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O Produto Interno Bruto (PIB) do Peru cresceu 1,68% em janeiro, comparado com o mesmo mês em 2014, marcando 66 meses consecutivos de expansão, informou a agência nacional de estatísticas, INEI. Comparado com dezembro, o crescimento em janeiro aumentou 0,5%.

O setor de mineração e hidrocarbonetos cresceu 5,6% em janeiro na comparação anual, com a produção de metais atingindo o maior nível dos últimos 10 meses.

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O setor de varejo cresceu 3,56% em janeiro e o agrícola teve contração de 2,99%. Na construção e no setor manufatureiro houve queda de 2,98% e 5,54%, respectivamente. A atividade no setor de pesca caiu 23,51% em janeiro ante o mesmo mês em 2014, informou a agência. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil encerrou o mês de janeiro com 281,705 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, o que representa 138,34 acessos para cada grupo de cem habitantes. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em janeiro, os acessos pré-pagos totalizavam 213,40 milhões (75,75% do total) e os pós-pagos 68,30 milhões (24,25%).

A mais elevada teledensidade foi registrada no Distrito Federal, com 218,05 celulares para cada cem brasilienses (e um total de 6,277 milhões de linhas). A mais baixa teledensidade, de 96,68 linhas para cada cem habitantes, foi apurada no Maranhão (onde havia 6,643 milhões de linhas ao final de janeiro). O Estado de São Paulo tinha a maior base, de 68,381 milhões de linhas, resultando em uma teledensidade de 154,59 linhas móveis para cada cem habitantes.

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Na divisão de mercado, a liderança ficou com a Vivo (80,708 milhões de linhas), com 28,65% de participação. A segunda posição foi ocupada pela Tim (75,786 milhões), resultando em fatia de 26,90%. O terceiro lugar ficou com a Claro (71,385 milhões), representando 25,34% do mercado. A quarta posição foi obtida pela Oi (50,657 milhões de linhas móveis), com 17,98% do mercado.

A inadimplência registrou a maior alta no mês passado para os meses de janeiro desde 2009. Segundo a Serasa Experian, o Indicador de Inadimplência das Empresas apontou crescimento de 13,5% em janeiro de 2015, na comparação com dezembro de 2014. No mesmo mês de 2009, a taxa havia sido de 14,6%. Na comparação interanual (janeiro de 2015 ante janeiro de 2014), o indicador cresceu 5,1%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda do ritmo da atividade econômica neste início de ano, as elevações de custos para as empresas (aumento nos preços dos combustíveis, energia, etc.) e a continuidade dos aumentos nas taxas de juros afetaram negativamente o caixa, com reflexos nos índices de inadimplência.

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De acordo com a Serasa Experian, as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e os títulos protestados foram os principais responsáveis pela alta do indicador. A inadimplência via dívidas não bancárias cresceu 8,2%, contribuindo com 3,1 pontos porcentuais no resultado final. Os calotes em títulos aumentaram 37,6%, contribuindo com 9,5 pontos porcentuais.

Os cheques sem fundos também fizeram o indicador subir, com variação de 5,7% e contribuição de 0,9 pontos porcentuais. Já a inadimplência com os bancos apresentou leve aumento de 0,2% e teve contribuição nula no índice de janeiro.

As vendas de papelão - caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado - caíram 0,23% em janeiro de 2015 na comparação com igual mês de 2014, para 277,105 mil toneladas. Na comparação com dezembro de 2014, as vendas subiram 5,47%. Os dados constam em boletim final divulgado nesta sexta-feira, 27, pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

O ano de 2014 terminou com uma alta de apenas 0,15% nas vendas de papelão ante 2013, com o total de 3,404 milhões de toneladas. A projeção para o ano passado, segundo a própria associação, era de um aumento de 2,5% a 3%. Em 2013, as vendas haviam subido 2,89% e, em 2012, 2,90%.

