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Uma pane elétrica em um equipamento eletrônico provocou um princípio de incêndio e grande volume de fumaça na unidade do Hospital São Luiz do Morumbi, zona sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 11. Segundo o hospital, uma paciente idosa morreu durante o tumulto. No total, 47 pacientes foram transferidos para outras unidades hospitalares, de acordo com a rede médica.

"Uma paciente de 94 anos infelizmente sofreu uma parada cardíaca durante o evento", informou o hospital, que disse lamentar a perda e dar assistência aos familiares. A idosa estava sendo transferida para unidade do São Luiz no Itaim Bibi, também na zona sul.

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O princípio de incêndio foi registrado por volta das 8h40 na unidade da Rua Engenheiro Oscar Americano. Segundo o Hospital São Luiz Morumbi, o fogo, que já foi extinto, dificultou o funcionamento adequado de duas unidades de terapia intensiva.

A principal hipótese para a causa do fogo, conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Luciano Almeida, é o superaquecimento de um secador de cabelos usado por uma auxiliar de enfermagem. "Pelos relatos da equipe do hospital, o uso do equipamento (secador) causou o superaquecimento, mas não se sabe ainda se do equipamento ou se do sistema elétrico", disse.

Ainda de acordo com ele, rapidamente os funcionários perceberam a fumaça e começaram a retirar os pacientes do segundo andar. "Fogo (houve) pouco, mas a fumaça foi bem intensa", disse o tenente-coronel.

"O evento está sendo devidamente apurado e o hospital segue trabalhando em conjunto com as autoridades competentes para esclarecer as possíveis causas do incidente", acrescenta o São Luiz.

O segundo andar segue interditado, mas os demais pavimentos já estão liberados para retorno de pacientes e equipe técnica, segundo o Corpo de Bombeiros. "Agora a gente está fazendo uma análise de risco, para ver se tem algum risco residual", disse Almeida.

'Enfermeira entrou desesperada no quarto'

"Por volta das 8h30, meu filho ainda estava dormindo, quando, de repente, soou o alarme bem alto. Imaginei que poderia ser um alarme de incêndio, mas achei que poderia ser falso", diz artista plástico Fábio Guimarães, de 46 anos, cujo filho estava internado no São Luiz. "Por questões de segundos, uma enfermeira entrou desesperada no quarto, falando sobre incêndio e pedindo para vestir o meu filho. Só deu tempo de colocar a roupa nele e pegar a mochila. Deixamos todos os pertences no hospital", afirma ele.

Diagnosticado com pneumonia, Éros, de 7 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do São Luiz Morumbi. Com a melhora, no fim da tarde de quarta-feira, 11, foi transferido para um quarto, dando continuidade ao tratamento.

"Quando chegamos ao estacionamento, começaram a chamar os pacientes mais graves. Foram chegando ambulâncias de outros hospitais", continua Guimarães.

"Fomos observando os grupos saindo e chamaram o grupo das crianças. Fomos para o atendimento clínico, em um prédio do outro lado da rua. Passamos com a médica, que optou por antecipar a alta, mediante a continuidade do tratamento médico em casa e retorno na próxima semana", afirma o pai.

No corredor, um andar acima do foco do incidente, Guimarães diz que era possível sentir o cheiro forte da fumaça. "Todos saíam ordenadamente. Devo dizer que o treinamento da equipe fez a diferença, pois não teve caos. Acredito que a ala infantil, onde estávamos, foi uma das primeiras a saírem para o estacionamento. Foram chegando, posteriormente, outras pessoas em camas e macas", acrescenta ele.

A aposentada Celina Pamaoki, de 66 anos, estava comprando café para o marido, internado no 6º andar por cólica renal, quando o alarme disparou. "Não me deixaram subir de novo", relatou ela, que estava no 3º.

Sem alternativa, desceu rápido as escadas. O marido, descobriu depois, foi levado em uma maca de lona para a área do estacionamento, improvisado pela equipe do hospital.

O comerciante João Sanches Machado, de 81 anos, e a aposentada Adelaide Malagozzine Machado, de 79, saíram de casa, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, por volta de 5h30 para ir ao hospital fazer exames. "Queríamos fugir do trânsito", disse ela.

Quando esperavam na sala de espera, o alarme disparou. "Foi muito sufoco, depois ainda tivemos de ficar no sol quente", reclamou a idosa. Os exames, de acordo com o casal, terão ser de ser remarcados para outro dia. "Agora estamos esperando nosso genro vir nos buscar."

A nuvem de fumaça proveniente de queimadas que encobriu o Amazonas já dura dois meses e tem forçado a população a retomar o uso de máscaras, proteção comum durante a pandemia de covid-19. Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a região tem batido sucessivos recordes de péssima qualidade no ar. O governo local e o governo federal têm sido pressionados a tomar providências mais efetivas para conter o avanço do fogo na região da floresta.

A estudante Raely Cardoso, de 25 anos, estuda em Manaus e mora em Manacapuru, na região metropolitana. Asmática, ela conta que já sofria com a fumaça antes mesmo de a nuvem tóxica se "instalar" na capital, quando percorria a rodovia estadual AM-070, que liga os dois municípios.

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"Pego a estrada todo dia e antes mesmo de essa fumaça chegar em Manaus, ela já estava presente na rodovia. Por ser asmática, tive algumas crises no ônibus a ponto de a bombinha fazer pouco efeito, porque era muita fumaça e bem densa. Prejudicava até a viagem, pois o motorista quase não conseguia enxergar", relata.

