acesso às câmeras internas do Hospital Barra D'Or e a um raio-x que foi citado no prontuário. Segundo ele, esses materiais provariam sua inocência. Ele se defendeu ainda da suspeita de ter tentado usar de sua influência para conseguir uma liberação rápida do corpo, mediante um contato com Pablo dos Santos Menezes, executivo do Instituto D'Or. 

"Como político, estamos a todo momento pegando o telefone para tentar resolver as coisas da melhor maneira e da forma mais célere. E naquele momento estava a avó do Henry, dona Rosângela, dizendo 'pelo amor de Deus, me tira dessa cena e vamos acabar com isso'. E eu ligo pro Pablo para tentar agilizar o óbito. E isso foi visto como algo criminoso. O próprio Pablo disse que não se sentiu coagido". 

Confusão

Horas antes de começar o interrogatório, o ex-vereador destituiu seis advogados. Sua defesa continuou sendo comandada por Cláudio Dalledone e Flávia Fróes, que não integram o mesmo escritório dos destituídos. Iniciada a audiência, houve um impasse entre os defensores de Jairinho e a juíza Elizabeth Machado Louro. Os cinco advogados queriam ficar de pé em frente à magistrada, que alegou se sentir afrontada e insistia para que eles se sentassem. O imbróglio durou mais de 20 minutos. Estranhamentos já haviam ocorrido em audiência anterior, quando houve bate-boca entre os advogados e a juíza. 

No interrogatório, Jairinho se negou a responder perguntas do MPRJ e dos advogados que representam Leniel Borel, que foi aceito no processo como assistente de acusação. Assim, apenas sua própria defesa apresentou questionamentos.  Antes de narrar os fatos do dia da morte da criança, o ex-vereador elogiou Monique como mulher e mãe, se disse religioso e afirmou que cresceu em uma família amorosa. Disse ainda que sempre gostou de crianças e que muitos amigos de seus três filhos sempre frequentavam e dormiam em sua casa.

Ainda segundo Jairinho, foi ele quem escolheu para o Henry o melhor quarto do apartamento onde moravam e também que insistiu para matriculá-lo numa boa escola. Ele também relatou momentos em que o menino manifestou carinho por ele. "Quem seria capaz de fazer mal a uma criança? Esse não é o meu perfil. Essa roupa não me cabe", disse. 

A defesa de Monique tem sustentado que o relacionamento entre ambos não era saudável e que ela foi vítima de agressões. Na versão de Jairinho, eles se davam bem. "Teve ciúmes um do outro? Claro que sim. Ciúmes mútuos. Mas posso afirmar que 99% do tempo era maravilhoso".

  Processo Jairinho e Monique estão presos desde abril do ano passado. Mas em abril deste ano, a mãe do menino obteve autorização para ficar em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. 

O interrogatório de Dr. Jairinho havia sido anteriormente agendado para o dia 1º de junho. No entanto, foi adiado com base em um habeas corpus obtido pelos seus advogados. Foi garantido a ele o direito de ser ouvido ao menos 5 dias após o perito assistente Sami El Jundi, contratado pela defesa.

  Sami El Jundi foi ouvido no dia 1º de junho. Ele defendeu a hipótese de erro médico no Hospital Barra D'Or. Também considerou ainda que a autópsia foi falha e de má qualidade.

Na ocasião, também foi ouvido o perito legista do IML Leonardo Huber Tauil. Ele sustentou que a principal hipótese para a morte de Henry são agressões sofridas pelo menino e descartou que isso possa ter ocorrido por manobras de ressuscitação. 

Mesmo após o depoimento dos peritos, a defesa tentou suspender o interrogatório de Jairinho, pedindo que antes fossem marcadas audiências para que algumas testemunhas fossem novamente ouvidas. A solicitação foi negada na semana passada pelo desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal. 

Encerrado o interrogatório de Jairinho, será aberto prazo de cinco dias para considerações do MPRJ. Em seguida, o mesmo período será concedido para os advogados assistentes da acusação e para as defesas de Monique e Jairinho. As partes poderão apresentar ainda as alegações finais e então a juíza Elizabeth Machado Louro vai decidir se os réus vão ou não a júri popular. 

A Agência Brasil solicitou um posicionamento ao Hospital Barra D'Or, mas ainda não obteve retorno.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recorreu à Justiça na sexta-feira, 8, contra a decisão que libertou Monique Medeiros, denunciada como uma das responsáveis pela morte do próprio filho, Henry Borel, em março de 2021. Também é acusado do crime o ex-namorado de Monique, o agora ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho - ambos alegam inocência.

Assim como Jairinho, Monique estava presa desde abril do ano passado. Ela saiu do Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na zona oeste, por ordem da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio.

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Desde a noite de terça-feira, 5, está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Deve cumprir algumas medidas restritivas. Entre elas, só pode conversar com parentes e com seu advogado e não pode fazer postagens em redes sociais.

Em sua decisão, a juíza argumentou que Monique recebeu ameaças dentro da penitenciária. Afirmou ainda que a manutenção de sua prisão "não favorece a garantia da ordem pública". A magistrada também argumentou que Monique não é acusada de praticar "violência extremada" contra o filho e que "não há nos autos nenhuma indicação de que a requerente tenha visto sequer qualquer dos atos violentos".

Para o MP-RJ, é impossível afirmar que a conduta de Monique foi menos importante do que a do então namorado para causar a morte de Henry. Para os promotores, a acusada nada fez para defender o filho das agressões supostamente praticadas por Jairinho.

"Segundo a inicial, o acusado Jairo pratica uma ação, enquanto a acusada Monique se omite e assim permite o resultado, o óbito. Pergunta-se: será uma conduta pior do que a outra? Será que podemos separar os dois personagens responsáveis pela morte do pequeno Henry, de acordo com uma escala, a qual permite aferir a intensidade de suas responsabilidades e a intensidade da reprovação de suas condutas? Ambas as condutas tiveram o mesmo grau de periculosidade e concorreram de igual maneira para a violação do bem protegido, qual seja, a vida", diz trecho do recurso interposto pela 2ª Promotoria de Justiça.