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O Ministério da Economia da Rússia informou que o PIB do país teve uma contração de 1,5% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. O porta-voz do ministério, Kirill Tremasov, disse que "a adaptação da economia aos novos fatores externos e internos vai levar três ou quatro trimestres, e poderemos ver isso acelerar no outono". A previsão do ministério para 2015 é uma contração de 3%. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 4,8% em janeiro na comparação com o mês anterior, para 77,1 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. O nível é semelhante ao observado em março de 2010, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em dezembro de 2014, o ICD havia caído 1,1%.

"A tendência de piora do mercado de trabalho é confirmada mais uma vez. A percepção de piora, do ponto de vista do consumidor, é generalizada - embora as famílias classificadas nas faixas de renda mais altas tenham tido mais peso nesse resultado", destacou a economista Sarah Lima, pesquisadora da FGV, em nota.

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O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

A taxa de juros média para pessoa física subiu 0,09 ponto porcentual em janeiro ante dezembro, atingindo 6,39% ao mês, o maior nível desde janeiro de 2012, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Para as pessoas jurídicas, o juro médio subiu 0,13 pp, para 3,67% ao mês, patamar mais elevado desde março de 2012.

Segundo a Anefac, a alta nos juros pode ser atribuída à elevação da Selic e ao cenário de inflação elevada, que reduz a renda das famílias e aumenta o risco de crescimento na inadimplência. "Agregado a isto temos o baixo crescimento econômico, que deve resultar no aumento dos índices de desemprego", diz o relatório, acrescentando que os juros no mercado brasileiro devem continuar subindo nos próximos meses.

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O documento lembra que desde março de 2013 o BC elevou a Selic em 5 pontos porcentuais, para 12,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 22,32 pp, chegando a 110,29% ao ano em janeiro. No caso das pessoas jurídicas, houve uma elevação de 10,53 pp, para 54,11% ao ano.

Em pesquisa separada, o Procon de São Paulo informou que as taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal voltaram a subir em fevereiro. No primeiro caso, a taxa média avançou 0,13 pp, para 10,50% ao mês, enquanto no segundo caso a alta foi de 0,16 pp, para 6,01% ao mês.

"Neste período, o orçamento do consumidor continua sofrendo os reflexos dos gastos do fim de ano e das despesas típicas do começo do ano. Os juros continuam altos para o tomador de crédito, sendo assim é aconselhável refletir antes de contratar um empréstimo", diz a fundação.

As elevações reais dos rendimentos do trabalho foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, diz o Boletim Econômico Regional que o Banco Central (BC) divulgou em Porto Alegre. "A política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de compra dos trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência social", lê-se em um dos boxes do boletim.

Nesse cenário e com foco regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos estratos de salários da economia relativamente a variações do salário mínimo; bem como em que medida os aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem pressões sobre custos de produção e de investimentos.

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"O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965", ressalta o Banco Central. Por isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato de que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões do País. De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste; 3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e 3,1% no Sudeste.

Indústria

Especificamente na indústria, as elevações reais dos rendimentos do trabalho não têm sido acompanhadas por aumento do pessoal ocupado. "Verifica-se que, de 2012 a 2014, a população ocupada (PO) na indústria diminui em todas as regiões, e o custo unitário do trabalho (CUT) aumenta", diz o BC. "Nesse contexto, vale investigar em que medida os aumentos do CUT são influenciados pelos aumentos reais do salário mínimo", diz o documento.

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste). De maneira análoga, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no país (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

O desempenho da TAM no mercado doméstico brasileiro superou a média do sistema Latam Airlines em janeiro, de acordo com dados preliminares divulgados na noite desta segunda-feira, 9, pelo grupo.

A empresa registrou um taxa de ocupação de 86,6% nos voos nacionais no mês passado, quando a demanda tradicionalmente é alta por conta das férias de verão. A taxa corresponde a uma alta de 2,8 pontos porcentuais (p.p.) frente a igual mês de 2014.

