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Os católicos foram chamados nesta sexta-feira (3) à noite a rezar e trabalhar pela abolição total da pena de morte, contra a "profanação bárbara" de crianças vítimas de pedofilia e a perseguição religiosa, durante a Via Sacra no Coliseu, presidida pelo papa Francisco. "Nós te olhamos, Jesus, pregado na cruz. E questões urgentes surgem: Quando será abolida a pena de morte, ainda praticada em muitos Estados? Quando será suprimida toda forma de tortura e repressão violenta de pessoas inocentes?", foram uma das questões levantadas pelo texto da "Via Crucis".

Reunidos em torno do enorme anfiteatro Flavien, dezenas de milhares de fiéis, muitos dos quais carregando uma vela, acompanharam a cerimônia em um silêncio contemplativo. O papa Francisco, de 78 anos, presidiu a cerimônia sem carregar a cruz. Permaneceu sentado, muito recolhido, sob uma grande tenda vermelha.

O percurso da "Via Crucis" revive o calvário de Jesus desde a sua condenação até a sua crucificação, morte e sepultamento. Uma das meditações das 14 estações evocou as "crianças e adolescentes privadas de si mesmos, feridas em sua privacidade, barbaramente profanadas" pelo flagelo da pedofilia.

Também se referiu "às crianças-soldados e ao trabalho que se torna escravidão" e, mais amplamente, "ao tráfico de seres humanos". O Caminho da Cruz também fez referência à perseguição religiosa por parte dos Estados e grupos armados, incluindo jihadistas, um dia após o ataque dos islamitas shebab contra uma universidade queniana que fez 147 mortos, em sua maioria cristãos: "Senhor Jesus, apoie internamente os perseguidos. Que o direito fundamental à liberdade religiosa se espalhe".

"Homens e mulheres são presos, condenados ou até mesmo mortos apenas porque creem ou estão comprometidos com a justiça e a paz. Eles não têm vergonha da Cruz. Eles são exemplos maravilhosos", afirmava uma das meditações, citando o exemplo do "mártir" paquistanês católico, o ex-ministro para as Minorias Shahbaz Bahtti, assassinado em 2 de março de 2011.

"O importante papel das mulheres nos Evangelhos e o gênio feminino" também foram citados, bem como as divisões nas famílias: "Tantas tragédias familiares! Envolvendo mães, pais, filhos, avós." Por fim, a Via Sacra fez alusão ao próximo sínodo, a assembleia dos bispos no mês de outubro, que terá como tema a família, pedindo aos participantes para que sejam "dóceis ao Espírito Santo" e que "consigam um autêntico discernimento ".

Duas freiras iraquianas, dois franciscanos da Terra Santa, dois sírios, dois nigerianos, dois egípcios e dois chineses carregaram a cruz durante uma das 14 estações.

A pedido do Papa, a meditação, simples e comovente, foi escrita por um bispo italiano, Renato Corti, que se inspirou no espírito de Jesus para tentar expressar o que sentia.

O número de batizados na Igreja católica continuou a aumentar em 2013, atingindo 1,253 bilhão, o que representa 17,7 % da população mundial, indicou o Anuário Estatístico publicado nesta terça-feira pelo Vaticano.

Em 31 de dezembro de 2013, enquanto a população mundial havia aumentado 1%, o número de católicos aumentou em 2%, indica o anuário publicado todos os anos. Com 25 milhões de batizados a mais, a Igreja contava no final de 2013 com 1,253 bilhão de católicos.

Esses números não incluem os batizados na China e na Coreia do Norte, por não ser possível sua contabilização nesses dois países.

O número de padres também aumentou: 415.348 contra 414.313 um ano antes. Mas o de seminaristas caiu: os candidatos à padre eram 118.251 no final de 2013, contra 120.051 um ano antes, segundo as mesmas estatísticas.

O promotor do tribunal de Vaticano, Gian Piero Milano, denunciou um "aumento das práticas delitivas" no Estado, onde em 2014 foram registrados desde incidentes menores a casos graves de pornografia infantil.

Segundo Milano, o Estado do Vaticano passou de ser un pequeno enclave para se tornar um território cada vez mais permeável às influências da globalização, afirmaram neste domingo a agência I-media e a imprensa italiana.

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O Vaticano tem 44 hectáres e cerca de 800 habitantes, uma população composta por cardenais, núncios, sacerdotes e guardas suíços.

Em 2014 foram registrados vários escândalos e o fiscal afirmou que foram abertas duas investigações por "posse de material pornográfico de menores". Um desses casos envolve o ex-núncio na República Dominicana Jozef Wesolowski, contra o qual o Vaticano iniciou em setembro um processo penal.

O funcionário também se referiu ao "inquietante aumento" da criminalidade financeira e da corrupção, depois que em 2014 o Vaticano abriu uma investigação por má administração de fundos contra dois altos funcionários do Instituto para Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano.

Milano também lamentou a "preocupante" alta dos delitos de tráfico de droga, pelos quais foram detidas seis pessoas.

Cerca de seis milhões de fiéis foram ver o papa Francisco na Praça de São Pedro em 2014, ou seja, 500.000 a menos que em 2013, anunciou nesta segunda-feira a Santa Sé.

No total, 5.916.800 fiéis assistiram em 2014 as audiências gerais, missas ou Ângelus, a bênção dada todos os domingos pelo papa argentino Jorge Bergoglio.

