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A mexicana Paola Schietekat foi condenada a sete anos de prisão e 100 chibatadas após denunciar ter sido vítima de abuso sexual no Catar. A economista estava no país para trabalhar em uma empresa ligada à organização da Copa do Mundo de 2022.

O trabalho de Schietekat na Supreme Committee foi interrompido depois que um homem invadiu o seu quarto enquanto estava dormindo, no dia 6 de junho do ano passado, em Doha, capital do Catar. Após o crime sexual, a mexicana decidiu denunciar o caso às autoridades do país. 

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Após alguns dias, ela foi chamada novamente para delegacia para ser informada de que, segundo a versão do agressor, os dois mantinham uma relação amorosa. A vítima apresentou laudo médico e fotos dos hematomas em seu corpo, porém as autoridades a declararam culpada por "relação extraconjugal".

A empresa em que Schietekat trabalhava conseguiu que ela retornasse ao México sem cumprir a pena. Em declaração para o jornal espanhol El País, a mexicana declarou que o caso continuava complexo e doloroso, pois o agressor havia sido inocentado. Segundo a polícia do Catar, não havia câmeras para comprovar a agressão.

Com o Brasil já assegurado na Copa do Mundo, o técnico Tite quer aproveitar a reta final das Eliminatórias Sul-Americanas para aprimorar o jogo coletivo e observar jogadores que ainda pleiteiam um lugar no Mundial. Nesta terça-feira (1), o compromisso pela 16ª rodada será o Paraguai, que tem remotas chances de ir ao Catar. A bola rola a partir das 21h30 (horário de Brasília) no Mineirão, em Belo Horizonte, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional.

São seis novos titulares em relação à equipe que empatou por 1 a 1 com o Equador na última quinta-feira (27), na capital equatoriana Quito. Três por necessidade. O lateral Alex Sandro contraiu o novo coronavirus (covid-19), enquanto o zagueiro Éder Militão e o lateral Emerson Royal estão suspensos. No treino de segunda-feira (31), Tite escalou Daniel Alves e Alex Telles nas alas e Thiago Silva ao lado de Marquinhos na defesa.

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As demais alterações foram opções do treinador. Na meta, dando sequência ao revezamento que tem feito nas Eliminatórias, Tite terá Ederson no lugar de Alisson. No meio, os volantes Casemiro e Fred serão poupados, com o volante Fabinho e o meia Lucas Paquetá, de volta após cumprirem suspensão, compondo o setor ao lado do meia Phillipe Coutinho.

A escalação nesta terça terá: Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Fabinho, Lucas Paquetá e Phillipe Coutinho; Matheus Cunha, Raphinha e Vinícius Júnior.

“De 2016 a 2018, não houve tempo [para testes]. Hoje, há esse tempo. Inclusive porque fizemos uma campanha [nas Eliminatórias] que nos permite fazer isso. Quer dizer que estamos desprezando o jogo ou o adversário? Absolutamente não. Excelência é hábito, tem de performar, vencer, ser sólido. Bola parada tem de ser boa. Mas ela [campanha] amplia um pouco mais a possibilidade de buscarmos opções entre os atletas jovens ou mais experientes”, argumentou Tite em entrevista coletiva na segunda.

Se o Brasil vai a campo classificado e liderando as Eliminatórias com 36 pontos, quatro a frente da Argentina, o Paraguai tem chances remotas de ir à Copa. Os paraguaios somam apenas 13 pontos e podem chegar aos mesmos 19 pontos do Uruguai, quinto colocado e que, neste momento, estaria na repescagem mundial. Além de vencer os três compromissos, a equipe dirigida pelo argentino Guillermo Barros Schelotto necessita que os uruguaios passem em branco nas próximas rodadas e que Colômbia e Chile não ganhem mais.

O zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, expulso na derrota por 1 a 0 para o Uruguai, na última quinta, será o principal desfalque da Albiroja (como é conhecida a seleção paraguaia). Sem o capitão, Fabián Balbuena, ex-Corinthians, deve formar dupla com Junior Alonso (que atuará em casa, já que defende o Atlético-MG). No meio-campo, Matías Rojas também está suspenso. O provável substituto será Mathías Villasanti, do Grêmio.

O Paraguai deve ir a campo com: Antony Silva; Robert Rojas, Fabián Balbuena, Junior Alonso e Santiago Arzamendia; Alan Benítez, Mathías Villasanti, Richard Sánchez e Miguel Almirón; Braian Samudio e Carlos González.

A Fifa abriu nesta quarta-feira (19) a primeira fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, que será disputada entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro.

De acordo com a entidade máxima do futebol, os preços são inferiores aos colocados nas edições anteriores do megaevento esportivo. A primeira fase de comercialização dos bilhetes vai durar até 22 de fevereiro.

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Os torcedores poderão comprar ingressos a partir de US$ 69 (cerca de R$ 380), cerca de um terço a menos que os comercializados para a edição de 2018, na Rússia. No entanto, o valor de um bilhete para a final pode chegar a US$ 1,6 mil (por volta R$ 8,8 mil).