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O forte indicador é resultado de um crescimento do tráfego - medido em passageiro-quilômetro pago (RPK) - da ordem de 5,4%, enquanto a oferta - medida em assento-quilômetro disponível - aumentou 2,1%.

A taxa de ocupação registrada nos voos domésticos brasileiros é superior à verificada na malha doméstica do grupo Latam nos países de língua espanhola (Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia), que chegou a 83,3%, um avanço de 1,2 ponto porcentual.

Também foi maior que a observada nas operações internacionais de TAM e LAN, que foi de 85,8%, anta de 2,1 p.p.. No consolidado, o grupo registrou uma taxa de ocupação de 85,7%, o que corresponde a um crescimento de 2,2 p.p..

No consolidado do grupo, tráfego de passageiros registrou aumento de 5,3%, enquanto a capacidade cresceu em 2,6%. A expansão, tanto de demanda como de oferta foi impulsionada principalmente pelo mercado doméstico dos países de língua espanhola, que registrou crescimento de 7,1% do tráfego e de 5,5% no volume de assentos disponíveis.

Já o segmento internacional registrou alta de 4,6% na demanda e de 2,1% na oferta. O tráfego internacional inclui as operações internacionais de LAN e TAM nas rotas entre países da América do Sul e de longo curso.

O grupo não divulga o desempenho em separado das duas filiais nas operações internacionais. Juntas, essas operações respondem por cerca de 50% do tráfego total de passageiros da Latam (em RPK).

No total, o grupo transportou 6,439 milhões de passageiros, um aumento de 5,2%. Os passageiros atendidos pela TAM no mercado doméstico responderam por metade desse número, 3,227 milhões, alta de 4%.

Carga

O grupo também divulgou seus dados de carga, que não são tão animadores. A demanda caiu 8,1%, enquanto a capacidade diminuiu em 3% em janeiro. Como resultado, o fator de ocupação diminuiu 2,9 pontos porcentuais, para 52,7%.

Conforme a Latam, a diminuição do tráfego de cargas foi provocada pelo enfraquecimento das importações para a América Latina, já a diminuição na capacidade de carga é resultado de uma menor operação de aviões cargueiros.

O Brasil exportou 26% menos carne bovina em janeiro, com 96 mil toneladas, ante 130 mil toneladas há um ano. Em receita, também houve queda, de 23%, passando de US$ 555 milhões para US$ 426 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 09, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e consideram a carne in natura, industrializados, cortes salgados e miúdos.

"A desaceleração já era esperada pela conjuntura macroeconômica que a Rússia atravessa e também porque as novas cotas para o ano ainda não foram distribuídas para os importadores do país", explicou, em nota, o presidente da entidade, Antônio Jorge Camardelli.

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Hong Kong continua sendo o principal destino do produto nacional, com importação de 29 mil toneladas e faturamento de US$ 130 milhões em janeiro. Com crescimento de quase 30% em faturamento (US$ 71 milhões) e 23% em volume (20 mil toneladas), o Egito ocupou a segunda posição no mês passado.

A Abiec destaca também o mercado norte-americano, que ocupou a quinta posição em janeiro. O crescimento em faturamento ultrapassou 127% e, em volume, mais de 170%. Vale lembrar que o Brasil exporta apenas carne industrializada para os EUA e a abertura do mercado para carne in natura ainda no primeiro semestre é uma das grandes apostas do setor para ampliar exportações em 2015, informa a associação. "Temos indicativos de que as negociações com o mercado norte-americano para carne in natura deverão avançar de maneira positiva e em breve. A abertura para os EUA é de fundamental importância porque possibilita também atingir outros países da NAFTA, bem como Caribe e América Central", diz Camardelli.

Segundo a Abiec, outras apostas do setor para ampliar mercados em 2015 é a retomada definitiva da China - que também tem previsão para o primeiro semestre; bem como as perspectivas positivas para o anúncio do fim do embargo da Arábia Saudita e Japão.

