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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, saiu em defesa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programa que é alvo de críticas por causa das irregularidades ocorridas nos últimos anos. "O MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e tão diverso", disse Mercadante, durante audiência na Comissão de Educação e Cultura do Senado nesta quarta-feira (29).

Mercadante afirmou que, para tocar o programa, é necessário um "desafio logístico". O ministro citou que, para realizar a prova para os 5,4 milhões inscritos de 2011, são necessárias 400 mil pessoas trabalhando e a utilização de 140 mil salas de aula. Tudo isso tem que ser feito, frisou ele, "em absoluto sigilo". O ministro destacou que o programa tem dado a oportunidade de estudantes pobres estudarem em universidades de ponta.

Ele disse que, no momento, o ministério está trabalhando em conjunto com 24 universidades em tempo real para aumentar o acervo do seu banco de dados. Na edição do ano passado, o ministério teve que cancelar as provas de alunos de uma escola em Fortaleza (CE) depois de eles terem tido acesso a questões do teste. O aumento do acervo é uma medida que poderia evitar futuras fraudes. "Quanto mais questões tivermos, maior será a segurança", disse.

Recentemente a presidente Dilma Rousseff, acertadamente, iniciou o processo de privatização dos Aeroportos Brasileiros, possibilitando, com isso, o fluxo de investimentos privados em  tão importantes e estratégicas instituições brasileiras.  Registre-se que, inicialmente, nem todos os aeroportos receberão investimentos privados. Inicialmente Guarulhos, Viracopos e o de Brasília. Entrementes,  com o passar dos tempos, estamos cônscios de que  todos os aeroportos, ou pelo menos a maioria, passarão para a gestão da livre iniciativa.

Além de responderem por 30% do trânsito de passageiros no Brasil, os aeroportos de Guarulhos(SP), Viracopos(SP) e Brasília(DF) respondem por mais de 50% das cargas e por 19% da movimentação de  aeronaves. E, com um lance mínimo de 3,4 bilhões de reais, é possível  arrematar Guarulhos. Dispondo de  um pouco menos,  leva-se o aeroporto de Brasília: 2,8 bilhões. Mas para arrematar Viracopos,  exigem-se  8,7 bilhões de reais.   Contrário ao leilão, a oposição declara que “a estatal vai se responsabilizar por quase metade dos recursos investidos, sem mandar na empresa”. Também diz a oposição que a privatização “tirará o TCU do controle e transparência de gastos com aeroportos”.  Não são esses os únicos argumentos contra o PT: “as operadoras internacionais dos grupos contextualizadas para participação do leilão são de segunda linha”.

Ora, não somos favoráveis à venda do patrimônio público. Entretanto, em relação àquelas entidades estatais em que se reconhece a incapacidade do estado em ofertar bens e serviços públicos de qualidade, como ocorre com os aeroportos brasileiros, a privatização se faz extremamente necessária. Nesse sentido, qual o problema de o governo do PT em realizar a sua privatização? Temos certeza de que a ação  é um ato inteligente e de muito mérito. Não fazemos eco com aqueles que enfatizam ser uma atuação oportunista e sem criatividade, já que imitou a intenção preterida do PSDB. E o que é bom deve ser imitado.

Ampliando a égide de análise, frisamos que no livro a “Soma e o Resto”, Fernando Henrique Cardoso  mostra a  contribuição que ofereceu ao  Brasil.  FHC põe em destaca as privatizações  e revela que foi muito  mal interpretado e julgado incorretamente pelo discurso do  PT e por parte da opinião pública. O ex-presidente do Brasil tem razão. FHC modernizou o estado brasileiro com a implementação do  Plano Real, da Lei de Responsabilidade Fiscal e das privatizações.

Por outro lado, o ex-presidente Lula, através do então ministro Antônio Palocci, acompanhou as ações  meritórias de  FHC  e, antes de assumir o seu primeiro mandato presidencial, optou por dar  continuidade às políticas  meritórias do governo do PSDB.  Principalmente, as políticas econômicas. A presidente Dilma mantém o legado de Lula, e por via de consequência,  e também  por convicção,  o de  FHC. Vejam leitores, os exemplos das atuais privatizações dos aeroportos.  Inclusive, ela já reconheceu publicamente estas importantes ações realizadas por Fernando Henrique Cardoso.

Caros amigos, o Brasil avança. E tenho esperança de que continuará a avançar - e  por muito tempo.   Mas, para que isto continue  acontecendo, a oposição precisa ser sábia e coerente.  Se as ações do governo são importantes e fazem bem ao Brasil,  elas não devem ser condenadas, mas admiradas.  O bem-estar do povo brasileiro deve estar acima das disputas políticas.  Em particular, da guerra aparentemente fratricida entre o  PT e o  PSDB. Isto é possível e deve ser buscado sempre.  

Estamos em 2012, avanço tecnológico e facilidade de acesso à internet fazem parte de nosso cotidiano. Mas, a mesma facilidade, que deveria servir para ajudar, por muitas vezes espalha boatos que causam pânico e comoção em boa parte da população.

