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Os depósitos em cadernetas de poupança somaram R$ 120,826 bilhões no mês de novembro, enquanto os saques contabilizaram R$ 114,440 bilhões, deixando saldo de R$ 6,385 bilhões. Com isso, a captação líquida no ano sobe para R$ 59,845 bilhões, ou R$ 10,126 bilhões a mais que em todo o ano passado, e é a maior captação anual já registrada na história das cadernetas de poupança.

Os números foram divulgados, nesta quinta-feira (5), pelo Banco Central, em relatório que mostra estoque total de R$ 583,728 bilhões, dos quais R$ 456,193 bilhões em depósitos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera parte dos financiamentos imobiliários, e R$ 127,535 bilhões se referem à poupança rural.

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A captação da poupança está positiva há 21 meses, desde março do ano passado, e poderia até ter sido maior no mês, não fosse o fato de novembro ter tido só 21 dias úteis, enquanto outubro teve 23. A diferença explica em parte por que depósitos e retiradas das cadernetas foram maiores no mês anterior. Os rendimentos do estoque da poupança somaram R$ 3,092 bilhões em novembro.

O dólar registrou sua primeira queda no mercado à vista em uma semana, afetado por declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta quinta-feira (5), de que o programa de oferta de hedge cambial da instituição será mantido em 2014. A declaração ajudou também a aliviar a pressão sobre as taxas de juros de longo prazo, ao passo que as curtas fecharam perto dos ajustes sob a influência da ata do Copom anunciada pela manhã.

O dólar iniciou a sessão em alta ante o real, em meio ao anúncio do documento do Copom, que apontou que a instituição está preocupada com o câmbio. Na ata, o Comitê repetiu também que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" e acrescentou que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre com "defasagens" e o Banco Central entende "ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso".

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No entanto, o dólar pagou os ganhos ainda pela manhã, afetado em parte por um fluxo de entrada pontual e movimento de realização de lucros, disseram operadores. O declínio se acentuou à tarde e a moeda bateu mínimas tanto no mercado futuro quanto no à vista, de R$ 2,3675 e R$ 2,3570, respectivamente, em reação à afirmação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o instituição continuará a prover liquidez e hedge aos mercados cambiais em 2014, com alguns ajustes no programa que adotou em 2013. No câmbio, o dólar fechou com queda de 1,09%, cotado em R$ 2,3630. Por volta das 16h35, o dólar para janeiro recuava 1,37%, para R$ 2,3730.

Entre os produtos alimentícios essenciais apurados para a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aqueles que tiveram alta na maior parte das capitais em novembro foram carne bovina (aumento em 15 capitais, das 18 pesquisadas), tomate (14), pão francês (13), açúcar (10) e manteiga (10).

De acordo com o Dieese, a elevação do valor da carne pode ser explicada pelo período de entressafra, que ocorre desde setembro. Além disso, houve ampliação do montante exportado, "o que manteve o patamar de preços alto no mercado interno". A carne é o produto de maior peso na cesta e apresentou acréscimo entre 0,51% em Salvador e 6,35% em Vitória. Somente três capitais tiveram retração: Belém (-0,56%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,12%).

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O aumento do tomate em 14 capitais é atribuído às chuvas que prejudicaram a colheita das lavouras de inverno e provocaram a valorização dos frutos de melhor qualidade. O preço do tomate subiu de forma expressiva em Natal (56,33%), Fortaleza (53,69%), Belo Horizonte (25,26%), Salvador (23,57%), João Pessoa (18,93%) e Manaus (10,15%).

A elevação do pão francês ocorreu em 13 das 18 capitais pesquisadas e oscilou entre 0,14% em Manaus e 3,81% em Porto Alegre. Conforme o Dieese, o valor do pão continua acompanhando o aumento do trigo, causado pelas chuvas nas lavouras brasileiras e pelo alto valor do insumo importado.

No caso do açúcar, houve aumento em 10 cidades, estabilidade em Goiânia e redução em sete capitais. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (7,23%), Vitória (5,00%), Campo Grande (4,90%), Belo Horizonte (4,00%) e Rio de Janeiro (3,41%). A elevação se deve em parte à procura do açúcar de boa qualidade e à postura das usinas brasileiras em manter o valor em um patamar alto.

