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Nesta quarta-feira (18), a Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe divulgaram a lista dos projetos habilitados na primeira fase do edital 2015/2016. Ao todo, o órgão recebeu 1.561 trabalhos, sendo selecionadas 1.279 propostas que seguem para a etapa de julgamento do mérito-cultural. A relação está disponível no site da Fundarpe.

Os projetos habilitados na primeira fase seguem para o julgamento do mérito cultural pela Comissão Deliberativa do Funcultura, que conta com especialistas de cada linguagem artística, formando os Grupos de Assessoramento Técnico e Temático. A seleção avalia o valor cultural do projeto, a qualidade técnica, qualificação do produtor e da equipe, e aspectos sociais da proposta.

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Para este edital, será disponibilizado R$ 20 milhões para o incentivo à produção, difusão, pesquisa e formação cultural. Entre os projetos habilitados, estão 271 propostas de música, 165 de teatro, 123 de cultura popular e tradicional, 119 de artes plástica, gráficas e congêneres, 116 patrimônio, 109 de literatura, 105 de dança, 87 de fotografia, 59 de circo, 53 artes integradas, 34 de artesanato, 19 de gastronomia, 14 de design e moda e cinco de ópera.

Os autores dos projetos que não foram habilitados podem recorrer para obter as informações pertinentes sobre a não habilitação dos seus respectivos projetos. A comunicação será feita por correio eletrônico para o endereço de e-mail que consta no Cadastro de Produtor Cultural. Aqueles que porventura não tenham recebido o comunicado devem entrar em contato pelo e-mail funculturaeditais@fundarpe.pe.gov.br ou pelos telefones (81) 3184-3023/3184-3026.

Caso os proponentes não habilitados considerem que cumpriram com todos os pré-requisitos, podem apresentar recurso até a próxima quarta-feira (25). O recurso pode ser entregue pessoalmente, das 8h às 12h, no setor de Atendimento do Funcultura, ou enviado para o e-mail funculturaeditais@fundarpe.pe.gov.br. Confira o modelo de recurso

Setor de Atendimento do Funcultura

Fundarpe (Rua da Aurora 463/469, Boa Vista, Recife – Pernambuco; CEP: 50.050-000)

Atendimento presencial: De segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

(81) 3184-3023 | 3184-3026

Nesta terça (26), acontece a Plenária Final da eleição para o novo Conselho de Política Cultural de Pernambuco, realizada pela Secretaria Estadual de Cultura e pela Fundarpe. Devem participar 100 delegados eleitos em fóruns dos mais diversos segmentos da cultura pernambucana. A votação será no Teatro Arraial Suassuna, às 18h30, se pelo menos 50% dos delegados estiverem presentes. Caso contrário, uma segunda convocação será feita às 19h30. 

Os representantes de cada segmento presentes na Plenária deverão indicar ao menos dois candidatos a conselheiros, entre os cinco delegados eleitos no fórum específico, que atuarão como representates da sociedade civil. Para ser eleito, o candidato deve obter o mínimo de 30 votos entre os 100 delegados presentes. Em caso de empate será eleito aquele de maior idade.

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Serviço

Plenária para eleição dos representantes da sociedade civil no Conselho Estadual de Política Cultural 

Terça (26) | 18h

Teatro Arraial Suassuna (Rua da Aurora, 457 - Boa Vista)

A crise financeira parece que vai não afetar o universo dos projetos culturais. Pelo menos essa é a promessa do Governo de Pernambuco que, nesta quarta-feira (30), lançou editais Geral e Audiovisual do Funcultura 2015-2016, com uma expectativa de liberar R$ 40 milhões do orçamento público para o cenário cultural do Estado, com foco nos trabalhos de artistas e grupos.

No edital Funcultura Geral, serão disponibilizados R$ 20 milhões para produção, pesquisa e formação nas seguintes linguagens artísticas e culturais: Artesanato; Artes plásticas e gráficas; Circo; Cultura popular; Dança; Design e Moda; Fotografia; Gastronomia; Literatura; Música; Ópera; Patrimônio; e Teatro. Além dessas áreas, há ainda a categoria Artes Integradas, que abre espaço para trabalhos promotores de diálogos entre diferentes linguagens. As candidaturas poderão ser feitas de 26 a 28 de março de 2016, com as propostas tendo que ser protocoladas na sede da Fundarpe - responsável pelo Funcultura -, das 8h às 12h, ou enviadas pelos Correios, através do Sedex.

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Já o nono edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco contemplará projetos de obras e eventos do setor. As categorias são as seguintes: longa-metragem, curta-metragem, produtos para televisão, difusão, formação, pesquisa, preservação, cineclubismo e Revelando os Pernambucos. Para esses projetos, o Governo do Estado promete quase R$ 20 milhões. Nesta modalidade, as inscrições poderão ser realizadas de 1º a 19 de fevereiro, também na sede da Fundarpe ou via Sedex. O endereço é Rua da Aurora, 463, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

Segundo o Governo de Pernambuco, neste ano, R$ 31 milhões foram aplicados em projetos culturais. O valor corresponde ao um aumento de 25%, em relação ao investimento de 2014.

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A Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), responsável pela Fundarpe, oferecerá capacitações para o edital de produção audiovisual. As atividades deverão começar já no dia 6 de janeiro. A seguir, confira o calendário de capacitações. Consulte também o edital geral e o dedicado ao audiovisual.

Calendário:

06/01 - Recife (RMR)

Local: MEPE – Museu do Estado de Pernambuco

Endereço: Av. Rui Barbosa, 960 - Graças, Recife - PE

07/01 - Olinda (RMR)

Local a definir

08/01 - Ipojuca (RMR)

Local a definir

11/01 - Igarassu (RMR /Núcleo Norte)

Local a definir

12/01 - Carpina (Mata Norte)

Local a definir

13/01 - Goiana (Mata Norte)

Local: Auditório da Agência de Desenvolvimento de Goiana Endereço: Rua 05 de maio, 48, Centro, Goiana.

14/01 - Palmares (Mata Sul)

Local a definir

15/01 - Caruaru (Agreste Central)

Local a definir

16/01 - Taquaritinga do Norte (Agreste Setentrional)

Local a definir

18/01 - Garanhuns (Agreste Meridional)

Local: Auditório da Secretaria de Educação de Garanhuns

Endereço: Praça Tavares Correia, 52 Centro - Garanhuns

19/01 - Belo Jardim (Agreste Central)

Local: Secretaria de Turismo Cultura e Eventos de Belo Jardim

Endereço: Rua Coronel Antônio Marinho, 260 – Ayrton Maciel - Belo Jardim

20/01 - Pesqueira / Xukurú do Ororubá 

Local a definir

21/01 - Arcoverde (Sertão do Moxotó)

Local: Auditório do Ponto de Cultura Orquestra Sertão.

Endereço: Av. Zeferino Galvão, Centro, n°642, 1° Andar do CECORA

22/01 - Serra Talhada (Sertão do Pajeú)

Local a definir

23/01 - Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú)

Local a definir

25/01 - Salgueiro (Sertão Central)

Local a definir

26/01 - Petrolândia (Sertão de Itaparica)

Local a definir

27/01 - Indígenas - Entre Serras Pankararu

Local a definir

28/01 - Araripina (Sertão do Araripe)

Local a definir

29/01 - Petrolina (Sertão de São Francisco)

Local: Espaço cultural Janela 353

Endereço: Rua Antônio Santana Filho, n°353. Centro.

Em comunicado enviado à imprensa, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) esclareceram detalhes acerca dos editais do Funcultura 2015/2016. Entre outros detalhes, foi informado que há a previsão de que os editais do próximo recebam um aporte no valor total de R$ 35 milhões. 

