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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

Inúmeras pessoas estão vivendo momentos de tensão em Israel desde o ataque que aconteceu no dia 6 de outubro em Re'im, localizado a seis quilômetros da faixa de Gaza. Entre as inúmeras pessoas que estavam no local, estava Juarez Petrillo, o DJ Swarup, pai de Alok.

O artista estava no Supernova Israelense como uma das 16 atrações do evento e também estava responsável pela decoração que atraiu muitos brasileiros que moram no país. Em entrevista ao Fantástico, Juarez detalhou os momentos de tensão que viveu durante o ataque.

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"Eu estava para entrar em 10 minutos. Estava amanhecendo, estava a coisa mais linda. Parecia a pista mais incrível da minha vida. De repente, estourou uma bomba do lado da festa. Foi um grito de susto de todo mundo. Nessa hora, a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico, começaram a chorar", disse.

DJ Swarup foi retirado do local pelos carros da produção do evento e levado para um bunker. Enquanto estava esperando as coisas se acalmarem, o pensamento sobre os três netos lhe deu forças:

"Me deu um caminho, um norte, foi quando eu lembrei dos meus netos, sabe? Não tem nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista não, sou vovô", disse.

No Brasil, Alok não sabia que o pai estava no meio da confusão e só ficou sabendo quando o ataque foi noticiado na televisão e redes sociais.

"Eu vi por causa dos vídeos da internet e aí eu comecei desesperadamente a ligar para ele. A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que tinha mais de 250 corpos ali perto da área do festival. [...] Meu pai estava preso ainda em um bunker, queria tirar ele de qualquer jeito de lá", falou.

As autoridades de saúde da Faixa de Gaza afirmaram que estão armazenando corpos de civis palestinos mortos por ataques aéreos de Israel no enclave palestino em caminhões de sorvete refrigerados. Segundo eles, a medida foi tomada por conta da falta de espaço nos cemitérios do enclave palestino - e pelo risco de transportar os corpos para os hospitais.

Desde o dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas organizou um ataque contra Israel, deixando 1.400 mortos, o governo israelense tem imposto um cerco à Faixa de Gaza, sem permitir a entrada de eletricidade, combustível e alimentos. Israel também tem feito diversos ataques aéreos ao enclave palestino, que levaram a morte de 2.700 palestinos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde.

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Em entrevista a Reuters, Yasser Ali, que é médico do hospital Shuhada Al-Aqsa, afirmou que o necrotério do hospital só pode receber dez corpos e por isso os freezers das fábricas de sorvete foram usados.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os hospitais da Faixa de Gaza devem ficar sem combustível nas próximas 24 horas, colocando em risco a vida de milhares de pacientes. A única central elétrica do enclave costeiro foi fechada por falta de combustível.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que os hospitais estão lotados. "Estamos preocupados com surtos de doenças devido ao deslocamento em massa e a falta de água e saneamento". A OMS também destacou que a falta de água prejudica as condições sanitárias dos hospitais.

Deslocamento para o sul

Desde a semana passada, Israel tem feito pedidos para que os civis palestinos da Faixa de Gaza se desloquem para o sul do enclave por conta de uma possível incursão terrestre do exército israelense no norte da Faixa de Gaza. Mais de 600 mil pessoas já se movimentaram para o sul de Gaza.

Já o grupo terrorista Hamas pediu para que as pessoas continuassem no norte de Gaza e o exército israelense acusou a organização terrorista Hamas de bloquear o tráfego para o sul do enclave palestino.

Ajuda humanitária

A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza segue fechada para a saída de palestinos com dupla nacionalidade e a entrada de ajuda humanitária ao enclave palestino. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, Israel está impedindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

"O Egito tem procurado, desde o início da crise, deixar a passagem funcionar para que a ajuda humanitária entre", afirmou o ministro em uma coletiva de imprensa. "Até agora, infelizmente, o governo israelense não tomou uma posição que permita abrir a passagem para permitir a entrada de ajuda ou para permitir a saída de estrangeiros", disse Shoukry.

O Egito está "totalmente pronto" para facilitar a passagem da ajuda para Gaza e a saída de cidadãos estrangeiros do enclave para o Sinai, acrescentou. O país também está pronto para receber civis palestinos feridos. (Com agências internacionais).

À medida que os suprimentos de alimentos, água e medicamentos diminuem na Faixa de Gaza, que está sob o cerco de Israel, agências humanitárias alertam para um colapso no enclave, incluindo o risco de fome generalizada. O Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, afirmou no domingo (15) que seus alimentos no enclave estão terminando.

Em entrevista à CNN, Corinne Fleischer, diretora regional da organização humanitária, declarou que o PAM está ficando sem reservas em Gaza e não consegue entrar no enclave para levar mais alimentos. "Estamos conversando com todas as partes para podermos entrar. Infelizmente, ainda não recebemos essa aprovação. Precisamos conseguir cruzar a fronteira, precisamos ter corredores de abastecimento seguros para ir aos abrigos e distribuir o comida", disse Fleischer.

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De acordo com a emissora, Fleischer afirmou que o programa ainda tem suprimentos para alimentar 1,3 milhão de pessoas. Até agora, o PAM forneceu alimentos enlatados, pão e dinheiro a 520 mil pessoas na região.

Em Gaza, palestinos têm se aglomerado em hospitais e escolas nesta segunda-feira, 16, em busca de abrigo. Mais de um milhão de pessoas fugiram das suas casas antes de uma esperada invasão terrestre israelita destinada a destruir o Hamas, depois dos seus combatentes terem atacado o sul de Israel.

