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A semana foi de agitação na política em todo o país. Posse dos legislativos estaduais e federais, renúncia da presidente da Petrobras Graça Foster, nova fase da operação Lava Jato e encontro entre o ex-presidente Lula (PT) e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foram alguns dos acontecimentos que movimentaram os últimos sete dias. O LeiaJá separou os principais fatos e trouxe uma retrospectiva. Confira:

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Reaproximação do PT com o PSB: Na quinta-feira (5) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foi a São Paulo encontrar com o ex-presidente Lula (PT). A iniciativa foi observada como uma sinalização para a reaproximação das legendas, aliadas até setembro de 2013. 

De acordo com o governador de Pernambuco, durante o encontro ele e Lula conversaram sobre temas nacionais, como as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta este ano, e as perspectivas para o Estado. "Lula perguntou pelas obras em Pernambuco, muitas delas em parceria com o governo dele na Presidência. E quis saber do povo pernambucano, por quem tem muito carinho. Eu disse que nosso povo tem uma gratidão muito especial por ele", contou Câmara.

A reaproximação é vista com positividade por lideranças petistas estaduais, como o senador Humberto Costa. Mas para outras, como a presidente do PT-PE Teresa Leitão, é necessário ter cautela com o PSB. “Eles precisam primeiro de um consenso para depois retomar o diálogo com o PT”, frisou. 

Renúncia de Graça Foster e escolha do novo presidente: A presidente da Petrobras, Graça Foster, e mais cinco diretores renunciaram aos cargos na estatal na quarta-feira (3). O envio da renúncia aconteceu um dia após o início dos rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) estaria articulando a troca dela no cargo mais alto da estatal. 

Neste intervalo de tempo, Foster se reuniu com Dilma no Palácio e organizou junto com outros cinco diretores a sua saída. A manutenção de Graça Foster na presidência da petroleira já era insustentável diante das crises de corrupção envolvendo a estatal. A saída de Foster foi comemorada por parlamentares que compõem a bancada de oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Daniel Coelho (PSDB)

Para ocupar a vacância na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff escolheu o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. A escolha do novo gestor gerou divergências do mercado, no legislativo e dentro do PT. 

Lava Jato: A operação Lava Jato ganhou uma nova fase durante esta semana, a nona desde que foi deflagrada. A etapa aconteceu em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Foram cumpridos 62 mandados judiciais - um de prisão preventiva, três de temporária, 18 de condução coercitiva (quando a pessoa é liberada após prestar depoimento) e 40 de busca e apreensão.

Além da nova fase, esta semana também foi marcada pelo depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele é citado na delação premiada do ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco Filho, homologada pela Justiça Federal no Paraná. Barusco afirmou que fez uma "troca de propinas" com o tesoureiro. Ele contou que possuía um "crédito" da empreiteira Schahin Engenharia, gigante que atua também nas áreas de petróleo e gás, mas estava encontrando dificuldades em receber o dinheiro. Por meio da defesa, Vaccari disse que nunca arrecadou propinas para o PT. 

Posse na Alepe e Mesa Diretora: No domingo (1°) os deputados estaduais eleitos em Pernambuco tomaram posse na Assembleia Legislativa (Alepe). Das 49 cadeiras da Casa Joaquim Nabuco, 20 foram assumidas por parlamentares eleitos pela primeira vez ou nomes que retornam ao legislativo após um tempo. 

No mesmo dia, com uma sessão polêmica e que durou mais de três horas, também foi escolhida a composição da Mesa Diretora. O presidente Guilherme Uchoa (PDT) foi reconduzido ao comando da administração da Casa, com 38 votos. Disputaram contra Uchoa, os deputados Edilson Silva (PSOL) e Rodrigo Novaes (PSD). Eles tiveram uma votação amena, Silva conquistou um voto e Novaes cinco. A vitória do pedetista já era esperada. 