O documento lembra que, quando estava em liberdade, Monique coagiu uma babá de Henry a apagar mensagens que mostravam seu conhecimento acerca das agressões sofridas por seu filho.

Para o MP-RJ, a preocupação de Monique, após a morte do filho, nunca foi a obtenção da Justiça, mas sim a busca por se livrar de eventual responsabilidade penal.

"Tal expediente demonstra a disposição da acusada em embaraçar a colheita de provas, sendo certo que esta colheita, tratando-se de processo afeto ao Tribunal do Júri, perdura até o dia do julgamento em plenário. Não houve mudança em relação a este cenário, que por si só já autoriza a manutenção da prisão de Monique", afirma o documento.

Outro argumento para o pedido feito pelo MP-RJ para que Monique volte à prisão foi uma postagem na internet, que supostamente desrespeitaria a ordem judicial proibindo essas publicações. O texto foi feito em um Instagram chamado "Monique Inocente", criado por uma estudante paulista de 19 anos que defende a inocência da mãe de Henry Borel.

Às 17h30 deste domingo, 10, a página tinha 90 publicações e 5.360 seguidores. Uma postagem feita na noite de quarta-feira, 7 (um dia após a libertação de Monique, portanto), continha um agradecimento aos advogados de Monique e a frase "A Justiça tarda, mas não falha".

Ao saber que o MP-RJ atribuiu a postagem à mãe de Henry, a criadora da página anunciou que foi ela, e não Monique, quem publicou a mensagem. A defesa de Monique também se manifestou negando que sua cliente tenha usado as redes sociais.

Acusada de envolvimento na morte do menino Henry Borel, a mãe do garoto, Monique Medeiros, está depondo à juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, nesta quarta-feira, 9. Mais cedo, o padrasto de Henry, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, depôs rapidamente e afirmou: "nunca encostei uma mão num fio de cabelo do Henry". Assim como Monique, Jairinho é réu pelo homicídio.

Essa é a quarta audiência de instrução do caso. Henry Borel, de apenas 4 anos, foi morto em março do ano passado quando estava no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Laudo da necropsia apontou que o menino sofreu lesões no crânio, ferimentos internos e hematomas nos membros superiores.

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No depoimento desta quarta, Monique Medeiros chegou a chorar em alguns momentos. Ela lembrou uma conversa que teve com Henry no fim de semana da morte do menino, quando o filho lhe dissera "mamãe, eu vou cuidar de você para sempre".

Monique também narrou as tentativas dos médicos de reanimarem o garoto. "Eu vi todas as vezes que eles fizeram massagem cardíaca no meu filho, eu vi eles colocando no pulso direito do Henry oito injeções de adrenalina. Eles colocaram a sonda no nariz do meu filho, fizeram um arranhão no nariz do meu filho. Eu vi quando entubaram. Eu vi colocando medicamento no outro pulso do meu filho, e vi fazendo manobra incansavelmente no meu filho", declarou, emocionada.

CIÚMES

No início da audiência, Monique prometeu "falar toda a verdade", e durante o depoimento relatou uma série de episódios de ciúme que Jairinho teve com ela. "Ele começou a se mostrar uma pessoa com altos e baixos dentro de casa", afirmou Monique.

Segundo ela, Jairinho a obrigou a apagar fotos no Instagram "que não eram apropriadas", a mandar embora seu personal trainer e preparador físico, e que chegou a brigar com ela por considerar que ela "deu mole" a um entregador. Também narrou casos de agressão que teria sofrido. "Ele batia e depois vinha um afago", declarou à juíza.

Sobre o dia da morte de Henry, Monique Medeiros afirmou que ela e Jairinho haviam bebido vinho naquela noite. "Não sei se nesse dia, ele colocou um comprimido na minha taça", declarou. "Por volta das 3h40, o Jairinho me acordou dizendo que tinha ouvido um barulho no quarto do Henry. Ele disse que tinha encontrado o Henry caído no chão, tinha pegado ele e colocado na cama de novo. Estranhei porque o Henry estava descoberto e ele sempre dormia enroladinho no edredom", sustentou a mãe do menino.

Os dois, então, levaram Henry ao hospital. Segundo Monique, as tentativas de reanimação duraram cerca de duas horas.

AUDIÊNCIAS

Esta foi a quarta audiência de instrução e julgamento do caso - a primeira com depoimento dos réus. As outras três aconteceram em outubro e novembro do ano passado.

A audiência de instrução serve para avaliar se Monique e Jairinho cometeram algum crime intencional contra a vida. Caso a juíza considere isso, os dois deverão ir a júri popular - eles também poderão ser julgados em outras instâncias. A dupla é acusada de homicídio triplamente qualificado.

Começou na manhã desta quarta-feira, 6, a audiência de instrução do processo em que o médico e ex-vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Junior, o doutor Jairinho, e a professora Monique Medeiros são acusados de homicídio triplamente qualificado e tortura contra Henry Borel, filho de Monique. O menino de 4 anos morreu em 8 de março, após ser agredido no apartamento onde o casal morava, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Jairinho e Monique estão presos desde 8 de abril.

Nesta fase serão ouvidas pela juíza Elizabeth Louro Machado, titular do II Tribunal do Júri 12 testemunhas arroladas pela acusação. A primeira, ouvida a partir das 9h30 desta quarta-feira, foi o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investigou o caso.