A jovem conta ainda que passou a utilizar máscara para tentar amenizar os sintomas. Em uma ocasião, chegou a colocar duas, uma por cima da outra. "O uso de máscara tem ajudado em alguns momentos e em outros parece não adiantar, sabe? A sensação é de constante sufocamento - com ou sem máscara", afirma.

O psicólogo esportivo Matheus Vasconcelos tem vivido situação similar. Ele trabalha com atletas ao ar livre. "No sábado de manhã, tive de trabalhar de máscara porque estava pior do que na madrugada. Trabalho na área esportiva e esse é um dos setores mais prejudicados pela fumaça, pois ficamos mais expostos", conta.

Vasconcelos conta ter uma inflamação pequena na adenoide, estrutura fisiológica atrás das cavidades nasais. "Com essa fumaça, causa irritação demais. Nos dias em que ela está densa, não adianta fazer nada. Passamos o dia no ar, vedamos tudo, usamos balde de água, umidificador, pano molhado nas brechas e, ainda assim, a fumaça continua invadindo", relata.

Atendimentos

A médica pneumologista Joyce Matsuda, que trabalha na rede pública estadual, diz que tem percebido aumento de atendimentos ligados a doenças respiratórias. "Temos tido muitas queixas. Um exemplo é paciente de asma que estava com a condição controlada, mas nesse tempo de fumaça passou a apresentar crises", conta.

Também médico pneumologista, Daniel Luniere diz que a exposição prolongada a fumaças derivadas da queima de material vegetal agrava sintomas. Na forma aguda, leva a tosse, desconforto torácico, falta de ar, irritação na garganta e rouquidão.

"Outros sintomas são relacionados a via aérea superior, como o aumento dos espirros, nariz ressecado e sangramento nasal em alguns casos. Os olhos também não são poupados, podendo apresentar lacrimejamento ocular, vermelhidão e coceira", explica.

Questionada, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas disse apenas não ter registrado aumento "nos últimos dias". Acrescentou ainda que as Unidades de Pronto Atendimento e Serviços de Pronto Atendimento estão preparados.

"A SES-AM reforça a orientação de que, neste período de estiagem, a população tome cuidados como uso de máscara, para se proteger da inalação da fumaça, mantenham-se hidratados, além de adotar o uso de umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade do ar", orientou.

Recorde

Em outubro, o Amazonas registrou 3.858 focos de incêndio, o pior número desde o começo da série histórica, iniciada em 1998. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. As áreas mais afetadas são nos municípios de Careiro e Autazes, região metropolitana de Manaus, e no Sul do Estado, no chamado "Arco do Fogo", na divisa com Acre, Rondônia e Pará.

Nesta semana, o governo do Amazonas atribuiu a fumaça que encobre Manaus a queimadas no Pará. "Podemos verificar por imagens dos satélites que todos os municípios, que sofrem influência do Rio Amazonas, que serve como corredor de fluxo de ventos, até chegar a Manaus, têm sido impactados pela fumaça", disse o secretário amazonense de Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

O governo afirma que tem trabalhado desde março nos municípios do Sul do Estado e na região metropolitana no combate aos focos de incêndio. Além do governo estadual, Ibama e ICMBio atuam no Amazonas com 270 brigadistas divididos em bases avançadas distribuídas nos municípios de Autazes, Careiro da Várzea, Careiro, Iranduba e Manaquiri.

Na sexta-feira, 3, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, transferiu para o Congresso Nacional parte da responsabilidade pela crise ambiental na região. Durante evento em Manaus, ela pediu pressa para a aprovar o Projeto de Lei 1.818/2022, que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

"Faço um apelo a todos os parlamentares que aprovem, no Congresso, o projeto da lei de manejo do fogo. Ajudaria muito a estruturar melhor os Estados e os municípios para evitar que se chegue a uma situação como essa", defendeu Marina.

O projeto de Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo prevê medidas para disciplinar o uso do fogo no meio rural, sobretudo entre comunidades tradicionais e indígenas, e prevê sua substituição gradual por outras técnicas. O texto também cria instâncias intergovernamentais para gerenciar respostas a incêndios em vegetações.

O Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (CBMPE) foi acionado, nesta sexta-feira (3), para um incêndio que atingiu o terreno da imobiliária Moura Dubeux, localizado na Avenida José Estelita, no bairro de São José, área central do Recife.  

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Foto tirada da Rua da Aurora, de onde foi possível avistar a fumaça. Foto: Cortesia 

Uma viatura foi enviada ao local para realizar o controle das chamas. Imagens de câmeras da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), mostram a fumaça escura que tomou o céu na região. 

Câmera localizada na Avenida Sul registrou fumaça na região, no final da tarde. Foto: Reprodução/CTTU 

Ainda não há informações sobre a causa do fogo. Na área não há nada construído e ninguém ficou ferido.

 

A cidade de Manaus esteve mais uma vez envolta em uma camada de fumaça visível aos olhos nesta segunda-feira (30), devido às queimadas e à seca histórica que atinge a região. Moradores relataram o problema e reclamaram pelas redes sociais.

O monitoramento segundo o índice mundial de qualidade do ar indicou que, de 10 pontos de avaliação da qualidade do ar no município, em quatro ele estava "pouco saudável" e em seis, "muito pouco saudável".

