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Um estudo realizado pela empresa Keller Sports afirma que os ingressos para a Copa do Mundo do Catar são os mais caros da história do Mundial. Os valores custam cerca de 40% a mais em comparação aos vendidos para a edição de 2018, realizada na Rússia.

Naquele ano, os torcedores pagaram uma média de 214 libras (R$ 1,3 mil) por cadeira. Neste ano, a média aumentou em 72 libras, subindo para 286 libras (R$ 1,8 mil). Caso queira ir à final do torneio, o torcedor terá que desembolsar em torno de 684 libras (R$ 4,4 mil).

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“A Copa do Mundo no Catar já é considerada a Copa do Mundo mais cara de todos os tempos. A construção de seis novos estádios e a reforma completa de outras duas arenas no país teriam custado cerca de 3 bilhões de dólares”, afirma o estudo da empresa alemã.

Cerveja mais cara da história das Copas

O torcedor que viajar para o Catar e quiser consumir cerveja, terá que ir disposto a pagar caro por isso. O Mundial deste ano também terá a cerveja mais cara da história do torneio, custando 14 dólares (aproximadamente R$ 73) o copo de meio litro. O valor dobrou em relação à Copa de 2018, quando se cobrava 6 dólares (cerca de R$ 21 à época).

Pela primeira vez na história das Copas do Mundo, o consumo de cerveja será proibido nos estádios, com exceção dos camarotes. Os torcedores terão uma série de restrições para o consumo das bebidas alcoólicas.

As vendas terão início após a abertura dos portões (três horas antes do início dos jogos) e serão interrompidas a 40 minutos do início das partidas. Com o fim do jogo, as vendas retornam por uma hora. Além disso, haverá lugares designados para o consumo dessas bebidas.

  O jornalista Matias Pellicionni estava ao vivo no canal TyC Sports entrevistando torcedores da Argentina, quando, de repente, eles começaram a cantar uma música cuja letra contém insinuações racistas e homofóbicas. 

Atacando diretamente os atletas franceses, os torcedores iniciam cantando que “os jogadores jogam pela França, mas são todos de Angola”. Em seguida, se referem, de maneira homofóbica, ao que seria um caso do atacante Mbappé com a modelo trans Ines Rau. 

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Por fim, finalizam a canção entoando: "sua mãe é nigeriana, seu pai é camaronês, mas no seu documento a nacionalidade é francês". As imagens também mostram a reação negativa dos jornalistas que apresentam o programa diretamente do estúdio.  Recentemente, outro argentino gerou bastante polêmica ao fazer comentários sobre a Copa do Mundo.

O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou que a Alemanha é uma das favoritas ao título mundial por serem de uma "raça superior". "A Alemanha nunca pode ser descartada, porque é uma raça superior, sempre jogam até o final", afirmou.

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A Copa do Mundo terá início no próximo domingo (20), às 13h, no duelo entre Catar e Equador. O tão aguardado torneio que acontece de quatro em quatro anos reúne jogadores que vêm de diferentes partes do mundo. Com isso, a reportagem do LeiaJá preparou uma lista com o ranking dos clubes que mais cederam atletas para o Mundial deste ano.

Em primeiríssimo lugar, temos o Bayern de Munique, isolado com 17 convocações. Manchester City e Barcelona aparecem logo em seguida, com 16 cada. Na quarta colocação, aquilo que pode ser a grande surpresa da lista. O Al-Sadd, clube do Catar, apresenta 15 convocações, passando na frente de gigantes como Manchester United, com 14, e Real Madrid, com 13.

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Na sétima posição, o Chelsea aparece empatado com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, ambos com 12 jogadores cedidos. A partir daí uma longa sequência com Tottenham, Paris Saint-Germain, Juventus, Borussia Dortmund, Atlético de Madrid e Ajax, todos com 11 convocações cada.

Dentro do Brasil, o Flamengo ficou na frente e teve quatro jogadores convocados: Éverton Ribeiro e Pedro pela seleção brasileira; Arrascaeta e Varela pela seleção uruguaia. Athletico-PR, Palmeiras e São Paulo cederam Canobbio (Uruguai), Weverton (Brasil) e Arboleda (Equador), respectivamente.

A Real Associação Neerlandesa de Futebol anunciou nesta segunda-feira (14) que irá leiloar as camisas da seleção holandesa utilizadas nos jogos da Copa do Mundo. A receita total do leilão beneficiará a situação dos trabalhadores migrantes do Catar.

O leilão terá início após o apito inicial da primeira partida da seleção holandesa no Mundial, diante de Senegal, na próxima segunda-feira (21). As camisas serão oferecidas no link: MatchWornShirt.com.

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O dinheiro arrecadado será utilizado para proteger os direitos de trabalhadores migrantes no Catar, investindo em “assistência jurídica e desenvolvimento pessoal dos trabalhadores". Atividades sociais, como o futebol, também serão financiadas pelos recursos.

"A realização do torneio teve um impacto muito grande sobre os trabalhadores migrantes no Catar. Isso não escapou à atenção de ninguém. Eles trabalharam com condições muito difíceis nos estádios e em acomodação em hotéis. E está claro para todos que essas condições realmente precisam ser melhoradas", afirmou Virgil van Dijk, zagueiro e capitão holandês.

Na quinta-feira (17), os jogadores convocados por Louis van Gaal vão se reunir com cerca de vinte trabalhadores imigrantes em Doha, capital do Catar. Com isso, os holandeses esperam gerar uma atenção maior para a situação trabalhista dos imigrantes no país.

A Copa do Mundo só começa oficialmente no dia 20 de novembro, mas o Catar, país sede do torneio, já se encontra no clima do torneio. Isso porque um grupo de indianos torcedores da seleção brasileira viralizou ao tomar as ruas do país enquanto manifestava apoio aos brasileiros.

No vídeo, que já ultrapassou 1 milhão de visualizações, é possível ver alguns torcedores com camisas de diferentes países, como Argentina e Alemanha. O Catar possui cerca de 90% da sua população composta por estrangeiros, sendo que muitos vêm de países com pouca tradição no futebol, fazendo com que entusiastas do esporte se apaixonem por times e seleções de diferentes lugares do mundo.

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Por se tratar de uma Copa do Mundo sediada em um país localizado no continente asiático, é natural que torcedores de países situados próximos ao Catar tenham mais facilidade para acompanhar o Mundial de forma presencial.