Este número é inferior ao de 2013, quando 6,6 milhões de fiéis se reuniram no Vaticano.

Jorge Bergoglio, o primeiro pontífice proveniente da América do Sul, foi eleito chefe da Igreja católica em março de 2013, despertando o fervor e a curiosidade por parte de católicos, mas também de não católicos.

Prestes a realizar um debate entre os candidatos à Presidência da República - o evento está marcado para o próximo dia 16 -, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Leonardo Steiner, afirma que a Igreja Católica "não tem curral eleitoral". O comentário alude ao ativismo político de pastores evangélicos como Silas Malafaia e Marco Feliciano, este último deputado federal que presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013. "Toda orientação é dada para que os padres não falem dentro das igrejas sobre candidatos", afirma.

D. Steiner diz, porém, que o fato de o País ter neste ano entre os favoritos para chegar ao Palácio do Planalto uma política evangélica que faz questão de ressaltar sua religiosidade - e é apoiada por Malafaia e Feliciano - não o preocupa. "As instituições nunca podem deixar de dialogar, independentemente de quem seja. Independentemente da fé que essas pessoas expressam", afirma, referindo-se à presidenciável do PSB, Marina Silva.

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O secretário-geral da CNBB critica, na verdade, os políticos que se aproximam dos templos apenas em época de eleição. "Igreja não é palanque", diz o líder católico.

O candidato a vice-presidente da Marina Silva, Beto Albuquerque, disse que "nem a política deve mandar na religião, nem a religião na política". Como o senhor vê essas declarações?

Quando falamos de Estado laico e de o Estado cuidar da religião, estamos falando da necessidade das pessoas terem a liberdade de expressar a sua fé. Agora, as pessoas que expressam a sua fé são cidadãos. E esses cidadãos devem ser ativos na sociedade para ajudar a construir a nação brasileira. Não existe Estado sem cidadão, porque as instituições só existem enquanto existem pessoas. A grande maioria dos brasileiros são pessoas de fé. A religião tem função muito importante, na questão dos critérios, dos valores essenciais, das relações mútuas. A religião tem elementos que podem ajudar a construir a sociedade e por isso também a política.

A religião deve influenciar a política?

O exercício da política acontece com as pessoas. A fé interfere na política da pessoa, no modo de fazer a política. Se interferisse mais, provavelmente não teríamos tanta corrupção. Não teríamos alianças às vezes espúrias. Estamos esquecendo que é a pessoa que faz a política, estamos colocando como duas coisas estanques: religião e política. Só existe religião porque existem pessoas, existe política porque existem pessoas, e esse elemento de fundo não se discute. A pessoa que não tem fé expressa de maneira diferente a sua política.

 

Na opinião do senhor, a corrupção então está associada a uma falta de fé das pessoas?

A uma falta de valores que a religião deveria dar. É só começar a campanha eleitoral que começam a surgir alguns "milagres", como os candidatos indo às igrejas para pedir votos, almoçando em restaurantes populares, visitando favelas. Isso é só marketing?

Isso, se ocorre só na eleição, não é salutar para a política. Agora, naturalmente os candidatos precisam estar presentes, se mostrar... Igreja não é palanque, mas nós sabemos que muitos candidatos têm ido a eventos, não só agora, mas em outros momentos...

 

O sr. comentou que a fé afeta a maneira de fazer política. A candidata do PSB, Marina Silva, por exemplo, lê a Bíblia para orientar a sua tomada de decisões. Essa é uma boa postura para um presidente da República?

É uma boa postura na medida em que (um político) não obrigue ninguém a fazer (igual). Pode ser um bom exercício, quando alimenta a grandeza da própria fé. Sem desmerecer a análise da realidade, sem deixar de levar em consideração os conflitos sociais, a questão dos direitos, dos pobres, a educação para todos.

 

Sem deixar de lado a racionalidade?

A racionalidade, de novo, no sentido de conseguir dar a razão, não no sentido de ser frio. A gente poderia até falar no sentido, São Pedro fala, "dar as razões da fé", é conseguir perceber o fundo das questões.

 

O fato de Marina Silva ser evangélica e ter grandes chances de se eleger presidente da República não vai afetar o relacionamento entre a Igreja Católica e o Palácio do Planalto?

As instituições precisam dialogar. Como pessoas, representamos instituições. As instituições nunca podem deixar de dialogar, independentemente de quem seja. Independentemente da fé que essas pessoas expressam.

 

O diálogo com a Marina já existe?

Sim, como a gente tem diálogo com o Aécio (Neves), tínhamos um diálogo franco com o Eduardo Campos, como dialogamos com a presidente (Dilma Rousseff). O diálogo faz bem e principalmente porque representamos instituições que têm tarefa importante - ajudar a construir uma sociedade.

 

Como o sr. vê a campanha política tratar de temas como legalização de drogas, aborto e casamento civil gay? Esse é um debate enriquecedor ou serve apenas para polarizar a sociedade e dividi-la entre conservadores e progressistas?

Considero importante discutir esses temas, no sentido do cidadão saber o que os candidatos estão pensando. Seria prejudicial se, com as respostas, nós começássemos a criar determinadas imagens depreciativas, rótulos. Quando nós desejamos avaliar um candidato, nós não podemos avaliá-lo por uma proposta só, temos de avaliar pelas diversas propostas.

