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O Palácio do Planalto deflagrou uma operação para convencer deputados e senadores a retirar assinaturas do requerimento que pede a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. A ofensiva inclui oferta de nomeações para cargos de segundo escalão nos Estados, como diretorias do Banco do Nordeste (BNB), além de superintendências da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

O governo também pressiona ministros de partidos aliados, principalmente do União Brasil, a ajudar na missão "abafa CPI". Há três dias, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, apesar das acusações contra ele, avisou que exigiria apoio no Congresso.

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Na avaliação do Planalto, criar uma comissão parlamentar agora atrapalharia votações importantes, como a da nova âncora fiscal e a da reforma tributária. "CPIs que são mobilizadas por quem passou pano nos atos terroristas não são os melhores instrumentos para fazer apuração", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Nós estamos indo atrás de quem financiou a tentativa de golpe de Estado."

Autor do pedido de investigação dos atos de 8 de janeiro, o deputado André Fernandes (PL-CE) afirmou que três colegas - Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), Célio Silveira (MDB-GO) e Pastor Gil (PL-MA) - retiraram as assinaturas do requerimento. "Eles estão retirando, mas a gente está colocando mais", minimizou. Fernandes disse que cinco deputados - Milton Vieira (Republicanos-SP), Luiz Nishimori (PSD-PR), Junior Lourenço (PL-MA), Celso Russomanno (Republicanos-SP) e Luciano Vieira (PL-RJ) - aderiram ao movimento. Hoje, o requerimento tem o apoio de 191 deputados e 35 senadores.

Na sessão desta quarta-feira, 8, na Câmara, Fernandes reproduziu um áudio antigo de Lula defendendo CPIs. As discussões foram acaloradas. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), protestou e houve bate-boca. Miguel Ângelo (PT-PR) afirmou ter sido agredido pelo colega José Medeiros (PL-MT). "Ele me empurrou e pisou no meu pé", disse Ângelo. "Nós estávamos próximos. Se pisei, peço desculpas", afirmou Medeiros.

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o autor do requerimento da CPMI está na mira da Procuradoria-Geral da República, que pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar sua participação em convocações para invadir a Corte, o Planalto e o Congresso Nacional.

Fatura

Lula deixou a distribuição dos cargos de segundo escalão para março e abril justamente para avaliar o tamanho de cada força política no Congresso. No mês passado, por exemplo, o governo entrou em campo para ajudar a reeleger o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na disputa contra o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). Agora, age para que deputados e senadores retirem assinaturas da CPMI, acompanha quem dará as cartas nas comissões da Câmara e do Senado e monitora o painel de votações.

A fatura, porém, é cada vez mais cobrada por partidos que, mesmo tendo ministérios, prometem independência na relação com o Planalto. "Fomos nós que entregamos a PEC da Transição ao governo. Se tem alguém devendo algo, em alguma coisa, é o governo a nós e não o contrário", afirmou o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). O deputado foi o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiu a Lula aumentar gastos do Executivo para pagamento de despesas, como o novo Bolsa Família.

Centrão

O União Brasil controla os ministérios das Comunicações, do Turismo e da Integração. Juscelino Filho ganhou sobrevida após Lula ter sido informado de que sua demissão tinha potencial para unificar o Centrão contra o governo. Como mostrou o Estadão, o ministro usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias de hotel pagas com dinheiro público, de 26 a 30 de janeiro, para uma viagem a São Paulo, na qual passou a maior parte do tempo em compromissos particulares, como leilões de cavalos.

Dos 59 deputados do União Brasil, 28 foram favoráveis à criação da CPMI. Até agora, só um parlamentar da legenda - que tem a terceira maior bancada na Câmara - removeu o nome do requerimento. Doze congressistas do MDB e outros 8 do PSD também endossaram o pedido. Os dois partidos integram a base e, a exemplo do União Brasil, comandam três pastas cada.