A disputa mais acirrada, com direto a bate chapa, foi pela 1ª secretaria, pleiteado por dois socialistas: Diogo Moraes e Lula Cabral. Ambos trocaram farpas pouco antes da eleição, mas depois quando Moraes foi anunciado como vencedor, eles foram cordiais e amenizaram a rivalidade

Senado e Câmara: Os 27 senadores e os 513 deputados federais eleitos em outubro de 2014 também tomaram posse no último domingo. Deles, um senador e 25 deputados são pernambucanos. No mesmo dia foram escolhidos os presidentes das Casas, no Senado Renan Calheiros (PMDB) conquistou a manutenção do mandato. Já na Câmara Federal a escolha não foi tão tranquila, a disputa pela presidência foi travada entre o PSB, PMDB e PT. 

O candidato do PSB, Julio Delgado, foi o primeiro a perder o pleito. No segundo turno, quem perdeu foi o petista Arlindo Chinaglia garantindo a permanência do PMDB no comando do legislativo nacional, com o deputado Eduardo Cunha

Criação da nova CPI da Petrobras: A movimentação para criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) iniciou na segunda-feira (2) na Câmara Federal, um dia após a instalação da nova legislatura. Os deputados do PSB, PSDB e DEM iniciaram as articulações para criar o colegiado. Eram necessárias 171 assinaturas de apoio e foram conquistadas 182. Delas 52 da base governista

Após protocolarem os apoios e as assinaturas passarem pelo jurídico da Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), leu, em plenário, o termo para a criação do colegiado. A expectativa é de que depois do Carnaval a escolha dos componentes da Comissão esteja finalizada.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu nesta quinta-feira, 5, um processo administrativo para analisar a renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, e de cinco diretores da companhia. A divulgação da saída dos executivos mereceu um comunicado de apenas três linhas da estatal, divulgado na manhã de quarta-feira após uma provocação do órgão.

Ao longo de toda a semana a CVM vêm cobrando explicações da Petrobras. Tudo começou na terça-feira, quando Graça Foster passou boa parte do dia em uma reunião a portas fechadas com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

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O encontro entre Dilma e Graça alimentou a expectativa do mercado sobre a saída da executiva do comando da empresa. O resultado foi que as ações da petroleira dispararam no pregão da Bovespa. A Bolsa também pediu explicações sobre a disparada e as notícias. A resposta veio sucinta e foi o gatilho para novas perguntas da CVM.

Depois de mais um dia inteiro de rumores em torno de quem seriam os diretores envolvidos na renúncia coletiva, a Petrobrás finalmente publicou os nomes, a essa altura já largamente noticiados pela imprensa.

A Petrobras confirmou há pouco os nomes dos cinco diretores da estatal que renunciaram a seus cargos, além da presidente da estatal, Graça Foster. Conforme antecipou o Broadcast, são eles: Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores; José Miranda Formigli, diretor de Exploração e Produção; José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento; José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia; e José Antônio de Figueiredo, diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais.

A estatal diz ainda, no fato relevante, que a renúncia de Graça Foster e dos cinco diretores, anunciada hoje, terá efeito a partir da próxima sexta-feira (06), data em que o conselho de administração se reunirá para eleger os novos membros da diretoria.

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O novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, tomou posse nesta quarta-feira, 4, e já anunciou que levará a discussão sobre o bloqueio de bens de Graça Foster, agora ex-presidente da Petrobras, ao plenário da Corte de Contas na próxima semana. Ele irá avaliar as sugestões feitas pelo atual presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, que propôs uma nova forma de calcular o prejuízo apontado no processo que apura a responsabilização da diretoria da estatal pela aquisição da refinaria de Pasadena (EUA).

Ex-senador do PMDB, partido da base aliada do governo, Vital assume a cadeira de José Jorge, que se aposentou em novembro, e herda no tribunal os processos relatados pelo antigo ministro. Ele será o responsável, portanto, pela relatoria dos casos ligados à Petrobras que tramitavam no TCU até 31 de dezembro de 2014.

