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A Secretaria de Educação de Pernambuco inscreve até esta quarta-feira (25) para a seleção simplificada para 250 profissionais que irão atuar na educação profissional da rede. Dessas oportunidades, 197 são destinadas para a função de professor, 41 para coordenador e 12 para coordenador de integração empresa-escola.

Os interessados podem se inscrever através do site da Fadurpe, onde será necessário preencher um formulário eletrônico. A taxa de inscrição para o cargo de coordenador custa R$ 55. Já para professor, o valor é de R$ 45. Os valores deverão ser pagos em qualquer agência bancária ou rede lotérica, até sexta-feira (27), por meio de boleto a ser impresso no ato da inscrição. São isentas da taxa as pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais – CADÚnico, mediante comprovação documental.

No processo de seleção, haverá análise de títulos e de experiência profissional. Os candidatos ao cargo de professor do curso técnico – tradutor e intérprete de libras serão submetidos também a uma prova prática. A seleção valerá por um ano, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. O salário oferecido pode chegar a até R$ 2.932,96, e a carga horária pode variar entre 50 horas mensais para professores e 200 horas mensais para coordenadores.

Mais informações, no edital abaixo.

As Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) são áreas delimitadas e destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, que gozam de incentivos tributários e cambiais, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. Surgidas em 1959 na Irlanda, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, atualmente existem 3.500 ZPE em 135 países, gerando cerca de 68 milhões de empregos diretos.

Pensadas como forma de atrair novos investimentos externos através do aumento das exportações, que devem atingir o mínimo de 80% do total da produção, as ZPEs contribuiriam para impulsionar o progresso tecnológico, diminuir os desequilíbrios regionais e reduzir a migração para o Sudeste do país, já que, inicialmente e preferencialmente, as zonas estariam situadas nas regiões Norte e Nordeste.

Décadas se passaram sem que nenhuma ZPE fosse criada no Brasil. Em 1988, Pernambuco recebeu autorização do governo federal (Decreto nº 97.407, de 22/12/1988) para implantar uma ZPE que chegou a ser licitada, mas o processo não seguiu em frente. Em 2010, o governo federal retomou o programa das ZPEs baseado numa nova legislação e com o propósito de incluí-las na atual política industrial de desenvolvimento do país.

Nessa perspectiva, importa assinalar que atualmente o Brasil conta com 23 Zonas de Processamento de Exportação autorizadas a funcionar. Dessas, seis estarão prontas para operar ainda em 2012. A ZPE de Senador Guiomard, no Acre, ficou pronta em 16 meses e entrará em operação ainda em janeiro deste ano, com investimentos de iniciativa privada de aproximadamente R$ 40 milhões vindos da empresa chinesa Universal Timber.

Em Pernambuco, a primeira ZPE será construída em Jaboatão dos Guararapes e será chamada de Cone Suape, devido à proximidade com o Complexo Industrial de Suape. Com investimento de R$ 1,4 bilhão em iniciativa pública e privada, a previsão é de abrigar mais de 90 empresas nos próximos cinco anos, contribuindo para o desenvolvimento industrial local nos segmentos de navindústria, navipeças, tecelagem, farmacoquímico e metalmecânico.

Entretanto, para que uma ZPE se concretize, e isso é válido para qualquer estado, mais do que visão de negócios, são essenciais itens como logística e gestão. Mais uma vez, os olhos do país se voltam para Pernambuco. Na análise de vários especialistas, a ZPE/Suape será uma das principais do Brasil: o estado vem crescendo mais que o país em termos de investimentos e aliado a isto, está a modelagem da parceria público-privada para gestão e a logística privilegiada, uma vez que se localizará no pólo logístico de Pernambuco.

Outrossim, países como Cingapura, Coreia do Sul, Taiwan, Índia e China, que emprega 40 milhões de pessoas em ZPEs, apresentam projetos bem sucedidos de desenvolvimento voltados para exportação. Os Estados Unidos, por exemplo, tem 150 ZPEs em seu território, dados estes que nos levam a acreditar que estamos atrasados em relação ao mundo.

Por fim, importa registrar que a implantação das ZPEs no Brasil pode ser considerada a chance para muitas empresas investirem em qualificação de produtos e mão de obra, graças às facilidades fiscais, promovendo, assim, a competitividade e poder de comercialização. O Brasil precisa exportar mais e esta oportunidade pode estar nas Zonas de Processamento de Exportações, já que o país tem uma carga tributária alta frente a outros países.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNPq/MCTI) está oferecendo bolsas de doutorado sanduíche no exterior (SWE) e pós-doutorado (PDE), em parceria com o laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK) - a instituição é considerada uma das líderes mundiais em saúde e pesquisa farmacêutica e promove uma parceria entre a empresa, pesquisadores e grupos de pesquisa da América Latina.

