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O exército israelense disse que está planejando aumentar a assistência humanitária a Gaza nesta semana e preparando uma zona, na região sul de Khan Younis, que poderia acomodar centenas de milhares de palestinos deslocados por semanas de bombardeios e operações terrestres recentes.

"Coordenamos essa zona com a comunidade internacional, especialmente com as Nações Unidas, e dissemos que evitaremos agir nessa zona humanitária enquanto os residentes de Gaza forem para essa zona", disse o coronel Elad Goren, chefe do Cogat, o órgão militar israelense responsável pela ligação com os palestinos e pela passagem da fronteira para a faixa.

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Desde que o primeiro comboio de ajuda internacional foi autorizado a entrar em Gaza, há mais de uma semana, pouco mais de 80 caminhões entraram - uma pequena fração do que os grupos humanitários dizem ser necessário para uma população de mais de 2 milhões de pessoas.

Muitos residentes não confiam nas promessas do exército israelense de uma chamada zona segura, após o órgão militar ter dito às pessoas para se mudarem do norte de Gaza para o sul para sua segurança e, posteriormente, ter bombardeado as áreas do sul diariamente.

A ONU se opõe ao movimento forçado de populações civis, e grupos de ajuda humanitária levantaram preocupações sobre o fato de a ajuda humanitária ser usada para incentivar o deslocamento em massa.

Fonte: Dow Jones

As Forças de Defesa de Israel têm procurado assegurar ao público que podem atingir simultaneamente os dois objetivos da sua guerra contra o grupo terrorista Hamas: destruir o grupo terrorista e resgatar cerca de 230 reféns que foram sequestrados no dia 7 de outubro e estão no enclave palestino.

Mas à medida que o exército intensifica os ataques aéreos e as incursões terrestres na Faixa de Gaza, em preparação para uma invasão mais ampla, as famílias dos reféns estão cada vez mais preocupadas com a possibilidade de esses objetivos colidirem - com consequências devastadoras.

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Aniquilar o grupo terrorista Hamas deve exigir uma operação terrestre de intensidade sem precedentes, com risco de ferir os reféns israelenses em Gaza. O governo de Israel não descreveu como seria uma missão de resgate. Em um discurso televisionado no final do sábado (28) o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu reconheceu a agonia das famílias dos reféns e prometeu que a sua libertação era uma parte "integrante" do esforço de guerra de Israel, junto com o seu objetivo de destruir o grupo terrorista Hamas.

Os líderes políticos do grupo terrorista Hamas estão em negociações com Egito e Catar para garantir a liberdade de pelo menos alguns civis israelenses. Quatro reféns foram libertados até agora.

A ansiedade em relação aos reféns do Hamas atingiu um pico no sábado, quando Israel intensificou a sua campanha aérea e enviou tropas para Gaza com grande poder de fogo. Multidões protestaram em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv, exigindo que Netanyahu e outras autoridades abordassem o destino dos seus entes queridos.

Funcionou. Netanyahu se reuniu com as famílias no sábado e prometeu "exercitar e esgotar todas as possibilidades para trazê-las para casa". O ministro da Defesa, Yoav Gallant, prometeu encontrá-los neste domingo, 29, para o que seu gabinete descreveu como a primeira reunião oficial com eles.

Em um comunicado, Gallant afirmou que o curso da guerra pode ajudar na libertação de reféns. "Há uma chance maior de que o inimigo concorde com soluções para devolver os entes queridos quando conseguirmos avançar em Gaza", disse ele.

Protestos

"Não esperamos mais", disse o manifestante Malki Shem-Tov, cujo filho de 21 anos, Omer, está em cativeiro em Gaza. "Queremos todos eles de volta conosco hoje. Queremos que vocês, o Gabinete, o governo, imaginem que estes são seus filhos."

A situação dos reféns chamou a atenção do país nas últimas três semanas. A mídia israelense está repleta de histórias sobre os reféns e de entrevistas com suas famílias.

Mas todas as opções militares acarretam riscos enormes. Uma operação terrestre mais intensa pode levar a uma guerra longa no enclave palestino. Com os reféns supostamente escondidos na extensa rede de túneis do Hamas, os combates intensos levantam a perspectiva de um caos absoluto tanto para os soldados como para os reféns.

Equilibrar os interesses das famílias com o objetivo militar de destruir o Hamas apresentou um dilema para Netanyahu, que já está sob ataque pelo fracasso do seu governo em evitar o pior ataque terrorista da história de Israel.

Amos Yadlin, general reformado e antigo chefe da inteligência militar de Israel, aponta que o desafio do governo era satisfazer a imensa pressão pública tanto para devolver os reféns em segurança como para exterminar o grupo terrorista Hamas. Ele insistiu que os dois objetivos poderiam ser reconciliados se o governo encontrasse a "estratégia certa".

"Ambos devem ser tratados simultaneamente", disse Yadlin, sem dar mais detalhes.

Diplomacia

Muitos especialistas acreditam que a melhor estratégia para salvar reféns continua a ser a diplomacia. O grupo terrorista Hamas ofereceu no sábado a Israel uma troca: a libertação de todos os reféns em Gaza por todos os prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Israel tem uma longa história de acordo com trocas desiguais de prisioneiros. Em 2011, libertou mais de 1.000 prisioneiros em troca de Gilad Schalit, um soldado que foi sequestrado e arrastado através da fronteira para Gaza. Muitos desses prisioneiros, incluindo o principal líder do Hamas em Gaza, Yehia Sinwar, foram condenados pelos assassinatos de israelenses.