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"De hoje em diante, minha primeira providência é dizer que vou pautar para a próxima semana", anunciou Vital. O caso está parado no TCU desde agosto, quando Cedraz pediu vista do processo, após a maioria da Corte se manifestar sobre a indisponibilidade patrimonial dos executivos da Petrobras. Na ocasião, a votação foi encerrada com cinco votos contra o bloqueio de bens de Graça Foster e dois a favor.

Cedraz encaminhou ao novo ministro um despacho com sugestões sobre o processo em 29 de dezembro, três dias antes de assumir o cargo de presidente. Na peça, propõe a revisão das perdas apontadas e da lista de executivos que foram responsabilizados. Apesar das sugestões, em geral, o presidente do TCU não vota em casos como esse. Contudo, há previsão nas normas da Corte para que, excepcionalmente, peça licença momentaneamente da presidência apenas para participar do julgamento.

Até a apreciação do caso em definitivo, todos os ministros podem alterar o voto. Nos bastidores, especula-se que o despacho de Cedraz será usado como "fato novo" trazido ao processo, o que justificaria eventuais mudanças de posição.

Para Vital, a renúncia de Graça e de cinco diretores da estatal, confirmada hoje, não afeta o andamento do processo. "As alterações do corpo diretivo não alteram o curso da apuração. Não é que ela hoje é ou amanhã deixará de ser. A responsabilidade objetiva existe", afirmou, após tomar posse.

Líderes do DEM no Congresso avaliaram como tardia a saída de Graça Foster do comando da Petrobras. Para a oposição, a mudança na direção da estatal deveria ter ocorrido logo após a operação Lava Jato para não comprometer a credibilidade da empresa.

"Essa demora em substituir a diretoria é uma demonstração clara de que a presidente da República perdeu o comando do País. Dilma Rousseff só age quando a situação chega a um nível insustentável", concluiu o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

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O deputado lembra que a empresa continua "mergulhada" em um crise séria e que precisa de uma liderança capaz de acabar com o aparelhamento político. "A Petrobras precisa ser reestatizada, já que foi privatizada para atender interesses escusos", comentou.

Já o líder do partido no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que o afastamento da presidente da estatal traz agora um novo problema: a falta de nomes aptos para comandar a Petrobras. "Ninguém quer assumir a presidência da Petrobras. A ingovernabilidade é da Graça Foster ou da presidente Dilma? Quem tem credibilidade vai assumir o cargo com um conselho de administração tutelado pela Dilma? Presidente da Petrobras hoje não tem autonomia, tem postura de rainha da Inglaterra. Dilma deixou a empresa sem comando", declarou Caiado, em nota da liderança.

A renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, atraiu análises divergentes entre os parlamentares que compõem as bancadas de oposição e do governo. A saída voluntária da gestora foi confirmada pela estatal nesta quarta-feira (4), para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) a atitude é tardia. Segundo ele, Foster “atrapalhava o Brasil”. 

“Ela demorou muito, já tinha perdido todas as condições morais e políticas de presidir a Petrobras”, afirmou. “Graça Foster deixa de atrapalhar o Brasil. A presença dela era extremamente danosa”, acrescentou o tucano. 

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Sobre o curto prazo que o Governo Federal tem para reorganizar a direção da estatal, Coelho disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) vai encontrar com facilidade alguém para substituir Foster, no entanto o desafio é modificar a gestão da petroleira. “Hoje ela está a serviço do partido, do PT. Se o novo nome der um pouco mais de credibilidade para a empresa e modificar a maneira de gerir, estaremos ganhando”, alfinetou o deputado.  

Visão governista

Em contrapartida a análise de Coelho, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou a medida de Foster como "sensata" e "necessária". Para ele, o substituto deve ter “identidade política”.  "Além de um nome do mercado, a presidente deveria considerar que fosse alguém que tivesse identidade política com o projeto defendido na campanha eleitoral e com o que ela (Dilma) pensa para o País", analisou.

