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O candidato a governador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta quarta-feira (24), que pretende, se eleito, regionalizar os editais do Funcultura, para ampliar a participação de eventos do interior no benefício disponibilizado pelo programa.  “Hoje os editais não são regionalizados”, observou o petebista, em entrevista a uma rádio local. O candidato do PTB também prometeu que vai profissionalizar a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “A Fundarpe não tem estrutura e sequer um corpo técnico permanente”, avaliou.

Armando pontuou a necessidade de mapear os equipamentos culturais existentes em Pernambuco e estimular a ampliação de teatros e bibliotecas. O petebista também vai valorizar os artistas locais, sobretudo no pagamento dos cachês. “É preciso tratar essa questão de forma mais séria, valorizando os artistas locais”, sublinhou.

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Sob o viés econômico, o candidato do PTB grifou que vai favorecer a ampliação do mercado da economia criativa, como o design, audiovisual, cinema, música. “A cultura é também um vetor de crescimento econômico e tem que estar no centro da estratégia do incentivo do turismo”, considerou.

HABITAÇÃO E MOBILIDADE 

Na política habitacional, Armando disse que vai construir 50 mil unidades habitacionais. O petebista também prometeu rever, junto ao governo federal, a política de reajuste dos limites do programa Minha Casa Minha Vida, para que o projeto observe as características do mercado regional e atenda a realidade local. “O governo não pode decretar a redução do preço dos imóveis. Precisamos atuar de maneira articulada para que o Minha Casa Minha Vida possa oferecer uma melhor resposta em Pernambuco”, disse.

Sobre a questão da mobilidade urbana, Armando cravou que vai concluir os corredores Leste/Oeste e Norte/Sul, que já receberam os recursos do governo federal, mas que estão com as obras paradas e os ônibus estocados. Contudo, o candidato do PTB disse que vai construir mais corredores, como o da BR-101, o da 2ª Perimetral, em Afogados, e o da 3ª Perimetral, na Avenida Recife.

Armando também informou que vai realizar uma articulação com o governo federal para melhorar a frequência do metrô e a fazer uma renovação das composições. Com isso, será possível ampliar para 500 mil o número de usuários transportados diariamente. O candidato afirmou ainda que vai implantar o VLT e construir algumas linhas, como a que liga o Terminal Integrado Joana Bezerra, na área central do Recife, até Jaboatão dos Guararapes, e conectar esse ramal à Linha Sul, que se estende até o município do Cabo de Santo Agostinho.

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundarpe, anunciam do resultado final  do Edital Funcultura Independente 2013/2014  na sexta-feira (12/09), às 11h, no Museu do Estado de Pernambuco, lozalizado no bairro das Graças. Após o anúncio, o resultado estará disponível no portal Cultura PE.

Ao todo, o edital disponibilizará uma verba de R$ 22 milhões, por meio do incentivo direto a projetos de música, teatro, cultura popular, literatura, patrimônio, artes plásticas gráficas e congêneres, dança, fotografia, artes integradas, circo, de artesanato, gastronomia e ópera.

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Foram 1.516 projetos inscritos, 1.286 foram habilitados na fase preliminar da seleção, após isso, as propostas habilitadas passaram por julgamento do mérito cultural  realizado pela Comissão Deliberativa do Funcultura, que conta com especialistas de cada linguagem artística.

A exposição Diálogo entre Barrocos, que faz um paralelo entre o estilo artístico produzido no Recife e em Minas Gerais, especialmente no município de Ouro Preto, ficará sediada na Torre Malakoff, Bairro do Recife, de quinta (4) até o dia 12 de outubro. Realizada pela Secretaria de Cultura, Fundarpe e Instituto Cervantes Recife, a mostra conta ainda com conferências e uma classe in situ sobre o tema ministrada pelo arquiteto espanhol José Maria Plaza Escrivá. A entrada é gratuita e a abertura está marcada para às 19h. 

Durante a exposição será apresentado um registro iconográfico sobre o universo de monumentos, imaginária, pintura, talha e cantaria. Diálogos entre Barrocos chega ao Recife no momento em que se celebra o segundo centenário da morte de Aleijadinho, ocorrida em 18 de novembro, o Dia do Barroco Mineiro. A proposta da mostra é estabelecer um diálogo entre o barroco pernambucano e o de Minas Gerais, ressaltando a originalidade do estilo artístico desenvolvido no Brasil. A visitação pode ser feita de terça a sexta, das 10h às 18h, aos sábados, das 15h às 18h, e aos domingos, das 15h às 19h. 

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Conferência e classe in situ

O arquiteto espanhol José Maria participa de uma conferência sobre a relação entre os barrocos brasileiros no dia 2 de outubro, às 19h. No dia 9 do mesmo mês, às 10h, o espanhol ministrará uma classe in situ para pessoas interessadas, desenhando a Torre Malakoff no próprio local.

Serviço

Exposição Diálogo entre Barrocos

Quinta (4) | 19h

Torre Malakoff (Praça Arsenal da Marinha – Bairro do Recife)

Terça a sexta | 10h às 18h

Sábados| 15h às 18h

Domingos | 15h às 19h

(81) 3184 3180

Gratuito

 

O Projeto de Lei (PL) 2058/2014, do deputado estadual Betinho Gomes (PSDB), que faz várias alterações na lei do Fundo de Incentivo à Cultura de Pernambuco (Funcultura), deverá passar por algumas revisões nos próximos dias. Isso porque, de acordo com o próprio parlamentar e com o diretor do Funcultura, Tiago Rocha, houve um equívoco na formulação da proposta baseada na lei original do Funcultura de 2002, sem as modificações posteriores garantidas por lei que incluem, por exemplo, as áreas culturais Artes Integradas, Formação e Capacitação e Gastronomia à lei. 

Nesta quarta-feira (20), Betinho Gomes publicou no Diário Oficial do Estado (DO) um texto que, segundo ele, retiraria todas as alterações no Projeto de Lei que não fossem relacionadas ao Artigo 5º, relacionado à linha de financiamento do Funcultura. “Depois do alerta da reportagem fiz as mudanças necessárias, porque como falei ontem (terça, 21) nosso objetivo era apenas incrementar as emendas parlamentas à receita do Funcultura”, explica Betinho. No entanto, o LeiaJá consultou a edição do DO desta quarta-feira (20), mas apesar de haver um texto reformulado sobre o Projeto de Lei 2058/2014, as ditas ‘mudanças’ não foram publicadas. 