Centenas de milhares de palestinos abrigados em instalações da ONU consomem menos de um litro de água por dia. Os hospitais alertam que estão à beira do colapso, com geradores de emergência que alimentam máquinas como ventiladores e incubadoras, com combustível e suprimentos de medicamentos quase esgotados para cerca de um dia.

Conforme os suprimentos diminuem, todos os olhares se voltam para a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, onde caminhões que transportavam ajuda aguardavam há dias enquanto os mediadores pressionavam por um cessar-fogo que lhes permitiria entrar em Gaza e permitir a saída de estrangeiros. Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, foi fechada há quase uma semana devido aos ataques aéreos israelitas.

Cessar-fogo negado

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, negou que exista uma trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas. "Não há cessar-fogo, nem entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros", afirmou.

O comunicado veio pouco depois de a agência Reuters divulgar uma notícia afirmando que Egito, Israel e os EUA teriam concordado com um cessar-fogo no sul de Gaza a partir das 3h desta segunda-feira, 16, para a reabertura da passagem da fronteira de Rafah. A informação havia sido dada por fontes de segurança egípcias à Reuters. (Com agências internacionais).

O Exército de Israel informou nesta segunda-feira (16) que 199 pessoas foram sequestradas pelo grupo terrorista Hamas no ataque violento de 7 de outubro, segundo um balanço atualizado. O número anterior citava 155 pessoas.

"Informamos as famílias de 199 reféns", declarou o porta-voz militar, Daniel Hagari, em uma entrevista coletiva. O porta-voz afirmou que "os esforços relacionados aos reféns são uma prioridade nacional" e que "o Exército e Israel trabalham dia e noite para libertá-los".

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Mais de 1,4 mil pessoas morreram em Israel no ataque de 7 de outubro do Hamas, segundo as autoridades do Estado hebreu. Mais de 2.750 pessoas morreram em bombardeios israelenses de represália na Faixa de Gaza, enclave palestino governado pelo Hamas e cercado por Israel, informaram as autoridades locais.

No fim de semana, o Exército israelense realizou incursões pontuais no enclave, onde disse ter encontrado alguns cadáveres de reféns sequestrados. O Hamas afirmou que 22 "prisioneiros" morreram nos bombardeios israelenses.

A identificação de mais de mil vítimas civis em Israel está progredindo lentamente, onde as equipes forenses trabalham sem parar para recolher provas de DNA de familiares dos desaparecidos para comparar informações. De acordo com os últimos dados disponíveis, a polícia forense recebeu até agora 936 corpos de civis, dos quais 615 foram identificados e 494 entregues às suas famílias para sepultamento.

Neta de brasileiros está entre reféns

A jovem Tchelet Fishbein Za'arur (ou Celeste como a família a chama em português), de 18 anos, de família brasileira, está entre os sequestrados pelo Hamas, de acordo com os familiares. No dia do ataque, Celeste chegou a se esconder num bunker com o namorado, mas logo depois não deu mais notícias a família. No sábado, 14, depois de a família não ter encontrado DNA compatível com o da jovem entre as vítimas do ataque terrorista, o exército israelense confirmou que ela está na lista de sequestrados pelo Hamas. (Com agências internacionais).

O aplicativo de vídeos TikTok anunciou que derrubou mais de 500 mil vídeos e interrompeu cerca de oito mil transmissões ao vivo relacionadas ao conflito entre Israel e o grupo islamita palestino Hamas.

Desde 7 de outubro "suprimimos mais de 500.000 vídeos e interrompemos cerca de 8.000 transmissões ao vivo na região afetada, devido a violação de nossas regras", declarou a empresa em seu site no domingo (15).

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A medida foi uma resposta à advertência recebida pela União Europeia na semana passada, que pedia para que a rede social combatesse os conteúdos ilegais.

Desde agosto, a União Europeia conta com um novo regulamento mais rigoroso que tem o objetivo de combater "os conteúdos ilegais" ou a "desinformação" nas plataformas e redes sociais.

O TikTok garantiu, por sua vez, que reforçou suas equipes de moderadores para combater este cenário e proteger os jovens, que representam a maior parte dos usuários.

"À empresa corresponde uma obrigação especial de protegê-los dos conteúdos violentos (...) que parecem circular amplamente em sua plataforma sem um dispositivo de segurança particular", escreveu o comissário europeu para a Economia Digital, Thierry Breton, em uma carta ao diretor-executivo do aplicativo chinês, Shou Zi Chew.

Breton também fez advertências semelhantes à Meta, X (ex-Twitter) e YouTube.

O TikTok afirmou que imediatamente mobilizou "importantes recursos para aplicar nossas políticas contra a violência", incluindo "um centro de comando que reúne membros essenciais de nossa equipe global de 40.000 profissionais de segurança", detalhou.

"Também atualizamos nosso sistema de detecção automatizada pró-ativa em tempo real à medida que identificamos novas ameaças", para "detectar e eliminar automaticamente os conteúdos violentos", acrescentou a rede social, que "incorporou mais moderadores que falam árabe e hebraico".

O aplicativo ainda reforçou que trabalha em conjunto com outras instituições, incluindo a AFP, para realizar a verificação de notícias em mais de 50 idiomas.

"Se a verificação dos fatos for inconclusiva, classificamos o conteúdo como não verificado, não o permitimos em fluxos 'Para você' e incentivamos aos usuários que o reconsiderem antes de compartilhá-lo", acrescentou.

O TikTok também restringiu o uso de transmissões ao vivo e determinadas hashtags.

Quando o rabino Israel Weiss abre os contêineres frios com os corpos das vítimas do ataque violento do Hamas, o odor é insuportável, mas ele afirma que sente apenas "a dor" das vítimas.