"Se o inimigo quiser acabar com este caso imediatamente, estamos prontos para isso", disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, foi evasivo e acusou o grupo terrorista de explorar as emoções dos familiares dos reféns.

Mas as famílias que viram quatro mulheres serem libertadas na semana passada, após uma complexa diplomacia de reféns, afirmaram que não estão convencidas de que o governo de Israel está concentrado em libertar os reféns.

"Eles sentem que foram deixados para trás e ninguém está realmente se importando com eles", disse Miki Haimovitz, um ex-deputado que falou em nome das famílias dos reféns no protesto de sábado. "Ninguém está explicando o que está acontecendo."

O Papa Francisco reiterou seu pedido de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, bem como a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo grupo militante e a continuação da ajuda ao enclave em Gaza.

"Em Gaza, devem ser deixados espaços para garantir a ajuda humanitária e os reféns devem ser libertados imediatamente", disse o Papa Francisco no Vaticano. "Cessar fogo! Cessar fogo! Parem, irmãos e irmãs. A guerra é sempre uma derrota."

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Fonte: Dow Jones

Os serviços de internet e celular começaram a retornar em Gaza neste domingo (29) após uma grande interrupção, segundo moradores, uma operadora de telefonia móvel e um observador externo dos fluxos globais de dados. Gaza perdeu quase toda a conectividade na sexta-feira (27) e os civis ficaram isolados do mundo exterior. O apagão quase total dificultou os serviços de emergência, incluindo ambulâncias tentando alcançar os feridos, disseram grupos humanitários.

Quando o acesso à internet retornou, alguns residentes em Gaza postaram mensagens nas mídias sociais dizendo que estavam vivos. Outros compartilharam fotos e vídeos do que disseram ser vítimas do pesado bombardeio de Israel na sexta-feira.

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Alguns moradores relataram, no entanto, que a conectividade permaneceu irregular. Jawwal, uma operadora de rede em Gaza, disse hoje que o acesso fixo, móvel e à internet está sendo gradualmente restaurado no território. Alp Toker, diretor da Netblocks, uma organização independente que rastreia os fluxos de internet, reforçou que o serviço estava retornando aos níveis vistos antes das greves de sexta-feira, embora permanecesse abaixo dos níveis vistos antes de 7 de outubro, quando o conflito eclodiu.

Fonte: WSJ

A representação do Brasil em território palestino conseguiu contato neste sábado, 28, com brasileiros que estão abrigados nas cidades de Rafah e Khan Younes, em Gaza. À reportagem, o embaixador Alessandro Candeas disse que, apesar do medo, todos estão seguros. A embaixada está oferecendo recursos para a compra de mantimentos, já que os preços, segundo Candeas, quase triplicaram em decorrência da guerra.

"Conseguimos hoje contato com os brasileiros de Rafah e Khan Younes. O motorista contratado pelo nosso escritório também foi a Khan Younes verificar in loco a situação. Apesar do clima permanente de tensão e medo, todos os brasileiros estão bem, com alimento, água e gás para os próximos dias. Pediram que comprássemos alguns mantimentos a mais, para o que estamos disponibilizando recursos", disse o embaixador, ao reforçar que continuará monitorando a situação nas duas cidades.

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O Brasil aguarda autorização para cruzar a fronteira com o Egito, de onde os abrigados nas cidades em Gaza serão trazidos ao País em avião da Presidência da República. No total, 34 pessoas pediram ajuda para sair da região, das quais 18 estão em Rafah e 16 em Khan Younes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na manhã desta quinta-feira, 26, de grupo criado com famílias de reféns e desaparecidos de brasileiros e israelenses que estão em Israel, em decorrência do ataque do grupo Hamas no último dia 7. A organização, denominada Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, foi criada para pressionar o governo de Israel e a comunidade internacional para obter a libertação das pessoas.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, após Estados Unidos e Rússia terem fracassado na tentativa de resolução da guerra, membros eleitos do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o que inclui o Brasil, estão se movimentando para tentar um caminho alternativo e emitir uma resolução sem a bênção dos integrantes permanentes (que incluem ainda China, França e Reino Unido). Quatro resoluções já foram barradas no órgão até o momento.

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O presidente cancelou compromissos nesta manhã para focar no debate com o grupo. Participam do compromisso diplomatas de diversas nacionalidades, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e a assessora especial da Presidência da República, Clara Ant.

De acordo com a apuração, o presidente está ouvindo os relatos feitos pelas famílias e debatendo com sua equipe o que o governo brasileiro pode fazer pela libertação dos reféns.

Inicialmente, Lula ia oferecer café da manhã aos jornalistas às 10h30. Contudo, minutos antes da agenda, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Palácio do Planalto informou que o compromisso foi adiado para sexta-feira, 27. A videoconferência com as famílias de brasileiros e israelenses teve início às 9h30.

Os militares israelenses disseram que suas tropas e tanques entraram brevemente no norte de Gaza, atingindo vários alvos militantes enquanto uma incursão terrestre mais ampla se aproximava após mais de duas semanas de guerra.

