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Ao questionar uma reportagem de uma revista de circulação nacional que revela que há 1 milhão de brasileiros que não se identificam com seu sexo biológico, ou seja, os transgêneros, o deputado federal Marco Feliciano (PSC) fez declarações que podem parecer preconceituosas. O parlamentar falou que a revista expõe a intimidade de pessoas que caminham neste mundo “carregando um fardo de sofrimento” e também disse que esses assuntos são “indigestos” e que essas são “pessoas fragilizadas”. 

“Eu tenho muita dificuldade em acreditar nos números que a revista trás. De 1 milhão de pessoas em um contingente de 200 milhões, ou seja, para cada 200 pessoas, há uma pessoa que nasce com essa problemática. Esses números lançam dúvidas. Nós, família brasileira, precisamos de um pouco mais de respeito. Chega de enfiar goela abaixo esses assuntos que são tão indigestos”, disparou o deputado afirmando que a reportagem se aproveita de casos pontuais e escancara para todos a intimidade “de pessoas fragilizadas”. 

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Feliciano falou que esses temas são importantes, mas que devem ser tratados dentro do âmbito familiar com psicólogos e profissionais.  O deputado contou que já sofreu retaliações e ameaças, mas que não desiste. “Como já disse está declarado uma guerra contra a família brasileira, mas eu sempre digo: eu não sei bater, mas pense em um homem que suporta e aguenta apanhar. Eu não caio facilmente e se cair eu tenho um Deus que me levanta. Eu vou à luta e denuncio para isso que sou um parlamentar”, disse. 

O pastor Feliciano relembrou outros assuntos que “ofendem” a sociedade. “Não é demais relembrar a vocês a exposição pornô em Porto Alegre, o homem nu lá no MAM [Museu de Arte Moderna], a novela das nove com a sua transexual e sua bandida preferida, o sabão em pó com suas ideias de meninos brincarem com brinquedo de menina e vice-versa, a propaganda do governo fazendo apologia ao diferente e as cartilhas com ensinamentos pornográficos apresentado as nossas crianças em sala de aula”.

 

“Estudava a bíblia sagrada dia desses, deparei com muitas batalhas espirituais. Em uma delas espíritos incorporaram em porcos e se jogaram no abismo, mas hoje ainda aparecem muitos espíritos de porco, dessa vez, incorporando em revista, em televisão, atacando as nossas famílias e as nossas crianças em detrimento de assuntos muito mais relevantes e para um número muito maior de pessoas. É claro que respeito demais as famílias que passam por situações como essa, de filhos diferentes, mas esse assunto deve ser abordado, deve ser tratado no âmbito profissional com psicólogos sem expor em rede nacional”, ressaltou o deputado. 

 

 

 

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) concedeu uma entrevista que deve causar bastante repercussão. O parlamentar, que falou sobre vários temas polêmicos, chegou a defender o presidente Michel Temer (PMDB) ao ser questionado se era a favor do impeachment do peemedebista, após denúncia onde foi acusado de obstrução de Justiça e organização criminosa. Para Feliciano, Temer foi vítima de uma “armação“. 

“O presidente Michel Temer foi vítima de uma sórdida armação perpetrada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista a fim de conseguirem uma delação premiada que os livrassem de penas altas em condenações de privação de liberdade”, declarou.

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Feliciano se explicou. “Nossas leis preveem 2 tipos de flagrantes: o esperado, onde se tem notícia de que um crime está para acontecer e a polícia é acionada e o reprime durante ou logo após da consumação do crime, ação perfeitamente legal para o devido processo penal, mas também existe a figura do flagrante preparado onde o agente público ou privado induz alguém a cometer crime sem intenção anterior, apenas criando uma falsa vantagem, mas de consumação impossível. Foi o que vitimou o presidente”, argumentou. 

Feliciano falou que, por esses motivos, não se pode discutir um impeachment. “Se nem houve a possibilidade de delito, todo aquele episódio da mala com dinheiro pode-se enquadrar nessa tese e tornar nulo todo o processo”. Também afirmou que o Brasil melhorou “consideravelmente” após o impeachment que tirou Dilma Rousseff (PT) do poder porque antes, segundo ele, o país estava “sem autoridade”. 

O parlamentar, que também é pastor, comentou a polêmica sobre a cura gay e chegou a dizer que “não existe cura para algo que não é doença” e que a imprensa gosta de “deturpar” o contexto. 

“O Juiz na sua decisão teve o cuidado de frisar que não se trata de cura, mas a possibilidade de atendimento clínico pelo profissional de psicologia por pessoas que não se sentem confortável emocionalmente com uma tendência de comportamento de afeição pelo mesmo sexo e querem poder, ao menos, conversar com um profissional formado e que tem autorização do Conselho Federal de Psicologia para tratar pacientes que queiram ser acompanhados numa abordagem de atração pelo mesmo sexo o que é um paradoxo. Afirmo sempre: não existe cura para algo que não é doença, portanto isso que a imprensa reverbera não existe”, enfatizou. 

 

Ainda comentou o filme "O evangelho segundo Jesus, Rainha do céu", no qual Jesus Cristo na peça é travesti. Ele criticou. “Certamente colocar a figura de Jesus como travesti, além de ser uma ofensa aos cristãos, também considero uma grande ofensa aos travestis, pois muitos são cristãos e misturar um símbolo sagrado com um travesti, é impossível não resvalar para o caricato o que não acrescenta nada para ninguém". 