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À tarde foi ouvida Ana Carolina Medeiros, delegada assistente da 16ª DP. As outras testemunhas a serem ouvidas são o inspetor Rodrigo Melo, que também trabalha nessa delegacia; o engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry; Thayna de Oliveira Ferreira, que trabalhou como babá do menino; Leila Rosângela de Souza Mattos, que trabalhou como empregada doméstica do casal; três médicas do Hospital Barra D'Or, para onde Henry foi levado (mas, segundo a polícia, já chegou morto): Maria Cristina de Souza Azevedo, Viviane dos Santos Rosa e Fabiana Barreto Goulart Déléage; Pablo Meneses, vice-presidente de operações e relacionamento da Qualicorp e conselheiro do Instituto D'or de Gestão de Saúde; a cabeleireira Tereza Cristina dos Santos e a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, ex-mulher de Jairinho.

Durante o depoimento do delegado Damasceno ocorreu uma discussão entre o promotor de Justiça Fábio Vieira, responsável pela acusação, e o advogado de Monique, Thiago Minagé.

O advogado afirmou que Damasceno estava emitindo opiniões e não expondo fatos, como deveria. A juíza interveio para interromper a discussão: "Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!".

No início da tarde desta quarta-feira, o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou ter pedido à advocacia do Senado para que entre com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza. Quem pediu essa medida foi o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo ele, a juíza feriu "frontalmente" a Lei Orgânica da Magistratura por ter, na avaliação do senador, emitido opinião política. "Eu acho que a senhora magistrada retornaria mais à sociedade ... se ela desse conta de enfrentar as milícias do Rio, de julgar com a severidade devida os mandantes de assassinato de criança no Rio. Ao contrário, utiliza audiência, no curso de um julgamento, no exercício da magistratura, para exprimir posição política", afirmou Randolfe.

"Eu peço à mesa que peça as informações à corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e que a Advocacia Geral do Senado entre com representação contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça. E nós vamos acompanhar bem de perto essa ação", anunciou Aziz.

À tarde, a juíza justificou a menção à CPI e elogiou a comissão: "Eu não posso deixar que a coisa degringole como a coisa degringola lá e com razão, porque lá ficam os representantes do povo. Sou uma entusiasta da CPI. Quando tenho folga, estou sempre assistindo, quero muito que aquilo traga um resultado bom para a população. Os parlamentares estão certíssimos de discutir lá, porque parlamentar fala."

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva de Jairo Souza Santos - o ex-vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros de Almeida, ambos acusados pela morte do menino Henry Borel de 4 anos, em março deste ano. A decisão é do desembargador do 2º Tribunal do Júri, Daniel Werneck Cotta.

Em 8 de maio, o TJRJ aceitou a denúncia contra a mãe e o padrasto de Henry Borel, decretando a prisão preventiva do casal. Ao analisar o pedido da defesa, o magistrado também levou em consideração as acusações por coação, fraude processual e os indícios de que os acusados estariam tentando influenciar as investigações sobre a morte do enteado do ex-vereador.

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"Repise-se que os crimes imputados teriam sido cometidos com extrema covardia e agressividade e, portanto, a liberdade dos acusados poderia causar justificável temor às testemunhas, impedindo seu comparecimento. Ademais, há notícias de anterior coação de testemunhas pelos acusados, que as teriam forçado a mentir e/ou omitir acerca de aspectos relevantes à elucidação do caso, quando foram prestar declarações em sede inquisitorial", destacou o magistrado na decisão.

"As imputações destacadas sugerem, ainda, a vontade de não se submeter à persecução criminal, evidenciando contrariedade à eventual aplicação da lei penal, que também deve ser assegurada pela prisão preventiva", complementou o desembargador.

Ao manter a prisão preventiva do casal, o magistrado também os documentos de uma nova denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro que requer além da condenação, a determinação de reparação em R$ 1,5 milhão pelos danos causados ao pai de Henry Borel, Leniel Borel.

Presa temporariamente por suposta participação na morte do filho, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, testou positivo para Covid-19 nessa segunda-feira (19). Com isso, ela ficará internada no hospital penitenciário.

Segundo informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Monique solicitou atendimento médico e foi encaminhada ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Após fazer exames, Monique foi diagnosticada com a Covid-19. Segundo a Seap, por enquanto, ela seguirá internada para realizar acompanhamento médico.

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A mãe de Henry estava cumprindo prisão temporária no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, no Grande Rio. No primeiro depoimento que prestou à polícia, ela negou saber de agressões ao filho. Ela foi desmentida pela Polícia Civil, que encontrou mensagens em seu celular indicando conhecimento das agressões que seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, praticava contra Henry. Ele também foi preso temporariamente, na semana passada. As defesas dos dois negam as acusações.

A faxineira Leila Rosângela de Souza Mattos, que trabalhou na casa de Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março no Rio, contou à polícia na quarta-feira, 14, ter visto o menino "com cara de apavorado" após ficar trancado no quarto por dez minutos com o padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr Jairinho. Ela disse também que a mãe de Henry e namorada de Jairinho, a professora Monique Medeiros Costa e Silva de Almeida, contou a ela em fevereiro que o filho havia tido "um surto" com o padrasto. O político e Monique estão presos temporariamente em inquérito que apura a morte do menino.Faxineira diz que viu Henry 'com cara de apavorado' após ficar trancado com Dr. Jairinho

Rose afirmou que em 12 de fevereiro, a sexta-feira anterior ao carnaval, Monique havia saído de casa quando Dr. Jairinho chegou, por volta de 15h15. Henry então correu até o político, para abraçá-lo, o que era absolutamente incomum - por isso, a babá Thayná Ferreira teria ligado para Monique. Em seguida, o vereador chamou o enteado para o quarto do casal, anunciando ter comprado algo para ele. Ficaram dez minutos com a porta trancada e ao sair, segundo a faxineira, a criança tinha "cara de apavorado" e o menino falou à babá que não queria mais ficar sozinho na sala.

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Quando a babá perguntou por que Henry estava mancando, ele respondeu que havia "caído da cama" e que seu joelho estava doendo. Rose também disse ter ouvido quando Henry reclamou que a cabeça doía.