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Repercussão no Funcultura depois da proposta

Por telefone, Tiago Rocha disse que antes da proposta de Betinho Gomes ser enviada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) não houve contato com a diretoria do Funcultura. “Não sei dizer se teve alguma conversa com a Secretaria de Cultura (Secult/PE), mas depois que vimos a publicação da proposta emitimos um parecer técnico, assinado pelo secretário, com um posicionamento crítico sobre esse projeto que retira conquistas do próprio Governo em diálogo com a sociedade civil”, comenta o diretor do Fundo pernambucano.

Câmara promete Funcultura de R$ 40 milhões

“Esse projeto nos causou surpresa, e o entendimento que tivemos foi de que o deputado fez uso da lei original do Funcultura, de 2002, sem as alterações. O próprio parlamentar entrou em contato conosco para confirmar o equívoco e avisar que a alteração já havia sido publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (20)”, disse Tiago Rocha. Perguntando se já havia visto a publicação no DO, o diretor do Funcultura negou, mas ressaltou que a proposta será mais uma vez analisada pela Secult/PE. “Já solicitamos ao deputado uma cópia da nova proposta para que outro parecer técnico seja emitido”, explica ele. 

Equívocos da proposta de Betinho

O parlamentar ressalta que o objetivo da lei seria apenas alterar o Artigo 5º, incorporando as emendas parlamentas à receita do Funcultura. Mas além dessa mudança, houve por falta de atenção alterações no Artigo 6° da lei original do Funcultura (que cita as áreas culturais as quais se destinam os recursos do Fundo), e no Artigo 4º (que depois de atualizado retira a obrigatoriedade de cadastro mínimo de seis meses como produtor cultural para inscrever projetos no Fundo). Outro equívoco do Projeto de Lei do deputado está no Artigo 7º, relocando a gestão do Funcultura para a Secult/PE, ao invés de manter na atual gestora Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Pelo organograma do Estado, a estrutura do Funcultura é vinculada à Fundarpe. É natural que permaneça assim e qualquer alteração implicaria numa reforma geral neste organograma”, comenta Tiago Rocha.

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Discussão com a sociedade

Ainda de acordo com o diretor do Funcultura, o Projeto de Lei de Betinho Gomes toca em assuntos mais complexos na estrutura do Fundo. “Especificamente acerca da alteração que incorpora as emendas parlamentares à receita do Fundo, é importante que seja aprofundado este debate. Entramos em contato com o nosso departamento jurídico e já foi constatado que não há impedimento para esta alteração, mas toda a emenda terá que ser revertida para o Funcultura em geral, e não a uma linguagem ou projeto específico. Além disso, tem que ver a questão do calendário, porque o Funcultura tem o seu e as emendas tem outro”, ressalta ele. 

Questionado sobre a importância de uma audiência pública para tratar do assunto, Tiago Rocha seguiu o protocolo e tocou a bola para o deputado. “A princípio, essa é uma competência de quem propôs essa alteração na lei do Funcultura. Mas ressalto que o debate com a sociedade é de extrema importância e que estamos à disposição”. 

Para o parlamentar do PSDB, não há necessidade de se convocar uma audiência pública para discutir a proposta que muda a lei do Funcultura. “Não tem muito sentido fazer um debate sobre algo que só altera a fonte de financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura. Mas se houver necessidade, vamos fazer um diálogo. Não sei se esse é o melhor momento por ser um período eleitoral e a casa (Alepe) não estar tão cheia”, opina o deputado. A proposta ainda será votada na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) até o dia 23 de setembro, para depois passar pelas outras comissões permanentes da Alepe.

“Já a questão do Orçamento Impositivo, que é mais complexo porque mexe na Constituição do Estado, vale a pena uma discussão mais ampla, porque as emendas parlamentares são bem soltas no âmbito da cultura, e essa minha proposta cria um mecanismo que vai evitar tudo isso”, defende Betinho Gomes. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo chegou ao fim, mas as sementes foram plantadas mais uma vez. O evento realizado no oasis do sertão, como é conhecido o município de Triunfo, também é um oasis de oportunidades para aqueles que se dedicam à sétima arte com ofício e paixão. Sejam através das oficinas, debates, mostras ou sessões de alta qualidade técnica, o festival deixa sinais de que é uma das maiores referências nacionais quando o assunto é cinema.

No que diz respeito às premiações das mostras competitivas na noite de encerramento, neste sábado (9), o festival chamou ao palco, por seis vezes, o diretor Hilton Lacerda para receber algum troféu por conta de Tatuagem. O filme, exibido pela primeira vez em Triunfo com sessão lotada, foi o grande vencedor desta edição, levando pra casa as canecas de melhor ator, para Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa, melhor trilha sonora, para DJ Dolores, melhor direção, melhor longa nacional, melhor roteiro e júri popular

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Para Carla Francine, coordenadora de Audiovisual da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), instituição realizadora do evento ao lado da Secretaria de Cultura do Estado, esta sétima edição mostra como o festival está consolidado de fato, não só na cidade como na região. “Todas as sessões este ano foram lotadas e a gente contou com a participação da população. No que diz respeito à formação de público, tivemos a parceria com várias escolas de Triunfo e dos arredores. Não tivemos nenhum tipo de problema de projeção, que é um problema recorrente nos festivais por conta da migração pro digital”, listou ela. 

O festival seguiu com a proposta de levar cinema às comunidades e passou por quatro bairros do município com o projeto Mostra Cinema na Estrada. A iniciativa, que teve início na última terça (5) e passou por quatro bairros do município sertanejo, exibiu em praças públicas e espaços abertos cinco curtas pernambucanos e um de São Paulo gratuitamente. 

Ainda neste sábado (9), uma das atividades da sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo foi a I Mostra Competitiva de Curta-metragem dos Sertões, com sessões realizadas no Cine Teatro Guarany. Ao todo, sete filmes do Sertão, incluindo um curta da Paraíba (Sophia, de Kennel Rógis) e um produzido em Triunfo (Ser Mais Que Cinza, de Daniel Figueiredo), fizeram parte da mostra. 

