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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, se reuniu por mais de uma hora com o líder do exército do Egito, o marechal Hussein Tantawi, neste domingo, após se encontrar no sábado com o novo presidente do país, Mohamed Morsi. As reuniões ocorreram em um momento em que a transformação da ditadura egípcia em um governo democrático parece estar sob risco.

O pedido de Hillary ao exército foi simples: trabalhar junto com os novos líderes islâmicos em uma ampla transição para regras civis. "Eles discutiram a transição política e o diálogo do conselho militar com o presidente Morsi", afirmou uma fonte do Departamento do Estado. "A secretária destacou a importância de proteger os direitos de todos os egípcios, incluindo mulheres e minorias", acrescentou. De acordo com a fonte, Tantawi se concentrou nas necessidades econômicas do Egito e as duas autoridades conversaram sobre planos de ajuda dos EUA.

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O conselho de generais de Tantawi está preso em um impasse político tenso com a Irmandade Muçulmana depois de reduzir os poderes do presidente eleito na véspera de sua posse, no mês passado, e reforçar a decisão de um tribunal de dissolver o Parlamento, dominado pelos islâmicos. Juntas as atitudes criaram um clima em que ninguém tem certeza sobre quem está no controle e em que direção o Egito está caminhando.

Sem tomar partido nas disputas sobre o Parlamento e sobre como elaborar uma nova Constituição, Hillary pediu que Tantawi leve as forças armadas de volta a "um papel puramente de segurança nacional". Mas as críticas da secretária norte-americana foram limitadas. Ela elogiou o exército por defender vidas durante a revolta de fevereiro de 2011 contra o ex-presidente Hosni Mubarak e pelo progresso que o Egito fez durante o governo miliar interino, que incluiu eleições livres.

Não ficou claro se Hillary adotou um tom mais duro na reunião a portas fechadas com Tantawi ou sobre o que ela conseguiu dos generais, cuja desconfiança dos EUA é quase tão grande quanto a que sentem pela Irmandade Muçulmana. As informações são da Associated Press.

Os presidentes do Egito e da Tunísia prometeram nesta sexta-feira abrir um novo capítulo nas relações entre os dois países, após os levantes que derrubaram antigos governantes. Após se encontrar com o novo presidente do Egito, o islamita Mohammed Morsi, no Cairo, o presidente tunisiano Moncef Marzouki disse aos jornalistas, em coletiva conjunta de imprensa, que os dois países vão reconstruir suas ligações tendo como base as "experiências compartilhadas" após o que ele descreveu como décadas de relações tensas.

"Eu não vou dizer que vamos começar do zero, mas é certo que estamos avançando nas relações que durante anos e anos estavam estagnadas e sem amizade e calor", declarou Marzouki.

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"Uma nova era de relações começou entre os dois países", confirmou Morsi.

Marzouki ficou exilado por causa de seu ativismo e Morsi foi preso por suas atividades com a Irmandade Muçulmana durante os regimes antigos dos dois países. Quando Zine El Abidine Ben Ali, foi derrubado no ano passado, a ação serviu como inspiração para que os egípcios fizessem a mesma coisa com seu presidente, Hosni Mubarak. Nos dois países, os islamitas subiram ao poder em eleições livres, após as quedas dos ditadores.

Marzouki disse que os dois líderes falaram especificamente sobre o levante na Síria e seu apoio ao povo sírio, mas que ambos se opõem a uma intervenção militar como forma de encerrar o derramamento de sangue que, segundo ativistas, já deixou mais de 17 mil mortos.

O encontro de Morsi com o presidente tunisiano ocorreu um dia depois de ele ter voltado de viagem da Arábia Saudita, sua primeira visita ao exterior desde que assumiu a presidência do Egito.

Parlamento

Milhares de egípcios se reuniram no Cairo nesta sexta-feira em apoio à decisão de Morsi de reconvocar o Parlamento do país, predominantemente islamita, apesar da decisão do Judiciário de dissolver a câmara.

A manifestação, que ocorreu após protestos menores na praça Tahrir e em outras cidades, foi organizado pelo partido da Irmandade Muçulmana, uma série de grupos islamitas ultraconservadores e o movimento ativista 6 de Abril. Os principais partidos liberais e o partido salafita Nour não participaram da manifestação.

Morsi emitiu um decreto, no início desta semana, convocando uma sessão do Parlamento, apesar da decisão do Supremo Tribunal Constitucional, segundo a qual a eleição legislativa foi inválida porque um terço de seus membros foram eleitos de forma ilegal.