"Eu estou trabalhando para que nossos aliados retirem as assinaturas, sim. Quem é governo não pode querer essa CPI", argumentou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Para que a CPMI seja instalada é necessário o apoio de no mínimo 171 deputados e 27 senadores.

O Estadão apurou que a presidência da Codevasf continuará sob controle do engenheiro Marcelo Moreira, aliado do líder do União Brasil. A empresa ficou conhecida por servir como duto das emendas do orçamento secreto. Superintendências do Dnocs são disputadas pelo Avante, União Brasil e PP. Mesmo tendo integrantes de seu grupo no governo, Elmar garantiu que os votos do partido dependerão do tema das votações.

"Se for tratar de imposto, eu não vou votar. Reforma tributária, desde que não aumente imposto, a gente vota. Quer tratar reforma administrativa? A gente vota. Quer tratar invasão de terra? Vamos ser contra", avisou o deputado. Elmar declarou, ainda, que não pedirá para quem assinou o requerimento da CPMI voltar atrás. "Manteremos a postura independente", insistiu.

O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) disse ter ouvido uma tentativa de suborno do governo Lula para enterrar a CPMI. Não apresentou qualquer prova ou mesmo indício sobre a acusação, mas, mesmo assim, publicou a denúncia nas redes sociais.

"Eu ouvi, da boca de um deputado federal que recebeu a mensagem de um emissário de Lula, que quem retirar a assinatura terá R$ 60 milhões de emendas RP-2", afirmou Sanderson ao Estadão. Questionado pelo deputado Nelsinho Padovani (União Brasil-PR), Padilha disse se tratar de "fake news".

"Quem falou isso para o deputado Sanderson mentiu", afirmou o titular das Relações Institucionais. O Planalto avalia que bolsonaristas insistem na CPMI para pressionar pela libertação dos presos após as ações de vandalismo. "Isso só pode ser para a oposição ter um palanque", disse o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação judicial cobrando que o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a União adotem as medidas necessárias para o início das obras de adequação da Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, município do Agreste de Pernambuco. O objetivo é evitar a possibilidade de rompimento da barragem em período de chuvas intensas, por conta de problemas estruturais já existentes.

De acordo com o MPF, entre as questões que indicam a necessidade de obras está o fato da bacia de dissipação não ser capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelariam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2014, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia.

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No último dia 1º, uma reunião de urgência foi realizada para tratar do tema. Com base nas discussões, o MPF expediu ofício ao Ministério da Integração Nacional para que fossem prestadas informações sobre os recursos necessários para a readequação. Para o procurador da República Luiz Antônio Miranda Amorim Silva, entretanto, "a resposta não foi minimamente satisfatória e não apresenta garantia alguma de que a obra será realizada em curto espaço de tempo, nem implica a tomada de medidas imediatas, o que é exigível diante da potencial tragédia por fato já conhecido há longa data pelo Dnocs e pelo Ministério da Integração Nacional, a fragilidade na bacia de dissipação da Barragem de Jucazinho".

O corpo técnico do Dnocs informou, durante a reunião, que um eventual rompimento da barragem afetaria várias cidades próximas e se propagaria até o Recife. Para o MPF, a postura do Ministério da Integração Nacional, que defende a necessidade de novo pedido pelo Dnocs em 2018, não atende à delicadeza da situação e coloca em risco as famílias que vivem no local, além dos potenciais danos materiais ao ecossistema. 

Pedidos - A previsão orçamentária deve ser apresentada até o dia 8 de janeiro de 2018, cobra o MPF. Assim, seriam realizadas, no mínimo, as adequações na bacia de dissipação e extravasores laterais da barragem, para ser aberto procedimento licitatório até o dia 14 de janeiro de 2018. Também foi requerido que seja apresentado o cronograma das obras. A Justiça também aplicaria uma multa de 10% do valor das adequações em caso de descumprimento de possível decisão judicial.  