Rose, como é chamada a faxineira, trabalhava no apartamento em que moravam Dr. Jairinho, Monique e Henry, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O menino morreu com diversas lesões pelo corpo. Dr Jairinho e Monique foram presos temporariamente em 8 de abril. São acusados de obstruir a investigação. A polícia acha que são responsáveis pela morte do menino.

Na quarta, a faxineira prestou novo depoimento ao delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o caso. A suspeita é que o garoto tenha morrido em consequência de tortura.

Em seu primeiro depoimento, em 24 de março, Rose havia contado à polícia outra versão. Na ocasião, diferentemente de suas declarações mais recentes, havia dito que Jairinho não ficava sozinho com Henry. Também não relatou ter conhecimento de alguma agressão contra o garoto. Depois disso, investigadores descobriram mensagens entre Monique e Thayná no WhatsApp. Nelas, ambas falam sobre agressões narradas pela criança. Jairinho seria o autor.

Com base nessas conversas, a polícia pediu à Justiça que decretasse a prisão do casal, acusado de obstruir a investigação. Eles foram presos em 8 de abril. No dia 12, Thayná deu novas declarações no inquérito. Admitiu que mentira por ordem de Monique e por ter medo de Dr. Jairinho. Detalhou ainda três episódios em que o vereador teria agredido Henry. Como o político e o garoto, nesses episódios, ficaram trancados, a babá não viu nada, mas ouviu relatos da criança e observou lesões no corpo de Henry.

Faxineira diz que Henry "chorava o tempo todo"

Como Monique e o namorado viajaram para Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, durante o carnaval, a faxineira ligou para Monique no domingo, 14 de fevereiro. Queria saber quando deveria voltar ao trabalho. Foi nessa ligação que Rose disse ter ouvido de Monique que o filho "teve um surto" com Dr. Jairinho e por isso ela quase voltou ao Rio no sábado mesmo. Mas Monique não deu detalhes, nem mudou o plano de viagem. Ficou em Mangaratiba até segunda-feira, 15 de fevereiro.

A faxineira também contou à polícia que Henry "chorava o tempo todo" e vomitava "de vez em quando". Disse que numa ocasião, ao ver o filho chorando, Monique afirmou que ele era muito mimado. Advertiu o garoto que, se continuasse chorando "sem motivo", ele iria morar com o pai. Henry respondeu que não queria morar com o pai, segundo Rose.

A faxineira contou também que Monique e Dr. Jairinho tomavam muitos remédios. Monique, segundo Rose, dava medicamentos ao filho, que considerava muito ansioso.

Rose disse não ter contado esses episódios no primeiro depoimento por não ter se lembrado deles.

Cabeleireira testemunhou conversa de Monique e Henry por vídeo

A cabeleireira que atendeu Monique em um salão de beleza do shopping Metropolitano, a poucos metros da casa da mãe de Henry, a partir das 16h30 de 12 de fevereiro, também já prestou depoimento à polícia. Enquanto Monique era atendida, a babá da criança ligou e, por chamada de vídeo realizada às 17h, o próprio Henry narrou que havia sido agredido por Jairinho. Depois, Monique conversou com o namorado por telefone. Segundo a TV Globo, que teve acesso ao depoimento, a cabeleireira contou à polícia que Monique brigou com o namorado.

"Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada", disse Monique. Diante de suposta ameaça de Jairinho de demitir a babá, a namorada reagiu: "Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, vou embora junto, porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma, quem me contou foi ele", disse Monique, segundo a faxineira.Jairinho, então, teria ameaçado quebrar algo e a namorada reagiu: "Quebra! Pode quebrar tudo mesmo! Você já está acostumado a fazer isso!". Apesar da discussão, Monique permaneceu no salão. Fez escova no cabelo e as unhas dos pés e das mãos. Segundo a babá de Henry, só chegou em casa às 19h.

Brasil teve mais de 2 mil mortes de crianças por agressão em uma década

A morte de Henry por espancamento não é um caso isolado de violência doméstica. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ao menos 2.083 crianças até essa idade foram mortas por agressão no Brasil, de janeiro de 2010 a agosto de 2020. Para cada caso de óbito registrado dessa forma, especialistas estimam haver outros 20 subnotificados.

A nova defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel e que está presa acusada de participação na morte do menino de quatro anos, ocorrida em 8 de março, esteve na 16ª Delegacia de Policia do Rio (Barra da Tijuca), responsável pelas investigações, na tarde desta quarta-feira, 14. Os três advogados solicitaram um novo depoimento. Segundo eles, "chegou a hora de a Monique falar de maneira isenta".

O trio de advogados - formado pelos criminalistas Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad - não quis dar maiores detalhes, mas deu a entender que Monique irá mudar o teor das declarações que deu em seu primeiro depoimento, prestado em 17 de março.

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"Chegou o momento de a Monique falar, o momento de a Monique falar de maneira isenta. Ela vai ter a oportunidade de novamente prestar depoimento, e o que nós entendemos é que, nesse momento, ninguém pode falar em nome da Monique", disse Novais. "A estratégia que a defesa tem é única e exclusivamente uma: que a Monique diga a verdade"

Thaise foi um pouco incisiva. "Esperem, sentem e ouçam a Monique falar. Até agora falaram por ela. Por incrível que pareça, a situação é tão trágica que a prisão da Monique representa a sua libertação contra a opressão e o medo. Então deixem a Monique falar."

A mãe de Henry está em prisão temporária no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói. No primeiro depoimento, ela negou saber de agressões ao filho e afirmou que, na madrugada de 8 de março, estava vendo TV em casa e, quando foi ao quarto, encontrou o filho passando mal.

Ela foi desmentida pela Polícia Civil, que encontrou mensagens em seu celular indicando conhecimento das agressões que seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o dr. Jairinho, praticava contra Henry. Ele também foi preso temporariamente, na semana passada. A defesa dele nega as acusações.

