Tópicos | racista

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou nesta sexta-feira (24) que o seu perfil no Instagram sofreu ataques racistas ao longo da atual semana. As mensagens comparavam jogadores e torcedores brasileiros a macacos. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, também foi alvo de ofensas.

A entidade máxima do futebol brasileiro também anunciou que já tomou as medidas cabíveis nesse caso: “Comunicar as autoridades policiais, visando a identificação e punição dos autores desses ataques, pois se tratam de crimes capitulados na legislação brasileira, inclusive punidos com pena de prisão. Além disso, tais perfis foram denunciados ao Instagram. Também na esfera desportiva, foram enviados ofícios à Fifa e Conmebol, dando ciência do fato”.

##RECOMENDA##

“Tenho orgulho de ser o primeiro negro, nordestino, descendente de indígenas a ocupar a presidência da CBF. Sempre soube e sigo consciente da minha luta e das dificuldades que terei que passar ao longo da minha vida por não ter origem na elite do Brasil, de ter vindo do interior do Nordeste. Desde os oito anos de idade convivo com a pesada mão do racismo, tanto sobre mim quanto sobre a minha família. Meu compromisso em transformar o futebol brasileiro em um lugar sadio não será cerceado”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

O perfil da CBF no Instagram é o maior do mundo entre confederações, com 17,2 milhões de seguidores.

 

O deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) está sendo acusado de ter feito um gesto mundialmente associado a supremacistas brancos. Nesta quinta-feira (24), durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), ele fez um sinal com os três dedos da mão, que significa "White Power" (em português, "poder branco") entre os grupos racistas. 

##RECOMENDA##

A atitude foi amplamente criticada nas redes sociais. "O deputado Abílio Brunini foi flagrado fazendo um gesto que exalta a SUPREMACIA BRANCA na CPI dos atos golpistas. É uma quebra de decoro gravíssima! SUPREMACISTAS não podem ser tolerados no parlamento brasileiro", publicou a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ). 

[@#podcast#@]

Usuários também lembraram que, em junho de 2021, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal já havia denunciado Filipe Martins, assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, por fazer o mesmo gesto durante uma sessão do Senado Federal. "Vamos simplesmente fingir que o Abilio Brunini não fez um gesto associado aos supremacistas em pleno parlamento? Anteriormente, o Filipe G. Martins, assessor do Jair Bolsonaro para assuntos das Relações Internacionais, fez algo muito parecido e inventou uma desculpa esfarrapada, assim como fará o Brunini. Apitam para os cachorros fascistas e tiram o corpo para evitar a punição. BRUNINI CASSADO", escreveu o jornalista César Calejon.

Em sua conta no Twitter, Brunini alegou que fez o gesto para dizer que a sessão na casa legislativa deveria durar mais três minutos. "O Duarte pediu 1 minutos a mais e eu respondi, dá mais 3 minutos pra ele. Aí começaram a soltar fakenews que eu estava fazendo gestos racistas. Este é o vídeo do exato momento que eu respondo. Não caia em fakenews. A esquerda está pautando a imprensa para fazer cortina de fumaça, quando não conseguem o resultado na CPMI 8/1", postou o parlamentar.

A supremacia branca é uma ideologia que defende a falsa ideia de que as pessoas brancas são naturalmente superiores às demais. Nos Estados Unidos, o grupo tem como organização mais forte a Ku Klux Klan, que já praticou assassinatos e diversas violências contra a comunidade negra.

[@#video#@]

O humorista e apresentador Fábio Porchat voltou a falar sobre a polêmica envolvendo Léo Lins. Em vídeo, Porchat alegou que não teria sido claro quando criticou a criticou a decisão da Justiça de São Paulo que proibiu Lins de fazer piadas envolvendo minorias. O apresentador, que recebeu diversas críticas pela colocação, classificou a defesa ao colega humorista como "irresponsável".

"Eu escrevi dois tweets sobre um assunto super complexo. Eu falei de forma rasa, precipitada, confusa. Então eu errei. E é por isso que eu decidi, também, apagar os tweets. Para refazer o meu posicionamento. Para que ele fique mais claro, coerente com o que eu penso. Porque do jeito que ele estava solto, ele estava irresponsável", disse Fábio Porchat.