O Ministério Público Federal (MPF) em Caruaru, no Agreste, convocou uma reunião em caráter de urgência para discutir as obras de adequação da Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim. O objetivo é evitar acidentes no período de chuva por conta de danos estruturais existentes na barragem.

Informações do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, dão conta de que as obras de readequação não se encontram em andamento, mesmo com a expedição de recomendação pelo MPF em 2016. O MPF diz ter apontado a necessidade para que o Dnocs iniciasse as obras de recuperação e adequação da represa, além de apresentar plano de emergência da barragem, o que não aconteceu.

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De acordo com o MPF, entre os problemas que indicam a necessidade de readequação da barragem está o fato da bacia de dissipação não ser capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos apontam que a situação de risco já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2004, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiro da própria autarquia.

A reunião foi agendada para o dia 1° de dezembro, às 9h30, na sede do MPF em Caruaru. Foram convidados representantes da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Secretaria de Recursos Hídricos, prefeituras de municípios afetados pelo problema, Controladoria Geral da União (CGU), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a empresa Concrepoxi, responsável pelas obras da contratação emergencial. O Governo de Pernambuco também foi convidado.

Em setembro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco recomentou  a realização urgente de obras de recuperação da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, no agreste pernambucano. O local corre o risco de romper quando as chuvas retornarem e inundar toda a região afetando quase três milhões de pessoas. Pouco mais de dois meses após uma recomendação do MPF, o presidente Michel Temer assinou na manhã desta sexta-feira (9) duas ordens de serviços para obras hídricas no Estado. 

A primeira é para recuperar e modernizar a Barragem Jucazinho, com investimento de R$ 12 milhões na primeira fase. A segunda destina R$ 33,7 milhões para a construção de uma adutora emergencial que interligará o Sistema Siriji aos Sistemas Integrados Palmeirinha e Jucazinho. Acompanhados pelo governador Paulo Câmera (PSB), o presidente Michel Temer e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, cumprem agenda em Pernambuco nesta sexta. 

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De acordo com o Governo Federal, a obra na Barragem Jucazinho será executada em duas etapas. A primeira, composta por ações emergenciais como recuperação e reforço das estruturas, será executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e deve ser concluída até junho de 2017. O Ministério da Integração Nacional está preparando o edital da segunda etapa, que inclui ações necessárias de modernização do reservatório. O investimento nas duas fases será de R$ 52 milhões.

Operado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o açude é alimentado pelo Rio Capibaribe e seus afluentes. Quando está em plena operação, tem capacidade de armazenamento de 327 milhões de metros cúbicos de água e atende os municípios de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama.

O açude é importante também no controle de enchentes nas regiões ribeirinhas e no aproveitamento hidroagrícola e da piscicultura. Mais de 850 mil pessoas serão contempladas com a modernização e melhorias no reservatório.

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O governo interino de Michel Temer nomeou Angelo José de Negreiros Guerra para exercer o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), vinculado ao Ministério da Integração Nacional.

Também foram nomeados para o órgão dois novos diretores: Roberto Otto Penna Massler, para a área de Infraestrutura Hídrica, e Gustavo Henrique de Medeiros Paiva, para a Diretoria Administrativa. Os decretos das três nomeações estão publicados no Diário Oficial da União (DOU).

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O governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 2, mudanças em órgãos do Ministério da Integração Nacional e na própria pasta. Dentre elas, foi nomeado Teócrito Dantas da Silva para exercer o cargo de secretário executivo da pasta.

Além disso, no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), foram exonerados Ivan Monte Claudino, do cargo de diretor administrativo, e José Kíldare Felinto Colares, do cargo de diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção. Ambos deixaram as funções a pedido.

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Na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), foi exonerado Luiz Augusto Costa Fernandes do cargo de diretor de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura. Para o lugar dele, foi nomeado René Dubois.

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, exoneraram Glauco Rogério de Araújo Mendes do cargo de diretor de Infraestrutura Hídrica do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para nomeá-lo secretário de Desenvolvimento Regional da pasta. A mudança está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 11.