 

As declarações dos pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia nas redes sociais sempre ganham muita repercussão. A Igreja Católica tem adotado uma postura mais discreta no debate eleitoral?

Não é tarefa nossa, nós não temos curral eleitoral. Inclusive toda orientação é dada para que os padres não falem dentro das igrejas sobre candidatos. A Igreja Católica tem posição no debate, tanto é que no dia 16 teremos debate da CNBB com os candidatos a presidente.

 

A CNBB é uma das maiores defensoras da reforma política. As manifestações de junho conseguiram tirar os políticos da "zona de conforto" e convencê-los da importância do tema?

Sem pressão da sociedade não acontecerá reforma política. Para a reforma política existe uma exigência muito grande: não se pode pensar em partido, é preciso ter um amor muito grande pelo Brasil. E mais: é preciso ter uma noção da grandeza da política. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de fiéis - poloneses, principalmente, mas também latino-americanos e de outros países -, seguiram neste domingo com devoção e carregando suas próprias bandeiras a canonização de João Paulo II e de João XXIII na Praça de São Pedro.

Muitos deles passaram a noite em claro, sob a chuva, para reservar um bom lugar para a cerimônia.

O altar estava localizado aos pés da Basílica de São Pedro e os lugares de destaque foram ocupados pelo papa emérito Bento XVI - muito aplaudido pela multidão -, por cardeais, bispos e delegações oficiais.

Outros milhares de peregrinos foram se aglomerando com o passar das horas nas ruas próximas à praça de São Pedro e avançavam pela Via da Conciliação, embora os jovens voluntários da Defesa Civil, formando correntes humanas, tentassem contê-los para evitar incidentes.

Medidas de segurança importantes, mas não proibitivas, cercavam o Vaticano, onde também existiam postos para fornecer assistência médica de urgência e garrafas de água aos peregrinos.

O Vaticano estimou que 500.000 pessoas estavam presentes na região de São Pedro e 300.000 acompanhavam a cerimônia através dos telões instalados em diferentes pontos da cidade, como o Coliseu.

Em certo momento, quando a cerimônia estava prestes a começar, era praticamente impossível caminhar sem esbarrar em alguém.

- Milhares de poloneses invadiram a esplanada -

Os poloneses, o grupo mais notável, que carregavam consigo cadeiras dobráveis, mochilas com comida e almofadas, abriam um espaço para se ajoelhar quando a cerimônia exigia.

"Sinto-me muito feliz, muito comovida e muito cansada depois desta cerimônia", comentou Anna Wiswinska, uma professora polonesa que conheceu João Paulo II em Cracóvia.

"Viemos pelos quatro Papas, os dois vivos e os dois canonizados", contou à AFP a jovem italiana e estudante de engenharia Letizia Montironi.

"Mas acredito que o Papa mais importante para a juventude italiana é Francisco", ressaltou, reconhecendo que sua geração conhece pouco ou nada do papa italiano João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II na década de 60 para modernizar a Igreja.

Provenientes de México, Argentina, Peru, Equador, Chile e Costa Rica, entre outros países, os latino-americanos disseram se sentir mais próximos de João Paulo II, a quem conheceram em suas viagens à América Latina, já que João XXIII, que viajava pouco, faleceu em 1963.

"João Paulo II visitou várias vezes o México e todas as vezes nos dizia que se sentia mexicano. Para nós isso é muito importante. Mas eu vim também porque, quando a minha mãe estava grávida de mim, veio ao Vaticano e ele lhe deu a bênção", contou à AFP Juan Pablo Almeyda, de 23 anos, originário de Guadalajara.

"Eu vim de Madri, onde moro. Estou emocionada por ter tido a oportunidade de presenciar uma cerimônia histórica. João Paulo II era muito bom, se dava bem com todos, por isso gostamos tanto dele", contou a equatoriana Enid Vásquez.

Para María Patricia Cardoza de Peña, do Peru, ir a Roma era o sonho de sua vida.

"Ontem na Basílica deixei a João Paulo todos os pedidos e orações que trouxe de meu país. E hoje me sinto muito emocionada porque aquele Papa era, de certa forma, o cuidador de meus filhos", confessou.

Entre as muitas delegações se destacava a de Uganda, formada por 220 pessoas, algumas com seus trajes tradicionais, contou à AFP o sacerdote Jacinto Shibuca, que guiava o grupo.

"João Paulo II esteve em nosso país em 1993 e sua influência trouxe paz e um melhor entendimento, por isso o amamos tanto", contou.

Cansados devido às longas horas de espera, mas felizes, os peregrinos começaram a abandonar a praça após o papa Francisco percorrer de automóvel, de forma excepcional, a Via da Conciliação, para saudar de perto e despertar alegria e entusiasmo nos fiéis provenientes de todas as partes do mundo.

O papa Francisco celebrará nesta quinta-feira, às 18h (13h no horário de Brasília), na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, missa de ação de graças pela canonização, no último dia 3, do padre José de Anchieta. A cerimônia terá 1,2 mil convidados, a maioria de brasileiros.

A procura de interessados em participar da cerimônia foi tão grande que os jesuítas se arrependeram de não ter escolhido a Basílica de São Pedro ou a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, para que todos pudessem ser atendidos.

