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As chuvas que acometeram Pernambuco tomaram tamanha proporção que colocou várias cidades em estado de emergência. Nesta terça-feira (30), de acordo com a Defesa Civil (Codecipe), o número de municípios nestas condições subiu de 14 para 24. Isso inclui localidades da Zona da Mata Sul, Agreste e Região Metropolitana do Recife (RMR), áreas mais castigadas pelo volume de água. 

Ainda conforme o órgão, o número de pessoas desabrigadas é de 2.656 e 42.145 desalojadas. Já foram somadas duas mortes, em Lagoa dos Gatos, no Agreste, no último final de semana em meio às fortes chuvas. 

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De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Steffani, após a reunião entre ele e o governador, na noite da última segunda-feira (29), no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, Paulo Câmara tem viagem marcada à Brasília nesta terça-feira (30). Ele deve ir à gabinetes de ministros com a finalidade de obter apoio federal para enfrentar os estragos provocados pelas chuvas.

Mesmo após sete anos da tragédia, o Haiti ainda enfrenta inúmeros problemas causados pelo terremoto que devastou o país em 12 de janeiro de 2010. Milhares de pessoas ainda estão desabrigadas, vivendo em condições precárias e enfrentando surtos de doenças.

Após o sismo de 7 graus na escala Richter registrado às 16h53 do dia 12, ao menos 230 mil pessoas morreram, outras 300 mil ficaram feridas e mais de 1,5 milhão de haitianos perderam suas casas. Desde a capital, Porto Príncipe, até cidades menores, houve devastação em larga escala.

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Diversas instituições e governos anunciaram que enviariam diversos tipos de ajuda que, mesmo constantes, não foram suficientes para dar condições dignas de vida a todos aqueles que foram afetados pelo tremor.

Uma das instituições que ajuda o povo haitiano há sete anos é a Caritas Italia, entidade gerida pela Igreja Católica, e que divulgou nesta quarta-feira (6) um relatório sobre a pobreza no mundo que tem como foco o Haiti.

Segundo a instituição, em documento enviado à "Rádio Vaticana", "até agora foram financiados 250 projetos de solidariedade, num montante de quase 24 milhões de euros e em diversos âmbitos: ajudas imediatas, reconstrução, socioeconômico, hídrico-sanitário, animação-formação- instrução. A maior parte dos projetos foi implementada nas áreas atingidas pelo sisma (oeste e sudeste da ilha), mas também em todas as 10 dioceses do país".

Além de tentar se recuperar do terremoto de 2010, o Haiti precisou enfrentar outra catástrofe climática em 2016. Em outubro, a passagem do furacão Matthew matou mais de mil pessoas e afetou mais de dois milhões, segundo dados das Nações Unidas. 

A Itália não para de tremer. Mais de 700 réplicas foram registradas desde o terremoto de 6,5 graus de magnitude que atingiu nesse domingo (30) a região central do país, informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV). As informações são da Agência Ansa.

As principais réplicas ocorreram entre as regiões de Marcas e Umbria. Apesar de constantes, apenas um tremor ultrapassou os 5 graus na escala Richter, disse à Ansa o sismólogo Alberto Michelini, do INGV. Os especialistas calculam que 18 réplicas tiveram intensidade de 4 a 5 graus, enquanto 301 tremores de terra foram enquadrados na categoria de 3 a 4 graus. Mais 403 sismos ficaram abaixo dos 3 graus de magnitude na escala Richter.

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O terremoto que atingiu Marcas e Umbria nesse domingo foi o quarto de grande magnitude que sacudiu a Itália nos últimos dois meses. No dia 24 de agosto, um terremoto de 6 gaus devastou cidades inteiras da região do Lazio. Várias réplicas foram sentidas nos dias posteriores, mas nenhuma tinha passado de 5 graus. Porém, na última semana, outros dois terremotos assustaram a população.

Ontem, a terra voltou a tremer. A Defesa Civil italiana estima que entre 25 mil e 40 mil pessoas estejam desabrigadas. Os danos ainda não foram calculados, mas centenas de construções, inclusive igrejas, ruíram com os terremotos.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que não houve mortos nesse último terremoto, mas que o tremor "devastou o coração" do país, com danos "impressionantes". "A alma da Itália está inquieta. O terremoto mais forte desde 1980 devastou o coração da nossa península. Não há mortos desta vez e isso nos dá grande alívio. Mas os danos ao patrimônio doméstico, econômico, cultural e religioso são impressionantes. Essas cidades são a identidade da Itália, devemos reconstruí-las por completo e rapidamente", disse Renzi.