Ainda foi exonerado na Integração Nacional Carlos Gardel Ribeiro, que ocupava o cargo de diretor de Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento.

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O Diário Oficial da União de hoje também traz mudanças no Ministério da Educação. Foi exonerada Patrícia Carneiro Costa do cargo de diretora de Administração do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia responsável pela gestão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e que, desde semana passada, tem Gastão Vieira como novo presidente. Vieira, ex-PMDB, é filiado ao PROS do Maranhão.

Para o lugar de Patrícia na diretoria do FNDE foi nomeada Renilda Peres de Lima, que, para assumir o novo posto, foi exonerada do comando da Diretoria de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do órgão. Agora, essa diretoria terá como titular Tiago Lippold Radünz.

No Ministério do Esporte, também houve alteração. Foi exonerado Marcos César Ponce Garcia do cargo de diretor do Departamento de Incentivo de Fomento ao Esporte da Secretaria Executiva da pasta.

Um grupo de manifestantes do Movimento Sem Terra (MST), que está acampado desde a última terça-feira (15) no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), realizou um protesto nesta quarta-feira (16), em frente ao Palácio da Abolição, em Fortaleza.  Eles reivindicam ações contra a estiagem, investimentos em infraestrutura nos assentamentos e protestam contra a possibilidade de privatização da Petrobras.

Animais mortos foram colocados em frente ao Palácio. O Batalhão de Choque e agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) foram ao local.

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Uma reunião entre os representantes do MST e Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs), foi agendada para esta quarta-feira à noite. Além do MST, participam do protesto o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Levante Popular da Juventude.

 

Os integrantes da Bancada do Nordeste reuniram-se, na manhã desta quarta-feira (27), com o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Alexandre Navarro para discutir proposta de reestruturação do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). De acordo com o coordenador da Bancada, deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE) é consenso, entre os parlamentares, a necessidade de fortalecer o DNOCS.

"A situação do órgão é precaríssima. Concordamos com a proposta do DNOCS ser numa nova estatal federal com atuação em todo o Brasil", disse Pedro Eugênio. Ele também informou que os parlamentares da região terão, em breve, uma audiência com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann. Sobre a presidenta Dilma Rousseff, o deputado afirmou ter tratado com ela, em Serra Talhada (PE), nesta segunda-feira (25) sobre a possibilidade de um encontro com o grupo da bancada.

"Uma audiência com a presidente Dilma, que nós não vamos simplesmente mandar um ofício solicitando uma audiência, nós vamos trabalhar isso politicamente, através deste contato que ela própria sugeriu que nós fizéssemos com a ministra Gleise Hofmann. E o Ministério da Integração vai deixar conosco um texto, e que foi validado pelo ministro Fernando Bezerra, com as propostas que ele explanou através de uma apresentação do secretário-executivo do Ministério", afirmou o parlamentar.

O deputado Pedro Eugênio também anunciou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) de deputados e senadores para analisar a proposta do Ministério da Integração que reformula o DNOCS, bem como discutir o fortalecimento de demais órgãos que atuam no Nordeste e outras políticas públicas de interesse da região.

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Segundo o coordenador da Bancada do Nordeste, o GT será formado por dois congressistas de cada Estado nordestino. A expectativa de Pedro Eugênio é que o grupo apresente ao Ministério da Integração sugestões para que o DNOCS possa melhorar, efetivamente, sua atuação, seja como órgão regional com instituição focada só no Nordeste, seja como empresa nacional sediada em Brasília.

"Esse será nosso instrumento para que apontem as políticas públicas para o Nordeste com a organização de um seminário", falou Pedro Eugênio. O coordenador da Bancada do Nordeste disse, ainda, que o GT criado irá analisar, também, sobre o que fazer com a proposta do Ministério a respeito das máquinas compradas para efetuar a perfuração do solo com objetivo de abrir poços artesianos.