O programa Ciências sem Fronteiras disponibiliza dez bolsas de estudo destinadas à formação de pesquisadores nos centros de pesquisa do GSK, com o objetivo de obter novas drogas e vacinas para o controle de doenças consideradas prioritárias pelo governo brasileiro. O objetivo é selecionar candidatos que queiram desenvolver parte de suas teses de doutorado e pesquisas de pós-doutorado em um laboratório da GSK, no Reino Unido, Estados Unidos ou na Espanha.

Serão concedidas até cinco bolsas de doutorado sanduíche no exterior (por até um ano cada), e até cinco bolsas de Pós-Doutorado no Exterior (por até dois anos cada). As bolsas incluem os benefícios de mensalidade, auxílio-instalação, passagem aérea de ida e volta e seguro-saúde.

Os interessados em participar devem realizar pesquisas nas áreas de: Doenças Metabólicas, Doenças Tropicais e Negligenciadas, Doenças Infecciosas, Doenças Respiratórias, Imunologia e Processos Inflamatórios e Biofarmácia. As inscrições para o primeiro semestre de 2012 seguem até do dia 2 de março.

Os candidatos devem preencher um formulário de submissão de proposta na plataforma do Instituto Carlos Chagas e serão avaliados pelo CNPq e por um Comitê Ad Hoc. Os pré-selecionados deverão participar de entrevista com a equipe do GSK, que indicará, em caso de aprovação, em qual dos três países serão realizadas as pesquisas.

Mais informações no site do CNPq. 

A visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Aloizio Mercadante a Pernambuco, que aconteceu no início de janeiro, rendeu bons frutos para a tecnologia e, ao que parece, boas perspectivas também para a educação tecnológica no Estado, já que o petista assumirá na terça-feira (24) a pasta de Educação. Durante os dois dias que esteve cumprindo agenda no Recife - que eu acompanhei de perto, Mercadante conheceu uma série de profissionais e empresários do setor e visitou o Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), considerado um dos melhores do País - tendo demonstrado em diversos momentos grande interesse pelos projetos que estão sendo desenvolvidos na instituição que contam com o apoio da iniciativa privada, a exemplo da Motorola, da Nokia e de outras multinacionais. 

É com este novo olhar que a partir de fevereiro, já como ministro da Educação, o petista terá novos desafios. Conhecendo a estrutura de nossas universidades por dentro, ele poderá entender diferentes modelos de parcerias publico-privadas e buscar soluções para que nossos centros de ensino, espalhados por todo o País, possam formar profissionais cada vez mais qualificados.

“Qualificação” é, por sinal, a palavra que melhor define o trabalho que está sendo feito no CIn e na própria UFPE. O Centro de Informática ganhou no fim do ano passado o prêmio nacional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) na categoria Instituição Científica e Tecnológica (ICT), recebendo uma linha de financiamento de R$ 500 mil para pesquisas e inovação, além de R$ 500 mil que haviam recebido em novembro por outra premiação regional. Estes reconhecimentos são, no entanto, apenas dois exemplos num mar de títulos conquistados anualmente por professores, estudantes e profissionais da casa. 

Além de três cursos de graduação (Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação), o CIn conta com mestrado e doutorado com conceito seis na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e oferece ainda especializações e pós-graduações em gestão de Tecnologia da Informação, disputadas não apenas por pernambucanos, mas por pessoas de todo o Brasil. 

Mercadante assumirá o Ministério da Educação encantado com o que viu na UFPE e, claro, com o objetivo de ampliar os bons exemplos e de fazer com que este nível de qualificação chegue a mais pessoas, em todos os níveis e setores de nossa economia. Além de continuar o trabalho de transformação na educação brasileira, a ideia deste novo governo é promover passos mais largos – abrindo novas portas para nossos profissionais e chamando a atenção de mais empresários e multinacionais.

Aspectos relativos à educação básica e investimentos do poder público poderão ser alterados em 2012, através propostas e projetos que tramitam no Senado.

Pronta para ser votada no Plenário, a Proposta de Emenda à Constituição 94/03 visa garantir ensino fundamental em período integral. O autor do texto é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), considera essa a melhor forma de combater a criminalidade. Segundo ele, a escola em tempo integral reúne "todas as qualidades das melhores iniciativas contra o analfabetismo, a miséria, a violência e a chaga do milênio: as drogas".

A PEC está tramitando no Senado há nove anos, tendo passado duas vezes pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que propôs que a implantação do sistema integral seja feita de forma gradativa até 2022, com o aumento da carga horária dos alunos e a expansão das turmas e escolas atendidas. Antes de seguir para a Câmara, o texto precisa passar por dois turnos de votação no Plenário.

Já o Projeto de Lei 504/11, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), prevê limitações para o número de alunos por turma na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio. O PL – que irá para votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, em decisão terminativa - propõe que as classes da pré-escola e dos dois primeiros anos do fundamental tenham até 25 alunos. Já as turmas do ensino médio poderão ter 35 alunos.