Subiu para 28 mil o número de pessoas que necessitam de assistência pública em razão do forte terremoto que atingiu nesse domingo (30) a Itália. As informações são da agência Ansa.

A pequena cidade de Norcia, que conta com pouco mais de 4,6 mil habitantes, tem três mil moradores desabrigados, segundo informou o comissário extraordinário para a Reconstrução, Vasco Errani.

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O terremoto de 6,5 graus na escala Richter - ocorrido na região central da Itália - foi o mais forte registrado no país desde 1980, quando um violento tremor atingiu a cidade de Irpínia. Naquele ano, mais de 280 mil pessoas ficaram desabrigadas e mais de 2,9 mil morreram.

Tragédia muda visual da Itália

Os constantes terremotos - que nesta última semana de outubro estão deixando um rastro de destruição e de desespero - mudaram o visual da região central da Itália, de uma boa parte dos Apeninos.

E, momentaneamente, estão cancelando os itinerários turísticos conhecidos além das fronteiras italianas: a dramática foto da Basílica de São Benedito, em Norcia, caída e destruída rodou o mundo, tomando espaço em inúmeros sites de notícias internacionais.

O bairro Castelluccio de Norcia, famoso no mundo todo pelas lentilhas e procurado por estrangeiros para saltos de asa delta e de parapente, foi praticamente ao chão. "Mudou para sempre o panorama daquela zona aos pés do Monte Vettore", disse uma das testemunhas que viram o terremoto destruir tudo.

Milhares de pessoas estão desabrigadas na região central da Itália após dois fortes terremotos terem atingido a área no início da noite dessa quarta-feira (26). As informações são da agência Ansa.

"Nós temos algo em torno de dois a três mil desabrigados e tememos ter muito mais casas inabitáveis do que aquelas que foram registradas após o terremoto do dia 24 de agosto", informou Cesare Spuri, chefe da Defesa Civil da região de Marcas, a mais afetada pelos abalos sísmicos.

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De acordo com Spuri, "entre o grande número de pessoas que dormiram fora de casa há tanto famílias com as casas danificadas bem como desabrigados por estarem com medo".

Segundo o sismólogo Alessandro Amato, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), foram cerca de 200 réplicas desde o primeiro tremor de 5,4 graus na escala Richter registrado ontem às 15h10 (no horário de Brasília).

Terremoto ainda mais forte

Um outro sismo foi anotado às 17h18 (no horário de Brasília) ainda mais forte que o primeiro, de 5,9 graus, e houve mais de 30 réplicas de magnitude igual ou superior a 3 graus durante a madrugada e manhã desta quinta-feira (27).

O epicentro de todos os maiores abalos sísmicos ocorreu entre Marcas e Perugia, próximos das pequenas comunas de Castel Santangelo sul Nera, Visso, Tolentino e Ussita, todas na mesma região.

O chefe da Defesa Civil da Itália, Fabrizio Curcio, o comissário extraordinário para a reconstrução, Vasco Errani, e o governador de Marcas, Luca Ceriscioli, visitarão as comunas mais atingidas. Errani foi designado para o cargo após o terremoto ocorrido no dia 24 de agosto, justamente, na mesma região.
   
Porém, diferentemente daquele sismo, dessa vez, apenas uma morte foi registrada e de maneira "indireta", já que o idoso que faleceu não estava sob escombros, mas teve um infarto pelo pavor provocado pelos constantes tremores. Há ainda dezenas de feridos.

Em agosto, 298 pessoas morreram nas cidades de Amatrice, Accumoli e Arquata del Tronto e os locais registraram novos danos com o tremor de ontem. Estima-se que os danos estruturais nas cidades sejam maiores do que o sismo de agosto já que muitas residências e prédios já estavam parcialmente danificados por aquele tremor.

A forte chuva que cai na região também complica os trabalhos, já que as infiltrações podem causar ainda mais danos.  As aulas foram suspensas nas regiões de Úmbria, Marcas e Abruzzo.
   