Em de mais de oito horas de depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), a babá Thayná de Oliveira Ferreira, que cuidava do menino Henry Borel, de 4 anos, admitiu ter mentido ao depor anteriormente sobre a morte do menino, ocorrida em 8 de março no Rio de Janeiro. A advogada Patrícia Sena, que acompanhava a profissional, disse que sua cliente contou ter apagado mensagens de WhatsApp nas quais relatava agressões do namorado da mãe do garoto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Segundo reportagem da TV Globo, Thayná declarou aos policiais que agiu assim a pedido de Monique.

"Ela narrou toda a dinâmica dos fatos", disse a advogada, em entrevista a emissoras de televisão. "Enfim, ela disse tudo o que tinha para dizer, sem colocar nada que desabonasse a conduta dela. Ela fez o que deveria ter sido feito."

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Foi com base nessas mensagens, recuperadas por técnicos com a ajuda do aplicativo israelense Cellebrite Premium , que a polícia concluiu que a babá mentira no primeiro depoimento. Chegou a cogitar sua prisão, por falso testemunho, mas permitiu que se retratasse e prestasse novas declarações no inquérito. O conteúdo dessas novas declarações não foi oficialmente divulgado, mas foi em parte obtido pela emissora.

De acordo com essa reportagem, Thayná afirmou no depoimento que não viu as agressões do político contra o menino, mas soube que ocorriam - pelo menos duas vezes. A babá contou que em uma ocasião os dois entraram em um quarto no apartamento no Condomínio Majetic, na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital. Dr. Jairinho aumentou muito o volume da televisão - aparentemente, para abafar ruídos. Depois que saíram, Henry disse que estava com dores de cabeça e se sentia mal.

A babá afirmou ainda que outras pessoas - uma empregada e parentes do casal - sabiam das agressões de Dr. Jairinho contra o menino. A profissional também disse aos policiais que mentiu por ter medo de Dr. Jairinho. O político, formado em medicina, foi eleito com base eleitoral em Bangu, na zona oeste, em região dominada por milicianos. É filho do ex-deputado estadual Coronel Jairo, policial militar da reserva e que esteve preso na Operação Furna da Onça, que investigou corrupção na Assembleia Legislativa fluminense.

Thayná chegou à 16ª DP, que investiga o caso, às 12h15 desta segunda-feira, com o rosto coberto, e não falou com a imprensa. O delegado Henrique Damasceno, responsável pela investigação, chegou por volta de 13h15, e logo depois, a advogada da babá. O depoimento começou por volta de 15h30 e durou mais de sete horas.

A reportagem ainda não conseguiu ouvir a defesa de Dr. Jairinho. Ele e Monique foram presos provisoriamente, por 30 dias, na semana passada, por determinação da juíza Elisabeth Louro, do II Tribunal de Júri. São acusados de atrapalhar as investigações. É possível que, com o depoimento de Thayná, o inquérito se acelere e, com a denúncia pelo Ministério Público, seja pedida a prisão preventiva dos suspeitos.

Troca de advogado

Monique Medeiros decidiu trocar de advogado. Será defendida por Thiago Minagé, criminalista que integrou a equipe de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha. Até então, seu defensor era André França Barreto, o mesmo de Dr. Jairinho. Há expectativa de que, a partir de agora, os dois suspeitos tenham estratégias de defesa divergentes. Polêmico, França Barreto assistiu a declarações de outros depoentes, o que gera acusações de obstrução de justiça e coação de testemunhas.

A Justiça do Rio negou nesta segunda-feira, 12, o pedido de liberdade apresentado na semana passada pela defesa do vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e da namorada dele, Monique Medeiros, mãe do menino Henry. O casal está em prisão temporária - por 30 dias - acusado de matar a criança de 4 anos.

Para o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, não há sentido no habeas corpus, que pedia a adoção de outras medidas cautelares em vez da prisão. A detenção temporária é aplicada "quando imprescindível para as investigações do inquérito policial", conforme artigo citado pelo magistrado na decisão.

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"Ora, se ela decorre de imprescindibilidade, é um contrassenso sequer cogitar a substituição por medidas cautelares diversas, que somente se aplicam em caso de prisão preventiva - instituto totalmente diverso e com fundamentos outros", apontou o desembargador.

O casal foi preso na última quinta-feira, e a investigação caminha para um desfecho - esperado até, no máximo, o início da semana que vem. Essencial para as apurações, o laudo de reprodução simulada mostrou que Henry sofreu 23 lesões na madrugada da morte. Os ferimentos externos e internos no corpo do menino são incompatíveis com a versão de "acidente" dada pelo casal, segundo os investigadores.

Esse documento afirma que as lesões foram cometidas entre 23h30 do dia 7 e 3h30 do dia 8, momento em que o casal diz ter encontrado o menino morto. Jairinho e a mãe de Henry teriam esperado 39 minutos antes de tomar a atitude de levá-lo ao hospital. Isso porque a investigação também obteve uma foto que mostra Monique com o filho no colo - já morto - às 4h09 daquela madrugada. Jairinho estava com ela.

Preso acusado de matar o enteado de 4 anos, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) compareceu a uma festa de aniversário horas depois da morte do menino Henry Borel. Em depoimento à polícia, a ex-mulher do parlamentar, Ana Carolina Netto, disse ainda que ele passou a maior parte do tempo conversando num quarto com o pai, o ex-deputado estadual Coronel Jairo.

A informação foi publicada neste domingo, 11, pelo jornal O Dia. O advogado de Jairinho, André França Barreto - que teria sido indicado pelo pai no momento da festa -, afirma que desconhece a ida ao aniversário da irmã do vereador. Ele defendeu o ex-deputado no âmbito da operação Furna da Onça, em 2018, que levou Jairo à prisão.

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No depoimento, a mãe dos filhos de Jairinho disse que ficou sabendo da morte de Henry, filho de Monique Medeiros, naquele mesmo dia, 8 de março, por meio do motorista dele. "Ele disse que o menino havia falecido mas não soube explicar o motivo, só dizendo que Jairinho estava no hospital", apontou.