No Grupo G, o Brasil estreia no dia 24, diante da Sérvia. Encara a Suíça quatro dias depois, e finaliza a fase de grupos enfrentando Camarões no dia 2 de dezembro.

Tendo início no dia 20 de novembro, a Copa do Mundo do Catar terá seus 64 jogos disputados em oito estádios, sendo sete deles construídos especialmente para o torneio. O Mundial deste ano será o mais compacto da história, visto que apenas 70km separam os estádios mais distantes um do outro.

Os empreendimentos possuem diferentes significados que remetem à cultura do país do Oriente Médio. Confira os oitos palcos que receberão as maiores estrelas do futebol mundial, a partir de 20 de novembro.

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Estádio Al Bayt

O formato do estádio remete às Bayt al Sha'ar, tendas utilizadas pelos povos nômades do país. Com capacidade para até 60 mil torcedores, será o palco da partida de abertura disputada entre Catar e Equador.

20/11 - Qatar x Equador

23/11 - Marrocos x Croácia 

25/11 - Inglaterra x Estados Unidos

27/11 - Espanha x Alemanha

29/11 - Holanda x Qatar

01/12 - Costa Rica x Alemanha

04/12 - Oitavas de final

10/12 - Quartas de final

14/12 - Semifinal

Estádio Khalifa International

Construído em 1976, é o único estádio que não foi erguido especialmente para a Copa do Mundo, porém foi amplamente reformado. Possui dois grandes arcos que representam o abraço dos torcedores e tem capacidade para receber 40 mil pessoas.

21/11 - Inglaterra x Irã

23/11 - Alemanha x Japão

25/11 - Holanda x Equador

27/11 - Croácia x Canadá

29/11 - Equador x Senegal

01/12 - Japão x Espanha

03/12 - Oitavas de final

17/12 - Disputa de 3º lugar

Estádio Al Thumama

Com o nome fazendo referência a uma árvore bastante encontrada na região, o estádio homenageia a "gahfiya", chapéu tradicional da região catariana. Podendo receber 40 mil torcedores, terá metade da sua capacidade reduzida ao fim do Mundial para dar lugar a um luxuoso hotel de 60 quartos – todos voltados para o campo. 

21/11 - Senegal x Holanda

23/11 - Espanha x Costa Rica

25/11 - Qatar x Senegal

27/11 - Bélgica x Marrocos

29/11 - Irã x Estados Unidos

01/12 - Canadá x Marrocos 

04/12 - Oitavas de final

10/12 - Quartas de final

Estádio Ahmad Bin Ali

Localizado próximo ao deserto, busca representar a família, a fauna e flora, o deserto, e o comércio local e internacional. Comporta até 40 mil pessoas, mas também terá sua capacidade reduzida pela metade ao final da Copa do Mundo.

21/11 - Estados Unidos x País de Gales

23/11 - Bélgica x Canadá

25/11 - País de Gales x Irã

27/11 - Japão x Costa Rica

29/11 - País de Gales x Inglaterra

01/12 - Croácia x Bélgica

03/12 - Oitavas de final

Estádio Lusail Stadium

O estádio que será palco da final da Copa do Mundo receberá a seleção brasileira pelo menos duas vezes, durante a fase de grupos. Fazendo referência às tigelas, vasos e peças de arte da cultura árabe, o Lusail tem capacidade para receber até 80 mil pessoas. Entretanto, será transformado em um centro comunitário após o torneio.

22/11 - Argentina x Arábia Saudita

24/11 - Brasil x Sérvia

26/11 - Argentina x México

28/11 - Portugal x Uruguai

30/11 - Arábia Saudita x México

02/12 - Camarões x Brasil

06/12 - Oitavas de final

09/12 - Quartas de final

13/12 - Semifinal

18/12 - Final

Estádio 974

Construído utilizando 974 contêineres, possui assentos removíveis e foi feito em homenagem ao comércio internacional. Podendo receber até 40 mil torcedores, será, de forma inédita em uma Copa do Mundo, totalmente desmontado após o final do torneio.

22/11 - México x Polônia

24/11 - Portugal x Gana

26/11 - França x Dinamarca

28/11 - Brasil x Suíça

30/11 - Polônia x Argentina

02/12 - Sérvia x Suíça

05/12 - Oitavas de final

Estádio Education City

Localizado em meio a várias universidades, apresenta formas que lembram diamantes em sua fachada. Possui áreas verdes no seu interior e capacita até 40 mil torcedores, diminuindo para 25 mil após o final do torneio.

22/11 - Dinamarca x Tunísia

24/11 - Uruguai x Coreia do Sul

26/11 - Polônia x Arábia Saudita 

28/11 - Coreia do Sul x Gana

30/11 - Tunísia x França

02/12 - Coreia do Sul x Portugal

06/12 - Oitavas de final

09/12 - Quartas de final

Estádio Al Janoub

A obra homenageia um dos grandes símbolos do Catar: os tradicionais barcos de pesca de pérolas, chamados de "dhow". Possui capacidade para 40 mil torcedores.

22/11 - França x Austrália 

24/11 - Suíça x Camarões

26/11 - Tunísia x Austrália

28/11 - Camarões x Sérvia

30/11 - Austrália x Dinamarca

02/12 - Gana x Uruguai

05/12 - Oitavas de final

Fotos: Fifa

O meia do Bayern de Munique Leon Goretzka criticou as declarações de Khalid Salman, embaixador da Copa do Mundo do Catar. Em entrevista à emissora alemã ZDF, Khalid chegou a afirmar que a homossexualidade é um "transtorno mental". A seleção alemã vai anunciar sua convocação para o torneio nesta quinta-feira (10), com a presença de Goretzka praticamente certa.

“É muito opressivo. Isso dá uma imagem humana de outro milênio, não é o que defendemos e o que damos como exemplo. É absolutamente inaceitável fazer tal declaração”, disse Goretzka.

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O dirigente catariano também afirmou que os turistas que forem ao Catar vão ter que se adaptar às regras do país durante a Copa do Mundo. "Eles têm que aceitar as nossas regras aqui. Isso [homossexualidade] é 'haram' [pecado no Islã]. É 'haram' porque é danoso para a mente", disse.

Em julho deste ano, uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov indicou que 48% da população alemã é contrária à ida da sua seleção para a Copa do Mundo no Catar. Os principais motivos estão relacionados aos problemas de direitos humanos encontrados no país do Oriente Médio.