Roma sentiu tremores

Apesar de ficar relativamente longe do epicentro do terremoto, Roma registrou mais de 100 intervenções dos bombeiros após os tremores, sentidos na cidade. Rachaduras foram detectadas em vários prédios, mas de acordo com a Defesa Civil, nenhuma é tão grave a ponto de interditar as propriedades.

Papa reza pelas vítimas

O papa Francisco publicou em sua conta no Twitter uma mensagem de apoio aos atingidos pelos dois terremotos que ocorreram na região central da Itália. "Estou próximo em oração às pessoas atingidas pelo novo terremoto no centro da Itália", escreveu o líder da Igreja Católica.

Recentemente, o papa visitou a cidade de Amatrice, que foi devastada por outro terremoto em agosto.

Cidades foram devastadas

Os prefeitos das cidades de Ussita e Castelsantangelo Sul Nero, ambas muito próximas ao epicentro dos dois fortes terremotos que atingiram a região central da Itália nesta quarta-feira (26), informaram que elas foram devastadas.

"É um desastre. Acreditamos que 80% das casas estão inabitáveis e, com os novos tremores, as pessaos estão cedendo psicologicamente", disse o prefeito Marco Rinaldi, após afirmar que a cidade ficou "destruída".
   
Com pouco mais de 400 habitantes, Ussita viu mais de 200 moradores dormindo nas ruas durante essa madrugada. Essas pessoas devem ser encaminhadas a "acampamentos" já existentes na localidade e as demais devem ir para casas de parentes.

Já em Castelsantangelo Sul Nera, a situação é similar. Segundo o prefeito Mauro Falcucci, "todo o centro está na zona vermelha", ou seja, com interdições que impedem que moradores e comerciantes voltem a habitar o local.

O líder da pequena cidade, que conta com 368 habitantes, informou que há "danos importantes em 90% de Castel Santangelo" e que toda a zona central será interditada nesta quinta-feira (27).

A organização não governamental Visão Mundial lançou uma campanha de arrecadação para ajudar as vítimas das últimas fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Recife (RMR). Os principais mantimentos que podem ser doados para ajudar as famílias são alimentos em geral, materiais de cozinha, produtos de higiene e limpeza, além de roupas.

Os mantimentos que forem arrecadados serão doados aos moradores da Vila Vintém, comunidade do bairro de Nova Descoberta, zona norte do Recife. Ao todoo, cerca de 250 famílias da localidade perderam seus pertences por causa da grande quantidade de água que entrou em suas casas. As doações devem ser deixadas no escritório da Visão Mundial, localizado na Rua do Fogo, 22, Santo Antônio, das 9h às 17h, até o próximo dia 17 de junho.

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O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) também está com uma campanha para que médicos e a sociedade pernambucana doem água, alimentos não perecíveis, colchões e material de higiene e limpeza em solidariedade aos principais atingidos pela chuva. Os interessados em ajudar, devem levar as doações a sede do Cremepe, que fica na Rua Conselheiro Portela, 203, no bairro do Espinheiro. As doações podem ser feitas das 8h às 17h, de segunda a sexta.

Para arrecadar donativos, a Prefeitura de Paulista também lançou uma campanha com o intuito de ajudar os desabrigados. As principais doações são de alimentos não perecíveis, água, roupas, fraldas e colchões. As pessoas podem entregar os donativos no Centro de Formação de Professores Manoel Victor, que fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, s/n, no Centro. O atendimento é de segunda a sexta, das 8 às 17h.

Cerca de 100 pessoas ainda estão abrigadas em uma escola municipal de São Gonçalo, no Grande Rio, devido às chuvas da última quarta-feira (23). Eles são moradores do bairro das Palmeiras, que ainda tem pontos de alagamento. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, ainda há áreas em que a água atinge meio metro de profundidade.

O bairro das Palmeiras fica quase no mesmo nível da Baía de Guanabara e isso dificulta o escoamento da água. Mesmo assim, a água já baixou desde ontem e cerca de 180 pessoas que estavam abrigadas na mesma escola municipal, chamada Marinheiro Marcílio Dias, já puderam voltar para casa.