Na noite daquele dia 8, Ana levou os filhos à festa da irmã do político e sua ex-cunhada, Thalita, na zona oeste do Rio, onde sentiu um "clima pesado" na família do parlamentar. Henry foi morto na madrugada anterior.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso a mais uma série de depoimentos chocantes no caso Henry Borel, revelando um histórico violento do vereador e médico Dr. Jairinho. Em nova declaração, uma das ex-namoradas de Jairinho afirmou à polícia que sua filha, de apenas três anos, se queixava de agressões e intimidações por parte do político e ainda relatou uma suposta tentativa de afogamento. A criança teria desenvolvido crises nervosas e não se mostrava confortável de estar perto do padrasto.

De acordo com o depoimento prestado pela mulher, de 31 anos, ela conheceu Dr. Jairinho em 2010, na festa de comemoração pela eleição do seu pai, o policial militar e deputado estadual Jairo de Souza Santos, o Coronel Jairo (MDB), e logo depois eles teriam ficado noivos. Na ocasião, o vereador era oficialmente casado com a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos seus três filhos.

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Entre os episódios relatados pela menina de apenas três anos à mãe, há situações como uma aparente tentativa de afogamento na piscina do prédio onde conviviam e vômitos que podem ter origem em crises de ansiedade. Em depoimento obtido pela CNN, é apontado ainda que a mulher teve a roupa rasgada e foi agarrada pelo pescoço pelo ex-namorado, segundo o relato dela. A dona de casa, que pediu para que o nome não fosse revelado, disse ainda que ela e Jairinho tinham noivado marcado, com restaurante reservado, mas ele acabou desistindo às vésperas da festa.

A ex-companheira diz também que Jairinho deu um comprimido para que ela dormisse e em vez de tomar, ela escondeu a pílula embaixo do travesseiro. Quando foi à sala viu o homem segurando a menina “pelos braços, enquanto estava em pé no sofá”.

A mãe notou resistência na filha sempre que a criança precisava ir aos encontros com Jairinho, no entanto, imaginava que seriam apenas episódios de ciúme, até ver “que a resistência dela a este se tornou mais séria, sendo que [a criança] chorava muito e chegava a vomitar de tanto nervoso”.

No documento, a dona de casa conta que não foi vítima de agressões durante o relacionamento, mas quando o namoro acabou, “várias vezes Jairinho perseguiu a declarante e ficava na frente da casa das amigas dela, onde ela se encontrava, gritando e chamando pela declarante no portão”.

Em uma dessas ocasiões, a ex-namorada de Jairinho conta que ele chegou a agredi-la no meio da rua, rasgando as roupas dela, e que também puxou a mulher contra as grades do portão da casa onde estava, rompendo pontos de uma cirurgia que tinha sido realizada dias antes da agressão.

Questionada sobre o fato de nunca ter prestado queixa formal à polícia do que acontecia com ela, a mulher disse que ficou com receio de que fosse a palavra dela contra a do homem. Segundo a defesa do vereador, ele afirma ser inocente e não reconhece a veracidade dos fatos.

Conversas por aplicativo de mensagem entre Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, e a babá dele, Thayná Ferreira, obtidas pela Polícia Civil, indicavam que ela tinha alguma preocupação com agressões sofridas pelo filho de 4 anos. Mas qualquer indício disso ficou obscurecido pelo comportamento da mãe após a morte do menino - ela deu impressionantes sinais de frieza e de uma "vida normal" incompatível com o trauma da perda violenta que sofreu.

Detalhes que vieram à tona na investigação ajudam a conhecer um pouco a professora que trocou o emprego de R$ 4 mil em uma escola na zona oeste do Rio por um cargo de R$ 12 mil no Tribunal de Contas do Município. Também passou a morar com o namorado, Dr. Jairinho, em um condomínio na Barra da Tijuca.

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Foi uma mudança e tanto para Monique, que se separou do pai de Henry no ano passado, e foi morar com Dr. Jairinho. Nas conversas com a babá Thayná, a professora parecia dividida. Demonstrava preocupar-se com o que acontecia com o garoto. Mas não deu sinais de ter tomado alguma providência. Na prática, segundo a polícia, permitiu as agressões e se tornou cúmplice dos crimes.

Suas preocupações, aparentemente, eram outras. Quando o caso foi descoberto e passou a repercutir, Monique pediu a amigos e parentes, por WhatsApp, "um grande favor", segundo revelou a revista Veja. Queria uma declaração escrita sobre como ela se relacionava com o filho. O objetivo era apresentá-la como uma pessoa carinhosa e incapaz de causar mal à criança.

Sem luto

Os relatos apontam, porém, para uma mulher que parece não ter demonstrado sentimentos pela morte do próprio filho de 4 anos. Quando voltou às redes sociais, por exemplo, postou a foto de uma bolsa Louis Vuitton ao lado de copos de café da marca California Coffee. Um dia após o enterro, gastou R$ 240 num salão de beleza. E, antes de prestar depoimento à Polícia, testou mais de um look e consultou o advogado: queria escolher a vestimenta ideal.

A polícia diz não haver indícios de coação de Monique por Dr. Jairinho. Mas a versão não convenceu todo mundo. "Me chamou a atenção um diálogo divulgado entre a mãe e o pai de Henry sobre a reação dele em não querer voltar para casa. Ela parecia atordoada, não parecia só uma dificuldade de lidar com o filho", aponta Raquel Narciso, coordenadora do Centro de Defesa da Vida (CDVida), voltado para o combate à violência doméstica. "É possível que a mãe de Henry estivesse num relacionamento abusivo, passando por coação."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Morto há pouco mais de um mês, Henry Borel, de 4 anos, ainda "vive" nas redes sociais. Mais de vinte perfis com o nome do garoto, que teria morrido após uma sessão de torturas, foram abertos no Instagram e no Facebook. Pedem "justiça" para o menino que, segundo a Polícia, morreu pelas mãos do padrasto, o vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O crime teria tido a suposta cumplicidade da mãe, Monique Medeiros. O casal foi preso provisoriamente na quinta, 8, acusado de interferir nas investigações. Nega o crime. Alega que a criança foi encontrada desmaiada e pode ter sofrido uma queda, o que é incompatível com exames periciais.