"O cenário continua em alta para este ano. Além dos esperados anúncios de liberação de mercados, temos diversas ações para a promoção da carne brasileira pelo mundo. Iniciamos agora em fevereiro com a presença na Gulfood, em Dubai. Os países árabes formam um mercado essencial para a carne brasileira, onde somente nos últimos dez anos, mais que dobramos o faturamento com vendas para aquela região, passando de US$ 537 milhões para US$ 1,3 bilhão. E ainda temos potencial para crescer mais", complementa o presidente da Abiec.

Ainda dentro dos resultados do mês de janeiro, a carne in natura foi a categoria de produtos brasileiros mais importada em todo o mundo, atingindo um faturamento de US$ 326 milhões.

O resgate líquido de R$ 5,5 bilhões da poupança em janeiro é o primeiro sinal de como a caderneta vai "sofrer" este ano, na avaliação do presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. "Essa retirada já era esperada e, daqui para a frente, a gente vai continuar a ver números negativos", previu o economista. "A poupança vai sofrer em 2015. Este ano será muito difícil para as famílias", acrescentou. Nesta quinta-feira (5), o Banco Central informou que os depósitos nessa aplicação somaram R$ 147,467 bilhões no primeiro mês de 2015, enquanto as retiradas totalizaram R$ 152,996 bilhões.

O primeiro golpe nesse tipo de investimento é a atual fase de aperto monetário. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou o juro básico da economia, a Selic, para 12,25% ao ano e a perspectiva é de que um novo aumento virá no mês que vem. "Isso faz com que as pessoas prefiram aplicar seu dinheiro em fundos, já que, com os juros mais altos, eles acabam rendendo mais", disse Oliveira.

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O presidente da Anefac lembrou que o ambiente econômico também proporciona maiores dificuldades para a economia das famílias, já que a inflação está em alta. Amanhã, o IBGE divulga o IPCA de janeiro e a previsão de especialistas é de uma taxa superior a 1%. "A inflação alta corrói a renda do trabalhador", considerou o economista. Além disso, de acordo com ele, os recentes anúncios de aumento de preços, como de energia elétrica e combustíveis, vão continuar diminuindo o poder de compra da população. Não apenas em relação ao consumo desses itens especificamente, mas também de outros bens que são impactados por essa elevação, avaliou Oliveira.

Oliveira salientou que o reajuste do preço do diesel, por exemplo, afeta diretamente o custo do frete, elevando o preço de todos os produtos que são deslocados pelo País, porque o natural é que a indústria repasse esse aumento de custo. "Feijão, arroz. Tudo vai subir", citou.

O economista mencionou ainda que a restrição de crédito também é um dos vilões da formação de poupança. Muitas famílias estão endividadas, lembrou, e o resgate da caderneta pode estar relacionado também à necessidade de honrar compromissos financeiros. "Isso, sem contar as pessoas que resgataram esses recursos para complementar seus orçamentos", considerou. "O grande problema é o aumento seguido de preços frente a uma renda que não cresce", finalizou.

As vendas de veículos importados somaram 7.478 unidades em janeiro de 2015, baixa de 22,2% ante o mesmo mês de 2014, quando foram comercializadas 9.609 unidades. Em relação ao mês de dezembro de 2014, as vendas no mês passado recuaram 24,7%, já que foram comercializados 9.930 veículos naquele mês.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 4, pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), que atribuiu a queda ante dezembro à antecipação de compras por conta do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de 1º de janeiro.

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Em nota, o presidente da Abeifa, Marcel Visconde, informou que os indicadores mais importantes ao setor de importados são a confiança do consumidor, que recuou, e a taxa de câmbio, com o dólar acima de igual período de 2014.

"A luz vermelha acendeu e os brasileiros continuam à espera de notícias que mudem o cenário de pessimismo e retração", informou. "O setor está em alerta e sabemos que 2015 será um ano de grandes desafios e dificuldades para superar", concluiu.