O projeto modifica o artigo 25 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), aprovando que cada sistema de ensino estabeleça a relação adequada entre o número de estudantes por turma, com teto de 25 e 35 alunos por turma. Segundo Costa, o excesso de alunos na sala impede o atendimento individualizado e a avaliação do rendimento do estudante. "De fato, de que adianta obter um 'gasto por aluno' menor em rede pública se não se consegue a correspondente aprendizagem, e os estudantes precisam de muitos mais anos para concluir a etapa de ensino? E qual é o proveito de se reduzir o valor das mensalidades, se o preço é a deseducação dos adolescentes e jovens?”, questiona Costa na justificação do projeto.

* Com informações da Agência Senado.

O investimento público direto em educação chegou a 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. O patamar ficou praticamente estável já que, em relação ao ano anterior, o crescimento foi de 0,1 ponto percentual. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A maior parte dos recursos – 4,3% do PIB – foi aplicada na educação básica, etapa que compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. O investimento no ensino superior correspondeu a 0,8% do PIB.

Apesar de o maior montante dos recursos estar concentrado na etapa básica, o estudante do ensino superior é o que recebe o maior investimento proporcionalmente. Enquanto os governos municipais, estaduais e a União gastaram R$ 3.580 por aluno da educação básica, no ensino superior, o valor investido por matrícula foi cinco vezes maior: R$ 17.972. Todos os dados se referem a 2010. Apesar da diferença, houve redução das disparidades já que em 2009 a razão era 5,2 vezes maior.

Desde o início da série histórica produzida pelo Inep, o patamar do investimento público em educação em relação ao PIB cresceu de 3,9% em 2000 para 5,1% em 2010. Isso significa que, em uma década, o Brasil ampliou em 1,2 ponto percentual do PIB os recursos aplicados em educação.

Os dados divulgados pelo instituto deverão subsidiar as discussões sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que está em tramitação na Câmara dos Deputados. O projeto prevê o aumento dos gastos em educação até que se atinja 7% do PIB no prazo de dez anos – um incremento de 1,9 ponto percentual em relação ao patamar atual. Essa meta foi definida pelo governo, mas entidades da área e movimentos sociais pressionam para que ela seja ampliada para 10% do PIB. Esse é o ponto mais polêmico do projeto que deveria ter sido aprovado no fim do ano passado, mas teve sua votação adiada justamente porque não havia consenso sobre a meta de investimento. Os trabalhos da comissão especial que analisa o PNE serão retomados logo após o fim do recesso parlamentar.

Veja qual foi o valor investido, por aluno, em cada etapa de ensino ao longo de 2010:

Educação infantil: R$ 3.580
Ensino fundamental – séries iniciais: R$ 3.859
Ensino fundamental – séries finais: R$ 3.905
Ensino médio: R$ 2.960
Ensino superior: R$ 17.972

O ministro da Educação, Fernando Haddad, deixará o governo na próxima terça-feira (24), informou hoje a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Haddad será substituído pelo atual ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. De acordo com a secretaria, o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Raupp, assume a pasta de Ciência e Tecnologia no lugar de Mercadante.

Em nota, a presidente Dilma "agradece o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações que estão transformando a educação brasileira e deseja a ele sucesso em seus projetos futuros". "Da mesma forma, (a presidenta) ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas missões".

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Na próxima terça-feira (24), serão realizadas a posse e a transmissão de cargo dos novos ministros. Um dia antes, o Palácio do Planalto prepara um grande evento de bolsas do ProUni - Programa Universidade Para Todos para marcar a saída de Haddad do governo. No mesmo dia, está prevista uma reunião ministerial, à qual devem comparecer Haddad, Mercadante e Raupp.

De saída da pasta da Educação para disputar a prefeitura de São Paulo pelo PT, o ministro Fernando Haddad transformou-se hoje no centro de uma sessão de elogios à sua gestão capitaneados pela presidente Dilma Rousseff durante inauguração de uma creche no pequeno distrito de Bracuí, no município de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.

"Grande ministro" e "melhor ministro da Educação do período democrático" foram algumas da expressões que marcaram os discursos de Dilma e do governador aliado Sérgio Cabral Filho (PMDB), que comparou o petista a educadores como Anísio Teixeira e Gustavo Capanema. O próprio Haddad, em seu rápido pronunciamento, fez um breve - e positivo - balanço da sua gestão e bateu em uma possível bandeira de campanha: a da igualdade de oportunidades.

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"O ministro Fernando Haddad, um dos grandes ministros deste País na área da Educação, viu que a educação tinha de começar e tinha de ter importância desde a criança nascer. Quando ele cunhou a frase de que a educação é um projeto da creche à pós-graduação, passando pelo ensino básico, pelo ensino técnico, pela universidade e pela pós, ele cunhou uma coisa importantíssima para o Brasil, que é o caminho da igualdade de oportunidades", discursou Dilma.

A presidente se atrasou uma hora e meia para a cerimônia, por causa do mau tempo em Brasília, mas voou mais de mil quilômetros para inaugurar o Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Júlia Moreira da Silva. Em seu discurso, Dilma disse agradecer a Haddad por "jamais ter falado" nem que é melhor apostar apenas no ensino superior ou somente na educação básica.