Dois polêmicos deputados federais, Marco Feliciano (PSC) e Jean Wyllys (PSOL), trocaram farpas, na Câmara dos Deputados, ao tocar no tema da exposição cancelada no Santander Cultural de Porto Alegre intitulada de Queermuseu – Cartogradias da Diferença na Arte Brasileira. Os contra a exposição, afirmam que havia apologia à pedofilia e zoofilia. O episódio aconteceu na sessão dessa terça (12). 

Tudo começou quando Feliciano falou sobre a exposição tocando na arte que estava escrito “criança viada” e “criança transviada”. “Além de sexo a três, sexo com animais e as crianças foram levadas para lá. O Santander deve ser, neste momento, punido com muito rigor”, criticou. 

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Feliciano chegou a ironizar ao toca no nome de Jean Wylls, que defendeu a exposição e repudiou o cancelamento da mesma. “Eu parabenizo o deputado Jean Wyllys, que tem muita coragem de defender aqui a sua posição, mas é difícil defender o indefensável. Isso foi canalhice e cara de pau”. 

Jean não deixou por menos e se alterou bastante quando Feliciano levantou fotos das artes atrás dele. Ele chegou a jogar uma no chão e defendeu. Outros parlamentares também se exaltaram.  “Volto a dizer: bando de ignorante, bando de hipócritas”, disparou o psolista. 

Confira o vídeo compartilhado no Facebook de Feliciano: 

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O deputado federal Marco Feliciano (PSC) comentou, por meio de suas redes sociais, a agressão que machucou o rosto de uma professora em Santa Catarina, após um aluno arremessar um livro em direção a ela. O pastor, apesar de afirmar que sente "repúdio total" a qualquer tipo de violência e que nada justifica o acontecimento, principalmente a uma "mentora e maestrina do saber", defendeu o jovem chamando-o de "delinquente juvenil". 

"Para minha surpresa, quando eu entro nas redes sociais da professora, descubro que ela é militante de esquerda, ou seja, ela é uma freireana, é uma professora que segue a risca a linha de Paulo Freire, líder dos esquerdistas, que chegou a dizer que esse aluno que agrediu a senhora nada mais é do que vítima de um sistema opressor, então ele é oprimido porque na classe deve ter muita gente branca e rica. Ele deve se sentir oprimido, rebaixado, humilhado e, por isso, ele a agrediu. Paulo Freire diz que você tem que desculpar esse aluno porque ele é fruto do sistema, mas a senhora não fez isso. A senhora levou ele na diretoria", declarou. 

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O parlamentar, que é pastor, falou sobre uma declaração da professora, que disse durante uma entrevista que jogar ovos em políticos não é uma agressão e, sim, um ato revolucionário. “Então, façamos uma relação: não seria também um ato revolucionário um aluno que está na sala de aula, revoltado com a professora, ter jogado um livro nela porque não tinha um ovo, aí jogou um livro? Não deveria ser estudado como um ato revolucionário pela militância da esquerda?”

Feliciano chegou a dizer que quem planta o ódio, colhe o ódio. “Ora, professora, menos hipocrisia, por favor. Nas suas redes sociais, a senhora destila o ódio contra os parlamentares. Tem uma postagem da senhora dizendo que odeia o Doria, eu tenho certeza que a senhora nunca chegou perto dele, mas a senhora o odeia. Quem planta o ódio, colhe o ódio professora. Mas a senhora, como uma boa esquerdista, vai dizer que isso não é ódio, que é liberdade de expressão”. 

“Sou contra qualquer tipo de violência, mas também sou contra as professoras como essa que usa suas mídias sociais para destilar o ódio contra o Escola Sem Partido e contra um sistema político, ou seja, a senhora doutrina os seus alunos e agora o feitiço vira contra o feiticeiro. Professora, menos”, criticou.

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC), que geralmente publica mais mensagens e vídeos com o contexto religioso do que sobre sua atuação na Câmara dos Deputados, fez uma nova postagem polêmica nesta quarta-feira (9). Ele divulgou a parte de um vídeo no qual fala sobre "a esquerda", a Bíblia Sagrada e até mesmo sobre um caso no qual foi ofendido. 

"Todas as vezes que vem algum deputado aqui da esquerda, que raramente vem, mas quando vem a primeira coisa que faz é partir para o vitimismo", declarou. Feliciano também disse que a esquerda toca "de maneira desagradável e preconceituosa" no assunto religião. "Tocam na religião daqueles que aqui frequentam. Da outra vez, foi citada a Bíblia Sagrada em um disparate. Citaram a bíblia como se aqui houvesse uma pessoa hipócrita". 

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Ele continuou sua fala afirmando que não é possível "suportar" a situação. "E isso não dá para suportar porque se a pessoa fica para o debate em um alto nível, alto nível terá, mas quando baixa o nível, nós nivelamos da mesma forma o linguajar. A deputada que aqui está, em outro momento, na Câmara dos Deputados, eu estava sentado bem a frente dela. Infelizmente, eu sento, eu fico ali no meio, só Deus porque na minha frente tem o Psol e atrás de mim o PCdoB. Eu sou do PSC", disse em referência a parlamentar Marcivânia (PCdoB). 

