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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados tem duas reuniões marcadas para a próxima terça (8) e quarta-feira (9) para tentar votar, mais uma vez, os pareceres das representações contra os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF). Os textos estão na pauta do colegiado há três reuniões, mas não avançam. 

Contra Wyllys pesa uma acusação impetrada pelo Partido Social Cristão (PSC) por uma publicação feita por ele no Facebook onde critica os “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos”, ao comentar o massacre de gays em boate de Orlando (EUA). O relator é o deputado Júlio delgado (PSB-MG) que recomendou o arquivamento do processo. 

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Já o Partido Verde (PV) acionou o colegiado contra Bolsonaro. O partido aponta que o deputado teria feito “apologia ao crime de tortura” ao homenagear  o coronel Brilhante Ustra no Plenário, durante a votação da admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril. O relator Odorico Monteiro (Pros-CE) defende que a denúncia seja aceita.

O terceiro item da pauta de votação é referente a uma ação do Partido dos Trabalhadores (PT) contra Bessa. Ele é acusado de proferir, em discurso no Plenário da Câmara, ofensas contra os petistas, entre eles os ex-presidentes Dilma e Lula. Para o relator da representação, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), o caso deve ser arquivado.

Oitiva de testemunhas

Antes das possíveis votações, outro processo contra Jean Wyllys deve ser analisado pelo Conselho de Ética. Eles vão ouvir as testemunhas arroladas na representação da Mesa Diretora da Câmara que acusa o pesolista de ferir o decoro parlamentar ao cuspir na direção do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O episódio também aconteceu no dia 17 de abril.  

Serão ouvidos, além de Bolsonaro e Jean Wyllys, os deputados Luiz Sérgio (PT-RJ), Covatti Filho (PP-RS), Marcus Vicente (PP-ES), Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Chico Alencar (Psol-RJ) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), além de Alberto Fraga (DEM-DF) e Ezequiel Teixeira (PTN-RJ), subscritores dos requerimentos que originaram a representação da Mesa da Câmara. O relator do caso, deputado Ricardo Izar (PP-SP), tem 30 dias úteis para concluir as diligências e a instrução do processo. 

O Conselho de Ética se reúne nesta terça-feira (25) para tentar votar pareceres preliminares relativos a processos contra os deputados Jean Wyllys (Psol-RJ), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF). As três ações estão na pauta há duas sessões, mas não houve deliberação por falta de quórum.

O processo do Partido Social Cristão (PSC) contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) é devido à postagem no Facebook em que critica os “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos”, ao comentar o massacre de gays em boate de Orlando (EUA). O relator Júlio Delgado (PSB-MG) defende o arquivamento do caso por considerar que não houve quebra de decoro.

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Já o Partido Verde moveu ação contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ), acusando-o de ter feito “apologia ao crime de tortura” ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante votação da admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ustra, que faleceu recentemente, era acusado de praticar tortura durante o período do regime militar. O relator Odorico Monteiro (Pros-CE) defende que a denúncia seja aceita.

Já o terceiro processo é do PT contra Laerte Bessa (PR-DF). O partido acusa o deputado de proferir, em discurso no plenário, ofensa contra petistas, inclusive os ex-presidentes Dilma e Lula. O relator da representação, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), sugeriu o arquivamento do caso.

O PSB protocolou nesta quinta-feira (20) na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, uma representação contra o deputado Laerte Bessa (PR-DF) por ter feito um discurso ofensivo contra o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). A representação deve ser encaminhada nos próximos dias para o Conselho de Ética para abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.

Na representação, o partido diz que Bessa fez um pronunciamento atacando Rollemberg em frente ao Palácio do Buriti (sede do governo local) durante assembleia do Sindicato dos Policiais Civis. "Então eu quero dizer para vocês que nós não suportamos mais o descaso com que o governador está com essa categoria. No fim aí da semana passada, eu não queria ir, mas também vou pela instituição, porque me dá mal-estar conversar com esse vagabundo desse Rollemberg, dá mal-estar. Ele é vagabundo porque ele é maconheiro, todo maconheiro para mim é vagabundo...", declarou.

