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O deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) está sendo acusado de ter feito um gesto mundialmente associado a supremacistas brancos. Nesta quinta-feira (24), durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), ele fez um sinal com os três dedos da mão, que significa "White Power" (em português, "poder branco") entre os grupos racistas. 

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A atitude foi amplamente criticada nas redes sociais. "O deputado Abílio Brunini foi flagrado fazendo um gesto que exalta a SUPREMACIA BRANCA na CPI dos atos golpistas. É uma quebra de decoro gravíssima! SUPREMACISTAS não podem ser tolerados no parlamento brasileiro", publicou a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ). 

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Usuários também lembraram que, em junho de 2021, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal já havia denunciado Filipe Martins, assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, por fazer o mesmo gesto durante uma sessão do Senado Federal. "Vamos simplesmente fingir que o Abilio Brunini não fez um gesto associado aos supremacistas em pleno parlamento? Anteriormente, o Filipe G. Martins, assessor do Jair Bolsonaro para assuntos das Relações Internacionais, fez algo muito parecido e inventou uma desculpa esfarrapada, assim como fará o Brunini. Apitam para os cachorros fascistas e tiram o corpo para evitar a punição. BRUNINI CASSADO", escreveu o jornalista César Calejon.

Em sua conta no Twitter, Brunini alegou que fez o gesto para dizer que a sessão na casa legislativa deveria durar mais três minutos. "O Duarte pediu 1 minutos a mais e eu respondi, dá mais 3 minutos pra ele. Aí começaram a soltar fakenews que eu estava fazendo gestos racistas. Este é o vídeo do exato momento que eu respondo. Não caia em fakenews. A esquerda está pautando a imprensa para fazer cortina de fumaça, quando não conseguem o resultado na CPMI 8/1", postou o parlamentar.

A supremacia branca é uma ideologia que defende a falsa ideia de que as pessoas brancas são naturalmente superiores às demais. Nos Estados Unidos, o grupo tem como organização mais forte a Ku Klux Klan, que já praticou assassinatos e diversas violências contra a comunidade negra.

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Graças a uma nova portaria GAB/PCPE, publicada na última terça (25), mulheres vítimas dos crimes de injúria, calúnia ou difamação poderão registrar suas denúncias via delegacia pela internet. Assim, os boletins de ocorrência poderão ser preenchidos direto no site da Polícia Civil de Pernambuco, de onde serão coletados, validados por autoridades policiais e encaminhados para o Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL) para as devidas providências.

Mulheres vítimas de violência física ou sexual, contudo, seguem tendo que efetuar o registro presencialmente, pois tais denúncias envolvem perícias médicas. Atualmente, Pernambuco dispõe de Delegacias da Mulher em Santo Amaro (Recife), Prazeres (Jaboatão dos Guararapes), Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Vitória de Santo Antão, Goiana, Caruaru, Surubim, Afogados da Ingazeira, Garanhuns e Petrolina. Em localidades onde não haja uma unidade especializada, as vítimas podem procurar qualquer delegacia de plantão, na região onde residem ou na que ocorreu o crime.

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Através da Ouvidoria Estadual da Mulher, no telefone 0800.281.8187, é possível denunciar e se informar sobre a rede de proteção como um todo. Em caso de emergência policial, o contato é o 190.

Devido à pandemia da Covid-19, Bruno e Alexandra perderam os "bicos" e agora só contam com o auxílio moradia e o Bolsa Família para sustentar quatro filhos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Confiada a algumas vigas de madeira, a família constituída por Bruno da Silva, Alexandra Araújo e seus quatro filhos- garotos de 7, 5 e 4 anos, mais os gêmeos recém-nascidos- dorme amontoada em uma cama de casal, torcendo para que o dia seguinte não seja de chuva ou sol escaldante. “De dia, o calor aqui é grande. Quando chove, a correnteza da água é muita e o vento balança tudo”, comenta Bruno, que ergueu com as próprias mãos a palafita em que mora, à margem do canal do ABC, na comunidade de Caranguejo Tabaiares, na Zona Norte do Recife. Cercada por esgoto, porcos criados pelos vizinhos e pelo mau cheiro perene que deriva do entorno, Alexandra lamenta que não consiga cumprir com a política de isolamento social em prevenção à Covid-19, adotada pelo governo de Pernambuco. “Não aguento ficar aqui dentro”, resume.