Licor e doces artesanais adoçam festival em Triunfo

De acordo com Carla Francine, as oficinas foram outras atividades que tiveram um resultado satisfatório. “Desde o primeiro ano do festival que atuamos nesse sentido de formação crítica na cidade. Um exemplo é o júri popular. Para o voto de cada um dos participantes ser validado, foi necessário que ele comparecesse a todas as sessões. Eles passaram uma semana antes do festival tendo uma formação mais crítica”, explica Carla Francine, que quando assumiu o cargo oferecido pela Fundarpe mapeou na região de Pernambuco seis festivais de cinema. Hoje, segundo Francine, existem mais de 30 eventos do tipo espalhados pelo Estado. “O resultado satisfatório do Festival de Cinema de Triunfo é resultado de uma série de políticas culturais que implementamos de 2007 pra cá”, 

Networking espontâneo em Triunfo

Com a presença de vários realizadores, produtores e uma gama de profissionais da sétima arte nacional, o município sertanejo se transforma naturalmente em um ambiente propício para o surgimento de novas parcerias e trocas de experiências entre os cinéfilos. O resultado deste networking espontâneo foi visível a cada encontro, como nas sessões e nos debates realizados todas as manhãs, e inclusive (talvez principalmente) nos momentos de happy hours dos participantes.

Outro ponto alto do festival foram os debates realizados entre os realizadores e o público interessado. De terça (5) até este sábado (9), a sétima edição do Festival de Cinema de Triunfo realizou diariamente debates com os realizadores dos filmes participantes. Sempre às 11h, as conversas foram mediadas pelo jornalista André Dib, num espaço de Triunfo conhecido como a Casa da Pedra. Os encontros contaram com a presença de vários realizadores, como Hilton Lacerda (PE), Ali Muritiba (PR), Carla Osório (ES) e Amanda Ramos (PE).

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Com a presença de vários realizadores, produtores e uma gama de profissionais da sétima arte nacional durante o Festival de Cinema de Triunfo, realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o município sertanejo se transforma naturalmente em um ambiente propício para o surgimento de novas parcerias e trocas de experiências entre os cinéfilos. O resultado deste networking espontâneo fica visível em cada encontro, como nas sessões e nos debates realizados todas as manhãs, além dos momentos de happy hours dos participantes que não param de trocar impressões sobre os filmes exibidos no festival.

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Segundo Carla Francini, coordenadora de Audiovisual da Fundarpe, esse é um dos objetivos do Festival de Cinema de Triunfo. “A gente só acredita em festival assim. Festival de cinema que não tem debate, oficina e diálogo não teve nada. Tem que trazer o povo e fazer essa sinergia acontecer. O objetivo é esse mesmo, deixar as pessoas circulando e trocando ideias”, comenta.

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

A cinegrafista Carla Osório, do Espírtio Santo, mas representante do filme carioca Cidade de Deus – 10 anos depois, que conta a história dos atores que participaram do longa de Fernando Meireles uma década depois do sucesso mundial, elogiou a postura do Festival de Cinema de Triunfo em manter um diálogo horizontal entre realizadores e público. “Essa é uma experiência que alguns festivais andam adotando, mas sempre naquele formato ‘mesa e cadeira’, realizadores de um lado e público de outro. O formato que Triunfo escolheu, um grande círculo onde todo mundo interage de forma livre, é muito interessante porque as parcerias se estabelecem de formas naturais. E o ambiente maravilhoso propicia esse ambiente criativo que a gente vive durante o festival”, comenta a realizadora.

Licor e doces artesanais adoçam festival em Triunfo

Responsável pelo Cinema na Estrada em Triunfo, que rodou esse ano por quatro bairros do município, e pelo projeto Curta DozeMeia, realizado no Recife, Amanda Ramos pontua esse fenômeno como um dos pontos alto do festival. “Essa é uma das coisas que eu acho mais interessante no Festival de Cinema de Triunfo. Desde o primeiro ano que eu acompanhei sempre rolou isso, de inclusive nas festinhas a galera se conhece e conversa sobre seus filmes. Eu como cineclubista também nesses momentos consigo várias autorizações pra exibir os trabalhos do pessoal, que chegam a me dar cópias. A gente termina se reencontrando nos outros festivais e isso é bem legal, porque se cria uma relação.

Quem também valoriza essa sinergia natural durante o festival é Rodrigo Almeida, realizador do curta Casa Forte, filme que trata de uma herança colonial que ainda permanece impregnada no bairro. “Acho isso massa porque são pessoas que chegam do país todo, e a maioria não conhecia a cidade. Eu mesmo nunca tinha vindo e estou bem encantado com Triunfo. E o legal é que quando você compartilha as visões com as pessoas você sai da ditadura de si mesmo e alcança um ponto de vista que você jamais alcançaria sozinho”, reflete.

 

O candidato a governador pela Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro (PTB), afirmou que, se eleito, fará "mudanças profundas" na condução da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). De acordo com ele, as alterações teriam como mote principal a dependência política dos municípios em relação ao apoio a eventos importantes do calendário cultural do Estado. 

“Vamos definir, no calendário cultural de Pernambuco, os critérios que orientarão o apoio financeiro do governo aos eventos e não ficar sempre com essa margem discricionária, que a cada ano fica se esperando por mais ou menos boa vontade do governo”, explicou durante sua passagem por Garanhuns, onde prestigiou a 24ª edição do Festival de Inverno, nessa sexta-feira (25).

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Segundo o candidato, é fundamental estabelecer critérios transparentes e claros para orientar o apoio do Estado. “Ora, os eventos não pertencem ao prefeito A, B ou C. Portanto, por que a Fundarpe não já explicita os critérios? Tem um orçamento, tem um calendário de eventos, por que é que não já se define o nível de apoio necessário em cada uma dessas etapas?”, indagou.

A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) irão divulgar na próxima segunda-feira (16) o resultado do 7º Edital de Audiovisual – Funcultura 2013/2014. O anúncio será realizado às 10h no Teatro Arraial, na Boa Vista. O governo irá destinar R$ 11,5 milhões para a produção, difusão, formação e pesquisa na área de audiovisual.

De 370 projetos inscritos no edital, 309 foram habilitados. Entre eles 52 são de Longa-metragem (21 para etapa de desenvolvimento, 17 de produção, 6 de finalização e 8 de distribuição), 104 de Curta-metragem (sendo 16 para o prêmio Ary Severo), 49 de Produtos para televisão, 28 de Formação, 27 de Difusão, 23 de Desenvolvimento de Cineclubismo, 16 de 'Revelando os Pernambucos' (curtas por região do Estado) e 10 de Pesquisa. A categoria Preservação não teve nenhum projeto inscrito.

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O prefeito de Camocim de São Félix, Uilson França (PTB), denunciou, nesse domingo (25), que foi assediado por integrantes do Governo de Pernambuco e da Fundarpe para aderir à pré-candidatura do PSB ao Governo do Estado, que será disputada pelo ex-secretário Paulo Câmara. Segundo o prefeito, a equipe do governo estadual ofereceu compensações para o anúncio de apoio. 