Os organizadores da competição ainda não informaram quantos espectadores poderão entrar nos estádios em virtude das incertezas relacionadas ao novo coronavírus. Residentes do Catar e trabalhadores migrantes poderão adquirir ingressos por até US$ 11 (R$ 60).

"Esta é uma Copa do Mundo da Fifa para o Catar, a região e o mundo, e os produtos lançados hoje refletem o objetivo da entidade de levar o belo jogo para o maior número possível de torcedores em todo o mundo", informou a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura.

Já Nasser Al Khater, CEO da Copa do Mundo, afirmou que o primeiro Mundial no Oriente Médio e no mundo árabe será um "evento extraordinário". Além disso, o dirigente comentou que "mal pode esperar" para receber os torcedores

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Da Ansa

O clube norueguês Tromso IL apresentou nesta segunda-feira "a primeira camisa de futebol com código QR do mundo", iniciativa que visa falar sobre direitos humanos no Catar antes da realização da Copa do Mundo de 2022 no país, alvo de críticas pelas condições oferecidas aos trabalhadores do evento. A ação é resultado de uma parceria com a Anistia Internacional.

O novo uniforme da equipe contém as formas geométricas características por toda a extensão da camisa. Quando escaneadas pela câmera do celular, o usuário é levado para um site que trata sobre os direitos humanos e o "sportwashing", estratégia para melhorar a reputação de um país ou lugar, no Catar por causa do Mundial.

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"Com isso, esperamos estimular primeiro conversas e depois mais debates. Queremos mais exposição sobre estes temas", disse Tom Hogli, ex-jogador profissional que se tornou gerente de relações públicas da Tromso IL, durante a apresentação da camisa.

A equipe da primeira divisão vestirá esta camisa única no domingo contra o Viking, na final do campeonato, antes do recesso de inverno. Segundo o Tromso, eles foram o primeiro clube de futebol profissional do mundo a convocar um boicote à Copa do Catar em forma de protesto contra as condições dos trabalhadores imigrantes no país.

A ideia de um boicote vem fazendo sucesso na Noruega, mas uma votação dentro da federação nacional finalmente descartou essa possibilidade, em junho deste ano. Em campo, a seleção norueguesa, que conta com o jovem astro Erling Haaland, do Borussia Dortmund, não conseguiu se classificar.

O Catar, por sua vez, rejeita veementemente essa crítica, observando que reformou sua legislação trabalhista e estabeleceu um salário mínimo. Reconhecendo as reformas introduzidas, a Anistia Internacional no mês passado ao Catar para cessar os abusos contra trabalhadores imigrantes durante as obras para o evento.

A menos de um ano para o início da Copa do Mundo de 2022, o Catar inaugurou nesta terça-feira o estádio Al Bayt, que vai sediar o jogo de abertura do Mundial, em 21 de novembro do próximo ano. O local recebeu o confronto entre a seleção da casa e o Bahrein, pela Copa Árabe, considerado o grande evento-teste para a Copa de 2022.

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O Al Bayt está localizado a cerca de 50 quilômetros da capital Doha e tem capacidade para receber 60 mil pessoas. O estádio, cujo nome significa casa ou lar, contou com show de luzes e espetáculo de artes baseado na cultura árabe na cerimônia de abertura da competição regional, que será disputada até o dia 17 de dezembro.

A arena, que também receberá jogos das oitavas de final, quartas e uma semifinal, é uma das maiores da Copa de 2022. Em capacidade, só está atrás do estádio de Lusail, que vai receber a final e tem condições de receber até 80 mil torcedores. Entre oito estádios do Mundial, o Al Bayt é o sexto a ser inaugurado. E o sétimo também recebe sua primeira partida nesta terça, entre Emirados Árabes Unidos e Síria.

Trata-se do estádio 974, também chamado de Ras Abu Aboud. O número faz referência ao número de contêineres que integram a estrutura do local e também é o código telefônico do Catar. A arena pode receber até 40 mil pessoas e será lugar de jogos da fase de grupos e também das oitavas de final.

Antes destas duas arenas, os estádios Ahmed Bin Ali, Al Janoub, Education City e Internacional Khalifa já haviam sido inaugurados. Somente o Khalifa já existia antes de o Catar ser escolhido como sede da Copa de 2022. Os demais foram construídos nos últimos anos. O 974 será desmontado ao fim do Mundial.

Somente o estádio Lusail ainda não foi inaugurado. Sede da grande final da Copa, ele está em fase final de acabamento das obras. A expectativa é que receba seu primeiro jogo de futebol entre janeiro e março do próximo ano.

A Mercedes divulgou nesta sexta-feira (19) o capacete LGBTQIA+ que será usado pelo heptacampeão da Fórmula-1, Lewis Hamilton, durante todo o GP do Catar.

Com o preto e azul padrões de seu capacete predominantes, uma grande faixa de cores arco-íris colore a parte do topo da cabeça a quase o pescoço do piloto. Na parte de trás, a frase “We Stand Together”, “nós estamos juntos”, em tradução literal, está estampada.