O ex-rabino chefe do Exército israelense fez uma pausa na aposentadoria para trabalhar na identificação dos corpos das mais de 1.400 vítimas, em sua maioria civis, da ofensiva letal do movimento islamita palestino Hamas, executada em 7 de outubro em território israelense.

Equipes de médicos, dentistas, legistas e voluntários trabalham sem trégua para identificar os cadáveres, que continuam chegando à base militar de Shura, perto da cidade de Ramla, no centro de Israel, quase 10 dias após o ataque.

Centenas de corpos, que ainda não foram identificados ou sepultados, estão em contêineres refrigerados na base, perto das tendas onde trabalham as equipes.

Outros quatro centros de identificação foram criados, segundo as autoridades.

Em uma visita organizada pelas autoridades no domingo, os jornalistas observaram parte do processo de identificação em Shura.

Israel respondeu ao ataque do Hamas com bombardeios em larga escala na Faixa de Gaza, território governado pelo movimento islamita, e a preparação de uma incursão terrestre contra o enclave palestino. Mais de 2.750 pessoas morreram, a maioria civis, informaram as autoridades locais.

- "Horrores" -

Quando as portas das câmaras são abertas, o cheiro da morte é insuportável. Máscaras são obrigatórias.

"Abro as portas dos contêineres, vejo os corpos, sinto o odor, deixo que encha meus pulmões e o meu coração, mas o que sinto é sua dor e desaparecimento", afirma Israel Weiss.

O rabino e outros integrantes da equipe que examinaram os corpos afirmam que muitas vítimas foram torturadas, estupradas ou sofreram outros tipos de maus-tratos. A AFP não conseguiu comprovar as declarações com uma fonte independente.

"Nunca em minha vida observei tais horrores", declarou o rabino diante dos contêineres, que recebem até 50 corpos.

"Vi bebês, mulheres e homens decapitados. Vi uma mulher grávida com o ventre estripado e o bebê arrancado", acrescenta.

"Muitas mulheres trazidas para cá foram estupradas", disse.

O Hamas, que teve quase 1.500 combatentes mortos encontrados em território israelense, nega as acusações.

O governo israelense afirmou que algumas crianças foram amarradas ou queimadas e que membros do Hamas lançaram granadas em abrigos onde várias vítimas estavam escondidas.

Para identificar os restos mortais, as equipes contam com amostras de DNA, impressões digitais e informações sobre os dentes.

As autoridades informaram que quase 90% dos 286 soldados mortos no ataque foram identificados, mas apenas metade dos civis.

- Semanas de trabalho -

"Nada poderia nos preparar para isto", afirma a sargento Avigayil, que revelou apenas o nome, em referência aos maus-tratos infligidos às vítimas.

Como ela, a capitã Maayan, dentista e reservista, começa a chorar quando explica o processo de identificação.

"Vemos cenas horríveis", disse, antes de mencionar sinais de tortura e abusos. "Ouvimos os gritos e choros dos bebês que perdem os pais".

Mayaan explica que uma das vítimas que identificou era sua paciente em uma clínica de Tel Aviv.

Psicólogos e assistentes sociais participam no processo, para ajudar as equipes de identificação durante o trabalho.

Mas o Exército, que afirma que ao menos 199 pessoas foram sequestradas pelo Hamas, advertiu que serão necessárias semanas de trabalho para estabelecer um balanço definitivo de vítimas e sua identificação.

Uma família brasileira, que já foi vítima de terrorismo mais de duas décadas atrás, está revivendo o mesmo drama com os ataques promovidos pelo Hamas em Israel. Filha e neta de brasileiros, a jovem Tchelet Fishbein Za'arur (ou Celeste como a família a chama em português), de 18 anos, foi sequestrada no dia 7, e, segundo familiares, está em poder dos terroristas. De acordo com Israel, cerca de 150 pessoas são mantidas como reféns em Gaza.

A mãe de Celeste, Gladys Fishbein, é prima-irmã de Flora Rosenbaum. Em 2001, Flora ficou ferida num atentado, depois que um terrorista suicida detonou uma bomba no momento em que ela passava com a família na frente da pizzaria Sbarro, em Jerusalém.

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À época, a explosão deixou 18 vítimas e cerca de cem feridos. Um dos mortos no episódio foi o marido de Flora, Jorge Balazs, de 69 anos. Ela ainda estava acompanhada da enteada Deborah Brando Balazs da Costa Faria, que também sobreviveu.

Celeste não tem nacionalidade brasileira - o pai é israelense - e trabalha como babá. Ela mora num kibutz, próximo da Faixa de Gaza. De acordo com relato de familiares, no dia do ataque, chegou a se esconder num bunker com o namorado, que também segue desaparecido.

A família explica que, até agora, não acharam DNA compatível com o de Celeste entre as vítimas do ataque terrorista.

"Ela entrou com o namorado no bunker e, depois, não tiveram mais notícias deles", afirma Rinat Balazs, filha de Flora Rosenbaum. Rinat retornou ao Brasil no sábado, 14, num dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). "Ontem (sábado), o exército confirmou que ela está na lista de sequestrados", diz.

Na noite do dia 6, sexta-feira, um dia antes do atentado terrorista, Celeste jantou com a avó de 94 anos, a mãe e o irmão. Em seguida, foi para a casa. Os ataques começaram no sábado, 7, por volta das 6h30.

"Foi um ataque de grande escala e, depois, começaram a chegar os terroristas atacando esse e outros lugares da região", conta Mario Ricardo Fishbein, tio de Celeste . "Eles queimavam as casas para as pessoas saírem e aí disparavam ou sequestravam."