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A onda de fumaça já envolveu a cidade em outras ocasiões recentes desde o início de outubro, inclusive no domingo (29) quando pontos turísticos como o Teatro Amazonas ficaram encobertos. Nesta segunda-feira, o fenômeno começou por volta das 14h30 e se agravou ao longo da tarde.

Em nota, a prefeitura de Manaus afirmou que, de acordo com dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça tem origem nos municípios da região metropolitana. Conforme a nota, foram registrados 243 focos de queimadas em todo o Amazonas.

Os municípios da região metropolitana de Manaus que mais tiveram registros de queimadas foram Presidente Figueiredo (17), Autazes (14), Careiro da Várzea (13), Careiro (12), Itacoatiara (10) e Rio Preto da Eva (2), segundo a prefeitura de Manaus.

Esse levantamento foi feito com base nos dados colhidos no domingo (29) e na segunda-feira (30) até as 17h30. A prefeitura afirma ainda que, segundo o Inpe, não há nenhum foco de queimada em Manaus desde sexta-feira (27).

Ainda conforme a prefeitura, a secretaria do Meio Ambiente tem feito todos os dias o trabalho de rega nos principais canteiros da cidade e nos parques administrados pelo órgão. Além disso, toda quarta-feira as equipes de arborização e de educação ambiental estão em uma zona da cidade fazendo a campanha Manaus Sem Fumaça, distribuindo informativos e orientando a população.

A seca histórica reduziu o volume dos rios da Amazônia e tem causado diversos problemas ambientais e econômicos. O governo federal chegou a enviar reforço de brigadistas para combater aos focos de incêndio no Estado. O governo estadual destacou ao longo do mês que também atua para mitigar o problema.

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Um incêndio tomou uma loja de roupas e confecção na rua Tobias Barreto, na tarde desta segunda-feira (25), próximo à Casa da Cultura, no centro do Recife. Imagens que circulam nas redes sociais mostram funcionários retirando as mercadorias às pressas de dentro do estabelecimento, já em chamas. 

Segundo um dos vendedores da loja, Everton Mendes, 30 anos, o fogo teria tido início devido a uma pena elétrica no ar-condicionado do primeiro andar, onde ficava o escritório administrativo e o estoque. “O fogo se alastrou da parte de cima, e a gente tava em atendimento quando disparou e desligou o ar-condicionado, e quando eu subi para olhar, com o extintor, já tava muito alastrado, o fogo”, ele relatou ao LeiaJá. Everton ainda afirmou que todos os clientes e funcionários foram retirados e ninguém ficou ferido. 

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Everton Mendes, funcionário da loja. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Confira as imagens abaixo:

Fumaça subiu rapidamente no local do incêndio. Foto: Lucas Vieira/Cortesia 

Incêndio aconteceu na Rua Tobias Barreto, no centro do Recife. Foto: Lucas Vieira/Cortesia 

A Loja Zapzap, localizada no número 401, funcionava há quase 7 anos no mesmo local, e teve a fachada tomada pela fumaça. Everton Mendes também afirmou que as instalações elétricas do prédio eram parcialmente antigas. 

Um caminhão do Corpo de Bombeiros chegou ao local para controlar as chamas alguns minutos após o acionamento. Mais informações em breve. 

Fachada da loja. Foto: Reprodução/Google Stree View 

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A fumaça dos incêndios florestais que assolam o Canadá, sem precedentes por sua intensidade, disparou alarmes sanitários e forçou o fechamento de escolas e o cancelamento de voos em cidades dos Estados Unidos, chegando até à Noruega.

O episódio de estranha poluição atmosférica tem consequências concretas na vida da população.

Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a EPA, mais de 111 milhões de pessoas foram afetadas por alertas de qualidade do ar em grande parte do nordeste dos Estados Unidos.

As chamas destruíram cerca de 900.000 hectares de floresta na província canadense de Quebec desde o início deste ano, segundo a Sociedade para a Proteção das Florestas Contra Incêndios (SOPFEU). Sua fumaça é levada para o sul devido às condições climáticas, mas também para o leste, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Concentrações "muito baixas" de partículas de fumaça foram registradas desde segunda-feira, especialmente na estação de Birkenes, no sul da Noruega, disse à AFP o pesquisador Nikolaos Evangeliou, do Instituto Norueguês de Pesquisa Climática e Ambiental (NILU).

No entanto, as medições variam e "não vemos um pico grave ou um aumento significativo (...). Portanto, não vemos um problema ambiental ou um risco sanitário grave" neste país, disse o pesquisador.

Em Washington, a situação na quinta-feira foi ainda pior do que no dia anterior.

Um evento para comemorar o mês do orgulho LGBTQIAP+, que aconteceria na noite de quinta-feira em frente à Casa Branca, foi adiado, assim como um jogo profissional de beisebol.

- "Nunca vi nada assim" -

A preocupação com os efeitos na saúde refere-se principalmente a pessoas vulneráveis, como crianças, idosos ou pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios.

Os atendimentos de emergência relacionados a ataques de asma aumentaram na cidade de Nova York, disse um porta-voz do Departamento de Saúde da cidade. Mas esse aumento de "algumas centenas" de pacientes não sobrecarrega os serviços.

Imagens impressionantes de Nova York banhadas em luz laranja circularam na quarta-feira, embora o céu tenha clareado no dia seguinte.