“Eles perguntaram qual a obra dos meus sonhos para poder votar neles. Eu disse que a obra dos meus sonhos é Armando Monteiro ser governador de Pernambuco”, garantiu. O prefeito petebista afirmou que na última semana voltou a ser assediado. Desta vez, um representante da Fundarpe ligou para o gestor dizendo que Paulo Câmara ia mandar dinheiro para a realização do São João no município.

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“Na sexta passada recebemos uma ligação da Fundarpe. E observamos a preocupação deles, dizendo que nós de Camocim de São Félix iríamos receber dinheiro para fazer o São João, do candidato deles. O que nós sabemos é que este rapaz vai ser candidato e não que ele é governador para mandar dinheiro para canto nenhum. Camocim vai receber dinheiro do Estado porque é polo e, assim como os outros polos, Camocim também tem direito de receber”, afirmou Uilson.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

No último sábado (19), Manuel Bandeira teria completado 128 anos, caso estivesse vivo. Para comemorar o aniversário de um dos mais importantes nomes da literatura brasileira do século passado, a Secretaria de Cultura e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) promovem a Semana Manuel Bandeira, realizada no Espaço Pasárgada, antiga moradia do poeta no bairro da Boa Vista, entre a próxima quarta (23) e sexta-feira (25). A entrada é gratuita e as atividades começam às 9h.

A programação conta com um momento para escambo e troca de livros, declamação de poesias de Manuel Bandeira, palestras, exibição de filmes, exposição fotográfica e apresentação de trabalhos de conclusão de curso ligados à obra do escritor recifense. Também haverá uma aula sobre a obra de Bandeira para alunos com deficiência auditiva em linguagem de sinais e um recital em Libras na sexta-feira (25). 

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Serviço

Semana Manuel Bandeira

Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista)

Quarta (23) a sexta (25) | 9h

Gratuito

Programação:

Quarta (23)

- 9h às 17h | Escambo de Livros Especial com troca de livros

- 9h às 12h | A Gente da Palavra - declamadores sairão nos arredores do Espaço Pasárgada declamando poemas de Manuel Bandeira

- 9h às 17h | Início da Exposição Fotográfica e de Artes Plásticas em torno da obra de Manuel Bandeira; a exposição ficará aberta à visitação até o dia 23 de maio

14h30 às 16h30 | Apresentação de trabalhos monográficos de alunos de graduação e pós-graduação do curso de Letras da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) com temas ligados à poética de Manuel Bandeira

Quinta (24)

- 9h às 17h | Escambo de Livros Especial com troca de livros;

- 14h30 às 16h30 | Ciclo de Palestras Manuel Bandeira Vida e Obra – com André Cervynskis, Teca Carlos e Almir Castro Barros, e mediação de Carlezio Monteiro;

- 19h30 | Cine Pasárgada Especial com os curta-metragens:

“Poeta urbano”, de Antônio Carrilho (ficção)

“Miró: preto, pobre, poeta e periférico”, de Wilson Freire (documentário)

“Jomard em 10 minutos” de Jomard Muniz de Brito (documentário)

“O poeta do castelo” de Joaquim Pedro de Andrade (documentário)

*após a apresentação dos filmes será promovido um debate com a presença dos realizadores Antônio Carrilho, Wilson Freire e Jomard Muniz de Brito

Sexta (25)

- 9h30 às 11h30 | Aula Especial para alunos deficientes auditivos, com tradução em libras realizada por alunos concluintes do curso técnico profissionalizante da Escola Estadual Almirante Soares Dutra e do Centro de Saúde Auditiva de Pernambuco – SUVAG. Ao final da aula haverá recital em libras dos poemas de Manuel Bandeira

- 19h30 | Recital “Poesia em Pasárgada”, com microfone aberto para os poetas e atores-declamadores fazendo intervenções com poemas de Manuel Bandeira

Foram mais de sete anos à frente do Governo de Estado e, consequentemente, das políticas públicas implantas em Pernambuco. No âmbito da Cultura, o ex-governador Eduardo Campos, ao longo dos seus dois mandatos (2007-2011 e 2012-2014) trouxe avanços significativos, a exemplo da implantação no calendário de eventos do Festival Pernambuco Nação Cultural, da ampliação do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), e da criação de uma secretaria específica para o setor, a Secretaria de Cultura (Secult), em 2011. Por outro lado, algumas mazelas envolvendo a gestão cultural em Pernambuco não foram sanadas, a exemplo do abandono de alguns equipamentos culturais, como o Museu de Imagem e Som de Pernambuco (MISPE), do atraso crônico na divulgação dos resultados do Funcultura e da demora na adesão pernambucana ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).

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Mudanças na gestão da Cultura

De acordo com a Secretaria de Cultura, em 2007, quando Eduardo Campos assumiu o Governo do Estado, a instituição responsável pela elaboração e gestão das políticas culturais do Estado era a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que até 2011 estava vinculada à Secretaria de Educação e sob a presidência de Luciana Azevedo. Ainda em 2007, Ariano Suassuna foi nomeado secretário especial de Cultura de Pernambuco, cargo vinculado ao gabinete do governador e sem responsabilidade de gestão cultural.

Em 2011, início do segundo mandato de Eduardo Campos, foi criada a Secretaria de Cultura, entidade que passou a centralizar e responder pelas políticas culturais de Pernambuco, incluindo a Fundarpe, e contou com Fernando Duarte como o primeiro secretário. Mas desde outubro do ano passado, Marcelo Canuto é o gestor da pasta. Em relação à Fundarpe, Severino Pessoa passou a responder pela presidência do órgão público em 2011, após uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que afastou Luciana Azevedo do cargo.

Segundo a Secretaria de Cultura, desde 2007 o princípio da gestão cultural no Estado tem sido difundir e fomentar todos os setores artístico-culturais pernambucanos, com foco na valorização da cultura popular, incluindo as manifestações dos povos tradicionais, como os quilombolas e os indígenas. E, para que isso se concretize, o orçamento estadual para a Cultura tem sido ampliado. Em 2007, o orçamento destinado foi de R$ 46 milhões, e para 2014 há uma previsão orçamentária na ordem de R$ 133 milhões. 

