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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira, 10, o projeto que institui o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023, com metas e diretrizes para o período.

Os parlamentares aprovaram o substitutivo apresentado pelo relator do projeto, senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR). Entre as mudanças feitas pelo relator está a elevação em R$ 37,5 bilhões no valor destinado a projetos prioritários nos quatro anos do PPA, que passou de R$ 16,5 bilhões para R$ 54 bilhões. Isso foi feito após o senador acolher 216 emendas apresentadas com esse intuito.

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Além disso, o relator permitiu que esses investimentos prioritários sejam financiados por emendas parlamentares impositivas. O texto também restringiu o grau de liberdade do Poder Executivo para alterar os projetos prioritários a 25% do valor total da carteira.

No envio do PPA ao Congresso Nacional, o governo, em um momento restrição fiscal, optou por estabelecer critérios rígidos para filtrar os investimentos que integram o PPA e direcionou recursos para obras que estão mais próximas da entrega.

A lista original contemplava apenas investimentos com mais de 20% do custo total executado, com previsão de conclusão até 2023 e livres de pendências.

O relator definiu ainda que, a partir de 2021, novos projetos de grande vulto somente poderão ser iniciados se estiverem registrados em um Banco de Projetos e tiverem atestado prévio de viabilidade técnica e socioeconômica.

Serão considerados de grande vulto projetos acima de R$ 50 milhões quando financiados com recursos do Orçamento da União e acima de R$ 100 milhões quando financiados pelas estatais.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira (3) o parecer sobre a receita na proposta orçamentária para 2020 (PLN 22/2019). O texto enviado pelo Poder Executivo foi aprovado com duas emendas apresentadas pelo relator da receita, senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

O relator elevou em R$ 7 bilhões as receitas totais da União após entender que a equipe econômica subestimou o total de dividendos que as empresas estatais poderão repassar no próximo ano. A medida abre espaço para um aumento nas despesas até o limite do teto de gastos, conforme a Emenda Constitucional 95.

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Na proposta orçamentária revisada, encaminhada pelo governo ao Congresso em 26 de novembro, os dividendos foram estimados em R$ 6,5 bilhões. Até o dia 30, porém, já foram repassados mais de R$ 20 bilhões, afirmou Zequinha Marinho. Assim, para 2020 ele avaliou que os dividendos podem chegar a, no mínimo, R$ 13,5 bilhões.

Crescimento

O texto do Poder Executivo estimou as receitas totais em R$ 3,680 trilhões. Com o ajuste proposto por Zequinha Marinho, o montante vai a R$ 3,687 trilhões. Já as despesas, inicialmente fixadas em R$ 3,559 bilhões, ainda serão objeto de análise por 16 relatores setoriais e pelo relator-geral, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

Segundo o Ministério da Economia, a soma das despesas fixadas na proposta orçamentária está abaixo do limite constitucional.

“Em relação ao teto de gastos, foi possível apurar espaço não utilizado de R$ 6,9 bilhões, o qual poderá ser empenhado caso o Congresso estabeleça fontes de receitas adicionais”, informou o senador.

A revisão da proposta orçamentária decorreu, entre outros fatores, do ajuste às previsões macroeconômicas para 2020 no crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) — subiu de 2,17% para 2,32% — e na inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu de 3,9% para 3,5%.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) questionou essas previsões e a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Não há sinais de crescimento econômico. Como esperar confiança dos investidores se há pessoas que já pedem o afastamento de Guedes, agora que ele se meteu a falar da ditadura”, afirmou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o PIB cresceu 1% no acumulado dos quatro trimestres terminados em setembro de 2019, na comparação com igual período anterior. No terceiro trimestre deste ano, em comparação ao segundo, a alta foi de 0,6%, puxada pelo consumo das famílias.

Tramitação

Pelo cronograma atualizado da CMO, o relatório da receita será analisado pelo relator-geral, Domingos Neto, que deve apresentar ainda nesta terça o seu parecer preliminar. Os 16 relatórios setoriais da despesa devem ser apresentados até o dia 11, e a votação do parecer final de Domingos Neto na CMO, até o dia 17. Em seguida, a proposta orçamentária será encaminhada para análise do Congresso.

*Da Agência Senado

Com informações da Agência Câmara Notícias

 

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) realiza audiência pública nesta quarta-feira (25), às 14h30, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre as propostas do governo Jair Bolsonaro para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 e para o Plano Plurianual (PPA) de 2020-2023. Os textos foram entregues pelo Poder Executivo no final de agosto, como previsto na Constituição. A presença do ministro para falar de cada nova peça orçamentária é uma exigência da resolução (1/2006) que disciplina os trabalhos da CMO.