A última mensagem enviada por Celeste no grupo da família foi por volta de 11h25 do sábado - cinco horas depois do início do ataque. "Depois, não recebemos mais mensagem nenhuma", diz Fishbein. "De alguma forma ou outra entraram na casa da Celeste, mas não tem marca de sangue. O que quer dizer que não mataram eles dentro do bunker que estavam. Não sabemos qual a situação dela, se está viva ou morta."

A mãe de Fishbein, a irmã e o sobrinho foram resgatados depois de 20 horas trancados num bunker. "Por sorte, não aconteceu nada grave com eles."

O Palácio do Planalto atualizou neste domingo (15) o número e informou que um grupo de 32 pessoas permanece abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, em Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira com o Egito, de onde serão trazidos para o Brasil em avião da Presidência da República. Mais cedo, o governo brasileiro havia informado que eram 28 pessoas.

De acordo com a nota, são 22 brasileiros, sete palestinos com visto temporário ou autorização de residência no Brasil e mais três palestinos parentes próximos dos brasileiros. No grupo estão 17 crianças, nove mulheres e seis homens.

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O avião da Presidência da República que resgatará o grupo está em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13). A aeronave aguarda a liberação do governo egípcio.

No sábado (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio à retirada dos brasileiros que aguardam autorização para deixarem a Faixa de Gaza pela fronteira com aquele país.

Na ligação, que ocorreu às 15h10, Lula informou a al-Sissi que, assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino ao Brasil. De acordo com o Palácio do Planalto, Lula também voltou a enfatizar a importância de se criar um corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países.

A comunidade palestina em São Paulo e apoiadores fizeram na manhã deste domingo (15) um ato na Avenida Paulista, na região central da capital. Com um pequeno carro de som, faixas e cartazes, o protesto pediu que Israel interrompa os bombardeios e ataques à Faixa de Gaza.

Salsabil Tag Eldin está há 9 anos no Brasil e trabalha como intérprete, auxiliando pessoas de língua árabe nos trâmites burocráticos de visto e refúgio. Ela saiu da Palestina “por causa da guerra, para uma vida melhor, que a gente consiga estudar e trabalhar”.

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Ela mantém contato com famílias que estão passando dificuldades em Gaza. Uma dessas amigas também mora no Brasil, mas viajou com os dois filhos para visitar a família do marido, que ainda vive na região. “Estou falando com ela todos os dias, mas ela está sem internet, sem água, sem luz, sem nada. Eu mandei uma mensagem e ela só recebeu 24 horas depois”, conta.

Os relatos e informações que recebe do país de origem a tem deixado “muito triste”. “Quando eu vejo os vídeos, principalmente de crianças lá, eu começo a chorar. É muito difícil”, conta.

Rawa Alsagheer é coordenadora dos movimentos Dignidade para as Mulheres Palestinas e Caminho Palestino Revolucionário Alternativo. Vivendo no Brasil há 8 anos, ela se vê na obrigação de contar a versão dos palestinos sobre o conflito para o mundo. “Se a gente, palestinos da diáspora, não sairmos e colocarmos a realidade, que é o que os palestinos estão passando há 75 anos, quem vai fazer isso?”, diz.

Na visão dela, muitas das informações sobre a região chegam ao Brasil de maneira distorcida. “Forma falsa e manipulada para parecer que essa ocupação está se defendendo e nós somos terroristas. Nós estamos defendendo o nosso direito à terra e à existência”, enfatiza a militante.

Brasília

Em Brasília também foi realizado neste domingo, no Eixão, um ato pró-Palestina. Os participantes debateram o conflito sob a perspectiva do sofrimento da população palestina tanto hoje como ao longo das décadas de disputa de território com Israel.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Das 28 pessoas que ainda aguardam a abertura da fronteira com o Egito para serem resgatadas na Faixa de Gaza, 14 são crianças, de acordo com nota divulgada neste domingo, 15, pelo Palácio do Planalto. O grupo espera aval do governo egípcio para cruzar a fronteira e se deslocar até o aeroporto de Cairo, capital do país. De lá, eles retornarão ao Brasil em uma aeronave enviada pelo governo brasileiro.

De acordo com o documento divulgado à imprensa, das 28 pessoas - sendo 22 brasileiros e 6 palestinos com residência no Brasil - que aguardam resgate, seis são homens e oito mulheres, além das 14 crianças. Um grupo de 18 pessoas foi deslocado da Cidade de Gaza para Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito, onde passou a noite em um imóvel alugado pelo Itamaraty. Já as outras 10 pessoas são moradoras de Khan Yunis, cidade palestina próxima à Rafah, e aguardam a liberação em suas casas.

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Israel segue, neste domingo (15), os preparativos para uma ofensiva no norte de Gaza, cuja população continua fugindo para o sul do enclave palestiniano, em meio aos maciços bombardeios na esteira do sangrento ataque do grupo islâmico Hamas.

Israel respondeu à incursão de 7 de outubro do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, com bombardeios ao território, do qual o movimento islâmico continua disparando foguetes.

Na sexta-feira, o Exército israelense pediu aos civis no norte do enclave - 1,1 milhão de pessoas em uma população total de 2,4 milhões - que se deslocassem para sul e, no sábado, disse-lhes para "não demorarem".

Na noite de ontem, um porta-voz do Exército assegurou que a ofensiva terrestre não começaria no domingo por razões humanitárias.

As dezenas de milhares de soldados israelenses estacionados ao redor do enclave aguardam uma "decisão política" que lhes indicará quando iniciar a ofensiva terrestre, disseram os porta-vozes militares Richard Hecht e Daniel Hagari.

O ataque do Hamas, o pior da história de Israel, deixou 1.300 mortos, em sua maioria civis, e pelo menos 120 pessoas foram feitas reféns, segundo os militares israelenses.