Haddad reconheceu em seu discurso que já existem mais de 500 creches semelhantes, entregues pelo ministério que comanda, e "agradeceu o gesto" de Dilma comparecer à inauguração. "Eu não tinha tido a felicidade de visitar um equipamento em funcionamento", disse. O ministro afirmou que as creches atenderão 1,5 milhão de crianças de zero a 5 anos de idade, "que terão direito à educação desde a primeira infância". Citou em seguida medidas de sua gestão em outros níveis do setor, mas lembrou a "dívida" do governo com a educação infantil (creche e pré-escola). No discurso, também citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o nomeou ministro e recentemente impôs a pré-candidatura de Haddad ao PT paulistano.

"É cuidando desde cedo que a gente tem condição de garantir igualdade de oportunidades para todos os brasileiros", afirmou. "O que queremos é que todo jovem brasileiro tenha direito a pelo menos uma de duas oportunidades: ensino técnico no nível médio ou ensino superior.

Cabral manifestou "tristeza" pela saída próxima de Haddad. Depois de citar Teixeira e Capanema, afirmou que "uma coisa é ser ministro do Estado Novo (ditadura de Getúlio Vargas de 1937 a 1945), outra é ser ministro de Estado com instituições, como imprensa e Ministério Público, livres. "(Haddad) É o melhor ministro (da Educação) em período democrático. É o melhor ministro da Educação que o Brasil já teve." Dirigindo-se ao petista, afirmou: "Aqui no Rio, você tem 16 milhões de admiradores."

A organização não-governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal divulgou, na última semana, o ranking das 50 cidades mais violentas do mundo. O resultado do estudo, que considerou apenas as cidades com mais de 300 mil habitantes e que possuem dados estatísticos sobre homicídios acessíveis pela internet, deu destaque aos países latino americanos, em especial ao Brasil.

Entre as 50 cidades com maior taxa de homicídios do planeta, o Brasil possui 14 citações, entre elas o Recife, que aparece em 32º lugar geral e em 9ª posição se relacionarmos apenas as cidades brasileiras. A capital pernambucana possui uma taxa de 48,23 homicídios para cada 100 mil habitantes, menos da metade que Maceió, capital alagoana, que lidera o ranking brasileiro com uma taxa de 135,26.

Apesar de ainda estarmos entre as cidades mais violentas, para o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, o resultado é um mérito para o Recife, que já foi considerada a cidade mais violenta do País. Aliado a isto, as autoridades alegam que os dados não correspondem apenas aos assassinatos ocorridos no Recife e sim ao número de pessoas que acabam falecendo aqui, mesmo que o crime tenha ocorrido em outra cidade, o que acaba elevando a taxa.

Quando falamos do aumento da violência, precisamos levar em consideração que isso decore de vários problemas, que vão desde a segurança pública até a vulnerabilidade de algumas camadas sociais.  De acordo com o texto intitulado “Planejamento para implementação de políticas públicas e desenvolvimento de reformas sociais para combate ao crescimento da criminalidade no Recife”, publicado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, a grande violência encontrada na cidade do Recife resulta das condições precárias de infra-estrutura e das péssimas condições de vida e de habitação em geral.

É muito comum associarmos pobreza e violência na relação “quanto maior a pobreza maior a criminalidade”. Porém, fatores socioeconômicos - como a baixa qualidade de vida e falta de oferta de postos de trabalho - e criminalidade não significam as únicas causas, porém são fatores que favorecem e são capazes de produzir e aumentar a insegurança pública.  Somado a isso está o fato de que as maiores taxas de risco situam-se nas cidades mais desiguais, com alto número de crianças fora da escola, associadas à falta de continuidade na formação escolar, piores condições de habitação, infra-estrutura e formação de favelas.

Abstraindo a brandura do Código da Criança e do Adolescente que considera os criminosos menores de 18 anos quase inimputáveis, o Brasil vem adotando uma legislação penal rigorosa e justificada pela crença de que quanto maior e mais forte for o aparato institucional punitivo menor será a criminalidade.  Mas, ao contrário do que se pensava, a realidade está sendo bem diferente. Após a entrada em vigência de leis mais severas, entre elas a Lei dos Crimes Hediondos, em 1990 - que exige o cumprimento de 2/3 da pena em regime fechado e não admite a progressão de regime, a fiança, a anistia, a liberdade provisória e o indulto –, a criminalidade cresceu e o sistema penitenciário passou a demonstrar cada vez mais sua incapacidade de absorver a grande quantidade de infratores que são condenados todos os dias.

O Estado gasta uma grande quantidade de impostos dos contribuintes para manter presas pessoas que furtam pequenos objetos, que cometeram crimes sem gravidade ou com grau de violência baixo. Não bastasse esse gasto, não se oferece nenhum retorno à sociedade, não  há sequer um curso ou trabalho para a reinclusão social, ao contrário.  Pequenos infratores da lei, que teriam uma grande possibilidade de recuperação, passam a conviver com criminosos mais violentos e sofisticados, sofrendo grande influência e aumentando a probabilidade desses indivíduos continuarem na vida criminosa.