Funcultura Independente

Criado em 2003, o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura foi uma das iniciativas públicas que mais teve avanços significativos durante a gestão de Eduardo Campos. Até 2007, primeiro ano da gestão socialista no Estado, o Fundo contemplava todas as linguagens artísticas e tinha um orçamento de, em média, R$ 4 milhões ao ano. A partir do primeiro ano de Eduardo Campos como governador, o orçamento subiu para R$ 8,1 milhões e hoje conta com R$ 33,5 milhões de caixa, dos quais R$ 11,5 milhões são destinados ao Funcultura Audiovisual – também criado em 2007 e voltado para o fomento do cinema pernambucano.

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Em linhas gerais, de 2007 até 2013, foram investidos R$ 142,1 milhões e contemplados 1863 projetos culturais. No final de 2013, o ex-governador sancionou a Lei 15.225/2013 que assegura um montante mínimo de recursos para o Funcultura de R$ 33,5 milhões (sendo R$ 11,5 milhões para o Audiovisual e R$ 22 milhões para as outras linguagens). Mas apesar de tantos avanços, uma atitude recorrente por parte do Funcultura e que tem prejudicado o cronograma dos projetos proponentes é o anúncio, com meses de atraso, do resultado das iniciativas contempladas pelo fundo. Segundo a assessoria do fundo estadual, a Fundarpe repassou 46% dos R$ 33,5 milhões destinados aos projetos aprovados no ano passado.

Festival Pernambuco Nação Cultural 

Criado em 2008, o Festival Pernambuco Nação Cultural (FPNC) é um momento de culminância das diversas ações e políticas culturais do Estado. Além dos shows de atrações nacionais e locais, o evento congrega mostras de todas as linguagens artísticas, como cinema, teatro, dança, circo, fotografia e artesanato, entre outras, além de encontros de cultura popular e de povos tradicionais, oficinas e seminários. De 2007 a 2011, a média era de cinco edições por ano.

A partir do início do segundo mandato de Eduardo Campos e com as mudanças na gestão das políticas culturais do Estado, o festival passou a ter uma média de dez edições anuais - com destaque para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que passou a integrar o FPNC - e a percorrer todas as regiões pernambucanas. Neste ano, a caravana do Pernambuco Nação Cultural começou na Mata Norte, com ações em Goiana e mais dez cidades da região, e a programação segue até o próximo dia 13 de abril.

Concursos e premiações

Consequência direta do FPNC, o Concurso de Fotografia Pernambuco Nação Cultural já teve sete edições. O prêmio é de R$ 5 mil para cada vencedor e as fotos circulam em exposição nas edições do Festival Pernambuco Nação Cultural. O objetivo é dar visibilidade aos fotógrafos profissionais e amadores do Estado.   

o Prêmio Pernambuco de Literatura, que em 2014 completou duas edições, foi criado com o objetivo de fomentar a produção literária em todas as macrorregiões do estado. Além das publicações dos títulos vencedores pela Companhia Editora de Pernambuco, os vencedores de cada macrorregião levam um prêmio no valor de R$ 5 mil. Há ainda um prêmio especial de R$ 15 mil para um dos cinco vencedores. 

Equipamentos Culturais de Pernambuco

De acordo com a Secretaria de Cultura, a rede de equipamentos culturais da Secult/Fundarpe em funcionamento é composta pelo Cinema São Luiz, a Casa da Cultura Luiz Gonzaga, o Museu da Imagem e do Som, o Museu do Estado de Pernambuco, o Museu de Arte Contemporânea, o Teatro Arraial, a Torre Malakoff, o Museu de Arte Sacra de Pernambuco, a Estação Cultural Senador José Ermírio de Moraes, o Museu do Barro de Caruaru, o Espaço Pasárgada, o Museu Regional de Olinda (Mureo) e o Cine Teatro Guarany (Triunfo). 

Espaços culturais da RMR sofrem com obras intermináveis

Na lista de reformas e melhorias nos equipamentos culturais de Pernambuco durante a gestão de Eduardo campos, destaque para o Cinema São Luiz, adquirido e restaurado pelo Governo do Estado e que está com um processo licitatório em andamento para compra de um novo sistema de som e projeção digital. Além disso, há a promessa por parte da Secretaria de Cultura de entregar dois novos equipamentos para a população: o Centro Cultural Miguel Arraes e a Estação Central Capiba (Museu do Trem).

No entanto, um exemplo de espaço público importante para a cultura pernambucana e que está fechado há muitos anos é o Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (MISPE), que desde 2007 não está acessível à população. O casarão do início do século 19, que fica na Rua da Aurora, no centro do Recife, está abandonado e o acervo do museu abrigado na Casa da Cultura. A diretoria de gestão de equipamentos da Fundarpe informou à imprensa, em agosto do ano passado, que a obra estava em curso e que o prazo de entrega seria em 2014. Atualmente, o acervo do museu - que conta com mais de seis mil peças - está disponível apenas para pesquisadores.

Sistema Nacional de Cultura

No dia 22 de novembro do ano passado o governador de Pernambuco Eduardo Campos anunciou a adesão do Estado ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), após boatos de que a Secretaria de Cultura seria extinta. Mas o LeiaJá publicou uma matéria no dia 18 de fevereiro deste ano explicando que, na verdade, ainda falta muito para que a terra dos altos coqueiros faça parte do SNC. Além da publicação do acordo de cooperação entre o Governo do Estado e o Ministério de Cultura (MinC) no Diário Oficial da União, que só aconteceu no último dia 26 de fevereiro, é necessário que o Estado tenha um órgão gestor (Secretaria de Cultura), um fundo de cultura (Funcultura), prepare um Plano Estadual de Cultura com duração de dez anos e tenha um Conselho de Política Cultural com 50% de participação da sociedade civil.

A partir o anúncio no Diário Oficial da União, Pernambuco terá dois anos para estruturar o Plano Estadual de Cultura e reformular o Conselho Estadual de Cultura, as duas pendências que faltam para a inserção completa no sistema. A Secretaria de Cultura chegou a anunciar que a a nova composição do Conselho Estadual de Cultura está em fase de conclusão e que o projeto de lei seguiria para a Assembleia Legislativa até o final de fevereiro passado, mas até o momento não há informações sobre o assunto. Em relação ao Plano Estadual de Trabalho, a Secult/PE informa que está recompondo sua Comissão Interna de Trabalho para cumprir a agenda de reuniões, fóruns e validação com a sociedade civil. No entanto, prazos não foram divulgados.

Em entrevista concedida ao LeiaJá e publicada no último dia 3 de fevereiro, Canuto não poupou críticas ao SNC. “Eu acho que é um avanço, mas ainda tem muita incerteza. Primeiro, qual é o valor que vai ter para o Sistema? Falou-se em R$ 170 milhões para todos os Estados brasileiros, mas só o Funcultura tem R$ 33 milhões. O SNC é legal, mas na execução faltou pedra para fazer. Política cultural não tem jeito, tem que ter orçamento”, afirmou o secretário.