Os ataques aéreos israelenses devastaram partes da Faixa de Gaza, deixando bairros em escombros e hospitais com dificuldades para tratar feridos, à medida que os recursos estão cada vez menores.

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O ataque ocorreu depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que está à beira de ficar sem combustível, a forçando a reduzir drasticamente os esforços de socorro no território bloqueado. E o Conselho de Segurança da ONU falhou novamente na abordagem da guerra entre Israel e o Hamas, rejeitando resoluções rivais dos Estados Unidos e da Rússia.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse na quinta-feira (25) que mais de 7 mil palestinos foram mortos até agora - mais de três vezes o número de palestinos mortos na guerra de seis semanas em Gaza em 2014. Na Cisjordânia ocupada, mais de 100 Palestinos foram mortos na violência e em ataques israelenses após o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel. A Associated Press não conseguiu verificar de forma independente o número de mortos citado pelo Hamas, que afirma contabilizar números dos diretores de hospitais.

Os combates mataram mais de 1.400 pessoas em Israel, segundo autoridades israelenses, a maioria civis que morreram no ataque inicial do Hamas. Fonte: Associated Press.

O Exército de Israel lançou nesta terça-feira, 24, panfletos sobre a Faixa de Gaza em que oferece recompensa e proteção para quem der informações sobre o paradeiro de reféns do Hamas. Conforme o governo de Israel, pelo menos 220 pessoas, de várias nacionalidades, estão com o grupo terrorista desde 7 de outubro.

Em árabe, os folhetos diziam, de acordo com tradução da BBC: "Se a sua vontade é viver em paz e ter um futuro melhor para os seus filhos, faça uma ação humanitária imediatamente e compartilhe informações verificadas e valiosas sobre os reféns detidos na sua área". "Os militares israelenses garantem que investirão o máximo esforço para fornecer segurança para você e sua casa, e você receberá uma recompensa financeira. Garantimos total confidencialidade", acrescenta o panfleto, que tem um número de telefone e um celular que pode ser contatado pelos aplicativos de mensagens WhatsApp, Telegram ou Signal.

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De acordo com analistas, o movimento do governo de Israel tenta conciliar o objetivo declarado dos israelenses de "aniquilar o Hamas" e salvar a vida dos reféns. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o ambiente urbano arruinado por bombardeios, a presença de um grande número de civis, a falta de informações claras e o uso de uma vasta rede de túneis tornam as operações para retomada dos reféns muito difíceis.

Inteligência

Além de contar com informantes, os militares de Israel vão ainda tentar obter informações com membros do Hamas que foram capturados nas incursões na Faixa de Gaza.

Autoridades de Israel afirmaram que os ataques, as restrições ao fornecimento de combustível, alimentos e outros bens de primeira necessidade também fazem parte da estratégia para pressionar o Hamas a libertar os reféns. Nas ONU, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, apelou ao Hamas "para libertar os reféns imediata e incondicionalmente".

O Hamas já disse que os reféns poderiam ser trocados por alguns ou mesmo por todos os milhares de palestinos nas prisões em Israel. Já Khaled Meshaal, proeminente líder do Hamas, disse à Sky News que os reféns seriam libertados se Israel parasse de bombardear Gaza. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vários estrangeiros foram mortos, levados como reféns, ou estão desaparecidos, desde o ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel.

Mais de 1.400 pessoas morreram em território israelense nas mãos do Hamas, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses.

Ainda de acordo com Israel, o Hamas sequestrou cerca de 220 israelenses.

Na Faixa de Gaza, quase 5.800 palestinos, a maioria deles civis, morreram nos incessantes bombardeios lançados em represália, informou o Ministério da Saúde do Hamas na Faixa de Gaza.

As mortes de mais de 200 cidadãos estrangeiros, muitos deles também com nacionalidade israelense, foram confirmadas pelas autoridades dos respectivos países, segundo uma contagem da AFP.

Veja abaixo a lista de vítimas estrangeiras em Israel, segundo as últimas informações disponíveis nesta terça-feira (24).

- Estados Unidos, França e Tailândia, os países mais afetados -

Trinta e um americanos morreram, e outros 13 estão desaparecidos, segundo a Casa Branca. O presidente Joe Biden disse que há americanos entre os reféns do Hamas.

Uma mulher americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira.

Trinta franceses morreram, seis desapareceram e pelo menos uma francesa foi feita refém, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França.

Trinta tailandeses foram mortos, segundo o governo tailandês, e 19, sequestrados.

- Rússia e Ucrânia -

Dezenove russo-israelenses foram mortos, e outros dois são mantidos como reféns do Hamas. Sete russos também estão desaparecidos.

Dezoito ucranianos morreram, segundo Kiev.

- Do Nepal a Portugal, passando pelo Brasil -

Reino Unido: Pelo menos 12 britânicos morreram, e cinco estão desaparecidos, de acordo com um novo relatório divulgado nesta terça-feira por Londres. Entre os mortos estão Yahel Sharabi, de 13 anos, morta junto com sua mãe, Lianne, e sua irmã mais velha, Noiya, de 16, disse sua família. O pai, Eli, ainda está desaparecido.