Voltando ao tempo, em julho de 1975, o Recife, em Pernambuco, passou por uma das piores enchentes da sua história, com cerca de 80% da população atingida. Quando a população, ainda fragilizada, contabilizava os estragos deixados pela chuva, o pânico se instalou novamente na cidade após o alarde de que a barragem de Tapacurá, que tem capacidade para acumular 94 milhões de metros cúbicos de água, havia estourado.

Com o crescimento do acesso às redes sociais, como o twitter e facebook, que são frequentemente usadas para publicação de ideias e informações, surgiu também um meio de comunicação para propagação de boatos. E não são poucos. Em Natal, no Rio Grande do Norte, após um terremoto de magnitude 6 na escala Richter ser registrado a 1.276 km do litoral, em 2011, centenas de pessoas usaram o twitter para postar mensagens sobre possíveis ondas gigantes no litoral local.

Em maio do mesmo ano, no Recife, o boato sobre o possível rompimento de Tapacurá se repetiu. À tarde da cidade transformou-se em um verdadeiro caos. Escolas, universidades, repartições, escritórios e lojas fecharam suas portas, as ruas ficaram completamente congestionadas de automóveis, ônibus e centenas de pedestres apressados. O sentimento de medo voltou a generalizar-se.

Dezenas de atores e cantores já foram mortos via twitter, a última “vítima” foi o humorista Chico Anysio. Finalmente, o que está errado? Algum tempo atrás as redes sociais eram apenas um motivo de diversão e eram usadas por jovens ociosos com o objetivo de se criar uma rede de amigos, conhecidos ou não, e de manter contato com aquelas pessoas que viviam longe. Hoje, os perfis disponíveis nas redes incluem empresas, que aproveitam o crescimento desse tipo de ferramenta para negociar, divulgar e aparecer para o mercado.

Caro leitor e atenta leitora. O maior problema das redes sociais é a falta de veracidade das mensagens que são jogadas na internet e que acabam sendo absorvidas como reais. O twitter surgiu para tornar a informação mais rápida e ágil, o que vem sendo bem executado nos perfis informativos, como os de trânsito, por exemplo.  Ferramentas que podem ser tão importantes quando usadas com responsabilidade, não podem perder a essência. Alguns acontecimentos tiveram uma intensa participação da população através das redes, como as enchentes no interior de Pernambuco em 2010 e 2011, e também foi através delas que a sociedade se mobilizou para ajudar os que necessitavam. É preciso, em primeiro lugar, ter consciência do que uma publicação na internet é capaz de causar.

Samba combina muito com Carnaval. Isso ninguém pode negar. No entanto, para muitas pessoas o ritmo pode não combinar com educação na escola. Já para um professor de Cubatão, em São Paulo, samba se aprende na escola. É o professor de cultura popular, Antonio Cesar Lins Rodrigues. O profissional desenvolve com alunos da rede pública da Baixada Santista um projeto interdisciplinar denominado Escola de Samba. Na ação, participam estudantes de faixa etária de 8 a 10 anos de idade, do ensino fundamental.

Para o professor, o samba possui um valor cultural que ajuda no processo educativo. “O samba, com a sua riqueza semântica, sócio-histórica e esteticorreivindicatória, é um campo do saber que se entremeia na seara disciplinar”, explica o professor.

A atividade de Antonio é realizada por meio de seleção das músicas que são apresentadas nas aulas. Na maioria das vezes, ele utiliza canções que fazem parte da história do samba. De acordo com ele “as crianças têm contato com as obras desses compositores e trazem suas experiências com o samba como sugestões. Todas são acatadas e, a partir delas, fazemos o nosso planejamento”, conta.

O professor descreve como o processo educacional é realizado nas aulas através do ritmo. “Discutimos juntos a etimologia das palavras, procurando perceber todas as mensagens sugeridas pelas músicas”, relata Antonio. Além disso, os alunos aprendem a tocar instrumentos musicais.

Outro fator importante é o fato da abordagem que é feita em relação a questões sociais, como por exemplo a desvalorização da figura feminina. “Ao interpretarmos a letra da música, percebemos o tom sexista presente em algumas partes, o que nos levou a questionar o papel da mulher na sociedade machista”, exemplifica o professor.

Antonio tem licenciatura plena em pedagogia e em educação física e leciona há 27 anos. O professor começou a desenvolver o trabalho no ano de 2008, introduzindo a cultura popular no currículo escolar.  

Com informações do Ministério da Educação - Fátima Schenini

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2995/11, do deputado licenciado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que obriga as instituições de ensino superior públicas ou privadas a fornecer ao aluno uma declaração provisória gratuita imediatamente após a conclusão do curso universitário. A instituição que descumprir a norma, de acordo com a proposta, estará sujeita a multa e, em caso de reincidência, detenção do responsável por 3 meses ou prestação de serviços.

O ilustre deputado na minha opinião está equivocado!

Esta “declaração” que o parlamentar trata em seu projeto de Lei já é oferecida pelas instituições particulares e públicas, chama-se “Certidão de colação de grau acadêmico”, portanto o projeto em apreço perdeu seu objeto.