A menos de um mês para o início da Copa do Mundo, os jogadores da seleção da Austrália aumentaram a pressão sobre o governo do Catar quanto aos direitos humanos. Em vídeo divulgado nesta quinta-feira, atletas da equipe, que estará no Mundial, cobraram maior atenção do país aos direitos dos trabalhadores imigrantes e à liberdade do movimento LGBT+.

"Há valores universais que deveriam definir o futebol, valores como respeito, dignidade, confiança. Quando representamos nossa nação, desejamos encarnar esses valores", declarou o goleiro Matt Ryan, capitão da seleção australiana.

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O jogador avisou que o elenco australiano vem acompanhando o noticiário sobre o tema e também os especialistas ligados a questão dos direitos humanos. "Nos últimos dois anos, estivemos numa jornada para entender e aprender mais sobre a situação no Catar", afirmou o goleiro.

"Não somos especialistas, mas temos ouvido de grupos, como a Anistia Internacional, Fifa, Comitê Supremo, Organização Internacional do Trabalho, FifPro e, o mais importante os trabalhadores imigrantes do Catar", declarou o atacante Mitchell Duke, no mesmo vídeo.

Para os australianos, o país-sede da Copa do Mundo deste ano precisa fazer mais para atender às demandas básicas de direitos humanos. "Ao mesmo tempo em que as reformas no Catar são um passo importante e bem-vindo, a sua implementação segue inconsistente e exige melhorias", afirmou o goleiro Mitchell Langerak.

Já o meia Denis Genreau citou especificamente a questão dos direitos das pessoas LGBT+. "No Qatar, as pessoas não são livres para amar a pessoa que escolham. Abordar essas questões não é fácil, e não temos todas as respostas", disse o jogador.

O vídeo foi publicado nas redes sociais da seleção australiana poucas horas depois de a federação de futebol do país emitir comunicado sobre os mesmos temas.

"Sendo o esporte mais multicultural, diverso e inclusivo em nosso país, acreditamos que todos devem se sentir seguros e ser autênticos. Embora reconheçamos os mais altos níveis de garantias dados pelo Emir do Catar e pelo presidente da Fifa de que os fãs LGBTI+ serão recebidos com segurança no Catar, esperamos que essa abertura possa continuar para além do torneio", escreveu a federação, em comunicado.

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O ativista Peter Tatchell afirmou ter sido detido nesta terça-feira (25) após ter realizado um protesto pela causa LGBTQIA+ em frente ao Museu Nacional do Catar. Tatchell vestia uma camiseta com a hashtag #QatarAntiGay e afirmou que a polícia de Doha o manteve detido por 49 minutos.

Acompanhado de um colega, o ativista segurava um cartaz com os dizeres: "Catar detém, prende e submete LGBTS à 'conversão'. A polícia apreendeu o cartaz e fotografou o passaporte de Peter. Antes da Copa de 2018, na Rússia, Tatchell chegou a ser preso por protestar pela mesma causa.

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“Fotos e vídeos do protesto em um celular foram apagados pela polícia e os detidos não foram autorizados a sair. Fomos interrogados sobre nossa viagem. Então nos disseram que deveríamos estar em nosso voo para Sydney”, afirmou o ativista, através de uma nota em suas redes sociais.

“É uma pena que o governo do Catar esteja tentando desviar a atenção de seus diabólicos abusos dos direitos humanos, deturpando um manifestante pacífico”, completou.

A embaixada do Catar em Londres disse à Sky News que o australiano não foi preso. "Os rumores nas mídias sociais de que um representante da 'Fundação Peter Tatchell' foi preso no Catar são completamente falsos", afirmou o Gabinete de Comunicação do Governo do Catar.

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Rival do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo, a seleção da Suíça ganhou uma preocupação para o Mundial. O goleiro Yann Sommer, uma das referências da equipe europeia, se machucou e não tem previsão exata de retorno, segundo o seu clube, o Borussia Mönchengladbach.

De acordo com o time alemão, Sommer sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo na partida contra o Darmstadt, na terça-feira, pela Copa da Alemanha. Ele se machucou logo aos quatro minutos do primeiro tempo ao pisar no chão de mal jeito, após saltar para defender uma bola aérea.

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Sommer até tentou seguir no jogo, mas acabou desistindo aos 13 minutos da partida, quando foi substituído. Em comunicado, o Borussia não apontou uma estimativa de data para o retorno do atleta e disse não contar com o jogador no "futuro próximo".

A lesão se torna uma preocupação para a seleção suíça porque falta um mês para o início da Copa do Mundo. O Mundial do Catar começa no dia 20 de novembro e o time suíço estreará quatro dias depois, contra Camarões. No dia 28, os europeus vão enfrentar o Brasil, pela segunda rodada do Grupo G.

A seleção de Portugal sofreu mais uma baixa para a Copa do Mundo do Catar. Faltando praticamente um mês para o início do Mundial, o time europeu perdeu o atacante Diogo Jota, do Liverpool. Ele se machucou no clássico inglês com o Manchester City, no domingo, e só deve voltar aos gramados no fim do ano.

O técnico Jürgen Klopp confirmou nesta terça-feira que o jogador ficará afastado por "um longo tempo". De acordo com o treinador do Liverpool, Jota sofreu uma lesão na panturrilha na partida do fim de semana, em rodada do Campeonato Inglês. O português precisou deixar o gramado de maca, nos acréscimos do confronto.

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"Ele ficará fora por um longo tempo. Estamos falando de meses, ainda vamos ver (o tempo exato)", revelou Klopp. "Ele sabia da gravidade assim que deixou o gramado. E percebeu como isso afetaria seu sonho de disputar a Copa do Mundo", lamentou o treinador do Liverpool.

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Diogo Jota era cotado para ser titular do time português no Mundial do Catar, que começa no dia 20 de novembro. A baixa se soma a Pedro Neto, outro atacante, que virou desfalque para a Copa no início deste mês devido a uma lesão no tornozelo. Neto deve passar por cirurgia.

No Grupo H da Copa, Portugal vai estrear no dia 24 de novembro contra a seleção de Gana. Depois enfrentará Coreia do Sul e Uruguai.