"E, também, deixará uma proposta por escrito com relação a esta proposta das perfuratrizes, de como será exatamente esta política de distribuição delas e quando vão começar a operar", ressaltou Pedro Eugênio.

 

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira 62 mandados de busca e apreensão em três Estados e no Distrito Federal, para desarticular, com a Operação Cactus, uma organização criminosa acusada de desviar cerca de R$ 48 milhões em recursos da União repassados a municípios nordestinos, por meio de convênios com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Um dos alvos da operação foi o ex-diretor-geral da estatal, Elias Fernandes Neto, afilhado político do presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A investigação segue sob segredo de Justiça.

A operação foi desencadeada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), que detectou os desvios em inspeções realizadas desde janeiro de 2012, quando Neto foi afastado do cargo, acusado de favorecer seu Estado, o Rio Grande do Norte, na celebração de convênios e liberação de recursos. As investigações revelaram que as irregularidades eram generalizadas e envolviam também empresários beneficiados com licitações viciadas. Só no Ceará, sede da operação, houve buscas e apreensões em vinte municípios.

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Em entrevista, a delegada Cláudia Braga Leitão, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF no Ceará, informou que cerca de 50 pessoas estão envolvidas no esquema, mas a Justiça não concedeu a prisão preventiva de nenhuma delas. Na residência do ex-diretor do DNOCS e em demais alvos foram recolhidos computadores, mídias e grande quantidade de documentos para serem submetidos a análise pericial. Em breve comunicado à imprensa, em Natal, Neto disse que está tranquilo em relação às investigações e disponível para prestar toda colaboração.

O projeto do Ministério da Integração sobre reestruturação do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) será apresentado ao órgão e aos integrantes da Bancada do Nordeste durante a próxima reunião do colegiado, prevista para a semana que vem. Na mesma data, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), anunciará a criação de uma comissão especial para discutir o tema. As informações constam do encontro promovido nesta quinta-feira (14) pela bancada para tratar do futuro do DNOCS.

A reunião aconteceu no gabinete do presidente da Câmara, e contou com a presença da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela prometeu empenho na busca por alternativas para redimensionar e resolver a questão de pessoal do DNOCS. “Dentro dos limites orçamentários deste ano, vamos tentar atender, porque queremos um resultado efetivo dessa instituição”, declarou a ministra. O diretor-geral do órgão, Emerson Fernandes, que também estava presente, já havia alertado sobre o fato de que mais de 90% dos servidores poderão se aposentar daqui a quatro anos.  

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O coordenador da bancada nordestina, deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE), ressaltou a importância do DNOCS, instituição de grande tradição na construção de obras hídricas e responsável por executar políticas federais de combate à seca. Por conta disso, necessita de reestruturação para atuar de forma mais eficiente no Nordeste. 

“Entendemos que órgão deva ser reestruturado para agir com mais vigor. Vamos examinar e receber este documento na próxima semana, e também assistir a uma apresentação do Ministério da Integração sobre o assunto”, detalhou o coordenador da bancada.

Segundo Pedro Eugênio, outro item da pauta que seguirá em discussão nos próximos encontros com a Integração é a contratação e utilização de máquinas perfuratrizes. Elas cavam poços onde há pedras e dificuldades em se ter acesso à água. A bancada do Nordeste reivindica que o DNOCS fique responsável pelo maquinário de maior complexidade, que chegam a profundidades de cerca de mil metros e trabalham em bacias hidrográficas que não contam com cristalino.

“Recebendo essas máquinas, o DNOCS terá uma condição operacional nova de atuar fortemente em defesa da estruturação na oferta de água em localidades que dificilmente seriam atendidas com sistemas adutores, ou que ainda serão construídos”, concluiu Pedro Eugênio.

O novo diretor-geral interino do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Ramon Rodrigues, toma posse amanhã. Ramon, que é cearense, substitui Elias Fernandes, demitido na quinta-feira após notícias de que em sua administração foram desviados cerca de R$ 312 milhões. O escândalo foi revelado por auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU).