##RECOMENDA##

Em outro trecho do vídeo, ele fala sobre liberdade de expressão e que ele deve ser "dentro dos limites da lei". "O que eu queria era falar de liberdade de expressão, que é um princípio fundamental para uma sociedade democrática e que está sempre correndo risco aqui no Brasil. Por isso que me deixa assim, ansioso, angustiado. A liberdade de expressão é a gente poder se expressar sem medo, sem censura. Mas sempre dentro dos limites da lei."

O apresentador aproveitou para ressaltar que a crítica acerca da decisão nunca foi de 'defender um humor racista" e que sempre tentou promover um "humor que não causasse dor, que não machucasse". " Confira o vídeo:

[@#video#@]

O jornalista Pedro Lins, da Globo Nordeste, disse nas redes sociais ter sido vítima de comentário racista em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da capital. Segundo o jornalista, ele estava comprando um presente para uma amiga em uma loja quando foi abordado pela vendedora, que o questionou se ele era entregador do Rappi.

"Vocês sabem o nome disso, né?", o apresentador escreveu. Nos stories do Instagram, Lins narrou ter respondido a vendedora ironicamente. "Eu falei 'Não, eu vim aqui comprar, mas se o pagamento for bom quem sabe eu faça esse extra'."

##RECOMENDA##

O Rappi é uma startup de entregas para restaurantes, supermercados e farmácias. A função de entregador é bastante precarizada e pesquisas apontam que a maior parte dessa categoria é composta por pessoas negras. Assumir que uma pessoa negra está em situação de subemprego ou vulnerabilidade econômica é considerada uma demonstração de racismo.

[@#vidieo#@]

O jogador argentino Ivan Alejo, que atua pelo Cádiz, da Espanha, está sendo acusado de racismo, depois de postar emojis de macacos após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo, nesta sexta-feira (9). 

O jogador acabou apagando a postagem, depois de perceber a repercussão negativa. Ele tinha publicado emojis de macacos para se referir a brasileiros e, depois,  justificou que foi mal interpretado. 

##RECOMENDA##

“Como vocês viram ,apaguei a postagem anterior porque me dei conta de que fizeram uma interpretação errada". O jogador do Cádiz na Espanha refez a postagem, mas desta vez sem os emoji de macaco. Confira a publicação original:

Um homem foi detido por policiais militares após ofensa racista à mesária. O caso aconteceu em uma zona eleitoral no bairro do Stiep, em Salvador, Bahia. Na ocasião, o leitor, que usava uma camisa verde e amarela, referiu-se à mesária como "negra incompetente".

De acordo com testemunhas, ouvidas pelo site Metrópoles, o homem teria se irritado com a grande fila na seção eleitoral. Além disso, ainda segundo os presentes, ele chegou a afirmar que se fosse negro, gay ou índio já teria conseguido votar.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A Polícia Militar foi acionada com a alegação de que o acusado teria agredido eleitores e foi contido por pessoas que estavam no local. O eleitor foi conduzido, sob gritos de 'racista', assim como os envolvidos no caso e testemunhas, para a 1ª Delegacia Territorial (DT).

Uma professora universitária, do curso de moda, foi presa após falas de cunho racista em sala de aula. O episódio ocorreu em uma instituição de ensino superior privada no Espírito Santo e veio à tona depois que uma aluna, Carolina Bittencourd, publicou vídeos no Instagram relatando o caso.

Em lágrimas, a aluna contou que foi vítima de preconceito, supostamente, cometido pela docente Juliana Zucculotto. "Ela citou sobre tatuagem e começou a falar da origem dela, que veio do presidiário, da prisão. Estou muito nervosa, não estou nem conseguindo falar direito, porque eu acabei de sair da sala. Ela falou que era muito feio tatuagem, e mais feio ainda para quem tinha a pele negra e que parecia pele encardida", contou a estudante na rede social. Confira o desabafo:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Diante do caso, a Polícia Militar foi acionada, por Carolina, para o Centro Universitário Faesa. Na ocasião, Juliana Zuxcculotto foi ouvida pelos militares e afirmou que as declarações sobre tatuagem foram mal interpretadas. A professora foi conduzida para à 1ª Delegacia Regional de Vitória, onde a estudante registrou boletim de ocorrência e assinou representação contra a docente.