A manteiga, por sua vez, mostrou acréscimo em 10 das 18 cidades pesquisadas. Em Manaus e Campo Grande, as variações foram superiores a 6%. Segundo o Dieese, houve crescimento do preço em muitos dos derivados do leite, impulsionados pela alta do produto nos meses anteriores.

Destaques de queda - Após um período de alta, o preço do leite decresceu em 14 cidades em novembro, com variações negativas entre 4,02% no Rio de Janeiro e 0,34% em Manaus. A ampliação da oferta em quase todas as regiões e a redução da demanda por leite resultaram na diminuição do preço do item no varejo.

Prato típico do brasileiro, o feijão foi destaque de queda pelo segundo mês consecutivo. Houve redução do valor do produto em 14 localidades, entre elas Goiânia (-16,72%), Campo Grande (-13,12%), Manaus (-8,78%) e Belo Horizonte (-8,20%). Como no mês anterior, a terceira safra de feijão abastece o mercado e garante a redução dos preços.

Nos últimos anos acompanhamos o leilão de alguns dos maiores aeroportos do país e de algumas rodovias. Todo esse processo faz parte de uma política governamental de privatizações. No entanto, será que essas ações tem impacto positivo, neutro ou negativo para a população e para o Brasil?

Para iniciarmos, é preciso compreender que a privatização no Brasil é o processo de venda de empresas públicas ou da parcela sob controle do estado brasileiro em uma empresa de economia mista para investidores e corporações privadas, nacionais ou multinacionais. Por aqui, foi durante o governo de Fernando Collor de Melo vimos surgir o primeiro programa de privatizações, com a constituição do Programa Nacional de Desestatização (PND).

No entanto, durante os oito anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que as privatizações ganharam fôlego redobrado, com a oferta de estatais de peso em setores chaves como telecomunicações, energia e siderurgia. A ideia era melhorar a produtividade da economia e ampliar o acesso da população a serviços como os de telefonia. Uma das maiores negociações da época foi a da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997, a maior exportadora de minério de ferro do mundo. O leilão encerrou-se em US$ 3,3 bilhões.

No decorrer de seu mandato, o presidente Fernando Henrique Cardoso arrecadou 22,23 bilhões de dólares na privatização de empresas do setor elétrico e 29,81 bilhões de dólares das telecomunicações. Já durante o governo Lula, o foco das privatizações mudou. O alvo foram as rodovias, a licitação para novas hidrelétricas e a venda de mais bancos estaduais. Pelo menos 2.600 km de estradas federais passaram para as mãos do capital privado.

Quanto o governo brasileiro já arrecadou com a venda de antigas estatais? Estima-se que, até 2005, os negócios ultrapassaram 90 bilhões de dólares. O fato é que, sob novos comandos, as empresas trouxeram benefícios para o país. Talvez o mais emblemático deles seja o da telefonia, que em 1998 tinha apenas 22 milhões de telefones em operação e em menos de uma década, já havia atingindo a marca de 125,7 milhões de aparelhos em funcionamento - entre telefones fixos e celulares.

Claro que o processo de privatização não é 100% de sucesso. A privatização não foi suficiente para colocar nos trilhos a malha ferroviária brasileira e houve problemas com as margens de segurança. Mas, o maior problema é que os contratos não previam punição para as falhas. Além disso, não havia a preocupação com o reajuste das tarifas cobradas e assim, em alguns pedágios, o consumidor ficou bastante prejudicado. Fato este que não se refletiu nos últimos leilões, já que, um dos critérios para a disputa era o menor custo social para a população.

De fato, temos visto com positividade as privatizações. A parceria entre público e privado tem dado fôlego a setores antes saturados, como as rodovias e os aeroportos. Os incentivos têm trazido benefícios à população local e aos turistas. Mas, é preciso cautela para não cometer exageros e colocar o país totalmente nas mãos da iniciativa privada, sem controle e sem acompanhamento. 

O Indicador de Atividade do Comércio, divulgado nesta quinta-feira (5), pela Serasa Experian, avançou 1,1% em novembro na comparação com outubro, já descontados os efeitos sazonais. Em relação a novembro de 2012, o movimento de consumidores nas lojas do País registrou expansão de 6,7%. No período de janeiro a novembro, a atividade varejista acumula alta de 5,2% ante igual período do ano passado.