Na nota de esclarecimento, a Secult e a Fundarpe informaram que, diante de um quadro de queda nas receitas do Estado, não haverá incremento nos valores dos editais, mas que será garantida a execução de várias linhas de ação do Funcultura. Também será feita uma reserva dos recursos para pagamento de débitos de exercícios anteriores, que totaliza um déficit orçamentário em torno de R$ 7 milhões de projetos que estarão em execução ao longo de 2016, 2017 e 2018. Ainda foi informado que o Projeto de Lei que propõe uma série de mecanismos de diversificação dos recursos do SIC ainda não foi aprovado sendo um dos principais objetivos desta lei garantir um valor mínimo de R$ 35 milhões para o Funcultura, que deverá ser coberto pelo tesouro estadual no caso do valor total não ser aportado pelas empresas incentivadoras dos editais.

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Em escuta realizada na última segunda (14) com algumas classes artísticas, teria sido anunciado aos produtores culturais presentes na ocasião o corte de cerca de R$ 3 milhões no orçamento dos editais para o próximo ano. Segundo o jornalista e pesquisador da área de teatro Leidson Ferraz, foi proposto às classes que escolhessem em que linhas de ações deveriam ser feitos os menores cortes. "Mais uma vez o governo nos obriga a engolir goela abaixo uma decisão que é arbitrária. Entendemos toda a problemática do momento mas a gente fica trancafiado nas decisões que o governo nos traz", disse em entrevista ao Portal LeiaJá

Confira o comunicado:

Os editais do Funcultura 2015/2016 somarão R$ 30 milhões para o próximo ano, sendo 2/3 para o Funcultura Geral (antes chamado de Independente), destinado a todas as linguagens e 1/3 para os projetos de Audiovisual.

A previsão para os valores a serem aportados no Funcultura em 2016 é de R$ 35 milhões, já inclusos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Tendo em vista, no entanto, um quadro de queda expressiva das receitas, em todo estado, a Secult e Fundarpe não irão incrementar valores nos editais e sim garantir a execução de várias linhas de ação do Funcultura, como a informatização e modernização do Funcultura e a contratação de um quadro técnico capaz de desburocratizar o Fundo e tornar mais ágeis os seus procedimentos.

Também é necessária uma reserva destes recursos para pagamento de débitos de exercícios anteriores, quando foram laçados editais que somaram R$ 33,5 milhões/ano, durante cinco anos, quando o Fundo estadual contou apenas com os R$ 30 milhões/ano. Ao final deste ano de 2015, a execução do Funcultura atingirá os R$ 30 milhões, recorde de execução em toda sua história, mas restará um déficit orçamentário em torno de R$ 7 milhões, de projetos que estarão em execução ao longo de 2016, 2017 e 2018.

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Em escuta realizada nesta segunda (14), no Espaço Pasárgada, na Boa Vista, região central do Recife, a Secretaria Estadual de Cultura e a Fundarpe reuniu produtores dos segmentos de audiovisual, artesanato e artes cênicas para abrir um diálogo acerca das linhas de ação dos editais 2015/2016 do Funcultura (Geral e Audiovisual). Na reunião, teria sido anunciado um corte de cerca de R$ 3 milhões no orçamento dos editais para o próximo ano, gerando revolta nos representantes das categorias presentes.

O jornalista e pesquisador da área de teatro Leidson Ferraz falou ao Portal LeiaJá sobre a reunião desta segunda e o possível corte no Funcultura. "No ano passado, quando saiu o edital 2014/2015, a gente já teve que readequar o orçamento para as linhas de ação não saírem tão prejudicadas. Tivemos que fazer um remanejamento por conta do orçamento que já estava muito enxuto", disse. Ele ressaltou que o Funcultura é o principal fomento para aqueles que fazem cultura em Pernambuco e que, há muitos anos, artistas e produtores precisam trabalhar com valores pequenos de financiamento diante de uma quantidade grande de produção. "A gente não concorda com este corte. Mais uma vez o governo nos obriga a engolir goela abaixo uma decisão que é arbitrária. Entendemos toda a problemática do momento mas a gente fica trancafiado nas decisões que o governo nos traz. O primeiro corte que é feito é na cultura", lamentou o jornalista. 

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Ainda sobre a escuta, Leidson contou que foi proposto às classes que escolhessem em que linhas de ações deveriam ser feitos os menores cortes: "A única possibilidade que existe é que o corte seja igualitário para todos", explicou. Ele também falou de um estudo que está sendo feito para que, no próximo edital, os valores destinados para cada área específica não sejam mais remanejados para outras em caso de falta de inscritos: "Isso era algo que lutávamos há muito tempo para não haver briga entre as linguagens". Por fim, o pesquisador lembrou que toda a classe artística sairá perdendo com mais um aperto no orçamento dos editais: "O que a gente pode fazer é 'botar a boca no trombone' para que as pessoas saibam o que esta acontecendo. Até que ponto existe realmente um olhar do governo Paulo Câmara para o setor cultural? Ele prometeu que iria ampliar o Funcultura", disse.

Procurada pelo Portal LeiaJá, a assessoria da Fundarpe não enviou, até o fechamento desta matéria, infoemações a respeito da possível redução no orçamento.  

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Com Felipe Mendes

Readequação de verba e diminuição de projetos culturais são termos cada vez mais frequentes em Pernambuco. Na última segunda-feira (24), o governador Paulo Câmara anunciou uma redução de mais de R$ 600 milhões na máquina pública. Com essa tomada de decisão, que foi justificada devido à atual conjuntura econômica, o Estado fica em 2015 sem uma das principais ações da área cultural do governo, o Festival Pernambuco Nação Cultural (FPNC).

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O Pernambuco Nação Cultural existe desde 2008. Em 2011, a ação assumiu um formato descentralizado, buscando realizar apresentações culturais e atividades formativas em todas as regiões do Estado. Desde a sua criação, é a primeira vez que o evento não será realizado. O Festival tem como proposta incentivar as regiões de desenvolvimento, através de programações gratuitas de difusão e formação cultural.

Procurada pelo LeiaJá, a SeCult-PE respondeu de forma evasiva sobre o cancelamento do Nação Cultural, se resumindo a afirmar que está sendo feita uma "redução dos gastos, reestruturação dos formatos, revisão de prioridades culturais e regionais, a exemplo do Carnaval, São João e FIG", este último o maior dos eventos do FPNC. Na página do festival, a última programação disponível foi a Festa Viva Gonzagão, em Exú, no Sertão, em dezembro de 2014. Não existe nenhuma previsão de realização de qualquer ação do FPNC.

Ao todo, o Pernambuco Nação Cultural deveria ter 10 edições no ano, atendendo um número igual de regiões. Quanto às cidades que vão ficar sem o FPNC, a secretaria argumenta: “Trabalhamos com ações em todo o Estado, a partir de suas Regiões de Desenvolvimento (RDs), agrupando os respectivos municípios de cada uma delas. Nenhuma região do estado ficou ou ficará de fora das nossas ações”.

Apesar do sumiço de recursos e do cada vez mais contante cancelamento de eventos, a Secult-PE ressalta que está realizando outras ações "estruturadoras, tais como a instalação dos dois novos Conselhos de Cultura, a criação do Plano Estadual de Cultura, o Plano Estadual de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PELLLB) e a criação da Lei do Mecenato".

R$ 125 mil, esse é o valor da dívida que a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico (Fudarpe) tem com o cantor Nando Reis. O músico afirma que o valor é referente ao cachê da apresentação realizada no Festival Pernambuco Nação Cultural, em 2010. 