O governo corre agora contra o tempo para formar uma nova diretoria para a Petrobras. Com a oficialização da renúncia da presidente da Petrobras, Graça Foster, e dos outros cinco integrantes do comando da empresa, o Palácio do Planalto precisará definir os nomes até sexta-feira (6), quando serão submetidos ao Conselho de Administração da estatal.

A presidente Dilma Rousseff recorreu ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para organizar o processo de escolha e, principalmente, apontar um nome forte o suficiente para presidir a Petrobras justamente no momento em que a empresa atravessa sua maior crise política provocada pelos escândalos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

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A ideia do governo é trazer para a presidência da Petrobras um nome que provoque um impacto positivo sobre a imagem da empresa. Dentro do Planalto, o movimento foi apelidado de "solução Levy". Ou seja, alguém que cause o mesmo revigoramento que a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda causou ao mercado e entre investidores e empresários.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de ver no cargo o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Mas não conseguiu convencer até agora a presidente Dilma.

Na lista dos cotados para substituir a presidente da Petrobras, Graça Foster, que renunciou ao cargo nesta quarta-feira, 4, estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX, e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli.

A Petrobras informou hoje, em ofício encaminhado à BM&FBovespa, que Graça Foster e outros cinco diretores apresentaram pedidos de renúncia aos cargos. O documento foi elaborado em resposta a pedidos esclarecimentos sobre as notícias em relação à substituição na presidência, da estatal, que geraram forte alta das ações no pregão dessa terça-feira, 3. Ainda segundo o ofício, a nova diretoria será eleita em reunião do Conselho de Administração nesta sexta-feira, 6.

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"Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova diretoria face à renúncia da presidente e de cinco diretores", diz o texto. Além de Graça, outros seis diretores respondem pelo comando da estatal. São eles: Almir Guilherme Barbassa (área Financeira), José Alcides Santoro Martins (Gás e Energia), José Miranda Formigli Filho (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Antônio de Figueiredo (Engenharia) e José Eduardo de Barros Dutra (Serviços).

A expectativa de mudanças na troca do comando fez com que as ações preferenciais da Petrobras subissem 15,74%, a R$ 10, atingindo a maior alta desde 15 de janeiro de 1999. As ações ordinárias tiveram alta de 14,23%, a R$ 9,79. A reação motivou o pedido de esclarecimentos da BM&FBovespa e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A nota enviada pela petrolígera não menciona o nome dos demais diretores.

Governo

A mudança do comando da empresa foi acertada com a presidente Dilma Rousseff, que comunicou a decisão a Graça em reunião realizada nessa terça-feira, no Palácio do Planalto. A saída da presidente da companhia está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal, divulgado sem contabilizar as perdas provocadas pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Com a formalização da renúncia, o governo terá menos de 48 horas para anunciar os novos integrantes da diretoria da companhia. A expectativa é que seja indicado um nome do mercado para substituir a executiva. Na avaliação de Dilma, depois da Lava Jato, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.

No encontro com Dilma, Graça deu demonstrações de que está esgotada. O fogo amigo contra ela foi desencadeado com a decisão de não poupar mais o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, amigo de Lula, dos problemas da administração anterior.

Além da presidente da Petrobras, Graça Foster, outros cinco diretores apresentaram pedido de renúncia. A informação consta de resposta da estatal a ofício da BM&FBovespa pedindo esclarecimentos sobre notícias veiculadas na mídia em relação a substituição na presidência, que geraram forte alta das ações no pregão de terça-feira (3). A nova diretoria será eleita em reunião do conselho de administração na próxima sexta-feira, dia 06 de fevereiro.

No momento em que o governo discute dispensar a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, o Tribunal de Contas da União (TCU) definiu que vai retomar a discussão sobre o possível bloqueio dos bens da executiva pela participação na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o novo relator do caso na corte, ministro Vital do Rêgo, vai pautar o processo para julgamento na quarta-feira da semana que vem (dia 11).