De acordo com nota divulgada pela empresa, o segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática puxou o desempenho de novembro, com alta de 1% sobre outubro. Em seguida, vieram supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, com aumento de 0,2%, mesmo resultado das lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Três segmentos tiveram desempenho negativo: veículos, motos e peças (-5,2%), combustíveis e lubrificantes (-1%) e material de construção (-0,9%).

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"A boa configuração do mercado de trabalho (desemprego baixo e estável com ganhos reais de rendimento), a atual trajetória de redução dos níveis de inadimplência do consumidor, os estímulos provindos do programa Minha Casa Melhor e a entrada da primeira parcela do 13º salário impulsionaram a atividade varejista em novembro", avaliam os economistas da Serasa Experian.

No acumulado do ano até a novembro, a atividade do comércio - o índice reflete o volume de consultas realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian - tem expansão de 5,2%, com destaque para supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6,4%), combustíveis e lubrificantes (5,1%) e veículos, motos e peças (3,8%).

A Eletrobras informou, nesta quarta-feira (4), que a linha de crédito com a Caixa Econômica Federal, cancelada na noite de terça-feira, apresentava condições atraentes, que permitiria uma melhor gestão dos passivos das empresas controladas pela Eletrobras, com consequente alongamento do perfil das suas dívidas e melhoria do desempenho econômico e financeiro dessas empresas.

A operação, contudo, estava condicionada ao atendimento de condições contratuais de eficácia, "cujas providências de atendimento foram interrompidas em razão da informação de cancelamento da linha de crédito", informou a empresa em comunicado, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O contrato de financiamento, no valor de R$ 2,6 bilhões, seriam usados para reestruturar o passivo das subsidiárias com o encargo setorial Reserva Global de Reversão (RGR).

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Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em alta nesta quarta-feira (4), pela quarta sessão consecutiva, após a primeira queda nos estoques da commodity em 11 semanas. Os preços também receberam impulso da notícia de que um oleoduto importante será aberto em janeiro.

O contrato de petróleo para janeiro fechou em alta de US$ 1,16 (1,12%), a US$ 97,20 por barril na Nymex, maior nível desde 29 de outubro. Os preços já haviam avançado 4,1% nas três sessões anteriores. Já o petróleo do tipo brent para janeiro encerrou com queda de US$ 0,74 (0,7%), a US$ 111,88 por barril na ICE, após um ganho de 1,1% nesta terça-feira, 3. O brent foi pressionado pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter o teto de produção inalterado em 30 milhões de barris por dia durante reunião em Viena. Além disso, a Opep prorrogou o mandato do secretário-geral Abdalla Salem el-Badri por um ano.

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Os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos caíram 5,585 milhões de barris na semana encerrada em 29 de novembro, para 385,831 milhões de barris, de acordo com o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do governo dos EUA. O resultado é a primeira queda nos estoques após dez semanas consecutivas de elevações. A previsão de analistas era de estabilidade.

O diretor da Tradition Energy Addison Armstrong disse que a reação do mercado foi apropriada, diante da notícia de que as refinarias processam mais petróleo para atender à demanda. Mas Armstrong expressou a preocupação de que os estoques da commodity continuam altos, após um aumento acumulado de 10% nas dez semanas anteriores.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam com alta de mais de 2%, nesta quarta-feira (4), recuperando grande parte do que perderam nas duas sessões anteriores. Analistas atribuíram a alta a um movimento de correção.

O contrato mais negociado do ouro, para entrega em fevereiro, fechou em alta de US$ 26,40 (2,02%), a US$ 1.247,20 a onça-troy. O metal precioso havia registrado uma perda total de 2,4% nas duas sessões anteriores.

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Mais cedo, porém, o cenário era diferente. Os preços do ouro chegaram a atingir uma nova mínima em cinco meses nesta manhã, em meio a temores crescentes de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa começar a retirar sua política de estímulos já a partir deste mês, em resposta a dados positivos recentes da economia dos EUA.

A Petrobras esclareceu nesta terça-feira (3), que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) adota um conceito de produção no pré-sal diferente do adotado pela companhia. De acordo com o comunicado, a Petrobras considera como pré-sal reservatórios carbonáticos microbiais localizados abaixo da camada de sal. A ANP, por sua vez, também inclui poços que produzem petróleo em formações geológicas conhecidas como coquinas, localizadas, principalmente, nos campos antigos da Bacia de Campos.