O fato foi confirmado pela Fundarpe, sob a alegação de que o problema teria sido ocasionado por irregularidades na entrega da documentação exigida, por parte da empresa que representava o artista. Em nota, a entidade informa que o músico só entregou a documentação completa em 2013, quando houve um contingenciamento orçamentário na Fundarpe, mas que o problema já está sendo reanalisado. 

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Confira a nota na íntegra:

A razão pelo não pagamento do show do cantor Nando Reis, em 2010, deveu-se a diversos problemas relativos a pendências com documentação exigida para empresa que o representava, que só foram sanados em 2013. A partir desse ano, a Fundarpe passou a ter contingenciamento orçamentário que gerou impedimentos para pagamento de despesas de exercícios anteriores. Neste momento, o processo em questão está sendo reanalisado para que seja encontrada uma solução.

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Nesta terça-feira (7), a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciou a programação oficial da 25° Edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). O evento será realizado de 16 a 25 deste mês, na cidade das flores. A homenageada desta edição é a escritora Luzilá Gonçalves, que viveu em Garanhuns por um curto período, mas exaltou a satisfação em participar do Festival. “É uma alegria ter essa homenagem de uma cidade onde vivi pouco fisicamente, mas que virou para mim uma segunda pátria”.

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De acordo com a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, o Festival de Inverno de Garanhuns 2015 será repleto de novidades. A primeira delas é a programação, que contará com atrações inéditas. “A grade é completamente nova, não há participação de artistas que se apresentaram no ano anterior. Entre os convidados estão Lenine, Silvério Pessoa e Racionais MCs”, comentou Márcia.

Além das atrações musicais, duas iniciativas prometem movimentar o festival. Sete escolas da rede municipal de ensino irão sediar rodas de diálogos, que contarão com a participação de alguns artistas que se apresentarão no FIG. Também haverá um espaço dedicado a literatura, que irá trabalhar fortemente a temática da mulher.

Ao todo, 13 polos de animação irão compor o Festival de Inverno de Garanhuns. Na programação, atrações locais e nacionais que agradam diferentes públicos.  “Nós temos um grande Festival da Cultura e da arte brasileira. O FIG é um poderoso festival, que engloba as mais diversas linguagens”, declarou o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja.

O Show de abertura será realizado no Teatro Luiz Souto Dourado e contará com o espetáculo porcelana, comandado por Alaide Costa e Gonzaga Leal. Já no palco Pop, a festa será comandada pela veterana psicodélica Ave Sangria e encerrando o cantor Jhonny Hooker.

Na Palco Mestre Dominguinhos, a noite de abertura será dedicada às mulheres. Sobem ao palco às cantoras Ana Carolina, Kiara Ribeiro, Renata Rosa, Isaar, além do grupo Voz Nago. Para o prefeito da cidade Izaías Régis, a programação do 25° FIG segue os padrões de qualidade das edições ateriores. " As atrações de todos os palcos estão excelentes, nós não temos do que reclamar". 

Com informações de Paula Brasileiro

Confira a programação completa do FIG

Quinta (16) 

Ana Carolina

Kiara Ribeiro

Renata Rosa

Isaar 

Sexta (17)

Fafá de Belém

Leo e banda

Ska Maria 

Banda calypso

Sábado (18)

Lenine

Hercinho e os cabras do mato

Eddie

Orquestra Contemporânea de Olinda

Martzabel

Graxa

The Baggios

Ave Sangria 

Domingo (19)

Pitty

Lucas Prazeres 

Mundo Livre S/A

Banda Marsa

Radiola Serra Alta

Isadora Melo

A matinada

Segunda (20)

Racionais MCs

Neander

Devotos

Terça ( 21)

Joanna

Leonardo Sullivan 

Agnaldo Timóteo 

Quarta (22)

Quinteto Violado 

Flávio José

Forró pesado

Herbert Lucena 

Quinta (23)

Davi Moraes e Morais Moreira

Alexandre Revoredo 

DJ Dolores

A cor do som

Sexta (24)

Adiel Luna

Belo Xis

Silvério Pessoa

Tiê

Mariene de Castro

Projeto Bendito samba com Mariana Aydar, Zezé Mota, Karynna Spinelli, Rita Bennedito e Roberta Nistra

Milena Raimer

Coutto Orchestra

Sábado (25)

Capital Inicial

Mombojó

Andrea Amorim

Bonsucesso Samba Clube

Gold Hits

Joanatan Richard

Wado

Johnny Hooker

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Com a justificativa de dar andamento ao projeto de mobilidade da cidade de Gravatá, Agreste de Pernambuco, o prefeito Bruno Martiniano solicitou a demolição de um pontilhão e trechos da antiga ferrovia Recife-Gravatá, tombada através do Decreto 11.238, de 11 de março de 1986, pelo Governo do Estado de Pernambuco. Com a polêmica, a obra foi embargada até apuração dos fatos.

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Diante disso, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) protocolou a denúncia de que o bem tombado passa por reformas realizadas pela Prefeitura de Gravatá e encaminhou um ofício ao poder executivo municipal de Gravatá embargando a obra. Na próxima segunda-feira (25) técnicos da Fundarpe vão visitar o local para avaliar os fatos e verificar se houve prejuízo no bem tombado. Caso haja algum dano ao espaço, a Prefeitura de Gravatá será notificada para realizar a recuperação necessária.

Ainda de acordo com o órgão, a paralisação da obra na Estrada de Ferro Recife-Gravatá será mantida até que o projeto da Prefeitura de Gravatá seja apresentado e, se for o caso, aprovado pela Fundarpe. Apesar do tombamento ser realizado pelo Estado, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também informou ter enviado uma equipe ao local para apurar o caso.

A prefeitura de Gravatá publicou no site oficial a seguinte intenção da obra:

"Quem é de Gravatá e conhece bem a cidade, sabe o quanto é caótico e complicado o trânsito no trecho que dá acesso aos bairros Novo, Boa Vista, COHAB II e zona rural da cidade. E para garantir a fluidez de uma das principais vias da cidade, a Rua Amaury de Medeiros, a Prefeitura através da secretaria de Obras realizou ontem a retirada do Pontilhão localizado no cruzamento desta via com a Hilda Gonzáles. Um projeto inovador foi preparado e vai deixar o local além de viável para a locomoção de veículos e pedestres, bonito de se ver.

Conforme a maquete abaixo, um pórtico será feito no local com a presença de uma Locomotiva em homenagem à via férrea. As obras tem previsão de 90 dias para ficarem concluídas. De acordo com o prefeito Bruno Martiniano, todo um estudo de viabilidade urbana está sendo feito para realizar as modificações necessárias.

As modificações beneficiam também os acessos às ruas Félix Sobrinho, Hilda Gonzáles, Amaury de Medeiros, Perimetral, Rua Rui Barbosa e Vereador Elias Torres. Nestes primeiros dias de trabalho os motoristas devem ficar atentos às intervenções." 

A estruturação dos Conselhos de Política Cultural de Pernambuco e Preservação do Patrimônio Cultural do Estado foram tema de audiência pública realizada esta quarta-feira (22), no auditório da FCAP, no bairro da Madalena. O evento começou por volta das 17h, reunindo representantes de diferentes áreas. 

Na plateia, a expectativa em torno da criação do Conselho de Políticas Culturais era grande. De acordo com a produtora Carminha Lins, essa era uma reivindicação antiga da categoria, que sempre buscou espaço nas tomadas de decisões no âmbito das políticas culturais. “Será um conselho que vai expressar toda diversidade cultural que existe no Estado. A participação popular nas decisões é um marco, que vai contribuir para que todas as questões que a gente vem lutando sejam debatidas”. 