Nepal: Dez nepaleses foram mortos, segundo a embaixada do Nepal em Tel Aviv. E o contato foi "perdido" com outro.

Alemanha: Menos de dez alemães foram mortos e há "um pequeno número de dois dígitos" de reféns.

Argentina: O número de mortos chega a nove, com 21 desaparecidos. Entre estes últimos estão dois irmãos, Iair e Eitan Horn, disse seu pai.

Canadá: Seis canadenses estão mortos, outros dois ainda estão desaparecidos.

Portugal: quatro luso-israelenses estão mortos, e quatro, desaparecidos.

China: Quatro chineses morreram, outros dois estão desaparecidos.

Filipinas: Quatro filipinos morreram, incluindo uma mulher de 33 anos e um homem de 42 anos no ataque a um kibutz, assim como uma pessoa de 49 anos que participava de um festival de música. Dois filipinos também estão desaparecidos.

Romênia: Cinco romeno-israelenses, incluindo um soldado, morreram, e um é refém.

Áustria: Quatro austríaco-israelenses morreram. Outro continua desaparecido.

Itália: Três ítalo-israelenses morreram, segundo Roma - um casal por volta dos 60 anos de idade e um cidadão de 29 anos que estava no festival de música atacado.

Belarus: Três bielorrussos estão mortos, e outro, desaparecido.

Brasil: Morreram um homem e uma mulher brasileiro-israelenses, e uma brasileira.

Peru: Três peruanos mortos e quatro desaparecidos, ou reféns.

África do Sul: Dois sul-africanos morreram.

Chile, Turquia, Espanha e Colômbia anunciaram a perda de seus nacionais e que outro tinha desaparecido.

A Holanda anunciou que um menino de 18 anos, sequestrado no Kibutz Beeri, foi feito refém.

Camboja, Austrália, Honduras, Azerbaijão, Irlanda e Suíça disseram terem perdido um dos seus cidadãos. Não há relato de desaparecidos.

- Reféns ou pessoas desaparecidas -

México: um homem e uma mulher foram feitos reféns. Segundo fontes oficiais, os seguintes países também relatam desaparecimentos: Paraguai (dois), Tanzânia (dois) e Sri Lanka (dois).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (24), que os ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro não são justificativa para Israel matar civis palestinos na Faixa de Gaza.
    Em sua live semanal "Conversa com o Presidente", a primeira desde a cirurgia no quadril realizada em 29 de setembro, o mandatário disse que vai "continuar falando de paz" e cobrou "senso de humanidade".
    "Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade", afirmou Lula, acrescentando que a ONU "não tem força" para intervir no conflito.
    Durante a transmissão, o presidente garantiu que o Brasil "fez tudo o que era possível fazer" para interromper a guerra no Oriente Médio, incluindo conversas com líderes de Israel, Autoridade Nacional Palestina (ANP), Irã, Egito, Turquia, União Europeia, França, Rússia e Emirados Árabes Unidos.
    "Estou falando com todo mundo para que a gente consiga três coisas: garantir um corredor humanitário para que as pessoas possam receber água, comida, remédio; garantir que não falte energia elétrica nos hospitais; e garantir que não se mate mais criança. Não tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais é criança. E crianças dois lados", salientou.

    Lula ainda expressou a vontade de conversar com China, África do Sul e Catar, país próximo ao Hamas, inclusive para "liberar os brasileiros que estão na Faixa de Gaza". "Temos crianças e mulheres que estão sofrendo o tormento dos tiros, das bombas, dos foguetes", declarou.
    Segundo o presidente, é preciso falar em paz "todo dia" para que as pessoas não esqueçam que "é possível construir" uma saída pacífica para a guerra. "Numa mesa de negociação, não morre ninguém, custa mais barato, e a gente pode encontrar solução", disse Lula, defendendo que israelenses e palestinos tenham um Estado próprio.
    "Não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém. Todo dia a gente vê que colonos de Israel invadem a terra dos palestinos, e a ONU não faz nada porque está enfraquecida", criticou.

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*Da Ansa

Ao menos 140 pessoas morreram na Faixa de Gaza em uma nova noite de bombardeios israelenses, informou nesta terça-feira (24) o movimento palestino Hamas, que libertou na segunda-feira duas mulheres sequestradas em seu ataque contra Israel de 7 de outubro.

Desde a ofensiva violenta do movimento islamista de 7 de outubro, o Exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza para preparar uma eventual operação terrestre contra o estreito e denso enclave palestino.

"Mais de 140 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em massacres cometidos por ataques da ocupação", afirmou o governo do Hamas no território.

O movimento islamista anunciou que mais de 5.000 pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, incluindo mais de 2.000 crianças.

As autoridades de Israel afirmam que mais de 1.400 pessoas morreram em seu território no ataque do Hamas, a maioria civis, que foram baleados, mutilados ou queimados no primeiro dia do ataque. Entre os mortos estão mais de 300 militares.

Durante a incursão,os combatentes islamistas também tomaram quase 220 reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu na segunda-feira a libertação de todas as pessoas para uma possível discussão de trégua na guerra.

"Os reféns devem ser libertados, depois poderemos conversar", disse Biden.

Na sexta-feira, o Hamas libertou duas americanas e na segunda-feira fez o mesmo com duas idosas israelenses, que foram internadas na madrugada de terça-feira em um hospital de Tel Aviv, onde eram aguardadas por parentes.