"Nunca vi nada assim", disse Linda Juliano à AFP ao aceitar uma das milhões de máscaras distribuídas aos nova-iorquinos.

"Lembrou-me muito do 11 de setembro, ver o céu cheio de fumaça", disse esta mulher de 65 anos, descrevendo a poluição sépia como "aterrorizante".

O zoológico de Washington, assim como os do Bronx e do Central Park, foram fechados, e os alunos das escolas públicas de Nova York terão aulas remotas nesta sexta-feira.

Nos aeroportos de Nova York (LaGuardia, Newark) e Filadélfia, os voos sofreram atrasos devido à baixa visibilidade, informou a Agência de Aviação Civil, a FAA.

- Risco "extremo" -

Os incêndios no Canadá, agora concentrados em Quebec, queimaram quase 3,8 milhões de hectares este ano.

Desde janeiro, foi registrado o dobro de novos focos do que a média desse período nos últimos 10 anos.

Quebec relatou mais de 150 incêndios ativos na quinta-feira, quase 90 deles fora de controle. Mais de 12.000 pessoas foram resgatadas.

As autoridades esperam mais reforços dos Estados Unidos, França e Portugal nas próximas horas e dias.

A situação continua preocupante em muitas regiões, disse Stephane Caron da SOPFEU.

"Estamos apenas no início da temporada de incêndios. Estamos entrando no período em que os incêndios maiores geralmente começam a ocorrer em Quebec", afirmou.

As autoridades do oeste de Quebec classificam o risco de novos focos de incêndio como "extremo". Esses incêndios são de alta intensidade e se espalham rapidamente, tornando muito difícil para os bombeiros detê-los, acrescentaram.

A névoa que cobre e atrapalha a vida diária de milhões de pessoas nos Estados Unidos e no Canadá deve persistir nesta quinta-feira (8) e, possivelmente, se estender até o final de semana, disse Bryan Ramsey, meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA. "É provável que as condições permaneçam insalubres, pelo menos até que a direção do vento mude ou os incêndios sejam apagados", afirmou o especialista. "Como os incêndios estão intensos e são realmente grandes, eles provavelmente continuarão por semanas. Mas tudo depende da mudança do vento."

Em todo o leste dos EUA, autoridades alertaram os moradores a ficarem dentro de casa e limitarem ou evitarem atividades ao ar livre novamente hoje, estendendo os alertas de qualidade do ar "Código Vermelho" em alguns lugares pelo terceiro dia consecutivo. As previsões ainda mostram ventos empurrando o ar cheio de fumaça para o Sul.

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A fumaça se moveu sobre a Groenlândia e a Islândia desde 1º de junho e deve chegar à Noruega ainda nesta quinta-feira, disse o Instituto Norueguês de Pesquisa Climática e Ambiental, mas não se espera que seja um problema de saúde. Em Washington, DC, a prefeita Muriel Bowser ordenou que as escolas cancelassem o recreio ao ar livre, esportes e excursões. No subúrbio da Filadélfia, autoridades montaram um abrigo de emergência para que pessoas em situação de rua possam se refugiar da neblina.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que o Estado estava fabricando um milhão de máscaras N95 - o tipo mais recomendado no auge da pandemia do covid-19 - disponível em instalações estaduais, incluindo 400 mil locais na cidade de Nova York. Ela também pediu que a população se mantenha em casa. Até o momento, a cidade ainda não teve um aumento nas ligações para a emergência relacionadas a problemas respiratórios e paradas cardíacas.

Mais de 400 incêndios no Canadá deixaram 20 mil pessoas desabrigadas. Os EUA enviaram mais de 600 bombeiros e equipamentos para o país. Outros países também estão oferecendo ajuda.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, conversou com o presidente americano, Joe Biden, nesta quarta-feira, 7, por telefone. O gabinete de Trudeau disse que agradeceu a Biden por seu apoio e que ambos os líderes "reconheceram a necessidade de trabalharem juntos para lidar com os impactos devastadores das mudanças climáticas'. Segundo autoridades canadenses, esta será a pior temporada de incêndios florestais do país. Fonte: Associated Press.

Após uma das composições ser evacuada com fumaça em seu interior, na manhã desta nesta terça-feira (16), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que o ramal Jaboatão permanecerá com um trem pendular ao longo da tarde. Os usuários com destino final às estações do ramal Jaboatão devem ficar atentos à mudança na operação.

O trem pendular fará o percurso de ida e volta em via única, nas estações do ramal Jaboatão. Dessa forma, os passageiros que forem seguir até as estações de Cavaleiro, Floriano, Engenho Velho e Jaboatão devem descer na estação Coqueiral e pegar o trem pendular para seguir viagem. A manutenção deve durar ao longo da tarde.

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LeiaJá também: Recife: metrô é evacuado após fumaça dentro do trem

O problema foi registrado por volta das 6h30, quando os passageiros precisaram descer do trem devido a fumaça. As estações Jaboatão, Engenho Velho e Floriano ficaram fechadas por 20 minutos. Por volta das 12h10, de acordo com a CBTU, a operação foi normalizada.

Um trem da Linha Centro do metrô do Recife precisou ser esvaziando na manhã desta terça-feira (16). Um dos vagões da composição ficou cheio de fumaça. A suspeita é que houve um problema no ar-condicionado. 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) registrou a falha no ramal Jaboatão, por volta das 6h30. O trem foi evacuado na Estação Engenho Velho. 