Na busca pela diminuição do número de homicídios e consequentemente da criminalidade, não basta apenas investir em segurança pública. É preciso todo um processo de estruturação, além da segurança, itens como habitação, educação e estruturação familiar. A necessidade de famílias mais estruturadas, com moradia em locais saneados e com oportunidades de trabalho, destaca-se como um fator determinante e inibidor da entrada no mundo do crime.

Por fim, um item fundamental para diminuir a criminalidade consiste no elemento educação. Neste particular,  é necessário melhorar a qualidade dentro do ambiente escolar,  aumentar o número de vagas nas escolas públicas ou comprar vagas existentes nas instituições privadas para que possa beneficiar  cada vez mais crianças e adolescentes,  pensando também em opções de cursos supletivos para aqueles que já ultrapassaram a idade escolar.  Aliado a esses pontos, mister se faz  melhorar a preparação e qualificação de professores e fornecer melhores remunerações e condições de trabalho para eles.

O Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco (CIEE) está oferecendo aos estudantes de escolas públicas ou bolsistas de colégio particulares a possivilidade de ingresso no curso pré-vestibular gratuito da instituição. As vagas para teste são até esta quarta-feira (18).

Haverá uma seleção dos inscritos para participar do Programa de Qualificação Gratuita, do Centro de Desenvolvimento de Competências (Cendecom) que está oferecendo cem vagas no turno da manhã e cem no turno da tarde. Os estudantes interessados devem se inscrever no site do CIEE-PE.

Serviço:
CIEE-PE
Rua do Progresso, 465 - Soledade, Recife - PE, 50070-020
Telefone: (81) 3131-6000  

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (16) que o desenvolvimento do país depende da educação. No programa semanal Café com a Presidenta, ela destacou a democratização do acesso ao ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Juntas, as iniciativas contabilizam mais de 300 mil vagas abertas desde o início do ano.

“O desenvolvimento do país depende da educação e por isso esses programas são tão importantes, são tão estratégicos para o jovem, para a sua família e, sobretudo, para o Brasil”, disse. “Nossa intenção é garantir a todos os jovens que queiram frequentar a universidade uma chance, uma oportunidade”, completou.

Dilma lembrou que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) permite que o estudante financie até 100% da mensalidade, com juros de 3,4% ao ano. O programa prevê ainda que o aluno só comece a pagar o empréstimo um ano e meio após o término da faculdade. O prazo é três vezes mais que a duração do curso.

Além disso, segundo a presidenta, jovens que optarem por cursos de licenciatura ou de medicina e que forem trabalhar dando aulas em escolas públicas ou atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em locais em que há carência de médicos poderão ter o débito do Fies reduzido.

“A educação é a principal ferramenta para a conquista dos sonhos de cada um e também para que o Brasil continue crescendo, distribuindo renda, para que seja um país de oportunidade para todas as pessoas. Nada é mais importante que a educação quando se trata de distribuição de renda e de garantia de futuro”, concluiu Dilma.

Houve, é fato pretérito,  relação diplomática entre o Irã e os Estados Unidos.  Na atualidade, esta relação é das mais hostis. Diferentemente dos diversos países do Golfo Pérsico que mantém com os Yanques relações diplomáticas das mais amistosas.  Entretanto, cada dia a situação tem piorado, principalmente em virtude das  reações negativas dos EUA e dos países europeus às atividades de enriquecimento de urânio realizadas pelo país asiático.

Estados Unidos e Irã não se entendem há mais de 60 anos. Situação que se complicou quando, em 1953,  a agência de inteligência civil do governo dos Estados Unidos, CIA, apoiou a derrubada do então primeiro-ministro Mohammad Mosaddegh, responsável pela nacionalização das reservas de petróleo do Irã.  A relação entre os países melhorou em 1997, com a eleição do presidente Mohammad Khatami, mas voltou a se complicar em 2002, quando George W. Bush incluiu o Irã,  o Iraque e a Coreia do Norte na lista dos países que incentivavam o terrorismo.

Analisando a questão, o iraniano Vali Nasr, no livro intitulado “The Shia Revival”, enfatiza que as ofensivas dos Estados Unidos, bem como a queda do ditador Saddam Hussein, o forçado processo de democratização em curso no Iraque e a profunda influência iraniana sobre as lideranças xiitas no país mesopotâmico tem fortalecido o Irã.

Ampliando o quadro de análise, registre-se que atualmente, o foco dos noticiários recai sobre as tentativas diplomáticas e ameaças de uso da força, por parte do governo norte-americano, contra a persistência do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em não respeitar as decisões do Conselho de Segurança da ONU, que exigem o fim do programa de enriquecimento de urânio do país.