A proposta da LOA (PLN 22/2019) indica que o salário mínimo terá correção apenas pela inflação, sem aumento real, passando de R$ 998 para R$ 1.039. A variação do Produto Interno Bruto (PIB) foi estimada em 2,17% em 2020. Foi mantida em R$ 124,1 bilhões a meta para o deficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Neste ano, o deficit previsto é de R$ 139 bilhões. Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho.

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O relator do projeto da LOA, deputado Domingos Neto (PSD-CE), disse que os investimentos no próximo ano, de apenas R$ 19 bilhões, estão muito aquém do necessário. Em relação a este ano, a redução será de 15%.

O novo Orçamento deveria ter sido elaborado com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que ainda não foi aprovada pelo Congresso. Quando isso acontece, o governo utiliza como base o projeto original da LDO (PLN 5/2019).

Planejamento estratégico

No caso do projeto do PPA (PLN 21/2019), o relator, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), já apresentou parecer preliminar com emendas. O texto estava na pauta da CMO desta terça-feira (24), mas não houve acordo entre os líderes partidários para a votação.

Conforme o relator, o PPA 2020-2023 traz uma mudança estrutural em relação aos anteriores. Os objetivos, segundo o governo Bolsonaro, são “a simplificação metodológica, o realismo fiscal, a integração entre planejamento e avaliação, a visão estratégica e o foco em resultados”.

A PPA 2020-2023 soma R$ 6,8 trilhões no período de quatro anos. São cinco eixos principais — econômico, social, infraestrutura, ambiental e institucional —, mais a estratégia de defesa, consubstanciados em 13 diretrizes e 15 temas.

No total, a proposta do governo prevê 66 programas e 61 metas quantificáveis. O atual PPA, aprovado no governo Dilma Rousseff para o período 2016-2019, tem 54 programas, 304 objetivos e 1.136 metas.

Em nota técnica conjunta, as consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado sugeriram possíveis ajustes no texto. “Resta o desafio de promover os aperfeiçoamentos necessários”, diz o documento.

Crédito adicional

A CMO aprovou nesta terça-feira (24) projeto de lei do Congresso (PLN 20/2019) que concede crédito especial de R$ 56,5 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Regional. A proposta remaneja recursos por meio de emendas da bancada de Pernambuco. O texto foi aprovado na forma de substitutivo apresentado pelo relator, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que acatou uma emenda e promoveu ajuste a pedido do governo de Pernambuco, com aval da bancada estadual.

* Da Agência Câmara Notícias

 

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional realiza nesta quinta-feira (12), a partir das 10h, uma audiência pública sobre os impactos da reestruturação da Receita Federal sobre a segurança das fronteiras e o fluxo de comércio exterior. O evento contará com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Uma reorganização institucional da Receita no ano de 2019 reduziu de dez para cinco o número de superintendências regionais no país. O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que solicitou a audiência, argumenta que a medida pode ter reduzido a efetividade do órgão. Além disso, ele destaca que o quadro funcional da Receita está envelhecido, sem a perspectiva de novas contratações, devido a restrições orçamentárias.

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A audiência contará com representantes da categoria dos auditores, como Floriano Sá Neto, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), e Charles Alcantara, presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco). Completam a mesa o auditor Dão dos Santos, diretor de assuntos institucionais do Instituto de Justiça Fiscal, e a deputada Nilse Pinheiro (PRB), da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

Pelo lado do governo federal, além de Guedes, estará presente o secretário especial da Receita, Marcos Cintra.

Créditos suplementares

Antes da audiência, na terça-feira (10), a CMO terá sessão deliberativa para votar três projetos que abrem créditos suplementares para ministérios, órgãos e empresas, no valor total de R$ 1,87 bilhão.

O PLN 13/2019 redistribui R$ 39 milhões entre diversos programas ministeriais. Os principais beneficiados são o Fundo Nacional de Saúde, que receberá R$ 20,6 milhões para diversos serviços; e o Ministério da Ciência e Tecnologia, que receberá R$ 3,6 milhões para projetos de inclusão digital.

O PLN 15/2019 disponibiliza R$ 1,8 bilhão para a Petrobras. O dinheiro será usado para desenvolvimento de produção e manutenção de infraestrutura e de sistemas de segurança, e sairá do orçamento do Ministério de Minas e Energia.

O PLN 17/2019 realoca um total de R$ 12,5 milhões distribuídos entre os orçamentos da Controladoria-Geral da União (CGU), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do Ministério do Desenvolvimento Regional. Cada um dos órgãos seguirá com a mesma dotação.