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O coordenador do movimento Dança Recife, Marcelo Sena, lembrou que a estruturação dos conselhos irá permitir o realinhamento do Estado com o sistema nacional de cultura. “A partir de um conselho podemos de fato fazer a mediação entre a necessidade dos produtores e artistas, com o que está sendo proposto com as políticas públicas do Estado”. 

“Pernambuco vem numa defasagem muito grande em relação aos outros estados nesse processo, dada esse pontapé, a expectativa é que o conselho faça jus a sua função que é fortalecer e elaborar ações de fortalecimento da cultura local”, comentou Aelson Ferreira, integrante do movimento de cultura popular.  

Segundo o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, a ideia dessa primeira audiência pública é apenas o amadurecimento da discussão, que irá integrar os gestores e a sociedade civil.  “Os conselhos Estaduais de Política Cultural têm a função de ajudar o Governo do Estado a construir políticas públicas de cultura. Estamos muito animados, pois acreditamos que será um exitoso processo de escuta para reformular da melhor forma possível o processo de composição”, afirmou Granja.

A presidente da Fundarpe, Márcia Souto salientou que para o processo democrático conquistar êxito é necessário que haja um consenso entre os segmentos culturais, para saber quais áreas haverá representante na cúpula. “Como a cultura de Pernambuco é muito diversificada não vai ser possível representar todos. Mas vamos tentar agrupar algums segmentos para tentar abranger o maior número possível de segmentos. No entanto, é importante lembrar que não caberá ao conselheiro apenas defender os interesses da sua classe específica, mas da cultura como um todo”, ponderou Márcia, resaltando que a escolha dos respectivos representantes, de um total de 20 áreas, será discutida posteriormente através de fóruns específicos. 

O ator Alberto Braynner criticou a burocracia existente na política cultural de Pernambuco. Ele questiona que o Ministério da Cultura implantou ações condizentes , mas o Estado ainda não aderiu.  “A produção cultural de Pernambuco é muito pontual. Acho que é uma grande reivindicação da classe como um todo da produção cultural ser mais massificada. Os equipamentos culturais do Estado estão muito mal utilizados, parados e se deteriorando”. 

Márcia Souto concordou que o governo precisa reestruturar toda política pública e não só na questão do fomento, mas também a difusão, fortalecimento e preservação das raízes culturais. Completando que a Fundarpe também precisa de mais espaço. “A fundarpe ainda continua pequena. Ela precisa ser reestruturada por parte do Estado para garantir a execução dessas políticas públicas com eficiência e chegar em todos os lugares do Estado. Esse já é um compromisso do programa de governo de Paulo Câmara. Queremos acabar com a burocratização para não sermos excludentes”, completou. 

Representando o segmento patrimonial, a museólogo e vice-presidente do fórum de museus de Pernambuco, Regina Batista ressaltou a necessidade de um dos participantes do conselho ter formação na área de preservação de patrimônio. “É importante que ele conheça esse universo, que é bastante abrangente e seja um representante ativo desta instituição. Que esse conselho trabalhe em prol das instituições, das manifestações e que seja representativo na sua essência da sociedade”. 

As próximas Audiências públicas serão realizadas no Agreste e no Sertão. Na próxima terça-feira (28), a discussão será em Caruaru, no auditório do Instituto de Tecnologia de Pernambuco. O horário foi alterado, para as 10h. 

Em maio (5), o município de Salgueiro receberá a audiência pública que vai discutir os Conselhos de Política Cultural de Pernambuco e Preservação do Patrimônio Cultural do Estado. A reunião também teve o horário modificado e terá início às 15h.

De acordo com Marcelino Granja, em dois meses o processo eleitoral será concluído. “A partir do dia 5 de maio, acreditamos o decreto já deva estar pronto. Depois disso podemos  dar andamento ao processo eleitoral, que será realizado através de um edital publicado pela secretaria”, concluiu o gestor de Cultura.

 

A Secult-PE e a Fundarpe realizam, neste mês de abril e em maio, audiências públicas para discutir a reformulação do Conselho Estadual de Cultura. Podem participar artistas, produtores, gestores e demais agentes culturais. As reuniões ocorrerão no Recife, em Caruaru e em Salgueiro. 

Na pauta estarão aspectos como a composição do Conselho Estadual de Política Cultural e do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, instâncias de participação já instituídas pelas leis estaduais 15.429/2014 e 15.430/2014, respectivamente. Para o secretario estadual de Cultura, Marcelino Granja, deve ser garantido o debate democrático com todos os setores da arte e da cultura do Estado para que possa ser implementada uma rotina efetiva de cogestão das políticas culturais em Pernambuco. 

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Entre outras atribuições, caberá ao Conselho Estadual de Política Cultural propor normas, diretrizes e linhas de ação da política pública, além de aprovar os planos estaduais, regionais e setorias de cultura. Já o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural será voltado para deliberações sobre tombamentos e aprovação dos planos de porteção, restauração e intervenção de bens culturais, tanto materiais como imateriais.

Serviço

Audiência no Recife

Quarta (22) | 16h

Auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco - FCAP (Av. Sport Club do Recife, 252 - Madalena)

Gratuito

 

Audiência em Caruaru

28 de abril | 16h 

Auditório do Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP (Rua Dalto Santos, 319 - Bairro de São Francisco)

Gratuito

 

Audiência em Salgueiro

5 de maio | 16h

Auditório do Salgueiro Plaza Hotel (Av. Cel. Veremundo Soares, 551)

Gratuito

As negociações com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), referente aos atrasos dos repasses financeiros do edital 2013/2014 do Funcultura começam a avançar. Durante reunião fechada, realizada nesta quarta-feira (15), o secretário de cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, a presidente da Fundarpe, Marcia Souto e o superintendente do Funcultura, Gustavo Araújo, receberam uma comissão formada por seis produtores independentes, que aguardavam parecer sobre o caso.

A pauta imediata, que tratava da liberação do recurso, foi considerada como uma vitória, pelos produtores culturais. Marcelino Granja garantiu aos profissionais, que a Secretaria da Fazenda estaria liberando a partir de hoje, cerca de R$22 milhões, para as primeiras parcelas do edital 2013/2014 e os atrasados dos lançamentos do Funcultura, desde 2010. 

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“Dessa vez tivemos uma sinalização mais concreta da Secretaria de Cultura. Marcelino Granja fez questão de frisar que a liberação do empenho para o pagamento de todos os restos a pagar desde 2010, até o presente  momento, seria feito às 15h de hoje. Agora é aguardar se eles vão cumprir o que se dispuseram”, comentou o pesquisador de políticas culturais, Afonso Chaves. 

O produtor ressaltou que a justificativa para o atraso nos pagamentos, apresentada pelos gestores culturais, foi a mudança de gestão, pois os empenhamentos teriam sido cancelados em detrimento da realização do balanço financeiro do governo passado. “O secretário falou que durante a mudança de governo é necessário que se faça uma averiguação das contas e empenhos da gestão anterior. Além disso comentou que para que a nova equipe de chefia da Fundarpe pudesse se apropriar dos processo demandou um pouco de tempo”, concluiu Afonso.

Presidente da Fundarpe Recebe Produtores nesta quarta (15)

Protesto pede esclarecimento sobre atrasos do Funcultura

Em 8 anos, 7 editais. Está faltando um ano do Funcultura?