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O capacete é em alusão a um pedido de possíveis violações de direitos humanos no país, que Hamilton clamou por investigações em entrevistas coletivas. No país do Oriente Médio, as pessoas LGBTQIA+ podem ser punidas até com a pena de morte, pois as suas relações são proibidas nas escrituras da religião mulçumana.

Será a primeira vez a Fórmula 1 irá ter um GP no Catar e Hamilton usou coletiva de imprensa em Doha para protestar sobre.

“Nós estamos cientes de que existem problemas nesses lugares para onde vamos. Mas é claro que o Catar parece ser considerado um dos piores nesta parte do mundo. Quando esportistas vão a esses lugares, eles têm a obrigação de chamar atenção para esses problemas. Esses lugares precisam de atenção, direitos iguais são uma questão séria”, afirmou.

Confira fotos do capacete que será usado por Hamilton:

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Catar é alvo de ativistas

O Catar vem sendo denunciado frequentemente por grupos de direitos humanos pela opressão a mulheres e grupos LGBQIA+, além das acusações de exploração de trabalhadores nos preparativos para a Copa do Mundo de 2022.

Outros atletas já chegaram a denunciar a causa. Em Março, Toni Kroos, atleta do Real Madrid, chegou a classificar como inaceitáveis as condições de trabalho que as pessoas estão sendo submetidas no país para construção das obras em prol da Copa.

Cinquenta trabalhadores migrantes morreram, e mais de 500 ficaram gravemente feridos no ano passado no Catar, durante as obras para sediar a Copa do Mundo de futebol de 2022 - informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta sexta-feira (19).

O rico emirado é, regularmente, criticado por ONGs internacionais pelo tratamento reservado às centenas de milhares de trabalhadores, em sua maioria procedentes da Ásia, nas grandes obras para a Copa do Mundo.

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De acordo com o relatório da agência das Nações Unidas, a maioria dos trabalhadores migrantes que faleceram em 2020 morreu em quedas, ou em acidentes de trânsito, principalmente no local de trabalho.

Além disso, 506 trabalhadores migrantes ficaram gravemente feridos em 2020, e outros 37.600 sofreram ferimentos leves, ou moderados.

A OIT, que constatou lacunas nos dados coletados, explicou que se baseou nas informações de instituições que nem sempre classificam os mortos e feridos no trabalho da mesma forma.

Os dados "não são coletados de forma sistemática", afirmou o diretor do escritório da agência da ONU no Catar, Max Tunon, em um comunicado.

O relatório preconiza a criação de uma "plataforma nacional" que reúna todos os dados.

"Temos que agir com urgência, porque, atrás de cada número, está um trabalhador e sua família", acrescentou Tunon.

"Outra recomendação importante é investigar melhor as causas das mortes que não são classificadas como relacionadas ao trabalho, mas que podem ser", disse Tunon.

O Catar elogiou a publicação do relatório e observou que reflete o compromisso do Catar de cooperar plenamente em relação aos direitos de seus trabalhadores.

"O Catar está estudando as recomendações do relatório e continuará a trabalhar com a OIT", ressaltou um porta-voz do governo.

Doha afirma ter feito muito para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores migrantes, que somam mais de dois milhões no país.

O emirado do Golfo anunciou várias reformas desde que conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo em 2010, incluindo a introdução de um salário mínimo e a possibilidade de mudar de empregador com mais facilidade.

Seus críticos afirmam, porém, que a implementação de tais reformas está muito atrasada.

Em fevereiro, Doha negou veementemente as informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian de que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Catar desde 2010. Recusa-se, no entanto, a divulgar o número exato destes óbitos.

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira (17), no Catar, última parada da viagem no Oriente Médio, após passar por Dubai e pelo Bahrein. A comitiva do líder brasileiro é composta por ministros, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos Eduardo e Flávio.

O presidente busca no Oriente Médio atrair investimentos  para o Brasil. A primeira-dama publicou os registros da última parada no Catar. 

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"Hoje chegamos ao Catar, nossa última etapa da viagem. Na Fundação Catar, reuni-me com a Sheikha Moza. Foi uma honra poder conhecer essa mulher que nos inspira com seu trabalho, resiliência e dedicação. Espero que seja o início de uma parceria para alinharmos futuras ações na área de educação para nossos jovens", escreveu.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a comitiva brasileira que viajou ao Oriente Médio chegaram à capital do Catar, Doha, nesta quarta-feira (17). Em um quarto de hotel luxuoso, o chefe do Executivo gravou um vídeo, publicado nas redes sociais, no qual aparece mostrando os detalhes da acomodação e afirma que todas as despesas são pagas pelo sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, Emir do país. A diária do hotel é estimada em R$ 40 mil. Segundo o líder brasileiro, serão discutidos o turismo, infraestrutura, energia e Amazônia.