O parlamentar também contou um caso de agressão verbal que teria passado. "Eu fui afrontado por um deputado do PSOL e ele xingou a minha mãe de puta. E as deputadas que estavam atrás ouviram e eu reclamei: vocês não vão defender a minha mãe? Porque a minha mãe é pobre, mulher e analfabeta. Nenhuma delas levantou a voz, inclusive vossa excelência que aqui está [Marcivânia], mas se fosse qualquer outro tipo de mulher, qualquer outro tipo de ataque, se fosse qualquer outro tipo de pessoa, vocês defenderiam. Quando há respeito, o respeito é mutuo. Quando respeito há, respeito é dado e é mútuo", expôs. 

A deputada interviu. "Eu só queria fazer uma reflexão aqui: eu não sou a favor de nenhum tipo de violência. Não é só quando atinge alguém próximo a mim ou alguém que pense igual a mim. Eu sou contra qualquer espécie de violência". Feliciano parecia mesmo não estar disposto a dar uma trégua. "Olha a incoerência. A deputada diz que é contra qualquer tipo de violência, mas seu partido assinou um manifesto a favor de Maduro, onde já tem mais de 100 pessoas mortas na Venezuela", disparou. Ele foi aplaudido pelos colegas após a declaração. 

Redes sociais

O pastor Feliciano costuma fazer transmissões ao vivo dos cultos que realiza como a realizada nesta quarta. Ele escreveu na legenda: "FaceCulto, o vinho do inferno" destacando ainda que acontecem todos os dias, às 12h. No culto de hoje, ele falou sobre pecado e sobre a vaidade com relação ao corpo. Os comentários são os mais diversos. Há quem o critique em referência a ele ser um político. "O povo ao invés de ouvir a pregação, assiste apenas pra julgar, referindo-se à política. Sei que ele é mentiroso, mas a palavra a ser pregada, essa é verdadeira e vou ouvir. O julgar, caberá somente a nosso Deus", disse um internauta. 

Mais cedo, em outra publicação, ele se referiu às dificuldades da vida. "Não recue diante das adversidades, pois o Senhor te dará forças". "E o senhor recuou na hora que os 80% da população brasileira queria vê-lo investigado. Trairá", criticou um outro cidadão. 

Ele já teve seu nome envolvido em outras polêmicas. Em agosto de 2016, uma jovem de 22 anos o acusou  de assédio sexual, agressão grave e tentativa de estupro. De acordo com informações divulgadas pela Coluna Esplanada, as investidas do parlamentar teriam acontecido após o religioso se oferecer para ser "guia espiritual" da jovem, que também milita no partido.

A Polícia Civil de São Paulo indiciou nessa quinta-feira (18) a estudante de jornalismo Patrícia Lelis, de 22 anos, por denunciação caluniosa e extorsão no caso em que ela acusa um assessor do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de sequestro e cárcere privado. Em outro inquérito que corre em Brasília – porque o parlamentar tem foro privilegiado–, Patrícia acusa Feliciano de tentativa de estupro e agressão.

"Ao término do inquérito, que já está no segundo volume, vou pedir a prisão preventiva dela", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia, Luís Roberto Hellmeister, responsável pela investigação na capital paulista.

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Diante do indiciamento, a defesa pediu cinco dias para Patrícia fazer um aditamento do depoimento que prestou no último dia 5. Na ocasião, a jovem afirmou à polícia que estava sendo mantida sob coação e ameaça pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, na semana em que esteve em São Paulo– entre 30 de julho e 5 de agosto–, porque pretendia denunciar o deputado do PSC.

No depoimento, Patrícia disse que Bauer, armado, a obrigou a gravar e publicar dois vídeos em que ela negava as acusações contra o deputado. Ainda segundo seu depoimento, Feliciano também lhe fez uma ameaça direta de morte. "Tendo Bauer passado o telefone dele para a declarante, através do qual Marco Feliciano disse que, se a declarante não gravasse um novo vídeo de melhor qualidade, mandaria Bauer lhe matar", consta no depoimento.

Vídeo

Ela afirmou ainda que o assessor parlamentar a obrigou a informar a senha de suas redes sociais, por onde passou a monitorá-la e se passar por ela, respondendo a questionamentos de amigos que perguntavam por sua integridade física.

Logo depois do depoimento de Patrícia, ainda no dia 5, Hellmeister chegou a cogitar a prisão temporária de Bauer, mas voltou atrás após ouvir novas testemunhas e obter provas que descaracterizavam a situação de sequestro. Entre elas está um vídeo em que Patrícia e o assessor de Feliciano aparecem negociando o pagamento de R$ 50 mil pelo silêncio da jovem.

O delegado ouviu nessa quinta-feira (18) duas novas testemunhas, entre elas o ex-namorado de Patrícia, Rodrigo Simonsen. Ele afirmou à polícia que, entre 30 de julho e 5 de agosto, dormiu quatro noites com ela em um hotel no centro de São Paulo. "Ele disse que nestes quatro dias não encontrou Bauer", disse o delegado Hellmeister.

A outra testemunha ouvida na quinta foi uma militante anti-Dilma, Kelly Bolsonaro, que relatou ter sido ela quem apresentou Feliciano a Patrícia no início de junho. Kelly, que diz não ter grau de parentesco com os deputados do PSC Jair e Eduardo Bolsonaro, afirmou que Patrícia lhe contou a acusação contra Feliciano antes da fazer a denúncia à policia. A ativista disse que ouviu da estudante várias versões sobre a suposta tentativa de estupro.