O produtor Thiago Dantas ressaltou que os empenhamentos começaram a ser realizados na última segunda-feira (13). E a Fundarpe teria, mais uma vez,  garantido que até o próximo mês toda a situação estaria regularizada. “Tendo em vista que os recursos já foram liberados pela Fazenda, o secretário afirmou que tudo será resolvido até maio. E a gente poderia confiar, pois essa garantia que eles estavam dando era porque receberam sinalização do Governo do Estado”, pontuou o integrante da comissão de produtores independentes, informando que o número do empenho, a partir de agora é um documento integrante do termo de compromisso. “A elaboração dos termos de compromisso se dará com base nesses empenhos que foram liberados pela Secretaria da Fazenda. Se eles conseguiram limite orçamentário para todo mundo a tendência é que quem não teve termo assinado agora tenha essa condição”. 

Apesar da sinalização positiva, em relação aos pagamentos atrasados do Fulcultura, outras questões ainda são passíveis de questionamento. A ausência de um ano de edital, reformulação dos moldes do Funcultura, espaço físico destinado a equipe que rege o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, que foram questionados pelos produtores durante a reunião da semana passada, não foram explicitados durante a audiência desta quarta. “É uma vitória dos produtores culturais de Pernambuco, mas existe muita coisa a ser esclarecida e resolvida”, concluiu Thiago Dantas.

 

Nesta quarta-feira (15), a presidente da Furdarpe, Marcia Souto, irá se reunir com uma comissão de produtores independentes que aguardam posicionamento sobre os repasses referentes ao Funcultura 2013/2014. O encontro será realizado no gabinete da presidência, na sede da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), por volta das 14h30. 

Segundo o produtor Thiago Dantas, a comissão é formada por 7 profissionais de diferentes áreas. Dentre os integrantes do grupo está a advogada Daiane Dultra, que vai garantir respaldo jurídico aos produtores.

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“Agora a Fundarpe não poderá dizer que foi pega de surpresa e terá que nos responder claramente aos questionamentos. Queremos saber onde está o dinheiro do Funcultura? Em qual conta o dinheiro está depositado? Qual o saldo, se é que existe? Quando os temos serão assinados e data de pagamento das primeiras parcelas?”, afirmou Thiago Dantas. 

A produtora Fátima Pontes ressaltou que a advogada irá contribuir com o aparato jurídico em relação as respostas apresentadas pelos gestores da Fundarpe. Também estará a cargo da advogada, a orientação para os novos passos do grupo, em caso de descumprimento do acordo firmado pela entidade. “Dessa vez queremos documentar tudo o que eles vão nos apresentar. Não vamos simplesmente ouvir o que eles têm a dizer, mas teremos um documento para comprovar tudo o que for firmado”, concluiu. 

Thiago ressaltou que a informação passada pela Fundarpe durante a reunião realizada na última quinta-feira (9), onde o superintendente do Funcultura Gustavo Araújo garantiu que até a primeira semana de maio os produtores teriam as primeiras parcelas pagas, não será cumprida.

Protesto pede esclarecimento sobre atrasos no Funcultura

Em 8 anos, 7 editais. Está faltando um ano do Funcultura?

“A previsão deles já é desanimadora (R$4,5 milhões) e até agora nenhum dos produtores foi chamado para assinar o termo de compromisso. Eles não foram chamados porque como não tem limite orçamentário, não é possível empenhar. Se não há empenho, não existe possibilidade de realizar os termos de compromisso. Logo, aquela previsão de assinar no mês de abril e pagar em maio não vai acontecer”, completou Dantas. 

 

Com Felipe Mendes

As contas do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) dão indícios de que estão no vermelho. Existe um grande atraso nos repasses da edição de 2013/2014, cujo valor ainda não repassado aos produtores independentes beira a casa dos R$ 17 milhões, e ainda não existe data definida para liquidação. Mas o problema com a maior (se não a única) ferramenta de incentivo cultural do Estado pode ser muito mais grave: em 8 anos, apenas 7 editais foram lançados, levantando dúvida quanto ao destino do dinheiro referente a um ano fiscal inteiro do fundo, cujos recursos são garantidos por lei e depositados diretamente na conta do Funcultura.

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A possível manobra fiscal teria sido feita a partir de 2009, quando o Funcultura passou a contemplar 'duas cabeças', deixando de levar em consideração o período fiscal, que tem início em 1° janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano em questão. Em 2008, por exemplo, os trâmites do edital, entre inscrição e divulgação dos projetos selecionados, foram finalizados no mesmo ano. Já em 2009, quando passou a ser divulgado como 2009/2010, as inscrições dos projetos independentes ocorreram entre setembro e outubro de 2009 e a lista dos aprovados só saiu em abril de 2010.

Em 2010, no entanto, não foi realizado nenhum edital. Considerando o período de 2008 a 2015, quando, teoricamente, deveriam ter sido executados 8 editais, foram lançados apenas 7. E não há planos do lançamento de mais um edital para compensar o hiato.

A possível ausência de um edital tem sido questionada pelos produtores. “Desde que eles (Fundarpe) passaram a executar dois anos em um único edital, tivemos um ano perdido. Deixamos de apresentar projetos e executar trabalhos que divulgam a cultura do nosso Estado”, afirma o pesquisador teatral e jornalista Leidson Ferraz.

“O Funcultura era para ser lançado no começo do ano, para consequentemente liberar os recursos e ao longo dele o projeto ser executado. Eles mudaram o método de lançamento dos editais e, aparentemente, temos um ano sem execução”, comenta Marcelo Sena, diretor da Cia Etc. de dança.

Segundo o produtor Thiago Dantas, que recentemente realizou um levantamento referente aos atrasos do edital 2013/2014 do Funcultura, provando que a maior parte dos recursos teve empenhos cancelados e não foi executada, existe um hiato no que se refere à execução financeira do referido edital. “O Funcultura está com um atraso de quase dois anos de edital. O lançamento do formato com duas cabeças, durante a gestão de Luciana Azevedo, gerou um hiato de um ano sem execução de recurso do Funcultura. Na gestão anterior, o valor liberado para o Fundo tinha que ser executado no mesmo ano fiscal”, pontua Thiago.

De acordo com o consultor especialista de mercado cultural Leonardo Salazar, quando o edital inclui dois anos, está contrariando o exercício fiscal, que é anual. “Eles estão completamente atrasados no calendário. Não existe uma periodicidade no lançamento dos editais. Isso acaba se transformando numa bola de neve, porque antes de finalizar um edital, a Fundarpe lança outro, gerando atrasos nos repasses e a necessidade de fazer o processo bianual, pois não existe dinheiro em caixa”, ressalta.

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O próprio superintendente executivo do Funcultura, Gustavo Araújo, reconheceu durante reunião com produtores que protestavam contra o atraso nos repasses do fundo, na última quinta (9), que os atrasos nos repasses são motivados pela execução simultânea de editais antigos e atuais. “Nós temos o Funcultura sendo executado com editais sobrepostos. Há projetos de 2011/2012 funcionando paralelamente aos editais de 2012/2013 e 2013/2014. Essa situação atípica nos leva a fazer 'priorizações'”, afirmou o gestor. Ele ainda explica que o cancelamento dos empenhos foi realizado pela Secretaria da Fazenda estadual, e não 'estaria no âmbito da Secretaria de Cultura'.

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Para Leonardo Salazar, os atrasos no Funcultura e os moldes atuais dos editais representam ausência de compromisso com a cultura e com os recursos do Estado. “Isso demonstra uma grande falta de planejamento. Se você se propõe a executar uma coisa e não consegue, acaba deixando transparecer a incompetência da gestão”, pontua.