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“Tive um encontro com autoridades locais e agora vim ao hotel. Não tenho o valor desse quarto aqui, mas os outros foram entre R$ 40 e R$ 50 mil. A exemplo dos outros locais, o custo para nós é zero, é tudo 0800. No passado, todos os apartamentos da nossa comitiva ficaram por conta das autoridades locais. Tudo foi oferecido gratuitamente pelo sheikh. A confiança voltou no Brasil, o que vendemos aqui é a verdade acima de tudo”, diz em vídeo.

Até a live da quinta-feira (18), Bolsonaro deve dar detalhes sobre a reunião. De acordo com o presidente, se trata de uma “viagem de sucesso”, e que trará “frutos positivos ao país”.

Motociata no Catar

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de uma 'motociata' assim que chegou em Doha, no Qatar, na manhã desta quarta-feira (17). Por medidas sanitárias, a imprensa local teve limitações para cobrir a passagem do líder latinoamericano.

“Motociclistas do Brasil, estou no Qatar. Fui convidado aqui [para] dar um passeio de moto na capital. Vou dar uma volta. Uns 30, 40 minutos e retornar”, disse em transmissão ao vivo nas redes sociais. “Uma febre. Aquilo que foi plantado no Brasil pelos motociclistas está pegando e vai pegar no mundo todo. Um abraço a todos. Se Deus quiser vai ser um passeio muito proveitoso aqui no Qatar”, afirmou.

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O presidente Jair Bolsonaro embarca, nesta sexta-feira (12), para uma viagem oficial ao Oriente Médio. Até o momento, três destinos estão previstos: Emirados Árabes, de 13 a 16 de novembro; Bahrein, entre os dias 16 e 17; e Catar, nos dias 17 e 18 de novembro. As agendas oficiais ainda não foram fechadas.

A ideia original é que Bolsonaro retorne a Brasília no dia 18 de novembro, mas o presidente considera a possibilidade de estender a viagem e visitar outra cidade da região, conforme apurou o Broadcast Político,, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com um auxiliar palaciano.

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Nos Emirados Árabes Unidos, o presidente vai comparecer à ExpoDubai, em busca de investimentos para o País. "É um encontro que interessa a chefes de Estado. Cada um vai vender seu peixe lá", afirmou Bolsonaro nesta terça-feira (9) a um apoiador em frente ao Palácio da Alvorada.

Já no Bahrein, a expectativa é que o presidente visite a embaixada brasileira sediada na capital Manama. O posto diplomático foi criado por meio de decreto assinado em 20 de outubro e deu início a um projeto do Itamaraty de expandir seu serviço no exterior.

Para o período no Catar, espera-se a assinatura de acordos bilaterais, mas os compromissos oficiais ainda estão em fase de negociação.

Poucas pessoas estão ouvindo, mas Said al-Burshaid não economiza entusiasmo em seu discurso para as primeiras eleições legislativas a serem realizadas no Catar, uma gota de democracia no deserto político deste rico país do Golfo, governado pela família Al-Thani.

"Nosso trabalho é informar o eleitor e educar o povo", diz o ator, que se tornou candidato nessas eleições, num complexo esportivo ao sul de Doha.

Dezenas de pessoas vestidas com a tradicional túnica branca o escutam, em silêncio, bebendo lentamente uma xícara de chá.

No dia 2 de outubro, os cidadãos do Catar vão eleger 30 dos 45 membros do Conselho da Shura, órgão legislativo sem muitas prerrogativas. Até agora, os membros da Shura eram indicados pelo emir, que concentra os poderes em um país onde os partidos políticos são literalmente proibidos.

Essas eleições constituem uma pequena e rara concessão de democracia em uma região especialmente relutante ao debate público. Mas não significa que uma nova página será aberta no Catar, segundo observadores.

A Shura pode propor leis, aprovar o orçamento e destituir um ministro, mas o emir ainda tem o direito de veto.

As eleições também fazem parte da campanha de sedução internacional realizada pelo emirado, alvo de críticas de organizações de direitos humanos, principalmente a um ano para a Copa do Mundo de futebol, que o emirado organiza.

Diante dos presentes, Said al-Burshaid mistura cuidadosamente os direitos dos trabalhadores e das mulheres com elogios ao emir, Tamim bin Hamad Al-Thani.

"Queremos que o sistema seja mais aberto e também falar de questões modernas", disse à AFP.

- "Aprendizado" -

As ruas do país estão repletas de cartazes eleitorais, mas a campanha de 14 dias é conduzida sem debate e não girou em torno de questões delicadas neste país autocrático e altamente conservador.

Dos 284 candidatos, apenas 28 são mulheres.

No comício de Said al-Burshaid, para cada mulher há cinco homens presentes. E entre eles, um cordão de veludo vermelho para separá-los.

"Não acho que o Catar alcançará nada em termos de leis ou reformas com essas eleições", diz Michael Stephens, pesquisador do Foreign Policy Research Institute.

Segundo fontes diplomáticas, famílias e tribos já organizaram eleições internas informais para decidir qual candidato apoiar. Além disso, os trabalhadores estrangeiros, que representam a maioria da população, não poderão votar.