Os bombardeios de Israel mataram mais de 2.300 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na densamente povoada e empobrecida Faixa de Gaza. Mais de 9.000 pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades locais.

Segundo o Exército israelense, o centro de operações do movimento islâmico palestino, classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel, fica na cidade de Gaza, no norte do enclave.

- "Sentença de morte" -

O deslocamento em massa da população e a perspectiva de uma ofensiva terrestre neste território - sitiado, sem água, alimentos e eletricidade - gera grande preocupação na comunidade internacional.

No sábado, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hussein Amir Abdollahian, alertou este sábado que "ninguém será capaz de garantir” o controle da situação se Israel invadir Gaza.

Também ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos trabalham com a ONU e os países do Oriente Médio "para garantir que civis inocentes tenham acesso a água, alimentos e atenção médica". Ao presidente palestino, Mahmud Abbas, garantiu seu "total apoio" aos seus esforços para levar ajuda humanitária, "especialmente em Gaza".

A ajuda, procedente de vários países, acumula-se na fronteira do Egito com a Faixa e não chega a ser introduzida no território palestino, disseram testemunhas à AFP. O Egito controla a única entrada de Gaza que não está sob controle de Israel, a passagem fronteiriça de Rafah, que está atualmente fechada.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu acesso "imediato" da ajuda a essa pequena faixa de terra, sujeita a um bloqueio israelense desde 2006. Também se multiplicam as vezes pela abertura de corredores humanitários.

"É urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer a população", declarou o papa Francisco em sua tradicional oração do Ângelus neste domingo.

Desde sexta-feira, milhares de moradores fogem com seus pertences empilhados às pressas em reboques, carroças, motocicletas e carros, em meio aos escombros, movimento que a agência humanitária da ONU já classifica como "deslocamento em massa".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu, no sábado, que a retirada forçada de mais de 2.000 pacientes de hospitais para instalações lotadas no sul de Gaza equivaleria a "uma sentença de morte".

- "Continuará" -

O Exército israelense anunciou no sábado que, durante suas incursões na Faixa, encontrou "cadáveres" de reféns sequestrados pelo Hamas. O grupo islâmico já havia anunciado que 22 "prisioneiros" morreram nos bombardeios israelenses.

Netanyahu visitou tropas israelenses perto do enclave no sábado. "Estão preparados para o que está por vir? Isso vai continuar", disse ele a vários soldados.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, acusou Israel de "crimes de guerra" em Gaza e afirmou que se recusa a permitir que os palestinos sejam "deslocados".

O movimento palestino é, regularmente, acusado por Israel de usar civis como escudos humanos.

Neste domingo, o Exército israelense anunciou ter matado em Gaza Billal al Kedra, um comandante do Hamas responsável pelo ataque ao kibutz de Nirim, perto do enclave palestino, onde morreram pelo menos cinco pessoas, segundo a imprensa local.

Na véspera, anunciou a morte de dois comandantes militares do grupo islâmico, que, segundo o Exército, estavam entre os responsáveis pelo ataque de 7 de outubro.

Ante o risco de um conflito em nível regional, os Estados Unidos anunciaram no sábado o envio de um segundo porta-aviões ao Mediterrâneo Oriental "para dissuadir ações hostis contra Israel", segundo o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin.

Washington também organizou uma retirada de seus cidadãos em Israel por navio do porto de Haifa para o Chipre na segunda-feira, informou a embaixada americana.

- Uma frente no norte? -

A tensão também cresce na fronteira norte de Israel com o Líbano, onde o Exército israelense anunciou, no sábado, que havia matado "vários terroristas" que tentavam se infiltrar.

O Hamas assumiu no domingo a responsabilidade por duas infiltrações em território israelense pelo Líbano e confirmou a morte de três de seus combatentes.

A troca de disparos também deixou um morto e vários feridos em solo israelense, onde a zona limítrofe foi fechada para civis. Israel também tem soldados e tanques posicionados nessa área.

Um jornalista da agência Reuters foi morto e seis outros repórteres - da AFP, da Reuters e da Al-Jazeera - ficaram feridos na sexta-feira em bombardeios na zona.

Em outra frente, Israel anunciou ter atacado a Síria com artilharia na noite de sábado, após alertas aéreos nas Colinas de Golã, anexadas por Israel em 1967.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos também anunciou que um "ataque israelense" atingiu o aeroporto de Aleppo (norte), ferindo cinco pessoas.

O governo brasileiro informou neste domingo (15) que o número total de pessoas prontas para a evacuação de Faixa de Gaza reúne 28 brasileiros e imigrantes palestinos. Ao todo, são 14 crianças, 8 mulheres e 6 homens adultos.

Desses, 10 encontram-se em Rafah - cidade palestina na fronteira com o Egito, e 18 em Khan Younes, um pouco mais ao norte. São 22 cidadãos brasileiros, 3 imigrantes palestinos e 3 palestinos com residência no Brasil, segundo a última atualização. 

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O grupo segue aguardando a abertura da fronteira e a autorização do Egito para ingresso. Uma aeronave da Presidência da República, um VC-2 com capacidade para até 40 passageiros, mais tripulantes, já está em Roma, na Itália, à espera do momento oportuno para seguir viagem para o Egito. O Ministério das Relações Exteriores reafirmou, em Brasília, que segue negociando com as autoridades egípcias para “viabilizar a entrada dos brasileiros e de seus familiares no Egito”. 

Até o momento, a operação para resgate de brasileiros de Israel já repatriou 916 pessoas e 24 pets. O quinto voo da operação Voltando em Paz chegou ao Rio de Janeiro na madrugada deste domingo.

As ações de Israel em Gaza após o ataque do Hamas foram "além do âmbito da autodefesa" e esse governo deve "cessar a punição coletiva à população", afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conforme declarações publicadas neste domingo (15).