Juliana Zuxcculotto foi enquadrada por injúria racial, que prevê pena de até dois anos, no entanto, após pagamento de fiança, ela foi liberada e responderá em liberdade. O caso seguirá sob investigação.

O clássico entre Flamengo e Fluminense do último domingo (6) ficou marcado pelas ofensas racistas de parte da torcida do Flu ao atacante Gabigol. O árbitro Alexandre Vargas Tavares de Jesus tomou conhecimento do acontecimento e anotou na súmula, dizendo ter visto apenas após o fim da partida, a partir das redes sociais.

Em breve relato, Alexandre Tavares informou que, de dentro do gramado, não pode identificar os supostos gritos com ofensas a Gabigol. Após o fim da partida, entretanto, ele observou nas redes sociais o vídeo do momento.

##RECOMENDA##

"Tomei conhecimento após a partida através da mídia, da circulação de um vídeo nas redes sociais, onde torcedor localizado no setor oeste inferior, destinado à torcida visitante do Fluminense, supostamente ofende com gritos racistas o atleta Gabriel Barbosa da equipe CR Flamengo”, escreveu. Ele continuou:.” Não foi possível identificar da minha posição dentro do campo o suposto grito com ofensa racista ao atleta.”

A partida terminou em 1 a 0 para o time do Fluminense, mas a repercussão do jogo ficou por conta das ofensas racistas. O  Flamengo e outros clubes prestaram apoio a Gabigol, com o próprio atleta rebatendo o acontecimento nas redes sociais, questionando “até quando” será alvo de ataques como o de domingo.

[@#podcast#@]

O jogo entre Flamengo e Fluminense desse domingo (6) foi cheio de confusões dentro de campo, com direito a expulsões de ambos os lados, mas um episódio específico foi ainda mais lamentável. Na saída para o intervalo,  o atacante Gabigol foi alvo de xingamentos racistas por parte dos torcedores do Fluminense. Ele desabafou nas redes sociais após a partida. “Até quando?”, escreveu.

O Flamengo usou as redes sociais para taxar o episódio como “lamentável” e o próprio atacante publicou nota de repúdio à atitude dos torcedores presentes no estádio. “Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!!”, desabafou o atleta.

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

Não é a primeira vez que Gabigol é vítima de racismo por torcidas rivais. O clube Vasco da Gama, um dos maiores rivais do Flamengo, também usou as redes sociais para repudiar o acontecimento. “O Vasco da Gama está nesta luta há mais de cem anos e continuará por mais 100 para reforçar que o racismo nunca pode ser normalizado ou aceito, contra ninguém! Toda nossa solidariedade ao atleta Gabriel Barbosa. Racismo é crime”, publicou o clube.

[@#video#@]

A partida desse domingo acabou com a vitória do Fluminense em cima do Flamengo por 1 a 0, com gol marcado por Arias nos minutos finais de jogo válido pelo Campeonato Carioca. Foi a quinta vitória do Fluminense nos últimos sete jogos entre os dois rivais.

Nesta terça-feira (22), durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis falhas do governo federal na condução da pandemia de Covid-19, o senador Jorginho Mello (PL-SC) proferiu termos considerados racistas para se reportar ao também senador Osmar Terra (MDB-RS). “Vossa excelência não atrapalha. Vossa excelência tem uma alma tão branca e limpa que chega a ser transparente (...) Eu quero cumprimentar Osmar Terra, um gaúcho de fibra”, declarou.

O termo “alma branca” tem origem na expressão “negro de alma branca”, sendo tido como racista por vincular a dignidade de uma pessoa à cor de pele clara. Terra é ouvido na condição de convidado pela CPI por integrar o suposto "gabinete paralelo", que teria orientado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento à crise sanitária. Mello é vice-líder do governo no congresso.