Mas Nasser al-Kuwari, jovem eleitor, vê nestas eleições, apesar de tudo, "um avanço positivo e importante", e espera que o povo não se contente em eleger os candidatos "mais próximos de seu círculo familiar ou de amigos".

"Gostaria que pudéssemos escolher a pessoa certa para o lugar certo", comentou à AFP.

Para Danyel Reiche, professor de Ciência Política da Universidade de Georgetown, no Catar, é "um verdadeiro passo em direção à democracia que talvez não teria ocorrido sem a Copa do Mundo", que faz com que as câmeras do mundo se voltem para o emirado.

"O governo entendeu que era hora de ter um sistema democrático. Somos o segundo país no Golfo depois do Kuwait", disse à AFP um eleitor de 60 anos que não quis se identificar.

"Isso é aprendizado. Chegou a hora das pessoas se expressarem", completa.

O Kuwait é o único país da região com uma vida parlamentar relativamente ativa, com deputados eleitos nas urnas com poder real sobre os ministros. Mas a família governante, o clã Al-Sabah, ainda detém as chaves do poder.

O meia colombiano James Rodríguez foi anunciado nesta quarta-feira como novo reforço do Al-Rayyan, do Catar, após defender por pouco mais de um ano o Everton, da Inglaterra, clube em que teve passagem discreta sob o comando do técnico italiano Carlo Ancelotti.

O artilheiro da Copa do Mundo de 2014, que tem 30 anos, atuou em 26 partidas pelo time de Liverpool na temporada passada, em que marcou seis gols, mas ainda não havia entrado em campo na atual edição do Campeonato Inglês. O Everton está sob o comando agora do treinador espanhol Rafa Benítez.

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James Rodríguez deixa o futebol europeu 11 anos após desembarcar no Porto, onde despontou como jogador de alto nível. Depois disso, entre 2013 e 2014, o colombiano esteve no Monaco, da França.

Após uma temporada na equipe do Principado de Mônaco e com o sucesso no Mundial disputado no Brasil, o meia acertou com o Real Madrid, que defendeu por seis temporadas. O colombiano chegou a ser cedido por empréstimo ao Bayern de Munique, antes de ser contratado pelo Everton, sem custos, em setembro de 2020.

No Al-Rayyan, que disputa a primeira divisão do Campeonato Catariano, o colombiano terá como técnico o francês Laurent Blanc, que já comandou a seleção da França e o Paris Saint-Germain.

Tema recorrente do universo esportivo, o debate sobre a vacinação de atletas contra a covid-19 pode voltar a ganhar nos próximos meses. O governo do Catar quer que todos os jogadores convocados para a Copa do Mundo de 2022 estejam imunizados contra a doença. Nos bastidores, a Fifa tenta um acordo para não correr o risco de nenhum atleta acabar fora do torneio.

Segundo o site The Athletic, conversas entre as autoridades médicas do Catar e membros da entidade vêm sendo discutidas nas últimas semanas para que uma solução amigável seja encontrada, e afastar qualquer possibilidade de algum astro não ir ao mundial. Diferentes opções estão sendo discutidas, incluindo testes negativos a cada três dias. Os protocolos para a competição ainda não foram aprovados.

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Em junho, o primeiro-ministro do país afirmou que todos os torcedores que comparecerem ao torneio em novembro próximo ano terão que estar totalmente vacinados. A ideia é submeter os atletas às mesmas condições. O Catar tenta garantir mais um milhão de doses para imunizar os espectadores.

O Catar aplicou mais de 4,6 milhões de vacinas até o momento, cerca de 82% da população — uma das taxas mais altas do planeta. O primeiro grande teste do país acontece a partir do dia 30 de novembro, quando ocorre a Copa Árabe. O torneio será realizado como evento-teste para a Copa do Mundo.

Primeira grande competição pós-pandemia, os Jogos de Tóquio ficaram marcados pela decisão de alguns atletas de não se vacinarem contra a covid. Foi o caso do nadador Mathew Andrew, medalha de ouro e recordista no revezamento 4x100. Recentemente, a NBA anunciou que não vai exigir que atletas sejam imunizados contra a doença. A liga conta com 90% dos jogadores imunizados.

Onde vamos? Posso comer batatas? Essas perguntas banais são comuns no cotidiano incerto de dezenas de crianças afegãs que chegaram ao Catar, traumatizadas e sem pais depois que deixaram seu país.

Cerca de 200 crianças afegãs vivem há vários dias em Doha, em um centro de recepção colocado à sua disposição após serem retiradas de Cabul.

Lá, são protegidas de jornalistas e de todos os tipos de traficantes pela Qatar Charity, uma organização humanitária do emirado.

Enquanto as autoridades tentam resolver sua situação, crianças e adolescentes com entre 8 e 17 anos buscam estabelecer novas rotinas jogando futebol, praticando exercícios ou aprendendo artesanato.

"É muito difícil imaginar o trauma que essas crianças sofreram", explica um funcionário humanitário que pediu anonimato.