Sobre a modificação do processo de lançamento do edital e execução do Funcultura, a Fundarpe defende que o calendário foi modificado apenas por questões burocráticas. “Em 2010, o calendário dos editais foi modificado, pois eram lançados em janeiro de cada ano. Ocorre que os editais, a partir de então, foram lançados no final de dezembro de cada ano e todo processo de inscrição, análise e publicação dos resultados é realizado no ano seguinte. Por este motivo,  a Fundarpe passou a titular o edital com o ano de seu lançamento, mais o ano de sua execução”, respondeu a assessoria de comunicação da Fundarpe através de email.

Pode-se ver, no entanto, no quadro acima, que o edital 2010/2011, por exemplo, teve seu resultado divulgado apenas no dia 21 de outubro de 2011, o que inviabiliza sua realização naquele mesmo ano. Isso significa que a execução deste edital só pode ter sido feita em 2012. O mesmo acontece com os editais subsequentes: o resultado do 2011/2012 saiu em 19 de outubro de 2012; o do 2012/2013 em 13 de setembro de 2013; o de 2013/2014 em 12 de setembro de 2014.

Mudança

A mudança no formato dos editais aconteceu no mesmo período em que estourou o 'escândalo dos shows fantasmas'. Em Maio de 2010, a bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco levantou um possível esquema de favorecimento relacionado à produção de Shows, entre os meses de janeiro de 2009 e abril de 2010, cujo saldo foi de R$ 36,2 milhões. Segundo os deputados, os repasses teriam sido realizados por meio de empenhos fracionados, beneficiando familiares de integrantes do Governo do Estado.

Na época, os parlamentares ainda questionaram a similaridade entre as despesas do possível esquema de favorecimento e os recursos do Funcultura de 2009, que tinha valor orçado em R$ 24 milhões e não foi executado no ano em curso. Em resposta, a então presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo, afirmou que a oposição estava levando a população ao equívoco. "A lógica apresentada pela bancada de oposição de fracionamento de despesas é maliciosamente equivocada, a fim de induzir a sociedade ao erro de interpretação da própria lei", rebateu na época, por meio de nota.

O relator do processo no Tribunal de Contas do Estado isentou a ex-gestora de responsabilidade no caso e decidiu pela aplicação de uma multa por negligência, no que foi acompanhado por outros conselheiros. Informações de bastidores no período davam conta de que a gestão de Luciana Azevedo teria deixado, ao sair, um rombo de milhões na Fundarpe, na casa dos dois dígitos, o que a ex-gestora também negou. O valor seria condizente com o montante anual destinado ao Funcultura.

O produtor Thiago Dantas afirma que a empresa de consultoria Sapiens irá fazer uma nova auditoria para apurar a ausência da execução de um edital do Funcultura. Ele também ressaltou que o novo formato do processo, unindo dois anos em edital único, prejudica os produtores. “Essa temporalidade estendida ao longo de dois anos para executar um ano de edital prejudica e muito quem trabalha com cultura. Há um problema sério de gestão do Fundo, o qual não pode ser usado para gasto de uso corrente, que não seja por edital do Funcultura”, explica.

Apesar da Lei do Funcultura utilizar em vários trechos o ano fiscal como base, em nenhum momento a norma explicita que o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura deve ser executado anualmente, ou lançar um edital por ano.

Segundo a legislação, o Funcultura é um mecanismo de natureza financeira e contábil, com prazo indeterminado de duração, criado com a finalidade de incentivar e estimular a cultura pernambucana, mediante a persecução dos objetivos do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC). O Fundo recebe contribuições do SIC; dotações orçamentárias; doações de pessoas físicas ou  jurídicas, entidade e organizações públicas ou privadas, de capital nacional ou estrangeiro; rendimentos de aplicações financeiras; arrecadações de multas; saldos remanescentes de aplicações financeiras; recursos remanescente do Fundo de  Incentivo à Cultura; e saldos do exercício anterior do próprio Funcultura.

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Artista e produtores culturais se reuniram em um protesto pacifico, em frente a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), no Centro do Recife, para cobrar do Governo do Estado os atrasos nos repasses do Funcultura, equivalentes ao edital 2013-2014. Empenhos cancelados, projetos extremante atrasados e sem justificativa plausível. É o que alega o organizador da manifestação, Thiago Dantas. “São inúmeras as falhas da Fundarpe. Nós não tivemos esclarecimento sobre o motivo dos cancelamentos e atrasos dos repasses, pois o dinheiro tem que estar em caixa, já que um fundo é oriundo de  renuncia fiscal”.

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Os produtores também estão cobrando a prestação de contas do último exercício do Funcultura. Segundo Thiago, a apresentação do documento, no dia 31 de março, levanta dúvida sobre o cumprimento da lesgislação. “Isso demonstra que os recursos do Funcultura estão misturados com outros projetos do governo. O que não garante que os recursos estão sendo utilizados especificamente para a cultura. Essa é uma falha grave, que está infringindo a lei”, cravou Thiago.

A produtora Fátima Pontes, da Escola Pernambucana de Circo, tem quatro projetos cancelados, aguardando assinatura. De acordo com a produtora, os atrasos dificultam principalmente um dos projetos, que prevê recursos para a manutenção da escola. “Nosso projeto era para ter começado no inicio de março e nem assinamos os termos ainda. É necessário que o governo entenda que a arte e cultura também são fundamentais para a manutenção da economia e precisa de atenção”, reforçou.

“Desde a criação do Funcultura, ingressamos com projetos. E isso nunca aconteceu de um projeto ser aprovado e o empenho ser cancelado. A explicação é que a nova administração teve que rever todos os projetos”, afirmou José Antônio Gonçalves, autor da proposta Disse-me Dança.  

Os produtores solicitaram uma reunião com os gestores da Fundarpe para discutir todas as reivindicações em questão.

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A Fundarpe atendeu ao pedido, por meio do superintendente do Funcultura, Gustavo Araújo, que se posicionou sobre os atrasos. Diante de dezenas de produtores, no Espaço Pasargada, localizado na Rua da União, o superintendente declarou que os atrasos nos repasses são provenientes da burocracia fiscal, mas até meados de maio todos os termos devem ser assinados e parte das parcelas liberada. “Como existe um fluxo financeiro independente do edital corrente,  nós tivemos que reempenhar um conjunto desses projetos. Mas teremos que fazer isso com as programações financeiras dos outros projetos acontecendo.  O que cria dificuldades do ponto de vista da readequação financeira”, pontuou o gestor, reconhecendo as reivindicações da categoria. “Somos solidários a luta dos produtores. Estamos batalhando para colocar em dias o edita do independente. Reconhecemos a reivindicação dos produtores. Essa é uma situação atípica, que ao longo do mês de abril e inicio de maio iremos regularizar essas primeiras parcelas para que tenhamos todos os projetos acontecendo”, completou Araújo.

Mas os produtores não saíram satisfeitos com a justificativa. Thiago Dantas ressaltou que os valores informados pela superintendência para liberação dos recursos  não atendem a demanda dos profissionais. “R$ 4 milhões! Foi essa a verba que eles garantem liberar até o mês de maio. E os outros cerca de R$17 milhões que ainda restam, quando serão pagos? Esse mísero valor não é suficiente para a produção dos projetos”, informou o produtor, completando que irá dar continuidade ao processo de auditoria externa do Funcultura.

Projetos culturais de diferentes áreas tiveram seus cronogramas adiados, graças aos atrasos do repasse do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), referente ao edital 2013/2014. A verba é o principal recurso para o fomento cultural no Estado, garantindo que os projetos selecionados através de edital possam ser viabilizados e destina, ao todo, mais de R$ 30 milhõs anuais a centenas de projetos em diversas áreas da cultura.