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"Vamos utilizar a capacidade máxima do templo e todos ficarão sentados nessa missa particular, que, por estar sendo celebrada pelo papa, obedece a normas rígidas", disse o vice-postulador da Causa de Canonização, padre César Augusto dos Santos, diretor do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano, coordenador da celebração. As portas da igreja serão fechadas uma hora antes da chegada de Francisco.

A lista de convidados inclui 32 cardeais, arcebispos e bispos e cerca de 200 padres. Além deles, participarão católicos brasileiros residentes em Roma ou vindos do Brasil para a cerimônia. A diretoria da Fundação Padre Anchieta estará toda presente na lista organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Companhia de Jesus, a qual pertencia São José de Anchieta, canonizado em 3 de abril.

A Embaixada do Brasil na Santa Sé também organizou uma lista de convidados, 25 dos quais foram incluídos numa relação de 50 pessoas que, no fim da cerimônia, cumprimentarão o papa na fila do beija-mão. A embaixada pediu 150 convites especiais, mas o cerimonial exigiu que o número fosse limitado, com 25 selecionados pelo governo brasileiro e outros 25 pela organização da Igreja.

Até esta quarta-feira, 23, não havia sido divulgado se a presidente Dilma Rousseff enviaria um representante de Brasília, em princípio o ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Os governadores de Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo, onde Anchieta atuou como missionário, foram convidados, mas nenhum deles confirmou presença. É certo que deputados e senadores assistirão à missa como convidados.

Salvador

O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, d. Murilo Krieger, que viajou a Roma para a missa em homenagem a São José de Anchieta, está voando de volta para inaugurar domingo a Paróquia de Nossa Senhora dos Alagados e de São João Paulo II, na periferia da capital baiana. "Vou assinar o decreto de criação imediatamente, após o papa Francisco canonizar João XXIII e João Paulo II, no dia 27, na Praça de São Pedro", informou o arcebispo primaz.

Tanto d. Murilo como o padre jesuíta José Acrísio Vale Sales, administrador do Santuário de Padre José de Anchieta, na cidade de Anchieta, a 90 quilômetros de Vitória, acreditam que a canonização do missionário dará grande impulso à devoção dos fiéis, pela divulgação da vida dele. "Padre Anchieta estendeu a sua atuação evangelizadora a vários campos, como a literatura, o teatro, à defesa do meio ambiente e à educação", observou padre César. A CNBB pretende que a Igreja proclame o jesuíta Patrono dos Catequistas.

"Não faz sentido achar que Francisco tenha canonizado Anchieta por ser também jesuíta, pois ele conhece bem a espiritualidade de Santo Inácio e tenderia a ser até mais exigente para decretar a canonização", disse padre César. Quanto ao fato de o papa ter dispensado a comprovação de um milagre para considerar Anchieta santo, ele voltou a dizer, como vice-postulador da causa, que mais importante são as obras e fama de santidade que o novo santo sempre teve.

Papas santos

Ainda em clima de comemoração da Páscoa, na semana após o Domingo da Ressurreição, os peregrinos que vieram a Roma só agora começam a se integrar no cenário da canonização de João XXIII e João Paulo II,. Cartazes com fotos dos dois papas, geralmente em montagem com a imagem do papa Francisco, começam a aparecer nas vitrines, enquanto as livrarias lançam relançam suas biografias e escritos. Entre elas, o livro Papa Giovasnni Roncalli, il Santo, de autoria do jornalista e historiador Marco Roncalli, sobrinho-neto de Angelo Giuseppe Roncalli.

A figura de João Paulo II é predominante no Vaticano e no comércio religioso dos arredores. Na Igreja de Santo Spirito in Sassia e santuário da Divina Misericórdia - devoção do polonês Karol Wojtyla - tem um altar com enorme painel dele. A presença de poloneses na Audiência Geral das Quartas-Feiras, nesta quarta, ainda era pequena, mas a expectativa é de que milhares de conterrâneos cheguem a partir desta sexta-feira, 25. Fala-se em 1 milhão de poloneses, assim com se fala numa multidão de 5 milhões a 8 milhões de pessoas para domingo. Parece exagero, pois seria duas vezes a população de Roma. Em 2011, cerca de 1,5 milhão de fiéis assistiram à beatificação de João Paulo II.

O papa Francisco iniciou neste domingo (13) os ritos da Semana Santa com a missa do Domingo de Ramos, durante a qual pediu para que os católicos se questionem se são como os que traíram Jesus Cristo ou foram corajosos e fieis a Ele até o final. "Onde está meu coração? A qual dessas pessoas [do Evangelho] me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana", afirmou o Papa em tom sério ante uma multidão congregada na Praça de São Pedro durante sua homilia.

Pouco antes, o sumo pontífice presidiu a procissão de Ramos, apoiado em um bastão esculpido para a ocasião pelos detentos do presídio de San Remo (centro-oeste da Itália), e cercado por dezenas de jovens padres e bispos. "Quem sou eu? Quem sou eu frente a Jesus que sofre?", questionou o papa ao iniciar seu discurso, causando uma tensão palpável entre os fieis.

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"Sou como Judas, capaz de trair Jesus, ou sou como os discípulos que não entendem nada, que dormiam enquanto que o Senhor sofria? Minha vida está adormecida?", indagou o papa argentino.