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O tribunal apontou prejuízo de US$ 792,3 milhões na aquisição da refinaria, feita em duas etapas, entre 2006 e 2012. Em julho, os ministros decidiram decretar a indisponibilidade do patrimônio de 11 diretores e ex-diretores da companhia para resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos.

O julgamento sobre o bloqueio dos bens de Graça foi iniciado em agosto, mas suspenso por um pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz. Ela é questionada por ter participado, junto com outros executivos, da decisão de adiar o cumprimento de uma sentença arbitral que mandava a Petrobras comprar, em 2009, parte dos ativos da refinaria, em cumprimento a uma cláusula contratual.

Esses ativos só foram adquiridos em 2012, no desenrolar de um processo judicial, o que, para técnicos do tribunal, gerou perdas de US$ 92 milhões.

Por ora, são cinco votos contra o bloqueio de bens de Graça e dois a favor. Até a conclusão do julgamento, os ministros podem mudar de ideia a respeito, o que é, no entanto, improvável. Vital do Rêgo não deve votar no caso, pois ele assumiu a vaga do relator do processo, ministro José Jorge, que já apresentou sua posição.

O ministro Teori Zavaski, relator das ações sobre a Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o caso do deputado Nelson Meurer (PP-PR). Zavaski quer que Janot tome as providências que julgar cabíveis - como um eventual pedido de abertura de inquérito - para que as investigações prossigam.

Durante o recesso do Judiciário, em janeiro, chegou ao STF trecho de investigação em que Meurer é citado como beneficiário do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que foi desbaratado na Lava Jato.

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O juiz Sérgio Moro, que conduz o caso no Paraná, afirmou em despacho que a Polícia Federal encontrou lançamentos efetuados a título de 'Nelson' e 'Nelson Meurer' nos anos de 2008 e 2009, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. O caso foi enviado ao STF em razão do foro privilegiado do deputado federal.

Zavascki remeteu o caso a Janot pois o PGR é o titular da ação penal no STF contra autoridades com foro privilegiado. Ou seja, cabe a Janot pedir abertura de inquérito, oferecer denúncia - se entender que já há indícios de provas suficientes - ou desconsiderá-lo da investigação.

De acordo com o despacho do juiz Sérgio Moro de dezembro de 2014, as investigações chegaram a Meurer por "encontro fortuito de provas". Os lançamentos encontrados com o nome do deputado, segundo o juiz, podem ser referentes a pagamentos feitos pelo doleiro Carlos Habib Chater ao parlamentar, a pedido do também doleiro Alberto Youssef.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, chegou ao Rio de Janeiro pouco antes das 20h, vinda de Brasília, após reunião com a presidente da República, Dilma Rousseff. Na pista do aeroporto Santos Dumont, pegou um ônibus da Infraero, separadamente dos demais passageiros que estavam com ela em voo da TAM.

Acompanhada dos seus seguranças, que estavam em outro ônibus, partiu em direção à Base Aérea do aeroporto, uma área reservada, onde a imprensa não tinha acesso. Durante o voo, não houve manifestações de passageiros, segundo relatos.

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Graça deixou o Planalto sem se pronunciar se vai deixar a presidência da petroleira. Durante todo o dia, houve especulação sobre a sua demissão. Ao fim do dia, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, negou que, no encontro, tenha sido decidida a saída de Graça do cargo.

O Grupo Estado apurou, no entanto, que Dilma vai mudar toda a diretoria da Petrobras. A saída da presidente da companhia é questão de dias e está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal. O governo procura agora um nome do mercado para substituir a executiva.

A presidente Dilma Rousseff vai mudar toda a diretoria da Petrobras. A saída da presidente da companhia, Graça Foster, é questão de dias e está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal. Dilma conversou nesta terça-feira, 3, com Graça, durante três horas, no Palácio do Planalto, e comunicou a decisão. O governo procura agora um nome do mercado para substituir a executiva.