##RECOMENDA##

Apoiador de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa em São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) se viu numa saia justa esta semana, ao ser convidado pelo candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), para discutir a pauta antirracista na Prefeitura semana que vem. A reunião voltou a ser citada nesta quinta-feira, 26, pelo prefeito durante a sabatina da Rádio Eldorado. Covas passou a defender uma proposta de Orlando, a cassação do alvará de funcionamento os estabelecimentos que registrem casos de racismo de forma reincidente. O tema ganhou mais relevância após o assassinado de João Alberto Freitas, asfixiado e espancado até a morte por dois seguranças brancos, no último dia 19, véspera do Dia da Consciência Negra, em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

"É muito importante enfrentar o racismo estrutural, é uma pauta que deve reunir todos aqueles que são antirracistas", afirmou Orlando ao Estadão, quando questionado se vai à reunião na Prefeitura. "Não é um problema de um partido, de um candidato ou de um campo político", reiterou. "Ele (Covas) é prefeito da cidade até 31 de dezembro. Se ele tiver disposição de fato de adotar alguma medida prática, não é uma coisa ruim." No Twitter, onde Covas e Orlando trocaram mensagens públicas sobre o tema, o deputado não disse explicitamente que participará do encontro.

##RECOMENDA##

"Ainda não vi minhas mídias sociais para ver se ele respondeu, mas essa (ideia da cassação do alvará de funcionamento) é uma boa iniciativa. Vamos apoiar. Espero que ele possa estar comigo na Prefeitura semana que vem", disse o tucano nesta quinta, após uma carreata em Santana, na zona norte da cidade.

Em sabatina ao Estadão, ainda em 3 de novembro, Orlando havia explicado que sua ideia é responsabilizar os donos de estabelecimentos que não treinarem seus seguranças adequadamente para evitar casos de racismo, dificultando que os proprietários possam alegar que a culpa, em casos de violência praticada contra pessoas negras, seria de terceiros.

Também no mês de novembro e ainda antes da morte de João Alberto, Orlando apresentou na Câmara dos Deputados um projeto para fazer com que o "fornecedor de produtos e serviços", responda por "atos de racismo ou discriminação por conta de orientação sexual, condição financeira, origem, ou de qualquer forma discriminatórios praticados em seu estabelecimento". O texto proposto pelo parlamentar ainda obriga os prestadores de serviços a capacitar seus funcionários "para não praticarem atos racistas ou equiparados".

Após a morte de João Alberto, o projeto passou a tramitar em regime de urgência. Orlando também é autor de outras propostas, de anos anteriores, que tentam emplacar medidas de combate ao racismo estrutural.

O que é a pauta antirracista?

A pauta antirracista demanda de seus seguidores - inclusive brancos - um esforço ativo e contínuo de combate a todas as manifestações de racismo, das menos às mais óbvias. Os proponentes da ideia defendem que não basta que pessoas de etnia branca não sejam racistas, é preciso que elas ativamente se oponham à descriminação.

Perguntado sobre a urgência do tema e sobre frequentes pedidos para que pessoas negras tenham calma ao fazer as suas reivindicações em torno do assunto, Orlando - conhecido pelo perfil de parlamentar conciliador - afirmou: "Não nos peça paciência. Não dá para pedir paciência de quem sofre o que sofre no dia a dia, sabe? Tem pressa quem quer romper com o racismo estrutural no Brasil. É muito duro você viver a violência policial, é muito duro você sofre com o desemprego. São muitos fatores que precisam ser enfrentados para ontem. Não é para quando der. Nós já tivemos paciência demais".

Um professor de espanhol da rede pública de ensino do Distrito Federal teve seu afastamento pedido pela OAB após alunos denunciarem postagens em uma rede social de cunho racista.

Segundo o Correio Braziliense, Murilo Vargas dá aulas de espanhol no Centro de Ensino Médio 804, do Recanto das Emas, cidade satélite da capital federal.  

##RECOMENDA##

Por meio da Comissão de Igualdade Racial,  a Ordem dos Advogados do Brasil-DF vai pedir a secretária de educação do Distrito Federal o afastamento do professor. A ação também será levada ao Ministério Público. Por meio de uma nota de repúdio, a entidade disse que o comportamento do professor não condiz com a sua profissão.

Na quarta-feira (19), uma publicação de Murilo com a imagem de uma mulher negra com cabelo black power e com a legenda "cosplay de microfone". Entre outras acusações também estava um posicionamento contrário a menina de 10 anos que passou por um aborto legal no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE). 