O clima de confiança na nova equipe econômica, o atual ciclo de aperto monetário e o aumento da liquidez internacional fizeram com que o Brasil se tornasse atrativo para investimentos produtivos e especulativos no primeiro mês de 2015. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 04, pelo Banco Central, o fluxo cambial total ficou positivo em US$ 3,903 bilhões em janeiro. Em igual mês de 2014, o saldo estava no azul em US$ 1,610 bilhão. Já no acumulado do ano passado, o volume de recursos que deixou o País foi US$ 9,287 bilhões maior do que o que entrou.

As operações financeiras, que foram no ano passado a principal porta de saída de recursos (US$ 13,424 bilhões), agora se consolidam como as que recebem maior quantidade de dólares. No mês passado, o ingresso de dólares por esse segmento superou o envio em US$ 4,118 bilhões, diferença entre entradas de US$ 51,459 bilhões e saídas de US$ 47,341 bilhões. A área financeira reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

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Esta foi a primeira vez que, no acumulado de um mês, as operações financeiras ficaram no azul desde outubro do ano passado, conforme os dados do BC. Naquele mês, o saldo foi positivo em US$ 5,412 bilhões. Em novembro e em dezembro, as saídas por esse segmento foram maiores do que as entradas em US$ 2,149 bilhões e US$ 14,542 bilhões, respectivamente.

Já no comércio exterior, o saldo ficou negativo em US$ 215 milhões, com importações de US$ 15,604 bilhões e exportações de US$ 15,389 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 3,630 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 3,059 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,700 bilhões em outras entradas.

Semana passada

De acordo com BC, a semana de 26 a 30 de janeiro registrou uma entrada de dólares do Brasil maior do que a saída, com o fluxo cambial ficando positivo em US$ 3,241 bilhões no período. Segundo a instituição, o segmento financeiro, que reúne operações como investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras, teve ingressos de US$ 2,424 bilhões na semana. O resultado é a diferença entre entradas de US$ 10,728 bilhões e remessas de US$ 8,304 bilhões.

No mesmo período, no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 817 milhões, com importações de US$ 3,743 bilhões e exportações de US$ 4,560 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 1,095 bilhão em ACC, US$ 1,040 bilhão em PA e US$ 2,424 bilhões em outras entradas.

O fluxo cambial semanal de 26 a 30 de janeiro foi o maior do mês até agora. A primeira semana completa de janeiro (de 5 a 9), houve uma saída líquida de US$ 1,318 bilhão. Já dos dias 12 a 16, o volume de entradas, já descontadas as retiradas, foi de US$ 2,310 bilhões e, de 19 a 23 de janeiro, de US$ 756 milhões.

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil no Estado de São Paulo subiu 0,33% em janeiro na comparação com dezembro de 2014, para R$ 1.173,40. Os dados se referem às obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos e fazem parte de pesquisa divulgada nesta terça-feira, 3, pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

No mês passado, os custos com mão de obra subiram 0,45% em relação a dezembro de 2014. Já os gastos com materiais de construção aumentaram 0,1%, e os salários dos engenheiros apresentaram acréscimo de 0,77%. Em 12 meses, o CUB paulista acumula alta de 6,66%. No acumulado, os custos com mão de obra cresceram 8,84%, os gastos com material de construção tiveram alta de 3,09% e os salários dos engenheiros foram reajustados em 11,78%.

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A pesquisa do Sinduscon-SP e da FGV informou também a oscilação do CUB calculado sobre as obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos. Em janeiro, o índice teve alta de 0,35% ante dezembro, totalizando R$ 1.091,85 por metro quadrado. Nos últimos 12 meses, o índice aumentou 6,57%.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 31,41% em janeiro na comparação com dezembro e 18,81% em relação ao mesmo mês do ano passado, divulgou, nesta segunda-feira (2), a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro mês de 2015, foram emplacadas 253.807 unidades, ante 370.018 em dezembro e 312.591 em janeiro de 2014.