O movimento palestino anunciou que tomou a decisão por "por razões humanitárias urgentes", após a mediação do Catar e do Egito.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou que seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) morreram nas últimas 24 horas em Gaza.

Trinta e cinco funcionários da UNRWA morreram desde o início da guerra entre Israel e Hamas.

"Nos faltam palavras", afirmou a agência em sua conta na rede social X.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta terça-feira (24) que o conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas não seja ampliado e considerou que a libertação dos reféns em Gaza deve ser o "primeiro objetivo", durante um encontro com o homólogo de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém.

"Penso que é nosso dever combater estes grupos terroristas, sem confusão, e diria que sem ampliar o conflito", declarou Macron.

O presidente acrescentou em seu encontro com o presidente israelense Herzog que "o primeiro objetivo que deveríamos ter hoje é a libertação de todos os reféns" sequestrados pelo Hamas - mais de 200, segundo as autoridades israelenses.

"Quero que tenham a certeza de que não estão sozinhos nesta guerra contra o terrorismo", disse Macron, antes de enfatizar a "necessidade" de visar de maneira precisa "estes grupos terroristas".

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer a paz, a segurança e a estabilidade ao seu país e para toda a região", acrescentou o presidente francês.

Macron viajou a Israel nesta terça-feira para expressar solidariedade com Israel após o ataque surpresa de 7 de outubro do movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, que deixou mais de 1.400 mortos no território israelense.

Em represália, o Exército de Israel bombardeia a Faixa de Gaza diariamente e, segundo o Hamas, mais de 5.000 palestinos morreram até o momento no território.

Macron também pretende se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e visitar a Cisjordânia para um encontro com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, informou o gabinete deste último.

O encontro em Ramallah com Abbas não foi confirmado até o momento pela presidência francesa.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira (23) que foi informado sobre o desaparecimento de mais um cidadão brasileiro durante os conflitos no Oriente Médio, entre Israel e o grupo terrorista Hamas. De acordo com o Itamaraty, o desaparecimento de Michel Nisembaum, de 59 anos, foi confirmado pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv com as autoridades locais.

Nisembaum está desaparecido desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel. Na ocasião, 1,4 pessoas morreram e mais de 200 foram sequestradas pelos terroristas. Ainda não há mais informações sobre o desaparecimento do brasileiro, como o momento do último contato e onde ele estava no momento do ataque.

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Três brasileiros morreram durante os confrontos na região da Faixa de Gaza: Ranani Glazer, Bruna Valenu e Karla Stelzer. Os três estavam em uma rave no sul de Israel que foi alvo do ataque inicial dos terroristas do Hamas no dia 7 de outubro. Segundo o balanço do Ministério das Relações Exteriores, três israelenses com ascendência brasileira também morreram na guerra.

O Hamas deve liberar pelo menos 50 reféns com dupla cidadania ainda nesta segunda-feira (23), em troca de combustível, afirmam veículos da mídia israelense. Fontes informaram com exclusividade ao i24News que membros da Cruz Vermelha já estão a caminho para a transferência, que ocorrerá na área de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

O número foi revelado a princípio em uma reportagem do New York Times no período da manhã, que especificava detalhes sobre uma negociação mediada por autoridades dos Estados Unidos e do Catar, conforme um oficial militar sênior de Israel. O acordo, porém, não previa liberação mais ampla de civis.

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No período da tarde, o i24News confirmou a operação e informou que, para que o acordo seja concluído nas próximas horas e a Cruz Vermelha chegue até os 50 reféns, nenhum bombardeio israelense ocorreu em Gaza nas últimas horas, de acordo com fontes.

Ao Haaretz, uma fonte familiarizada com as negociações disse que o número de reféns libertos pelo Hamas pode ser abaixo de 50 e que este número não fazia parte das negociações.

Também ao Haaretz, um membro do governo israelense disse que "Israel não participará da seleção para a libertação de reféns com passaporte estrangeiro".

Um bebê prematuro se contorce em uma incubadora de vidro na enfermaria neonatal do Hospital al-Aqsa, no centro da Faixa de Gaza. Ele chora quando linhas intravenosas são conectadas ao seu minúsculo corpo. Um ventilador o ajuda a respirar enquanto um cateter administra medicamentos e monitores mostram seus frágeis sinais vitais.

A sua vida depende do fluxo constante de eletricidade, que corre o risco de acabar iminentemente, a menos que o hospital consiga obter mais combustível para os seus geradores. Uma vez que os geradores param, o diretor do hospital, Iyad Abu Zahar, teme que os bebês da enfermaria, incapazes de respirar por conta própria, morram. "A responsabilidade sob nós é enorme", disse.

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Médicos que tratam bebês prematuros em Gaza sofrem com medos parecidos. Pelo menos 130 prematuros estão sob "risco grave" nas seis unidades neonatal, disseram trabalhadores humanitários. A perigosa escassez de combustível é causada pelo bloqueio de Israel a Gaza, que começou - juntamente com ataques aéreos - depois de os terroristas do Hamas atacarem cidades israelitas no dia 7 de outubro.