A seleção de Portugal sofreu sua primeira baixa para a Copa do Mundo do Catar, que começa em 20 de novembro. Nesta sexta-feira, o atacante Pedro Neto teve confirmada uma cirurgia no tornozelo após lesão sofrida em jogo do Wolverhampton, seu time, que disputa o Campeonato Inglês.

O problema físico foi confirmado pelo clube. "Após maior avaliação e a consulta a um especialista nesta semana, estamos planejando uma cirurgia para ele", informou o time inglês. "Isso significa que, infelizmente, ele não terá condições de jogar a Copa do Mundo."

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Pedro Neto rompeu ligamento do tornozelo na partida contra o West Ham, no fim de semana, em partida do Inglês. O jogador é titular da equipe inglesa e virou uma das apostas para a renovação do ataque da seleção portuguesa, liderada por Cristiano Ronaldo nos últimos anos. O veterano, de 37 anos, deve disputar sua última Copa da carreira neste ano.

Aos 22 anos, Pedro Neto disputou duas partidas das Eliminatórias da Copa no ano passado. Ele marcou seu primeiro gol logo em sua estreia, em novembro de 2020, num amistoso com Andorra.

Depois ficou afastado da seleção porque sofreu grave lesão no joelho, problema que o tirou de combate por nove meses no ano passado. Seu retorno aconteceu em janeiro. Desde então, vinha sendo titular absoluto do Wolverhampton, embora sem o mesmo brilho de 2020.

A equipe de Portugal está no Grupo H do Mundial do Catar. A estreia está marcada para 24 de novembro, contra Gana. Os demais rivais na chave são Uruguai e Coreia do Sul.

Se o desafio de todo colecionador é completar o álbum, na Argentina, nesta reta final para a Copa do Mundo do Catar, surgiu uma nova missão: conseguir figurinhas em meio à profunda escassez de pacotinhos, chegando ao ponto de o governo tratar o problema como uma questão de Estado.

A escassez, motorizada pela incomum demanda, produz distorções, gerando um mercado paralelo de figurinhas em coincidente sintonia com o mercado não oficial do dólar e levando os argentinos a contarem com os preços mais elevados da América Latina, apesar de terem, neste momento, um dos salários de menor poder aquisitivo da região, quando medidos na moeda dos Estados Unidos.

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O estudante Bautista Dobarro, de 14 anos, morador de Olivos, município de classe média e alta da periferia de Buenos Aires, percorre os "quiosques" ao redor da sua casa e do colégio numa frustrante peregrinação diária. "É muito difícil conseguir figurinhas. Quando encontro um quiosque que tenha, vendem mais caro e limitam a quantidade de pacotinhos por pessoa, em até cinco. O grande desafio é conseguir figurinhas", descreve ao Estadão enquanto percorre mais quiosques.

Na Argentina, a principal venda de figurinhas é por meio dos chamados "quiosques" (kioscos). São lojinhas de conveniência espalhadas por quase todos os quarteirões das cidades do país. "Não, não tenho. Há muito tempo que não recebo figurinhas da Panini", diz um dos quiosqueiros por onde Bautista passa junto com a reportagem. "Cerca de 50 crianças e adultos por hora me perguntam se tenho figurinhas", responde outro.

De repente, como um oásis no deserto, a resposta é positiva. "Sim, acabamos de receber. Viva!", festeja a dona de um quiosque em cuja porta diz claramente: "Não há figurinhas nem álbum do Mundial do Catar". "Ainda não tivemos tempo de tirar o cartaz. Assim que tirarmos, as figurinhas acabam em poucos minutos", esclarece a dona, que se limita a vender três pacotinhos por pessoa a 200 pesos, 50 a mais do que o valor oficial.

Para Bautista, está em jogo o fanatismo argentino pelo futebol. "Isso está acontecendo porque é a última Copa do Messi e porque a seleção argentina vem de ganhar a Copa América no Brasil. Isso nos faz sonhar com a Copa do Catar", acredita Bautista, enquanto exibe as figurinhas mais desejadas do seu ídolo. "Crianças e adultos, todos querem conseguir a figurinha do Messi. Por sorte, eu consegui a figurinha do Messi duas vezes, uma no colégio. Outra comprando envelopes", recorda com alegria.

Em uma das vezes, esqueceu de avisar sua mãe que saía à caça de figurinhas. "Depois, tive problemas em casa, mas eu estava tão emocionado de conseguir as figurinhas que esqueci", justifica. A última Copa do Mundo vencida pela Argentina foi em 1986, quando Maradona ainda era o principal jogador do país. A geração de Messi nunca teve essa honra. No Brasil, em 2014, o time liderado pelo então jogador do Barcelona ficou em segundo lugar: perdeu para a Alemanha por 1 a 0 no Maracanã na grande final.

Enquanto Bautista exibe as figurinhas como um troféu, crianças vêm correndo do outro lado da pracinha. "Ele tem a do Messi de ouro!", grita, insistentemente, Ramiro, de sete anos, explicando que essa "é a mais difícil de todas". E também a mais desejada.

MERCADO PARALELO

Oficialmente, cada pacotinho de figurinhas custa 150 pesos. Na prática, devido à escassez, os preços variam até 300 pesos. Pela Internet, os valores podem chegar a 600 pesos cada envelope fechado, quadruplicando o seu valor original.

Esse mercado paralelo tem uma coincidente relação com o mercado de câmbio. Enquanto US$ 1 na Argentina vale 150 pesos no câmbio oficial, no paralelo, chega a 300 pesos. E assim como o câmbio oficial é fictício porque ninguém tem acesso, resta o câmbio paralelo. Uma das maiores ilustrações desse mercado paralelo acontece pelo centro de Buenos Aires. Os mesmos doleiros que gritam "câmbio, câmbio" aos turistas, agora anunciam também "figuritas, figuritas del Mundial" aos argentinos.

"Pela Internet, a diferença de preço é um roubo e há muitos golpes. Em outros canais de venda, é um pouco mais fácil, mas mais caro do que o oficial. Acontece com as figurinhas o mesmo que acontece no mercado do dólar", indica ao Estadão o contador público Juan Pablo Mogni, de 36. "Acho que, no Brasil, não vão entender isso", brinca. "Para mim, é uma volta à infância. Acho genial vir ao parque trocar figurinhas tanto com crianças quanto com médicos, todos unidos pela mesma paixão", destaca.