O Vaticano confirmou nesta terça-feira (25) a celebração de um encontro mundial de famílias católicas na Filadélfia (Estados Unidos) em setembro de 2015, e convidou integrantes de outras igrejas e religiões a participar do evento.

No momento não está confirmada a presença do papa Francisco. Em uma entrevista coletiva dois dias antes da visita do presidente Barack Obama ao Vaticano, o arcebispo da Filadélfia, Charles Chaput, afirmou que o VIII Encontro das Famílias acontecerá de 22 a 27 de setembro de 2015.

O evento acontecerá poucas semanas antes de um sínodo (assembleia dos bispos) consagrado à família no Vaticano. "Rezamos intensamente para que o papa Francisco possa unir-se a nós nesta celebração", disse Chaput.

"A Igreja da Filadélfia é uma comunidade com grande necessidade de renovação, por causa dos abusos sexuais da última década. Neste sentido é uma fotografia da Igreja a nível mundial", completou.

As especulações sobre uma viagem de Francisco aos Estados Unidos, onde o pontífice é muito popular, nunca foram confirmadas. Também se menciona a possibilidade de uma visita às Nações Unidas, já que o papa argentino costuma abordar os grandes problemas internacionais.

Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, manifestou o desejo do Vaticano de que outras igrejas e comunidades cristãs, assim como representantes das grandes religiões mundiais, participem no encontro da Filadélfia.

Grupos católicos fizeram manifestação na noite desta sexta-feira (14) em frente ao Instituto Tomie Ohtake, onde foi realizada a estreia do musical Jesus Cristo Superstar, de Andrew Lloyd Weber. Portando cartazes com dizeres como "A peça ofende gravemente a honra de nosso senhor Jesus Cristo" ou "Pare Já Com Esta Blasfêmia", membros de grupos como a Associação Devotos de Fátima tentaram, sem sucesso, impedir a entrada do público para a apresentação. Eles criticavam também o fato de a peça ser realizada com verbas públicas, conseguidas via leis de incentivo.

O espetáculo que estreou nos anos 1970 na Broadway retrata um Jesus humanizado e o acompanha ao longo de seus últimos seis dias de vida. A crítica se devia tanto ao formato de ópera-rock, considerado inadequado para o tema, quanto a dois elementos da história que alguns consideravam uma blasfêmia: apresentar um Jesus Cristo muito afeiçoado a Maria Madalena e um Judas simpático demais.

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A montagem brasileira, concebida e dirigida por Jorge Takla, tem provocado reações desde que foi anunciada. E, nas últimas semanas, diversos artistas envolvidos receberam ameaças e ofensas nas redes sociais.

"Recebi uma mensagem no Facebook que me deixou chocada", disse ao jornal O Estado de S. Paulo a cantora Negra Li, que interpreta Madalena. "Um rapaz escreveu que eu iria para o inferno, pois não estava sabendo o que fazer com a minha carreira e que, terminada a temporada, eu seria abandonada por todos." Negra Li é evangélica e disse ter considerado ingênuo o comentário. "O musical conta uma história fiel à Bíblia. Não há nada de blasfemo ou agressivo na narrativa."

O ator Igor Rickli, intérprete de Jesus, também afirmou ter recebido manifestações das mais diversas. "Foram diferentes sensações", disse. "Tudo porque o musical trata de fé, o que é delicado, sempre. Mas, em cena, acredito que contamos uma versão da história de um homem que foi líder político e religioso, sem tomar nenhum partido."

O espetáculo tem récitas marcadas para este sábado, quando há duas apresentações previstas, e domingo e fica em cartaz até o dia 8 junho no teatro do Instituto Tomie Ohtake. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fiéis da Igreja Católica em São Paulo realizarão na noite desta quarta-feira, 12, uma vigília para lembrar o primeiro ano do pontificado do papa Francisco, que será celebrado na quinta-feira, 13. O grupo se reunirá nas escadarias da Catedral da Sé, no centro da capital paulista, para rezar por Francisco. "Queremos mostrar que estamos junto com o papa para as mudanças que ele fará na igreja. Vamos pedir em oração que ele tenha saúde, força e sabedoria para promover a reforma que a Igreja precisa", disse Edson Silva, presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo (Clasp), entidade organizadora do evento. Segundo os organizadores, a vigília está prevista para começar às 19h e deverá terminar às 20h30. A Arquidiocese de São Paulo disse que não está prevista a participação de nenhum religioso da Cúria no evento.

O papa Francisco voltou a cortejar hoje os católicos que se distanciaram da Igreja e afirmou que os respeita em sua decisão, mas Deus está "à espera" deles. Os comentários de Francisco foram feitos por ocasião do Dia de Reis, data quando, segundo a tradição católica, os três reis magos visitaram o menino Jesus.

"Quero dizer uma coisa a todos aqueles que se sentem distantes de Deus e da Igreja, e eu digo isso respeitosamente aos temerosos ou indiferentes: o Senhor os chama e deseja que vocês sejam parte de seu povo e o faz com grande respeito e amor!", declarou o pontífice.

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"O Senhor não converte. Ele dá amor e esse amor é dirigido a vocês, está à espera de vocês, vocês que não acreditam ou se distanciaram. Este é o amor de Deus."

Francisco instruiu os padres, bispos e cardeais católicos espalhados pelo mundo a priorizarem em suas ações os ateus e os grupos marginalizados pela Igreja e pela sociedade, especialmente os homossexuais. Fonte: Associated Press.