A manifestação desta sexta-feira na praça Tahrir contestou a decisão do judiciário e acusou o conselho militar do país, que detém poderes legislativos, na falta de um Parlamento. As informações são da Associated Press.

A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, pediu nesta terça-feira a realização de conversações entre todos os envolvidos no confronto entre o Parlamento egípcio e os militares para encerrar a crise no país.

"Nós pedimos que haja um diálogo intensivo entre todos os participantes para assegurar que haja um caminho claro a ser seguido", disse ela em coletiva de imprensa no Vietnã.

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O povo egípcio deve "receber os benefícios pelos quais foram às ruas protestar, pelo que votaram, ou seja, um governo completamente eleito que tome decisões para que o país siga adiante", acrescentou ela.

O Parlamento egípcio, dominado por islamitas, se reuniu nesta terça-feira, numa atitude de desafio aos poderosos miliares e ao Judiciário, após um decreto do presidente recém-eleito, Mohamed Morsi, pela reinstalação da Assembleia.

Hillary, que está no Vietnã, uma das paradas de sua viagem pelo sudoeste da Ásia, irá ao Egito no final de semana, onde vai se reunir com Morsi. As informações são da Associated Press.

O Parlamento do Egito reuniu-se nesta terça-feira (10) em desafio ao Exército e à Suprema Corte do país. A sessão foi curta - apenas cinco minutos - e em votação rápida a Casa concordou em buscar uma opinião legal sobre a decisão que invalidou as últimas eleições.

A volta dos parlamentares deve aumentar a tensão entre os militares e o novo presidente Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana. Os generais prometeram que iriam defender a decisão judicial que dissolveu o Parlamento, devido a supostas ilegalidades no pleito que elegeu seus membros.

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A atmosfera de crise vêm crescendo desde que Morsi emitiu uma ordem no domingo convocando os 508 parlamentares. O presidente do Parlamento, Saad El-Katatni, afirmou que a sessão teve o objetivo de encontrar maneiras de implementar a decisão da Justiça, e não debatê-la, em respeito aos princípios de "supremacia da lei e separação dos poderes". Mas ele apresentou um plano de procurar uma "segunda opinião" em um tribunal de apelações.

A Suprema Corte afirmou que um terço dos parlamentares foi eleito de forma irregular. O pleito deu uma ampla maioria aos islamitas.

Morsi e Katatni são membros antigos da Irmandade Muçulmana, o grupo fundamentalista que há muito tempo tem estado em desacordo com os governo militares.

Na segunda-feira (9), o Exército fez o seu único comentário público sobre a disputa, ameaçando o presidente de forma velada ao dizer que as forças armadas estão ao lado da "Constituição, legitimidade e da lei". As informações são da Associated Press.

 

O presidente do Parlamento do Egito, que foi dissolvido pouco depois de eleito e reconvocado pelo presidente Mohammed Morsi, convocou uma sessão do Legislativo para a terça-feira, elevando as tensões com os militares, que apoiaram a dissolução do Parlamento.

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias oficial Mena nesta segunda-feira, a convocação foi feita pelo presidente do Parlamento Saad el-Katatni.

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A medida tomada por El-Katatni ocorre um dia depois de Morsi ter reconvocado o Legislativo, numa atitude de desafio à decisão da Suprema Corte do país de dissolver o Parlamento. Os generais, que governavam o país, apoiaram a decisão do Tribunal Constitucional com um decreto que dispersou os legisladores.

A disputa pode colocar o país numa nova situação de instabilidade e levar à violência, 17 meses após a queda do autoritário presidente Hosni Mubarak, durante um levante popular. As informações são da Associated Press.

O presidente da Síria, Bashar Assad, disse em entrevista transmitida neste domingo que não tem medo de acabar como os líderes depostos da Líbia e do Egito, argumentando que não tem nada em comum com eles. Em uma de suas raras entrevistas à mídia ocidental desde o início dos protestos sangrentos no país, no ano passado, Assad disse que o que está acontecendo no Egito é diferente do que ocorre na Síria. "É uma situação completamente diferente", disse à rede de TV alemã ARD.

Assad também rejeitou quaisquer comparações com a Líbia, onde rebeldes auxiliados por tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) derrubaram o regime de Muamar Kadafi e mataram o ex-líder. "Descrever o que aconteceu com Kadafi, isso é selvagem, isso é crime", disse.