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Na sequência, o deputado chamou o governador de "mentiroso", "frouxo", "incompetente", "pilantra", "safado" e "preguiçoso". Também sobrou para o chefe da Casa Militar do Distrito Federal, Cláudio Ribas, que foi xingado.

Esse não será o primeiro processo que Bessa enfrentará no Conselho de Ética. O PT encaminhou uma representação contra o parlamentar após ele ter atacado a bancada petista e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. "Quero dizer para Vossas Excelências que não sou corrupto e não sou ladrão. E tenho liberdade para chamar os petistas, em sua grande maioria (é claro que há algumas ressalvas, aqui nessa Casa há ressalvas), de ladrões. Os petistas têm que sair do País, juntamente com a vagabunda da Dilma e seu amigo Lula", disse Bessa, durante sessão plenária de 15 de junho.

O primeiro processo caminha para ser arquivado. O relator do caso, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), apresentou um parecer prévio pela inadmissibilidade da representação. O relatório preliminar estava na pauta de votações de quarta-feira do colegiado, mas a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) esvaziou os trabalhos da Câmara e não houve sessão no conselho por falta de quórum.

Representações contra deputados a partir de discursos ou expressão pública de opinião tendem, geralmente, a ser arquivadas no Conselho de Ética. O entendimento de parte dos conselheiros é que o direito a liberdade de expressão parlamentar deve ser preservado, independentemente do conteúdo do comentário.

O Conselho de Ética adiou, novamente, a votação de pareceres preliminares relativos a processos contra os deputados Jean Wyllys (Psol-RJ), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF). As três ações estavam na pauta, mas não houve quórum para a deliberação.

O processo do Partido Social Cristão (PSC) contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) é devido à postagem no Facebook em que critica os “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos”, ao comentar o massacre de gays em boate de Orlando (EUA). O relator Júlio Delgado (PSB-MG) defende o arquivamento do caso por considerar que não houve quebra de decoro.

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Já o Partido Verde moveu ação contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ), acusando-o de ter feito “apologia ao crime de tortura” ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante votação da admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ustra, que faleceu recentemente, era acusado de praticar tortura durante o período do regime militar. O relator Odorico Monteiro (Pros-CE) defende que a denúncia seja aceita.

Já o terceiro processo é do PT contra Laerte Bessa (PR-DF). O partido acusa o deputado de proferir, em discurso no plenário, ofensa contra petistas, inclusive os ex-presidentes Dilma e Lula. O relator da representação, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), sugeriu o arquivamento do caso.

A próxima reunião está marcada para terça-feira (25).

O Conselho de Ética adiou a votação de pareceres preliminares relativos a processos contra os deputados Jean Wyllys (Psol-RJ), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF). As três ações estavam na pauta, mas não houve quórum para a deliberação.

O processo do Partido Social Cristão (PSC) contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) é devido à postagem no Facebook em que critica os “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos”, ao comentar o massacre de gays em boate de Orlando (EUA). O relator Júlio Delgado (PSB-MG) defende o arquivamento do caso por considerar que não houve quebra de decoro.

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Já o Partido Verde moveu ação contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ), acusando-o de ter feito “apologia ao crime de tortura” ao homenagear o coronel Brilhante Ustra durante votação da admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ustra, que faleceu recentemente, era acusado de praticar tortura durante o período do regime militar. O relator Odorico Monteiro (Pros-CE) defende que a denúncia seja aceita.

Já o terceiro processo é do PT contra Laerte Bessa (PR-DF). O partido acusa o deputado de proferir, em discurso no plenário, ofensa contra petistas, inclusive os ex-presidentes Dilma e Lula. O relator da representação, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), sugeriu o arquivamento do caso.

Como há feriado nesta quarta-feira (12), os deputados membros do Conselho de Ética só devem voltar a se reunir na próxima semana.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados deve votar, na próxima terça-feira (11), os pareceres preliminares dos processos instaurados contra os deputados deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Laerte Bessa (PR-DF). De acordo com a pauta, o primeiro a ser analisado é o de Jean, acusado de quebrar o decoro ao criticar os “delírios homofóbicos de políticos e líderes religiosos mentirosos” em publicação nas redes sociais. 