Vinte e dois agentes pastorais, a maioria padres e voluntários laicos católicos, foram mortos em 2013 no mundo, número quase duas vezes maior do que em 2012, informou nesta sexta-feira (3) a agência missionária Fides.

O continente americano lidera o ranking das violências. Com sede no Vaticano, a agência divulga anualmente este balanço. Segundo ela, 19 padres, uma religiosa e dois laicos foram assassinados no ano passado. No ano anterior, 2012, a Fides registrou 13 mortes; 26 em 2011 e 25 em 2010.

Em seu relatório, a agência mostra que a América é o continente com maior número de mortes: 15 ao todo, especialmente na Colômbia e no México. Há casos também no Brasil, na Venezuela, no Panamá e no Haiti. Na África, três pessoas foram mortas: um padre na Tanzânia, uma religiosa em Madagascar e um laico na Nigéria.

A Ásia também contabilizou três mortes: um padre na Índia, outro na Síria e um laico nas Filipinas. Na Europa, um padre foi assassinado na Itália. Na maior parte dos casos as pessoas foram mortas em tentativas de assaltos à mão armada ou de roubo, seguidas ou não de agressão "brutal e feroz" - informa a Fides, que vê um "sinal de delinquência moral e de pobreza econômica e cultural".

A agência menciona também os casos de padres, religiosos ou laicos que foram sequestrados ou estão desaparecidos. O relatório alerta para a situação na Síria, assolada por uma guerra civil, onde alguns prelados ou religiosos não deram mais sinal de vida. É o caso do padre italiano Paolo Dall’Oglio, desaparecido desde o último mês de julho no norte da Síria.

Milhares de católicos espanhóis se reuniram neste domingo (29) no centro de Madri para celebrar uma missa em defesa da família, dias depois de o governo conservador apresentar um projeto de lei que restringe o direito ao aborto na Espanha.

Os fiéis chegaram desde o início da manhã ao evento, organizado pela Arquidiocese de Madri, que tem o seguinte lema: "A família é um lugar privilegiado para a proclamação do Evangelho a todas as nações".

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"A base de toda a sociedade é a família. E nós viemos celebrar o dia da família", explicava Ignacio González, um comerciante de 49 anos, que saiu de Múrcia (sudeste) e viajou à capital com a esposa e os seis filhos para participar da missa.

Esta missa anual chegou a reunir centenas de milhares de pessoas durante os dois mandatos do ex-presidente de governo socialista José Luis Rodriguez Zapatero (2004-2011).

Na época, os numerosos fiéis denunciavam as reformas do governo socialista, como a legalização do casamento gay, em 2005, e a adoção, em 2010, da lei do aborto, que autorizava a interrupção da gravidez nas primeiras 14 semanas de gestação, ou até a 22ª semana, nos casos de má formação do feto.

No entanto, o atual governo conservador de Mariano Rajoy aprovou, no dia 20 de dezembro, um projeto de lei que autoriza o aborto apenas nos casos de perigo comprovado para a vida ou a saúde mental ou psicológica da mulher, ou nos casos de estupro.

Para Maria Cardador, de 82 anos, "é preciso fazer ainda mais" porque "o aborto é um crime".

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O pátio do Quartel da Polícia Militar do Derby se coloriu, na noite desta terça-feira (24), para receber mais de cinco mil fiéis que se reuniram para celebrar a tradicional Missa do Galo, comandada pela 5ª vez pelo arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido. O sentimento compartilhado pelo público, que compareceu em família, era de gratidão e desejo por mais um ano de paz e amor. Antes da celebração, os presentes foram recebidos pela Orquestra da Polícia Militar e pelo coral do Real Hospital Português que, neste ano, trouxe o musical "Jesus Sertanejo".

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Acompanhado da família, o administrador financeiro Ivanildo Oliveira, de 61 anos, fez questão de participar da cerimônia e ressaltou a importância da confraternização. “Este é um momento para reunir os mais queridos e agradecer ao nosso senhor Jesus”, explica. Sua filha, a advogada Sonielita Oliveira, 33, compareceu a missa pela primeira vez e gostou do que viu. “Achei tudo lindo, é muito bom ver todos reunidos para agradecer a Deus pelo ano que passou e receber uma benção de Saburido deixa tudo ainda melhor”, pontua.

Já o técnico em enfermagem, Edson Lacerda, 31, ressalta que a celebração serve para relembrar no coração de cada um a verdadeira importância do Natal. “Estamos aqui para refletir sobre o nascimento do menino Deus. Muitas vezes, pensamos apenas nos presentes e essa missa vem para relembrar que Jesus Cristo está em nossos corações acima de tudo”, explica.

Durante a missa, Saburido pontuou a trajetória do menino Jesus e enfatizou a importância de por em prática a palavra do nazareno. “Devemos viver embasados na fé e na solidariedade que Jesus tanto pregou para seus fiéis”, reforça.

Para os devotos, ele desejou um Natal abençoado e pediu para que todos procurem participar da comunidade. “Jesus mostra que a vida deve ser voltada completamente à comunidade, vivenciando momentos de generosidade e compartilhando o reino de Deus dia a dia, desta forma, a palavra dele transformará a vida de todos”, finalizou.