A escolha de Ramon para responder interinamente pelo Dnocs foi um arranjo construído pelo PMDB e pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), com as bênçãos do Palácio do Planalto, enquanto a presidente Dilma Rousseff aguarda a indicação do nome definitivo, a ser feita pelo líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Este reafirmou hoje que o nome sairá do PMDB do Rio Grande do Norte.

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Como há uma forte disputa entre o PMDB do Rio Grande do Norte e o do Ceará junto ao governo federal, havia a informação de bastidores de que Ramon Rodrigues poderá permanecer no cargo por muito tempo. Hoje, Eunício Oliveira tem mais prestígio com a presidente do que Henrique Alves, que na semana passada envolveu-se numa forte briga com o governo e fez até ameaças para tentar manter Elias Fernandes à frente do Dnocs.

Já saíram até agora do órgão de combate às secas Elias Fernandes, Alberto Gradhvol, que foi substituído pelo funcionário de carreira da CGU Vitor Souza Leão, e Francisco Rennys, este diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Produção da autarquia. Rennys é ligado ao vice-governador do Ceará, Domingos Gomes de Aguiar Filho, do PMDB.

Pediu demissão nesta quinta-feira (26) o diretor da autarquia vinculada ao Ministério da Integração, Elias Fernandes Neto. O pedido foi feito depois de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar suspeitas de irregularidades de mais de R$ 300 milhões em projetos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS). A saída do governo foi acertada em uma reunião entre o diretor e o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. 

O ministro teria afirmado no início desta semana que o Dnocs deveria passar por mudanças em suas diretorias. Ainda devem passar por alterações na cúpula a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e ao Parnaíba (Codevasf) e a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

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De acordo com a nota oficial publicada pelo Ministério da Integração, o pedido de exoneração se deu em função da reestruturação dos quadros das empresas vinculadas à pasta. O secretário Nacional de Irrigação, Ramon Rodrigues, assume interinamente o cargo.

Caso - Nesta quarta-feira (25) o Denocs divulgou uma nota oficial se retratando sobre as suspeitas de irregularidades nas obras e serviços auditados pela Controladoria Geral da União (CGU).

Confira a nota na íntegra:

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, a respeito de notícias veiculadas na imprensa sobre possíveis sobrepreços de 312 milhões em obras e serviços auditados pela Controladoria Geral da União – CGU, vem a público informar o que se segue:

01 – A complementação salarial devida aos servidores do DNOCS (VPNI), nos percentuais de 70% e 100% do vencimento básico de níveis médio e superior, foi implementada através de Decreto-Lei nº 2.438, de 1988, não tendo o DNOCS governança sobre a implantação da política salarial dos seus servidores e instado o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão a se posicionar acerca do tema, a Secretaria de Recursos Humanos daquele Ministério, em Nota Técnica, assim se manifesta: “... por esta mesma razão não há falar em responsabilização dos Gestores que, em atendimento às determinações desta SRH/MP aplicaram o raciocínio esposado por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2009/COGES/COGJU/DENOP/SRH/MP.”, não podendo ser imputado a este órgão a responsabilização dos valores pagos aos servidores de R$ 119,7 milhões no período de 2006 a 2011.

02 – A Barragem de Congonhas, orçada em R$ 160 milhões, no estado de Minas Gerais, foi licitada em 2002 e suas obras não foram iniciadas até a presente data, sobretudo por problemas ligados a licenças ambientais. O contrato com o consórcio que iria construir a obra foi rescindido por este diretor geral, com publicação pelo Diário Oficial da União em 29 de dezembro de 2011.

03 – Os convênios firmados com o estado do Rio Grande do Norte, pelo DNOCS, envolvendo recursos da ordem de R$ 12 milhões, que representam apenas 5,05% dos valores repassados pela Defesa Civil aos estados, a sua execução é de total responsabilidade das prefeituras, (licitar, contratar e executar) ficando o DNOCS apenas com a responsabilidade de repassar os recursos e acompanhar o andamento dos serviços.