O advogado José Carlos Carvalho, que até então defendia Patrícia, informou que deixou o caso. Nem os novos advogados da jovem nem ela foram localizados nesta quinta. A mãe de Patrícia, Maria Aparecida, disse apenas que a filha "está triste e não quer falar".

'Boatos'

"O indiciamento da estudante reafirma a nossa plena confiança na lisura das instituições públicas e da Justiça de nosso país", afirmou Feliciano ontem, por meio de nota. "Boatos são boatos e nunca serão verdades. É o que temos para o momento, e seguimos confiante de até o término das investigações", disse o deputado federal no comunicado.

O chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, não foi localizado pela reportagem até a conclusão desta reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputadas do PT na Câmara entregaram à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), uma representação contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). O documento reúne denúncias de um suposto caso de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão contra Patrícia Lélis, jornalista e militante do PSC Jovem, em junho. O documento se baseia em informações da imprensa.

Erika Kokay (DF) explicou que o objetivo das parlamentares é intensificar a apuração da denúncia que envolve o deputado. "Não queremos ferir qualquer presunção de inocência. Consideramos que denúncias, como essa, não podem ser banalizadas e têm que ser investigadas", afirmou. Além de Erika, também assinaram a representação as parlamentares petistas Ana Perugini (SP), Luizianne Lins (CE) e Margarida Salomão (MG).

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Segundo as parlamentares, a subprocuradora-geral da República, Déborah Duprat, afirmou que enviará as denúncias ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Ele é quem tem o domínio de iniciar investigação contra parlamentares com prerrogativa de foro privilegiado. Antes disso, Déborah poderá ouvir o depoimento de Patrícia sobre o caso. A jovem já registrou boletins de ocorrência contra Feliciano e seu assessor.

Na semana passada, a Procuradora Especial da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), também endereçou uma denúncia contra Feliciano ao procurador-geral de Justiça, Leonardo Roscoe Bessa. No ofício, ela solicita uma investigação sobre um suposto assédio sexual praticado pelo parlamentar. Na última sexta-feira (5), a Procuradoria confirmou o recebimento do ofício e informou que será encaminhado para análise.

A jornalista Patrícia Lélis registrou boletim de ocorrência na noite do domingo (7) em Brasília, contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão. O B.O. foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e confirmado pela Polícia Civil. A jovem de 22 anos permaneceu no local por cerca de três horas, das 19 às 22 horas. Patrícia também deve prestar outro depoimento até a terça-feira à subprocuradora-geral da República, Déborah Duprat.

A ocorrência diz que o suposto crime aconteceu na manhã do dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar. Patrícia já havia registrado um outro boletim de ocorrência há três dias em São Paulo contra o chefe de gabinete do político, Talma Bauer, que foi detido na última sexta-feira por suspeita de manter a jovem em cárcere privado e obrigá-la a publicar vídeos negando as acusações. Ele foi liberado no mesmo dia.

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Procurado, Feliciano não foi encontrado pela reportagem. Há dois dias, o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara usou as suas redes sociais para se defender. No vídeo, em que aparece ao lado da esposa, Feliciano afirmou ser alvo de ataques à sua moral, prometeu apresentar provas de sua inocência e defendeu que Patrícia seja responsabilizada por falsa comunicação de crime.

Militante do PSC Jovem, Patrícia também acusou o partido de omissão e de "passar a mão na cabeça de Feliciano". Em texto publicado no Facebook, neste domingo, ela disse que a sigla "sempre soube" da denúncia dos crimes, mas que pediu para que ela "ficasse calada". A legenda anunciou no domingo que vai criar uma comissão interna para analisar o caso.

A jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, ex-militante do PSC Jovem, que acusa o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de tentativa de estupro e agressões com chutes e socos, afirmou ontem que o partido "sempre soube" da denúncia dos crimes, mas que pediu para que ela "ficasse calada".

Ela publicou texto no Facebook em que afirma ter procurado o partido assim que os fatos ocorreram. "O resultado? Me disseram: ‘Patrícia, é melhor você ficar calada, não vamos tomar nenhuma providência’", escreveu. A jornalista acusa o partido de omissão e de "passar a mão na cabeça" de Feliciano. "Entreguei um pendrive com todas as provas, incluindo áudios, conversas e vídeos. Sempre souberam do caso (...), mas apenas depois de a polícia entrar no meio o partido resolveu tomar alguma providência? Passaram a mão na cabeça do Feliciano."

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"A ‘direita’ e principalmente pessoas do PSC sempre disseram que odeiam o crime, mas quando o criminoso é do próprio partido, o caso é diferente! O seja: seja a direita ou esquerda, ambos têm seus bandidos de estimação", prosseguiu a jornalista.

O PSC anunciou ontem que vai criar uma comissão interna para analisar o caso. Feliciano nega a acusação e, em vídeo publicado ontem, pediu que "não julguem antes do tempo".

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) usou as redes sociais neste sábado (6) para se defender das acusações de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão feitas pela jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, ex-militante do PSC Jovem.