Além dos projetos, a CMO poderá votar três requerimentos para a realização de audiências públicas sobre investimentos em ciência e tecnologia (dois deles) e na primeira infância.

*Da Agência Senado

 

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quinta-feira (8) um projeto de lei que prevê crédito especial de R$ 89,66 milhões para diferentes ramos do Judiciário (Federal, Eleitoral e do Trabalho). O relator, deputado Silvio Costa Filho (PRB-PE), apresentou parecer favorável à proposta do Poder Executivo (PLN 8/19).

Os recursos para o Judiciário destinam-se à aquisição e à reforma de imóveis. No caso da Justiça Federal, o projeto envolve a conclusão da reforma de edifício em Novo Hamburgo (RS) e a reforma das instalações em São João del-Rei (MG).

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Na Justiça Eleitoral, os recursos destinam-se à modernização do sistema de ar-condicionado da sede do tribunal regional em Porto Alegre. O projeto prevê ainda a aquisição de imóvel para acomodar um fórum trabalhista em Recife e outro em São José dos Pinhais (PR).

Tramitação

A proposta segue para análise de deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso Nacional.

*Da Agência Câmara Notícias

 

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quinta-feira (8) o projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. O texto ainda precisa ser aprovado em sessão conjunta do Congresso Nacional antes de seguir para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Constitucionalmente, deputados e senadores deveriam ter aprovado a LDO pelo Congresso antes do recesso legislativo. No entanto, o recesso, que começaria dia 18 de julho, foi antecipado após a conclusão da votação do primeiro turno da reforma da Previdência sem a análise do parecer na CMO.

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Salário mínimo

O texto prevê que o salário mínimo seja reajustado para R$ 1.040 em 2020, sem ganho acima da inflação. O o aumento nominal será de 4,2% na comparação com o valor atual do mínimo (R$ 998). A variação é a mesma prevista para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para os dois anos seguintes, a proposta sugere que a correção também siga apenas a variação do INPC.

Em relação à meta fiscal, o projeto prevê um déficit primário para 2020 no valor de R$ 124,1 bilhões para o governo central, que considera as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. Para este ano, a meta é de déficit de R$ 139 bilhões.

Reajuste salarial

O relatório da proposta da LDO de 2020 (PLN5/2019) incluiu a permissão para que o Executivo autorize reajuste salarial para o funcionalismo público em 2020. A medida contraria o governo que, na proposta original enviada ao Congresso em abril, prevê a possibilidade de aumento apenas aos militares.

Fundo eleitoral

O relator da LDO na Comissão Mista de Orçamento, deputado Cacá Leão (PP-BA), também modificou o trecho da proposta enviada pelo governo que trata da destinação de recursos para o Fundo Eleitoral para as eleições municipais de 2020. Segundo ele, o texto original do Executivo não estabelecia limite para os repasses. Em seu parecer, Cacá Leão definiu teto de 0,44% da Receita Corrente Líquida (RCL) deste ano, equivalente a R$ 3,7 bilhões.

 

Com a apresentação, no domingo (7), do relatório final do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 (PLN 5/2019), o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse acreditar que a proposta deve ser votada nos próximos dias, antes do prazo constitucional de 17 de julho. O relatório é do deputado Cacá Leão (PP-BA).

Em entrevista à Rádio Senado, o senador afirmou que a LDO poderá ser votada nesta semana na CMO e em sessão do Congresso assim que o presidente Davi Alcolumbre convocá-la. Castro reforçou que, mesmo com os deputados concentrados na aprovação, no Plenário da Câmara, da reforma da Previdência (PEC 6/2019), é possível aprovar a LDO na CMO.

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“São assuntos complexos, mas uma coisa não interfere na outra. Porque a CMO vota muitas matérias por consenso. É uma comissão que só funciona se houver muita compreensão, muito diálogo. Até agora nós estamos cumprindo todos os prazos, desde que iniciamos, e acredito que tudo transcorra com normalidade”, afirmou.

Marcelo Castro explicou que o relator Cacá Leão analisou as emendas individuais dos parlamentares durante o fim de semana para que a comissão pudesse ficar livre para analisar o relatório já nesta semana.

Regra de ouro

Segundo o presidente da CMO, a maior dificuldade da comissão foi a aprovação do PLN 4/2019 (transformado na Lei 13.843, de 2019), que quebrou a chamada “regra de ouro” — proibição à União de se endividar para custear despesas correntes. O PLN autorizou um crédito no valor de R$ 248,9 bilhões para o governo pagar benefícios previdenciários, Bolsa Família e Plano Safra, entre outros. O texto foi aprovado com unanimidade pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.