Considerando somente automóveis e comerciais leves, foram emplacadas 244.904 unidades em janeiro, o que significa recuo de 31,02% na comparação com dezembro e de 18,63% ante o mesmo mês do ano passado. Em janeiro, foram vendidos 185.074 automóveis e 58.830 comerciais leves.

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Já os emplacamentos de caminhões e ônibus caíram 39,75% em janeiro ante dezembro e 22,97% na comparação com janeiro de 2014. Ao todo, foram licenciados 7.674 caminhões e 2.229 ônibus.

Motos e implementos

Somando o emplacamento de motocicletas, implementos rodoviários, implementos rodoviários e outros veículos, o total em janeiro chegou a 372.986 unidades, queda de 27,23% ante dezembro e de 18,9% em relação a janeiro do ano passado.

A queda nas exportações do Brasil para países da América Latina foi puxada pela Argentina, destacou o secretário de comércio exterior do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho. Somente as vendas brasileiras de automóveis para o mercado argentino caíram 64% em janeiro. Foi justamente a retração de 58% nos embarques de automóveis que explicou a queda das vendas de manufaturados no mês passado.

Godinho afirmou também nesta segunda-feira, 2, que a queda no preço do minério de ferro afetou as exportações brasileiras para a China. Segundo ele, as exportações de minério de ferro para o país asiático caíram 63% no mês passado por causa, principalmente, do fator preço.

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O secretário disse que houve uma pequena queda nas quantidades embarcadas que ainda não indicam um tendência de diminuição da demanda chinesa, embora tenha admitido que a desaceleração da economia da China pode vir a afetar a demanda. "Se isolarmos a China, para o restante da Ásia tem crescimento, principalmente para Indonésia e Vietnã. Temos que olhar para o mercado chinês para entender a queda para das exportações para a Ásia", comentou.

Para os Estados Unidos, houve uma queda das exportações de 3% por conta do recuo nos preços do petróleo. As vendas do combustível para o mercado norte-americano caiu 45%, o que foi compensado em parte pelo aumento das exportações de semimanufaturados de ferro e aço e aviões.

Houve também uma queda de 9,3% nas importações brasileiras dos Estados Unidos, reduzindo o déficit comercial entre os dois países. Os EUA foram o principal mercado de produtos brasileiros manufaturados em 2014 e o governo conta com a continuidade da melhora do mercado para aumentar as vendas para o país.

As exportações de minério de ferro em janeiro somaram 23,3 milhões de toneladas, recuo de 5,7% vem relação ao observado no mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2), pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com dezembro, o volume exportado registrou queda de 37,7%.

Já as receitas com as vendas externas do insumo, ainda no mês passado, chegaram a US$ 1,197 bilhão, recuo de 51,8% ante o visto um ano antes. Em relação a dezembro, as receitas recuaram 40%.

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A queda das receitas na comparação anual deve-se à derrocada dos preços do minério de ferro. A média praticada em janeiro do insumo exportado pelo Brasil, foi de US$ 51,4 a tonelada, ante US$ 100,5 a tonelada em janeiro de 2014. Em dezembro do ano passado a média dos preços estava em US$ 53,3.

Os Estados Unidos foram o principal comprador de produtos brasileiros em janeiro de 2015, com um valor de US$ 1,975 bilhão. Os dados foram divulgados, nesta segunda-feira (2), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em seguida, aparecem a China, que comprou produtos no valor de US$ 1,345 bilhão; a Argentina, com US$ 852 milhões; os Países Baixos, com US$ 772 milhões; e a Alemanha, com uma compra que somou US$ 444 milhões.

Do lado das importações, o principal fornecedor foi a China, que vendeu ao Brasil produtos que somaram US$ 3,703 bilhões em janeiro. Em seguida, estão os Estados Unidos, com US$ 2,542 bilhões, a Alemanha, com US$ 901 milhões, a Argentina, com US$ 783 milhões e a Coreia do Sul, com US$ 612 milhões.