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Com duas horas de atraso, o governador Eduardo Campos inaugurou nessa quinta-feira (3), ao lado de vários secretários estaduais, municipais e do prefeito Geraldo Julio, o Módulo 1 do Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga, espaço inspirado no universo do Sertão nordestino e que está instalado na beira mar da capital pernambucana, no Bairro do Recife. A solenidade contou com a participação de vários artistas, como Chambinho do Acordeom, que interpretou Luiz Gonzaga no cinema, além de profissionais ligados ao museu e políticos locais. O equipamento fica localizado no antigo Armazém 10 do Porto do Recife e conta com uma série de recursos tecnológicos e inovadores que pretendem atrair e levar o público às principais dimensões da vida no sertanejo, com base na obra de Luiz Gonzaga. A área inaugurada, com seus 2 mil m², funcionará às terças-feiras, das 14h às 21h, e de quarta a domingo, das 10h às 17h. Os ingressos custarão R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia), exceto nas terças-feiras, quando a entrada é gratuita para todos. 

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Após uma série de discursos em tom de campanha e que pouco envolveram o museu em si, como as falas do secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni, e do prefeito Geraldo Julio, Eduardo Campos aproveitou a ocasião para homenagear um antigo aliado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo mandato marcou o início do planejamento do museu. “Este espaço fala sobre uma realidade pouco conhecida no Brasil, que é a vida do sertanejo. Quero dedicar a inauguração deste espaço a um nordestino que fez muito esforço pra que este trabalho se concretizasse, o presidente Lula, que esteve presente no início da concepção deste projeto”, comentou o governador de Pernambuco. 

O Módulo 1 do Cais do Sertão possui e abriga uma exposição de longa duração. Avaliado inicialmente em R$ 26 milhões, o equipamento acabou custando aos cofres públicos R$ 97 milhões, com recursos do Ministério da Cultura e do Governo de Pernambuco. “A gente imaginou no começo das obras que apenas a parte física, sem o conteúdo, custaria R$ 26 milhões. Mas diante das adversidades que foram surgindo com o tempo, como a interdição do IPHAN e a aproximação com o mar, entre outras coisas, a obra passou a custar R$ 97 milhões. Posso dizer que 80 a 85% dos trabalhos estão concluídos, mas é bom perguntar aos engenheiros para confirmar”, comentou sem tanta certeza o secretário Marcio Stefanni. Ainda de acordo com Stefanni, até o fim deste ano deverá ser inaugurado o Módulo 2 do Cais do Sertão, um prédio com 5,5 mil m² que abrigará salas de exposição temporária, auditório para 280 pessoas, salas para oficinas e cursos, restaurante, café e outros espaços de convivência. 

Para que o projeto do Museu Cais do Sertão pudesse ser concluído, foram firmados convênios com algumas instituições, a exemplo do Porto do Recife, Fundação Gilberto Freyre e do Porto Digital. “Quando a ideia surgiu, numa iniciativa com o ex-presidente Lula e o governado Eduardo Campos, o conceito era fazer um museu a altura de Luiz Gonzaga numa forma extremamente moderna, com os conceitos museológicos mais contemporâneos e com uma intensidade da Tecnologia da Informação expressiva. O Porto Digital deu suporte desde o começo, durante o plano de concepção do espaço, e agora atua no desenvolvimento das plataformas interativas digitais que vão compor o museu. Para isso, o Porto Digital mobiliza empresas que têm expertise em animação, games e interatividade, em conjunto com a universidade e governo”, revela Francisco Saboya, presidente do parque tecnológico.

Segundo Severino Pessoa, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), até o momento não há definição sobre a participação da Fundarpe e da Secretaria de Cultura na gestão do equipamento cultural. “Até perguntamos isso porque formos chamados para debater a gestão. Mas até onde eu sei não há definição se este equipamento será veiculado à Fundarpe. Eu já ouvi comentários de que será adotado o mesmo modelo do Paço do Frevo, que é um modelo gerido por uma organização social”, revela o presidente da Fundarpe.

A curadora Isa Ferraz, que trabalhou também na concepção do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, trouxe para o Cais do Sertão o conceito de um espaço dinâmico de convivência. A equipe de criação foi formada por nomes como Tom Zé, José Miguel Wisnik, Antônio Risério e Frederico Pernambucano de Mello, além dos cineastas pernambucanos Camilo Cavalcanti, Carlos Nader, Kleber Mendonça, Leandro Lima, Lírio Ferreira, Marcelo Gomes, Paulo Caldas e Sérgio Roizemblit. Outros artistas que participaram da criação do museu foram o xilogravurista e cordelista J. Borges, e os artistas plásticos Cafi, Derlon Almeida, Luis Hermano e Miguel Rio Branco.

Passeio no museu

A comitiva de Eduardo Campos, que estava acompanhado de alguns filhos e da esposa Renata Campos, logo após os discursos de inauguração, entrou no Cais do Sertão ao lado da imprensa e de alguns convidados. Logo na entrada, vestimentas do Rei do Baião e outros pertences dialogam com textos que remetem à vida do sertanejo num espaço chamado Jóias da Coroa.

Um pouco mais adiante o público poderá conferir a exposição audiovisual Um dia no sertão, do cineasta Marcelo Gomes. Kleber Mendonça Filho, Paulo Caldas e Lírio Ferreira também apresentam trabalhos feitos sob medida para o museu. Estes dois últimos, inclusive, puderam assistir aos curtas Lua e 4kordel ao lado do governador Eduardo Campos, que elogiou bastante os dois trabalhos.

Os vídeos são exibidos numa área chamada O Mundo do Sertão. Um desavisado pode acabar caindo no pequeno rio que passa pelo espaço expositivo com sete territórios temáticos. No primeiro andar do Módulo 1 do Cais do Sertão, a discografia completa de Luiz Gonzaga está à disposição do visitante em tablets e painel de capas originais de seus discos. 

Serviço

Módulo 1 do Museu Cais do Sertão Luiz Gonzaga

Av. Alfredo Lisboa, s/n – Bairro do Recife

Terça-feira | 14h às 21h

Quarta a domingo | 10h às 17h

R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia), exceto nas terças

O cineasta pernambucano Carlos Nigro começou a rodar seu novo curta Casa Cheia. O filme, que está sendo gravado em um apartamento nos Aflitos, na Zona Norte da cidade, é um uma homenagem ao cinema de terror da década de 1980.