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Mais de 14 mil pessoas já morreram na Síria desde o início dos protestos contra o regime de Assad, há cerca de um ano e meio, segundo ativistas.

Na entrevista, Assad acusa os Estados Unidos de incentivar os protestos, e diz que Washington também é responsável pelas mortes de civis inocentes na nação do Oriente Médio. Os Estados Unidos estão se juntando a esses "terroristas... Com armas, dinheiro ou apoio público e político nas Nações Unidas", disse Assad.

O presidente também rejeitou acusações de que suas forças de segurança são responsáveis pela violência no país, alegando que o número de "apoiadores do governo e vítimas nas forças de segurança e no exército" superam o número de vítimas civis. Segundo ele, uma oposição formada por "terroristas, gangues, uma mistura da Al-Qaeda e outros extremistas" é responsável pela violência.

Questionado diretamente sobre a morte de mais de 100 civis no vilarejo de Houla em maio, Assad culpou gangues "que vieram às centenas de fora da cidade". O massacre causou comoção internacional, e investigadores da ONU concluíram que tropas do governo podem estar por trás das mortes.

Segundo o presidente, "a maioria das pessoas pede reformas, reformas políticas, mas não liberdade". Ele afirmou que ainda tem o apoio da população síria, e descartou uma renúncia. "O presidente não pode fugir de um desafio, e temos um desafio nacional na Síria agora." As informações são da Associated Press.

Os principais generais do Egito estão realizando uma reunião de emergência para discutir a decisão do novo presidente do país, Mohamed Morsi, de anular a dissolução do parlamento, de maioria islâmica, informou a agência de notícias estatal MENA.

No mês passado, os militares do governo provisório do Egito ordenaram a dissolução do parlamento, depois que a Suprema Corte do país determinou que um terço dos parlamentares foi eleito ilegalmente.

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A decisão de Morsi tem grandes chances de levar a um confronto com os poderosos generais do Egito, que lhe entregaram o poder formalmente em 30 de junho, depois de passarem quase um ano e meio no comando do país após a renúncia de Hosni Mubarak.

A decisão também evidencia a confusão sobre os papéis e poderes das instituições governantes no Egito. A constituição que estava em vigor durante o regime de Mubarak foi suspensa após os protestos populares, sem que uma nova fosse adotada desde então.

O confronto aberto entre os dois lados levará o país a mais um período de instabilidade política. Desde a queda de Mubarak, o país já vem sofrendo com o aumento da criminalidade, uma economia enfraquecida e uma série de greves e protestos.

Segundo a agência de notícias, o Conselho Supremo das Forças Armadas está reunido para "analisar e discutir as consequências" da decisão de Morsi, anunciada mais cedo neste domingo. Morsi é o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.

O decreto de Morsi, um antigo membro da Irmandade Muçulmana, também prevê a realização de eleições parlamentares dentro de dois meses após a adoção de uma nova constituição para o país, o que não deve ocorrer antes do final deste ano.

Em 16 de junho, os generais anunciaram uma "declaração constitucional" que lhes garante poderes legislativos na ausência do parlamento e retira boa parte da autoridade presidencial de Morsi. A declaração também deu aos generais o controle sobre o processo de elaboração de uma nova constituição e imunidade contra qualquer tipo de supervisão civil. Além disso, os generais se declararam responsáveis pelo orçamento nacional.

Morsi chegou ao poder depois de derrotar por uma pequena margem o ex-primeiro ministro de Mubarak Ahmed Shafiq, no segundo turno das eleições presidenciais, em 16 e 17 de junho.

Um islâmico conservador, Morsi pode ter tomado a decisão motivado em grande parte por um desejo de afirmar sua autoridade diante dos militares, que vêm governando o país desde o golpe que derrubou a monarquia, em 1952. A anulação de uma determinação da principal corte do país, no entanto, pode levar a acusações de que ele não demonstra respeito pelo Judiciário. As informações são da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai se encontrar com o primeiro presidente muçulmano do Egito, Mohamed Morsi, na assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro, informou à AFP neste domingo um funcionário do governo americano. As informações são da Dow Jones.

O novo presidente do Egito, Mohamed Morsi, emitiu um decreto neste domingo anulando a dissolução do Parlamento, de maioria islâmica, informou a agência de notícias estatal MENA.