Mesmo diante de toda a tensão provocada pelo conflito em torno do programa nuclear iraniano e pela condenação de um ex-militar americano à morte sob alegação de espionagem,  Ahmadinejad esteve na Venezuela onde conseguiu o apoio do presidente Hugo Cháves. O iraniano busca, também, uma resposta positiva da Nicarágua, Cuba e Equador, países latinos que mantêm um discurso hostil em relação aos EUA.  Em contrapartida, os EUA aumentam a pressão sobre o Irã para que abandone seu polêmico programa nuclear e pedem que os países da América Latina não aprofundem suas relações com aquele  país.

A França, Reino Unido e a Rússia são alguns dos países que apoiam os Estados Unidos. Já o Brasil se posicionou a favor de mais  diálogo, alegando que o Irã tem direito a um programa nuclear pacífico, mesma opinião compartilhada pela Turquia. O fato é que diante de tantas polêmicas, o Irã se tornou fator importante na disputa eleitoral dos Estados Unidos, que acontece em novembro deste ano. O Partido Republicano defende uma ação militar direta dos EUA no Irã para conter a suposta tentativa do país de ter sua bomba atômica.

Por fim, é importante lembrar o que aconteceu no Iraque há alguns anos: a invasão americana, justificada por Saddam Hussein possuir armas de destruição em massa, foi baseada  em cima de  informações falsas.  O certo é que por trás do discurso americano -  repetido dezenas de vezes pela mídia  de que um Irã com armas nucleares representaria uma ameaça à paz mundial -  está o interesse de manutenção da hegemonia norte-americana e da sustentação da posição de Israel como único país com poder nuclear no Oriente Médio.

Sem dúvidas o assunto “Irã” será importante nas eleições dos Estados Unidos, mas o que deverá decidir quem é o próximo presidente dos EUA é o comportamento da economia americana, que não se mostra estável há bastante tempo. Este sim é um fato que deveria preocupar os americanos.

Ao contrário do que o Ministério da Educação (MEC) afirma, não foram apenas dois estudantes que tiveram alterada a nota da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Estado teve acesso a um documento em que o órgão que faz parte do consórcio organizador do exame elenca 129 candidatos que tiveram notas retificadas em função de "erro material". Questionado, o MEC confirmou os casos.

A lista foi entregue à Justiça Federal de São Paulo e consta do processo em que o estudante Michael Cerqueira de Oliveira, de 17 anos, pedia vista da prova. Oliveira teve a nota alterada de "anulada" para 880 - foi o primeiro caso de mudança de nota, colocando em dúvida o sistema de correção da redação do Enem. Na semana passada, o ministério confirmou que outro estudante, desta vez de Belo Horizonte, também teve a nota corrigida.

Os nomes dos dois estudantes constam da lista a que a reportagem teve acesso. O ofício n.º 3.351/2011 é intitulado como "Nova situação de participantes do Enem/2011". No texto, consta que o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/Unb) "informa que, em função do erro material, os participantes do Enem/2011 listados abaixo tiveram sua situação ou nota alterada". Na sequência, a lista com os nomes tem três páginas e meia.

O ofício é endereçado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), braço do MEC responsável pelo exame. O documento é de 30 de dezembro de 2011, antes do primeiro caso de alteração da nota da redação vir à tona.

De acordo com o ministério, as mudanças registradas no documento não vieram depois de ação judicial, com exceção do caso do paulista Michael Cerqueira de Oliveira. Todos seriam casos simples, de problemas de registro ou falhas no scanner. Nenhum caso seria de mudança de avaliação. O MEC não explicou, no entanto, porque insistia até agora que só havia duas alterações em notas por erro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais um estudante teve a nota da redação do Enem alterada por causa de erro do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame. Um estudante de Belo Horizonte havia ficado com zero e teve a nota corrigida para 440.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o erro ocorreu porque, no dia do exame, o caderno de resposta do estudante mineiro estava com o RG errado. Apesar de registrar a falha em ata, a nota do aluno não apareceu no sistema.

Essa é a segunda vez que o Inep altera a nota de uma redação. O outro caso é de um estudante de São Paulo que teve a avaliação alterada de "anulada" para 880 pontos. Nesse caso, entretanto, o próprio Inep alterou a nota após a Justiça decidir por dar vista à prova. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Terminou hoje um mutirão da rede pública estadual de ensino que regularizou 300 escolas estaduais. As unidades estavam com documentos vencidos e sem autorização do Conselho Estadual de Educação (CEE) para funcionar. O número de escolas em situação irregular foi identificado no primeiro semestre de 2011. A empreitada de legalização durou cerca de seis meses.

Para ter a autorização, as unidades de ensino precisaram apresentar documentos e condições de funcionamento. Equipes da Coordenação de Documentação Escolar da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizaram visitas técnicas para avaliar quesitos como a situação legal do imóvel, condições de infraestrutura física e acessibilidade, composição da equipe técnica e administrativa, adequação de laboratórios aos níveis de ensino e modalidade ofertados pela escola e o fornecimento de informações para o Censo Escolar.