04 - Na barragem Figueiredo, algumas das obras e serviços apontados pela imprensa com desvio de recursos da ordem de R$ 13,65 milhões não foram executadas. Portanto, não houve qualquer desvio. Se houve algum equívoco na análise técnica dos serviços, isto está sendo apurado, e como medida preventiva, a Comissão de Fiscalização foi destituída pela atual direção geral e nomeada outra, para dar prosseguimento aos trabalhos, que deverão ser retomados após a quadra invernosa, a partir do mês de junho.

05 - Com relação a possíveis irregularidades apontadas nos contratos 45 e 46/2002 que apontam sobrepreço na compra dos tubos de ferro, o DNOCS, desde setembro de 2011, somente tem pago às empresas, os valores apontados pela CGU. No mais, aguarda decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que está analisando o caso e dará a última palavra sobre o tema.

06 - O Contrato PGE-03/2008, celebrado junto à empresa Hydros Engenharia, encontra-se sob análise da Diretoria de Infraestrutura Hídrica do DNOCS, que está analisando os argumentos da empresa, em respeito aos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa. Ato contínuo, com o respaldo de sua Procuradoria Geral, adotará as providências cabíveis. Cautelarmente, o DNOCS reteve o pagamento da empresa até que seja concluída a análise.

Vale ressaltar que o relatório produzido pela Controladoria Geral da União contabiliza como desvios de recursos públicos ou prejuízo ao erário, ações que sequer saíram do papel, à exemplo da barragem Congonhas, onde a CGU assevera que houve prejuízo da ordem de R$ 126 milhões, quando, na realidade, essa obra sequer fora iniciada, e prejuízo de R$ 119,7 milhões por pagamento de uma VPNI a servidores, tema o qual o próprio Ministério do Planejamento, através de Nota Técnica, reconhece a inexistência de culpa de qualquer gestor do DNOCS, uma vez que a governança do tema compete ao próprio Ministério.

O presidente do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Elias Fernandes Neto, designou três servidores para integrar uma comissão de sindicância para investigar denúncias de irregularidades na coordenadoria estadual do órgão no Ceará. A portaria está publicada hoje no Diário Oficial. Um dos servidores designados é a corregedora seccional do ministério da Integração Nacional, Jussara Santos Mendes, que é servidora de carreira da Controladoria-Geral da União.

Indicado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Fernandes tenta se manter no cargo apesar das denúncias que atingem o órgão. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), já teria pedido sua demissão, mas o PMDB luta para tentar mantê-lo. Alves afirma que é preciso dar direito ao contraditório ao aliado. Até agora foi exonerado apenas Albert Brasil Gradvohl, diretor administrativo do órgão, o que irritou a bancada cearense do PMDB.

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Segundo o ato publicado, a sindicância vai investigar denúncias de descumprimento do estatuto do servidor público, a lei 8.112 de 1990. Relatório da CGU apontou prejuízo de R$ 312 milhões na gestão de pessoal e contratações irregulares no Dnocs.

Foram publicados hoje, no Diário Oficial da União, os decretos de exoneração do diretor administrativo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Albert Brasil Gradvohl e a nomeação de Victor de Souza Leão, para o cargo. Esta foi a saída encontrada pela presidente Dilma Rousseff para não ter que demitir o diretor-geral do órgão, afilhado político do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, apesar das irregularidades constatadas pela Controladoria Geral da União.

A bancada cearense do PMDB não se conforma com a degola de Gradvohl como único responsável pelas irregularidades e promete ainda hoje procurar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti e da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para discutir o assunto. O novo titular da diretoria administrativa do Dnocs é funcionário da CGU. O relatório de irregularidades da Controladoria inclui desvio de recursos, dispensa de licitação e superfaturamento nas obras da barragem de Tabuleiro de Russas, no Ceará.

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