Entre os seis poços que produzem a partir de formações de coquinas, três estão localizados no campo de Linguado, um em Trilha e dois em Pampo, todos na Bacia de Campos, com uma produção total baixa, de cerca de 1,2 mil barris por dia (bpd). Dessa forma, segundo o conceito da ANP, diz a Petrobras, 25 poços produziram no pré-sal em setembro e 27 poços em outubro.

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Esse aumento na quantidade de poços deveu-se à entrada em operação, no dia 26 de outubro, do Sistema de Produção Antecipada (SPA) ligado ao poço LL-07. Esse poço contribuiu com a produção mensal por apenas quatro dias durante o mês de outubro. "Além disso, a Petrobras executou um teste de formação no poço ANP-01, na área de Franco, com apenas 72 horas de duração. Com isso, houve, efetivamente, apenas o aumento de produção do LL-07 e por pouco tempo, já que o poço de Franco foi fechado após a realização do teste", diz a estatal.

A Petrobras informa ainda que houve, de fato, uma redução na produção total do pré-sal, devido a problemas operacionais num compressor do FPSO Cidade de Angra dos Reis, no campo de Lula, na Bacia de Santos. "A companhia ressalta que no mês de novembro esse problema foi normalizado, com o registro, no dia 22, de novo recorde de produção diária no pré-sal, de 362,3 mil barris por dia (bpd)."

Também conforme o comunicado, ainda em novembro foi batido novo recorde de produção mensal no pré-sal, com 339 mil bpd, graças à contribuição do LL-07 durante todo o mês e à entrada em operação do SPA conectado ao poço RJS-678 ligado ao FPSO-Cidade de São Vicente.

Para o recorde de 362,3 mil bpd, obtido com apenas 21 poços produtores, o pré-sal da Bacia de Santos contribuiu com 185,4 mil bpd, produzidos por oito poços, o que corresponde a uma média de 23,2 mil bpd por poço,diz a estatal. "Desses oito, dois poços, conectados a SPAs, estão com produção restrita devido à limitação da queima de gás. Por sua vez, o pré-sal da Bacia de Campos contribuiu com 176,9 mil bpd por meio de 13 poços, o que corresponde a uma média de 13,6 mil bpd", acrescenta.

As Bolsas dos EUA tiveram seu terceiro dia consecutivo de quedas. No caso do índice Dow Jones, é a maior sequência de baixas desde as cinco quedas consecutivas até 25 de setembro. "Começamos a semana supercomprados, com otimismo demais no mercado", disse o estrategista Bruce Bittles, da Robert W. Baird.

"O mercado está num vácuo de notícias e as pessoas estão à procura de razões para se preocupar. Este ano tem sido como uma corrida de obstáculos; superamos quatro ou cinco barreiras de uma vez, com as preocupações sobre a Síria, as primeiras sugestões de uma redução das compras de bônus do Fed, o fechamento do governo e o impasse sobre o teto de endividamento do governo", disse o estrategista John Manley, da unidade de fundos do Wells Fargo. Para ele, é natural que investidores queiram realizar lucros nesta altura.

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O foco do mercado continua a ser quando o federal Reserve começará a reduzir seu programa de estímulo à economia, que tem beneficiado as ações ao injetar liquidez no setor financeiro. "O estímulo do Fed tem sido uma força motriz para o mercado nos últimos quatro anos. Por isso, esta é uma grande preocupação", disse Bittles. O índice de volatilidade Vix, da CBOE, subiu 4,2% nesta terça-feira, para 14,82, nível mais alto em oito semanas.

Entre os destaques da sessão estavam as ações do setor varejista, em reação aos informes de vendas dos últimos feriados (Amazon.com -1,95%, eBay +1,13%), e as das montadoras, em dia de informes das empresas sobre suas vendas em novembro (GM -2,48%, Ford -2,93%). As da fabricante de carros elétricos Tesla subiram 16,92%, depois de a autoridade alemã de segurança dizer que a empresa não tem culpa pelos três incêndios ocorridos em seus carros no mês passado.

O índice Dow Jones fechou em queda de 94,15 pontos (0,59%), em 15.914,62 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 8,06 pontos (0,20%), em 4.037,20 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 5,75 pontos (0,32%), em 1.795,15 pontos.