Pelo menos 50 mil mulheres grávidas em Gaza estão sem acesso a serviços de saúde essenciais, e cerca 5,5 mil devem dar à luz no próximo mês, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Sete dos quase 30 hospitais foram forçados a parar devido a danos causados pelos ataques israelenses e à falta de energia, água e outros suprimentos. Os médicos dos demais hospitais disseram que estão no limite. A agência da ONU para refugiados palestinos disse no domingo (22) que tem combustível suficiente para três dias para atender às necessidades críticas.

"O mundo não pode simplesmente olhar enquanto esses bebês são mortos pelo cerco a Gaza... A omissão de ação equivale a condenar estes bebês à morte", disse Melanie Ward, diretora-executiva do grupo de ajuda Assistência Médica aos Palestinos.

Nenhum dos 20 caminhões que entraram em Gaza no sábado, 21, o primeiro desde o cerco imposto por Israel, continha combustível, em meio aos temores israelenses de que o caminhão acabe nas mãos do Hamas. Fornecimentos limitados de combustível dentro de Gaza estavam sendo enviados para geradores hospitalares. Mas eventualmente o combustível acabará se não for permitida a entrada de mais pessoas.

Tarik Jašarevic, um porta-voz da OMS, disse que 40 mil galões de gasolina são necessários para oferecer serviços básicos nos cinco principais hospitais de Gaza.

Abu Zahar se preocupa com quanto tempo suas instalações poderão resistir. "Se o gerador parar, o que esperamos que ocorra nas próximas horas devido às fortes demandas dos diversos departamentos do hospital, as incubadoras da unidade de terapia intensiva ficarão em situação muito crítica", disse.

Guillemette Thomas, coordenadora médica dos Médicos Sem Fronteiras nos territórios palestinos, disse que alguns dos bebês podem morrer dentro de horas, e outros em alguns dias, se não receberem os cuidados especiais e os medicamentos de que necessitam urgentemente.

"É certo que estes bebês estão em perigo", disse. "É uma verdadeira emergência cuidar deles, assim como é uma emergência cuidar da população de Gaza que sofre com estes bombardeios nas últimas duas semanas."

Nesma al-Haj trouxe a sua filha recém-nascida de Nuseirat para um dos hospitais. A menina nasceu há três dias, mas logo desenvolveu complicações. "O hospital carece de suprimentos", disse ela, falando de al-Aqsa. "Temos medo de que, se a situação piorar, não sobrará nenhum medicamento para tratar os nossos filhos."

Os problemas são agravados pela água contaminada que muitos foram forçados a usar desde que Israel cortou o abastecimento de água. Abu Zahar diz que as mães estão misturando fórmulas infantis com água contaminada para alimentar seus bebês, o que contribui para o aumento de casos críticos na enfermaria.

No Hospital Al-Awda, uma instalação privada no norte de Jabalia, nascem quase 50 bebês quase todos os dias, disse o diretor do hospital, Ahmed Muhanna. O hospital recebeu ordem de esvaziamento dos militares israelenses, mas continuou funcionando.

"A situação é trágica em todos os sentidos da palavra", disse ele. "Registramos um grande déficit em medicamentos de emergência e anestésicos", bem como em outros suprimentos médicos.

Para racionar os suprimentos cada vez mais escassos, Muhanna disse que todas as operações programadas foram interrompidas e que o hospital dedicou todos os seus recursos a emergências e partos. Casos neonatais complexos são enviados para Al-Aqsa.

Al-Awda tem combustível suficiente para durar no máximo quatro dias, disse Muhanna. "Apelamos a muitas instituições internacionais, à Organização Mundial de Saúde, para que abasteçam os hospitais com combustível, mas sem sucesso até agora", disse ele.

Guillemette Thomas disse que as mulheres já deram à luz em escolas geridas pela ONU, onde dezenas de milhares de pessoas deslocadas procuraram abrigo. "Essas mulheres estão em perigo e os bebês estão em perigo neste momento", disse ela. "Essa é uma situação realmente crítica." Fonte: Associated Press.

Ao menos três ministros israelenses consideram a possibilidade de deixar o cargo para forçar o premiê do país, Benjamin Netanyahu, a assumir suas responsabilidades pelo ataque surpresa efetuado pelo Hamas no início de outubro.

A informação foi divulgada pelo site Ynet, do jornal Yediot Ahronot, mas os nomes dos políticos supostamente envolvidos no assunto não foram mencionados.

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De acordo com uma pesquisa de opinião publicada pelo veículo de comunicação, 75% das pessoas que participaram da enquete afirmam que o primeiro-ministro israelense é o culpado pelo país ter sido alvo de um ataque surpresa do grupo fundamentalista islâmico Hamas. 

Em sua edição desta segunda-feira (23), o Yediot Ahronot acrescentou que existem tensões entre Netanyahu e as Forças Armadas de Israel. 

"Israel necessita de uma liderança mais eficaz e focada nos objetivos que precisa alcançar", diz o periódico, acrescentando que o premiê "guarda ressentimento em relação aos comandantes do Exército". 

O ex-primeiro-ministro de centro-direita Yair Lapid, principal figura da oposição de Israel, culpou Netanyahu pelo "fracasso imperdoável" de não ter conseguido evitar a ofensiva do Hamas que já matou milhares de pessoas. 

Já o renomado historiador e filósofo Yuval Noah Hararai, em uma coluna de opinião, comentou que o premiê "deve assumir imediatamente a responsabilidade".

Da Ansa

O oitavo voo de repatriação de brasileiros procedentes de Israel chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (23). A aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou às 4h no Rio de Janeiro). Ao todo, 209 brasileiros que estavam em áreas de conflito, além de nove animais de estimação, deixaram Tel Aviv, capital de Israel.

De acordo com o último balanço do governo federal, desde 10 de outubro, 1.410 brasileiros, três bolivianas e mais de 50 animais domésticos foram transportados do território israelense para o Brasil. Outra aeronave, um VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República, está no Cairo, capital do Egito, aguardando autorização para resgatar brasileiros.

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No último domingo (22), o Ministério das Relações Exteriores informou, em nota, que, tendo em conta as condições locais atuais e a operação regular do aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv, não estão previstos voos adicionais para brasileiros em Israel.

Ainda segundo o Itamaraty, há um grupo de 30 brasileiros e familiares diretos que aguardam retirada da Faixa de Gaza, abrigado nas localidades de Khan Younis e Rafah, nas proximidades da fronteira com o Egito. “O governo brasileiro, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, mantém permanente contato com eles”.

As vidas de 120 bebês em incubadoras estão em risco à medida que se esgota o combustível para os geradores de energia elétrica eletricidade na Faixa de Gaza, alertou neste domingo (22) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios israelenses contra este enclave em represália ao ataque do movimento islamita Hamas em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde deste grupo palestino.

Os hospitais de Gaza enfrentam a grave falta de medicamentos, combustível e água para os milhares de feridos na guerra e pacientes de rotina.

"Há atualmente 120 recém-nascidos em incubadoras, 70 deles em ventilação mecânica e, claro, estamos muito preocupados", disse o porta-voz da Unicef, Jonathan Crickx.

A eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas do enclave que tratam bebês prematuros, ajudando-os a respirar e fornecendo apoio crítico, por exemplo quando seus órgãos ainda não estão suficientemente desenvolvidos.

Israel impôs um "cerco total" ao território após a ofensiva do Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira (19) que os hospitais não possuem combustível para os geradores, e que cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estarão em risco.

Neste fim de semana, caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, procedentes do Egito. Neste domingo, seis tanques com combustíveis chegaram ao enclave.

Embora Israel tema que o combustível ajude o Hamas, o pouco que resta no território palestino está sendo utilizado em geradores para permitir que os equipamentos médicos continuem funcionando.

O Ministério da Saúde palestino anunciou no sábado que 130 bebês prematuros corriam o risco de morrer devido à falta de combustível.

Na média, quase 160 mulheres dão à luz todos os dias em Gaza, segundo o Fundo de População da ONU, que calcula que há 50 mil mulheres grávidas no território de 2,4 milhões de habitantes.

Ainda que Israel afirme que direciona os ataques contra alvos do Hamas, as crianças representam uma enorme proporção dos mais de 4.600 mortos registrados pelo Ministério da Saúde do grupo islamita.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios, e todos os dias os pais são vistos carregando os corpos dos seus filhos em envoltórios brancos pela rua.

Os médicos do Hospital Najjar, em Rafah, contaram na quinta-feira que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo que atingiu sua casa.

Horas antes, oito crianças faleceram enquanto dormiam em uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

“Parecia uma cidade fantasma. A cidade entrou em lockdown. Há duas semanas, nada funciona, as escolas, o comércio, setores públicos, as empresas”. O relato é do mineiro Renato Abreu, de 33 anos, que vivia em Ashkelon, cidade no sul de Israel, a cerca de 10 quilômetros da Faixa de Gaza. 

“Tínhamos que seguir a recomendação de segurança de não sair às ruas, de forma alguma”, detalha o coordenador de projetos, que morava em Israel desde 2016, com exceção do período da pandemia de covid-19, quando ficou no Brasil.

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Renato é um dos 69 passageiros que chegaram ao Brasil na manhã deste sábado (21), no avião Embraer KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB). Foi o sétimo voo da Operação Voltando em Paz, realizada em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), que decolou na noite de sexta-feira (20) de Tel Aviv.

A aeronave pousou primeiro no Recife, na manhã deste sábado, onde desembarcaram dois passageiros. Os demais seguiram para a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, incluindo três bolivianas, uma mãe e as duas filhas menores de idade. Nove animais de estimação também foram trazidos de Israel. 

Mistura de sentimentos

Renato disse que só ficou sabendo que seria repatriado em voo da FAB na manhã de sexta-feira, quando recebeu um telefonema da embaixada brasileira. Ele morava com um irmão, que seguiu para Londres em um voo comercial. Na cidade que fica colada à Faixa de Gaza, ele deixou o tio e o primo. 

“Os barulhos são muito altos, a nossa rua foi bombardeada por quatro mísseis. O Sul [de Israel] realmente virou uma zona de guerra”, detalhou o brasileiro que conhecia Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, uma das três brasileiras mortas pelos ataques do grupo extremista palestino Hamas, há duas semanas.

Para Renato, que depois de pousar no Rio seguiu a viagem para Belo Horizonte, a volta ao Brasil é uma mistura de sensações. “Alegre por ter dupla cidadania e estar no Brasil, triste porque eu tive amigos que falaram que queriam estar no meu lugar”.