Um dia antes do encerramento das inscrições do edital de 2014/2015, na última segunda-feira (30), os profissionais da cultura se depararam com uma realidade nada satisfatória. Um levantamento realizado pela Sapiens Consultoria mostrou que cerca de 80% dos projetos aprovados na edição passada ainda aguardam os repasses. A amostra realizada pela empresa, a pedido de alguns produtores, tomou como base as informações divulgadas no portal da transparência até o dia 27 de março de 2015. “Conforme divulgado pela própria Fundarpe, apenas 7,29% dos recursos do edital 2013/2014 foram pagos e 37 dos 289 projetos tiveram o dinheiro creditado”, afirma o produtor cultural Thiago Dantas, responsável pela consultoria.

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Mas o que leva a tamanho atraso dos recursos, que necessariamente deveria estar em caixa, já que trata-se de um fundo - portanto de recursos garantidos - oriundo de parte da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)? As justificativas apresentadas aos produtores são um pouco desencontradas, mas todos os argumentos fazem referência à burocracia. Para a produtora Elis Costa, que recebeu o pagamento da verba no início de março, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) informou que a Secretaria da Fazenda de Pernambuco é que havia ‘barrado’ a transferência dos recursos. “Pelo o que eles me falaram é como se a Fundarpe tivesse feito todo procedimento necessário para o repasse do fundo e a Secretaria empacou, pedindo novamente os processos. É uma questão de gestão”, pontua.

Apesar dos atrasos para execução das suas exposições, Elis ocupa a estatística dos profissionais que se encontram numa situação mais amena. No entanto, ela ainda participa de outros dois projetos, que se quer tiveram os termos assinados. Um deles é a Circulação Internacional da Cia. Etc. Sob o comando de Marcelo Sena o projeto previu uma turnê pela Europa, em comemoração aos 15 anos da companhia, celebrados em 2015. 

O atraso na execução do projeto gera uma série de transtornos aos seus idealizadores. Com o crescimento da inflação e alta do dólar, os recursos destinados acabam sendo insuficientes. “Para diminuir os custos, a gente precisa casar as nossas apresentações de acordo com os eventos que estão acontecendo na mesma época, nos respectivos países, que são cinco. Sem  contar que as coisas também estão subindo bastante, e o que  a gente tinha orçado já não encontra com os mesmos valores. Cada dia de atraso prejudica o projeto  ainda mais”, explica Marcelo Sena.

De acordo ele, a Fundarpe disse que a paralisação temporária dos repasses são motivados pela ausência de assinaturas da gestão anterior. E para que tudo seja concluído, é necessário que a nova administração formalize as pendências, para dar continuidade a liberação da verba.

Segundo Thiago Dantas, a mudança de gestão não é um motivo plausível para os atrasos do Funcultura, tendo em vista que a administração anterior também era comandada pelo PSB.

Como também é produtor cultural, Thiago levanta um questionamento referente às mudanças nos editais, que passaram a contemplar dois ciclos, deixando um ano sem repasses efetivos. “Se você pegar o edital de 2013, que deveria ter sido executado em 2014 e não foi porque os recursos não foram liberados, podemos verificar um hiato de recursos durante um ano completo do Funcultura que não foi liberado. Se são R$21 milhões de reais e só executou, aproximadamente, R$2 milhões. Cadê os R$19 milhões que deveriam ter sido executado em 2014 e não foram?”, questiona.   

Outro ponto em questão é o cancelamento de mais de 120 empenhos realizados em 2014. Thiago aponta que a justificativa da Fundarpe de não ter empenhado novamente os projetos e não ter pago os recursos daqueles que já firmaram termo de compromisso, dentro do prazo estabelecido por lei, não são esclarecedoras: “É uma questão de desrespeito às clausulas constantes nos contratos e ao desembolso da lei do Funcultura, que exige que exista um edital para cada ano e o mesmo seja executado no respectivo ano”.

O produtor ainda lembrou que o prazo para prestação de contas da Fundarpe em relação ao último exercício do Funcultura se encerrou em 31 de março de 2015. E tal relatório servirá como base para um novo levantamento realizado pela Sapiens. “Não sei se eles vão colocar no demonstrativo os empenhos que foram cancelados como execução financeira liquidada. Se isso acontecer, caberá uma fiscalização intensiva pelos órgãos de cultura do Estado”, avisa Thiago.

Segundo o produtor Marcelo Sena, os atrasos nos recursos do Funcultura levantam rumores de corrupção. “O que estão dizendo por aí de todo esse atraso é que, provavelmente, o dinheiro foi desviado. Mas isso ninguém tem provas. No entanto, é um fundo, necessariamente o recurso deveria estar lá. Então pra gente, ter esse tipo de noticia é ainda mais desestimulante”, diz.

Alguns profissionais que tiveram projetos aprovados nos editais e aguardam pagamentos dos respectivos empenhos estão se organizando para marcar uma reunião com a superintendência da Fundarpe. De acordo com Ana Frazão, que teve dois empenhos cancelados, pelo menos um representante de cada categoria deve compor a comitiva que vai solicitar aos gestores da Fundarpe esclarecimentos oficiais sobre os atrasos. “Até o momento só tivemos desculpas renovadas. A última vez estive lá, os funcionários me informaram que a expectativa de assinatura seria até o dia 15 de abril. Mas a superintendência deveria prestar esclarecimentos oficiais com a gente, sobretudo sobre o critério de prioridade para os lançamentos. Não podemos ficar a mercê dos atendentes e das redes sociais, pois acaba gerando um terror”, ressalta Frazão.

Resposta da Fundarpe

O Portal LeiaJá entrou em contato com a Fundarpe para saber os motivos dos cancelamentos dos empenhos, os novos prazos para assinatura dos contratos e os respectivos critérios para ordem de liberação dos recursos do Funcultura. De acordo com a assessoria de comunicação da fundação, em resposta por email, os empenhos foram cancelados em virtude do cumprimento do ano fiscal. Logo, os processos que não foram finalizados precisam ser cancelados e empenhados novamente no ano fiscal seguinte.

Quanto ao pagamento dos empenhos que não foram cancelados, a Fundarpe afirma que é preciso avaliar cada caso isoladamente. “Cada um tem seu próprio cronograma financeiro, suas etapas de execução e uma nova parcela só é liberada mediante a prestação de conta de uma etapa anterior”, diz a resposta.

No que diz respeito aos novos prazos, eles ressaltaram que os proponentes dos projetos que ainda não receberam a primeira parcela de pagamento serão chamados para firmar o Termo de Compromisso durante os meses de abril e maio. Só assim eles estarão aptos a receber a primeira parcela.

“Os repasses obedecem a um cronograma de execução dos projetos, que deve constar 12 meses. Mas os projetos possuem dinâmicas de execução particulares e, mediante pleito oficiado à Secretaria Executiva do Funcultura, devidamente justificado e fundamentado pelo proponente do projeto, a Comissão Deliberativa do Funcultura pode julgar pelo deferimento ou não da sua extensão, que pode ser de até mais 12 meses. Portanto, um projeto aprovado através do Edital 2014 pode ser executado até 2016”, informou a Fundarpe, respaldando que “O critério adotado obedece a existência do empenho no passado, a antiguidade do projeto e a ordem do número de inscrição do projeto”.

Os recursos do Funcultura são as principais formas de incentivo à produção cultural no Estado. Os produtores reclamam que os demais mecanismos existentes estão escassos e não atendem à demanda. “O Funcultura é a única ferramenta que a gente tem com o Governo do Estado para trabalhar com cultura aqui. Também existe o Festival Nação Cultural, mas há duras criticas em relação ao formato. Existia o circuito pernambucano de artes cênicas que foi interrompido e não teve nenhuma ação que deu continuidade ao projeto”, atesta Marcelo Sena.