Após publicação alunos fizeram abaixo-assinado pedindo a saída do docente da escola. Foto: Reprodução/Facebook

Na publicação, de acordo com o Correio Braziliense, o professor havia dito: "Entre a criança e o bebê, fico com quem era completamente incapaz de se defender”. Os alunos se mobilizaram e criaram um abaixo-assinado pedindo a saída dele da escola. 

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem, que não foi identificado, levando um soco no rosto e desmaiando depois de cometer racismo com um grupo de jovens negros que estavam no metrô em Londres, neste último domingo (16). 

O racista aparece desacompanhado no vídeo, discutindo com uma mulher que está ao seu lado e grita a palavra "violência". Em seguida, ele provoca o grupo de jovens negros dizendo palavras racistas como "menos que nós" e "animais de estimação". "Essa é a minha casa. Todos vocês sabem disso", diz. 

##RECOMENDA##

Uma mulher, que filma a atitude do homem, o questiona e ele manda ela calar a boca e a chama de "puta". Quando o metrô para, antes de deixar o vagão, um dos jovens dá um soco no racista, que cai no chão desmaiado.

Uma mulher se aproxima do homem desmaiado para conferir o seu pulso, outros passageiros se aglomeram para ver a situação do homem, que segue desacordado. 

[@#video#@]

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública pedindo indenização por danos morais coletivos em decorrência da prática de racismo por um apresentador Stanley Gusman que, em julho do ano passado, afirmou: “[…] Eu sei quem é o dono do Ibope. O nome do cara é Montenegro. Se ele fosse do bem, ele ia chamar Montebranco”. A ação pediu a condenação do apresentador de afiliada do SBT ao pagamento de indenização no valor de R$ 200 mil.

Imediatamente após a afirmação, feita ao vivo durante o programa Alterosa Alerta, da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais, a edição do programa e o apresentador comemoraram efusivamente a fala por meio do emprego de recursos de sonoplastia que reproduziram o som de uma bateria.

##RECOMENDA##

Para o MPF, o fato “extrapolou a esfera da legítima e constitucionalmente protegida liberdade de expressão, incorrendo na prática de discurso do ódio – hate speech, conduta vedada pelo ordenamento jurídico pátrio, violando, dessa forma, direitos transindividuais das pessoas negras”.

Tanto assim é que, posteriormente à enorme repercussão do caso, o apresentador firmou um Acordo de Não Persecução Penal com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MP/MG), no qual reconheceu a prática do crime de racismo e assumiu o compromisso de "produzir matéria televisiva abordando as causas e efeitos de microagressões perpetradas cotidianamente contra negros”.

“Tal acordo, no entanto, não reparou os danos morais coletivos sofridos pelas pessoas pretas e tampouco responsabilizou as pessoas jurídicas SBT e TV Alterosa pela ocorrência da conduta discriminatória. E o que é pior: na verdade, o vídeo produzido por ele para, supostamente, compensar o crime, acabou incorrendo em mais discriminação”, afirma o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Helder Magno da Silva.

Agravamento da conduta – Ele relata que o material, a pretexto de advertir sobre o racismo estrutural, “acabou reforçando, por diversas vezes, a associação do negro a coisas negativas, porque reproduz simbologias, estereótipos e ideias que reiteram o menosprezo, desrespeito e subjugação da cultura e dos povos negros”.

“A conclusão que se tira ao assistir ao vídeo é somente a de que não se pode fazer as associações ali mencionadas, senão a pessoa poderá ser presa. É como se o problema estivesse na lei e não na vilania de tais condutas”, explica.

Ainda segundo o procurador, “No material, não há qualquer articulação coordenada e responsável sobre as consequências desses racismos cotidianos e das microagressões, externalizados pela linguagem, na vida das pessoas pretas. Fica evidente que o material não foi produzido em conjunto ou sob a supervisão de qualquer entidade representativa dos negros. É, de novo, a visão do homem branco a respeito de um universo que desconhece e discrimina”.

Por isso, o MPF defende que, ainda que o cumprimento do Acordo de Não Persecução tenha resultado na declaração da extinção de punibilidade de Stanley na esfera criminal, isto não pode afastar sua responsabilização civil, muito menos a das emissoras que transmitiram a conduta ilegal e sequer foram sujeitos da investigação criminal.