Significado - A missa do Galo possui esse nome porque acredita-se que o animal teria cantado fortemente às 0h do dia 25 de dezembro, anunciando o nascimento do menino Jesus. O momento é celebrado pela Igreja Católica desde o século V.

O patriarca de Jerusalém, Fuad Twal, protestou nesta terça-feira (5) contra a demolição pelas forças israelenses de uma propriedade do patriarcado que abrigava uma família palestina em Jerusalém Oriental anexada.

"Esse ato é contra a lei, a justiça e a humanidade, é contra a ideia de construção da paz. Ele aumenta a segregação e o ódio", declarou Twal, a mais alta autoridade católica na Terra Santa, que visitou o local com representantes de todas as correntes cristãs locais, perto do acesso à cidade palestina de Belém.

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Usando escavadeiras, as forças de segurança israelenses começaram a demolir a construção nesta madrugada, afirmando que tinha sido construída sem licença, de acordo os moradores. A família muçulmana despejada tinha 14 pessoas encontrou abrigo em uma barraca.

Twal disse que a propriedade era legal e que o Patriarcado Latino (católico) não tinha recebido uma ordem de demolição por parte das autoridades israelenses.

"Este é um terreno religioso e sempre será. O Ministério (israelense) do Interior e a Prefeitura (israelense) de Jerusalém sabiam muito bem que esta terra pertencia ao Patriarcado", lamentou o prelado que irá acionar a justiça israelense e internacional.

O Ministério do Interior e a Prefeitura não quiseram comentar o caso. A demolição da casa acontece 48 horas antes de uma nova visita do secretário de Estado americano, John Kerry, para impulsionar o processo de paz na região. Kerry se reunirá na quarta-feira com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Belém (Cisjordânia).

Em um comunicado divulgado nesta terça, a Associação Israelense pelos Direitos Civis em Israel (ACRI), alertou que a Prefeitura israelense de Jerusalém havia notificado nos últimos dias centenas de famílias palestinas em Jerusalém Oriental, acusadas de construírem suas casas sem autorização.

Jerusalém Oriental, de maioria árabe, foi ocupada e anexada por Israel em junho de 1967. Essa anexação não é reconhecida pela comunidade internacional.

A Arquidiocese de Recife e Olinda promove, neste domingo (6), na orla de Boa Viagem, a 7ª Caminhada Sim à Vida. A concentração será em frente ao antigo Castelinho e tem início previsto para às 8h. A ideia, segundo a Arquidiocese, é fazer ecoar a vida que deve ser defendida em toda e qualquer situação por ser um bem supremo concedido por Deus. 

Pela segunda vez, o ato público reunirá - além de fiéis das 19 cidades que compõem o território arquidiocesano -, caravanas de nove dioceses dos municípios de Palmares, Caruaru, Nazaré, Afogados da Ingazeira, Garanhuns, Pesqueira, Petrolina, Salgueiro e Floresta, devem comparecer ao evento. 

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Durante o percurso, sete trios elétricos animarão os participantes. Entre as atrações estão alguns cantores e bandas religiosas. Além de frei Damião Silva e Guerreiros na Fé, Tribos de Jacó, Chama, Pão dos Anjos, Chiquinho de Jesus, Betsaida, Adeã e Coração Novo. A cantora Elba Ramalho, engajada na luta contra a legalização do aborto, também confirmou presença.

Abaixo-assinado - A caminhada é uma das ações promovidas durante a Semana Nacional da Vida celebrada entre os dias 1º e 8 de outubro, em todo o Brasil. Há outras atividades previstas que serão realizadas nas 112 paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife. A Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família está recolhendo assinaturas para o abaixo-assinado em defesa da vida humana.

A iniciativa está sendo realizada desde o início do mês de setembro nas paróquias, grupos e pastorais. Após recolhido, o documento será encaminhado à bancada de deputados e senadores de Pernambuco. Entre as reivindicações feitas está a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), garantindo o direito à vida desde a concepção. 

7ª Caminhada "Sim à Vida"

Local: Orla de Boa Viagem - Recife (em frente ao Castelinho)

Dia: 6 de outubro de 2013

Horário: 8h - Concentração

9h - Saída

Com informações da assessoria

O Papa Francisco convocará para o início de novembro uma reunião de especialistas católicos encarregados de preparar um "plano de ação" contra o tráfico de seres humanos e a escravidão, dois dos principais escândalos do mundo moderno, anunciou a Rádio Vaticano.

As academias pontifícias de Ciências e Ciências Sociais e a FIAMC (Federação Internacional de Associações Médicas Católicas) formarão um grupo de trabalho que se reunirá nos dias 2 e 3 de novembro, no Vaticano.

O grupo ficará encarregado de realizar uma análise sobre a real situação do tráfico de seres humanos com o objetivo de estabelecer um plano de ação internacional de combate a esta prática.

O Papa Francisco começará na próxima semana uma visita de uma semana ao Brasil, onde irá se reencontrar com a América Latina, região de onde é originário e que possui o maior número de católicos no mundo. A Igreja latino-americana conta com 432 milhões de fiéis, de um total de 1,2 bilhão no planeta, segundo a Conferência Episcopal da América Latina (CELAM), com sede em Bogotá.

Porém, a região só tem 15 cardeais em atividade (sem incluir os dois do Caribe, o de Cuba e o outro da República Dominicana), que são os mais altos prelados e que participam da eleição do papa, caso tenham menos de 80 anos.