Em termos de renda fixa, Alexandra e Bruno só contam com R$ 450, resultantes da soma dos benefícios do Bolsa Família e Auxílio Moradia. “Antes [da pandemia da Covid-19], de vez em quando, apareciam umas ‘ôias’ para eu fazer, como ajudante de pedreiro. Agora tá difícil”, acrescenta Bruno, sem nenhum novo serviço à vista. Na despensa improvisada ao lado da porta, apenas o essencial: as latas de leite para as crianças. “Político só vem aqui em época de eleição, depois que acaba já era”, comenta Bruno. Alexandra completa: “É muito menino pra alimentar e vestir. Ontem mesmo, perto da hora do almoço, eu já estava pensando no que ia dar de comer aos meus filhos, quando o pessoal do coletivo chegou com as doações”, diz, referindo-se aos insumos básicos trazidos pelos próprios vizinhos do Coletivo Caranguejo Tabaiares, que estão abastecendo as famílias da comunidade com alimentos essenciais e Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S), como máscaras e álcool gel.

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O almoço do dia, pelo menos, está garantido. “Macarrão. Para a gente e para meu irmão que vem comer aqui quando precisa. Até nisso é difícil ficar isolado, a gente divide até a comida”, completa Alexandra.

“Terra Prometida”

Para Bruno e Alexandra, permanecer em casa com as crianças é, por vezes, submetê-las ao risco de queda no canal ou a outros acidentes domésticos. “Um vez, um dos meninos veio correndo me avisar que o irmão tinha caído na água, cheguei para retirar e ele tava pendurado, agarrado na madeira. O outro, levou três pontos no braço depois que se furou com um prego, conta Bruno.

Danielle mostra a pintura da população em ponte sob o canal do ABC, lembrando o habitacional que nunca foi construído. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens) 

Aos oito anos, a criança acidentada teria crescido em uma casa diferente se o prefeito Geraldo Júlio tivesse cumprido a promessa feita em visita à Caranguejo Tabaiares, no dia 23 de março de 2013, dia em que 24 famílias tiveram suas palafitas completamente destruídas por um incêndio. “Nós vamos lançar o habitacional em decorrência da desapropriação que havia sido feito há 23 dias. O habitacional será construído”, garantia o prefeito.

Entulhos precarizam ainda mais entorno das moradias. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

O terreno em questão- localizado na Rua Tabaiares, 150- contudo, segue ocioso e ganhou o apelido de “Terra Prometida”. “Como não tem nada no local, a gente pensou em construir um parquinho, mas não concluímos. Não tem opção de lazer na comunidade para as crianças e jovens”, lamenta Danielle Paixão, membra do Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste.

História talhada na pesca

Palafita de Bruno e Alexandra: saída dá para esgoto e viveiros de caranguejos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

A ocupação humana da área que corresponde Caranguejo Tabaiares teve início por volta de 1910, quando pescadores e suas famílias, atraídos pela abundância de crustáceos, mudaram-se para a margem do mangue em busca de sustento. Um estudo feito pelo Centro Josué de Castro, em 2003, constatou que, embora tivessem sido identificados 14 criadores e 24 viveiros de camarão na comunidade, a atividade de criação e coleta não apresentou crescimento, devido à poluição do meio ambiente e à falta de apoio técnico aos produtores. “A Netuno, por exemplo, chegou a comprar muita coisa daqui. Nossa comunidade é muito boa, muito rica, tem história. Muita gente está de olho, imobiliárias, empresários, porque moramos praticamente no centro do Recife. Estamos resistindo”, comenta Danielle.

Ela coloca ainda que, durante a o período de quarentena, Caranguejo Tabaiares ainda não recebeu nenhum tipo de apoio da Prefeitura do Recife e do Governo de Pernambuco. “Estamos esquecidos. O álcool gel, álcool 70, as máscaras e os alimentos que chegaram para a gente vieram através dos movimentos de luta e de algumas pessoas. Digo que sofremos violência alimentar, por precisarmos estar batendo de porta em porta, em um período como esse, atrás de comida. Isso me cansa, me tortura”, queixa-se.