Os preços do ouro recuaram nesta terça-feira (3), apesar da baixa do dólar frente ao euro, ao iene e ao franco suíço. Na segunda-feira os preços do ouro haviam caído 2,3% em reação aos índices de atividade industrial dos EUA, que alimentaram a expectativa de que o Fed antecipe a redução de seu programa de compras de bônus.

Os participantes do mercado estão na expectativa de novos indicadores, em especial os dados do nível de emprego em novembro, que saem na sexta-feira. "Poderemos ver fogos de artifício à medida que a semana avança", escreveram os traders da TD Securities.

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Pela manhã, os analistas do UBS rebaixaram sua previsão para o preço médio do ouro em 2014 para US$ 1.200 por onça-troy, de US$ 1.325 na projeção anterior. Eles também rebaixaram em 15% os preços-alvos das ações das mineradoras de metais preciosos para o próximo ano.

Na Comex, divisão da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do ouro para fevereiro fecharam a US$ 1.220,80 por onça-troy, em baixa de US$ 1,10 (0,09%). Fonte: Dow Jones Newswires.

A piora da visão dos investidores em torno da situação da economia do Brasil, reforçada pela contração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre reportada, nesta terça-feira (3), fez que a Bovespa se mantivesse no pior nível desde 30 de agosto pelo segundo dia consecutivo. O desempenho negativo do mercado doméstico também foi afetado pelo nervosismo nas bolsas internacionais em meio à temores de que o Federal Reserve (Fed) começará a reduzir os estímulos em breve nos EUA.

O Ibovespa terminou com baixa de 1,75%, aos 50.348,89 pontos. Na máxima, o índice alcançou 51.257 pontos (+0,02%) e na mínima atingiu 50.224 (-1,99%). O índice acumula queda de 4,06% em dezembro e baixa de 17,40% no ano. O giro financeiro totalizou R$ 6,453 bilhões. No front corporativo, Petrobras ON subiu 0,91% e Petrobras PN, 0,85%.

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Segundo relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o PIB registrou o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009, ao cair 0,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O resultado, segundo o coordenador de Contas Nacionais do instituto, Roberto Olinto, pode indicar uma desaceleração na atividade econômica.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que os dados da economia no quarto trimestre "certamente serão positivos", mas os investidores continuaram céticos diante das declarações, tendo em vista os últimos números divulgados no País e a agenda carregada de indicadores até o fim da semana, que inclui a ata da reunião do Copom, a produção industrial de outubro e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro.

Após passar toda a manhã em território negativo, a Bovespa conseguiu zerar as perdas no início da tarde, ajudada pela recuperação da Petrobras, após o tombo de segunda-feira. Mas o alívio durou pouco e a bolsa brasileira não conseguiu sustentar os ganhos e bateu mínimas sequenciais, à medida que as bolsas em Nova York acentuaram a queda, em meio a especulações de que o banco central dos EUA poderá começar a reduzir seu programa de estímulo à economia antes do que se previa.

O Ministério de Economia da Rússia cortou sua previsão de crescimento para 2013 e para os próximos dois anos, disse nesta terça-feira (3) o ministro da Economia, Alexei Ulyukayev. Ele revisou para baixo as projeções para investimentos e produção industrial.

Após a quarta revisão negativa da previsão de crescimento para 2013 até agora este ano, o Ministério agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 1,4%, ante uma previsão inicial de 3,6%. Para 2014, a projeção é crescimento de 2,5% e, para 2015, de 2,8%.

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A Rússia aproveitou uma década de crescimento motivado pelo petróleo, mas agora enfrenta tempos difíceis, em meio ao baixo nível de investimento, fraca demanda por exportações e falta de reformas na infraestrutura. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os pedidos de falência no País recuaram 29,9% no mês de novembro comparado a outubro, informou nesta terça-feira (3) a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Na comparação com novembro de 2012 foi visto recuo de 9,5%. Já no acumulado do ano até novembro foi registrada queda de 3,2% nos pedidos de falência sobre igual período de 2012.

As falências decretadas recuaram 27,7% em novembro ante outubro e subiram 11,5% em relação a novembro de 2012. No ano, acumulam avanço de 25,7%. Já os pedidos de recuperação judicial tiveram baixa de 39,1% em novembro ante outubro. Na comparação com novembro de 2012, houve alta de 9,8% e, no ano, acumulam avanço de 8,7%.