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O país latino-americano com maior porcentagem de católicos em relação à população é o Paraguai (89%), seguido pelo México (87%); e o de menor porcentagem é o Uruguai (47%), seguido pela Bolívia (59%).

A CELAM não tem informações sobre os países caribenhos, mas a Igreja cubana estima que haja 10% de católicos no país.

Seguem abaixo os principais dados da Igreja Católica nos países continentais da América, atualizados em 2012 e disponibilizados pelo Observatório Pastoral da CELAM:

-Argentina: 69% da população de 40,7 milhões é católica. Possui dois cardeais e conta com 2.674 paróquias, 3.446 sacerdotes diocesanos e 2.202 sacerdotes de ordens religiosas.

-Bolívia: 59% da população de 10 milhões é católica. Possui um cardeal e conta com 607 paróquias, 549 sacerdotes diocesanos e 649 sacerdotes religiosos.

-Brasil: 74% da população de 194 milhões de habitantes são de católicos, segundo a CELAM, ao passo que, de acordo com os dados do último censo do IBGE em 2010, seriam 64,6% de católicos. Segundo ainda a CELAM, o país dois cardeais e conta com 9.222 paróquias, 9.951 sacerdotes diocesanos e 6.902 sacerdotes religiosos.

-Colômbia: 80% da população de 46,9 milhões é católica. Possui um cardeal e conta com 3.831 paróquias, 5.661 sacerdotes diocesanos e 2.259 sacerdotes religiosos.

-Costa Rica: 74% da população de 4,7 milhões é católica. Conta com 554 sacerdotes diocesanos e 205 sacerdotes religiosos.

-Chile: 69% da população de 17 milhões é católica. Tem dois cardeais e conta com 1.161 sacerdotes diocesanos e 1.239 sacerdotes religiosos.

-Equador: 83% da população de 14,6 milhões de habitantes é católica. Conta com 1.208 paróquias, 1.076 sacerdotes diocesanos e 721 sacerdotes religiosos.

-El Salvador: 74% da população de 6,2 milhões é católica. Conta com 501 sacerdotes diocesanos e 235 sacerdotes religiosos.

-Guatemala: 60% da população de 14,7 milhões é católica. Possui um cardeal e conta com 404 paróquias, 508 sacerdotes diocesanos e 484 sacerdotes religiosos.

-Honduras: 85% da população de 7,7 milhões é católica. Tem um cardeal e conta com 182 paróquias, 203 sacerdotes diocesanos e 214 sacerdotes religiosos.

-México: 87% da população de 114,8 milhões é católica. Possui três cardeais e conta com 6.101 paróquias, 11.016 sacerdotes diocesanos e 3.602 sacerdotes religiosos.

-Nicarágua: 72% da população de 5,8 milhões é católica e conta com 298 paróquias, 374 sacerdotes diocesanos e 119 sacerdotes religiosos.

-Panamá: 80% da população de 3,5 milhões é católica e conta com 199 paróquias, 212 sacerdotes diocesanos e 189 sacerdotes religiosos.

-Paraguai: 89% da população de 6,5 milhões é católica e conta com mais de 500 sacerdotes.

-Peru: 81% da população de 29,4 milhões é católica. Tem um cardeal e conta com 1.360 paróquias, 1.488 sacerdotes diocesanos e 1.111 sacerdotes religiosos.

-Uruguai: 47% da população de 3,3 milhões é católica. Conta com 223 sacerdotes diocesanos e 250 sacerdotes religiosos.

-Venezuela: 71% da população de 29,2 milhões é católica. Tem um cardeal e conta com 1.256 paróquias, 1.493 sacerdotes diocesanos e 1.064 sacerdotes religiosos.

(A CELAM não possui informações sobre Cuba, República Dominicana e Haiti)

Vários grupos muçulmanos da Malásia pediram nesta sexta-feira ao governo a expulsão do núncio do Vaticano, o arcebispo Joseph Marino, considerado "inimigo do Estado" por apoiar o uso da palavra "Alá" por não muçulmanos.

Dezenas de manifestantes se reuniram em frente à missão do Vaticano em Kuala Lumpur, a capital da Malásia, de maioria muçulmana, após a tradicional oração de sexta-feira para pedir a expulsão do representante diplomático da Santa Sé.

Marino, que chegou a Kuala Lumpur há menos de seis meses, recebeu recentemente uma advertência do governo depois de ter falado em uma conferência religiosa sobre o direito de traduzir "Deus" por "Alá" em uma Bíblia escrita em malaio.

O governo considera que a palavra "Alá" só pode ser usada por muçulmanos e teme que a tradução de "Deus" por "Alá"" nas Bíblias em malaio crie confusão e seja uma forma de proselitismo da Igreja católica.

Na terça-feira, Marino foi convocado no ministério das Relações Exteriores para explicar suas palavras, e depois se desculpou, mas não parece ser suficiente para as organizações muçulmanas da Malásia.

"Marino deve sair da Malásia", disse Hassan Ali, líder do grupo islâmico JATI, que pede que o governo encerre a missão e não aceite nenhum outro enviado do Vaticano.

A Malásia tem mais de 2,5 milhões de cristãos e uma população total de 28 milhões de habitantes, 60% deles muçulmanos.

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