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Média diária

As importações brasileiras registraram média diária de US$ 803 milhões no mês passado, uma retração de 12% em relação a janeiro de 2014, informou o MDIC. A queda foi mais intensa que nas exportações, que mostraram um recuo de 10,4% e média diária de US$ 652,6 milhões, mas ainda assim não foi suficiente para evitar um déficit no mês (US$ 3,174 bilhões).

Segundo os dados do MDIC, a queda no preço do barril do petróleo impactou as importações. O grupo de combustíveis e lubrificantes apresentou recuo de 28,4% na comparação com janeiro de 2014. Além do preço, houve também queda nas quantidades compradas lá fora. No segmento de bens de consumo, houve uma baixa de 14,2%, puxada por automóveis de passageiros e partes. As importações de bens de capital caíram 8% e de matérias-primas e intermediários, 7%.

Nas exportações, apenas o grupo de semimanufaturados teve alta de 3,1% em relação a janeiro de 2014, com aumento dos embarques principalmente de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, madeira serrada e óleo de soja em bruto. As vendas externas de básicos caíram 11,1%, com destaque com as quedas em minério de ferro, carnes bovinas e suínas, farelo de soja e carne de frango. As exportações de produtos manufaturados tiveram queda de 14,6%, puxada por automóveis de passageiros, óleos combustíveis, motores e geradores e hidrocarbonetos.

Os gastos escolares subiram 3,73% em janeiro, mais que o dobro da inflação cheia no mês, de 1,51%, segundo dados calculados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV). A pesquisa leva em conta gastos com material escolar, transportes, mensalidades, cursos extracurriculares e alimentação fora de casa. Em janeiro de 2014, esses itens haviam subido 3,80%.

No acumulado em 12 meses, os gastos escolares registram aumento de 9,39%, bem acima da elevação de 6,87% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mesmo período, de acordo com a FGV. Em janeiro, os artigos que mais puxaram a inflação foram cursos formais (6,29%), transporte escolar (3,28%), material escolar (1,88%) e livros didáticos (1,81%).

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A Secretaria da Micro e Pequena Empresa informou nesta segunda-feira (2), a entrada de 502.692 companhias no regime fiscal Simples Nacional em janeiro, que no ano passado abriu espaço a mais 140 atividades e empreendimentos com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.

O ministério apresentou também um balanço da arrecadação fiscal das micro e pequenas no ano passado. As empresas do segmento aumentaram em 7,23% o volume de impostos e tributos pagos, na comparação com 2013, atingindo o total de R$ 61,945 bilhões. Em ICMS e ISS, tributos estadual e municipal, as empresas recolheram 6,14% a mais que em 2013, encerrando 2014 com R$ 14,608 bilhões. O número total de optantes pelo Simples atingiu 4,653 milhões de empresas em 2014.

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As micro e pequenas representaram 14,5% do faturamento das empresas brasileiras no ano passado, somando R$ 833 bilhões, de acordo com o Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Elas encerraram 2014, com a geração 1,1 milhão de empregos, contra 396 mil vagas criadas por grandes e médias empresas.

As pequenas apresentaram um saldo positivo de 3,547 milhões de vagas entre 2011 e 2014, o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, contra o fechamento de 263,325 milhões de postos pelas grandes e médias.

Na avaliação do ministro Guilherme Afif Domingos, os números mostram que é necessário criar mais mecanismos de financiamento para que as pequenas cresçam mais evitando a "brutal concentração" de recursos pelas grandes que crescem "desmesuradamente".

Segundo ele, elas empregam e crescem a taxas maiores do que as grandes, mas têm pouco acesso a crédito subsidiado pelo governo. "Estamos debruçados em cima da política creditícia. Ela é muito ingrata", disse, afirmando que "há uma determinação da presidente Dilma" para se criar linhas de financiamento específicas.

O ministro disse que "há uma espécie de contenção do crescimento" das pequenas para evitar sair do regime do Simples, o que representaria pagar mais impostos. "Essa é a grande preocupação do governo e é por isso que precisamos investir nesse pessoal para que ele possa crescer", afirmou.

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