"O presidente Morsi publicou um decreto presidencial anulando a decisão tomada em 15 de junho para dissolver a assembleia do povo e convida a câmara a convocar novamente e exercer suas prerrogativas", disse a agência. As informações são da Dow Jones.

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O novo presidente do Egito, Mohammed Morsi, ordenou uma nova investigação sobre o assassinato de manifestantes contra o regime durante os últimos 16 meses, no início do levante que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Um decreto presidencial emitido no fim dessa quinta-feira (5) ordena uma revisão das investigações e julgamentos relacionais à morte de cerca de mil manifestantes.

A agência oficial de notícias do Egito informou que uma comissão de inquérito de 16 membros, um promotor, policiais, militares e seis representantes das famílias das vítimas vão se reportar ao presidente dentro de dois meses. Mubarak e seu ministro do Interior foram sentenciados à prisão perpétua pelo papel deles na morte dos manifestantes contra o regime.

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As informações são da Associated Press.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, convidou o presidente eleito do Egito, Mohammed Morsi, para uma reunião de cúpula em Teerã no final de agosto, informa o site da presidência nesta quinta-feira.

"A presença de sua excelência como atual chefe da cúpula do Movimento do Países Não Alinhados, em Teerã, seria eficaz no progresso de negociações e na tomada de decisões", disse Ahmadinejad a Morsi pelo telefone, segundo informações da presidência iraniana.

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"O papel do Egito neste movimento é inegável e a cooperação construtiva entre Irã e Egito neste movimento pode ter resultados positivos", acrescentou ele.

O site da presidência diz que Morsi respondeu dizendo que "espera" encontrar Ahmadinejad na cúpula de Teerã, mas não revelou quando a conversa aconteceu. Segundo o site, Morsi disse que "o Movimento dos Países Não Alinhados é um grupo importante, como um guarda-chuva que cobre muitos países islâmicos e não islâmicos. Espero testemunhar a realização dos objetivos desta organização internacional".

O Movimento dos Países Não Alinhado é um grupo de países que se considera independente dos principais blocos políticos do mundo.

No mês passado, Ahmadinejad pediu a criação de ligações mais fortes entre Irã e Egito, após a vitória presidencial de Morsi.

Os laços diplomáticos entre os dois países estão cortados há três décadas, após a revolução islâmica e a assinatura, pelo Egito, do tratado de paz com Israel em 1980.

Morsi, político da Irmandade Muçulmana que deixou o poderoso movimento islamita após sua vitória, tornou-se o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em 2011. As informações são da Dow Jones.

O presidente eleito do Egito, Mohammed Morsi, tomou posse neste sábado (30) diante da Suprema Corte Constitucional do país e se tornou o primeiro islâmico a assumir a presidência por meio de eleições livres no mundo árabe. Ele sucede Hosni Mubarak, que foi deposto há 16 meses. Morsi é o quinto chefe de Estado do Egito desde o fim da monarquia, há cerca de 60 anos.

Ao discursar como novo presidente, Morsi disse que pretende construir um novo Egito. "Aspiramos um amanhã melhor, um novo Egito e uma segunda república", afirmou aos juízes do tribunal, durante cerimônia solene transmitida pela televisão estatal. "Hoje, o povo egípcio estabeleceu a fundação de uma nova vida: liberdade absoluta, uma democracia genuína e estabilidade", declarou o engenheiro de 60 anos.

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Nessa sexta-feira (29), Morsi fez um discurso simbólico na Praça Tahrir, centro dos protestos que no ano passado despertaram a crise no governo autoritário de Mubarak. O novo presidente prometeu recuperar os poderes do gabinete presidencial, diminuídos pelo conselho militar que controlou o governo depois da queda de Mubarak. No entanto, ao assumir diante da Suprema Corte, e não do Parlamento como é o costume, ele se curvou à vontade dos militares, sinalizando que a disputa por poder deve continuar.

As informações são da Associated Press.

Integrantes da equipe médica que cuida do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, disseram que a saúde do antigo líder piorou. Os funcionários do hospital militar no Cairo, onde Mubarak está internado, disseram que a situação piorou após o anúncio, no domingo, que o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, havia vencido a eleição presidencial no Egito.

Os funcionários disseram nesta quarta-feira que Mubarak, de 84 anos, oscila entre estados de consciência e inconsciência e que ele sofre de depressão. As fontes falaram em condição de anonimato, porque não estão autorizadas a falar com jornalistas.

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Mubarak foi sentenciado à prisão perpétua por não ter impedido o assassinato de cerca de 900 manifestantes durante o levante que o derrubou, no ano passado. Na semana passada, ele foi transferido para um hospital militar, após ter sofrido um acidente vascular cerebral. As informações são da Associated Press.

Cairo, 24/06/2012 - Mohamed Morsi, primeiro muçulmano a ser eleito presidente do Egito, disse neste domingo que será um governante "para todos os egípcios" e pediu a unidade nacional, informou a AFP. "Serei um presidente para todos os egípcios", disse Morsi poucas horas depois de ser declarado eleito após uma corrida presidencial acirrada contra Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro a governar com o presidente deposto Hosni Mubarak.

A eleição dividiu o país entre os que temiam o retorno do velho regime e os que desejavam manter a religião fora da política e que temiam que a Irmandade Muçulmana sufocasse as liberdades pessoais. Morsi, que renunciou à Irmandade para assumir o cargo, agradeceu os "mártires" dos levantes pela vitória e ressaltou que "a revolução continua".

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Ele também prometeu honrar os acordos internacionais. "Vamos preservar todos os acordos e internacionais (...) viemos em paz", disse. O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1975. As informações são da Dow Jones.

Washington, 24/06/2012 - Os Estados Unidos parabenizaram Mohamed Morsi por sua vitória nas eleições para a presidência do Egito e pediu que seu governo faça jus ao papel de "pilar da paz regional" do país, informou a AFP.

"Acreditamos que é importante que o presidente eleito Morsi tome decisões neste momento histórico para levar adiante a unidade nacional comunicando-se com todos os partidos nas consultas sobre a formação de um novo governo", disse o porta-voz Jay Carney em nota.

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Ele também disse que "acredita ser essencial para o governo egípcio continuar a fazer jus a seu papel de pilar regional da paz, da segurança e da estabilidade", disse o porta-voz, numa referência velada às esperanças de que o país continue a cooperar com Israel. O Egito e a Jordânia são os únicos países árabes que assinaram acordos de paz com Israel.

Os EUA, que tem oferecido ajuda militar no valor de US$ 1 bilhão por ano ao Egito, também expressou preocupações com os direitos das mulheres e de minorias não muçulmanas no país. As informações são da Dow Jones.

A Faixa de Gaza foi tomada por celebrações após a confirmação de que o candidato da Irmandade Muçulmana venceu a eleição para presidente do Egito. Os palestinos saíram às ruas comemorando e homens armados disparavam para o céu, enquanto alto falantes das mesquitas tocavam orações e louvores a Deus. As pessoas distribuíam doces nas esquinas.

A Faixa de Gaza é governada pelo grupo islâmico Hamas, um ramo local muçulmano da Irmandade Muçulmana que extrai sua inspiração da organização egípcia. O presidente deposto do Egito Hosni Mubarak colaborou com Israel no bloqueio à Faixa de Gaza. Os residentes agora acreditam que o novo líder egípcio, Mohammed Mursi, deve melhor as relações com o empobrecido território palestino. A Faixa de Gaza tem 15 quilômetros e tem fronteira com o deserto do Sinai, no Egito. As informações são da Associated Press.

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Mohammed Mursi deve se tornar o primeiro presidente eleito livremente da história do Egito e o primeiro presidente islâmico eleito do mundo árabe, de acordo com a comissão eleitoral egípcia. O resultado representa um momento emblemático da chamada Primavera Árabe, uma onda de manifestações a favor de governos mais democráticos que se espalhou pelos países da região.

Mohammed Mursi, o candidato do Irmandade Muçulmana, obteve 51,7% dos votos da eleição presidencial realizada na semana passada, de acordo com Farouq Sultan, o presidente da Comissão Eleitoral, derrotando por uma margem apertada Ahmed Shafiq, que foi primeiro-ministro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, deposto no ano passado.

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A vitória de um político islâmico alinhado à Irmandade Muçulmana, que permaneceu na ilegalidade por décadas em razão do regime autocrático egípcio, deve enviar ondas de choque pelo mundo árabe que tem sido governado por autocratas seculares com relações estreitas com o Ocidente.

O resultado iniciará uma nova fase da diplomacia para os governos ocidentais que ao longo das últimas décadas endossavam o poder de Mubarak como um baluarte contra os poderosos governantes islâmicos e outros autocratas.

A presidência nas mãos de Mursi pode causar desconforto no equilíbrio de forças diplomáticas apoiadas pelos EUA. O governo militar de Mubarak garantiu uma paz frágil entre os países do Golfo, ricos na produção de petróleo, que dependiam do respaldo de Mubarak para assegurar o tratado de paz que garantia estabilidade na região e protegia as fronteiras ocidentais do Estado de Israel.

E a imagem de Mursi assumindo o mais alto posto na nação mais populosa do Mundo Árabe deve, provavelmente, galvanizar os violentos levantes que estão ocorrendo na Síria e no Bahrein e a transição política em andamento no Iêmen, Líbia e Tunísia. As informações são da Dow Jones.

A comissão eleitoral do Egito disse neste sábado que anunciará o resultado da eleição presidencial do último fim de semana neste domingo.

O candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, disputa a presidência com Ahmed Shafiq, que foi primeiro-ministro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, deposto no ano passado.

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Segundo comunicado da comissão, o resultado do pleito será conhecido às 10h deste domingo, pelo horário de Brasília. As informações são da Dow Jones.

O conselho militar que comanda o Egito divulgou comunicado nesta sexta-feira culpando a Irmandade Muçulmana por ter elevado a tensão no país ao antecipar o resultado da eleição presidencial do último fim de semana e reiterou que sua recente decisão de ampliar os poderes dos generais foi necessária para garantir a governabilidade.

A acusação foi feita em meio a uma manifestação de milhares de pessoas, que se reuniram hoje na praça Tahrir, no centro do Cairo, para apoiar o candidato presidencial da Irmandade, Mohammed Morsi, e denunciar o que eles chamaram de tomada de poder pelos militares que reduz em muito a autoridade do próximo presidente.

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A Irmandade declarou a vitória de Morsi na corrida presidencial horas depois de as urnas terem sido fechadas, mas o anúncio foi contestado pelo candidato rival, Ahmed Shafi, o último primeiro-ministro do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto no ano passado.

"Anunciar o resultado da eleição presidencial antes do comunicado oficial é injustificável e é um dos principais motivos por trás do racha e da confusão que prevalece na cena política", afirmou o conselho, cuja mensagem foi lida pela TV estatal, mas não mencionava a Irmandade nominalmente.

A expectativa era de que os números oficiais da votação fossem anunciados na quinta-feira, mas a divulgação foi adiada, gerando acusações de manipulação pela junta militar.

O conselho também rejeitou apelos para restaurar o Parlamento, dominado pela Irmandade e que foi dissolvido por uma decisão judicial na semana passada. Os generais alegam que a decisão deve ser respeitada. As informações são da Associated Press.

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak está em coma, mas seu coração e outros órgãos vitais funcionam sem o auxílio de aparelhos, oficiais de segurança do país informaram nesta quarta-feira.

De madrugada, a imprensa estatal havia noticiado que Mubarak, de 84 anos, havia sofrido um derrame cerebral (AVC) e que suas funções vitais eram mantidas com a ajuda de aparelhos.

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Mubarak, que foi afastado do poder após o levante popular do ano passado e que cumpre prisão perpétua por não ter evitado a morte de manifestantes durante os protestos, foi transferido para um hospital militar. Ele se encontrava em um hospital penitenciário desde 2 de junho, quando foi condenado.

Sua esposa, Suzanne, o acompanha no hospital em Maadi, um subúrbio ao sul do Cairo, a capital egípcia. O estado de Mubarak é supervisionado por uma equipe de 15 médicos, de acordo com oficiais que não se identificaram por não terem autorização para falar com a mídia.

As notícias sobre o frágil estado de saúde de Mubarak vêm em meio a um grave impasse político no Egito. Os dois candidatos do disputado segundo turno da eleição presidencial, ocorrido no último fim de semana, afirmam ter vencido o pleito. Ao mesmo tempo, o conselho militar que assumiu após a deposição de Mubarak se movimenta para manter sua influência um pouco mais de uma semana antes de transferir o poder para um governo civil eleito.

No domingo, os generais que comandam o Egito destituíram o próximo presidente de várias atribuições num decreto anunciado logo após o encerramento das urnas. Com a decisão, os militares serão responsáveis pela elaboração de uma nova Constituição e assumirão o poder legislativo após uma decisão judicial que, na semana passada, dissolveu o Parlamento de maioria islâmica que havia sido eleito há cerca de seis meses. As informações são da Associated Press.

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