Isolamento possível

População tenta praticar isolamento comunitário, mas saídas para trabalho são inevitáveis. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Danielle divide uma pequena casa de alvenaria com mais cinco pessoas, somando filhos, marido, pai e mãe. “Meu esposo está recebendo seguro desemprego. Eu estou desempregada, mas conto com o R$ 156 do Bolsa Família e vou receber o auxílio [Emergencial, do governo federal] de R$ 600. Aqui, em Caranguejo, um vai ajudando o outro quando falta alguma coisa”, coloca. Diante da necessidade de realizar deslocamentos no interior da comunidade para garantir a subsistência da família, Danielle logo concluiu que o isolamento social sugerido por prefeitura e governo do estado é praticamente impossível de ser cumprido nas comunidades do Recife.

Para ela, a precariedade das habitações também é uma das razões pela qual as populações desses espaços urbanos insistem em permanecer aglomeradas nas calçadas, a exemplo do que se vê em Caranguejo Tabaiares. “A gente passou a defender o isolamento comunitário, ou seja, que ninguém daqui saia, nem ninguém de fora entre. Não é que a gente não queira, mas o povo não consegue ficar dentro de casa. Além disso, temos muitas domésticas e diaristas na comunidade, que os patrões continuam sem liberar do trabalho”, lamenta.

Saneamento

 

Torneiras compartilhadas dividem espaço das ruas com esgoto. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Caminhar pelas vielas de Caranguejo Tabaiares sem entrar em contato com o esgoto a céu aberto é uma tarefa árdua. Basta uma pequena chuva para que os transeuntes precisem saltar de um lado para outro das vias, em sua maioria, sem pavimentação. Carentes da estrutura necessária para instalações hidráulicas, as palafitas não possuem água encanada, obrigando seus moradores a dividir pias instaladas no chão das ruas e a cumprir com suas necessidades fisiológicas em casas de amigos ou parentes. “Como vamos manter a higiene, fazer a quarentena sem água em casa?”, questiona a desempregada Andrea Santos, que se acomodou na palafita do filho depois que perdeu a sua, com todos os pertences dentro, no incêndio de 2013.

De acordo com levantamento realizado pela Empresa de Urbanização do Recife (URB), no ano 2000, das 895 residências existentes em Caranguejo Tabaiares, 385 (43%) possuíam água encanada em casa, 588 (66%) delas despejavam seus dejetos em vala a céu aberto e 799 (88%) não estavam ligadas à rede de esgotos. A sujeira no entorno, agride até a memória. Sete anos depois, os destroços incinerados continuam nos fundos da nova palafita de Andrea. “Vim morar aqui para não pagar aluguel, ou come ou paga aluguel. Meu marido está desempregado, perdeu os bicos por causa do [novo] coronavírus e a gente sustenta três crianças e dois adolescentes com o dinheiro do Bolsa Família, R$ 251, que não dá”, conta.

Andrea tenta acomodar produtos para venda no vão único da palafita dividida com mais cinco pessoas. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Na tentativa de ampliar um pouco a renda, Andrea passou a aplicar uma pequena parte do benefício na compra para revenda, a alguns vizinhos, de salgadinhos e alguns produtos domésticos básicos, acomodados em um precioso espaço da sala de casa. “Quando vende, dá para tirar o dinheiro da carne”, completa. Com as crianças sem aulas, no entanto, a vida ficou ainda mais difícil. “A gente contava com a merenda, agora estamos vivendo do jeito que Deus quer. Se abrir a escola deles, não deixo meus filhos irem, não vão morrer por isso. Eu quero que isso [pandemia da Covid-19] acabe logo, não aguento mais. Piorou muito nossa vida”, desabafa.

A campanha eleitoral de Francisco Everardo Oliveira Silva, em 2010, mais conhecido como Tiririca, foi marcada pelo deboche e descrença já existente na política. Viralizou sua propaganda com a irônica frase: “sou candidato a deputado federal. O que é que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei, mas depois eu te conto”, dizia uma. Na época, Tiririca venceu a eleição com mais de 1,3 milhão de votos sendo o deputado mais votado do país. 

Brincadeiras e ironias à parte, passam os anos e uma grande parcela da população ainda se questiona: o que faz um deputado federal? De acordo com dados da própria Câmara dos Deputados, os deputados são “os representantes do povo” ou ao menos deveriam ser tendo como duas atribuições principais legislar sobre os assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. 

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Também caberiam aos escolhidos para ocupar uma vaga na Câmara elaborar e propor atividades para realizar os anseios dos brasileiros, em especial aprovando propostas para melhorias em áreas essências como saúde, educação, transporte e habitação. No entanto, os escândalos de corrupção que envolve uma grande parte dos parlamentares tem colocado a classe política em descrédito. Para ser ter uma ideia da gravidade do assunto quando se fala em corrupção, de acordo com levantamento recente feito pelo jornal O Estado de S.Paulo, 91% dos deputados alvos da Lava Jato vão disputar as eleições deste ano. 

Cabe aos deputados, entre outras funções, também compete aos deputados, juntamente com os senadores, examinar o planejamento plurianual do Governo Federal, elaborar as diretrizes para o orçamento do ano seguinte, bem como discutir e votar o orçamento da União. 

A quantidade de políticos que integram a Câmara dos Deputados também é outra polêmica gerada por ser considerado por alguns um exagero: são 513 deputados, que são eleitos a cada quatro anos. As vagas são divididas por estados e pelo Distrito Federal e definidas por lei complementar: vão de 8 a 70, conforme o tamanho da população local. 

Entre outras diversas polêmicas que envolvem a Casa, divide opinião entre a população e até mesmo os parlamentares sobre qual é o limite do que pode ser feito dentro do Congresso. Como exemplo, causou uma reportagem feita pela TV norte-americana HBO, onde mostra o deputado pernambucano Pastor Eurico da Silva (PHS) comandando um culto religioso no plenário. De acordo com a reportagem, toda quarta-feira de manhã Eurico e sua comitiva se deslocam até o congresso para cumprir o “ritual semanal”.

Os discursos feitos pelos deputados, que por vezes vão alem de discutir os problemas e soluções para o Brasil, também provocam críticas. Nesta semana, o deputado Cabo Daciolo (Patriota) causou ao utilizar o plenário para “profetizar a cura” da colega deputada Mara Gabrilli (PSDB), que é tetraplégica. Daciolo, com uma bíblia na mão, chegou a dizer que a tucana iria levantar da cadeira e começar a andar. 

Para tentar equilibrar todo o funcionamento da Casa, existe um Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que é o órgão encarregado do procedimento disciplinar destinado à aplicação de penalidades nos casos de descumprimento das normas. O Conselho é responsável por “zelar pela observância dos preceitos éticos, cuidando da preservação da dignidade parlamentar; instaurar o processo disciplinar e proceder aos os atos necessários à sua instrução”.

A bancada pernambucana na Câmara conta com 25 parlamentares. Os dois campeões de voto no estado na última eleição são Eduardo da Fonte (PP), que somou 283.567 votos e Pastor Eurico (PSB), com 233.762.

A Globo está tentando fazer as pazes com Neymar. Segundo o UOL, a emissora estaria tentando marcar um encontro entre Galvão Bueno e o atacante desde o começo da Copa, tendo intensificado seu interesse no encontro após as críticas feitas pelo narrador ao comportamento do jogador na partida com a Costa Rica. 

Ainda de acordo com o site, a ideia é que o jantar ocorra antes das oitavas de final da copa, na próxima segunda (2), quando o Brasil enfrenta o México. Questões relativas à agenda de Galvão e de Neymar ainda estariam sendo resolvidas. 

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A Arte Plural Galeria reúne, em uma única exposição, as obras individuais de três artistas distintos que têm em comum o local de criação, fora dos centros urbanos. Pensar, Criar e Fazer contempla a arte de Joelson Gomes, Dantas Suassuna e Maurício Castro. A mostra fica em cartaz até o dia 18 de abril.

O objetivo da exposição é reunir conteúdos variados e atuais. Todas as peças são recentes e mostram a diversidade dos artistas plásticos. A peculiaridade das obras chama a atenção como numa pintura de um hamster descansando e um chaveiro em xilogravura, de Maurício de Castro. Já Dantas Suassuna apresenta uma arte rupestre e de influência armorial. E Maurício Castro mostra as mesmas imagens retratadas de diferentes formas.

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Os artistas usaram pinturas, gravuras e cerâmica nos trabalhos expostos. Também há o uso da fotografia, na obra de Joelson, que realiza a impressão de imagens na cerâmica e porcelana.

Serviço

Exposição Pensar, Criar, Fazer

Até 18 de abril

Terça a sexta | 13h às 19h

Sábados | 16h às 20h

Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3424 4431

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