Em vídeo publicado no início da tarde em sua página no Facebook, o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara diz ser alvo de ataques à sua moral, promete apresentar provas de sua inocência e defende que Patrícia seja responsabilizada por falsa comunicação de crime. "Quero dizer que embora esteja com o coração machucado, com minha família toda sofrendo, não vou julgar essa moça. Espero que Deus perdoe ela (sic) embora espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do crime", disse Feliciano.

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Na sexta-feira Patrícia registrou queixa contra o deputado no 3o Distrito Policial de São Paulo (Campos Elíseos). Ela diz que foi atraída até o apartamento funcional de Feliciano, em Brasília, no dia 15 de junho. "Ele falou que tinha uma reunião do PSC Jovem mas quando cheguei lá tinha só ele", disse a jornalista.

Segundo ela, o deputado teria oferecido um cargo no partido e salário de R$ 15 mil para que Patrícia fosse sua amante. "Ele tentou me arrastar para o quarto e tirar meu vestido. Como eu resisti, ele me deu um soco na boca e um chute na perna", afirmou a jornalista.

Feliciano não entrou em detalhes sobre o ocorrido no vídeo repleto de referências religiosas divulgado neste sábado. Ao lado de sua esposa, Edileuza, o deputado lembra que é casado há 24 anos, tem três filhas, e sofre perseguições "há muitos e muitos anos". "A Justiça dos homens inúmeras vezes já me inocentou mesmo depois de eu ter sido escrachado publicamente. Como não conseguem me pegar em nada neste país porque não sou corrupto, não sou pessoa má, agora tocam no meu moral", diz ele.

Feliciano nega que seu chefe de gabinete, o ex-policial civil Talma Bauer, tenha sido preso na sexta, quando Patrícia foi prestar queixa. A jornalista támbém acusou Bauer de sequestro qualificado (cárcere privado). Ele teria coagido a jovem a gravar dois vídeos nos quais ela nega as acusações contra o deputado.

Em pouco mais de uma hora o vídeo teve 243 mil vizualizações, 7 mil compartilhamentos e 4 mil comentários. No final, Feliciano pede para não ser julgado antes do término da investigação. "Peço a você que não acredita em mim que não me condene antes do tempo. O tempo é senhor de tudo e Deus é o senhor do tempo", disse Feliciano.

O deputado federal Pasto Marco Feliciano (PSC-SP) pediu ao seu partido a expulsão do deputado Silvio Costa (PSC-PE). A solicitação foi feita na sexta-feira, 17, depois que Costa saiu em defesa do governo e atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo o afastamento dele em decorrências de denúncias de que o comandante da Casa teria recebido propina de US$ 5 milhões.

"Peço o afastamento temporário de Cunha pela tranquilidade do Parlamento", disse na sexta-feira, 17, logo depois da entrevista do presidente da Câmara na qual tornou aberta a guerra entre ele e o governo. O deputado afirmou ainda que iria procurar juristas para saber se "cabe um impeachment" do peemedebista.

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No mesmo dia, seu colega de partido, Feliciano, solicitou uma punição à presidência nacional do PSC. "Solicito que estude uma medida disciplinar com expulsão do partido contra o deputado Silvio Costa", disse no documento.

Ainda segundo o deputado, Costa tem se pautado de maneira "espetaculosa". "Posição dessa natureza jamais pode ser manifestada individualmente por um parlamentar, contrariando a posição da direção do partido, incorrendo, a meu ver, em infidelidade partidária", argumentou em seu pedido.

Ainda por meio do documento, Feliciano demonstrou apoio ao presidente da Câmara. "Nesse momento me solidarizo com o deputado Eduardo Cunha, que pelo seu passado de lutas, em décadas de serviços prestados à Nação galgando os mais altos postos da República sem nunca ter seu nome manchado ou envolvido em qualquer ato que o desabonasse", afirmou o deputado.

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) teve seu site invadido neste domingo, 7, mesmo dia em que acontece a Parada do Orgulho Gay na Avenida Paulista, centro da capital. A página exibia uma mensagem contra o preconceito e tocava uma paródia da música I will survive, da cantora americana Gloria Gaynor. O parlamentar é alvo de críticas por declarações consideradas homofóbicas.

Na tela, era possível ver uma imagem de Jesus Cristo de rosto negro, com um fundo de arco-íris. O texto colocado pelos hackers era: "Marco Feliciano, você acaba de tomar no aparelho excretor. Abaixo o preconceito". O portal, no fim da tarde deste domingo, já estava com funcionamento normal.

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A brincadeira ainda tinha uma referência a O Boticário, marca de perfumes que causou polêmica ao incluir um casal gay em uma propaganda. O episódio foi alvo de diversas brincadeiras e provocações ao parlamentar nas redes sociais durante este domingo.

Feliciano reagiu com irritação aos ataques. No Twiiter, disse que os "hackers-gays" são financiados por "ONGs que se alimentam dos cofres públicos, por destilarem sua intolerância e seu preconceito". Ainda afirmou que a invasão do site mostra que seu "trabalho em proteger a família precisa continuar".

O deputado também reclamou da referência à marca de perfumes. "Nunca falei nada do Boticário. Mas me acusam do que ñ (sic) fiz", afirmou, em seu perfil oficial. "Menos ódio", acrescentou. Segundo ele, os evangélicos vão continuar orando, sem atacar ninguém.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi eleito nesta quinta-feira (12) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. A eleição, prevista no acordo de líderes, durou uma hora, com quórum de 17 votos, sendo 14 favoráveis e 3 brancos. Eram necessários apenas 10 votos para confirmar a eleição de Pimenta, a única candidatura apresentada.

Integrantes de destaque da bancada evangélica, que compõem a comissão, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) não participaram da votação. "Essa ausência mostra que eles ainda não conseguiram chegar a um acordo", comentou um deputado sobre o impasse para eleição das três vice-presidências - que não devem ser definidas na sessão de hoje.

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Ontem, após desentendimento com a bancada evangélica, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) recuou na negociação com o PT iniciada na tarde desta quarta-feira (11). Feliciano ia dividir espaço com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da causa LGBT e adversário político dos evangélicos. Cada um assumiria uma vice-presidência.

A composição com Wyllys e com o PT foi mal vista por parte da bancada evangélica. Alguns deputados não aceitam compartilhar o espaço com figuras de "ideologia" tão diferente e outros acreditam ser importante marcar posição na CDHM.

Feliciano ocupou a presidência da comissão em 2013, quando foi o centro de diversas polêmicas e autor de declarações consideradas homofóbicas, machistas e racistas por movimentos ligados a minorias e direitos humanos.

Eleito para presidir a comissão, o petista Paulo Pimenta disse não estar acompanhando as negociações para composição da mesa. "As comissões são espaços de pluralidade e de proporcionalidade. Eu não veria problema em trabalhar com pessoas de orientações e ideologias diferentes."

A possibilidade de um acordo com o PT para a definição da composição da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados rachou a bancada evangélica. Nesta tarde de quarta-feira, 11, foi iniciada uma negociação para que o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e Jean Wyllys sejam vice-presidentes do colegiado, mas um grupo de deputados da bancada se irritou. Disseram não ter sido consultados.

"Não houve diálogo com a bancada para fechar o entendimento. O acordo anunciado não existe", afirmou Marcos Rogério (PDT-RO). O deputado disse que o grupo ainda não tem uma posição definida sobre a composição da comissão, mas que até amanhã voltará a conversar sobre uma saída para o impasse.

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Na impossibilidade de apresentar uma candidatura avulsa contra o indicado oficial, o petista Paulo Pimenta (RS), deputados da bancada evangélica se viram diante da possibilidade de lançar Feliciano. O acordo preliminar previa que outra vaga de vice fosse destinada a Jean Wyllys, defensor da causa LGBT e adversário político de Feliciano. "A frente (>evangélica) não fez acordo nenhum", reclamou Anderson Ferreira (PR-PE).

A saída política para o imbróglio que começou na semana passada foi costurada pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. Os deputados da bancada evangélica, que tem força na comissão, concordaram inicialmente em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ). Agora, o grupo descontente diz que a escolha do comando da comissão não se dará por acordo e sim no voto.

A última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação para indicação de Anderson Ferreira. Autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher), Ferreira ameaçava lançar candidatura avulsa contra o petista. Para garantir que o acordo de líderes partidários fosse mantido e o PT ficasse com o comando da comissão, o próprio líder da bancada, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), assumiu a vaga de titular e tirou Ferreira do colegiado.

Na semana passada, um impasse impediu a eleição da Mesa da CDHM. O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura contrariando o acordo de líderes. Com a insistência de Sóstenes, o PSD decidiu colocá-lo na suplência da comissão de modo a impedir que ele disputasse o cargo. O parlamentar chegou a entrar com uma liminar na Justiça para disputar a eleição, mas a ação ainda não foi julgada.

A reunião para eleição da Mesa da CDHM chegou a ser aberta nesta tarde, mas em seguida foi suspensa por causa do andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional. A sessão será retomada amanhã.

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados tentam construir um acordo para a presidência do colegiado. Na impossibilidade de apresentar uma candidatura avulsa contra o indicado oficial, o petista Paulo Pimenta (RS), a bancada evangélica deve indicar o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para uma das vice-presidências. O acordo preliminar prevê que outra vaga de vice fique com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da causa LGBT e adversário político de Feliciano.

A saída política para o impasse, que começou na semana passada, foi costurada pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. A bancada evangélica, que tem força na comissão, concordou em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ).

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"Vamos montar a chapa para mostrar que o Congresso é lugar de consenso. Isso é um sinal ótimo para a sociedade", declarou Feliciano. Acusado de ter feito declarações racistas e homofóbicas, o polêmico deputado ocupou a presidência da comissão durante o ano de 2013. "A sociedade tem que entender que o papel da política é o diálogo", concordou Jean Wyllys.

Contra o PT, a última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação da indicação do deputado Anderson Ferreira (PR-PE). Autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher), Ferreira ameaçava lançar candidatura avulsa contra o petista. Para garantir que o acordo de líderes partidários fosse mantido e o PT ficasse com o comando da comissão, o próprio líder da bancada, deputado Maurício Quintella Lessa (AL), assumiu a vaga de titular e tirou Ferreira do colegiado.

Na semana passada, um impasse impediu a eleição da Mesa da CDHM. O deputado evangélico Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) apresentou candidatura contrariando o acordo de líderes. Com a insistência de Sóstenes, o PSD decidiu colocá-lo na suplência da comissão de modo a impedir sua candidatura. O parlamentar chegou a entrar com uma liminar na Justiça para disputar a eleição, mas a ação ainda não foi julgada.

A reunião para eleição da Mesa da CDHM chegou a ser aberta na tarde desta quarta-feira, 11, mas em seguida foi suspensa por causa do andamento da sessão conjunta do Congresso Nacional.

Duas jovens que se beijaram, foram retiradas de um culto evangélico ministrado pelo deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e depois detidas em setembro de 2013, entraram com uma ação na Justiça de São Paulo contra o parlamentar. Elas pedem uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais.

Na ocasião, Feliciano mandou prender as duas estudantes após o beijo, durante culto em São Sebastião, no litoral paulista. "Essas duas precisam sair daqui algemadas", disse Feliciano, sob aplausos dos evangélicos, que assistiam à cena por meio de dois telões instalados no local.

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Joana Palhares, de 18 anos, e Yunka Mihura, de 20, foram detidas, algemadas por agentes da Guarda Civil Municipal e levadas ao 1º Distrito Policial de São Sebastião. O beijo, segundo elas, era uma forma de protesto contra a homofobia.

A assessoria de imprensa afirmou que o deputado já foi informado sobre o processo e está tranquilo. "Elas alegaram homofobia, mas isso não existe nem na Constituição e nem no Código Penal. Elas estavam seminuas montadas nas costas de dois rapazes, foi ridículo. Elas estão fazendo o Judiciário perder tempo. Estamos tranquilos, serenos. A ação carece de fundamento. É mais um absurdo", disse o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer.

Na época, Joana afirmou ter sido agredida. "Eles (guardas) me jogaram na grade e depois nos levaram para debaixo do palco, onde fui agredida por três guardas. E ainda levei dois tapas na cara", disse Joana. Yunka disse não ter apanhado. "Me senti impotente enquanto a Joana apanhava e eu não podia fazer nada". Ela reclamou que o mesmo não foi feito com casais heterossexuais que se beijaram durante a pregação.

Depois que elas foram levadas pela polícia, o deputado comparou as estudantes a um "cachorrinho". "Ignorem, ignorem. Cachorrinho que está latindo é assim, você ignorou, ele para de latir", disse aos fiéis.

Na delegacia, Joana passou por exame de corpo delito. Ela tinha hematomas nos braços e pernas. O advogado das estudantes, Daniel Galani, disse que vai formalizar denúncia contra Feliciano. "Foi uma afronta gravíssima aos direitos humanos e ao direito à livre expressão." As estudantes fizeram boletim de ocorrência contra os guardas.

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não receber denúncia encaminhada pela Procuradoria Geral da República contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) à Corte. A procuradoria pedia que Feliciano respondesse por discriminação por conta de uma publicação no Twitter em que o deputado afirmou que "a podridão dos sentimentos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição". Os ministros presentes da sessão desta terça-feira repudiaram a declaração do deputado, mas entenderam que não há tipificação de discriminação contra homossexuais na legislação penal e, por unanimidade, negaram receber a denúncia.

Para o relator, ministro Marco Aurélio Mello, o artigo 20 da Lei 7.716/1989 é exaustivo quando prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem pratica, induz ou incita discriminação ou preconceito de "raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". O ministro apontou que a opção sexual não é contemplada na legislação e, por isso, votou pelo não recebimento da denúncia no STF.

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Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, a afirmação do deputado é um comentário "preconceituoso, de mau gosto e extremamente infeliz". "Porém liberdade de expressão não existe para proteger apenas aquilo que seja humanista, de bom gosto ou inspirado", disse Barroso, que concordou que a afirmação não "ingressa na esfera do crime".

O ministro Luiz Fux classificou a manifestação do parlamentar como uma "fala infeliz", mas destacou que o Supremo cometeria "preconceito às avessas" se entendesse que a homoafetividade poderia se enquadrar na legislação atual como raça, pois daria a ideia de diferença. "O STF, ao julgar a legitimação da união homoafetiva, entendeu que a homoafetividade é um traço da personalidade", lembrou Fux. "Não há tipicidade (na fala de Feliciano), muito embora entendamos reprovável essa conduta", disse o ministro. Os ministros Dias Toffoli e Rosa Weber acompanharam o entendimento dos demais.

Projetos que tipificam a homofobia estão em tramitação no Congresso atualmente. Durante o voto, o ministro Barroso disse que poderia ser considerado "razoável" que o princípio da dignidade da pessoa humana "imponha um mandamento ao legislador para que tipifique condutas que imponham manifestação de ódio".

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), criticou nesta quinta-feira, 06, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que ameaçou processar a jornalista Rachel Sheherazade, do SBT, por seus comentários em defesa do grupo de jovens que detiveram um suposto assaltante, bateram nele, tiraram sua roupa e o deixaram nu preso em um poste com uma trava de bicicleta no pescoço.

No seu comentário na TV, Sheherazade disse que a atitude dos "justiceiros" é compreensível. "O Estado é omisso, a polícia desmoralizada, a Justiça é falha O que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima foi desarmado? Se defender, é claro. O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite", disse a jornalista.

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Na Câmara, Ivan Valente a criticou. Disse que ela fez incitação ao crime, à tortura e ao linchamento. Depois, da tribuna, Feliciano a defendeu. "Como responsabilizar a jornalista, ela não criou o fato, apenas informou, e manifestou com parcimônia o que todos nós sentimos, uma insegurança generalizada, e ela apenas demonstrou compreensão pela atitude de pessoas ordeiras e de bem, que apenas extravasaram um sentimento que tem tomado grande parte da sociedade, já que autoridades legislativas não se preocupam em apresentar leis que realmente intimidem quem envereda para o crime, mas ao contrário, tentar atacar quem se indigna numa odiosa inversão de valores", disse Feliciano.

Ele também criticou a postura de Valente. "Se sua Excelência está tão preocupado com o horário apropriado para exibição de matérias jornalísticas que não venham a constranger o público, espero a mesma atitude desse senhor em relação à programação das emissoras onde se vê cenas fortes de sexo na novela das seis, programas com cenas de violência em tempo real todos os dias em qualquer horário. Até hoje não vi nenhum comentário do nobre colega em relação aos atos praticado por membros de seu partido no Rio de Janeiro, fartamente noticiado pela imprensa em horário impróprio para menores, isso não configura apologia ao crime e sim se trata do próprio crime, o que a meu ver é bem mais grave."

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou nesta quarta-feira, 18, que provavelmente vai disputar uma reeleição para a Câmara no ano que vem. Ele considerou que uma eventual disputa por um cargo de senador, como chegou a ser cogitado nesta ano, teria que ser algo "muito bem arrumado" para se viabilizar, uma vez que no pleito do ano que vem haverá apenas uma vaga por Estado. "Se fossem duas vagas eu iria sem medo", disse o parlamentar, pouco depois de encerrar sua última sessão à frente da Comissão de Direitos Humanos.

Outro fator citado por Feliciano como um empecilho para uma disputa ao Senado é a indefinição dos candidatos que concorrerão por São Paulo, com a possibilidade de o ex-governador de José Serra (PSDB) participar do pleito. "Se fosse só o Suplicy (senador Eduardo Suplicy, do PT) eu entrava (na disputa)", disse Feliciano.

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Segundo o deputado, uma corrida ao Senado entre ele e Suplicy mobilizaria o eleitorado conservador. "O Suplicy tem o sobrenome da Marta (ministra da Cultura e ex-esposa de Suplicy), que prejudicou os evangélicos. Dava uma briga bonita", resumiu. Ele deve definir seu destino político no início do ano que vem.

Balanço

Em seu último dia à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano fez um balanço que considerou "positivo" de sua gestão e disse que o debate "só não foi mais produtivo" porque siglas como o PT e o PSOL "abandonaram a comissão". "Colocamos os direitos humanos na pauta das pessoas; direitos humanos não é apenas beneficiar um ou dois grupos", disse.

Ao assumir a presidência do colegiado no início deste ano, Feliciano, acusado de racismo e homofobia, foi alvo de uma série de críticas de organizações de defesa dos direitos humanos e as sessões do grupo foram marcadas por protestos. "Teve muita gente que apostou que eu iria renunciar", disse o deputado.

A presidência de Feliciano fez com que a comissão fosse esvaziada e deputados como Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Érika Kokay (PT-DF) deixaram o colegiado em protesto. Dominada por deputados ligados à igrejas evangélicas, a comissão aprovou ao longo do ano, por exemplo, matérias consideradas pela população homossexual como retrocessos. Uma das propostas permite que organizações religiosas expulsem de seus templos pessoas que "violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias" e ainda desobriga igrejas a celebrar casamentos em "desacordo com suas crenças".

Feliciano argumentou ainda que "não pensa" no dividendo político que o período à frente da comissão pode lhe trazer com o eleitorado evangélico. "Sou um político com posicionamento que defende o que pensa", concluiu.

Um dia antes de presidir pela última vez a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) disse acreditar que o PT não voltará a abrir mão da presidência da comissão em 2014 após sua passagem pelo cargo. Pelos corredores do Congresso, Feliciano passou a tarde de terça-feira, 17, afirmando que cumpriu seu papel na função. "Pelo menos dei notoriedade à comissão", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Num ano de atuação polêmica, a última sessão presidida pelo líder evangélico tratará do projeto de lei que estende a política de cotas raciais para o funcionalismo público. Hoje, Feliciano apresentou seu parecer favorável à expansão das políticas afirmativas para cargos comissionados. O deputado foi alçado ao cargo em meio a protestos de grupos que defendem os direitos de homossexuais. Eles o acusam de homofobia e racismo por declarações dadas antes de chegar ao comando da comissão. O PT, que tradicionalmente dominava a Comissão, neste ano deu espaço para que o PSC indicasse a presidência do grupo.

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Após meses de tumultos nas sessões, o deputado fez uma agenda voltada para audiências públicas para tentar esvaziar a dos protestos. Durante o ano, Feliciano pautou a Comissão com assuntos de interesse da bancada evangélica, entre eles o projeto que prevê um plebiscito para decidir sobre o reconhecimento da união civil de cidadãos do mesmo sexo; a proposição que susta - via decreto legislativo - a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obrigou cartórios de todo País a registrar casamentos de homossexuais; e o que permite organizações religiosas expulsarem de seus templos pessoas que "violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias". Esta última ainda desobriga igrejas a celebrar casamentos em "desacordo com suas crenças".

Com exceção da proposta que suspendia o trecho de resolução do Conselho Federal de Psicologia de 1999 que proibiu profissionais da área de "tratar" a homossexualidade, a chamada "Cura Gay", nenhum destes projetos prosperaram no Congresso. Em resposta às manifestações de junho, a "Cura Gay" foi derrubada em plenário.

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