Wang, que fez esses comentários no sábado em um telefonema com seu homólogo saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, disse que "nenhuma das partes deve tomar quaisquer medidas que agravem a situação, e todas as partes devem voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", de acordo com um comunicado divulgado pela Chancelaria.

"As partes não devem tomar quaisquer medidas que levem a uma escalada da situação", insistiu Wang Yi, que insistiu na abertura de "negociações".

Mais cedo neste domingo, a emissora estatal chinesa CCTV anunciou que o enviado da China para o Oriente Médio, Zhai Jun, visitará a região na próxima semana para promover um cessar-fogo e negociações de paz.

Zhai "visitará o Oriente Médio na próxima semana para coordenar um cessar-fogo com várias partes, proteger os civis, aliviar a situação e promover conversas de paz", disse a CCTV, em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Em entrevista à CCTV, Zhai afirmou que "a perspectiva de [o conflito] se ampliar e se estender é muito preocupante", segundo a emissora de televisão.

A reportagem da rede estatal foi transmitida no momento em que Israel se prepara para lançar uma ofensiva terrestre contra militantes do Hamas em Gaza.

Mais de um milhão de pessoas na parte norte desse território densamente povoado receberam ordens de fugir antes da anunciada incursão. Um êxodo que, segundo os órgãos de ajuda humanitária, pode desencadear um desastre humanitário. Essa faixa estreita e empobrecida, onde vivem 2,3 milhões de residentes, está sujeita a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo desde 2006.

Nesse contexto, o secretário de Estado americano, fez um apelo ontem à China, parceira do Irã, para que use sua influência para tentar acalmar a situação no Oriente Médio. Em resposta, o chanceler Wang Yi pediu aos Estados Unidos que "desempenhem um papel construtivo e responsável" no conflito e solicitou que "se convoque uma reunião internacional de paz o mais rápido possível para promover a obtenção de um consenso amplo".

As declarações oficiais da China sobre o conflito não mencionam o Hamas, especificamente, em suas condenações à violência, o que suscitou críticas.

Os letais ataques israelenses se seguiram a uma sangrenta incursão do Hamas em 7 de outubro, na qual seus combatentes atravessaram a fronteira fortemente fortificada entre a Faixa de Gaza e Israel e mataram mais de 1.400 pessoas.

Em Gaza, as autoridades de saúde palestinas afirmaram, em seu último balanço, que a resposta de Israel deixou pelo menos 2.450 mortos. Assim como no lado israelense, a maioria era civil.

A Força de Defesa de Israel (FDI) disse que 126 israelenses são mantidos reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas já disse que 13 reféns morreram em Gaza por causa dos ataques aéreos israelenses, e que estrangeiros estavam entre os mortos, mas não especificou a nacionalidade das vítimas.

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A agência de notícias Reuters informou que os militares israelitas já reportaram que, pelo menos, 279 soldados foram mortos desde 7 de outubro, quando o Hamas lançou o seu ataque ao sul de Israel. O número total de vítimas israelenses foi estimado em mais de 1,3 mil.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que mais de 2,3 mil pessoas foram mortas com os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza. Médicos também alertaram que milhares de outras pessoas poderiam morrer, à medida que as instalações médicas no território ficarem sem suprimentos.

Os militares de Israel estão se preparando para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza nos próximos dias. Os militares anunciaram que o seu objetivo final é eliminar a liderança política e militar do grupo terrorista Hamas.

Espera-se que o ataque seja a maior operação terrestre de Israel desde que invadiu o Líbano em 2006. Seria também a primeira em que Israel tentou conquistar territórios desde a invasão de Gaza em 2008.

A operação corre o risco de ser demorada e envolve combates tanto no solo como nos diversos túneis construídos pela organização terrorista Hamas. Autoridades israelenses alertaram que o grupo terrorista Hamas poderia matar reféns israelenses e usar civis palestinos como escudos humanos durante o combate.

A Operação Voltando em Paz, do Governo Federal, repatriou 916 brasileiros, além de 24 pets provenientes de Israel, segundo informou a Força Aérea Brasileira na manhã deste domingo (15). O retorno seguro dos brasileiros foi feito com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), em cinco voos planejados, com as aeronaves KC-30 e KC-390 Millennium.

Além destes, ainda ocorreu um acionamento extra, com a aeronave VC-2 cedida pela Presidência da República, que passou a integrar os esforços do Governo Federal, do Ministério da Defesa e do Ministério das Relações Exteriores para a retirada, o mais breve possível, de brasileiros em Gaza. 

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Aeronaves que já pousaram no Brasil:

KC-30 (Airbus A330 200): 211 passageiros

KC-30 (Airbus A330 200): 214 passageiros + 4 pets

KC-390 Millennium: 69 passageiros

KC-30 (Airbus A330 200): 207 passageiros + 4 pets 

KC-30 (Airbus A330 200): 215 passageiros + 16 pets 

Total: 916 passageiros e 24 pets 

Aeronave ainda sem previsão de pouso no Brasil: VC-2: está em Roma e aguarda autorização para ir ao Egito resgatar os brasileiros de Gaza.

*Da FAB 

O apresentador Luciano Huck foi comentou neste domingo (15) a iniciativa do presidente Lula (PT) ao enviar voos em uma missão de resgate dos brasileiros no Oriente Médio ante o conflito que está instalado em Israel e Gaza.