"Compromisso do Governo de Pernambuco"

Durante a campanha política, o hoje governador de Pernambuco, Paulo Câmara, defendeu a valorização da cultura no Estado. No mês de agosto, ele afirmou que no seu governo o Funcultura seria ampliado. “Vamos ampliar o Funcultura. Além de garantir um acesso mais fácil aos recursos, nos vamos empoderar o fundo. O volume total do Funcultura hoje é de R$ 32 milhões, distribuídos aos projetos selecionados. Vamos elevar esse valor no nosso primeiro ano de governo para pelo menos R$ 40 milhões”, defendeu o então candidato.

A declaração de valorização da cultura tem sido constantemente ressaltada pelo gestor do Executivo. Durante a pré-estreia da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na última sexta-feira (27), Câmara voltou a falar sobre o assunto, enfatizando o compromisso com o setor, nos próximos quatro anos da sua gestão. 

“Precisamos estar sempre apoiando a nossa cultura, pois Pernambuco é um estado muito rico em termos culturais, com expressões que precisam ser apoiadas. Como está no nosso programa de governo, a gente vai trabalhar nisso nos próximos 4 anos. Queremos dar oportunidade para que nossos artistas continuem a viver da cultura, para que as novas  gerações também tenham acesso a nossa belíssima cultura”, concluiu o governador.

A Fundarpe prorrogou o prazo de inscrição dos projetos que pretendem concorrer ao incentivo do Funcultura Independente, que se encerraria na próxima segunda-feira (23). A decisão foi tomada pela organização em função da greve dos Correios, travada na última quarta (18), mas que durou apenas dois dias.

Com a nova determinação, a data limite para a realização da inscrição passa a ser 31 de março. “Diante da situação e com o objetivo de garantir a participação de produtores de todo o Estado, a Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe decidiram prorrogar as inscrições de projetos”, informou a assessoria por meio de nota. 

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O Funcultura Independente está disponibilizando R$22 milhões para o incentivo a produção, difusão, pesquisa e formação nas seguintes linguagens artísticas e áreas culturais: artesanato; artes plásticas e gráficas; circo; cultura popular; dança; design e moda; fotografia; gastronomia; literatura; música; ópera; patrimônio; e teatro. Existe ainda a categoria artes integradas, que possibilita projetos que promovam o diálogo entre diferentes linguagens. 

Os candidatos podem realizar a inscrição presencialmente, na sede da Fundarpe, entre as 8h e 12h, ou pelos correios, desde que a postagem seja concluída até o dia 31. Podem concorrer pessoas físicas e jurídicas com Cadastro de Produtor Cultural (CPC) ativo. O edital completo está disponível no site da Fundarpe. 

A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult/PE) lançam, nesta terça-feira (23), o edital 2014/2015 do Funcultura. São R$ 22 milhões para o incentivo a diversas áreas culturais e artísticas, como música, artesanato, literatura, teatro e gastronomia, entre outros.

A novidade é a inserção da área de Design e Moda, por conta da aprovação da lei 2419/2014, que atualizou a legislação do Fundo de incentivo à cultura. O edital foi construído com base no Ciclo de Consultas Setoriais, realizado com artistas e produtores de cada linguagem entre os dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 2014.

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Prêmio de Literatura

A Fundarpe e a Secult aproveitam para lançar também o edital do 3º Prêmio Pernambuco de Literatura. Os vencedores recebem premiação em dinheiro e a obra publicada pela Companhia Editora de Pernambuco - CEPE.

Na ocasião, será lançada também a publicação Cultura.PE 2007 – 2014, uma revista de balanço dos últimos 8 anos da gestão cultural em Pernambuco. A cerimônia de lançamento será realizada no Teatro Arraial, na Rua da Aurora, Boa Vista. O evento começa às 14h e o acesso é livre.

O governador do estado de Pernambuco, João Lyra Neto, assinou na tarde da última sexta-feira (7), um termo de abertura de crédito suplementar em favor da Fundarpe/Secult-PE. A ação garante recursos na ordem de R$ 1.199.957,53 para conclusão da compra de equipamentos que vão modernizar o sistema de projeção e som do Cinema São Luiz. 

A expectativa é que, após 120 dias da assinatura do contrato entre a Fundarpe e a empresa vencedora da licitação, o cinema passe a contar com projetor digital 4k, 3D e som Dolby 7.1. A atualização visa responder a demandas dos realizadores do estado e também da necessidade de modernizar o cinema de rua mais tradicional do Estado.

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No encerramento do último Festival Internacional Janela de Cinema, houve um abaixo assinado em prol da modernização do espaço, inclusive com todo o público do festival subindo ao palco para promover um ato para garantir a visibilidade da demanda. L

O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), prometeu, nesta segunda-feira (29), que uma das primeiras ações na área da cultura, durante um eventual governo dele, é a realização de um concurso público para a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Além disso, durante a sabatina com a Coligação Cultura Pernambuco o postulante também se comprometeu em ampliar o orçamento do estadual para o setor e interiorizar o Funcultura. 

“Vamos observar as necessidades, mas acho que tem muita gente lá contratada para temporada, nós devemos fazer já para dar um sinal de que queremos estruturar quadros permanentes”, frisou. Segundo ele, ainda não se tem uma estimativa de quantos cargos serão oferecidas. “Tenho o compromisso de fazer, se não nos primeiros dias, mas nos meses”, acrescentou. 

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Na questão dos recursos estaduais voltados para financiamentos na área, que atualmente corresponde a 0,4%, o petebista não se comprometeu em fechar um percentual. A proposta da Coligação é que os investimentos cheguem a 2%. “Não assumo este percentual. Primeiro temos que fazer uma reestruturação dos órgãos. Fechar agora um número seria irrealista. Reconheço que 0,4% é pouco, acho possível ampliar isso”, observou. O crescimento dos recursos, segundo o petebista está condicionada ao estadual. “Se continuar neste patamar, vamos ampliar todas as demandas”, acrescentou. 

Outra sugestão da Coligação Cultura PE foi o estimulo do mercado artístico local. A iniciativa, segundo Armando será voltada para a economia criativa. “Temos 2.500 empresas vinculadas a este ambiente. Pernambuco pode ter cada vez mais pessoas ligadas a isso”, frisou. 

Armando Monteiro também prometeu que vai estruturar a TV Pernambuco, que, atualmente, possui um orçamento anual de pouco mais de R$ 1,5 milhão. Com isso, o petebista vai utilizar a emissora estadual para dar vazão à produção artística local. Para o candidato, a cultura tem que estar no centro da estratégia de desenvolvimento de Pernambuco, uma vez que o Estado possui um amplo repertório de produtos no setor.

“A cultura é algo que o Estado precisa vender melhor. E a cultura é transversal. Quando se fala em turismo, tem que se falar em cultura. Educação, cultura. Quer dizer: a cultura tem que estar presente em todas as áreas e ações estratégicas do governo”, afirmou.

O grupo também defendeu, durante o debate, uma política estratégica para a participação popular nos ciclos culturais e a utilização das emendas parlamentares voltadas para a cultura, sem fins comerciais e políticos. No total foram 12 pontos. 

Pedido por Paulo Câmara

Durante o debate, o jornalista Ivan Moraes Filho, que mediou a conversa, fez apelos para que o candidato a governador pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), aceitasse o convite da Coligação Cultura de Pernambuco para receber as propostas e debater com o grupo. “Ainda temos tempo”, frisava ele ao convocar o socialista. 

Antes de Armando, na semana passada, o grupo recebeu o postulante ao Palácio do Campo das Princesas, Zé Gomes (PSOL). 

 

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