Vida parada

O brasileiro Pedro Terpins passou mais tempo da vida em Israel do que no Brasil. Aos 23 anos, ele desembarcou no Rio de Janeiro após viver 18 anos no Oriente Médio. O barman e estudante de ciência política morava em Tel Aviv e enfrentou uma rotina de exceção nos últimos dias. 

“Eu estava desempregado, a minha faculdade parou, toda a minha vida está parada. Eu estava havia duas semanas só no meu quarto, sem sair, sem encontrar amigos, sem trabalhar”, relata Pedro, que tem família em São Paulo. 

Ele contou que conhecia, ao menos, três das pessoas que foram mortas nos ataques de 7 de outubro, incluindo a brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos.

“Tem mais pessoas que eu ainda não sei se estão [sequestradas] em Gaza ou se estão mortos e ainda não foram descobertos os corpos”, lamenta.

Mais de 1,2 mil repatriados

Até agora, a operação para repatriar brasileiros soma sete voos que trouxeram 1.204 passageiros e 44 pets. De acordo com o MRE, as três cidadãs bolivianas foram incluídas no avião “após constatado o não comparecimento de passageiros brasileiros”.

A administradora Michele Antunes morava havia cinco anos em Jerusalém e descreveu o cotidiano dos últimos dias na cidade. “Tivemos que, várias vezes, ir para bunkers. Mas nada que se aproximasse do que se passou perto de Gaza. Graças a Deus, a gente estava um pouco mais seguro, mas era um desespero porque não tinha ninguém nas ruas, todo mundo com medo de tudo”.

Além de Bruna, Michele conhecia Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, o terceiro brasileiro morto pelo Hamas. A gaúcha disse que não espera voltar logo para Israel.  “Sensação de alívio, vou poder dormir tranquila”, afirmou. A mãe de Michele ficou em Israel com o marido, mas também deve retornar ao Brasil. 

Parecia na pandemia

A estudante de engenharia Aline Engelender foi recepcionada no Rio de Janeiro por um abraço da mãe. Ela passou três meses estudando em Israel, até que foi deflagrado o confronto com o Hamas. 

“Os dias foram complicados, a gente estava dormindo em um bunker, porque nunca se sabe quando iria tocar uma sirene [de alerta contra foguetes]. Evitávamos sair de casa, parecia o tempo da pandemia. A gente não estava saindo para nada, nem para supermercado”, explicou a estudante que deixou familiares e amigos em Israel. 

“Quando a gente encontrou com os militares da FAB no aeroporto de Israel, e eles falaram ‘agora vocês estão em cuidados brasileiros’, foi muito emocionante”, recorda Aline.

Último voo de Tel Aviv

Um avião KC-30 da FAB deve partir de Tel Aviv no domingo (22), trazendo mais brasileiros, com chegada prevista para segunda-feira (23). A expectativa do MRE é a de que seja o último voo com repatriados de Israel. “Tendo em conta as condições locais atuais e a operação regular do aeroporto de Ben Gurion, não se preveem voos adicionais para brasileiros em Israel”, informou o ministério. 

De acordo com o Itamaraty, 14 mil brasileiros viviam em Israel até o fim do ano passado. O MRE mantém a orientação para que “todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais a partir do aeroporto Ben Gurion, que segue operando”.

Brasileiros em Gaza

A Operação Voltando em Paz está de prontidão para repatriar um grupo de cerca de 30 brasileiros que está no sul da Faixa de Gaza. A aeronave VC-2 (Embraer 190), cedida pela Presidência da República, está no Cairo, capital do Egito, onde espera autorização para resgatar brasileiros. 

O governo brasileiro faz gestões com Israel, autoridades palestinas e o Egito para que os brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza.

Cúpula da Paz

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, no Cairo, neste sábado, que o Brasil está pronto para apoiar esforços de paz na região. Ele participa da Cúpula da Paz, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro organizado pelo Egito busca uma solução para o conflito entre Israel e Hamas, que já vitimou cerca de 4,4 mil pessoas no lado palestino e 1,4 mil no lado israelense.

O MRE disponibiliza os contatos da embaixada em Tel Aviv (+972 (54)8035858) e do Escritório de Representação em Ramallah, na Cisjordânia (+972 (59)2055510), para os brasileiros em situação de emergência. O plantão em Brasília pode ser contatado pelo número +55 (61) 98260-0610.

Na manhã deste sábado (2), mais um avião com brasileiros vindos de Israel aterrissou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife. A aeronave KC-390 Millenial pousou na base aérea da capital pernambucana às 6h42, para o desembarque de dois passageiros. Outras 67 pessoas seguiram no voo com destino ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. 

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Junto ao grupo, também foram transportados nove animais de estimação. Trata-se do oitavo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a retornar para o Brasil no âmbito da Operação Voltando em Paz, voltada para a repatriação de brasileiros que estão na região de conflito entre Israel e Palestina. A aeronave chegou ao Rio de Janeiro às 10h48.

Segundo a FAB, o voo partiu de Tel-Aviv por volta das 18h da sexta (20). Na semana passada, outra aeronave do modelo KC-390 Millenium, pousou na base aérea do Recife.

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