MERCADO DA TROCA

Juan Pablo vai todos os fins de semana ao Parque Centenário e ao Parque Rivadavia de Buenos Aires para trocar figurinhas. Um formigueiro de colecionadores fica até à noite, na luta por conseguir o que falta nos quiosques.

No Parque Centenário, o estudante Tomás Orosa, de 15 anos, tenta a sorte que muitas vezes não encontra nos quiosques. "Todos os dias, quando eu saio do colégio, passo por cinco quiosques e nenhum tem figurinhas. Quando finalmente consigo, vendem mais caro devido à demanda. Para mim, esta loucura acontece porque é a última Copa do Messi e porque a seleção está jogando bem", acredita Tomás.

Ao seu lado, Julián Puente, de 13 anos, concorda. "Era lógico que aconteceria isso. Por mais que seja mais caro, íamos comprar do mesmo jeito porque a Argentina está jogando bem, ganhou a Copa América e ‘finalíssima’ (contra a Itália), observa, criticando os vendedores. "Os que vendem figurinhas aproveitam e vendem mais caro. Isso incomoda um pouco", reclama. "Eu sei que vou encontrar a figurinha do Messi, mas não vou pagar os dois mil pesos (US$ 13) que pedem pela Internet. A graça é encontrar a figurinha e festejar", garante.

QUESTÃO DE ESTADO

Há duas semanas, a Secretaria de Comércio do governo argentino convocou as partes para tentar uma solução, pondo-se como mediadora e tornando a escassez de figurinhas uma questão de Estado. "O secretário de Comércio, Matías Tombolini, pôs à disposição as equipes legais e técnicas da Secretaria para colaborar na procura de possíveis soluções entre as partes em torno da comercialização de figurinhas do Mundial do Catar", informou o governo.

De um lado estão os representantes na Argentina da empresa italiana Panini, responsável pelo álbum no mundo. Do outro, os representantes da União dos Quiosqueiros da República Argentina (UKRA, na sigla em espanhol). "A empresa Panini se comprometeu a fabricar mais, aumentando entre 15% e 20% a sua produção na Argentina. Por outro lado, prometeu começar a controlar os distribuidores. Cerca de 95% do que a empresa produz vai aos quiosques enquanto os restantes 5% são vendidos através de supermercados e outros canais. O problema é que a empresa vende aos distribuidores, mas os distribuidores resolveram fazer um negócio paralelo: vendem eles mesmos diretamente ao público, através da Internet, aproveitando a febre pelas figurinhas", explica ao Estadão Ernesto Acuña, vice-presidente da UKRA, presente na reunião.

O problema começou logo no dia 21 de agosto, Dia das Crianças na Argentina. A empresa lançou o álbum em sintonia com a data e esse foi um dos principais presentes para as crianças. Desde então, a escassez se manteve.

No começo de setembro, Ernesto Acuña comandou um protesto com cerca de 200 quiosqueiros na porta da Panini, acusando a empresa de vender online através do seu site e de não impedir que os distribuidores vendessem as figurinhas diretamente pela Internet. Pela lógica dos manifestantes, se os quiosques vendem as figurinhas de outros álbuns da Panini durante quatro anos, por que devem perder o mercado justamente no período de maior rentabilidade que a Copa do Mundo representa?

As figurinhas saem da Panini em caminhões diretamente aos distribuidores. Para operação, a rua do bairro de Martínez, no município de San Isidro, na região metropolitana de Buenos Aires, é fechada com reforço policial. Os caminhões partem, como carro-forte, escoltados pela polícia.

"A menor parte da carga que os distribuidores não vendem pela Internet é entregue aos quiosques, mas mais caro. Deveriam vender a 115 ou 120 pesos para vendermos a 150, mas entregam a 200 ou 250, elevando o preço final a 250 ou até 300 pesos", critica Ernesto.

FANATISMO

No quiosque de Ernesto, no bairro de Villa Urquiza, em Buenos Aires, a vizinhança já sabe: as figurinhas costumam chegar duas vezes por semana. Nos dias ‘do milagre’, Ernesto vende as figurinhas, religiosamente, às 18 horas, quase como uma missa. Os fiéis fazem uma fila de 150 a 200 metros que vira a esquina.

De acordo com a quantidade de pacotinhos recebidos, Ernesto distribui senhas. Desta vez foram 200 pacotes para 100 pessoas, dois para cada uma. Os últimos da fila ficaram sem número.

"Com as figurinhas, acontece o mesmo que aconteceu com o álcool gel no começo da pandemia, quando todos saíam para comprar álcool como uma questão de vida e morte. Havia aquela sensação de que, sem álcool gel, talvez você morresse. Este assunto das figurinhas nos faz lembrar daquela época", compara Ernesto. "Dois pacotinhos por pessoa não é nada, mas ninguém se queixa. São dez figurinhas (cinco por pacote) que deixam as crianças contentes", ressalta Ernesto.

"Este é o melhor dia da minha vida", exclama o jovem Vito, de 8 anos, ao abrir os pacotinhos. Pula de alegria e, mesmo questionado se Papai Noel não é melhor, reafirma: "Não. Este é o melhor dia da minha vida."

AS MAIS CARAS DA AMÉRICA LATINA

Esse fanatismo leva os argentinos a pagarem o pacotinho mais caro da América Latina, quando, medidos em dólares, os salários na Argentina estão entre os de menor poder aquisitivo, devido à brutal desvalorização de 350% do peso argentino ao longo dos últimos dois anos.

Enquanto o valor da unidade ronda os 0,80 centavos de dólar nos países da região, na Argentina, tanto os 150 pesos oficiais ou os 300 do mercado paralelo equivalem a US$ 1. Quem paga os 600 pesos da Internet, convalida valores próximos de US$ 2.

"Separo 25% do que ganho na pizzaria para comprar figurinhas", confessa ao Estadão Dante Ledesma, de 18 anos, ajudante e entregador numa pizzaria. "Duas vezes por semana, pego um ônibus às oito da manhã para ir a um quiosque. Quando tem figurinhas, faço uma hora de fila. Consigo na metade das vezes que tento. É muito complicado. Os quiosqueiros fazem um monopólio e cobram o que bem entendem. Aproveitam a escassez", acusa Dante.

SEM OBSTÁCULOS

O sociólogo argentino Pablo Alabarces, um dos fundadores da sociologia do esporte na América Latina e referência na região, atribui o problema das figurinhas na Argentina ao "erro de cálculo dos fabricantes que não previram tamanha demanda" a partir da "maior expectativa desportiva".