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Apesar de décadas de funcionamento, somente agora muitas escolas adquiriram a primeira autorização de funcionamento. O documento é renovado a cada cinco anos. Em condição irregular, todos os documentos, como certificados e declarações emitidos pela escola não têm valor.

Surgem dois livros sobre a  história da inflação brasileira: A real História do Real, de Maria Clara Prado e a Saga Brasileira, de Miriam Leitão. Somam-se, oportunamente, a  outros que  já insistem em nos  convidar para compreender melhor e, talvez, com maior didatismo, os  passos do sujeito social e, claro, sua capacidade de consumo e, consequentemente, a pedra no  meio do caminho de tudo isso: a inflação.

A inflação impede a previsão econômica e, sem esta, é impossível o setor produtivo ser  voraz nos investimentos. O espírito animal do empresariado é corroído pela expectativa da inflação. A inflação também impede o aumento da renda dos indivíduos e faz com que o planejamento financeiro não faça parte da agenda da família brasileira.

As autoras Maria Clara Prado e Miriam Leitão mostram a trajetória da inflação. Por  muitos anos, a inflação retirou a capacidade de investimento do empresariado. A inflação impossibilitou a consolidação do sistema financeiro. E criou a cultura da exploração dos indivíduos.

E, com isso, naturalmente ocorre o interesse de o indivíduo explorar o outro no  mercado, ou seja, deparamos com a cultura da exploração, já que ele não sabe qual será o seu ganho amanhã. Portanto, a expectativa dos indivíduos – os que estão interagindo economicamente -  é que o futuro pode ser ruim, em razão da inflação e,  por consequência, indivíduos, para evitar um futuro sem benefícios, exploram o outro.

O efeito da supervalorização cambial agride muito mais os níveis da  produção e do emprego do que os demais setores. Por outro lado, quando a taxa de câmbio desvaloriza, há uma redução do salário real.  Quanto ao desempenho econômico de um país, não está atrelado necessariamente a  seu desenvolvimento sustentável. Uma nação pode crescer à custa da desvalorização de seu patrimônio. Por isso, os índices de sustentabilidade e da preservação de seus recursos naturais do Brasil não podem ser ignorados. Sabemos, enfim, que tudo isso é complexo. Mas, como bem revela as obras A real História do Real e A Saga Brasileira, surgiu FHC com o Plano Real. E a natural complexidade sistêmica começou a ser  compreendida e administrada melhor. A inflação, por exemplo, após vários ministros da Fazenda terem tentado controlá-la ( sem sucesso ), passou a ser domada. O ex-presidente Lula assumiu o compromisso em plena campanha eleitoral no ano de 2002 de que a inflação não voltaria a incomodar os brasileiros. E Dilma, até o instante, mostra o seu compromisso em manter controlada a inflação.

A taxa de inflação em 2011 fechou no limite da meta, 6,5%. Talvez, segundo especialistas, em 2012 a meta inflacionária definida pelo Banco Central não seja respeitada em  virtude do aumento do salário mínino e de ações contraditórias para ativar a economia por conta da crise europeia. Portanto, neste instante, voltamos a conviver com a incerteza. Esta incerteza  afeta as previsões do setor produtivo quanto ao desempenho da economia em 2012. Com efeito,  investimentos são afetados. Consumidores também ficam em dúvida quanto aos gastos. Por conseguinte, a perspectiva de crescimento da economia brasileira não mais é nossa convicção. Aguardemos a autonomia do Banco Central  e as intervenções do governo da presidente Dilma.  Afinal, o consumo de necessidades da vida e  superfluidades da vida precisam continuar – é o que impõem os tempos modernos.

O governo deve confirmar um reajuste de 22% no piso nacional dos professores. O índice representa a variação no valor mínimo de investimento por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012 e levaria o salário-base dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450 mensais. Apesar da pressão de prefeitos e governadores, que alegam não poder arcar com o aumento acima da inflação do salário mínimo e dos professores, a tendência do governo é manter a lei como está.

Qualquer valor inferior aos 22% abriria espaço para contestação judicial ou teria que ser apresentado junto com uma mudança na legislação. A lei que criou o piso diz claramente que o reajuste será feito todo mês de janeiro no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb e terá de ser o menor valor básico para aos professores por 40 horas-aula semanais.

Governadores e prefeitos pressionavam o governo para dar aos professores apenas a variação da inflação, que fechou em 6,5%. Em 2011, o reajuste foi de 16% e já incomodou Estados e municípios. Atualmente, 16 Estados não cumprem o piso atual, de R$ 1.187. Outros cinco pagam menos do que os R$ 1.450 que devem entrar em vigor em fevereiro e terão que fazer mais algum investimento.

Ainda não houve uma conversa definitiva sobre o assunto entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Fernando Haddad. Na tarde de terça-feira, Haddad teve uma audiência de três horas com a presidente e o secretário-executivo do Ministério, José Henrique Paim. A decisão final ainda não foi tomada, até porque o ministro espera os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste do Fundeb. É improvável, no entanto, que esse seja menor do que os 22% calculados até aqui.