A ação também cita jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que esse tipo de conduta não se insere no conceito de liberdade de expressão, e que “a responsabilização a posteriori, em regular processo judicial, daquele que comete abuso no exercício da liberdade de informação não traduz ofensa ao que dispõem os §§ 1º e 2º do art. 220 da Constituição da República, pois é o próprio estatuto constitucional que estabelece, em favor da pessoa injustamente lesada, a possibilidade de receber indenização "por dano material, moral ou à imagem", conforme o artigo 5º, incisos V e X da Constituição.

Alcance – Ao tratar dos danos morais coletivos causados pelo programa, o MPF destaca que a fala foi proferida em um veículo de comunicação de massa por alguém que exercia/exerce importante papel de apresentador/âncora, potencializando seu alcance a um sem número de telespectadores.

“A conduta discriminatória, proferida e reproduzida pelos demandados teve um alcance amplo em diferentes mídias, não ficando restrita apenas ao horário de exibição do programa Alterosa Alerta. Como demonstrado, sua reprodução se dá de maneira contínua e ininterrupta pelas redes sociais e plataformas de vídeo, consolidando uma narrativa que propaga o ódio e a violação de direitos de pessoas negras. E encoraja condutas discriminatórias e ilegais que, reiterada e repetidamente, cerceiam direitos, agridem pessoas e ceifam vidas”, destaca o MPF, lembrando que “mesmo que os links para o vídeo atualmente disponibilizados na plataforma Youtube fossem retirados do ar, ainda assim não cessaria a potencialidade da contínua reprodução da discriminação, seja pelos uploads em novos links, seja pela replicação dos vídeos por intermédio de aplicativos de comunicação social como WhatsApp e Telegram”.

Pedidos - Por isso, segundo a ação, é necessário que a Alterosa e o SBT, além de serem condenados, cada um, ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 2 milhões, também sejam obrigados a arcar com os custos econômicos da produção e divulgação de contra-narrativas ao discurso do ódio, em vídeo e sítio eletrônico, com a efetiva participação de entidades representativas dos povos negros.

Isso porque, de acordo com o MPF, “a cessação do ilícito não é alcançada pela simples retirada de material discriminatório, mas sim pela apresentação de uma visão não discriminatória, (..) que garanta o respeito à diversidade e à afirmação da negritude, como forma de neutralização da ilicitude da discriminação”.

Na manhã desta sexta-feira (7), mais um episódio de racismo retomou o debate sobre o preconceito nas redes sociais. No vídeo publicado pelo líder do movimento de entregadores por aplicativo, um profissional é chamado de lixo e humilhado por um suposto cliente.

Para constranger o motoboy identificado como Mateus, o morador de um bairro de classe média alta pergunta quanto ele ganha por mês e o chama de lixo. “Seu lixo, quanto deve ganhar por mês? Dois mil reais? Não deve ter nem onde morar”, provoca.

##RECOMENDA##

O agressor, um homem branco, diz que o profissional tem inveja da sua condição financeira, da sua família e grita apontando para a pele: "você tem inveja disso daqui". O motoboy ainda responde ao suposto cliente e diz que tem onde morar.

Confira

[@#video#@]

O criador do sistema operacional de código aberto Linux, Linus Torvalds, aprovou a substituição de termos como "blacklist", "master" e "slave" (lista negra, mestre e escravo, em inglês), de seu código-fonte e da documentação do kernel . A iniciativa faz parte de um movimento para coibir termos de codificação que façam referências a escravidão ou tenham conotações racistas.