“Foi a primeira vez que ocorreu na nossa história, depois do Advento da Constituição de 1988, a gente quebrar a regra de ouro. Era importante para os aposentados do INSS, para o Bolsa Família, para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e para o Plano Safra, então era uma causa muito nobre. Todos se sensibilizaram, fizemos amplos debates, mas no final tudo ocorreu dentro do esperado”, declarou.

 

*Da Agência Senado

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o trabalho dos tribunais de contas dos Estados (TCEs) ainda é falho quando comparado ao do Tribunal de Contas da União (TCU). "O TCU deveria descer através dos TCEs. Vários governadores cometeram excessos e não foram ajudados pelos TCEs. Ao contrário, foram ajudados a cometerem excessos", avaliou Guedes, durante audiência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na tarde desta terça-feira, 14.

Ele disse que, de alguma forma, é preciso haver coordenação. O TCU pode ajudar, na visão do ministro, a coordenar o trabalho do TCE.

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Contato: aline.bronzati@estadao.com e lorenna.cardoso@estadao.com

A audiência pública da Comissão Mista de Orçamento (CMO) com o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, que ocorreria na manhã desta quinta-feira (8) foi adiada por falta de quórum. Após uma hora do horário previsto para o início da sessão, apenas quatro parlamentares estavam presentes no plenário 2 da Câmara dos Deputados.

A audiência foi remarcada para a terça-feira (13), às 16 horas.

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O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as cobranças pelo envio de uma projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) para "corrigir" trechos vetados pelo presidente Michel Temer na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e defendeu a aprovação ainda nesta terça-feira, 29, da mudança das metas fiscais para 2017 e 2018. Questionado sobre o envio do projeto, Jucá disse que o governo "tem palavra" e "não há nenhum obstáculo" para a votação das metas.

O envio do PLN é esperado por integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que acusaram o governo de descumprir acordo. Irritados, eles ameaçam derrotar a revisão da meta fiscal deste ano e de 2018 para autorizar déficits de até R$ 159 bilhões nas contas públicas, em cada um dos anos.

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"O governo está negociando com a Comissão Mista de Orçamento o PLN para corrigir vetos na LDO, está conversando com o presidente da comissão, senador Dário Berger (PMDB-SC), portanto, não há nenhum tipo de obstáculo", rechaçou Jucá, antes de defender que o Congresso aprove a revisão da meta ainda nesta terça. "Se depender de mim, aprova a meta fiscal hoje. Aprovar revisão da meta até amanhã é fundamental. A prioridade é votar e liberar o orçamento para se aplicar em políticas públicas. Precisamos destravar a máquina pública, por conta do déficit que foi subestimado."

Jucá também se mostrou otimista em relação à aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP), nova taxa de juros que será usada pelo BNDES em seus financiamentos. Como a Medida Provisória que institui a nova taxa expira em 7 de setembro, o líder afirmou que há prazo suficiente para o governo garantir a aprovação da proposta

"Se aprovar hoje na Câmara, ainda temos esta semana e a próxima para aprovar no Senado. Haverá prazo, sim, e vamos aprovar essa MP. Aprovar a TLP é importante para reduzir os juros estruturais e beneficiar a maioria da população brasileira", explicou o senador.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMD-RR), afirmou nesta segunda-feira, 21, que durante apresentação do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, na sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta terça-feira, 22, o recado que será dado é que houve frustração da arrecadação e também que o fato de a reforma da Previdência ainda não ter sido aprovada prejudicou ainda mais as contas do governo.

"O recado é mostrar o tipo de frustração de arrecadação, o tipo de aumento do déficit da Previdência", disse. Segundo ele, quando o governo apresentou a proposta de reforma da Previdência muitos apressaram a aposentadoria com medo de perder algum tipo de direito. "Não perderiam, mas algum se apressaram em se aposentar. Aumentou o rombo e não se votou a reforma da Previdência. Então, não se teve o bônus. A reforma da Previdência surpreendeu negativamente na questão do déficit, nós tivemos queda de arrecadação", disse.

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Apesar disso, o senador afirmou que a reforma da Previdência é possível. "Nós temos que trabalhar para aprovar a reforma da Previdência. Temos que discutir com a Câmara como irá ser posta esta reforma da Previdência e a partir daí temos a condição de aprovar o que for possível e avançar no controle, na ação de mudar este déficit ao longo do tempo."

Jucá citou também a frustração por conta da repatriação, "já que foi proibido parente de agente público" e que o governo teve "várias frustrações que devem ser debatidas". "Eu acho que, ao criar o limitador do gasto público, o governo definiu o seu gasto fiscal. Déficit ou superávit, durante uma transição, será resultado desse esforço. Depois, nós teremos superávit direcionado todo para o abatimento da dívida, portanto, a médio prazo essa questão está superada. Eu acho que um déficit para o ano faz parte de uma transição", completou.

Em relação à revisão de vetos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, Jucá disse que está sendo feita uma negociação. "Alguns vetos que a comissão de orçamento reclamou e, com razão, eu acho que foi preciosismo vetar alguns pontos ali, então acho que está sendo negociado que o governo mande um PL reinserindo alguns vetos que foram vetados para a LDO de 2018."

O senador comentou ainda que o governo pretende votar a revisão da meta fiscal até o fim do mês. "Nós queremos votar a meta, se depender do nosso esforço, até o final do mês. Acho que o governo precisa destravar os ministérios. Nós precisamos ter uma condição de liberar gastos públicos e investimentos em setores estratégicos. Então, portanto, que a meta seja votada para depois se ter o gasto", afirmou.

Nesta terça-feira (11), a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) elege o presidente e seus três vice-presidentes. Pelo rodízio entre as duas casas do Congresso Nacional, o comando neste ano caberá ao PMDB, maior partido do Senado.

Quem deve assumir a presidência é a senadora Rose de Freitas (ES), conforme anúncio feito na semana passada. A CMO é composta de 46 titulares (34 deputados e 12 senadores), com igual número de suplentes. A distribuição das vagas segue o critério da proporcionalidade das bancadas partidárias. PMDB e PT têm maior número de integrantes.

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O colegiado é responsável por analisar os projetos que definem os gastos do Executivo, avalia como esses recursos são aplicados e aponta eventuais irregularidades. A CMO vota o Plano Plurianual (PPA), com metas de governo a serem atingidas nos quatro anos seguintes; a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece os parâmetros do Orçamento; e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que organiza as receitas e despesas que o governo terá no ano seguinte.

Com informações da Agência Senado.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou nessa quarta-feira (14) o texto-base do Orçamento da União para 2017, que fixa os gastos federais em R$ 3,7 trilhões e estabelece o salário mínimo em R$ 945,80 para o próximo ano. Este primeiro Orçamento feito dentro das regras da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos Públicos, que deve ser sancionada esta semana. A expectativa é que o texto seja colocado em votação em sessão do Congresso Nacional nesta quinta-feira (15), porém, na madrugada de ontem ainda faltavam três destaques para serem votados.

]Segundo o texto, que teve relatoria do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), o produto interno bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) tem previsão de crescimento de 1,3% e a estimativa é que a inflação fique em 4,8%. A taxa Selic prevista é 12,11%, enquanto o câmbio médio foi projetado para R$3,43 por dólar.

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Dos R$ 3,7 trilhões previstos para o Orçamento, R$ 046,4 bilhões serão destinados para o refinanciamento da dívida pública. Braga disse que seu relatório foi elaborado com base na PEC do Teto dos Gastos Públicos e as despesas primárias foram corrigidas em 7,2%, que é a inflação estimada para 2016.

O senador também explicou que, em função da PEC, o mínimo constitucional referente à saúde (15% da receita corrente líquida) passa a vigorar em 2017 e não em 2020. “Isso permitiu que passássemos de R$105,5 bilhões para R$ 115 bilhões o Orçamento da área”, disse. A educação receberá no ano que vem R$ 85,6 bilhões

As despesas com pessoal e encargos sociais serão de R$306,8 bilhões, um aumento de 10% em relação a 2016. O texto também prevê R$ 90 bilhões para investimentos em estatais, como a Petrobras e a Eletrobras, R$ 58,3 bilhões para investimentos com recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e R$ 29,3 bilhões para o Programa Bolsa Família.

Como o texto ainda segue para votação no Plenário, ainda pode sofrer mudanças, inclusive no valor do teto dos gastos.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou o relatório final do Orçamento de 2017 à Comissão Mista de Orçamento (CMO). O texto está disponível na internet e a expectativa é que seja votado na quarta-feira, 12. A previsão de receitas e despesas totais do Orçamento passou de R$ 3,489 trilhões previstos no projeto enviado pelo Executivo para R$ 3,505 trilhões no parecer final do relator.

No relatório, o senador prevê o atendimento de R$ 24,931 bilhões em emendas parlamentares. Foram atendidas todas as emendas individuais e de bancada impositivas. Foram R$ 11,7 bilhões para emendas de bancada estadual, R$ 7,8 bilhões para emendas apresentadas por deputados federais, R$ 1,2 bilhão para emendas de senadores, R$ 2,3 bilhões para emendas de comissão do Senado, R$ 1,3 bilhão para emendas de comissão da Câmara dos Deputados, R$ 331 milhões para emendas de comissão mista do Congresso.

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Para a área da saúde, foram destinados R$ 115,3 bilhões, em atendimento do mínimo constitucional de 2017 previsto pela PEC do Teto de Gastos, que é de 13,7%. A proposta de orçamento enviada pelo governo previa o montante de R$ 105,5 bilhões. O mínimo foi alcançado com o atendimento de emendas destinadas à saúde, sendo R$ 4,8 bilhões individuais, R$ 2,2 bilhões coletivas e R$ 2,7 bilhões alocados pelo relator.

Para a educação, estão previstos R$ 85,6 bilhões, sendo R$ 52,2 bilhões de fontes específicas e o restante de outras fontes.

Às 11 horas, Braga concederá uma entrevista coletiva para explicar as mudanças.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou no final da manhã desta quinta-feira, 24, o relatório preliminar do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre o Orçamento de 2017. Agora, haverá apreciação de 17 destaques apresentados.

O documento já inclui o espaço de R$ 9 bilhões referente ao aumento do teto de gastos para 2017, que foi possível pela arrecadação extra do governo este ano com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior.

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Braga apresentou o relatório na última segunda-feira, 21, e detalhou o documento na terça (22). Além do aumento do teto, foram cortados R$ 6 bilhões em recursos de subvenções do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais.

Os recursos foram remanejados principalmente para que a Saúde alcance o patamar de 15% da receita corrente líquida, como previsto na PEC do teto dos gastos. Foram R$ 9,9 bilhões adicionais para o Orçamento da área - dos quais R$ 3,2 bilhões serão atendidos por emendas individuais e de bancadas.

Para a Educação e Cultura foi adicionado R$ 1,2 bilhão; R$ 1,6 bilhão foi destinado para atender emendas de bancadas e R$ 2,7 bilhões para emendas não impositivas. Já o Fundo de Incentivo à Exportação (Fiex) deve receber mais R$ 1,9 bilhão.

O parecer preliminar aprovado nesta quinta não inclui os novos parâmetros de crescimento da economia. Na segunda, o Ministério da Fazenda cortou de 1,6% para 1% a previsão de alta do PIB em 2017. De acordo com o relator, o Congresso não foi informado do impacto que essa redução terá na arrecadação e, portanto, é preciso acompanhar o relatório de receitas já aprovado.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, nesta quinta-feiras (17), o relatório da receita orçamentária para 2017 com elevação da arrecadação federal em R$ 13,2 bilhões, totalizando R$ 1,407 trilhão. A proposta orçamentária original (PLN 18/16) previa R$ 1,393 trilhão. O parecer foi feito pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO).

Do acréscimo aprovado, R$ 10,1 bilhões representam receita para o governo federal. Os outros R$ 3,1 bilhões vão para estados e municípios por determinação constitucional.

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Os R$ 13,2 bilhões vem da previsão de arrecadação com a reabertura do prazo de regularização de ativos não declarados movimentados por brasileiros no exterior, a chamada repatriação. O relator, deputado Daniel Vilela, não reestimou os demais tributos federais por considerar que eles foram “adequadamente projetados pelo governo”.

Essa receita extra é chamada de receita condicionada, pois ainda depende de aprovação de proposta em tramitação no Congresso Nacional.

A próxima fase da tramitação da proposta orçamentária é a apresentação do relatório preliminar pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). O relatório deverá indicar como a receita líquida de R$ 10,1 bilhões será utilizada nas dotações orçamentárias.

O texto também precisará indicar as condições, restrições e limites que deverão ser obedecidos pelos 16 relatores setoriais e pelo relator-geral no remanejamento e cancelamento das dotações da proposta orçamentária.

*Com informações da Agência Câmara e da Agência Senado

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quinta-feira (17) de forma simbólica, o relatório de receitas de Orçamento de 2017. O parecer foi apresentado pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) com uma única mudança: a inclusão de valores a serem arrecadados com a nova edição do programa de repatriação no ano que vem.

A discussão do relatório durou menos de dez minutos, com apenas duas intervenções. A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) criticou o documento, que traz estimativas irreais na avaliação dela. "Os dados de que dispomos apontam superestimação de receita", disse a senadora.

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Segundo Lúcia Vânia, o relatório prevê crescimento superior a 10% na arrecadação, acima do efetivamente obtido nos últimos anos. Além disso, a senadora apontou que, considerando o avanço do PIB e da inflação previsto no boletim Focus, do Banco Central, a receita deve crescer 6,58% na melhor das hipóteses. "Gostaria de saber que medidas (o Congresso) poderia adotar para adequar receita."

O próprio Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que as estimativas de receitas no Orçamento estão superestimadas. Um dos problemas está nos multiplicadores usados pela Receita Federal para prever o "efeito quantidade", isto é, a variação no volume de vendas de determinados produtos.

A arrecadação com imposto de importação, por exemplo, presume elevação de 22%, enquanto o próprio setor, em avaliações preliminares, diz esperar avanço de 10%. Já no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, o multiplicador considera avanço de 8,6% nas vendas, enquanto economistas preveem crescimento mais contido, entre 3% e 4%.

Vilela, que já havia defendido as avaliações da equipe econômica no relatório, argumentou que os valores estão adequados. "Acreditamos que estimativas apresentadas foram bastante adequadas para momento que País passa", afirmou. "Há otimismo moderado e conservador para 2017, que entendemos como adequado."

O deputado Júlio Cesar (PSD-PI), por sua vez, questionou por que as receitas de imposto de renda com a nova repatriação estavam contabilizadas apenas como tributação de pessoa física. "Pessoa jurídica não poderá aderir?", indagou. Vilela afirmou que, na edição da repatriação encerrada em 31 de outubro, mais de 90% dos recursos foram declaradas por pessoa física, por isso a opção, mas prometeu ajustes no texto.

Repatriação

O relatório de receitas trouxe estimativa de arrecadação de R$ 13,18 bilhões com o programa de repatriação no ano que vem. Desse valor, R$ 10,15 bilhões ficarão com a União e outros R$ 3,03 bilhões serão transferidos a Estados e municípios. Com isso, o Congresso Nacional evita a necessidade de um corte maior nas despesas.

Sem os recursos do programa de regularização de ativos, o relator-geral do Orçamento, Eduardo Braga (PMDB-AM), já calculava a necessidade de reduzir R$ 13 bilhões em gastos. Agora, a tesourada deve ser menor, de até R$ 4 bilhões. Durante a tramitação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, o então relator, senador Wellington Fagundes (PR-MT), alardeou que o texto não traria estimativas de receitas com medidas ainda não aprovadas, uma vez que essa iniciativa "fere o realismo orçamentário".

Mas o texto final da LDO permite a inclusão de projeções de arrecadação com projetos em tramitação. A condição é que as despesas condicionadas à aprovação dessas medidas sejam identificadas para o caso de necessidade de contingenciamento.

O deputado Júlio Cesar chegou a dizer nesta quinta que as receitas com a repatriação estão "subestimadas", pois há chances reais de o governo arrecadar igual valor ao obtido este ano, R$ 46,8 bilhões. Mas o relator de receitas afirmou que preferiu adotar um número "conservador".

Os membros da Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovaram nesta terça-feira, 2, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, com o encaminhamento de 61 destaques (mudanças no texto) acatados integral ou parcialmente. Entre os destaques aprovados estão a inclusão dos recursos do Sistema S no Orçamento, a realização de uma auditoria da dívida pública e a garantia de que as despesas com saúde no ano que vem seguirão o valor gasto este ano atualizado pela inflação.

A aprovação na CMO abre caminho para a apreciação da meta fiscal em plenário. Uma sessão conjunta do Congresso Nacional está convocada para as 19h. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia dito pretender colocar o projeto em votação mesmo se a comissão mista não concluísse a apreciação da matéria.

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No início da sessão, o relatório do senador Wellington Fagundes (PR-MT) que sugeriu o acolhimento total ou parcial de 57 destaques (alterações no texto) foi aprovado em bloco por unanimidade. Outros dez destaques foram apreciados à parte, a pedido dos parlamentares que propuseram as alterações, e quatro deles foram acatados.

Nenhum dos destaques altera a meta fiscal para o ano que vem, já aprovada no texto-base na última sessão da CMO, em 14 de julho. Em 2017, o governo projeta um déficit de R$ 139 bilhões.

"Nesses últimos dias, examinamos com atenção os 257 destaques. Não faltam boas intenções e demandas meritórias, mas nem todos puderam ser atendidos", disse o relator Wellington Fagundes. Segundo o senador, os destaques que foram rejeitados respeitaram critérios como "indicação de prioridades em tempos de crise".

Entre os destaques aprovados está a previsão de que as despesas com saúde em 2017 tomarão como base o valor gasto este ano, atualizado pelo IPCA, índice oficial de inflação. A ideia dos parlamentares é garantir mais recursos no Orçamento para a área, uma vez que a PEC do teto de gastos, se aprovada, prevê atualização pela inflação apenas do mínimo constitucional. Como hoje os gastos com saúde estão acima desse patamar, a PEC não obrigaria expressamente o crescimento dessas despesas.

"Apresentamos um meio termo para garantir em 2017 no mínimo o (gasto) de 2016 e a correção da inflação", afirmou Fagundes.

Além disso, os parlamentares acataram mudança no texto da LDO de 2017 que inclui as receitas do Sistema S no Orçamento federal. A medida visa a dar maior transparência, uma vez que hoje as entidades que compõem o Sistema S firmam convênios com empresas e arrecadam esses recursos. Agora, pela mudança, quem ficará a cargo de recolher os valores será a Receita Federal. Os recursos, porém, estarão livres de desvinculações, ou seja, serão necessariamente destinados ao Sistema S.

Outra alteração acatada pela Comissão foi a previsão de realização de uma auditoria da dívida pública, com a participação de membros da sociedade civil, no âmbito do Ministério da Fazenda. A proposta havia sido encaminhada pelo deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA). Já incluída no Plano Plurianual, havia sido vetada pelos parlamentares.

A CMO acolheu ainda um destaque do deputado Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) que prevê a proibição a ocupantes de cargos púbicos - inclusive ministros e presidentes de Poderes - de viajar de avião em primeira classe ou em classe executiva em voos de carreira. Caso a medida seja aprovada no Congresso, os servidores poderão somente viajar de classe econômica, inclusive em trechos internacionais.

Hoje, um decreto permite que o presidente e o vice-presidente da República viajem em primeira classe, e ministros e comandantes adquiram passagens de classe executiva. Caso aprovado o destaque em plenário, essa regra perderia validade.

Rio

Os membros da CMO aprovaram também o relatório do deputado Simão Sessim (PP-RJ) que se posicionou de forma favorável à Medida Provisória 736/2016, que autorizou o repasse de R$ 2,9 bilhões ao Estado do Rio de Janeiro para assegurar a segurança durante os Jogos Olímpicos.

A MP foi assinada pelo presidente em exercício, Michel Temer, no fim de junho, uma semana depois de o Rio decretar calamidade pública em razão da crise financeira no Estado.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) adiou para a próxima semana a votação do projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 1/16) que altera a meta fiscal do governo.

A previsão era que o colegiado tentasse iniciar nesta quarta-feira (18) o processo de liberação da proposta, mas, na tarde desta quarta-feira, o presidente do colegiado, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação com o argumento de que espera as alterações que o governo deve propor.

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"Nós não vamos deliberar hoje. Vamos manter a discussão aberta para que não haja nenhum tipo de questionamento e para adiantar o processo", informou o deputado, acrescentando que a reunião seria declarada suspensa e retomada na segunda-feira (23).

A intenção do governo do presidente interino Michel Temer é alterar a previsão de déficit primário (receitas menores que as despesas, sem contar juros da dívida pública) proposta pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

No fim de março, Dilma encaminhou ao Congresso Nacional proposta pedindo a revisão da meta de superávit para registrar um deficit de R$ 96,7 bilhões.

O colegiado espera a definição do Executivo sobre o tamanho do déficit primário esperado para 2016. Indicado por Lira para relatar o projeto, o deputado Dagoberto (PDT-MS) deve receber a nova proposta estimando um déficit de cerca de R$ 150 bilhões.

O governo corre contra o tempo e pretende votar as alterações na segunda-feira, ainda a tempo de conseguir aprovar a revisão da meta na sessão do Congresso Nacional marcada para a noite de terça-feira (24).

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE), criticou com o relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que recomenda à Comissão Mista de Orçamento (CMO) a aprovação, com ressalvas, das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O parecer será analisado pelo colegiado em 2016 e em março também deverá ser levado ao plenário.

Para o tucano, o parecer tem viés político e desconsidera os questionamentos feitos pelos auditores do Ministério Público e de ministros do Tribunal de Contas da União. “Será muito difícil o senador convencer a sociedade sobre o seu entendimento”, avaliou o líder.

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Ao apresentar o relatório, Gurgacz disse que não foram encontrados vínculos de responsabilidade de Dilma e que os argumentos apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) “não são relevantes o suficiente para levar à rejeição [das contas]”. Ao todo, foram feitas três resslvas às contas.

O senador terá até o dia 28 de fevereiro para apresentar parecer sobre as emendas de deputados e senadores apresentadas ao relatório preliminar. O relatório final deverá ser votado na comissão até o dia 6 de março.

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