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Segundo o secretário municipal de Defesa Civil, coronel Adilson Alves, a prefeitura continua monitorando a situação e ajudando os desalojados. “Mandamos água e fizemos alimentação para eles o dia inteiro, mandamos colchões. E vamos continuar observando para ver se as casas poderão ser liberadas para eles voltarem”, disse.

A forte chuva que atingiu São Gonçalo causou uma morte. José Cardoso, de 70 anos, morreu afogado dentro de casa, no bairro do Sacramento, na noite de quarta-feira. Segundo a prefeitura de São Gonçalo, ele já estava morto quando foi encontrado.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de São Gonçalo, há previsão de chuva forte para este sábado (26) no município.

As fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro desde a última segunda-feira (29) deixaram pelo menos 360 pessoas desabrigadas em Maricá, município localizado na região metropolitana da capital. Nesta quarta-feira (2)as ruas do Condomínio Carlos Marighela, do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, ficaram totalmente alagadas. Os moradores estão ilhados e têm deixado suas casas em canoas e cavalos. Nesta semana, os temporais fizeram cinco mortos na Baixada Litorânea Fluminense.

Em Maricá, os desabrigados foram levados para abrigos sob responsabilidade do município, em pousadas e igrejas. A prefeitura disponibilizou seis pontos de coletas de doações de roupas e alimentos. A orientação das equipes de segurança é que as pessoas evitem se deslocar pela cidade, pois ainda existem pontos de alagamento.

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A prefeitura de Maricá decretou estado de calamidade na terça-feira. A gestão municipal também solicitou ajuda ao Ministério da Defesa. Está prevista a chegada de 50 homens da Marinha de Guerra, com uma embarcação, para auxiliar o trabalho de remoção das famílias isoladas.

As chuvas também provocaram estragos em Cachoeiras de Macacu, município distante 72 quilômetros de Maricá. O Rio Soarinho transbordou, suas águas invadiram casas nas localidades da Ribeira, Veneza e Expansão B e provocaram quedas de encostas nas margens da rodovia RJ-116. A Defesa Civil de Cachoeiras de Macacu ainda não fechou o balanço oficial de desabrigados porque continua em trabalho de resgate.

O município de Cachoeiras de Macacu está em estado de alerta. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, "muitas famílias estão desabrigadas e precisando de donativos, pois ficaram apenas com a roupa do corpo". A administração municipal pediu ajuda ao Ministério da Integração Nacional na terça-feira.

As inundações e cheias de rios provocadas pelas fortes chuvas dos últimos dias deixaram milhares de desabrigados na Argentina, Uruguai, Paraguai e no sul do Brasil. Pelo menos duas pessoas morreram ontem na Argentina, incluindo uma criança. "Essa inundação parece ser uma das mais complicadas da história", disse o ministro do Interior argentino, Rogelio Frigerio.

Na Argentina, as províncias mais afetadas são Chaco, Formosa, Corrientes, Entre Ríos e Santa Fé, perto da fronteira com o Paraguai. "O problema maior será quando as águas baixarem", afirmou o governador de Corrientes, Ricardo Colombi. O governo da Argentina já criou uma "comitê de crise" para avaliar a situação. Quase 20 mil pessoas estão desabrigadas no país.

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Com a cheia do Rio Paraguai, a situação na capital paraguaia, Assunção, também é complicada. Neste sábado, o rio estava com uma altura de 7,82 metros, muito acima do nível médio de 4,3 metros poucos meses atrás. No país, já são mais de 100 mil desabrigados. Na pequena cidade de Alberdi, todos os 7 mil habitantes foram retirados de sua casa, em função do perigo de rompimento do muro de contenção que impede a água de inundar o povoado.

No Uruguai, as últimas informações do Sistema Nacional de Emergências apontam 9.083 desabrigados, muitos deles na província de Artigas. O Rio Quaraí, na fronteira com o Brasil, transbordou em vários pontos.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff sobrevoou na manhã deste sábado as áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e se reuniu com prefeitos gaúchos para ouvir as principais necessidades dos moradores. Ela prometeu ajuda ao Estado e disse que é preciso retirar, de forma permanente, as pessoas das áreas de risco. As enchentes dos últimos dias castigaram principalmente a Fronteira Oeste e a Região Central do Estado, deixando milhares de pessoas fora de casa durante o Natal. Fonte: Associated Press.