"As expectativas desportivas agora são mais altas do que em 2018. A vitória na Copa América (depois de 28 anos de jejum), a classificação folgada para a Copa do Mundo, a boa equipe de jogadores em torno de Messi explicam essas expectativas, mas também o pessimismo com o país", indica Alabarces ao Estadão.

Mas quanto joga a paixão dos argentinos pelo futebol neste fenômeno? "A paixão também joga. Participar desse consumo faz o colecionador se sentir parte de um coletivo. Coleciono figurinhas, logo sou parte da torcida argentina. O ponto central não é a racionalidade econômica, mas a racionalidade puramente afetiva", avalia Alabarces. "Portanto, entram em jogo as expectativas desportivas e a ideia de formar parte desse coletivo", sintetiza o especialista.

O estudante Ian Luca Quilmanas, que tem 11 anos, parece se encaixar nessa lógica. "Eu tento comprar figurinhas todos os dias, mas quase nunca consigo. Colecionar figurinhas é uma obsessão. Esta Copa será sempre a minha preferida porque é o último Mundial do meu ídolo Messi. Também é o último do Di Maria. E a Argentina é favorita. Para mim, o futebol é o melhor esporte e o mais bonito. E o meu primeiro desafio agora é conseguir figurinhas", desabafa à reportagem.

O quiosqueiro Ernesto Acuña também arrisca a analisar a paixão dos argentinos pelo futebol e pelas figurinhas. "As figurinhas são uma paixão argentina. Mais uma das tantas paixões argentinas como pode ser o futebol ou um artista. E o argentino responde a essas paixões, consumindo. Não tem limites para gastar se for para sustentar as suas paixões. Limita-se em outras coisas, mas gasta nas paixões. As figurinhas não são baratas na Argentina. Proporcionalmente, são mais caras aqui do que nos países vizinhos, mas aqui se tornou uma paixão nacional", conclui Ernesto Acuña.

A organização da Copa do Mundo do Catar desmentiu ter criado uma cartilha que proíbe uso de bebidas, som auto, exposição de mulheres, entre outras medidas durante o evento esportivo. A imagem fake começou a circular nas redes sociais nesta quinta-feira (7).

A cartilha, que usa a mesma fonte utilizada oficialmente pela organização da Copa do Mundo, diz que é proibido até beijo entre namorados e a homossexualidade. A imagem, porém, é falsa.  

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"O documento 'Qatar Welcomes You' que circula nas redes sociais não é de uma fonte oficial e contém informações incorretas. Recomendamos aos fãs confiarem apenas em fontes oficiais da organização do torneio para saber as regras de viagem para a Copa do Mundo deste ano. O Comitê Supremo para Entrega e Legado da Copa do Mundo e a Fifa em breve emitirão um extenso guia para os fãs diferente de muitas das informações que circulam", diz parte do comunicado. 

Um guia com informações sobre o assunto deve ser publicado oficialmente em breve.

Imagem com informações falsas usa a mesma fonte dos documentos oficiais. Foto: Reprodução

O lateral-direito Kyle Walker virou desfalque do Manchester City e preocupação para a seleção da Inglaterra. Faltando 45 dias para o início da Copa do Mundo, o defensor foi submetido a uma cirurgia na virilha nesta semana e virou dúvida para o Mundial do Catar, marcado para começar no dia 20 de novembro.

Nesta quinta-feira, o City informou que a cirurgia foi bem-sucedida. Mas não revelou prazo de recuperação para o atleta de 32 anos. Nem mesmo o técnico do clube inglês, Pep Guardiola, disse ter informações sobre a situação do jogador da seleção.

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"Sei que é algo relacionado ao abdômen. Não sei dizer mais nada. Ele ficará fora por um tempo. Precisamos conversar com os médicos. Espero que ele possa estar de volta a tempo de jogar a Copa do Mundo", disse o treinador do City. "Sei o quanto uma Copa é importante para os jogadores, mas honestamente eu não tenho informações agora."

Walker se machucou durante a goleada do City sobre o Manchester United por 6 a 3, no fim de semana, em rodada do Campeonato Inglês. Ele deixou o gramado antes do fim do primeiro tempo.

"Como jogadores, precisamos entender que as lesões fazem parte do jogo que amamos. Minha operação foi um sucesso e agora eu posso me concentrar na minha reabilitação para estar de volta 100%. Vou continuar apoiando meus companheiros de time da forma que for possível", declarou o jogador inglês.

O lateral é uma das peças centrais da boa defesa do City e da seleção inglesa. Walker fazia parte do time que levou a Inglaterra às semifinais do Mundial de 2018, na Rússia, e à final da Eurocopa do ano passado.

Se não puder contar com Walker, o técnico da seleção inglesa, Gareth Southgate, poderá optar por Reece James, Kieran Trippier e Trent Alexander-Arnold para a posição. O jogador do City ocupava a vaga de titular do time nacional.

A organização da Copa do Mundo do Catar confirmou nesta quinta-feira que não vai exigir comprovante de vacinação contra a covid-19 dos torcedores. Mas informou que os fãs de futebol vão precisar apresentar teste negativo para a doença para entrar em locais fechados no país, que receberá o Mundial a partir do dia 20 de novembro.

De acordo com o comitê organizador da Copa, todos os visitantes acima de 18 anos vão precisar fazer o download de um aplicativo de celular, chamado Ehteraz, para indicar seu status e localização. O aplicativo servirá para o governo rastrear contatos de eventuais casos positivos para a doença.

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"Um Ehteraz verde (mostrando que o usuário testou negativo para a covid-19) será exigido para entrar em qualquer lugar público fechado", afirmou a organização da Copa. O resultado negativo se refere a um teste de PCR realizado 48 horas antes da chegada ao país ou a um teste rápido feito 24 horas antes.

O comitê reforçou que não vai exigir comprovante de vacinação dos torcedores. O mesmo valerá para os fãs de futebol que têm entre 6 e 18 anos.

Quanto aos exames, a organização explicou que os testes rápidos devem ser oficiais, realizados em locais específicos. Não será aceitos resultados de autotestes. Depois de entrar no país, o torcedor não precisará fazer novos exames, a não ser que apresenta sintomas de covid-19. Essas regras já estão em vigor desde o início de setembro.