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As estações Jaboatão, Engenho Velho e Floriano ficaram fechadas por 20 minutos. Após a suspensão temporária, elas foram reabertas e operam em via singela, quando apenas uma via é utilizada pelos trens para trafegar nos dois sentidos. 

Uma equipe da manutenção da CBTU foi acionada e atua no local. O trem ainda não foi rebocado, informa a companhia. 

A morte de Genivaldo de Jesus Santos após uma abordagem de policiais rodoviários federais nessa quarta-feira (25), em Umbaúba, no Sul de Sergipe, foi comparada com tortura nas redes sociais. O termo "câmara de gás" foi um dos mais comentados após a repercussão das imagens em que a vítima, de 38 anos, aparece presa no porta-malas de uma viatura enquanto os agentes liberam um tipo de fumaça dentro do espaço confinado.

A abordagem foi acompanhada por populares, que repreenderam a conduta dos policiais enquanto Genivaldo gritava dentro da mala. Na gravação é possível ouvir a advertência de uma das testemunhas: “vai matar o cara ali dentro”. Em outro momento, uma mulher aponta: “pode gravar isso aí, isso aí é) um crime”.

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Atenção: imagens fortes

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De acordo com o sobrinho da vítima, identificado como Wallyson de Jesus, Genivaldo pilotava uma moto quando foi abordado pelos agentes, que encontraram cartelas de medicamento em seu bolso. Ele ficou nervoso e Wallyson teria informado que o tio sofria de transtornos mentais, no entanto, os policiais o algemaram ainda no chão e colocaram na viatura.

Após inalar muita fumaça, ele desmaiou e foi encaminhado pelos agentes ao Hospital José Nailson Moura, onde deu entrada ainda desacordado. O óbito foi confirmado na unidade de saúde.



O corpo foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Aracaju, onde foi constatado que a morte decorreu de asfixia mecânica e insuficiência respiratória, de acordo com a TV Sergipe. Ele já foi liberado e será velado na casa da mãe, em Mangabeira, em Santa Luzia do Itanhy. 

Familiares registraram boletim de ocorrência na delegacia de município e informaram em depoimento que Givanildo tomava remédio para esquizofrenia há cerca de 20 anos.



O que diz a PRF



A Superintendência da PRF em Sergipe lamentou o ocorrido e informou que abriu procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos envolvidos.

Conforme o comunicado, o homem teria resistido ativamente à abordagem e, em razão da sua agressividade, foram aplicadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para contê-lo. Posteriormente, ele teria passado mal e sido socorrido de imediato à unidade de saúde.

Um fumaceiro saindo de um ônibus da empresa 1002 causou pânico no centro de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, nesta quarta-feira (27). O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 8h30, mas ao chegar ao local constatou que não se tratava de um incêndio - como populares pensavam - mas um vazamento de óleo. Não houve feridos.

Um vídeo postado nas redes sociais, gravado por um motorista que passava no momento do ocorrido, registrou a movimentação das pessoas assustadas com a fumaça. No vídeo é possível ver alguns passageiros saindo pelas janelas do ônibus, e algumas pessoas que estavam no local prestando ajuda.

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A empresa Expresso 1002 afirmou, através das redes sociais, que o veículo não pegou fogo e que foi um problema na turbina.

O desfile de veículos militares da última terça (10), realizado pela Operação Formosa, da Marinha, em Brasília (DF), resultou em diversas críticas e memes nas redes sociais. O rapper Marcelo D2 fez questão de dar sua contribuição, através do Twitter. Defensor da liberação da maconha, ele brincou com a fumaça produzida pelos tanques que desfilaram no cortejo e garantiu não ter “nada a ver” com o incidente.  

Entre os veículos que participaram do desfile estão veículos blindados de transporte de pessoal, conhecidos pela sigla VBTP, lançadores de mísseis e tanques. Entre os últimos, um modelo produzido nos anos 1970, o SK-105 Kürassier, que chamou muita atenção pela densa fumaça escura que soltou durante a volta. D2 não deixou passar batido, e comentou a respeito em sua rede social. “Só queria dizer que não tenho nada a ver com a fumaça da milícia de Brasília… Atenciosamente a gerência”.

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A ‘piada’ do rapper foi bastante comentada pelos seguidores e ganhou mais de 18 mil curtidas. “Quem é que joga a fumaça pro alto?”. “Eu sabia que você tinha feito aquela música Ex-quadrilha da fumaça para o exercito. Hoje ela foi usada”; “Pela cor da fumaça estão queimando documentos sigilosos da Covaxin”; “Hahahaha já sabemos que a fumaça é do Pum do Palhaço, que a Rainha da Sucata disse lá atrás”. 


 

O vulcão Rincón de la Vieja, na Costa Rica, entrou em erupção nesta segunda-feira (28), gerando uma coluna de fumaça com mais de 2.000 metros de altura sobre a cratera, informaram as autoridades, que não registraram danos a pessoas.

O ocorrido, que durou aproximadamente três minutos, foi registrado às 5h42, horário local (11h42 GMT), de acordo com o Observatório Vulcanológico e Sismológico da Costa Rica (Ovsicori), que registrou queda de cinzas e cheiro de enxofre a norte e nordeste do vulcão que está 1.895 metros acima do nível do mar.

Esse vulcão está localizado na província de Guanacaste (noroeste), no Parque Nacional Rincón de la Vieja, a cerca de 200 km da capital, San José.

"É uma erupção conhecida como freática ou freatomagmática [que ocorre quando há interação entre água e magma, ndlr]. Mas não saberemos 100% até que tenhamos amostras das cinzas", afirmou Maarten de Moor, cientista da Ovsicori.

"Este vulcão tem um lago cratérico" que, quando expulso, "gerou fluxos de água e lahars [fluxos de sedimentos] descendo as encostas do vulcão", explicou.

"Foi uma erupção bastante enérgica. Embora esses tipos de eventos sejam comuns em Rincón de la Vieja - por exemplo, no ano passado foram registrados cerca de 1.400 deles - esse foi muito grande. Talvez seja o mais importante desde os anos 90", afirmou Moor.

Por sua vez, a Comissão Nacional de Emergência assegurou, através das redes sociais, que foi enviada ao local uma equipe para avaliar a situação e, embora ainda não haja diretrizes de evacuação para as cidades vizinhas, insiste que a população não se aproxime do vulcão.

De acordo com a Rede Sismológica Nacional (RSN), a Costa Rica é um país com mais de 120 focos vulcânicos. No entanto, a maioria deles está extinto.

São apenas cinco ativos: Rincón de la Vieja, Arenal, Poás, Irazú e Turrialba, que produzem erupções periódicas de magnitude variável.

O Xbox Series X mal foi lançado e um vídeo já circula pelas redes sociais mostrando o novo console da Microsoft estaria soltando fumaça. As imagens começaram a circular depois que um usuário do Reddit postou em tom de brincadeira que o  Xbox Series X de seu amigo "veio com um recurso de fogueira". 

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No vídeo é possível ver o console na posição vertical, em cima de um caixote, com fumaça saindo das aberturas na parte superior. Em resposta a uma postagem do vídeo no Twitter, o usuário Arek_Adamowicz afirmou que estava sofrendo de um problema semelhante, postando seu próprio vídeo mostrando ainda mais fumaça saindo de seu console. Além deles, outras pessoas começaram a comentar sobre problemas com o videogame.

No Twitter, os usuários aproveitaram para fazer piadas com a possível saída de fumaça do Xbox Series X. Ainda não se sabe se os vídeos que circulam são verdadeiros e, até o momento, a Microsoft não se posicionou sobre o assunto. 

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Com possibilidade de acontecer até domingo (20), em São Paulo, o fenômeno da "chuva negra" resulta da chegada da fumaça das queimadas do Pantanal que se junta à alta carga de poluição atmosférica produzida na cidade. Segundo pesquisadores, embora o acúmulo de material particulado no ar aumente riscos para saúde e possa provocar problemas respiratórios, a chuva, em si, tem maior potencial de poluir rios e mananciais - sem grandes impactos para pessoas, casas ou veículos.

Os incêndios lançam à atmosfera fuligem e material particulado, que são partículas muito finas de sólidos ou líquidos que ficam suspensas no ar, além de gases como monóxido (CO) e dióxido de carbono (CO2). As correntes aéreas, no entanto, arrastam a fumaça desde os focos da queimada, hoje principalmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, até outras regiões.

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Partículas mais pesadas sedimentam no caminho, mas boa parte da poluição é transportada por centenas de quilômetros. Em região de influência de deslocamentos de correntes de ar, São Paulo acaba recebendo parte dessa carga poluente, que pode bifurcar e chegar a Estados da Região Sul ou à Argentina.

Presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy explica que, na capital paulista, o produto dos incêndios encontra a atmosfera já carregada de impurezas. "É um ‘plus’ de poluição chegando e se agregando no momento em que a umidade está muito baixa", afirma. Segundo Bocuhy, o cenário de poluição extra deve ser considerado preocupante. "A literatura científica identifica a fuligem como de periculosidade para a saúde e que afeta principalmente idosos, crianças e pessoas com menos recursos financeiros."

"Quando o material particulado entra pelas narinas, os alvéolos não conseguem filtrar, de tão pequenos que são, então vai direito para a corrente sanguínea", descreve o presidente do Proam. "Há estudos que o associam a problemas no sistema respiratório e também acaba sendo um elemento carcinogênico, ou seja que potencializa o desenvolvimento de câncer."

É o excesso de poluentes no ar que "escurece" a chuva, diz o pesquisador: "A ‘chuva negra’ não é prejudicial, ela limpa a cidade: tira da atmosfera e lança na água". O problema, diz Bocuhy, é que a chamada poluição difusa - detritos acumulados que a água retira do ar ou das superfícies, como asfalto, veículos e construção - vai parar nos rios. "Ela é carregada para o solo, escorre superficialmente e acaba nos mananciais."

Participante de pesquisa que monitora a presença de poluentes a atmosfera, Eduardo Landulfo, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen-Cnen), explica que a "chuva negra" pode se formar por duas situações. A primeira é quando a carga se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação. Já a segunda acontece quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem. "Se chover, a água capta essa sujeira e aí transforma na ‘chuva negra’."

Segundo afirma, os principais impactos da chuva são relativos à poluição difusa, mas sem grandes riscos para pessoas ou bens. "Como há compostos de nitrogênio e oxigênio, poderia acidificar, mas essa hipótese é só se chover por vários dias, com efeito prolongado", explica. "Se chover um dia só, é só lavar o carro, para não ficar sedimentos, aqueles pontinhos pretos, que podem comprometer a lataria."

A fumaça das queimadas no Pantanal chegou em Santa Catarina através de uma chuva escura. O fenômeno foi registrado em municípios do Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte do Estado. A fumaça viajou mais de mil quilômetros, transportada por ventos noroeste de baixos níveis, e acabou contaminando a água da chuva.

O fenômeno é acompanhado pelo setor de hidrologia da Defesa Civil de Santa Catarina e pelos meteorologistas da Epagri/Ciram. A fumaça foi identificada através de imagens de satélites, no qual foi possível identificar a origem nas queimadas de vegetações, e chegou a ser visualizada na Grande Florianópolis. A chuva foi identificada pelos satélites no início da semana e a ocorrência da precipitação foi registrada na quinta-feira, 17.

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O coordenador de monitoramento e alerta da Defesa Civil catarinense, Frederico de Moraes Ruthorff, informou que "a água da chuva contaminada pode conter compostos tóxicos, portanto alguns cuidados devem ser tomados se for realizar a captação em cisternas para consumo humano ou animal".

Segundo o meteorologista da Epagri, Marcelo Martins, o deslocamento de fumaça por longas distâncias é algo comum, no entanto, quanto maior o volume de fumaça na origem, mais distante ela pode chegar. "O vento nordeste traz o ar úmido da região amazônica e do Pantanal, assim como os ventos do quadrante sul também levam o ar seco e frio para aquela região. Isso não é incomum, mas quanto mais fumaça, e dependendo dos ventos, mais longe ela chega", explicou.

Nas comunidades agrícolas do interior catarinense é comum a captação e armazenamento de água da chuva em cisternas. Segundo a Defesa Civil, nessas regiões, além da qualidade da água, é necessário analisar também qualidade do ar, para identificar a possibilidade de chuva contaminada.

O fenômeno, no entanto, está com os dias contados, pelo menos por enquanto. Segundo a meteorologia, a partir deste fim de semana, uma frente fria chega a Santa Catarina, com ventos do quadrante sul, empurrando a fumaça no sentido contrário.

A fumaça das queimadas no Pantanal que chegou a São Paulo na quinta-feira, 17, pode ter um impacto grave na saúde da população paulistana. Junto com o ar seco e ao tempo frio, a fuligem presente no ar se torna um risco especialmente preocupante para idosos, fumantes e pessoas com doenças respiratórias crônicas.

"Isso coincide com um período que é complicado. Sempre que a gente tem o ar frio, seco e poluído é a pior condição para quem tem doenças de via respiratória. E essa fumaça que vem é um problema ambiental mundial, mas que está chegando a São Paulo agora, que já é uma cidade com alto índice de poluição", explica Silvio Cardenuto, médico assistente do pronto socorro da Santa Casa.

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Essa tríade de más condições no ar (seco, frio e poluído) atinge principalmente os grupos de risco citados acima e pode agravar quadros de bronquite e rinite crônicas, asma, idosos com "pulmão senil", gestantes, pessoas imunossuficientes e com outras doenças respiratórias. Para se prevenir, Cardenuto recomenda o uso de máscaras, que diminui a inalação de partículas, boa hidratação e a umidificação dos ambientes internos, com baldes de água e toalhas molhadas.

Outra recomendação que Cardenuto indica é a de evitar aglomerações, uma medida que já deveria ser cumprida em função do novo coronavírus. Caso haja o agravamento de qualquer sintoma, como aumento de tosse, falta de ar, mudança na expectoração, cansaço anormal ou sangramento nasal, é preciso procurar atendimento médico.

"Existe uma conjunção de fatores que minimizou esse risco e a população já vinha se cuidando com o uso de máscara por causa da pandemia. Então, o impacto só não é maior por causa disso", afirma. Mesmo a chuva negra que pode chegar à capital neste fim de semana pode ser benéfica neste caso, já que ela aumenta a umidade do ar. "Ela pode minimizar um pouco a parte das vias respiratórias, mas o problema ambiental permanece, claro."

A fumaça das queimadas que atingem o Pantanal chegou ao Sudeste e notadamente à cidade de São Paulo, a exemplo do que ocorreu em agosto do ano passado com o material particulado que veio da Amazônia. Ontem, uma fumaça mais espessa já era visível por toda a capital. A expectativa é em relação à possibilidade de "chuva negra" até o próximo domingo (20)em todo o Município.

"As condições atmosféricas trouxeram ventos de Centro-Oeste. Com a previsão de chuva para os próximos dias, é possível que ocorra uma 'chuva negra', ou seja, com fuligem, que vai ser facilmente observável sobre os carros’, explica o meteorologista da Climatempo João Basso. Dessa forma, o céu alaranjado é uma marca da chegada dessa poluição.

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O fenômeno da "chuva negra" já ocorreu em algumas áreas do Rio Grande do Sul no fim de semana passado, e também foi visto na cidade de São Paulo em 19 de agosto de 2019. A diferença é que naquele momento as queimadas que se destacavam vinham do Norte, da Amazônia, e o fenômeno coincidiu com uma grande frente fria e grande precipitação sobre a cidade. A perspectiva é de que a chuva seja menos concentrada, mais próxima do que se vê no verão, segundo Basso.

A perspectiva também é de que novamente o ciclo de ventos no Centro-Oeste leve a fumaça ao Sul do País. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que as imagens de satélite e os modelos de direção dos ventos mostram o movimento da poluição em direção a todos os Estados da região.