A chuva afetou mais de 6, 5 mil pessoas na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Reflexo do mau tempo, com volume acumulado de mais de 500 milímetros de água em menos de uma semana, 38 municípios sofrem os prejuízos com a enchente, que é a quinta e a pior deste ano na região.

Segundo boletim divulgado no início da noite pela Defesa Civil do Estado, 1.795 famílias foram atingidas - 1.479 estão desalojadas e 66, desabrigadas. Os que tiveram de deixar as residências precisaram de solidariedade para festejar o Natal e ainda terão de passar o ano-novo em abrigos ou casas de amigos, conhecidos ou familiares.

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Isso ocorre porque a enchente do Rio Quaraí já atingiu o recorde de 15 metros e 28 centímetros. O mesmo ocorre com o Rio Uruguai, a 10 metros e 41 centímetros acima do normal. A forte chuva causou, entre outros prejuízos, a quebra da colheita de arroz em Quaraí. A Ponte Internacional da Concórdia, entre o Brasil e o Uruguai por Quaraí e Artigas, foi interditada por 22 horas.

A Defesa Civil informou que 12 prefeituras decretaram situação de emergência: Liberato Salzano, Trindade do Sul, Nonoai, Santo Ângelo, São Miguel das Missões, Guarani das Missões, Roque Gonzales, Cândido Godói, Uruguaiana, Quaraí, Passa Sete e Não Me Toque. A presidente Dilma Rousseff deve visitar hoje Uruguaiana e sobrevoar a região afetada pelas cheias no Rio Grande do Sul.

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo pelo acumulado de chuva nas regiões noroeste, nordeste, centro oriental e metropolitana de Porto Alegre. O temporal, potencializado pelo fenômeno El Niño, deve amenizar nos próximos dias. "Com as previsões que indicam tempo bom, a expectativa é de que, aos poucos, as famílias já possam retornar para suas casas. Nesta sexta-feira, 150 famílias de Santana do Livramento puderam voltar às residências", relatou a Defesa Civil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dos 600 habitantes de Bento Rodrigues, distrito da cidade Mariana, em Minas, destruído após rompimento de duas barragens de rejeitos de uma mineradora, cerca de 150 tiveram de passar a noite de quinta para sexta-feira na Arena Mariana, no centro do município. As buscas pelas pessoas ilhadas pela lama recomeçaram na manhã desta sexta (6).

Desalojados pelo mar de lama que tomou o distrito, os moradores relatam cenas de horror na hora do acidente. "Um caminhão passou buzinando feito louco, avisando que a barragem rompeu. Ele foi parando e gritando: 'Pula! Pula!'. As pessoas foram se jogando na caçamba, uma sobre as outras", conta a dona de casa Rosa Helena da Silva, de 46 anos, uma das vítimas abrigadas no ginásio poliesportivo da cidade. "No final, o caminhão nem estava mais parando para o pessoal entrar."

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Segundo Rosa, quando o grupo chegou a Santa Rita, um vilarejo vizinho, cerca de 60 pessoas estavam no caminhão. "Não teve aviso, não teve nada, só esse caminhão que passou buzinando. Muita gente ouviu os gritos do caminhoneiro, mas não entendeu ou não acreditou e ficou", diz.

A dona de casa relata ter visto crianças vomitando por causa da lama com resíduos da mineradora. "Um homem estava com as duas pernas quebradas", afirma. Os desabrigados também recebem donativos no ginásio.

Igreja

Ao menos 120 moradores do distrito de Bento Rodrigues passaram a noite na Igreja de Nossa Senhora das Mercês, uma das duas igrejas do vilarejo destruído pela queda da barragem.

Resgatadas por equipes dos Bombeiros e da prefeitura de Mariana, que conseguiu abrir caminho da estrada até a igreja, as pessoas chegaram na Arena Mariana por volta das 8h. Os moradores passaram a noite em claro.

"Meu filho estava de carro e nos levou até a igreja. Não sobrou nada de nossa casa", conta a dona de casa Dirce Breta Sobrera, de 73 anos. Com um pé enfaixado, ainda atônita, ela diz que não sabe como se machucou. "Foi na correria."