Dilma quer repetir a solução "a la Levy", uma alusão ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que era diretor do Bradesco e foi chamado para o governo com a missão de resolver os problemas na economia e acalmar o mercado. Na avaliação da presidente, depois da Operação Lava Jato, que escancarou um esquema de corrupção na Petrobras, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.

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Na lista dos cotados para substituir Graça estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX. O problema é que o governo está enfrentando dificuldades para encontrar quem queira ocupar a presidência de uma empresa em crise, alvejada por denúncias de corrupção.

Reunião

Graça chegou ao Planalto por volta das 15h. Ela foi chamada a Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Ela sofreu forte desgaste político ao divulgar que os ativos da empresa foram inflados em R$ 88,6 bilhões. E sua imagem piorou ainda mais com declarações de que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário" e de que haverá corte de investimentos e desaceleração de projetos.

Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch divulgou o rebaixamento dos ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobrás de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.

Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody's afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado.

A afirmação consta de relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. Apesar do anúncio, as ações da estatal disparam 15% na Bovespa, na esteira dos rumores, agora confirmados, sobre a troca da presidência da companhia, e da diretoria.

Inicialmente, a ideia era manter Graça no cargo para que continuasse a funcionar como um "colchão", uma barreira para evitar que crise da empresa atingisse o Planalto e diretamente a própria presidente Dilma Rousseff.

Antes mesmo da definição sobre o destino da presidente da Petrobras, Graça Foster, deputados já davam como certa sua substituição. Diante dos rumores da saída da dirigente, os parlamentares avaliavam que as mudanças no comando da estatal proporcionariam a recuperação da credibilidade da empresa.

No PMDB, a possível demissão de Graça Foster era considerada positiva para a estatal. "Essa atitude já deveria ter sido tomada há muito tempo atrás. A instituição perdeu muito. A renovação da diretoria poderia ter evitado o caos que se estabeleceu", comentou Manoel Júnior (PMDB-PB), um dos candidatos a líder da bancada. O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que também disputa a liderança do partido na Casa, disse que havia cobrança para o restabelecimento da credibilidade da empresa. "Era necessária a demonstração de virada de página", comentou.

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Para a oposição, que articula a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ciclo da executiva na empresa já havia se concluído "há muito tempo". "Demorou muito mais do que se esperava", avaliou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Para o tucano, Graça cumpre a função de "limpar" tudo o que foi feito pelo PT na empresa. "Não tinha o menor sentido ela continuar à frente da Petrobras", declarou.

O deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM, também criticou a demora da presidente Dilma Rousseff em trocar a presidência da Petrobras. "É evidente que ela não tinha nenhuma condição de continuar à frente da Petrobras. Infelizmente o que o governo fez foi desgastar ainda mais a imagem da presidente da empresa e da própria empresa. A Petrobras precisa de um novo comando que restaure a credibilidade da empresa e que possa devolver à Petrobras a boa governança, retirando o aparelhamento político", afirmou.

Cerca de 20 pessoas se reúnem para um protesto, desde as 17h45 desta terça-feira, a cerca de 30 metros do prédio onde mora a presidente da Petrobras, Graça Foster, em Copacabana, na zona sul do Rio. Com faixas, cartazes e batendo panelas, o grupo pede a demissão de toda a diretoria da estatal e a responsabilização de Graça pelos eventuais atos criminosos que ficarem comprovados.

Pelo menos 50 policiais militares estão no entorno do imóvel, na esquina das ruas Bolivar e Domingos Ferreira. Mas o clima é amistoso. "Precisava fazer alguma coisa pra demonstrar a indignação com a situação, diz a dentista Rizzia Arrieiro, que organizou o panelaço. Às 18h15 o grupo seguiu até a frente do prédio, onde entoou em coro "Ou, ou, ou, o PT roubou". Depois seguiram-se discursos dos ativistas.

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou nesta terça-feira que a manutenção de Graça Foster na presidência da Petrobras foi útil, até o momento, para que a presidente Dilma Rousseff pudesse se "anistiar de suas responsabilidades". As declarações de Aécio ocorreram logo após Foster deixar o Palácio do Planalto, onde se reuniu reservadamente com a presidente Dilma. Elas conversaram por cerca de duas horas, o que fez crescer os rumores sobre a saída da executiva do comando da estatal. Mas, até agora não houve qualquer comunicado do Planalto.

"Certamente ser amigo da presidente da República, hoje, é muito pior do que seu adversário. O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo. Permitiu que assumisse um desgaste enorme nesse último período, como isso pudesse defendê-la, ou anistiá-la das suas responsabilidades. E no momento em que fica insustentável a presença da Graça Foster, ela anuncia ou pelo menos sinaliza com a sua saída", afirmou o tucano.

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Na avaliação do senador, Foster permaneceu no comando da estatal para "tentar limpar a cena do crime". Levantamento divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta que os crimes investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, desviaram ao menos R$ 2,1 bilhões da Petrobras. Até o momento, a procuradoria apresentou 18 acusações criminais contra 86 pessoas, por crimes como corrupção, contra o sistema financeiro, tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

"A presidente Dilma, num gesto até de pouca generosidade com a sua amiga, permitiu que ela assumisse sozinha uma responsabilidade que não é só dela. A responsabilidade pelos desmandos e pela corrupção na Petrobras começa muito antes da presidente Graça Foster. E ela, ao aceitar a missão e tentar limpar a cena do crime, passa a ser parte do mais triste momento da história da maior empresa brasileira", afirmou Aécio Neves. O senador lembrou ainda que o partido trabalha para a coleta de assinaturas para a instalação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar desvios ocorridos na estatal.

"Eu disse há várias semanas que era insustentável a permanência da Graça Foster, não porque eu acredite que ela tenha se beneficiado com a corrupção, mas foi leniente ou não teve capacidade de administrar a nossa empresa. O maior problema da Petrobras, além da corrupção, é um problema gravíssimo de governança, com prejuízos sucessivos, agravados agora por esses referentes às refinarias iniciadas no Nordeste, que já contabilizam agora prejuízos em torno de R$ 2 bilhões. E quem responde por isso? Ninguém. Não. É por isso que nós já estamos iniciando a coleta de assinaturas para que a nova CPMI seja instalada", ressaltou.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, deixou o Palácio do Planalto, onde se reuniu reservadamente com a presidente Dilma Rousseff. Elas conversaram por cerca de duas horas, o que aumentou os rumores de que Dilma teria definido a saída da executiva do comando da estatal.

Graça chegou ao Planalto por volta das 15 horas e deixou a sede do governo perto das 17 horas. Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Petrobras de BBB para BBB-. A agência ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em observação para possível rebaixamento.

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A situação da presidente da estatal se agrava a cada dia, diante dos problemas que estão sendo enfrentados pela empresa. Hoje, a agência de classificação de risco Moody's afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado. A afirmação consta de um relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. A estatal está no foco das denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvendo situações de corrupção.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, está reunida na tarde desta terça-feira, 3, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A situação da presidente da estatal se agrava a cada dia, diante dos problemas que estão sendo enfrentados pela empresa. Hoje, a agência de classificação de risco Moody's afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado. A afirmação consta de um relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. A estatal está no foco das denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvendo situações de corrupção.

Durante o fim de semana, a presidente Dilma, que ainda resistia em manter a amiga por mais um pouco de tempo no cargo, reconheceu que a atual presidente da estatal perdeu condições políticas para continuar no posto. Mais cedo, o Palácio do Planalto negou que Graça Foster fosse deixar o cargo.

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O fato é que Graça sofreu mais um grande desgaste político e se enfraqueceu ainda mais ao tentar considerar que foi de R$ 88 bilhões o prejuízo da estatal por causa dos desvios que estão sendo anunciados, ao declarar que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário" e ao anunciar que vai cortar investimentos e desacelerar projetos., na semana passada. O fato é de que a saída de Graça Foster da Petrobras, é só questão de tempo ou até de horas.