Em sua conta no X (antigo Twitter), o apresentador reconheceu as atitudes que vem tomando o presidente e que descreveu como "acertos" diplomáticos. "Só quero que o Brasil dê certo, que no futuro próximo sejamos um pais mais eficiente e afetivo. Sou crítico qdo (sic) acho necessário, mas também sei reconhecer acertos. E Lula acertou ao tomar as redeas (sic) da diplomacia para viabilizar o resgate dos brasileiros na zona de conflito em Israel e Gaza. Assim como acertou ao chamar o Hamas de terrorista, ao dialogar com os dois Estados, ao cobrar um corredor humanitário em Gaza e ao manifestar preocupação com todos os civis da região", escreveu.

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O comentário de Luciano foi logo avaliado por seus seguidores, que apoiaram a publicação e aproveitaram para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Imagine Luciano se esse método diplomático, de diálogo e ajuda genuína a brasileiros tivesse ocorrido também na pandemia quantos mais poderiam ter sido salvos? Fica a reflexão", escreveu uma seguidora. 

Outro seguidor de Huck disparou que Bolsonaro sujou "sujou o nome do país no cenário internacional". "Sentiu a reação ao seu post dizendo que esforço diplomático era bla-bla-blá! Não tem como esconder que, depois de um genocida que sujou o nome do país no cenário internacional, o Brasil voltou a ter um estadista respeitado mundialmente na Presidência da República". 

Uma seguidora também corroborou sobre a atitude de Lula. "Deve estar surpreso ao ver um Chefe de Estado agindo como um Chefe de Estado né?! Não tava acostumado com um líder que se preocupa verdadeiramente com seu povo", comentou.

Operação Voltando em Paz

O Governo Lula disponibilizou aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar os brasileiros do Oriente Médio. Cinco aeronaves KC-30 e KC-390 Millennium e uma aeronave VC-2 da Presidência da República estão atuando na missão, que já resgatou 916 brasileiros e 24 pets. 

 

Os Estados Unidos enviaram seu segundo grupo de ataque de porta-aviões para o leste do Mediterrâneo para "dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os ataques do Hamas", disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, no sábado, 14.

O porta-aviões USS Eisenhower e seus navios de guerra se juntarão a outro grupo de ataque já desdobrado na região após o ataque do Hamas a Israel e em meio à resposta do Estado judeu.

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Na última semana, Israel lançou ataques mortais depois que terroristas do Hamas atravessaram a fronteira fortemente fortificada e mataram mais de 1.300 pessoas. Em Gaza, de acordo com as autoridades de saúde, mais de 2.200 pessoas morreram. Assim como no lado israelense, a maioria era composta por civis.

Os Estados Unidos enviaram munições para Israel e advertiram outros países para não escalarem o conflito.

No mesmo dia do anúncio do envio do segundo porta-aviões, o presidente Joe Biden enfatizou em uma ligação com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o apoio dos Estados Unidos aos esforços para proteger os civis no meio do bombardeio em Gaza.

Ajuda militar para Israel

Poucas horas após o terrível ataque do Hamas, os EUA começaram a deslocar navios de guerra e aeronaves para a região, a fim de estarem prontos para fornecer a Israel tudo o que fosse necessário para reagir.

Um segundo grupo de ataque de porta-aviões dos EUA parte de Norfolk, Virgínia, na sexta-feira. Dezenas de aeronaves estão indo para as bases militares dos EUA no Oriente Médio. As forças de operações especiais estão agora auxiliando os militares de Israel no planejamento e na inteligência. A primeira remessa de munições adicionais já chegou.

Por enquanto, o aumento reflete a preocupação dos EUA de que os combates entre o Hamas e Israel possam se transformar em um conflito regional mais perigoso. Portanto, a principal missão desses navios e aviões de guerra é estabelecer uma presença de força que impeça o Hezbollah, o Irã ou outros de tirar proveito da situação. Mas as forças enviadas pelos EUA são capazes de fazer mais do que isso.

Armas e forças de operações especiais

Os EUA estão fornecendo agentes especiais e munições necessárias para Israel. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, anunciou que uma pequena célula de operações especiais estava agora ajudando Israel com inteligência e planejamento, e fornecendo conselhos e consultas às Forças de Defesa de Israel sobre os esforços de recuperação de reféns. Essas forças, no entanto, não foram encarregadas do resgate de reféns, o que as colocaria em campo lutando no conflito. Isso é algo que o governo Biden não aprovou e o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que os israelenses não querem.

Os EUA também estão fazendo com que as empresas de defesa americanas agilizem os pedidos de armas de Israel que já estavam nos registros. A principal delas são as munições para o sistema de defesa aérea Iron Dome de Israel.

"Estamos aumentando a assistência militar adicional, incluindo munição e interceptores para reabastecer o Iron Dome", disse o presidente Joe Biden na terça-feira. "Vamos nos certificar de que Israel não fique sem esses recursos essenciais para defender suas cidades e seus cidadãos."

Os mísseis do Domo de Ferro têm como alvo os foguetes que se aproximam de suas cidades. De acordo com a Raytheon, Israel tem 10 desses sistemas instalados. A partir do ataque de sábado, o Hamas disparou mais de 5.000 foguetes contra Israel, a maioria o sistema conseguiu interceptar, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.

A Raytheon produz a maioria dos componentes de mísseis para o Domo de Ferro nos EUA, e o Exército tem dois sistemas em seu estoque.

Israel vai precisar de muito mais munições do Domo de Ferro que os EUA fornecem do que encomendou e farão parte dos pacotes de assistência militar em andamento. Esses pacotes também incluirão bombas de pequeno diâmetro e kits JDAM - essencialmente um kit de navegação que transforma uma bomba comum, "burra", em uma bomba "inteligente" e permite que as tropas guiem a munição até um alvo, em vez de simplesmente lançá-la.