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Os deferimentos de recuperação judicial caíram 36,7% em novembro ante outubro, subiram 5,6% em relação a novembro de 2012 e tiveram avanço de 30,7% no acumulado do ano.

Os juros futuros registraram ganhos consistentes nesta segunda-feira (2), acompanhando a alta do dólar. O aumento aquém do esperado concedido para os preços dos combustíveis indica que haverá inflação represada no futuro próximo e, além disso, a falta de clareza na nova metodologia de reajuste deixa os participantes do mercado nervosos. Continua repercutindo ainda o dado negativo sobre o superávit de outubro do governo central, divulgado na semana passada.

Segundo um operador, investidores estrangeiros entraram mais fortemente no mercado brasileiro esta tarde, após o feriado de Ação de Graças na semana passada nos EUA. Com a alta dos juros, a curva a termo precifica majoritariamente uma alta 0,5 ponto porcentual da Selic em janeiro, apesar de um aperto menor, de 0,25 ponto, não estar descartado.

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Embora o reajuste de 4% concedido pelo governo para a gasolina tenha ficado abaixo do esperado pela maioria dos analistas, fontes do mercado explicam que a falta de clareza sobre a nova política de preços dos combustíveis afeta as expectativas de inflação e impulsiona os juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (22.485 contratos) estava em 10,09%, de 10,06% no ajuste de sexta-feira. O juro para janeiro de 2015 (442.220 contratos) indicava 10,75%, de 10,67% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (226.090 contratos) apontava 12,42%, ante 12,20%. E o DI para janeiro de 2021 terminou a 13,10% (15.095 contratos), de 12,83%.

O setor manufatureiro chinês registrou uma discreta expansão em novembro, segundo uma medição do governo. O índice dos gerentes de compra da indústria calculado pela Federação de Logística e Compras da China ficou em 51,4 - mesmo número registrado em outubro.

Pesquisa similar realizada pelo banco HSBC mostrou um índice de gerentes de compra de 50,4 em novembro, abaixo dos 50,9 registrados em outubro, em meio a sinais de diminuição da demanda externa e lenta recuperação de estoques.

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Os dois índices usam uma escala de zero a cem pontos. Leituras acima de 50 sinalizam expansão, enquanto medições abaixo de 50 indicam contração.

As vendas de medicamentos no Brasil devem encerrar o ano com crescimento de 13%. Se confirmadas as estimativas, alcançará a marca recorde de R$ 56 bilhões, de acordo com previsões das indústrias do setor. A expansão das farmacêuticas será puxada novamente pelos genéricos, que registram expansão robusta ano a ano, acima de dois dígitos, desde seu lançamento há 13 anos.

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas totais de remédios somam R$ 48,3 bilhões, um aumento de 17% sobre igual período do ano anterior, de acordo com dados da consultoria IMS Health obtidos com exclusividade pelo Estado. No mesmo período, as vendas só de genéricos atingiram R$ 11,396 bilhões, alta de 24%. Em 2012, as vendas de medicamentos totais foram de R$ 49,6 bilhões.

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"Esse resultado mostra que o mercado de genéricos tem se consolidado no País", afirma Telma Salles, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos).

De acordo com a entidade, desde que foram criados, os genéricos geraram R$ 40,8 bilhões em economia aos consumidores. Esses medicamentos, por lei, têm de ser, no mínimo, 35% mais baratos que os de referência (com patente). Até outubro, a participação dos genéricos na venda total de medicamentos representou 24% da receita. A expectativa é que essa fatia dobre nos próximos anos.

Apesar do crescimento tímido da economia para este ano, o setor de medicamentos vai crescer o equivalente a cinco vezes o Produto Interno Bruto (PIB), afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).

"O atual nível de emprego contribui em muito para a indústria", diz. "Costumo dizer que um desempregado, quando tem dor de cabeça, apaga a luz do quarto e vai dormir. Agora, o momento é outro. O aumento de renda elevou o acesso da população aos medicamentos", diz Mussolini.

Para 2014, as indústrias projetam crescimento parecido com o deste ano. A expectativa de expiração de dez patentes de medicamentos no próximo ano deverá impulsionar o segmento de genéricos.