Moradores das regiões de Paracatu e Paracatu de Baixo também tiveram de deixar as casas, pois havia risco de serem atingidas pela lama de rejeitos.

Resgate

As equipes de resgate continuam trabalhando na busca por vítimas. Foram confirmados até o início da manhã desta sexta 17 mortos e 75 feridos.

As barragens romperam por volta das 16h desta quinta-feira, 5, entre Mariana e Ouro Preto, a 110 km de Belo Horizonte. A lama atingiu rapidamente o distrito de Bento Rodrigues. O Ministério Público Estadual de Minas abriu inquérito para apurar as causas do rompimento das barragens.

Uma sequência de temporais com raios e rajadas de vento destruiu casas, derrubou árvores e deixou famílias desabrigadas entre a noite de quarta-feira (21) e a tarde desta quinta-feira (22) no interior de São Paulo.

Em Motuca, região Araraquara, um raio matou o lavrador João Nilson Mateus, de 48 anos, que trabalhava em uma plantação, no assentamento Monte Alegre. Ele foi atingido quando corria em campo aberto para se abrigar da chuva em um barracão.

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Em Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba, cinco casas desabaram e as famílias foram levadas para o prédio da assistência social. Outras trinta casas foram destelhadas e dois postos de combustível tiveram arrancadas as coberturas metálicas.

Pelo menos 80 árvores e três postes caíram e bairros estavam sem energia. Duas rodovias vicinais ficaram interditadas. Um galpão de uma empresa de usinagem desabou, mas ninguém se feriu. Dois idosos tiveram ferimentos leves.

Em Sorocaba, as rajadas de vento danificaram sete aviões estacionados em uma área coberta do Aeroclube. Segundo a Defesa Civil, com a queda de mais de 40 árvores, o sistema elétrico entrou em pane em vários bairros.

Um barraco caiu no bairro Ipiranga e a família foi levada para um abrigo municipal. Quatro casas sofreram avarias e serão avaliadas.

Em São Roque, um temporal com granizo destruiu telhados e a cobertura de uma indústria.

No município de Guararapes, oeste do Estado, o vento derrubou o barracão de festas de uma igreja e três postes.

Pelo menos 11 árvores caíram em Sumaré, região de Campinas. Uma delas caiu sobre um carro no Parque Ideal, mas os ocupantes saíram ilesos. Em Itararé, no sudoeste, um temporal com granizo causou a queda de árvores e o destelhamento de duas casas. Uma família foi abrigada em uma escola.

Capital

Na cidade de São Paulo, durante a manhã desta quinta-feira, havia pelo menos 51 semáforos desligados ou no amarelo piscante, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Faltou luz em vários bairros.

A AES Eletropaulo não forneceu uma estimativa de quantos e quais bairros tinham pontos sem energia e disse que as ocorrências eram "pontuais" e que as equipes trabalhavam em vários pontos da cidade para restabelecer o fornecimento.

O Rio Grande do Sul registra 3,4 mil desabrigados em decorrências das fortes chuvas que provocam alagamentos desde domingo, 12. Segundo a Defesa Civil Estadual, 2.728 moradores estão desalojados, morando na casa de amigos e parentes, e há 684 acolhidos em espaços das prefeituras, em escolas e igrejas. A atenção, agora, está voltada para a cheia dos rios, que continuam subindo.

Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 15, 37 cidades foram atingidas por enchentes e inundações. Destas, três já decretaram emergência: Barra do Guarita, Esteio (Vale do Sinos), Riozinho e Rolante.

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De acordo com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, as chuvas tendem a diminuir na tarde desta quarta-feira nas regiões nordeste, serra e litoral norte gaúchos. Porém, é esperado que o volume dos rios nas partes baixas ainda suba. Os que oferecem maior risco são o Rio Uruguai (no norte e oeste do Estado), o Caí e o dos Sinos (ambos na região metropolitana).

A previsão do aumento do volume do Rio Uruguai deixa em atenção as cidades de Iraí, São Borja, Uruguaiana, Itaqui e Barra do Quaraí. Na região do Rio Caí, existe previsão do aumento do nível das águas em Montenegro e São Sebastião do Caí. Já o Rio dos Sinos gera alerta em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio e Parobé.