Conforme avaliação da Climatempo, também é possível que ocorra hoje um aumento da camada de fumaça sobre áreas do Rio de Janeiro, especialmente no centro-sul do Estado, incluindo a capital fluminense, e sobre o centro-sul de Minas e o Triângulo Mineiro.

Imagens de satélites da agência espacial americana (Nasa), desta semana, indicam que a fumaça provocada pelas queimadas no Pantanal e na Amazônia, no Brasil, já chega ao meio do Oceano Atlântico Sul e pode se aproximar rapidamente do continente africano. A condição meteorológica provocará queda na temperatura na próxima semana, mas há possibilidade de chuva prevista apenas para outubro no Centro-Oeste.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fumaça proveniente dos focos de incêndio observados com intensidade desde o começo do mês na região do Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, está se deslocando para o Sul do país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as imagens de satélite e os modelos de direção dos ventos mostram o movimento da poluição em direção a todos os estados da região Sul do Brasil.

De acordo com a meteorologista Marlene Leal, do Inmet, a frente fria que está na região Sul vai se deslocar para o Sudeste, criando condições de chuva que podem limpar a atmosfera.

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O Inmet emitiu alerta hoje para a baixa umidade do ar em boa parte do país. A situação é de perigo em todo o Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Tocantins, com bandeira laranja, além de boa parte de Minas Gerais. Há perigo potencial, na bandeira amarela, para a região do semi-árido, agreste e sertão do Nordeste, além da parte norte de Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro.

Por outro lado, há perigo de tempestade em Santa Catarina e na Baixada Santista.

São Paulo

Em São Paulo, a chegada de uma frente fria esta semana também deve trazer fumaça das queimadas para o estado paulista, podendo provocar até mesmo a incidência de chuva negra. A informação é do Climatempo.

Somado aos focos de incêndios que são observados no próprio estado de São Paulo, a chegada nesta quinta-feira (17) de uma frente fria ao litoral paulista vai ajudar a direcionar e transportar a fumaça do Pantanal para São Paulo. Com isso, segundo o Climatempo, o estado paulista pode esperar um aumento da fumaça entre hoje e amanhã (18), vinda em parte do Mato Grosso do Sul.

O aumento da fumaça sobre o estado vai favorecer também a interação deste material particulado com a luz do sol, podendo provocar tons alaranjados e avermelhados durante o pôr do sol em São Paulo. No final de semana, com o aumento das condições de chuva, esse efeito será menos perceptível.

Para que a chuva negra ocorra depende da quantidade de fumaça que será transportada para o estado. Esse mesmo fenômeno já ocorreu no estado no dia 19 de agosto de 2019, quando o céu ficou completamente escuro durante o dia.

Queimadas

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil já registrou este ano 139.316 focos de queimadas, sendo 48.186 apenas em setembro e 5.342 nas últimas 48 horas. Na divisão por estado, o Inpe indica atividade fortíssima de queimadas em setembro nos estados do Mato Grosso e Pará, com mais de 7 mil focos no período em cada estado, e atividade também bastante elevada no Amazonas, Tocantins e Maranhão, onde foram mais de 3 mil focos em cada até o dia 16 de setembro.

Ontem, o governo federal liberou R$ 10 milhões para combater os incêndio no Mato Grosso. A perícia indicou que o fogo foi intencional.

A cidade de Cuiabá amanheceu nesta terça-feira, 15, coberta pela fumaça. A capital de Mato Grosso vem quebrando recordes consecutivos de altas temperaturas nos últimos dias e sofre com a baixa umidade do ar, características da região neste período do ano. O grande volume de incêndios florestais registrados em 2020 no Centro-Oeste tem contribuído aumentar para as cortinas de fumaça que têm se formado constantemente no município.

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Desde a noite de segunda-feira, 14, o volume de fumaça no ar começou a aumentar consideravelmente. Nesta terça, ao amanhecer, o céu estava cinza e a fuligem limitava a vista de prédios e pontos mais distantes do campo de visão. O Aeroporto Internacional Marechal Rondon não chegou a ser fechado, mas teve de operar por instrumentos devido à baixa visibilidade.

Com a grande repercussão nacional provocada pelos incêndios no Pantanal, a qualidade do ar em Cuiabá foi um dos assuntos mais comentados na manhã de hoje nas redes sociais. Segundo o Corpo de Bombeiros, a densa fumaça que amanheceu sobre a cidade vem principalmente do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e da Serra de São Vicente, cortada pela BR-364.

Cuiabá já soma mais de 100 dias sem chuvas. No último domingo, 13, a cidade bateu recorde ao marcar 42,7º. É a primeira vez que esta temperatura é alcançada desde 1911, data em que se iniciaram os registros. No sábado, 12, a máxima foi de 42,4º e na quinta-feira, 10, 42,6º, recorde até então.

Na segunda-feira, 14, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), anunciou que irá decretar estado de calamidade por conta dos incêndios florestais que se espalham no estado para poder pleitear mais recursos federais e desburocratizar ações de combate ao fogo. De acordo com ele, o período sem chuvas deve durar até outubro.

"A gente ganha mais celeridade para fazer algumas aquisições públicas. Senão, uma locação aí de mais viaturas ou aquisição, ou alocação de aeronaves pode demorar 90 dias", justificou.

Atualmente, segundo o governador, há 2,5 mil homens, seis aeronaves, três helicópteros, 40 equipes dos bombeiros atuando em todo o estado de Mato Grosso.

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