O deputado lembra perante a imprensa que a emissão do diploma definitivo, em geral, leva meses, prejudicando o ingresso de recém-formados no mercado de trabalho. Esta afirmativa do deputado paraibano é verdadeira, pois somente as instituições com autonomia universitária podem registrar seus próprios diplomas, inclusive registram também os das Faculdades privadas.

As Faculdades – instituições de ensino - por sua vez não possuem autorização do MEC para registrar seus diplomas de graduação. Uma grande contradição acontece nesse segmento acadêmico. Ora, se uma Faculdade pode registrar seus Certificados de cursos de pos-graduação Lato Sensu, por que não pode registrar os de graduação?

Esclarecemos que os Centros Universitários registram apenas os seus diplomas, possuindo autonomia reduzida em relação às instituições de ensino, pesquisa e extensão, chamadas no Brasil de Universidades.

Em média, uma Universidade pública eficiente leva 6 meses para registrar os diplomas; uma quase eficiente leva 12 meses; e a maioria delas levam mais de 2 anos. Nas Universidades particulares - que também cobram por esse serviço (assim como as públicas) - para registrar os diplomas emitidos pelas Faculdades particulares esse procedimento leva em média 45 dias.

Proponho ao ilustre parlamentar outro projeto de Lei, um que autorize as Faculdades particulares a registrarem seus próprios diplomas. A questão da celeridade para emissão deste documento de comprovação de conclusão de curso estaria assim resolvida. Esse novo projeto de Lei seria mais útil.

A 2a Turma do STJ negou provimento ao REsp interposto pelo Ministério Público cujo objetivo era reformar acórdão do tribunal de origem que negou o pedido, em ação civil pública, de afastar restrição de acesso ao sistema de cotas de inclusão social em universidade federal dos candidatos provenientes de escola particular e beneficiados com bolsa de estudos integral, bem como aos discentes de escolas comunitárias, filantrópicas e confessionais, ainda que mantidas por convênio com o Poder Público. Para o Min. Relator, os referidos candidatos desfrutaram das mesmas condições dos demais matriculados na escola particular. Nesse contexto, não se pode interpretar extensivamente norma que impõe como critério a realização exclusiva do ensino fundamental e médio em escola pública para abarcar instituições de ensino de outra espécie, sob pena de inviabilizar o fim buscado por meio da ação afirmativa. Precedente citado: REsp 1.132.476-PR, DJe 21/10/2009. REsp 1.206.619-PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 6/12/2011.

Vivemos em uma sociedade baseada no consumo, influenciada pelo marketing das empresas. Como o Brasil está em pleno desenvolvimento, nada mais normal do que o mercado oferecer uma quantidade maior de ofertas em relação à demanda.  Em uma fase onde esta ocorrendo um amplo desenvolvimento industrial, e por via de conseqüência, econômico, tornou-se mais difícil vender do que fabricar produtos.  A partir daí, surgiram as estratégias de marketing, na grande maioria sedutoras, como a facilidade de crédito, para impulsionar o número de vendas.

 

Não devemos confundir o consumo com o consumismo. Consumo significa adquirir bens e produtos para satisfazer reais necessidades. Comprar roupas, por exemplo, é uma necessidade porque precisamos nos vestir para vivermos numa sociedade que não aceita a nudez, ou porque vivemos em uma sociedade extremamente vaidosa.  O consumismo, por outro lado, é o ato, ou hábito, de adquirir produtos, na maioria das vezes, supérfluos e de maneira muitas vezes compulsiva.

Ampliando o quadro de considerações, asseveramos que recentemente foi divulgado uma pesquisa que coloca os jovens de classe C pernambucana como os principais consumidores de serviços de telefonia, tanto na modalidade de telefonia fixa quanto móvel. Eles ocupam cerca de 25% desse mercado.  Esses dados não seriam preocupantes se não fosse o fato desses mesmos jovens representarem a maior taxa de inadimplência do setor: quase 29%, pasmem!

Com efeito, possuir carro do ano, notebook de última geração, TV Full HD e outros itens supérfluos para alguns, necessários para outros, não é mais um privilégio para os ricos. Muitas famílias podem ter tudo isso graças à vasta oferta de crédito existente no mercado. O problema grave está no acúmulo das dívidas, que acabam comprometendo mais da metade da renda familiar, gerando o que os especialistas chamam de “superendividamento”.

Registre-se que o acesso ao crédito é essencial para a vida socioeconômica e o impedimento causado pela privação do mesmo (a inclusão do nome na lista do Serviço de Proteção ao Crédito, SPC e no SERASA) pode trazer muitos transtornos, basta saber que não é possível assumir cargos públicos quando se tem o “nome sujo” no mercado.

Outrossim, o problema da sociedade consumista brasileira está diretamente ligada, na maioria das vezes, ao (des)controle financeiro individual. A título ilustrativo, frisamos que no Recife, os homens com idade entre 31 e 40 anos e renda mensal de até 2 salários mínimos, representam o maior número de devedores, com 50,6%. Mas, em 2010, esses dados já foram ocupados pelas mulheres. De forma geral, as causas da inadimplência não mudam muito em razão da renda, faixa etária e sexo. A maioria dos inadimplentes assume a posição depois que perdem o emprego.

À guisa de arremate, sublinhamos que a melhor saída para evitar o endividamento é  deixar de ser consumista. Uma outra ferramenta importantíssima consiste no controle dos gastos da família. Elaboração de planilhas com gastos fixos e com anotação das parcelas de financiamento já feitas, etc. No caso de já existir a dívida, o melhor é renegociar os valores juntos aos credores na tentativa de congelar ou diminuir os juros. O mais importante é lembrar que se já existem dívidas, não se deve criar novas até a quitação das mesmas, além de ser necessário economizar em outros pontos, como lazer e gastos supérfluos, para, enfim, viver sem dores de cabeça.

Há menos de duas semanas no cargo de ministro da Educação, Aloizio Mercadante chegou à conclusão de que a escola não está "interessante". Isso explicaria parte do fato de 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estarem fora da escola, segundo dados divulgados no início da semana pela ONG Todos pela Educação.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição de hoje, o ministro anunciou ontem que discute o pagamento de bônus para as escolas que alfabetizarem todos os alunos até 8 anos. Essa seria sua prioridade na pasta. "É muito mais inteligente resolver na idade certa que fazer programa de recuperação depois", afirmou. Ele lembra que a meta assumida pelo governo em Dacar é chegar a 2015 com 6,7% de jovens e adultos analfabetos - o índice hoje é de 9,6%.

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O ministro também falou sobre as mudanças que o Exame Nacional do Ensino Médio sofrerá para se tornar mais seguro. Para evitar que a primeira prova do Enem sob seu comando não se transforme em nova crise, Mercadante disse que trabalha para aumentar o banco de questões da prova, atualmente com cerca de 6 mil questões - um décimo do mantido nos EUA.

Para ele, ainda há risco logístico na prova. "Precisamos de um banco com um volume grande de questões. Quando tivermos banco amplo, o risco acabará. É tanta questão a que você teria de ter acesso que o único caminho é estudar. A segunda questão são as redações. Precisamos aprimorar o critério de correção, para que tenhamos mais segurança na avaliação".

Uma das políticas centrais do governo de Dilma Rousseff, a educação profissional não tem interessado tanto aos jovens como se poderia esperar. Uma pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 77,5% dos entrevistados nunca frequentou algum curso profissionalizante, seja de nível básico, médio ou tecnológico. A maioria deles por falta de interesse.

A pesquisa mostra que, entre 2004 e 2010, o número de pessoas com cursos profissionalizantes aumentou 77%. Ainda assim, o porcentual é baixo: 23% dos jovens apenas passaram por alguma formação, excluindo-se aí o ensino superior. "O grande problema é a falta de interesse. Talvez falte conhecimento por parte dos jovens. Hoje, quem faz um ensino médio profissionalizante tem um ganho salarial 14% maior do que quem fez apenas o ensino médio regular. Um jovem com uma graduação tecnológica de três anos recebe 24% mais do que alguém com três anos de bacharelado", afirma o economista da Fundação Getúlio Vargas Marcelo Néri, responsável pela pesquisa.

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A falta de interesse é apontada como razão principal para não buscar um curso profissional em todas as classes entrevistas, e cresce na medida em que a renda também aumenta. Apenas nas classes D e E a falta de recursos surge como importante para mais de 20% dos entrevistados. "Nesses casos, uma bolsa do tipo ProUni (Universidade para Todos) pode ajudar. Mas o que a pesquisa mostra é que é preciso conquistar o jovem", afirmou Nery.

A pesquisa mantém o padrão de outro estudo sobre o Ensino Médio, que mostra a falta de interesse como o principal motivo para que os jovens deixem a escola. O levantamento, feito pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação (Inep) mostra que 3,4 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. Dois terços deles por falta de interesse na escola.

Quero falar hoje do Brasil e da Argentina, do rico e do pobre. Apesar de não saber ao certo que é quem.

Será que o Brasil é rico por ser a sexta economia mundial? Ou, será que não, devido ao fato de ter em média 12% de analfabetos?

Será que a Argentina é pobre por ter uma inflação anual de 25%? Ou é rica por ter apenas 2% de analfabetos e ter conquistado quatro prêmios Nobel?

Quem você gostaria de ser: o Brasil ou a Argentina? Como bons patriotas diríamos logo que o Brasil, até porque somos pentacampeões. Não é mesmo?

Sinceramente creio que a riqueza das pessoas e de um país não se mede em cifras. Existe algo chamado cultura, dignidade e formação que são riquezas incalculáveis.

Buenos Aires, por exemplo, é uma cidade repleta de boas livrarias, excelentes Museus, lindos Parques e possui um povo que foi educado há várias décadas. É visível o nível cultural extraordinário daquela sociedade latina.

O atendimento e as conversas nos restaurantes, nos táxis, o perfil dos alunos das Universidades é algo que nos chama a atenção. É realmente diferenciada a educação dos “hermanos” argentinos.

É verdade que uma sociedade não é feliz com um índice de desemprego tão alto e uma inflação de dois dígitos. Eu também não sei com eles suportam o alto índice de sódio em sua água de consumo diário, e ainda retiram este do famoso “bife de choriso”.

Porém, entendo o motivo pelo qual ,diante desse quando econômico, possuem um salário mínimo equivalente a R$ 1.200. É o respeito à dignidade da pessoa humana, do trabalhador portenho. Coisa que somente um povo educado é capaz de entender.

O Brasil conseguiu vencer essa etapa inflacionária de sua história. Basta saber quando teremos nosso primeiro prêmio Nobel. É mais fácil educar uma nação ou combater a inflação?

Antes, cabia apenas ao Estado o estabelecimento da ordem. Reservavam-lhe, portanto,  a tarefa de generalizar, classificar, definir e separar categorias. Hoje, há outras mãos ao leme. As forças de mercado estão com a mão ao leme no processo de estabelecimento da ordem. Ou seja, a responsabilidade pela situação humana foi privatizada, também. Existe, por conseguinte, maior complexidade para se responder o que contribui para o subdesenvolvimento de um país. Mas tornar o mais possível ativa sua população é o necessário. O indivíduo inercial é nossa opção incorreta.   

Em países subdesenvolvimentos, os pobres são  “pessoas exploradas” que produzem para o Estado o produto excedente a ser, posteriormente, transformado em capital. Também podem ser vistos como  “exércitos de reserva da mão de obra”, que há de ser reintegrado na próxima melhoria econômica. Em países emergentes, há fundos sociais expressivos, além da preocupação em potencializar o trabalhador para o consumo. Em países desenvolvidos, surpreendemo-nos com discursos de campanha contextualizando o aumento de impostos – promessa de campanha nos discursos de Obama, hoje. Isto, antes, inconcebível.  Obama não é o único a fazê-lo no momento. De fato, há vozes na voz desses candidatos. Existem mais mãos ao leme. Não há como ignorar forças se fundindo: o público e o privado. Não se diria isso em campanha eleitoral, se tudo já não estivesse assentado em estruturas sistêmicas revisadas e atualizadas para o mundo à nossa frente.

Descrever, hoje, as sociedades modernas da Europa ocidental é compreender que grupos humanos buscam legitimar as diferenças entre os seus componentes, encadeando-as nas convenções da sua particular organização, rearticulando solidariedades étnicas, formas pré-capitalistas de produção, vida rural ou estamentos sociais com a imagem de Estado-nação, com capitalismo, com forma empresarial de organização, com convivências transnacionais  e consequentes valores jurídicos imbricados.  As pessoas precisam mais e mais participar  desses processos. E corretamente estão participando.

Não é mais possível restringir-se a fronteiras ou limitar-se a paralelismos ultrapassados e simplistas como exploradores e explorados.  Fixar-se nesse espelho é uma escolha incorreta. A política de campanha, por exemplo, é atraente como forma de substituir as manifestações de movimento.  Estar preso a manifestações ideológicas ultrapassadas que nos deixam apenas como explorados diante do espelho é a escolha errada. Essas ideologias  partem de premissas simplistas e arcaicas. País subdesenvolvido é país com seu povo sem demarcar identidades. É país de nômades. Disse-nos Edmond Jabes que nesse lugar-sem-lugar ( de nômades ) “não há avenidas, bulevares”. Existem apenas “vestígios, passos rapidamente apagados e negados como o que se encontra em desertos”.

Enquanto os trens de países subdesenvolvidos correm  em círculos (como os de brinquedo), os de países avançados rompem fronteiras. Definições são inatas, mas identidades são constituídas. O mundo não nos quer fixos. Deve-se negar a fixação de identidade.   O tempo já não estrutura o espaço. O que conta é a habilidade que o indivíduo tem de movimentar-se. Adequar-se, ter capacidade de assimilar experiências quando elas surgem. Potencializar-se através de investimentos educacionais é escolha prudente, por exemplo.

Neste domingo (5), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realiza a primeira fase que corresponde à prova objetiva do VI Exame de Ordem Unificado. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) aplicará a prova em todo o Brasil.

De acordo com a OAB, o candidato, para ser aprovado, deve acertar 50% do total de 80 quesitos. Também ocorrerá a prova prático-profissional, que representa a segunda parte do processo de avaliação. Esta etapa será realizada no dia 25 de março deste ano.

A OAB alerta os candidatos sobre a necessidade da leitura do edital antes da realização da prova, para que não haja transtornos. Para um bacharel em direito exercer a função de advogado é necessário a aprovação no exame da Ordem.

Conteúdos da prova
De acordo com o edital do processo de seleção, a prova objetiva constará de disciplinas profissionalizantes e integrantes do currículo mínimo da graduação de direito. Os assuntos são direitos humanos, código do consumidor, estatuto da criança e do adolescente, direito ambiental, direito internacional, além do estatuto da advocacia e da OAB, em seu regulamento geral e código de ética e disciplina da Ordem. A duração da prova será de cinco horas.

Na avaliação prático-profissional, segundo o edital, haverá redação de peça profissional e aplicação de quatro questões do tipo situações e problemas. Nesta parte da avaliação serão abordados os seguintes assuntos na área de direito: administrativo, civil, constitucional, empresarial, penal, penal, tributário, processual e do trabalho.

Veja mais detalhes no edital do exame.

O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes.Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.

Para o MEC, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno. “A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar”, disse o ministro Aloizio Mercadante. Cursos de capacitação presencial e à distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.

Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do país e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.

As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.

Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais “amigável” para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.

Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. “O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio”, diz.

Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de 7 e 10 polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.

O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de 7 polegadas e aproximadamente R$ 470, pelo de 10 polegadas. No mercado, conforme o ministério, o equipamento de 7 polegadas custa cerca de R$ 800.

 Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado, Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no comando do ministério. “Esse programa foi desenhado nesse período que estou aqui”, disse, explicando que a gestão do antecessor, Fernando Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de estados e municípios.As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos atendem às exigências do edital.

Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental. Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa Um Computador por Aluno (UCA), que distribui laptop aos estudantes.

Esta semana tive a oportunidade de participar de uma audiência com um grande homem público. O novo ministro da Educação Aloizio Mercadante. Confesso que fiquei impressionado com sua inteligência, dinamismo e conhecimento dos problemas do Brasil, e, em particular, da educação brasileira. Mas, o que mais me chamou a atenção foi sua vontade de transformar a educação brasileira e fazer de nosso país uma grande nação.

O ex senador e então ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante assume, aos 57 anos, o Ministério da Educação brasileiro. O economista, que destacou-se desde a época de estudante como presidente de entidades estudantis, é mestre em economia pela Universidade de Campinas (Unicamp), professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e defendeu sua tese de doutorado no Instituto de Economia da Unicamp.

Com uma simpatia invejável e carisma singular, Mercadante chega ao Ministério com o discurso “de uma alavanca suprapartidária para a melhoria da educação brasileira, assim como aconteceu no ministério da ciência, tecnologia e inovação” e lançando inúmeros projetos para a área da educação, e, em especial, dois que merece destaque.

Um deles é o programa Alfabetização na Idade Certa, que pretende intensificar o ensino de crianças de até oito anos de idade. O outro programa anunciado é destinado para a população no campo e se chamará Pronacampo, que tem como objetivo reduzir os índices de analfabetismo nessas regiões.

Grande divulgador do “iPad brasileiro”, durante sua passagem pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante trouxe investimento e incentivos para a tecnologia nacional, colocando no mercado produtos competitivos. Agora, ele assume mais um dos principais ministérios do Brasil, em um momento propício do país. Acreditando que a educação é um ponto forte e o grande legado para o desenvolvimento do Brasil, o ministro demonstra empolgação e disposição para buscar investimentos e melhorias na área, inclusive contando com a ampla parceria do ensino privado.

Como ex Ministro da Ciência e Tecnologia, Mercadante também se mostra a favor do uso de tecnologias da informação, como a utilização de tablets e lousas eletrônicas, para melhorar a educação, ressaltando que nada substitui a relação professor-aluno e que por isso deve-se investir na qualidade dos docentes de todo o país.

Em uma área que quase sempre gera polêmicas, o ministro se mostra aberto ao diálogo na busca por melhorias em diversos projetos da educação, tais como o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem; Programa Universidade para todos, PROUNI; Financiamento Estudantil, FIES, além do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec; e na formatação de pacto nacional pela educação, que envolva a sociedade como um todo: população, empresários e governo.

A expectativa de todos os educadores é que com Aloizio Mercadante a educação brasileira mobilize a todos na construção de um Brasil melhor, e a chegada de um gestor com um histórico de sucesso, inteligência e competência como o dele acende a esperança de que muito pode e deve ser feito. Seja bem vindo Mercadante. O Brasil e o povo brasileiro precisa muito de você.

A educadora Cynthia Lira explica como os pais e escolas devem se preparar para o primeiro dia de aula das crianças na educação infantil.

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Primeiro dia de aula: desafios para pais e filhos

Muitas pessoas sonham em formar uma família e principalmente em ter filhos. E, quando os bebês nascem, a maioria dos pais se apega aos filhos em meio a muito cuidado, amor e carinho. E quantos desafios para os novos pais. Quando as crianças completam três anos de idade, chega a hora de irem à escola, para o desenvolvimento cognitivo e de várias habilidades. E esse primeiro contato com a escola é um momento difícil para os pais e, na maioria das vezes, também para os filhos.

Iran Silvestre e Marilda Torres estão vivendo essa fase. A pequena Maysa Torres da Silva, de dois anos e sete meses, vai entrar numa escola e dará início a sua vida de estudante agora em 2012. “Eu tenho medo porque ela até mama ainda. Também temo que ela sofra alguma maldade, até mesmo dos colegas. Eu acho que, no começo, ela vai chorar”, diz o pai, apreensivo.

Ele também acredita que a filha vai sentir mais falta da mãe. “Ela sentirá muito a falta da mãe, pois, elas sempre estão juntas. Mas tudo isso eu entendo que faz parte da adaptação dela à escola”, frisa Iran. Já Marilda não está tão preocupada com a primeira vez da filha na escola. “Eu estou adorando, porque criança tem que ir para a escola. Além disso, ela vai se adaptar rápido, pois lá há outras crianças que ela conhece”, conta a mãe.

“A primeira entrada das crianças, no início do processo educacional, gera muita angústia para os pais e a adaptação sempre está ligada a muito choro. Mas os pais devem ter confiança no espaço escolar que escolheram, além de ter algumas indicações da instituição por pessoas conhecidas ou parentes, e ver se o espaço é adequado para atender os pequeninos”. Cynthia Lira é quem explica isso. Ela é coordenadora pedagógica da Escola Criativa, localizada no Recife, e possui uma vasta experiência em educação infantil.

De acordo com a educadora, para amenizar o sentimento dos pais, é sempre muito importante os responsáveis manterem contato com os profissionais da escola. “É preciso estar sempre conversando com a equipe da escola, pois os pais são muito importantes no processo”. A pedagoga também diz que não é toda vez que a reação dos filhos é de choro, no entanto, elas podem ter outras alterações no comportamento. “Não necessariamente elas irão chorar. Elas podem não se alimentar adequadamente e têm algumas que ficam agressivas, mas isso acontece porque elas estão num momento de adaptação”.

A profissional alerta que os pais, no ato de deixar os filhos na escola, nunca podem mentir para as crianças. “É importante quando deixar a criança avisar que vai voltar: 'mamãe vai embora agora, mas vou voltar para buscá-lo'. Assim os pequenos entendem que, em certa hora, os pais voltarão para buscá-los e irão para casa”, explica. Cynthia também frisa que é imprescindível os filhos cortarem alguns vínculos com os pais. “Cortar vínculos representa que a criança começará a se relacionar com novas pessoas, que são professores e colegas”, destaca.

“Ficar com as crianças dentro da sala de aula também não é legal. No primeiro dia, os pais até podem fazer o reconhecimento do espaço com os filhos. Nos dias seguintes, eles podem alternar suas presenças com os pequenos, e pouco a pouco eles vão gostando da escola e se afastando dos responsáveis”. Cynthia também dá essa dica, com o propósito de evitar que os pais fiquem a todo instante com as crianças. Em relação à atuação do estabelecimento escolar, ela fala que “é um pouco complicado manter os estudantes na sala de aula, porém, a escola deve proporcionar atividades diversificadas para entreter os alunos, como vídeos, músicas e brinquedos”.

A pedagoga salienta que os pais devem ter em mente que a entrada na escola é o começo de uma vida cheia de conhecimentos e experiências. “Eu costumo dizer que é o primeiro passo de um gigante. O filho precisa entrar no espaço educativo e conviver com outras crianças”, completa a profissional.

A educadora Cynthia Lira fala sobre a expectativa para o início das aulas e como as escolas e as famílias devem se preparar para o início do ano letivo.

Apesar de ter registrado recorde de inscrições, mais da metade das vagas oferecidas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) não foi preenchida na primeira chamada. Dos 108.527 aprovados, apenas 46 mil - 42% do total - efetuaram a matrícula nas instituições.

O Sisu reúne as vagas oferecidas por instituições públicas de ensino superior que adotam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como vestibular.

Para preencher as 62.285 vagas restantes, o Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem a segunda chamada. A lista de aprovados pode ser acessada na internet no site sisu.mec.gov.br. Os convocados devem realizar a matrícula nas instituições para as quais foram aprovados nos dias 30 e 31.

A Secretaria de Educação Superior (Sesu), responsável pelo sistema de seleção, minimizou o porcentual de candidatos que desistiram da matrícula nessa fase. Para a secretaria, o processo ainda está em andamento - apesar de ter registrado no ano passado em torno de 40% de desistência na primeira chamada, a secretaria defende que 97% das vagas oferecidas no processo anterior foram preenchidas no final.

O não preenchimento das vagas ocorre porque, muitas vezes, estudantes acabam desistindo de mudar de cidade para cursar a universidade, preferem se matricular em outras instituições para as quais foram aprovados ou tentam outro curso, caso tenham sido convocados na segunda opção. Na inscrição, os candidatos podem colocar duas opções de curso.

Quem não foi selecionado em nenhuma das duas opções nas chamadas regulares ou quem tenha sido selecionado pela segunda opção e pretende continuar concorrendo pela primeira pode aderir à lista de espera. A participação na lista deve ser confirmada on-line, no sistema do Sisu. O estudante concorrerá à vaga apenas pela primeira opção. O prazo de adesão começou ontem e vai até o dia 1.º de fevereiro.

Neste primeiro semestre, as vagas oferecidas pelo Sisu foram distribuídas por 3.327 cursos de 95 instituições públicas. Para participar da disputa, o candidato precisa ter prestado o Enem de 2011.

Justiça

Enquanto os aprovados realizam a matrícula, continua a novela nos tribunais sobre o exame. Agora, a Justiça Federal deu cinco dias ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), braço do MEC responsável pelo Enem, para se posicionar a respeito de um pedido do Ministério Público Federal no Ceará para que se apresente todos os cadernos do pré-teste do Enem aplicados no Colégio Christus, em Fortaleza. A intenção seria comprovar se o vazamento foi maior que as 14 questões anuladas para os alunos da escola.

A Polícia Federal concluiu que as questões do Enem, adiantadas a alunos cerca de dez dias antes do exame, saíram de dois cadernos do pré-teste realizado na instituição em 2010. A PF indiciou um professor e uma funcionária do Christus pelo adiantamento das questões.

O MPF solicitou que a polícia aprofunde as investigações. A PF pediu ao Inep os demais cadernos do pré-teste e informações sobre a quantidade de questões que formam o banco de itens do Enem e quantas foram pré-testadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nessa terça-feira (24), durante cerimônia de transmissão de cargo, que vai criar um programa para garantir a alfabetização de crianças na idade apropriada. De acordo com ele, o programa incluirá materiais didático adequado, avaliação permanente e mais recursos direcionados para o que chamou de “fase crítica do aprendizado”.

“Temos que ter consciência que se uma criança não aprende a ler e a escrever até no máximo 8 anos de idade, todo processo de aprendizado futuro fica comprometido e o custo depois de você recuperar pedagogicamente esse aluno é muito, além do risco de perdermos essa criança e ela simplesmente abandonar a escola”, disse.

Mercadante também abordou, em seu discurso de posse, a questão da valorização do professor. Ele defendeu que as políticas precisam estar centradas nesse objetivo. “Não iremos a lugar nenhum sem bom professores, sem um magistério bem estruturado e motivado, desde a educação infantil até o ensino superior”, disse.

O ministro anunciou que o MEC quer criar políticas de incentivo para alocar os melhores professores nas escolas com baixo desempenho nas avaliações ou ainda aquelas localizadas na periferia dos grandes centros urbanos. Um dos mecanismos para recrutar esses professores, citado por Mercadante, é a Prova Nacional de Ingresso na Carreira Docente.

O projeto, que já está sendo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), será uma espécie de concurso nacional para professores. Os profissionais interessados participarão da prova e as redes de ensino municipais e estaduais poderão contratar esses docentes sem a necessidade de que cada uma realize seu próprio concurso. Segundo ele, a proposta será discutida com as centrais sindicais.

“Nós sempre vamos trabalhar em um regime de responsabilidade compartilhada. As adesões são sempre voluntários, mas nós temos visto que os bons programas você tem a adesão dos prefeitos e governadores. Você trabalha isso de forma suprapartidária, educação permite isso”, disse. Mercadante também citou o programa que já estava sendo preparado pelo MEC para melhorar a qualidade do ensino nas escolas do campo que deverá ser lançado em breve.

Sobre as possíveis mudanças que serão feitas na equipe do ministério, o ministro disse que irá se reunir com o atual secretariado para avaliar quais alterações serão feitas.

Durante a cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no Ministério da Educação, o agora ex-ministro Fernando Haddad emocionou-se ao lembrar dos seis anos à frente da pasta e agradeceu pelo apoio que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Lula, que está em tratamento para combater um câncer na laringe, acompanhou a cerimônia nesta tarde, no Palácio do Planalto.

Haddad deixa o governo para disputar indicação do PT para concorrer à prefeitura de São Paulo. “Foi uma honra iniciar os trabalhos na Educação pelas mãos de uma metalúrgico", disse o ex-ministro. "Falo isso como professor universitário", acrescentou, ressaltando que teve "apoio incondicional" tanto no governo Lula, quanto agora com a presidenta Dilma.

"Pude apresentar projetos ousados, sonhar com um país diferente e ver esse sonho se tornar gradualmente em realidade, a ponto de elevar a esperança do mais humilde jovem”, destacou Haddad, em referência aos alunos formados pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). O ex-ministro fez um agradecimento especial ao Congresso Nacional que, segundo ele, teve uma visão suprapartidária ao aprovar mais de 50 projetos de lei e duas propostas de emenda à Constituição (PECs), encaminhados pelo Ministério da Educação nos últimos anos. Ele citou a PEC que incluiu a pré-escola e o ensino médio na escolaridade obrigatória.

Haddad também lembrou o pacto feito com os prefeitos e governadores que aderiram ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que estabeleceu metas de qualidade a serem alcançadas por todos os sistemas de ensino até 2020. “Hoje o Brasil é o único país que tem metas quantitativas para a educação, mas também metas qualitativas. Nós vivemos uma década auspiciosa até 2010 e viveremos mais uma década, avançando ainda mais sob o comando da presidenta Dilma. Se o Brasil mantiver o rumo, nós vamos erradicar a pobreza, educar nossa gente e garantir oportunidades a todos os cidadãos brasileiros”, disse.

Ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mercadante destacou que assume o MEC com honra, mas que será um grande desafio continuar o trabalho da gestão anterior. Mercadante foi breve no discurso e não adiantou suas prioridades à frente do MEC. Segundo ele, esses assuntos serão discutidos hoje à noite na cerimônia de transmissão de cargo. O cientista Marco Antônio Raupp tomou posse na pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação.

“A história será escrita pelos historiadores, mas não vejo como seu nome [Haddad] não possa estar entre os grandes ministros da Educação por sua capacidade de expandir oportunidades da pré-escola à pós-graduação, de construir programas inovadores e criativos”, afirmou Mercadante, agradecendo o apoio da presidenta Dilma e a presença do ex-presidente Lula. “Aprendi muito [com a Dilma] e sei que vou continuar aprendendo. Foi uma honra e um aprendizado inédito trabalhar com essa eficiência e esse rigor que o Brasil precisa”, disse.

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