Milhares de australianos tiveram de deixar suas casas devido aos incêndios florestais ocorridos no sul do país. O corpo de bombeiros ainda tenta controlar as chamas na região, mas enfrenta dificuldade por causa dos fortes ventos, que ajudam a propagar os focos de incêndio.

Seis casas foram destruídas pelo fogo nos estados de South Austrália e Victoria, informaram autoridades, mas nenhum caso de ferimentos sérios foi registrado. Autoridades afirmam que ainda devem se passar dias antes que as chamas sejam controladas.

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A área mais atingida foi a de Adelaide Hills, onde o fogo destruiu cinco casas e deixou centenas de outros imóveis sob risco, segundo o porta-voz do Serviço de Incêndio do país, Daniel Hamilton. Moradores de 19 comunidades foram evacuados, com a previsão de que uma mudança na direção dos ventos neste sábado pudesse piorar os incêndios. A meteorologia também prevê um aumento na umidade, o que deve ajudar a impedir o avanço das chamas.

"Não deve haver sensação de alívio por causa das temperaturas um pouco mais baixas ou sinais de chuva", afirmou o governador de South Australia, Jay Weatherhill. "A situação permanece extremamente perigosa e nossos alertas de mais cedo devem ser seguidos".

Mais de 2 mil bombeiros estão trabalhando no combate aos incêndios florestais no estado, seja em terra firme ou com o auxílio de aviões. Seis deles receberam atendimento médico devido à inalação de fumaça.

Incêndios florestais são comuns em boa parte da Austrália durante os meses do verão. Em 2009, mais de 173 pessoas morreram e 2 mil casas foram destruídas no estado de Victoria devido ao fogo. Fonte: Associated Press.

O Rio Grande do Sul ainda tem 7.881 desabrigados pela enchente do Rio Uruguai, segundo relatório divulgado pela Defesa Civil nesta segunda-feira (14). O número cai no mesmo ritmo do recuo das águas, que voltaram ao normal na divisa com Santa Catarina e ainda alagam bairros mais baixos de cidades da fronteira com a Argentina, especialmente Uruguaiana, onde 6.057 pessoas estão fora de suas casas.

As inundações foram causadas por chuva forte durante o período de 23 a 30 de junho na parte alta do rio, que tem afluentes em quase toda a divisa norte do Rio Grande do Sul e quase toda a divisa sul de Santa Catarina. Depois de alagar cidades da região, a água desceu pelo curso do Uruguai e invadiu bairros inteiros de São Borja, Itaqui e Uruguaiana. Na segunda-feira passada o número de desabrigados chegava a 22.436.

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O número de desabrigados pela enchente da bacia do rio Uruguai baixou para 18.391 nesta terça-feira (8), depois de ter chegado a 20.436 na segunda-feira (7), segundo levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. A situação foi provocada pelas chuvas torrenciais do período de 23 a 30 de junho na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. Desde então a água está descendo pelo rio em direção à foz e inundando cidades das áreas mais baixas na fronteira com a Argentina. Nos últimos dias, chegou a Uruguaiana e Barra do Quaraí, últimos municípios ao sul do Estado. Como o tempo deve ficar limpo pelo menos até o fim de semana, abriu-se a perspectiva de todos os desalojados possam voltar para suas casas nos próximos dias.

Em São Borja, o número de desabrigados caiu de 2.900 para 800 de segunda-feira para terça-feira. Moradores do município chegaram a fotografar uma vaca morta sobre um poste depois de a água baixar. Em Itaqui ainda houve aumento, no mesmo período, de 9.810 para 10.799. E em Uruguaiana a situação ficou quase estabilizada, com 6.000 pessoas fora de suas casas na segunda-feira e 6.072 nesta terça-feira. O Estado tem dois municípios em estado de calamidade pública e 126 em situação de emergência.

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Depois de provocar inundações em todo o norte, noroeste e oeste do Rio Grande do Sul, a chuva deu lugar à garoa na segunda-feira, 30, e ao frio, com dia ensolarado, nesta terça-feira (1°). Apesar da nova situação, o número de desabrigados aumentou, de 8.169 na segunda-feira para 8.274 nesta terça-feira. A água segue baixando na parte alta da bacia do rio Uruguai, na divisa com Santa Catarina, mas vai alagando novas áreas, no curso médio, na fronteira com a Argentina, à medida em que corre para a foz.