A produção conta com verbas do Ministério da Cultura e da Fundarpe, mas será preciso patrocínio de empresas privadas para a finalização do curta. A película conta a história de uma jovem que é perseguida por um garoto durante sonhos perturbadores e angustiantes, que vão se repetindo até que ela entender as intenções de seu perseguidor. 

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O Governo de Pernambuco lança Convocatória Nacional para o 24° Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece na segunda quinzena de julho de 2014. As inscrições começam na segunda-feira (31) e seguem até o dia 17 de abril. As propostas devem se enquadrar nos seguintes âmbitos: Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Cultura Popular, Dança, Design e Moda, Fotografia, Literatura, Música, Ópera, Patrimônio Cultural e Teatro. 

A avaliação dos projetos levará em conta critérios como qualidade artística/cultural da atividade, currículo do artista, relevância, originalidade e singularidade da proposta. As inscrições podem ser feitas, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, na sede da Secult-PE/Fundarpe, que fica na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista. Há também a opção de envio do projeto, via sedex, para o mesmo endereço.

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As Propostas Habilitadas na Análise de Mérito Artístico-Cultural serão divulgadas no dia 21 de maio. Os projetos escolhidos não estarão, necessariamente, com participação assegurada na 24ª edição do FIG. A quantidade de propostas que será inclusa da programação estará condicionada ao perfil dos espaços e ao orçamento do evento.

A composição da programação do Festival de Inverno de Garanhuns 2014 será realizada entre 22 de maio a 04 de junho. A Convocatória e os anexos podem ser encontrados no site da Fundarpe.

Foi divulgado o resultado do Edital Pernambuco de Todas as Paixões, projeto que distribui recursos para montagens de espetáculos da Paixão de Cristo em todo o estado de Pernambuco. Serão distribuídos R$ 450 mil entre as 17 propostas, divididas em quatro categorias, e montagens remanejadas. 

Essas categorias são dividas em valor de produção, sendo a primeira com maior custo e a última com o menor. Como o valor global das propostas não atingiram a totalidade dos recursos destinados ao Edital, algumas peças foram remanejadas.

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Para ver a lista de projetos aprovados e o detalhamento do resultato, basta acessar o site da Fundarpe.

Foi lançada a convocatória do 7º Festival de Cinema de Triunfo. Cineastas brasileiros poderão se inscrever nas categorias longa-metragem nacional, curta-metragem nacional, curta-metragem pernambucano, curta-metragem infanto-juvenil e curta-metragem dos sertões. O festival, que vai acontecer entre os dias 4 e 9 de agosto, é promovido pela Secretaria de Cultura e Fundarpe.

Na edição de 2014, o evento vai contar com o Troféu Fernando Spencer, em homenagem ao cineasta que faleceu na última terça-feira (17), para premiar o melhor curta-metragem filmado em Pernambuco. No total, serão R$ 50 mil destinados à premiação das diversas categorias.

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A convocatória já pode ser acessada no site da Fundarpe, mas as inscrições só começam no dia 2 de maio.

A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) divulgaram na tarde desta quarta-feira (19) a lista de projetos habilitados no 7º Edital de Audiovisual – Funcultura 2013/2014. Foram habilitados 309 projetos, de um total de 370 inscritos, após a primeira fase de análise. O governo destinará R$ 11,5 milhões para a produção, difusão, formação e pesquisa na área de audiovisual.

Dentre os aprovados nesta fase, 52 são de Longa-metragem (21 para etapa de desenvolvimento, 17 de produção, 6 de finalização e 8 de distribuição), 104 de Curta-metragem (sendo 16 para o prêmio Ary Severo), 49 de Produtos para televisão, 28 de Formação, 27 de Difusão, 23 de Desenvolvimento de Cineclubismo, 16 de 'Revelando os Pernambucos' (curtas por região do Estado) e 10 de Pesquisa. Não houve nenhum projeto inscrito na categoria Preservação.

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Agora, os projetos aprovados serão analisados e julgados pelos Grupos de Assessoramento Técnico e Temático à Comissão Deliberativa do Funcultura, formados por representantes de cada segmento, indicados por entidades do setor audiovisual e aprovados pela Comissão Deliberativa do Funcultura. Por fim, ainda acontecerá uma terceira fase em que os inscritos farão uma defesa oral de seus projetos.

Para aqueles que não foram habilitados, é possível solicitar informações sobre o motivo da exclusão do processo pelo e-mail cinema.secult.pe@gmail.com ou mediante ofício entregue pessoalmente na sede da Fundarpe, no setor de Atendimento do Funcultura.  Se quem foi inabilitado achar que cumpriu com todos os pré-requisitos, poderão apresentar recursos a partir do dia 19 a 25 de março de forma presencial, também no setor de Atendimento do Funcultura.

Confira a lista completa de habilitados e mais informações na página da Fundarpe.

*Por Barbara Brandão

Inspirada no Movimento de Cultura Popular (MCP), que realizava apresentações itinerantes pelos bairros do Recife para levar educação através da cultura popular, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) inicia nesta sexta (14) uma caravana com o grupo Boi D’Loucos. Ao todo, 17 praças públicas da capital pernambucana receberão o espetáculo intitulado Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou, cujas apresentações são gratuitas e acontecem até o dia 12 de abril.

A primeira parada será nesta sexta (14), na Praça da Várzea, às 19h. O grupo segue no sábado (15), às 16h, na Escola Arraial do Bom Jesus, no bairro Torrões, e no domingo (16) se apresenta duas vezes: às 10h, no Largo da Paz, em Afogados, e às 16h, no Largo da Feira, em Santo Amaro.

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O Boi D´Loucos tem mais de 20 anos de atuação com espetáculos de caráter educativo. Para celebrar a história do MCP, que revolucionou a educação popular na década de 60, o grupo criou o espetáculo inédito o qual mistura teatro e dança, com direção de Carlos Amorim e coreografia de Simone Santos. A peça foi inspirada no documentário Movimento de Cultura Popular – um sonho interrompido?, produzido pela Prefeitura do Recife em 2009. 

O elenco é formado pelos atores Raphael de Castro, Sillecier Araujo e Carlos Amorim e pelos bailarinos Diego Bertto, Alexsandra Sacramento e Simone Santos. Já a sonoplastia e a iluminação são feitas por Emanoel Carlos. Esta caravana faz parte do convênio do programa Mais Cultura, firmado entre a Fundarpe e o Ministério da Cultura (MinC), e com apoio da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). A programação prevista no convênio conta ainda com cursos cinema de animação, graffiti, dança popular, teatro de bonecos e música e com um seminário sobre o MCP. 