A intenção de Torvald é tentar tornar a comunidade que responde pelo desenvolvimento do Linux mais inclusiva. Apesar de não haver uma lista definitiva de palavras substitutas, o criador do Linux deu algumas sugestões para as substituições:

##RECOMENDA##

Para Master (mestre) e slave (escravo), por exemplo, podem ser usadas:

Primary/secondary (primário/secundário) 

Main/replica or subordinate (principal/réplica ou subordinado)

 Initiator/target (iniciador/alvo) 

Requester/responder (solicitante/respondedor) 

Controller/device (controlador/dispositivo)

Host/worker or proxy (anfitrião/trabalhador ou representante) 

Leader/follower (líder/seguidor) 

Director/performer (diretor/artista)

Já as alternativas para "blacklist/whitelist" foram: 

denylist/allowlist (lista de negação/lista de permissão) 

blocklist/passlist (lista de bloqueio/lista de passagem)

Os novos termos devem ser usados para novos códigos-fonte escritos para o núcleo Linux e sua documentação e os termos considerados inapropriados poderão ser preservados apenas para a manutenção de código-fonte antigo ou de documentação, de resto, não deverão ser utilizados.

O movimento que promove a derrubada de estátuas de personalidades consideradas racistas ao redor do mundo mira um novo algo: o pacifista Mahatma Gandhi, conforme publicado pela BBC. O monumento em homenagem ao líder da independência indiana, localizado na cidade de Leicester, na Inglaterra, já recebeu 5.000 assinaturas de ativistas britânicos que exigem a remoção.

Gandhi entrou para história por sua determinação na luta não-violenta contra a colonização britânica, mas estudiosos apontam que ele chegou a criticar os negros africanos enquanto esteve na África do Sul, no fim do século XIX.

##RECOMENDA##

"Gandhi também era um ser humano imperfeito, [mas] Gandhi imperfeito era mais radical e progressivo do que a maioria dos compatriotas contemporâneos", analisa o professor de História Indiana da Universidade de Oxford, Faisal Devji, à BBC.

Devji acredita que não se pode comparar o indiano a figuras como o traficante de escravos do século XVII, Edward Colston, que teve sua imagem jogada em um rio de Bristol por manifestantes do Black Lives Matter. “[Gandhi] é um homem falível como todos os homens, mas, para amontoá-lo com os proprietários de escravos, isso é um pouco demais”, acrescentou o professor.

 

A conta do presidente americano, Donald Trump, no Twitter aparece no topo dos resultados de buscas com a palavra "racista", de acordo com uma publicação, verificada pela AFP, do jornal britânico The Independent nesta quarta-feira (3).

A sugestão da rede social demonstra a indignação em torno do presidente, que tem mais de 80 milhões de seguidores, embora haja dúvidas sobre quantos usuários são verdadeiros.

##RECOMENDA##

Analistas indicaram que o resultado ocorre porque os opositores de Trump, mais do que críticos de qualquer outra conta do Twitter, o qualificaram como racista, embora a rede social não confirme ou negue que a indicação esteja correta.

Trump enfrentou fortes críticas por seus comentários durante os protestos contra a brutalidade policial, mas sempre negou ser racista. O Twitter ofereceu poucas explicações, observando apenas que seus algoritmos de busca refletem o que está acontecendo na plataforma.

Em meio a uma guerra com as mídias sociais, que classifica como censura às vozes conservadoras, Trump assinou recentemente uma ordem executiva pedindo mais supervisão das plataformas de Internet, uma medida que seria de difícil aplicação.

Greg Sterling, editor-colaborador do site Search Engine Land, disse que o resultado sugere que "muitas pessoas estão usando as palavras 'racista' ou 'racismo' para responder ou descrever Donald Trump, ou que há um esforço conjunto para associar a conta de Trump a esses termos ".

Também é possível que um grande número de apoiadores que defendam Trump de acusações de racismo também usem a palavra 'racista' em suas respostas.

Sterling disse que o algoritmo de classificação do Twitter para tuítes individuais "usa uma variedade de informações, incluindo a data em que o tuíte foi publicado, sua relevância (personalização), o envolvimento do usuário com o tuíte, a presença de formatos adicionados (vídeo ou imagens) e muitas outras variáveis ".

No entanto, o analista observou que em 2007, um esforço conjunto conhecido como "bombardeio do Google" foi capaz de manipular os resultados da pesquisa do então presidente George W. Bush, para associá-lo ao termo "fracasso miserável" no mecanismo de busca até que a falha foi corrigida.

Kjerstin Thorson, professor de política e mídia social da Michigan State University, disse que entender as razões da associação e do racismo de Trump exigiria uma análise detalhada.

