A divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio 2018 (Enem) está prevista para a próxima sexta-feira (18). Com o resultado, é possível ter uma noção de em qual curso o candidato tem chances de ingressar, analisando a nota de corte de cada instituição – no caso de ingresso por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Por isso, milhões de estudantes que prestaram o Exame vivem a expectativa pela divulgação do resultado e do que está por vir em 2019.
Rebeca Martins prestou o Enem 2018 com o objetivo de fisgar uma vaga no curso de medicina, um dos mais concorridos do Brasil. Sabendo da dificuldade, ela já se planeja para um resultado negativo. “Eu estou um pouco (ansiosa). Se eu falar que não, é mentira. São duas preocupações, na verdade. Estou fazendo provas de bolsa para cursinho. Se não passar na universidade, tenho a segunda opção garantida”, explica a jovem.
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Rebeca é só uma dos mais de cinco milhões de estudantes que prestaram o Enem 2018. Em outros casos, os jovens ficam aflitos e perdem noites de sono na expectativa pela divulgação do resultado, o que pode fazer muito mal para a saúde. Para a psicopedagoga Simone Bérgamo, o momento agora não é de preocupação excessiva. Pelo ao contrário, é de relaxar. “O aluno deve acreditar que fez o máximo que podia, que ele estudou, se comprometeu. Agora, não tem mais o que fazer, a não ser relaxar”, afirma.
A psicóloga Ana Paula Ferreira reforça a fala da colega de profissão e afirma que, neste momento, os estudantes precisam colocar a ansiedade a favor deles mesmo. “O que eles devem fazer, que não podiam no período de aulas porque estavam ocupados estudando, é tentar buscar momento de relaxamento e distração”, recomenda.
Atividades físicas, viagens, passeio com os amigos e família são algumas das atividades que podem ajudar o jovem a liberar a tensão nessas horas, segundo Ana Paula. A psicóloga afirma que essa ansiedade pode gerar sintomas prejudiciais, físicos ou emocionais, como estresse, ansiedade, dor de cabeça, insônia ou dificuldades para dormir, alterações no apetite, entre outros efeitos.
Simone afirma que esses fenômenos podem ser considerados “normais”, por causa da pressão que os jovens viveram neste período. Porém, no caso de um resultado negativo, existe um risco de tais sintomas desestimularem os feras para um novo ciclo de estudo. “Pode causar uma angustia nesse novo ano que se inicia. O estudante pode acabar criando barreiras, resistências em algumas matérias, por toda pressão que ele passou agora”, alerta.
Segundo ambas profissionais, um resultado negativo não pode ser tratado como o “fim do mundo”. Nesses casos, elas afirmam que o melhor a se fazer é analisar os erros e traçar um novo plano de estudo em cima do resultado obtido. Por exemplo, se a média mais baixa foi em matérias como matemática ou física, o fera deve focar um pouco mais nos assuntos da área de exatas e desenvolver um método de estudo mais eficiente. “O aluno deve analisar o panorama. Caso não passe, é necessário observar o que não deu certo, organizar um cronograma de estudo e tentar novamente”, recomenda Simone Bérgamo.
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