"Estão em estado de choque e de trauma semelhante ao que vemos em lugares como Iraque e Síria, entre aqueles que vieram de áreas" controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Pouco se sabe sobre como chegaram ali, ou qual será seu destino. A tomada do Afeganistão pelo Talibã desencadeou uma fuga desesperada de muitos que temiam um retorno ao regime islâmico tirânico de entre 1996 e 2001.

De acordo com o Unicef, a agência da ONU para a infância, cerca de 300 menores desacompanhados foram levados do Afeganistão para o Catar, Alemanha e outros países desde 14 de agosto.

Entre os recebidos em Doha, alguns não se lembram das circunstâncias de sua partida e outros fazem relatos contraditórios de como chegaram ao Catar.

- Caos e desespero -

Questionada sobre isso, a embaixada dos Estados Unidos em Doha não respondeu. Mas a partir dos depoimentos de alguns presentes na evacuação caótica é possível imaginar algumas respostas.

Um policial francês que estava no portão de entrada do aeroporto de Cabul se lembra de uma "mulher desesperada que lançou seu bebê pela cerca de arame em direção às forças especiais francesas que o recuperaram e entregaram a médicos americanos".

"O bebê foi cuidado e levado para Doha. Ele ainda mama. A mãe desapareceu na multidão", continua.

O agente se lembra de mais uma imagem. "Um homem veio com três crianças que disse serem seus filhos. Mas eram órfãos, e ele provavelmente as usou para entrar, e elas também foram evacuadas".

"Histórias como essa refletem o caos. Fazem parte da história desse fiasco", acrescenta.

A Qatar Charity e outras agências cuidam do grupo, que é formado principalmente por crianças com entre 8 e 17 anos.

Nos alojamentos, aos quais a AFP não teve acesso, as organizações os dividem por idade e por grupo familiar se chegaram juntos. Tanto quanto possível, também tentam manter as amizades criadas durante essa jornada.

- "Chegará sua vez" -

"Se apegam a outras crianças muito rapidamente. Sentem as coisas mais intensamente do que qualquer outra pessoa", diz Fatima-Zahra Bakkari, responsável da ONG.

Ela explica o caso de dois meninos de 12 e 13 anos que se tornaram inseparáveis em menos de uma semana. Quando o mais velho soube que logo partiria, decidiu não dormir no mesmo quarto que o amigo para se acostumar a não se verem mais.

"Todos nós choramos muito", admite Bakkari sobre os voluntários da ONG. Mas "também rimos muito" quando, por exemplo, as crianças se levantam à noite para roubar sacos de batatas.

Apesar desses momentos infantis, a situação é grave e o futuro incerto.

"Dizemos a eles que chegará sua vez. Mas não sabemos quando", reconhece Bakkari.

De acordo com a diretora do Unicef, Henrietta Foe, as crianças separadas de seus pais estão "entre as mais vulneráveis do mundo".

"É vital que sejam identificadas rapidamente e mantidas em segurança durante o processo de localização e reunião familiar", comentou.

No Catar, contam com teto, assistência física e psicológica e alimentação. "Depois vem a parte delicada", reconhece o funcionário que pediu anonimato.

"O cenário ideal é encontrarmos um parente de primeiro grau. Uma avó, um tio, uma tia... Mas muitas vezes não conseguimos", lamenta.

A Qatar Charity criou uma linha telefônica para as crianças ligarem. Mas alguns não têm a quem telefonar.

Para eles, será preciso buscar um plano de longo prazo, encontrar um lugar onde possam continuar o curso de suas vidas e crescer em uma comunidade segura para "se tornarem um adulto normal".

A Associação Sueca de Futebol (SvFF, na sigla em sueco) cancelou nesta quarta-feira um período de treinamentos que a seleção masculina da Suécia faria em janeiro do próximo ano no Catar, devido à pressão dos clubes do país europeu devido ao desrespeito aos direitos humanos na sede da Copa do Mundo de 2022.

O anúncio da suspensão do período de atividades no território catariano foi feito apenas um dia depois que a entidade divulgou a programação da seleção nacional para o início do próximo ano.

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O objetivo da federação, segundo afirmou o secretário-geral Hakan Sjöstrand, era aproveitar a oportunidade

esportiva e também buscar influenciar na questão dos direitos humanos no Catar. O presidente do AIK, Robert Falck, um dos principais clubes da elite do futebol sueco, classificou a ideia como "estupidez".

A Associação de Clubes Profissionais da Suécia, que reúne os 32 participantes da primeira e segunda divisões do país, manifestou repúdio à decisão de levar a seleção para um período no Catar por conta própria.

O presidente da entidade, Jens T. Andersson, destacou que no emirado, segundo um relatório apresentado por várias ONGs meses atrás, morreram 6,5 mil operários estrangeiros durante a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2022.

O debate sobre os direitos humanos no Catar acontece desde o anúncio do país como sede da competição. Recentemente, na Noruega, foi debatida a possibilidade de um boicote ao Mundial, ideia que acabou sendo descartada posteriormente.

O Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar, divulgou nesta quarta-feira um novo balanço dos preparativos para o torneio. A 600 dias para o início da competição, o país do Oriente Médio afirma que dos oito estádios previstos, cinco estão prontos e mais dois serão inaugurados ainda neste ano. A obra final será entregue até o início do ano que vem. O Mundial tem o jogo de abertura marcado para 21 de novembro.

O último estádio a ficar pronto será o principal palco do torneio. O Lusail terá capacidade para receber 80 mil pessoas e vai receber a abertura e a grande decisão, marcada para 18 de dezembro. Segundo o Comitê Organizador, a obra agora passa por reparos internos de acabamento, pela construção de dutos de água gelada e finalização da estrutura do ar condicionado.

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O governo garante que terminou as obras de transporte para viabilizar a Copa. Rodovias e um novo sistema de metrô para interligar os estádios já estão em funcionamento. As oito arenas do Mundial ficarão a uma distância de menos de 25 km do centro da capital do país, Doha. A proposta dos organizadores é que a torcida possa se deslocar de uma arena a outra de transporte público e aproveitar a curta distância para poder até mesmo acompanhar mais de um jogo por dia.

Dos oito estádios da Copa, quatro até já receberam partidas. O Mundial de Clubes da Fifa, realizado em fevereiro, teve partidas nos estádios Education City e Ahmed bin Ali. Na edição anterior do torneio, em 2019, o Khalifa foi o palco principal. A organização promete ter sete estádios prontos até o fim deste ano para realizar o grande evento teste para o Mundial.

Após a Fifa avisar que não vai mais realizar a Copa das Confederações, o Catar decidiu procurar um outro grande torneio de seleções para testar a estrutura do país. A inédita Copa Árabe vai reunir 22 países e será disputada em sete arenas. A competição vai reunir países do Oriente Médio e de parte da África.

Um dos destaques do torneio será o estádio Ras Abu Aboud. Será a primeira vez que uma Copa será disputada em uma arena desmontável. O estádio está na fase final de construção e após o Mundial, será desconstruído. Partes da antiga arena vão virar estruturas esportivas, que serão doadas para outros países vizinhos.

Em entrevista ao Estadão em dezembro, a diretora do Supremo Comitê para Entrega e Legado do Catar, Fatma Al Nuaimi, garantiu que o Catar não teria o problema de os estádios não serem utilizados após o torneio. "Tudo está em um nível de avanço que nenhuma outra sede anterior da Copa conseguiu atingir a dois anos antes do torneio", garantiu.

O meia alemão Toni Kroos classificou nesta quarta-feira como "inaceitáveis" as condições de trabalho em vigor no Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, considerando que estas não defendem a segurança dos trabalhadores.

"Os imigrantes são submetidos a jornadas de trabalho contínuas, sob temperaturas de 50ºC, não são alimentados de forma digna e não têm acesso a água potável", afirmou o jogador do Real Madrid, em um podcast conjunto com o seu irmão Félix, que relatou ainda que os trabalhadores não têm as condições de segurança mínimas, nem acesso a cuidados médicos, considerando que a decisão de realizar o Mundial no Catar "não foi boa".

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Kroos ressaltou ainda que no país do Oriente Médio a homossexualidade é punida legalmente e denuncia a prática de "uma certa violência" sobre os trabalhadores. "Tudo isso é absolutamente inaceitável", considerou o alemão, manifestando a esperança de que o futebol possa chamar a atenção para esses problemas.

Em fevereiro, o jornal britânico The Guardian revelou que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Catar, desde a escolha da Fifa, em 2010, para o país ser sede da Copa do Mundo de 2022.

No último dia 24, em uma partida contra Gibraltar, pelas Eliminatórias do Mundial, os jogadores da seleção da Noruega usaram camisetas com a inscrição "direitos humanos dentro e fora do campo" na entrada em campo para denunciarem a situação dos trabalhadores migrantes no país anfitrião do evento. Um dia depois, a Alemanha repetiu o gesto no jogo contra a Islândia.

A Associação Norueguesa de Futebol e seus clubes filiados podem decidir pelo apoio ao boicote da seleção do país à Copa do Mundo de 2022, no Catar. Em 20 de junho, um novo congresso colocará o tema novamente sob avaliação. A ideia do boicote é motivada pelas mais recentes notícias sobre o crescente número de trabalhadores mortos em obras de estádios e infraestrutura para a competição. De acordo com publicação do jornal inglês The Guardian, 6,5 mil imigrantes morreram em construções do país do Oriente Médio.

No início de março, os clubes fizeram uma primeira votação sobre o assunto. No entanto, apesar dos 202 votos favoráveis ao boicote, o veto do Rosenborg, um dos principais clubes do país nórdico, impediu que o projeto avançasse e fosse posto em prática. Nesta nova reunião, porém, 146 votos já serão suficientes para sua aplicação.