Segundo o presidente do Sindusfarma, não há previsões de grandes riscos que possam comprometer a expansão do setor no próximo ano. As indústrias deverão ter sua rentabilidade afetada, em razão do aumento dos custos de produção. "A folha de pagamentos subiu cerca de 8,5%. Sem contar o câmbio, que iniciou o ano a R$ 1,80 e deve encerrar perto de R$ 2,40. As indústrias importam cerca de 70% dos insumos para medicamentos", diz Mussolini.

Patente. Levantamento da Pró Genéricos, com base nos dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), mostra que dez produtos de referência (inovadores) terão as patentes vencidas. Esses dez produtos registraram receita nos últimos 12 meses de R$ 761,6 milhões no varejo farmacêutico brasileiro, de acordo com o IMS Health. Entre os medicamentos previstos para perder a patente estão o Cialis (para disfunção erétil) e o Cymbalta (antidepressivo e analgésico), ambos da Eli Lilly; Celebra (anti-inflamatório), da Pfizer; e o Avalox (antibiótico), da Bayer.

A expectativa é de que as indústrias produtoras de genéricos façam investimentos de US$ 1,5 bilhão na ampliação da capacidade produtiva, desenvolvimento de novos genéricos, de acordo com a entidade. No País, há 102 laboratórios fabricantes de genéricos. No ranking das dez maiores empresas farmacêuticas, oito produzem ou têm linha de medicamentos genéricos.

Desde 2009, o setor tem sido alvo de um forte movimento de consolidação, com o interesse de multinacionais em comprar o controle ou participação em indústrias nacionais com o foco em genéricos, com objetivo de diversificar o seu portfólio. Essa tendência ganhou força depois com a redução de medicamentos "blockbusters" (campeões de venda). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Vale deverá anunciar um programa de investimentos de US$ 14,5 bilhões, incluindo pesquisa & desenvolvimento (P&D) para 2014, nesta segunda-feira (02), durante o Vale Day em Nova York. Esse montante é 11% inferior ao anunciado para 2013, de US$ 16,3 bilhões, de acordo com levantamento realizado pelo 'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado', com analistas que acompanham o setor. Se confirmado, será o mais baixo desde 2010, quando os investimentos anunciados foram de US$ 12,9 bilhões.

Um analista estrangeiro que acompanha a empresa disse ao Broadcast que será um trabalho árduo para Luciano Siani, diretor de Finanças e de Relações com Investidores da mineradora, explicar aos investidores o desembolso que a companhia teve de fazer neste mês referente ao pagamento do Refis, de quase R$ 6 bilhões.

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"Não será fácil o Luciano explicar esse uso do caixa da empresa", disse. Esse analista, que projeta um investimento abaixo do mercado, em US$ 12 bilhões para o próximo ano, acredita que a Vale terá de cortar, no mínimo dos aportes, o montante referente à primeira parcela do Refis.

Pela sua decisão de adesão ao programa, a Vale terá de desembolsar R$ 22,3 bilhões, sendo R$ 5,9 bilhões à vista e mais R$ 16,360 bilhões em 179 parcelas mensais. Na oportunidade, a empresa disse que o impacto da dívida em seu lucro apurado no exercício deste ano será de R$ 20,725 bilhões.

A Vale tem mantido sua estratégia de maior disciplina de alocação de capital, focando-se em ativos de maior rentabilidade, caso do minério de ferro. O maior investimento da mineradora hoje é em Serra Azul, mina que acrescentará à capacidade da Vale 90 milhões de toneladas de minérios de ferro, e que demandará investimentos de cerca de US$ 20 bilhões. Neste ano a produção da Vale deverá chegar a 306 milhões de toneladas de minérios.

Além do foco em minério de ferro, produto que é o carro-chefe, a mineradora vem realizando desinvestimentos em áreas não estratégicas. Recentemente, por exemplo, a mineradora vendeu uma fatia na empresa de logística VLI e também a sua participação na fabricante de alumínio norueguesa Norsk Hydro.

Na teleconferência em que comentou os resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano, no início de novembro, o diretor de RI da companhia disse que a Vale poderia encerrar 2013 com um volume de investimentos um pouco inferior ao previsto em seu orçamento anual, mesmo com a tendência de dispêndio de aportes mais acelerado nos últimos três meses do ano.