Serviço

Espetáculo “Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou”, do Grupo Boi D´Loucos

De sexta (14) a 12 de abril

Gratuito

(81) 3355 3411 

Confira abaixo a programação completa:

Sexta (14) - 19h 

Local: Praça da Várzea - Av. Afonso Olindense

Sábado (15) - 16h 

Local: Escola Arraial do Bom Jesus – Av. do Forte,1340-Torrões

Domingo (16) - 10h 

Local: Largo da Paz – Afogados

21.03 - 19h 

Local: Praça da Torre

22.03 - 16h 

Local: Praça de Jardim São Paulo

23.03 - 16h 

Local: Praça Academia da Cidade – Ibura

28.03 - 19h 

Local: Praça do Herói - Areias

29.03 - 10h 

Local: Rua Imperatriz – em frente Igreja da Boa Vista

29.03 - 16h 

Local: R. São Luiz, Pina– em frente ao Banhista do Pina

30.03 - 16h 

Local: Mercado da Boa Vista

04.04 - 19h 

Local: Praça da Convenção – Beberibe

05.04 - 10h 

Local: Mercado de Água Fria - Av. Beberibe

05.04 - 16h 

Local: Largo da Bomba – Bomba do Hemetério

06.04 -16h 

Local: Morro da Conceição

11.04 - 19h 

Local: Praça da Guabiraba

12.04 - 16h 

Local: Academia da Cidade – Jordão Baixo

As cinco publicações inéditas e vencedoras do 1º Prêmio Pernambuco de Literatura, cujos vencedores tiveram seus nomes divulgados em maio do ano passado, foram lançadas na noite desta quinta-feira (13) durante solenidade realizada no Museu do Estado de Pernambuco, nas Graças. O evento contou com a presença de familiares dos autores premiados, além de convidados, escritores locais e representantes da Academia Pernambucana de Letras, da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), Secretaria de Cultura (Secult), Fundação do Patrimônio e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Ministério de Cultura (MinC), e Museu do Estado de Pernambuco.

“É com muita alegria que a gente entrega essa premiação, cujas marcas são a valorização do escritor da terra e a regionalização. Aqui você tem escritores da Região Metropolitana, da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão, mas acima de tudo encontra autores que não conseguem colocar seus trabalhos no mercado”, comenta Marcelo Canuto, secretário de Cultura do Estado.

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A premiação contemplou todas as macrorregiões de Pernambuco, e reconheceu o trabalho do escritor Bruno Liberal, autor de Olho morto amarelo, como a melhor obra da edição. “Receber este prêmio, inicialmente, foi uma surpresa pra mim porque eu realmente não esperava. É uma boa oportunidade porque a gente não escreve só para receber prêmio, mas também para dialogar com o leitor. Isso é o essencial e abriu portas na minha vida, pois me deu a chance de travar um diálogo com outros escritores e amadurecer como autor”, ressalta Bruno, nascido em Petrolina.

Walther Moreira Santos, que escreveu o livro O metal de que somos feitos, também conversou com o LeiaJá sobre a obra e a iniciativa da Governo do Estado. “Toda a ideia do meu livro parte de um trecho de um poema do Bernard Shaw que diz: ‘a vida é uma pedra de amolar: Desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos’. Ou seja, se a sua alma é de lata, a vida vai destroçar a sua alma, e se você tem uma alma de aço, as vicissitudes da vida só vão aprimorar a tua alma”, opina Walther, que conta com 14 anos de estrada como escritor e é da Zona da Mata do Estado.

Representando o Agreste e natural do município de Passira, Joseilson Ferreira, trouxe a obra Discursos e anatomias. Ele encerrou um ciclo pessoal com a publicação. “Meu livro é um pouco velho, pois já tem 20 anos. Como tenho 42 ele é praticamente metade da minha vida. Uma obra que eu comecei ainda com o João Cabral de Melo Neto vivo e por isso é em homenagem a ele e à minha cidade”, revela Joseilson. 

Outras duas obras foram lançadas durante a solenidade: Recife, no hay, de Delmo Montenegro, e O livro de Corintha, de Fernando Monteiro, que representam a Região Metropolitana do Recife. Todos os livros serão enviadas para bibliotecas, espaços de leitura e críticos especializados. 

Segunda edição do Prêmio - A segunda edição do Prêmio Pernambuco de Literatura está com inscrições abertas até o dia 16 de abril e segue os mesmos moldes da primeira. De acordo com o edital, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas na Coordenadoria de Literatura da Secult-PE/Fundarpe, na Boa Vista, das 8h às 17h. 

Podem concorrer livros dos gêneros poema, conto e romance e serão premiadas as melhores obras de cada região (RMR, Agreste, Zona da Mata e Sertão), além do melhor livro inédito de Pernambuco. Serão concedidos até cinco prêmios no valor de R$  5 mil para cada um dos vencedores e um prêmio especial de R$ 15 mil para o ganhador do grande prêmio, bem como a publicação dos títulos vencedores pela CEPE. 

Serviço

II Prêmio Pernambuco de Literatura

Inscrições até 16 de abril

Rua da União, 263 (1º andar) – Boa Vista

(81) 3184 3166 / 3183 2700

literatura.secultpe@gmail.com

 

Nesta semana, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) passa a assumir a responsabilidade pelo recebimento e pela análise das prestações de contas dos projetos incentivados pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). Antes, as atividades eram realizadas pela Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE).

Em cerimônia realizada na segunda-feira (24), o secretário da SCGE, Djalmo Leão, explicou o motivo da mudança. Ele destacou que a Fundarpe é responsável pelo controle primário enquanto a Controladoria Geral assume o controle secundário. Durante a mudança, um sistema de webcertidão também foi criado para facilitar a emissão da certidão de regularidade.

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Para o novo compromisso, a Fundarpe formou uma equipe própria para trabalhar no controle primário dos recursos destinados pelo Funcultura. A partir de agora, os produtores que precisam entregar documentos de prestação de contas de projetos devem se dirigir à Gerência de Prestação de Contas do Funcultura (GPCF), localizado no prédio da Vice Governadoria do Estado, na Avenida Cruz Cabugá, 1211, em Santo Amaro, área central do Recife. Os telefones para contato são (81) 3183-0824; 3183-0824; 8494-0174; e 8494-0173.

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