Em Iraí, o número de desabrigados caiu de 1,3 mil no final de semana para 600 nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, São Borja passou de nenhum desabrigado para cerca de 1,8 mil. Outras cidades da fronteira, como Porto Xavier e Itaqui, enfrentam problemas semelhantes. Levantamento da Defesa Civil indica que, dos 80 municípios afetados pelas enchentes, 33 decretaram situação de emergência, entre os quais São Borja, Vicente Dutra, Barão de Cotegipe e Pinheirinho do Vale. Iraí decretou estado de calamidade pública.

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Segundo boletim do 8º Distrito de Meteorologia, a temperatura, que chegou a 2,4 graus na madrugada desta terça-feira, pode cair para zero grau ao amanhecer desta quarta, quando, com céu limpo, há perspectiva de geada. O tempo passa a parcialmente nublado, com possibilidade de chuva em áreas isoladas na quinta-feira, e nublado com pancadas de chuva na sexta-feira. Depois da queda na madrugada desta quarta-feira, a temperatura vai subir e poderá chegar a 27 graus na tarde de sexta-feira.

No dia seguinte às fortes chuvas em Natal, que deixaram mais de 100 famílias desabrigadas, pessoas atingidas pelo desastre retornaram na manhã desta segunda-feira (16), ao local do desmoronamento. Foi uma tentativa de recuperar bens perdidos pelas enchentes.

As pessoas usaram escadas, apoiadas nas encostas, para chegar aos escombros. Era o esforço para recuperar televisão e outros equipamentos eletrônicos. No Diário Oficial do Município desta segunda-feira foi publicado o decreto de calamidade pública por 180 dias.

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Cerca de 60 desabrigados continuam esperando por uma solução para a falta de moradias junto à sede administrativa da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, no centro do Rio. Eles estavam até sexta-feira (11) passada na chamada Favela da Telerj, instalada em um prédio abandonado pela empresa de telefonia Oi, no Engenho Novo, zona norte.

O grupo, que já chegou a montar acampamento com 700 pessoas na porta do centro administrativo municipal, ainda acredita que conseguirá pressionar o município a dar casas para todos. "Tem muitos oportunistas, gente de outras comunidades que vêm para cá perguntando 'É aqui que estão cadastrando para o Minha Casa Minha Vida?'", disse a costureira Vera Lúcia Monteiro, de 44 anos, que estava na ocupação do prédio abandonado e participa do grupo desde a sexta passada.

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A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), que negocia com os desabrigados, já cadastrou mais de mil famílias para eventual inscrição no Minha Casa Minha Vida. Segundo o órgão, não há como fornecer casas ou mesmo aluguel social de imediato, pois é preciso avaliar a situação socioeconômica de cada um primeiro. A frente da Prefeitura continua tomada por dezenas de guardas municipais para evitar que o grupo volte para o local.

Cerca de 300 pessoas que estão desabrigadas permanecem junto à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, centro do Rio, nesta terça-feira, 15, esperando uma promessa de moradia. De sexta-feira, 11, até essa segunda-feira, 14, elas se mantinham em frente ao prédio da sede administrativa. Hoje, o ponto está tomado por imenso efetivo da Guarda Municipal para coibir a permanência dos desabrigados ali. O grupo se concentra, então, na rua Afonso Cavalcanti a partir da rua Pinto de Azevedo, atrás do prédio.

Eles alegam que foram enganados pela Prefeitura, que fez o cadastramento das famílias ontem em um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), no Cachambi, zona norte do Rio. "Chegando lá, era para a fila do programa Minha Casa, Minha Vida. Mas isso pode levar de cinco a dez anos, não serve", diz o desempregado Moiseis Eliezer, de 41 anos.

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A maioria dos desabrigados acreditava que sairia do cadastramento com o valor equivalente ao pagamento de aluguel social de um imóvel. O grupo promete permanecer no local até que uma solução seja oferecida. Até sexta passada, 11, o grupo ocupava o prédio da empresa de telefonia Oi abandonado no Engenho Novo, denominado por eles como Favela da Telerj. No total, eram cerca de 3.000 famílias.

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