Algumas postagens são comuns a vários perfis. Há muitas fotos do menino, - em algumas sorri, em outra mostra as mãos e o rosto sujos de tinta azul. Há ainda montagens e caricaturas, que às vezes o apresentam como um anjo, com asas e até auréola. Pequenos textos condenam a violência contra crianças e pedem atenção aos sinais de agressões contra os pequenos. Há também fotos dos dois suspeitos. No Facebook, foram postadas reportagens de televisão sobre o caso.

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"Nunca mais ignore a insatisfação de um anjo!", clama, em letras vermelhas, o perfil #henryborel no Instagram. "Que a justiça seja feita." Uma postagem remete ao vídeo de uma live, na campanha eleitoral, na qual Dr. Jairinho disse: "A gente tem que dar o exemplo, vai levando para as nossas gerações, para os nossos filhos."

Na mesma rede social, no perfil #henryborelmedeiros, uma foto do menino é cortada pelos dizeres: "...e você descansará em paz, Henry!" Traz fotos da prisão do casal e reprodução do laudo pericial feito no corpo, exibido na Rede Globo. O documento mostra as múltiplas lesões sofridas pelo menino, constadas pelo Instituto Médico-Legal, na cabeça, rim, pulmão, nariz. Também há trechos de diálogos entre Monique e uma babá, via WhatsApp. São indícios, segundo a Polícia, de que a mãe sabia que o menino era agredido por Dr. Jairinho e encobria esses crimes.

Uma comunidade no Facebook, "Justiça para Henry Borel", tinha, até o início da tarde desta sexta-feira, quase 5.500 seguidores. Traz uma entrevista do pai do garoto, Leniel Borel, à Rede Globo. Também há reportagens sobre o caso divulgadas na internet. Há ainda muitas fotos do menino, geralmente sorridente, além de duras críticas a Monique.

Três dias após a divulgação da morte suspeita do menino Henry Borel, de 4 anos, seu padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior (Solidariedade), mais conhecido como Dr. Jairinho, foi empossado no Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio. A posse em 11 de março, no início das investigações sobre o episódio chocante e sob apuração policial, ilustra a força do político.

O médico de 43 anos tem no nome de urna um sinal da linhagem que o elegeu. Seu pai é o suplente de deputado estadual Coronel Jairo, PM da reserva que foi parlamentar de 2003 a 2018 e é citado na CPI das Milícias da Alerj como supostamente ligado à Liga da Justiça. Dez anos depois, passou pela cadeia, levado pela Operação Furna da Onça. Repudia as acusações e nega os crimes.

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Dr. Jairinho está em seu 5º mandato como vereador. Começou em 2004, aos 27 anos, pelo PSC, numa típica carreira impulsionada por laços de família. Jairo, o Moço, elegeu-se na mesma base do pai, Jairo, o Velho, com centro em Bangu, Realengo e Padre Miguel. Depois disso, venceu duas eleições, em 2008 e 2012, pelo mesmo PSC. Depois, concorreu pelo MDB e obteve o último mandato pelo Solidariedade - partido que agora fala em examinar sua "expulsão sumária".

Em 2020, Dr. Jairinho foi o 28.º mais votado no Legislativo carioca, com 16.061 votos. Sem muita nitidez ideológica e com CRM ativo desde julho de 2004, foi líder dos governos de Eduardo Paes (DEM) e de Marcelo Crivella (Republicanos).

Ainda era líder de Crivella na Câmara quando, no 2º turno da eleição do ano passado, participou de um evento de apoio a Paes no Ginásio Jairo Souza Santos, batizado com o nome do pai, onde pediu que votassem no atual prefeito. Àquela altura, a eleição para a prefeitura do Rio era, para os políticos mais experientes, "jogo jogado". Pesquisas davam grande vantagem ao demista. O vereador rapidamente voltou ao velho aliado, que o aceitou sem restrições. Afinal, a proximidade do poder lhe garante a presença em inaugurações da prefeitura, que rendem votos.

Milicianos

Na mesma região onde Dr. Jairinho e o pai colhem votos, milicianos atuam. No Jardim Batam, em Realengo, em 2008, uma equipe do jornal O Dia, que se infiltrara na comunidade para uma reportagem sobre a milícia, foi capturada por criminosos.

Em seus 16 anos na Câmara, Dr. Jairinho ocupou postos de destaque, além de liderar os governos Paes e Crivella. Foi primeiro-secretário, presidiu a Comissão de Educação e a do Plano Diretor, foi vice da Comissão de Saúde.

Pessoalmente, destaca-se pelos cuidados pessoais. Veste ternos bem cortados. Polido e contido, não passa emoções a seus interlocutores. Nas últimas semanas, após a morte de Henry, surgiram contra ele denúncias de supostos atos de violência.

Ex-namoradas denunciaram agressões e ameaças contra elas e as crianças. A defesa do político rebateu as acusações. Os depoimentos sobre supostas agressões motivaram investigações na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima. Também lá o vereador, agora preso, terá de se explicar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foi afastado do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio nesta quinta-feira, 8, horas depois de ser preso sob suspeita de ter matado seu enteado Henry Borel Medeiros, de 4 anos, em 8 de março. Ele foi eleito para esse conselho quatro dias antes da morte da criança e tomou posse três dias depois. Jairinho compõe o Solidariedade, mas o partido também anunciou nesta quinta-feira a expulsão dele. As bancadas do PT e do PSOL vão pedir à Justiça que o vereador seja imediatamente afastado do mandato.

Os vereadores componentes do Conselho de Ética da Câmara se reuniram na Câmara pouco depois das 16h desta quinta-feira. O encontro durou cerca de duas horas e meia. Segundo a assessoria de vereadores, o procurador-geral da Câmara , José Luís Galamba Minc Baumfeld, afirmou que não há fundamento jurídico para que Jairinho seja imediatamente afastado do mandato.

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A vereadora Teresa Bergher (Cidadania) insistiu pela alteração imediata do regimento, para que o vereador fosse afastado nesta quinta-feira mesmo. "Fui voto vencido. Mas vou continuar batalhando para alterar esta regra absurda que diz que o preso só pode ser afastado depois de um mês. Apresentei projeto de resolução para acabar com essa vergonha e vou insistir, bater o pé para que seja alterado. Não foi este o Conselho de Ética que eu apresentei", afirmou Teresa, autora da proposta de criação do conselho.

No lugar de Jairinho assumiu o suplente Luiz Ramos Filho (PMN). "Não esperava assumir uma cadeira no Conselho desta maneira. Nos reunimos e deliberamos pelo afastamento dele do Conselho. Agora vamos pedir para ter acesso aos autos (da investigação) para fazer uma provável representação contra o vereador. Mas tomando toda cautela", disse Ramos Filho.

As decisões do Conselho serão submetidas à Comissão de Justiça e Redação, presidida pelo próprio Jairinho e composta também por Inaldo Silva (Republicanos) e Thiago K. Ribeiro (DEM).

A Polícia Civil do Rio acredita ter provas de que o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), agredia periodicamente o enteado Henry Borel, que morreu em 8 de março, com sinais de tortura. Conversas via WhatsApp entre a mãe do menino, Monique Medeiros da Costa Silva de Almeida, e a babá, Thayná de Oliveira Ferreira, provariam essa descoberta, segundo investigadores do caso.

"Alguns pontos dessa conversa nos chamaram muita atenção. A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma 'banda', uma rasteira, e o chutou. Ficou claro que houve lesão ali; fala que Henry estava mancando, que não deixou dar banho nele porque estava com dor na cabeça", apontou o delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil na capital.

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Os trechos da conversa entre as duas, descobertos após a apreensão do celular da mãe, contêm a narrativa da babá, em tempo real, de uma suposta sessão de agressões de Jairinho. O político estava fechado em um quarto com Henry no dia 12 de fevereiro, pouco menos de um mês antes da morte. Monique não estava em casa, e Thayná dizia que estava ouvindo barulhos no quarto. A mãe ordena que ela chame o menino ou entre no cômodo, mas a babá reluta.

"Tenho medo do Jairinho não gostar da invasão", diz, segundo transcrição obtida pela Rede Globo. Depois, manda uma foto com Henry no colo, à qual Monique responde perguntando se "deu ruim". "Deu ruim? Sabia. Pergunta tudo. Pergunta o que o tio falou."

É na sequência dessas cenas, quando Jairinho sai de casa, que o menino conta à babá das agressões sofridas. Segundo ela, Henry mancava ao andar.

Segundo o delegado Antenor Lopes, tanto Monique quanto Thayná mentiram ao depor à polícia.

"Depois que veio o pior resultado possível de uma rotina de violência, que foi a morte do Henry, ela esteve em sede policial por mais de quatro horas e deu declarações mentirosas, protegendo o assassino do filho", afirmou o delegado.

Apesar de não ter sido presa e de não responder por homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura - como é o caso do casal -, a babá é investigada por falso testemunho (mentir em depoimento). A polícia acredita que ela foi coagida por Jairinho.

Ao serem presos, Jairinho e Monique tiveram que entregar novos celulares à polícia. Espera-se que haja nesses aparelhos mais provas do crime, como uma possível confissão da autoria.

O médico e vereador Jairo Souza Santos Junior, o dr. Jairinho, de 43 anos, preso nesta quinta-feira (8) sob acusação de matar o enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, no Rio de Janeiro, será investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) e poderá ter seu registro profissional cassado.

Em 2004, aos 27 anos, Jairinho se formou em Medicina na Unigranrio, universidade particular de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Mas ele nunca exerceu a profissão - no mesmo ano foi eleito vereador pela primeira vez e iniciou carreira política, seguindo os passos do pai, o coronel da PM Jairo Souza Santos, que chegou a ser deputado estadual no Rio.

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Em nota, o Cremerj informou ter instaurado sindicância sobre o caso. O procedimento vai tramitar em sigilo, como determina o Código de Processo Ético-Profissional. Se considerado culpado, as punições vão desde advertência até cassação do registro.

A Câmara Municipal do Rio anunciou por nota que o vereador Dr Jairinho (Solidariedade), preso na manhã desta quinta, 8, teve o salário suspenso e ficará formalmente afastado do mandato a partir do trigésimo primeiro dia de afastamento, segundo o Regimento Interno da Casa. A Câmara também prometeu "celeridade" para o caso no Comitê de Ética, embora ainda não haja representação. O colegiado tem reunião marcada para o fim da tarde.

O político foi levado à prisão pela Polícia Civil do Rio, em inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel, de quatro anos, com sinais de tortura. A mãe do garoto, Monique Medeiros, também foi presa. Ambos são acusados de tentar atrapalhar as investigações e influenciar testemunhas.

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A Solidariedade, partido ao qual é filiado o vereador carioca, informou em nota que a executiva nacional da legenda encaminhou a seu Conselho de Ética um pedido de "expulsão sumária" do acusado. A agremiação também informou que Dr Jairinho, antes da prisão, já estava licenciado e afastado das atividades partidárias.

Confira a nota do Solidariedade:

"Foi encaminhado ao Conselho de Ética um pedido de expulsão sumária do vereador Dr. Jairinho solicitado pela Comissão Executiva Nacional do Solidariedade."

"O vereador já estava afastado e licenciado do partido antes do anúncio de sua prisão realizada hoje."

"Enquanto um partido que luta por um futuro melhor para os brasileiros, manifestamos nosso repúdio a todo e qualquer tipo de maus tratos e violência, principalmente contra crianças e adolescentes."

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