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Terje Svendsen, presidente da Associação Norueguesa, duvida dos resultados práticos da decisão. Há um receio sobre retaliações futuras por parte da Fifa e da Uefa, impedindo que a Noruega possa disputar competições e buscar vaga na Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.

As Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo do Catar começam no próximo dia 24 de março. Os primeiros compromissos da Noruega são diante de Gibraltar (fora de casa), Turquia (em casa) e Montenegro (fora de casa). O Grupo G também é composto por Holanda e Letônia.

Os noruegueses não jogam uma competição relevante desde 2000, quando participaram da Eurocopa, disputada na Bélgica e na Holanda. O país nórdico também esteve em três Copas do Mundo: 1938, 1994 e 1998, quando enfrentou e venceu por 2 a 1 a seleção brasileira na primeira fase. O Brasil nunca venceu a Noruega, seja em amistosos ou competições oficiais. Ao todo, são quatro confrontos, com dois empates e duas vitórias.

A Noruega hoje conta com estrelas ascendentes do futebol, como Martin Odegaard, que pertence ao Real Madrid e está emprestado ao Arsenal, e Erling Haaland, do Borussia Dortmund, e alimentava a expectativa de voltar à Eurocopa em 2021, mas a seleção foi derrotada nos playoffs pela Sérvia.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta terça-feira que as seleções do Catar e da Austrália, convidadas da organização, não poderão mais participar da Copa América, que será realizada em conjunto por Colômbia e Argentina em 11 de junho e 11 de julho deste ano. O motivo alegado foi problema com o calendário dos dois países, que fazem parte da Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês).

Gonzalo Belloso, diretor de desenvolvimento da Conmebol, revelou que a Confederação Asiática programou compromissos das duas seleções para as mesmas datas da Copa América. "Não poderão mais vir (para a América do Sul)", disse o dirigente.

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Na semana passada, a Fifa anunciou que 16 partidas das Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022 e da Copa da Ásia de 2023 foram reprogramadas de março para junho deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Apenas quatro serão realizadas no próximo mês.

De acordo com a Conmebol, não haverá substituição na Copa América. A Austrália integrava o Grupo A, com sede na Argentina, junto com os anfitriões, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O Catar está no B, na Colômbia, com a seleção local, Brasil, Equador, Venezuela e Peru.

Com a saída dos países convidados, as seleções sul-americanas terão uma rodada livre na fase de classificação. As quatro primeiras colocadas de cada grupo avançam às quartas de final e a competição segue no mata-mata até a decisão em 11 de julho.

Belloso afirmou ainda que a Conmebol trabalha para que os estádios possam receber torcedores em até 30% de suas capacidades. "A ideia é que se posso jogar com um porcentagem de público nos estádios", informou o dirigente, que ressaltou que a última palavra sobre o assunto será dada pelas autoridades sanitárias dos países anfitriões.

Apesar das rígidas regras em relação ao consumo de álcool no Catar, bebidas alcoólicas estarão disponíveis nos camarotes dos estádios da Copa do Mundo de 2022. O consumo, no entanto, não estará disponível para todos. Apenas torcedores que tenham ingressos chamados "hospitalidade" serão liberados para tal regalia. Isso foi o que informou a fornecedora oficial dos bilhetes para o Mundial nesta segunda-feira.

"Esperamos que as pessoas possam (beber) sem problemas", disse Jaime Byrom, presidente da Match Hospitality, ao anunciar o lançamento de ofertas para o torneio de futebol. "Antecipamos ser capazes de servir álcool em nosso programa de hospitalidade", acrescentou.

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A discussão sobre a disponibilidade ou não de álcool nos estádios para a Copa do Mundo do Catar acontece desde que o país obteve a concessão para sediar o evento, em 2010. Isso porque em Doha o consumo de álcool em lugares públicos é proibido e apenas locais específicos, como hotéis de luxo e restaurantes, servem bebidas.

A empresa ainda disse que irá propor "uma seleção de champanhe, sommeliers, vinhos e licores de qualidade" no camarote Pearl Lounge, localizado no estádio Lusail, que sediará a partida de abertura e a final da Copa do Mundo. O preço do serviço ainda não foi divulgado. No Catar, embriagar-se em público é crime e o preço da bebida alcoólica, onde pode-se vender, é alto. Meio litro de cerveja, por exemplo, custa mais de US$ 15 (R$ 82) e uma taça de vinho cerca de US$ 20 (R$ 110).

TESTE NO ÚLTIMO MUNDIAL DE CLUBES - Durante a realização do Mundial de Clubes, em 2019, a Fifa criou uma "fan zone", onde torcedores foram autorizados a consumir bebidas alcoólicas na zona nos arredores de Doha. Naquela ocasião, uma cerveja custava cerca de US$ 7 (R$ 38).

Hassan al-Thawadi, secretário-geral do Comitê Organizador Supremo da Copa do Mundo, declarou que o álcool "não faz parte da nossa cultura, mas a hospitalidade sim". Não haverá "fan zone" durante a Copa do Mundo de Clubes deste ano, que começa nesta quinta-feira, devido a medidas preventivas estritas contra covid-19.

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