Embora tenha observado que "não é improvável que isso possa ser uma representação precisa do que as pessoas estão dizendo" no Twitter e que provavelmente não é tendencioso. "As plataformas se esforçaram para evitar qualquer aparência de inclinação", disse ele.

Após a sister Gizelly dizer a Ivy que passará a votar sempre em Babu, de agora em diante, e que ele “se faz de sonso, fica se fazendo de coitado”, a hashtag #GizellyRacista subiu entre os assuntos mais comentados do Twitter na tarde deste sábado (11). 

“Eu não me faço de coitada não, eu falo o que eu passei na minha vida, eu sou uma vitoriosa (...) eu votaria nele até o fim, que eu vejo que ele é um ator o tempo inteiro”, disse Gizelly. Questionada por Ivy, que apontou o fato de ela não ter votado em Babu em semanas anteriores, a sister insistiu: “mas eu vou votar nele agora até acabar o programa porque ele é um ator o tempo inteiro!” afirmou Gizelly. Na sequência, ela também disse a Ivy ter se lembrado de Babu lhe chamando de r*pariga ao vivo, sendo em seguida interpelada e se corrigindo. “Ele queria me chamar de r*pariga ao vivo”. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Entre os internautas, há torcedores da sister que criticam Babu acusando-o de ser vitimista e machista, enquanto outros criticam a atitude de Gizelly. “O povo desse Twitter é patético  a Gizelly é Racista pq acha que o Babu se faz de coitado? Vão se tratar!! O cara fala de violência !! Fala que mulher e cardápio !! É machista !! Brasil e seus hipócritas #GizellyRacista e vocês doentes mentais”, escreveu uma internauta que defende a sister. 

Do lado de Babu, outra usuária do Twitter criticou a postura da sister. “Gizelly chorando por causa de festa = tadinha. Gizelly falando da história de vida dela = guerreira. Gizelly chorando pq supostamente não vai poder advogar mais = ícone, vai ser a maior advogada do mundo. Babu fala q tem dívidas, e passa aperto = vitimismo. RACISMO #GizellyRacista”, tweetou a internauta.

LeiaJá também

--> Babu, Thelma e Flay estão no paredão do BBB20

--> Ivy é líder no BBB, mas internautas pedem revisão da prova

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, afirmou em um sínodo geral da Igreja da Inglaterra que a instituição foi "profundamente racista" e pediu desculpas às minorias discriminadas.

Os clérigos anglicanos adotaram na terça-feira (11) à noite uma moção por unanimidade para "pedir perdão pelo racismo consciente e inconsciente sofrido por inúmeros anglicanos negros, asiáticos e outras minorias étnicas em 1948 e nos anos seguintes, quando procuravam um lar espiritual".

"Prejudicamos a Igreja, prejudicamos a imagem de Deus e, acima de tudo, prejudicamos aqueles que vitimizamos, muitas vezes inconscientemente", disse Welby, declarando-se "envergonhado" e "arrependido".

Em junho de 1948, o transatlântico "Empire Windrush" levou quase 500 cidadãos da Commonwealth, principalmente do Caribe, para o Reino Unido, iniciando o que mais tarde ficou conhecido como "geração Windrush".

Ao longo dos anos, quase meio milhão de pessoas do Caribe chegaram ao país para ajudar os cidadãos britânicos a reconstruir o Reino Unido após a Segunda Guerra Mundial.

Durante o sínodo, o reverendo Andrew Moughtin-Mumby relatou como a família de uma de suas paroquianas, que em 1961 teve negado o acesso a uma igreja no sul de Londres "por causa da cor negra de sua pele", "sofreu um terrível e humilhante racismo que ainda afeta seu relacionamento com a instituição".

Denunciando um "escândalo", este reverendo pediu uma "mudança concreta".

O conselho dos arcebispos solicitou oficialmente que fosse realizada uma investigação para "avaliar o impacto dessa situação na Igreja da Inglaterra, em termos de perda de fiéis, fechamento de igrejas e perda de vocações".

Uma pessoa de fora da Igreja também será nomeada para "avaliar a situação atual de raça e etnia na Igreja", a fim de "aumentar a participação e representação de anglicanos negros, asiáticos e outras minorias étnicas", leigos e clérigos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando