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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 25, que os integrantes do grupo de hackers que acessaram os seus aparelhos celulares serão "com certeza" punidos na forma da lei.

Em entrevista após participar de reunião na Superintendência da Zona Franca de Manaus, o presidente voltou a dizer que não tem nada a esconder e que trata de informações estratégicas diretamente com os seus ministros e até mesmo com chefes de Estado. Ele citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "É um ato que fere a lei. Esse pessoal com toda a certeza será punido na forma da lei", afirmou Bolsonaro.

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Mais cedo, em visita a um colégio militar em Manaus nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que sempre tomou cuidado com as informações estratégicas. "Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas. Essas não são passadas por telefone. Então, não estou nem um pouco preocupado se, por ventura, algo vazar do meu telefone, não vão encontrar nada que comprometa. Por exemplo, o que estamos tratando com outro Estado como a Venezuela, as questões estratégicas para o Brasil, isso é conversado pessoalmente em nosso gabinete. Perderam tempo comigo", disse Bolsonaro.

O Ministério da Justiça disse que foi informado pela Polícia Federal que aparelhos utilizados pelo presidente Bolsonaro foram alvos de ataques por hackers.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deu mais explicações de como foi feita a ação dos hackers suspeitos de terem acessado conversas de integrantes do governo no aplicativo Telegram.

Pelo Twitter, Moro disse que "pelo apurado, ninguém foi hackeado por falta de cautela" e que para que os invasores tivessem acesso às mensagens "não se exigia nenhuma ação da vítima". "Não havia sistema de proteção hábil. Há uma vulnerabilidade detectada e que será corrigida graças à investigação da Polícia Federal", escreveu o ministro.

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Segundo Moro, foi a partir da exploração desta vulnerabilidade, não detalhada pelo ministro, que os "hackers criminosos e pessoas inescrupulosas" acessaram os celulares dos governistas.

"As centenas de vítimas, autoridades ou não, que tiveram sua privacidade violada por meio de crime, serão identificadas e comunicadas pela Polícia Federal ou pelo MJSP", tuitou Moro.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 25, não temer o vazamento de informações do seu celular, que também foi alvo de ataques pelo grupo de hackers preso na última terça-feira, 23, segundo o Ministério da Justiça. Em visita a um colégio militar em Manaus nesta quinta, Bolsonaro disse que sempre tomou cuidado com as informações estratégicas.

"Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas. Essas não são passadas por telefone. Então, não estou nem um pouco preocupado se por ventura, algo vazar do meu telefone, não vão encontrar nada que comprometa. Por exemplo, o que estamos tratando com outro Estado como a Venezuela, as questões estratégicas para o Brasil, isso é conversado pessoalmente em nosso gabinete. Perderam tempo comigo", disse Bolsonaro.

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O Ministério da Justiça disse ter sido informado pela Polícia Federal que aparelhos utilizados pelo presidente Bolsonaro foram alvos de ataques pelos hackers. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a informação foi transmitida pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, a Bolsonaro em uma reunião na manhã de quarta-feira, dia 24. O ministro colocou a situação como gravíssima. A PF está aprofundando as investigações para ver a extensão dos ataques criminosos.

O jornal adiantou nesta quinta que Bolsonaro poderia estar entre os alvos do grupo hacker. Apesar de a nota não dizer quando os celulares do presidente foram alvos de ataque, a reportagem confirmou, em seguida, com o próprio ministério, que as ações de hackers se deram em um período em que ele já estava na Presidência da República.

O Ministério da Justiça ainda não tem a confirmação sobre se o conteúdo dos celulares do presidente chegou a ser extraído pelos hackers. Ao menos dois aparelhos celulares foram alvo dos ataques.

Após a Polícia Federal (PF) informar que o celular do presidente Jair Bolsonaro foi alvo de hackers, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira, 25, que não há previsão de mudar procedimentos na Esplanada até o momento. Assim como Bolsonaro, Lorenzoni também mantém o número pessoal que usava antes de assumir o cargo. Eles se recusam a usar o aparelho criptografado oferecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) porque preferem falar por Whatsapp.

Lorenzoni contou que o presidente e os ministros utilizam o celular "regulamente", mas que não temem eventuais divulgações do conteúdo. "Zero de preocupação", respondeu ao ser questionado sobre possíveis vazamentos. "O Whatsapp a gente usa regularmente, quase todos (os ministros). Até porque é (aplicativo) o mais usado por toda a sociedade. Não tem nenhuma medida até o presente momento de alteração da rotina."

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Ele ressaltou que pode haver alguma mudança de protocolo na próxima semana. "Teremos reunião ministerial na próxima terça-feira e pode ser que a Abin ou o próprio Ministério da Justiça possam trazer algumas alterações principalmente na comunicação entre os ministros e o presidente. Mas até o momento não", declarou.

Em nota, o GSI destacou que disponibiliza, através da Abin, um Terminal de Comunicação Seguro (TCS), mas que cabe às autoridades "optar pelo equipamento e operá-lo conforme suas necessidades funcionais".

"O TCS é móvel, possui funções de chamada de voz e troca de mensagens e arquivos criptografados com algoritmos de Estado. Não permite a instalação de aplicativos comerciais e pode realizar ligações em claro (sem criptografia)", diz a nota do ministério.

"Preventivamente, considerando a complexidade do tema, nos cenários nacional e internacional, o GSI publica recomendações e alertas de segurança à Administração Pública Federal", afirma outro trecho do texto. O GSI ressalta que detalhes e desdobramentos do assunto serão apurados pela PF.

O presidente nacional do Democratas e prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, determinou a expulsão da sigla de Walter Delgatti Neto, acusado de ser um dos hackers que invadiu os celulares de autoridades, dentre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Delgatti Neto foi preso no âmbito da operação Spoofing.

Em nota, o prefeito de Salvador alega que Walter Delgatti descumpriu os "deveres éticos previstos estatutariamente" pelo Democratas. E destacou que ele não tem participação ativa na vida partidária da legenda.

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"É importante ressaltar que o Democratas não pode se responsabilizar pelas atitudes dos milhares de filiados ao partido e que condenamos, de maneira veemente e dura, o cometimento de qualquer ato de irregularidade por quem quer que seja - filiado ao DEM ou outras legendas. O Democratas Nacional espera que a Justiça esclareça os fatos e que os envolvidos no processo criminoso sejam punidos de forma efetiva e com todo rigor", escreveu ACM Neto.

A investigadores da Operação Spoofing, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", preso na terça-feira, 23, por suspeita de hackear centenas de autoridades, afirmou ter dado ao jornalista Glenn Greenwald acesso a informações capturadas do aplicativo Telegram, diz o jornal O Estado de S. Paulo. A defesa do jornalista, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas".

A Polícia Federal tem indícios de que os quatro suspeitos presos são os mesmos que acessaram conversas trocadas pelo Telegram de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados ma terça.

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O The Intercept Brasil tem divulgado desde 9 de junho mensagens trocadas entre Moro e procuradores da Lava Jato, relativas ao período em que ele era juiz do caso em Curitiba. O site sustenta que recebeu o conteúdo de fonte anônima. A informação de que Walter "Vermelho" relatou ter contato com Greenwald foi confirmada ao Estado por duas altas fontes da operação. Segundo elas, o hacker disse conhecer o jornalista. A reportagem não conseguiu confirmar se presencialmente ou se eles teriam tido apenas contato virtual.

Os investigadores tratam o relato com cautela, uma vez que o hacker é apontado como estelionatário - razão pela qual tudo o que ele informar será investigado, especialmente a partir da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do grupo, autorizada pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília.

Essas informações poderão revelar com quem os suspeitos conversaram nos últimos meses e a origem do dinheiro atribuído a dois deles - o casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira movimentou R$ 627 mil em dois períodos no ano passado e neste ano. Uma das linhas de investigação apura se eles venderam os dados e com qual motivação.

O casal e, ainda, Danilo Cristiano Marques, também foram presos. Todos os suspeitos são do interior de São Paulo. Do grupo, além de Walter "Vermelho", Gustavo Santos confirmou que teve acesso às mensagens interceptadas de autoridades e outras pessoas a partir do computador de "Vermelho".

O defensor de Gustavo Santos, Ariovaldo Moreira, disse que ele afirmou em depoimento que, ao tomar conhecimento das mensagens, alertou o colega de que ele poderia ter problemas. Segundo o advogado, seu cliente relatou também que "Vermelho" tinha interesse em vender os dados para o PT. Em nota, o partido criticou Moro e afirmou se tratar de "criminosa tentativa" de envolver a sigla no caso.

'Fonte de confiança'

No Twitter, Moro escreveu nesta quarta-feira, 24, que "pessoas com antecedentes criminais" são a "fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime". O ministro não citou nomes, mas, ao apontar "pessoas com antecedentes criminais", se referiu ao grupo preso na Operação Spoofing. Walter "Vermelho", que mora em Araraquara, interior paulista, acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

O ministro também registrou que, ao autorizar a prisão dos suspeitos, o juiz informa que 5.616 ligações foram efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. "Meu terminal só recebeu três. Preocupante", postou.

Na quarta, os diretores do The Intercept, Leandro Demori e Glenn Greenwald, rebateram, também no Twitter. "Está cada vez mais claro: Moro virou político em busca de um foro privilegiado", disse Demori. "Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você", escreveu Demori em resposta a Moro.

Greenwald afirmou na rede social que o ministro "está tentando cinicamente explorar essas prisões para lançar dúvidas sobre a autenticidade do material jornalístico". "Mas a evidência que refuta sua tática é muito grande para que isso funcione para qualquer pessoa", escreveu. Em nota, o The Intercept disse que a investigação "não muda o fato de que a Constituição garante o sigilo da fonte".

O site também afirmou, em nota, que "assim como a melhor imprensa mundial, não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas". O comunicado diz ainda que há uma "tentativa de ligar supostos hackers" ao site, o que classifica como "mais uma etapa dos constantes ataques" à redação após o início da publicação da série "As mensagens secretas da Lava Jato", em 9 de junho. "Trata-se de um claro ataque à liberdade de imprensa."

A nota afirma que a operação "não muda o fato de que a Constituição Federal garante o direito do Intercept de publicar suas reportagens e manter o sigilo da fonte, mesmo direito garantido para toda a imprensa brasileira diariamente".

O site afirmou ver com preocupação "as conclusões precipitadas do ministro Sérgio Moro sobre uma investigação que sequer teve seu inquérito concluído" e esperar que a PF, "comandada por Moro, tenha autonomia para conduzir uma investigação isenta".

Ao Supremo Tribunal Federal, Moro disse desconhecer "qualquer investigação em andamento a respeito" do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil.

Suspeito 'está atordoado', diz advogado

O advogado Luiz Gustavo Delgado, contratado por Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", disse ter levado comida, remédios de uso controlado e um cobertor para seu cliente na tarde de quarta-feira na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Delgado afirmou que não teve acesso ao teor integral do inquérito conduzido pela PF. "Ele prestou um depoimento. Eu não tive acesso ainda. Vou ver as medidas cabíveis no caso do meu cliente", disse o advogado.

Ainda segundo ele, Walter "Vermelho", como Delgatti Neto é chamado por amigos, prestou depoimento acompanhado apenas por um defensor público. "Conversei com ele. Ele tem problemas psiquiátricos. Está atordoado", afirmou.

Walter "Vermelho" é visto como o principal integrante ou líder do grupo preso pela PF. Ele foi localizado em Araraquara (SP). Em depoimento nesta quarta à polícia, afirmou ter clonado os aparelhos celulares de autoridades como o ministro Sérgio Moro.

A PF também ouviu nesta quarta o depoimento do casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira. Defensor de ambos, o advogado Ariovaldo Moreira disse que Santos negou "enfaticamente" participação na invasão do celular de autoridades. Segundo ele, só esse depoimento durou mais de seis horas.

Gustavo Santos disse à PF ter provas de que alertou Walter "Vermelho", amigos que se conheceram em Araraquara, para "parar de mexer com isso", em referência ao telefone de autoridades. Mais cedo, seu advogado afirmou que Santos teria uma conversa trocada com "Vermelho" no Telegram em que avisava para o amigo: "Cuidado que você pode ter problema com isso". Depois de Santos, quem começou a ser interrogada foi Suellen. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O perito criminal federal Luiz Spricigo Jr, diretor do Instituto Nacional de Criminalística, afirmou nesta quarta-feira, 24, que o celular de um dos presos na Operação Spoofing estava vinculado "com o nome Paulo Guedes". A Polícia Federal investiga uma suposta invasão no aparelho do ministro da Economia, cujo celular teria sido hackeado na noite de segunda-feira, 22.

"No momento da busca e apreensão, no celular do indivíduo estava uma conta no aplicativo de mensagens vinculada com o nome Paulo Guedes. A gente tem que confirmar isso de forma pericial, mas é um forte indicativo de que a conta seja mesmo realmente a do ministro", afirmou Luiz Spricigo Jr.

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A Polícia Federal prendeu Walter Delgatti Neto, o casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira e também Danilo Cristiano Marques. A PF investiga supostos patrocinadores do grupo.

Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", confessou à Polícia Federal que hackeou o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o procurador Deltan Dallagnol (coordenador da Operação Lava Jato no Paraná) e centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas. "Vermelho" acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

Ao decretar a prisão temporária de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.º Vara Federal de Brasília, apontou para a incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal do casal em dois períodos de dois meses - abril a junho de 2018 e março a maio de 2019 - movimentou R$ 627 mil com renda mensal de R$ 5.058.

Autoridades

Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades teriam sido alvo de hackers - no mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio, ao juiz Flávio Lucas, da 18.ª Vara Federal do Rio e aos delegados da PF Rafael Fernandes, em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.

Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil divulga supostas mensagens trocadas pelo então juiz federal titular da Lava Jato em Curitiba com integrantes do Ministério Público Federal, principalmente com Dallagnol. Foram divulgadas pelo The Intercept e outros veículos conversas atribuídas ao ex-juiz e a procuradores no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material, mas não revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam não reconhecer a autenticidade das conversas.

O ministro da Justiça já afirmou que a invasão virtual foi realizada por um grupo criminoso organizado. Para ele, o objetivo seria invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, interromper investigações em andamento ou "simplesmente atacar instituições".

Em 19 de junho, Moro passou oito horas e meia respondendo a questionamentos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça da Casa sobre supostas mensagens que sugerem atuação conjunta com os procuradores quando ele era juiz.

Falsificação

Spoofing, segundo a PF, é um tipo de falsificação tecnológica que tenta enganar uma rede ou pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável. "As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados", informou a PF. A operação mira "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos".

O celular de Moro foi desativado em 4 de junho. O aparelho foi invadido por volta das 18h. Ele percebeu após receber três telefonemas do seu próprio número. O ex-juiz acionou então investigadores da PF. O último acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp às 18h23 daquele dia. O suposto hacker teria tentado se passar pelo ministro no Telegram.

O advogado Luiz Gustavo Delgado, que representa Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", preso na Operação Spoofing, levou comida, remédios de uso controlado e um cobertor para seu cliente na tarde desta quarta-feira, 24, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O advogado disse que ainda não teve acesso ao inteiro teor do inquérito. "Ele (Walter) prestou um depoimento. Eu não tive acesso ainda. Vou ver as medidas cabíveis no caso do meu cliente", afirmou.

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Ainda segundo ele, "Vermelho" prestou depoimento acompanhado por defensor público na terça, 23. "Conversei com ele. Ele tem problemas psiquiátricos. Está atordoado."

Preso em Araraquara, interior de São Paulo, nesta terça-feira, 23, "Vermelho" confessou à Polícia Federal que hackeou o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), o procurador Deltan Dallagnol (coordenador da Operação Lava Jato no Paraná) e centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas. "Vermelho" acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

Em seu Twitter, Sergio Moro postou nesta quarta que "pessoas com antecedentes criminais" são a "fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime".

O ministro não citou nomes em sua mensagem. Ao apontar para "pessoas com antecedentes criminais", o ministro se refere ao grupo preso pela PF na Operação Spoofing.

Desde junho, Moro é alvo divulgação de diálogos a ele atribuídos com o procurador Deltan Dallagnol, pelo site The Intercept. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material, mas não revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam não reconhecer a autenticidade das conversas.

Nesta quarta, 24, os diretores do site The Intercept, Leandro Demori e Glenn Greenwald, comentaram, também no Twitter, as declarações de Moro. "Está cada vez mais claro: Moro virou político em busca de um foro privilegiado pra poder falar impunemente em público as coisas que dizia antes em chats secretos", disse Demori.

O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) postou em sua página no Twitter, nesta quarta-feira, 24, que "pessoas com antecedentes criminais" são a "fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime".

Moro não citou nomes em sua mensagem. Ao apontar para "pessoas com antecedentes criminais", o ministro se refere ao grupo aprisionado pela Polícia Federal na Operação Spoofing, deflagrada nesta terça-feira, 23.

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Foram presos quatro investigados por suspeita de hackear o aplicativo Telegram do celular de Moro e também de juízes e delegados da PF. Um deles, Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', que reside em Araraquara, interior paulista, acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

"Pessoas com antecedentes criminais, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime", escreveu o ex-juiz da Lava Jato.

Desde o início de junho, Moro é alvo da divulgação de diálogos a ele atribuídos com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná.

Ele enalteceu o trabalho dos investigadores e a decisão do juiz Wallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, que decretou a prisão temporária dos suspeitos, o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário de todos.

"Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o Ministério Público Federal e a Justiça Federal", ressaltou Moro.

O ministro também fez uma conta, baseado na decisão de Wallisney. "Leio, na decisão do juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante."

A Polícia Federal apreendeu R$ 100 mil na residência de Gustavo Henrique Elias Santos, um dos quatro presos da Operação Spoofing. De Araraquara, ele é DJ e contou à PF ter visto as mensagens no aparelho telefônico de um amigo, Walter Dalgatti Neto, também preso, relatou o seu advogado, Ariovaldo Moreira. Santos nega envolvimento nos ataques hacker.

As análises de buscas e apreensões da Polícia Federal revelam que autoridades dos três Poderes e jornalistas estão em uma lista de vítimas dos ataques. As investigações se iniciaram após a invasão do celular do ministro da Justiça, Sergio Moro.

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Ao decretar a prisão temporária de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.º Vara Federal de Brasília, apontou para a incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal do casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira, que em dois períodos de dois meses - abril a junho de 2018 e março a maio de 2019 - movimentou R$ 627 mil com renda mensal de R$ 5.058.

"Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal de Gustavo e Suelen, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentados pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos (smartphones)", registrou.

Entenda a investigação

Os presos foram transferidos para Brasília. Segundo a PF, por questão de espaço, dois deles permaneceram na carceragem da superintendência e os outros dois, levados por volta das 23h desta terça para local não informado.

Um dos endereços alvo de buscas nesta terça foi a residência da mãe de Gustavo Henrique Elias Santos, em Araraquara. Santos, no entanto, foi preso na capital paulista. Ele trabalha com shows e eventos, segundo investigadores.

Além do casal, detido em São Paulo, a PF prendeu em Araraquara Walter Delgatti Neto, que já responde a processos por estelionato. Segundo informações da Justiça Eleitoral, ele foi filiado ao DEM. A defesa de Delgatti Neto não foi localizada.

Há, ainda, um quarto preso, em Ribeirão Preto, Danilo Cristiano Marques.

O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que, em 2005 e 2006, presidiu o inquérito do mensalão.

Autoridades

Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades teriam sido alvo de hackers - no mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio, ao juiz Flávio Lucas, da 18.ª Vara Federal do Rio e aos delegados da PF Rafael Fernandes, em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.

A PF informou também nesta terça que vai investigar a suspeita de invasão nos aparelhos celulares do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil divulga supostas mensagens trocadas pelo então juiz federal titular da Lava Jato em Curitiba com integrantes do Ministério Público Federal, principalmente com Dallagnol. Foram divulgadas pelo The Intercept e outros veículos conversas atribuídas ao ex-juiz e a procuradores no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material, mas não revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam não reconhecer a autenticidade das conversas.

O ministro da Justiça já afirmou que a invasão virtual foi realizada por um grupo criminoso organizado. Para ele, o objetivo seria invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, interromper investigações em andamento ou "simplesmente atacar instituições".

Em 19 de junho, Moro passou oito horas e meia respondendo a questionamentos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça da Casa sobre supostas mensagens que sugerem atuação conjunta com os procuradores quando ele era juiz.

Falsificação

Spoofing, segundo a PF, é um tipo de falsificação tecnológica que tenta enganar uma rede ou pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável. "As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados", informou a PF. A operação mira "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos".

O celular de Moro foi desativado em 4 de junho. O aparelho foi invadido por volta das 18h. Ele percebeu após receber três telefonemas do seu próprio número. O ex-juiz acionou então investigadores da PF. O último acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp às 18h23 daquele dia. O suposto hacker teria tentado se passar pelo ministro no Telegram.

Um dos presos na operação da Polícia Federal que investiga a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol, o DJ de Araraquara, Gustavo Elias Santos, disse nesta quarta-feira, 24, que tem provas de que teria alertado seu amigo, Walter Delgatti Neto, também preso ontem, para "parar de mexer com isso", em referência à telefone de autoridades.

Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo, o cliente teria uma conversa trocada com Walter no Telegram em que alertava o amigo: "Cuidado que você pode ter problema com isso".

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Segundo o advogado, se "abrirem o Telegram vão ver que meu cliente falou (para o Walter): 'para com isso que isso vai te dar problema'".

Gustavo e sua esposa, Suellen, prestam depoimento na tarde desta quarta-feira na PF em Brasília. "Ele vai contar o que aconteceu para a autoridade policial", destacou o advogado, que acompanha o depoimento.

A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Delgatti Neto, disse nesta quarta-feira que desconhecia qualquer aptidão em seu cliente para crimes cibernéticos. "Se ele tinha esse talento, ele nunca demonstrou e eu desconhecia. Ele nunca teve nada parecido com isso. Fiquei até surpresa quando li o noticiário sobre essa investigação, mas até agora ele não me procurou para falar sobre esse fato novo."

Ao pedir a prisão de quatro alvos da Operação Spoofing, o procurador da República Wellington Divino Marques de Oliveira detalha como a Polícia Federal chegou aos endereços dos quatro suspeitos de hackear o ministro da Justiça, Sergio Moro, o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outras autoridades do Judiciário. De acordo com o Ministério Público Federal, no momento dos ataques, eles estavam conectados ao servidor usado para invadir os celulares.

A Spoofing prendeu nesta terça-feira, 23, Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira. Eles são de Araraquara e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

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Segundo o procurador, "a investigação teve início após requisição do Ministro da Justiça, que narrou os acontecimentos anteriores à invasão de seu aparelho celular, que culminaram com a inabilitação do aplicativo 'Telegram' no telefone de propriedade do Ministro situação essa que perdurou no tempo".

"Conforme relato policial, a estratégia de investigação acabou por ampliar o aspecto subjetivo de vítimas já que outras autoridades foram vítimas do mesmo modo de operação, entre elas o desembargador Abel Gomes (TRF-2) e o juiz federal Flávio Lucas (18ª Vara Federal do Rio). Além deles, o Delegado de Polícia Federal Rafael Fernandes, lotado no SR/PF/SP e Flávio Veitez Reis, com atuação na DPF Campinas/SP também foram alvos com consequências semelhantes", escreve o procurador.

Segundo o procurador, a "autoridade policial apresenta o resultado das medidas cautelares anteriormente deferidas indicando, pormenorizadamente, o modo de atuação que permitiu aos criminosos o acesso ao aplicativo de mensagens das vítimas".

"Em resumo, os criminosos utilizaram uma vulnerabilidade da rede de telecomunicações comum a todas as operadoras: 'as chamadas em que o número de origem é igual ao número de destino são direcionadas diretamente para a caixa postal, sem necessidade de inserção de senha para acesso ao conteúdo das mensagens gravadas'", explica.

O procurador afirma que, "conhecendo essa falha, os criminosos utilizaram a tecnologia VOIP da empresa MEGAVOIP (Nome fantasia BRVOZ) que permite a edição do número de origem quando o sistema de identificação de camadas está ativo. Isso é possível pois o sistema VOIP funciona da forma descrita abaixo".

"Assim, é possível utilizar o computador, celular ou mesmo um telefone convencional para fazer ligação via um Gateway Voip (Voz sobre IP). No caso da empresa BRVOZ", anota.

Segundo relatório de análise da Polícia Federal, o sistema funciona da seguinte forma: "Cada cliente deve realizar o pagamento do valor do plano escolhido através de um boleto bancário a ser emitido pela empresa PAG Seguro após o preenchimento de alguns dados como email, CEP, nome e número de celular. Ressalte-se que não há qualquer mecanismo utilizado pela BRVOZ para verificar a autenticidade dos dados informados pelos clientes à PagSeguro para emissão de cada boleto de pagamento".

"Após a confirmação do pagamento, o cliente/usuário recebe um email da BRVOZ, no endereço que foi informado no cadastro da empresa PagSeguro solicitando informações para a criação no sistema da BRVOZ, recebendo cada cliente/usuário uma identificação única, denominada ID (ID BRVOZ), no banco de dados da BRVOZ", disse a PF.

Segundo o procurador, "toda a utilização do sistema da BRVOZ foi descrita pela autoridade policial estabelecendo o aspecto técnico do mecanismo utilizado para 'clonar' o número de telefone das vítimas e permitir a realização de ligações com o mesmo número de origem e destino de forma a direcionar chamada diretamente à caixa postal dos alvos".

"De posse dos dados técnicos, fornecidos pela BRVOZ, após autorização judicial, foram identificados os seguintes dados de identificação dos usuários responsáveis pelas chamadas aqui investigadas", afirma.

"Como os dados cadastrais da empresa BRVOZ não são confirmados após a contratação, foram empreendidas diligências para identificar os reais titulares/sócios das respectivas identificações por meio dos endereços de protocolo da internet (Endereços IP) que foram atribuídos aos dispositivos que se conectaram ao serviço de telefonia por VOIP da empresa BRVOZ no momento dos ataques", explica.

Segundo o procurador, de "posse desses dados, o DPF conseguiu identificar os moradores dos endereços onde estariam localizados os IPs de onde partiram os ataques conforme é possível observar no Relatório de Informação".

"Ressalta-se, ainda, que esse relatório foi capaz de estabelecer as relações subjetivas entre os agentes investigados, em especial quanto Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira, sendo que Gustavo Henrique é filho de Maria Elias, pessoa em nome de que está cadastrado o IP utilizado pelos clientes BRVOZ", anota.

A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Walter Delgatti Neto, de Araraquara, um dos presos por suspeita de ataques a celulares de autoridades como o ministro Sergio Moro, disse nesta quarta-feira, 24, que desconhecia qualquer aptidão em seu cliente para crimes cibernéticos. "Se ele tinha esse talento, ele nunca demonstrou e eu desconhecia. Ele nunca teve nada parecido com isso. Fiquei até surpresa quando li o noticiário sobre essa investigação, mas até agora ele não me procurou para falar sobre esse fato novo."

Mariani atua na defesa de Delgatti em dois processos criminais, um deles por furto qualificado e outro por estelionato. Na ação pelo furto, seu cliente foi condenado, mas não cumpriu pena, segundo ela. "Estamos com apelação à espera de julgamento no Tribunal de Justiça", disse. No processo por estelionato, o suspeito teria usado o cartão de crédito furtado de um advogado de Araraquara para comprar móveis. "Nesse processo ele ainda não tem condenação", disse.

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Conforme a advogada, ela atua em outro processo de Delgatti Neto em que ele figura como autor e reclama a devolução de bens apreendidos pela polícia em buscas relacionadas à investigação pelo crime de furto. "Apreenderam computadores e celulares que não tinham a ver com a acusação. Ele já foi julgado e não devolveram, por isso entramos com a ação", disse.

Mariani disse que desconhece qualquer relação de seu cliente com o outro preso na operação, o ex-DJ Gustavo Henrique Elias Santos. Em 2015, os dois teriam sido detidos pela polícia, na companhia de outros dois amigos, numa abordagem da polícia no parque temático Beto Carrero World, em Santa Catarina. "Ele nunca me falou sobre isso, até porque nossa relação sempre foi muito profissional."

Os quatro presos por suspeita de invadir os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, tiveram os sigilos bancários abertos e os bens acima de R$ 10 mil bloqueados. A Polícia Federal afirma ter identificado movimentação atípica nas contas de dois dos suspeitos: de R$ 424 mil em nome do DJ Gustavo Henrique Elias Santos, e de R$ 203 mil na conta de sua mulher, Suelen Priscila de Oliveira.

A movimentação do dinheiro na conta de Gustavo, segundo a PF, ocorreu entre abril e junho de 2018, enquanto o valor relacionado à sua mulher, entre março e maio deste ano. O Relatório de Movimentação Financeira aponta ainda que a renda mensal declarada ao banco pelo DJ é de R$ 2.866, e a de Suelen, R$ 2.192. A defesa ainda não comentou sobre os valores.

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A decisão pela quebra de sigilos dos suspeitos foi tomada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, que investiga a invasão de celulares das autoridades. A Operação Spoofing, da Polícia Federal, prendeu ontem no interior de São Paulo e transferiu para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília o casal Gustavo e Suelen e os amigos Walter Dalgatti Neto e Danilo Cristiano Marques.

O juiz autorizou também busca e apreensão de veículos, computadores, notebooks, HDs, pendrives, CDs e DVDs em endereços frequentados pelos quatro suspeitos de violar as mensagens das autoridades.

Em sua decisão, Vallisney explicou que a Polícia Federal identificou a conexão que levou ao pedido de prisão dos quatro suspeitos a partir do número de celular do ministro Sergio Moro. Segundo a decisão judicial, a manipulação e uso dos números telefônicos das vítimas puderam ser feitos através de serviços de voz ou por aplicativos que modificam o número chamador. Assim, os investigadores chegaram a uma rota de interconexão que envolvia a operadora de telefonia Datora Telecomunicações Ltda, detentora da tecnologia conhecida por VOIP, e a microempresa BRVOZ. Por meio dessa microempresa, o "cliente" conseguia realizar chamadas simulando ligações de qualquer número de telefone.

A prisão dos quatro suspeitos é temporária, com duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período, para obtenção de provas.

"Com efeito, há fortes indícios de que os investigados integram uma organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram", destaca Vallisney.

Um dos presos em Araraquara (SP) na Operação Spoofing da Polícia Federal confirmou que teve acesso a mensagens de celulares de autoridades, especialmente as do ministro da Justiça, Sérgio Moro. O DJ Gustavo Henrique Elias Santos, que teve a prisão temporária decretada por suspeita de invadir celulares, contou ter visto as mensagens no aparelho telefônico de um amigo, Walter Dalgatti Neto, também preso, relatou o seu advogado, Ariovaldo Moreira.

Gustavo e a mulher, Suelen Priscila de Oliveira, prestam depoimento nesta quarta-feira, 24, às 14 horas na sede da Polícia Federal, em Brasília. Além do casal e de Walter, a polícia ainda prendeu Danilo Cristiano Marques.

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Agentes federais que participam das investigações disseram à reportagem que um dos presos confirmou envolvimento nas invasões de celulares de Moro e do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol; e garantiram que não resta dúvida da participação de todo o grupo de Araraquara no crime.

A Operação Spoofing foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

O advogado Ariovaldo Moreira, que representa Gustavo e Suellen, disse que o relato ouvido pelo seu cliente sobre as mensagens será narrado nesta quarta em depoimento à polícia. "O Gustavo me falou a respeito da invasão dos celulares. O próprio "Vermelho" (Walter) mostrou que tinha as mensagens. O Walter mostrou mensagens de autoridades para ele há meses. E ele alertou: 'Cuidado que você pode ter problema com isso'.", disse. "Ele vai narrar os fatos as autoridades".

Moreira nega envolvimento de Suellen e Gustavo na invasão dos celulares. "Suellen não sabia nada sobre os fatos", afirmou. "(Ela) ficou todo tempo algemada, os pés, os braços. Não (lhe) deram direito de falar com os advogados. Foram o tempo todo humilhados. Foram enquadrados por formação criminosa, a princípio", reclamou o advogado.

Gustavo e Suellen passaram a noite nas dependências da Polícia Federal no Aeroporto de Brasília. A pedido da defesa, a polícia adiou os depoimentos de dois, que estava previsto para terça-feira, 23.

O advogado do casal preso disse que Gustavo trabalha como DJ. O suspeito já foi condenado em outro caso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por porte ilegal de arma. O advogado disse ainda que Suellen tem conhecimento "razoável" e trabalha com criptomoedas.

Em e-mail encaminhado à PF na noite de terça-feira, ao qual a reportagem teve acesso, o advogado solicita informações sobre o cumprimento do mandado de prisão e não autoriza a oitiva de seus clientes sem sua presença.

A Polícia Federal abriu a Operação Spoofing nesta terça-feira, 23, e prendeu quatro suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro. A ação foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná foram hackeados. Supostos diálogos mantidos no auge da investigação entre eles e o então juiz Sergio Moro foram vazados e publicados pelo site The Intercept. Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens a eles atribuídas.

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A PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, em Araraquara e Ribeirão Preto. Os mandados foram cumpridos pelo delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, que investigou o escândalo do Mensalão.

"As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados", informou a PF.

Spoofing, segundo a Federal, é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é. A operação mira uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos".

Moro teve o aparelho celular desativado em 4 de junho, após perceber que havia sido alvo de ataque virtual. O celular do ministro foi invadido por volta das 18h. Ele só percebeu após receber três telefonemas do seu próprio número. O ex-juiz, então, acionou investigadores da Polícia Federal, informando da suspeita de clonagem.

O último acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp às 18h23 daquele dia.

Manifestantes antigovernamentais ocuparam o salão principal do Parlamento de Hong Kong nesta segunda-feira, picharam suas paredes e exibiram uma bandeira da era colonial britânica no plenário.

O governo de Hong Kong imediatamente denunciou a "violência extrema" dos manifestantes.

"Manifestantes radicais invadiram o Complexo do Conselho Legislativo com extrema violência", dizia o comunicado oficial.

"Esses manifestantes comprometeram seriamente a segurança dos policiais e membros parlamentares. Tais atos violentos são inaceitáveis para a sociedade".

Dezenas de manifestantes mascarados invadiram o plenário depois de invadirem o prédio, quebrando janelas de vidro, gritando slogans e pintando o brasão da cidade de preto.

A polícia deu um ultimato aos manifestantes que ocuparam o parlamento alertando que em breve vão usar da "força apropriada".

"Em pouco tempo a polícia irá para a área do parlamento para limpá-lo. Se encontrar obstrução ou resistência, a polícia usará a força apropriada", disse um porta-voz da polícia em um vídeo postado na página da força no Facebook.

As atuais manifestações refletem o temor dos moradores de Hong Kong ante a crescente influência do governo da China, com a ajuda dos líderes do mundo das finanças na cidade.

Na madrugada desta segunda-feira, jovens encapuzados ocuparam e bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com grades de metal.

O movimento, que nasceu da rejeição ao projeto de lei sobre extradições, ganhou força e passou a denunciar as ações do governo local, depois que muitos cidadãos de Hong Kong perderam a confiança ao considerar que o Executivo tem permitido a erosão de suas liberdades.

Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, mas o território ainda é administrado sob um acordo conhecido como "um país, dois sistemas".

Desta maneira, os habitantes do território desfrutam de direitos raramente vistos na China continental. Muitas pessoas, no entanto, sentem que lentamente Pequim vai deixando o acordo de lado.

A cada aniversário da retrocessão, os ativistas locais organizam grandes manifestações para exigir direitos democráticos, incluindo a possibilidade de escolher o Executivo local por sufrágio universal.

Em anos recentes, os ativistas conseguiram mobilizar grandes multidões - incluindo uma ocupação de dois meses em 2014 -, mas não conseguiram qualquer concessão importante por parte de Pequim.

Os protestos deste ano, no entanto, acontecem após três semanas de manifestações contra o polêmico projeto de lei que permitiria a extradição de detidos em Hong Kong para processo na justiça da China continental.

Os manifestantes também exigem a renúncia da chefe de Governo local, Carrie Lam, assim como a retirada das acusações contra as pessoas detidas nos protestos das últimas semanas.

Durante festividades da cidade espanhola de Laguardia, uma vaca "visitou" uma cafeteria, aterrorizando todos os clientes que se encontravam no estabelecimento.

Algumas pessoas, com ajuda de um policial, distraíram o animal para conduzi-lo até a saída da cafeteria.

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Um homem para em frente à entrada da cafeteria e começa a acenar para a vaca, que, impacientemente resolve correr atrás do humano.

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Felizmente, ninguém saiu ferido, tirando o escorregão que a vaca deu ao deixar o estabelecimento.

A "invasão" ocorreu na terça-feira (25) durante celebrações das vacas bravas.

Da Sputnik Brasil

 

Ivete Sangalo passou por um situação de humor enquanto se apresentava em Trancoso, na Bahia, no último final de semana. Atração principal da San Island Weekend, a cantora foi ao chão enquanto atendia um fã durante a interpretação do clássico "Beleza Rara", sucesso da axé music em 1996.

O momento inusitado se deu por conta de uma pessoa da plateia ter invadido o palco para tietar a baiana e ser contida por um dos seguranças. Após a cena, Ivete continuou cantando deitada no chão. O público foi ao delírio.

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Confira o vídeo:

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  Um jacaré invadiu uma casa na cidade de Clearwater, na Flórida, e deixou os moradores assustado. O animal de 3,5 metros quebrou uma das janelas da residência para entrar no local e deixou a cozinha da família destruída.

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A polícia foi chamada para retirar o réptil do local e ninguém ficou ferido. Recentemente, um jacaré também entrou sem ser convidado em outra casa, desta vez em Miami, e ao invés de invadir a cozinha, o animal optou por ‘relaxar’ na piscina da residência.

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