Graça Foster foi chamada a Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Inicialmente, a ideia era mantê-la no cargo para ela continuar funcionando como um "colchão", uma barreira para que a crise da empresa não atinja o Planalto e a própria presidente Dilma Rousseff diretamente. O fato é que a situação de Graça é muitíssimo complicada e a presidente Dilma já estaria buscando um nome para substituí-la, já que a sua situação é praticamente insustentável.

A secretária Venina Velosa da Fonseca é aguardada nesta terça-feira, 3, na sede da Justiça Federal, em Curitiba (PR), no segundo dia de depoimentos de testemunhas de acusação da sétima fase da Operação Lava Jato. Venina ganhou notoriedade no final do ano passado ao revelar que havia encaminhado e-mails para a presidente da Petrobras, Graça Foster, onde relatou possíveis desvios de recursos e práticas de corrupção na estatal, que passou a ser foco de investigações e por causa disso já levou à prisão os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa.

No primeiro dia de depoimentos, que devem totalizar 10 testemunhas até a próxima semana, foram ouvidos o delegado da Polícia Federal, Marcio Anselmo, além dos diretores da empresa Toyo Setal, Julio Camargo e Augusto Mendonça, que fizeram um acordo de delação premiada com a Justiça.

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Além de Venina estão previstos os depoimentos de Augusto Mendonça e Julio Camargo, novamente; Leonardo Meirelles e Meire Poza.

As ações da Petrobras dispararam no fim da manhã desta terça-feira, 3, apresentando de 9,93% na PN e de 8,98% na ON, ante avanço de 2,35% do Ibovespa. Operadores avaliam que o desempenho está atrelado aos rumores sobre a saída da presidente da estatal, Graça Foster, e alterações no conselho de administração.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o governo prepara para breve o anúncio de uma importante mudança no conselho de administração. Composto por dez membros, sete são representantes da União, controladora majoritária da empresa. Mas apenas dois sem vínculo direto com o governo: o general da reserva Francisco Albuquerque e Sérgio Quintela, dirigente da FGV. Os demais são ministros, ex-ministros e o presidente do BNDES. A intenção, segundo fonte do próprio governo, é profissionalizar o conselho, substituindo-os por profissionais da iniciativa privada.

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Para o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, além da expectativa de mudanças, também contribui a recuperação do petróleo para a casa dos US$ 51 esta semana e ainda informação da colunista Sonia Racy, de que é prioridade no governo publicar o balanço de 2014 antes do Carnaval. "Além disso, o papel caiu 20% em três dias, então essas notícias abrem espaço para recuperação dos papéis da estatal", avalia.

O impasse contábil da estatal, que divulgou na semana passada o balanço do terceiro trimestre de 2014 - não auditado pela PricewatherhouseCoopers (PwC) - mobiliza uma força-tarefa do governo na busca de uma solução. Há a percepção clara, segundo o Estado apurou, de que o não fechamento do balanço coloca em risco todo o País.

A auditoria evita assinar o balanço enquanto a estatal não deixar claras as perdas com as fraudes que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato. Sem as baixas contábeis, a PwC também fica vulnerável a eventuais processos pelas autoridades que vigiam o mercado financeiro no Brasil (CVM, Comissão de Valores Mobiliários) e Estados Unidos (SEC, Securities and Exchange Commission).

Segundo fontes, chegou-se a discutir uma investigação em torno de todas as operações financeiras da empresa para atestar a idoneidade do diretor da área, Almir Barbassa, e, assim, facilitar o acerto do balanço. A conclusão do processo foi estimada em dois meses, mas a proposta foi rejeitada pelo comando da estatal. Barbassa ocupa a diretoria Financeira desde julho de 2005, quando José Sergio Gabrielli, então diretor, foi promovido pelo presidente Lula à presidência do grupo. A Petrobras nega que a PwC tenha pedido a investigação sobre Barbassa.

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