Ontem, em entrevista, Haddad não confirmou o valor, mas reforçou que a lei não precisa de interpretações. "É auto-aplicável", disse. O novo valor, afirmou, deve ser promulgado em fevereiro ou março, mas valerá a partir deste mês. Sobre a alegação de Estados e municípios que a soma dos reajustes do piso e do salário mínimo tornam impossível aos governos locais cumprir a lei da responsabilidade fiscal, Haddad diz que é algo que não pode debater porque não conhece nenhum estudo nesse sentido. "A bem da verdade, a lei do piso foi encaminhada em 2007, aprovada em 2008 e eu nunca recebi uma solicitação de audiência da Confederação Nacional dos Municípios. Eu acabo sabendo dos argumentos pelos jornais", disse.

O estudante de São Paulo que teve a nota da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) alterada recebeu ontem cópia de seu texto e das folhas de correção. As cópias mostram que houve dois erros: na primeira leitura, o corretor anulou a prova por fuga ao tema - situação em que deveria ter dado nota zero. Apesar de os outros dois corretores terem atribuído nota 880, devendo valer a última correção, o aluno acabou ficando com a primeira avaliação, que estava errada.

O Ministério da Educação (MEC) encaminhou por e-mail a correção ao aluno, de 17 anos, depois de tentar na Justiça evitar que ele visse sua prova. A nota do aluno já havia sido alterada após liminar garantir vista da redação, colocando em dúvida o sistema de correção do Enem.

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Até agora, 71 alunos no País já tiveram acesso à cópia das redações por meio de decisões judiciais. Todos reclamavam da avaliação dos textos. O MEC diz ter analisado a revisão de notas em 27 casos, mas, por ora, só alterou o resultado do aluno paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estudo "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades", divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que os Estados da Região Norte têm os piores índices de estudantes que abandonaram a escola no ensino médio do País. Em todos eles mais de 60% dos jovens de 15 a 17 anos deixam a escola antes de completar esse nível de ensino. A pior situação se encontra em Rondônia, onde a taxa de evasão é de 68,4%. Por outro lado, o Distrito Federal apresenta a menor taxa, de 31,2%.

Os sete Estados do Norte ocupam as sete piores colocações no ranking de frequência escolar no ensino médio. Além de Rondônia, figuram na parte de baixo da tabela Acre (66,7% de evasão), Amazonas (65,6%), Roraima (63,9%), Pará (63,5%), Amapá (62,3%) e Tocantins (61,8%). Maranhão (60,4%) e Piauí (60,1%) completam a lista das unidades da federação cuja evasão escolar no ensino médio é superior a 60%.

De acordo com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a renda baixa é um dos elementos que contribui para a evasão escolar, mas ele diz que o problema econômico é insuficiente para explicar os níveis de abandono da escola no ensino médio. Pochmann cita que em São Paulo, o Estado mais rico da federação, a taxa de abandono é de 45,6%. "O problema da escola não é apenas de ordem econômica. A forma como a escola incorpora o aluno é outro elemento importante", afirmou.

O quadro do ensino fundamental não é muito diferente, com os Estados do Norte e do Nordeste dominando as dez últimas colocações. Nesse nível escolar, o Pará apresenta a pior situação, com uma taxa de abandono por crianças de 6 a 14 anos de 12,8%. Dentre as dez piores colocações aparece o Rio de Janeiro, com taxa de evasão de 10,8%. O Mato Grosso do Sul aparece, segundo o Ipea, como dono do menor índice de abandono no ensino fundamental - 5,6%. O estudo do Ipea utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

CORPO DOCENTE - O documento do instituto chama atenção para a falta de qualificação dos professores das escolas públicas brasileiras. O número de docentes com formação superior não chega a 40% do total em Estados como Roraima, Maranhão e Bahia. Apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal essa proporção ultrapassa os 80%.

"No Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), a qualificação do docente constitui um de seus pilares de sustentação, com a criação do piso salarial nacional para o professor e o estímulo e a ampliação do acesso dos educadores à universidade", afirma o estudo. No entanto, "os baixos salários pagos em média aos docentes da educação pública têm dificultado a manutenção dos melhores profissionais nos quadros do magistério".

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), braço do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), promete entregar hoje cópia da redação corrigida a aluno de São Paulo que teve nota alterada. O prazo se encerraria ontem, mas a Pasta afirma que não foi intimada sobre a negação do juiz de plantão de apreciar recurso do Inep que pedia para não mostrar a prova ao aluno.

Depois de ação judicial, que garantiu vista à prova, a nota do estudante do Colégio Lourenço Castanho, da capital paulista, passou de "anulada" para 880 pontos. O MEC não esclareceu por que ainda não mostrou a cópia do texto ao aluno e a razão pela qual entrou com recurso na Justiça para impedir o acesso dele à correção - uma vez que já deu vista a outros estudantes. De acordo com MEC, 16 inscritos questionaram na Justiça a nota da redação. Onze já viram a correção e somente o aluno de São Paulo teve o resultado alterado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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