Navios e aviões da Marinha

 

Um dos exemplos mais visíveis da resposta dos EUA foi o anúncio, poucas horas após os ataques, de que o Pentágono redirecionaria o grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford para navegar em direção a Israel. O porta-aviões havia acabado de concluir um exercício com a Marinha italiana quando o navio, com sua tripulação de cerca de 5.000 pessoas, recebeu a ordem de navegar rapidamente para o Mediterrâneo Oriental.

Uma semana após os ataques, enquanto Israel se posicionava para uma grande ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, Austin anunciou que um segundo grupo de porta-aviões navegaria em direção a Israel, ordenando que o grupo de ataque de porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower se juntasse ao Ford no Mediterrâneo Oriental. Em uma declaração anunciando a mudança, Austin disse que estava enviando o Eisenhower também "como parte de nosso esforço para impedir ações hostis contra Israel ou quaisquer esforços para ampliar essa guerra após o ataque do Hamas a Israel".

Os porta-aviões oferecem uma série de opções. Eles servem como centros de operações de comando e controle primários e podem conduzir uma guerra de informações.

Eles podem lançar e recuperar aviões de vigilância E2-Hawkeye, reconhecíveis por seus radares em forma de disco com 24 pés (7 metros) de diâmetro. Os aviões fornecem avisos antecipados sobre lançamentos de mísseis, realizam vigilância e gerenciam o espaço aéreo, não apenas detectando aeronaves inimigas, mas também direcionando os movimentos dos EUA.

Eles também servem como base aérea flutuante para caças F-18 que podem fazer interceptações ou atacar alvos. Além disso, os porta-aviões podem ser flexíveis para fornecer recursos significativos para o trabalho humanitário, incluindo hospitais a bordo com UTIs, salas de emergência, médicos, cirurgiões e clínicos. Eles também navegam com helicópteros que podem ser usados para transportar suprimentos essenciais para dentro ou para fora das vítimas.

O Eisenhower já estava programado para ser enviado ao Mediterrâneo em um rodízio regular, e o Ford está próximo do fim de seu envio programado. Mas, por enquanto, o governo Biden decidiu manter os dois porta-aviões no local.

Aviões de guerra da força aérea

O Pentágono também encomendou aviões de guerra adicionais para reforçar os esquadrões de A-10, F-15 e F-16 em bases em todo o Oriente Médio. Se necessário, mais aeronaves serão acrescentadas.

O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, disse na terça-feira, em um evento do Atlantic Council, que o serviço estava orientando as unidades que estavam prestes a voltar para casa a permanecerem no local junto com seus substitutos.

A Força Aérea dos EUA já tem um poder aéreo significativo na região para conduzir operações tripuladas e não tripuladas, principalmente na Síria, onde um F-16 da Força Aérea recebeu na semana passada a ordem de abater um drone turco que estava representando uma ameaça às forças terrestres dos EUA.

Kendall também disse que os C-17 da Força Aérea aterrissaram e partiram de Israel desde os ataques. Os aviões de transporte estavam recolhendo o pessoal militar dos EUA que estava lá para um exercício militar que ainda não havia começado quando os ataques começaram, disse a Força Aérea em um comunicado.

Nem a Força Aérea nem o Comando Central quiseram comentar sobre as missões adicionais que o poder aéreo dos EUA poderia assumir em resposta ao conflito.

(Com agências internacionais)

Ataques aéreos de Israel no sul de Gaza mataram Billal Al Kedra, comandante do Hamas que liderou o massacre do Kibutz Nirim, no fim de semana passado, segundo informações divulgadas neste domingo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), reportadas pelo The Wall Street Journal. Uma invasão terrestre de Israel a Gaza é iminente. Há pouco, a IDF informou, segundo a CNN, que está aumentando a "prontidão operacional" para os próximos estágios da guerra.

A IDF informou que o serviço militar israelense também matou outros agentes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina, reduzindo sua capacidade operacional ao atacar centros de comando, complexos militares e locais de lançamento de mísseis.

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Durante a madrugada, forças israelenses disseram a moradores do norte de Gaza que eles teriam uma janela de três horas, prevista para terminar às 13h (horário local, 7h pelo horário de Brasília), durante a qual militares de Israel não fariam operações ao longo da principal via de acesso ao sul da Faixa de Gaza.

"Sua segurança e a de suas famílias são importantes. Por favor, sigam nossas instruções e vão para o sul. Tenham certeza, os líderes do Hamas já garantiram a segurança deles e de suas famílias", escreveu a IDF no X (ex-Twitter).

Crise humanitária A ONU reportou que há escassez de água potável e de combustível para os hospitais em Gaza, o que coloca vidas em risco na região, pela possibilidade de transmissão de doenças por água contaminada ou pela falta de energia nos hospitais. Segundo a ONU, na noite deste sábado mais de dois milhões de pessoas em Gaza foram forçadas a beber água suja, após as estações de tratamento terem ficado sem combustível.

O escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários, outra agência da ONU, estima que os hospitais em Gaza tenham combustível suficiente para operar geradores de reserva por cerca de 48 horas. "O desligamento dos geradores colocaria a vida de milhares de pacientes em risco imediato", afirmou.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo brasileiro confirmou no início da tarde deste sábado (14) que os 22 brasileiros que estavam abrigados em uma escola ao norte de Gaza já chegaram a uma área mais segura, longe das zonas de bombardeios.

Após passar por Khan Yunis, o ônibus contratado pelo Itamaraty já se encontrava em Rafah, a uma curta distância da fronteira com o Egito.

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O avião presidencial está em Roma, na Itália, aguardando para buscar os brasileiros de Gaza no Egito tão logo consigam cruzar a fronteira. O governo brasileiro segue negociando com o governo de Israel a travessia segura do grupo para fora da região do conflito.

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