Quanto às máscaras, o uso será obrigatório no transporte público, incluindo o metrô que deve ser utilizado pelos torcedores para chegar aos oito estádios dentro e nos arredores de Doha.

O Catar soma mais de 450 mil casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, com 682 mortes. O país tem população estimada em 2,5 milhões de pessoas.

A menos de dois meses para o início da Copa do Mundo, Tite tem cerca de 85% do grupo que embarca para o Catar definido com o propósito de buscar o hexa, segundo contou ao Estadão recentemente. Embora parte significativa da lista esteja encaminhada, com nomes garantidos como Neymar, o craque dessa geração, há vagas importantes a serem preenchidas, sobretudo no ataque, setor em que a briga é mais acirrada.

Hoje, são 45 jogadores no radar de Tite. Destes, 26 serão convocados no dia 7 de novembro. A maior parte do elenco já está definida, mas ele tem de quebrar a cabeça para escolher, principalmente, quais serão os convocados para a zaga, laterais e ataque, setores em que moram as principais dúvidas por motivos diferentes. Nas laterais, são poucas as opções. No ataque, sobram alternativas.

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Danilo está garantido de um lado e Alex Sandro, do outro. Resta, portanto, um lugar para a lateral-direita e outro para a esquerda. Daniel Alves e Emerson Royal lutam para serem escolhidos na direita e Alex Telles e Renan Lodi são os oponentes pelo posto na esquerda. O canhoto Guilherme Arana era outro forte candidato, mas sofreu lesão grave e só volta a jogar em 2023.

Na defesa, resta um zagueiro para se juntar a Marquinhos, Thiago Silva e Éder Militão, este que também pode atuar na lateral-direita. Lucas Veríssimo era o favorito para ocupar o posto, mas tem de provar para Tite que está plenamente recuperado da grave lesão do joelho direito, cujos ligamentos ele rompeu em novembro de 2021. No cenário atual, Gabriel Magalhães, dada a frequência nas convocações, é quem tem mais chances de subir no avião rumo à primeira Copa no Oriente Médio.

ATAQUE CONCORRIDO E PRIVILEGIADO

A ampliação da lista de 23 para 26 nomes permitida pela Fifa foi um alento para Tite, que avisou que vai privilegiar o ataque, convocando dois atletas a mais para o setor. A outra vaga pode ser ocupada por um defensor ou um meio-campista. Nem mesmo o treinador tem essa resposta até porque ele e sua comissão técnica estão abertos a surpresas, positivas, como o surgimento de uma nova promessa, ou negativas, em caso de lesão.

"Ninguém sabe o que vai acontecer nos dez dias de preparação. Às vezes um atleta tem uma lesão ou se apresenta num condicionamento que não é o melhor. Eles sabem disso e a coisa rola naturalmente", explicou ao Estadão Cléber Xavier, auxiliar de Tite, do qual é parceiro há mais de duas décadas.

Hoje, Gabriel Martinelli, Matheus Cunha, Pedro e Roberto Firmino correm por fora para preencher essas duas vagas a mais no ataque. Dos cinco, Matheus Cunha está, no momento, no fim da fila, considerando seu desempenho no Atlético de Madrid. Martinelli vive boa fase no Arsenal, Pedro está em seu auge no Flamengo e Firmino reconquistou seu espaço no Liverpool.

Antony, Gabriel Jesus, Neymar, Raphinha, Richarlison e Vinicius Junior viajarão ao Catar. É muito improvável que algum deles fique fora da lista final. Todos mostraram evolução durante o ciclo para o Mundial e quatro deles - Antony, Gabriel Jesus, Raphinha e Richarlison - mudaram de clube nesta temporada.

Vinicius Junior continua sua jornada de destaque, com gols, passes, dribles e danças na Espanha, dando resposta aos ataques racistas que tem sofrido. A tendência é de que Rodrygo, companheiro de Vini no Real Madrid, também esteja na relação final.

"Tem muitos atacantes, outros que chegaram agora e foram convocados pela primeira vez, mas isso é uma concorrência muito boa, a gente sabe que não tem cinco, seis ou sete atacantes, mas, sim, vários", constatou Antony, que trocou o Ajax pelo Manchester United.

MEIO DE CAMPO QUASE DEFINIDO

O meio de campo está praticamente definido. É certo que Casemiro, Fabinho, Fred, Bruno Guimarães, Lucas Paquetá e Philippe Coutinho estarão na Copa. No entanto, a comissão técnica não descarta convocar mais um atleta para o setor.

Éverton Ribeiro, do Flamengo, tem sido convocado com frequência e corre na frente nessa disputa. Danilo, jovem do Palmeiras, vive declínio técnico justamente depois de ter tido uma chance na seleção, mas também é um nome cogitado. Os outros são Arthur, agora no Liverpool, e Douglas Luiz, do Aston Villa.

NEYMAR EM GRANDE FASE

Neymar começou a temporada pelo Paris Saint-Germain em grande fase, com o brilho que não mostrou na temporada anterior, e pretende liderar o Brasil no Catar. O craque brasileiro tem 11 gols e oito assistências em 11 partidas. Ele é o artilheiro do Campeonato Francês, com oito bolas na rede, uma à frente de Mbappé, além de ser o atleta com mais participações decisivas (15).

"Está jogando muito", resumiu Tite sobre o astro da seleção. "Desempenho técnico de atletas extraordinários e profissionais são de quando tu rapidamente pensas e executas. Rapidez e execução têm de estar em sintonia. E ele está", completou.

A jornada positiva de Neymar tem a ver com sua mudança de comportamento ao focar no futebol e até se preparar fisicamente quando estava de férias. "Parabéns, Neymar! Parabéns, Ricardo Rosa (preparador físico do jogador). Parabéns, PSG! Parabéns, Fábio. Talvez nessa escala de importância depois chega a gente. Ele é fruto de toda essa preparação para que tenha desempenho", pontuou.

PROGRAMAÇÃO ATÉ A COPA

A CBF tem de enviar uma relação com 55 nomes para a Fifa até 21 de outubro. O anúncio da lista final, com 26 jogadores, será feito no dia 7 de novembro. Esse grupo pode ser modificado até o dia 14, quando o elenco se apresenta em Turim, na Itália, para começar a preparação para o Mundial. O Brasil ficará cinco dias na Itália.

No dia 19, a delegação viaja a Doha, capital do Catar. Os atletas fazem quatro treinamentos até a estreia contra a Sérvia, marcada para o dia 24. No dia 28, enfrenta a Suíça e no dia 2 encerra a primeira fase contra Camarões.