Em relatório, o analista do Credit Suisse, Ivano Westin, diz que a Vale pode até mesmo surpreender o mercado com investimentos ainda menores do que o previsto e que aguarda que a empresa sinalize, no encontro da segunda-feira, que ainda há espaço para redução de custos ao longo dos próximos trimestres.

Mudança. Desde maio de 2011 à frente da Vale, Murilo Ferreira assumiu o cargo com a missão de arrumar a casa, reduzindo excessos para retomar a eficiência da empresa. Para isso, uma das primeiras tarefas realizadas por Ferreira foi definir as prioridades, mantendo o foco nos ativos de "classe mundial". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nas últimas décadas o Brasil passou por uma série de transformações que forneceram a ideia de que enfim o país entrara no rumo do desenvolvimento. Controle da inflação, responsabilidade fiscal, distribuição de renda, acesso ao ensino superior e melhora nos indicadores sociais.

No entanto, apesar deste processo o país ainda é visto com desconfiança no cenário internacional. Os grandes eventos esportivos que serão realizados nos próximos anos direcionaram os holofotes da imprensa internacional para o país e semanalmente nos deparamos com uma manchete do tipo: “Pesquisador inglês faz alerta em relação ao risco de dengue durante a Copa”, “Forbes chama Black Friday do Brasil de Black Fraud”, “Manobra contábil fere a reputação da Petrobrás”, “Agência ameaça rebaixar nota de Risco do Brasil por piora nas contas públicas”, dentre outros.

O fato é que o “jeitinho brasileiro” na condução dos negócios e na condução da economia corroem uma alicerce que vem sendo construído há décadas. A credibilidade nos pilares fundamentais da política macroeconômica e no ambiente de negócios do Brasil são colocados em xeque.

Motivos não faltam para isto.

Logo, seja no Black Friday ou Black Fraude (a critério de cada um), seja na condução da política econômica sobra jeitinho brasileiro, improviso, e falta de credibilidade.

Desta forma como uma economia pode inspirar confiança se de forma notória o consumidor é explorado, contratos são modificados durante sua vigência e onde os interesses de médio e longo prazo da economia são postos de lado até o pleito de outubro próximo?

 

Resumo da obra terra de incertezas e desconfianças.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, disse nesta sexta-feira (29), em Uberaba (MG), que as medidas agronômicas propostas para o combate à lagarta Helicoverpa armigera são suficientes para controlar o avanço do inseto. A mais nova praga das lavouras brasileiras já levou à decretação de emergência fitossanitária no oeste da Bahia, em Goiás e Mato Grosso e em 90 cidades de Minas Gerais, entre eles Uberaba.

Reunido com representantes de agricultores das principais regiões produtoras de Minas, Andrade disse que, além do controle químico com o uso de defensivos liberados excepcionalmente pelo governo, é importante a adoção de boas práticas agrícolas. Entre elas, citou o vazio sanitário - período em que as culturas suscetíveis não são plantadas -, a adoção de áreas de refúgio com o cultivo de sementes convencionais e a destruição de restos culturais. De acordo com ele, os pesquisadores atribuem o crescimento da Helicoverpa às práticas de cultivo inadequadas.

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Andrade disse que a Lei 12.873, sancionada em outubro pela presidente Dilma Rousseff, deu ao ministério maior flexibilidade de ação nos casos de emergências que envolvam pragas na agricultura ou na pecuária. Segundo a lei, pode ser concedida autorização especial para uso de agrotóxicos ainda não validados no País, desde que, comprovadamente, não causem graves danos ao meio ambiente e riscos à saúde pública.

Entre os produtos que podem ser importados em caráter emergencial, estão agroquímicos à base de benzoato de emamectina, substância que demonstrou eficiência contra a lagarta, mas o uso deve ser acompanhado por fiscalização. A lei exige que os produtos a serem usados estejam autorizados em grandes países e blocos produtores, como os Estados Unidos e a União Europeia (UE), devendo ainda obedecer às normas internacionais em relação à segurança alimentar.

No Paraná, um grupo técnico criado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado iniciou o trabalho de vigilância para identificar a presença e a quantidade da Helicoverpa nas lavouras. Com o monitoramento, o Estado produzirá um diagnóstico sobre a ocorrência da praga. O trabalho pode servir como subsídio para possível decretação de emergência fitossanitária nas regiões mais afetadas.

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