Futuro adversário da seleção brasileira na Copa do Mundo, o time de Camarões foi derrotado pelo modesto Usbequistão, por 2 a 0, nesta sexta-feira. O amistoso foi disputado no estádio Goyang, na cidade sul-coreana de Goyang. A equipe africana será o terceiro e último rival do Brasil no Grupo G no Mundial do Catar.

O time camarões não contou com força máxima nesta sexta. O técnico Rigobert Song não pôde escalar os atacantes Toko Ekambi, do Lyon, e Choupo-Moting, do Bayern de Munique. Mas teve em campo alguns dos principais destaques do time, como o goleiro Onana e o experiente atacante Vincent Aboubakar.

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Com eles, não conseguiu evitar a derrota na Coreia do Sul. O Usbequistão marcou um gol em cada tempo. No primeiro, Khojimat Erkinov abriu o placar aos 24 minutos. Na etapa final, Oston Urunov marcou o segundo aos 31 minutos.

O time camaronês vai fazer mais um jogo antes do início da Copa do Mundo, em 20 de novembro. O adversário será justamente a anfitriã Coreia do Sul, na terça-feira, novamente no país asiático.

No Catar, Camarões vai estrear contra a Suíça no dia 24 de novembro. Quatro dias depois, o adversário será a Sérvia. E o último adversário na fase de grupos será a seleção brasileira, no dia 2 de dezembro.

Aniversariante do dia, Thiago Silva celebra seus 38 anos nesta quinta-feira com a seleção brasileira já pensando na Copa do Mundo do Catar. O experiente zagueiro, que é peça quase certa no time do técnico Tite para o Mundial deste ano, admite surpresa com a carreira longeva.

"Eu sabia que, me cuidando, poderia de repente jogar em alto nível com a idade mais elevada. Normalmente, 38 anos completando agora, os atletas já encerraram ou estão encerrando a carreira. Estou vivendo um momento único na minha vida, num dos maiores clubes do mundo, na maior seleção de todas. E prestes a disputar a quarta Copa do Mundo", comemora. "Nunca imaginei que, com 38 anos, estaria passando por esse momento, tanto profissional quanto pessoal."

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O defensor revelou que não gosta de fazer aniversário. "Não gosto muito de fazer aniversário. É uma coisa que me deixa desconfortável. Já gostei mais. Mas só de estar no meio de pessoas que a gente gosta... Nosso convívio é muito bom", diz Thiago Silva, que festeja seu aniversário na companhia da seleção pela primeira vez.

Com longa trajetória na seleção, o brasileiro vai alcançar marca importante no amistoso da seleção brasileira com Gana, na França. Ele vai se tornar o zagueiro com o maior número de jogos pela seleção, com 108 partidas, se entrar em campo na sexta-feira.

"A partir do momento que vamos para a seleção, já somos atletas vitoriosas, porque é difícil para caramba chegar aqui. Tem muito atleta que quer o meu lugar.. É um privilégio enorme fazer parte da seleção brasileira", afirma.

Sem falar sobre aposentadoria, Thiago Silva indica que pretende seguir a carreira de treinador após deixar os gramados. "Eu tenho um grande sonho de terminar bem a minha carreira. E, de repente, dar sequência como treinador", diz Thiago Silva.

No último mês, um vídeo em que um jovem pesa os envelopes do álbum viralizou nas redes sociais. A maioria dos pacotinhos pesa quatro gramas, então caso a balança registre o número cinco (gramas) significa que há uma figurinha a mais da Copa do Mundo - o tão procurado cromo extra, avaliado em centenas de reais, em alguns casos, na internet. O que no início pode ter sido uma brincadeira, virou assunto sério. Será que as pessoas realmente pesam os envelopes, em busca dessas figurinhas raras?

Segundo a editora Panini, dona do produto, a chance de encontrar uma dessas em um pacotinho é de 1%: a cada 100 pacotes, em um haverá um cromo especial do Neymar, do Mbappé ou do Messi, por exemplo. Ao todo, são 80 destes na coleção, mas que não possuem espaço para serem colados no livro ilustrado. Mesmo assim, por serem bem avaliadas no mercado - uma figurinha dourada do craque brasileiro foi colocada à venda por R$ 9 mil na internet -, o interesse e a busca por elas cresce.

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Na banca de jornal mais próxima ao estádio do Pacaembu, há apenas uma regra: é proibido ao cliente pesar ou selecionar os pacotinhos. O aviso pode soar curioso, mas para toda placa há uma história que a antecede. Fabiana, que trabalha no local, conta que alguns colecionadores tentaram usar suas balanças para encontrar as figurinhas extras.

"Alguns clientes chegavam com balança própria para pesar os pacotinhos, logo nos primeiros dias do lançamento da coleção, mas nós nunca permitimos", conta. Essa prática, que é eficiente de acordo com vídeo que vazou, divide opiniões até entre os colecionadores, inclusive na Praça Charles Miller e no Museu do Futebol.

Leandro Fonseca, de 40 anos, é um colecionador e organizador do evento de trocas no Museu do Futebol, que ocorre aos sábados. Ele é sucinto sobre o assunto: "quem fala que nunca pesou os envelopes está mentindo". Segundo ele, o método funciona. "Eu compro diversos pacotinhos e vou pesando. Se der cinco gramas, eu sei que tem a figurinha especial", conta. Por meio desse procedimento - além do evento aos sábados no Pacaembu -, ele já conta com mais de 50 cromos especiais.

Mas a opinião sobre esse método não é unânime. José Ferreira, de 60 anos, com mais de 40 de experiência nesta área do colecionismo, vai na contramão. "Não existe isso de pesar os pacotinhos, porque nem todo envelope tem o mesmo tipo de papel". Na edição deste ano, há duas versões vendidas para o Brasil: uma branca, comercializada nas bancas, e uma bordô, geralmente comprada pelos colecionadores na internet e por meio de lotes da Panini.

"Cada um destes (envelopes) tem textura e peso diferentes. Um é mais fino do que o outro, então a balança não é eficiente", relata. Em busca das figurinhas extras, Ferreira as compra (em média, por R$ 20) e comercializa em sua loja. Com preços que variam de R$ 50 a R$ 200, os colecionadores podem ter fácil acesso às raridades.

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