No texto comenta o massacre de gays em boate de Orlando (EUA), o psolista criticou os discursos de ódio dos “bolsomitos”, “malafaias” e “felicianos”, o que ofendeu os deputados Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (SP) e Pastor Marco Feliciano (SP), todos do PSC.

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O relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sugeriu o arquivamento do caso. Para ele, não houve imputação de nenhum fato criminoso aos três deputados e não houve quebra de decoro.

Bolsonaro

O segundo item da pauta é o processo do Partido Verde contra o deputado Bolsonaro. O PV acusou Bolsonaro de fazer “apologia ao crime de tortura”. O relator, deputado Odorico Monteiro (Pros-CE), sugere que a denúncia seja aceita e que Bolsonaro seja processado por quebra de decoro.

Monteiro concluiu que Bolsonaro “abusou da prerrogativa parlamentar” ao homenagear o coronel Brilhante Ustra no Plenário, durante a votação da admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril. Morto recentemente, Ustra era alvo de uma série de acusações de tortura durante o regime militar, uma delas contra a própria ex-presidente.

Laerte Bessa

O processo do PT contra o deputado Bessa é o último. Ele é acusado de proferir, em discurso no Plenário da Câmara, ofensas contra o partido, a ex-presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e filiados do partido.

O relator da representação do PT, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), sugeriu o arquivamento do caso. Ele acolheu a defesa de Bessa, que invocou o princípio constitucional da inviolabilidade do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos.

Antigo aliado do deputado e presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Laerte Bessa (PR-DF) deixou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) às vésperas do colegiado receber recursos do peemedebista contra o processo que pede a cassação de seu mandato. Laerte era titular da CCJ e, em manifestações públicas recentes, disse que não defenderia mais Cunha e apelou para que ele renunciasse à presidência da Câmara.

O PR, partido que já promoveu outras mudanças de membros da CCJ, não explicou o motivo da nova alteração na composição. "Isso é coisa interna de partido. Vocês interpretam como quiserem", respondeu Aelton Freitas (MG), líder da bancada. O partido ainda não indicou o substituto de Bessa. Além do PR, PTN e Solidariedade - partidos alinhados com o peemedebista - também trocaram recentemente seus representantes na CCJ, justamente no momento em que o colegiado está prestes a analisar pedidos de Cunha.

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Na semana passada, Bessa votou contra o pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética, mas no dia seguinte cobrou a renúncia do parlamentar e disse que a partir daquele momento, não poderia ir mais contra a decisão soberana do colegiado. "O Conselho votou pela cassação do senhor Eduardo Cunha. Não posso ir contra o Conselho de Ética. Sou contra qualquer manobra agora que venha atrapalhar essa decisão do Conselho de Ética", disse em discurso na tribuna da Câmara.

Na ocasião, Bessa reclamou do desgaste provocado pela situação de Cunha na Casa. "Queria até pedir ao senhor Eduardo Cunha que, para o bem do Brasil, renunciasse ao seu cargo de presidente da Casa. É difícil falar isso, mas é uma situação que o Brasil não está suportando e a Casa não está suportando. Não podemos passar por isso", declarou.

O deputado Laerte Bessa (PR-DF), da tropa de choque de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Comissão de Ética, saiu em defesa do aliado e rebateu as críticas de parlamentares próximos à presidente afastada Dilma Rousseff (PT) de que o processo de impeachment, que a afastou do comando da Presidência da República, e colocou o vice Michel Temer (PMDB) em seu lugar, está sendo prejudicial ao País.

"Cunha fez um grande favor ao País (ao dar prosseguimento à admissibilidade do impeachment), pois encaminhou o impeachment da maior estelionatária do País, uma ladra; só por isso votaria nele", disse o parlamentar nesta terça-feira, 7.

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Depois de dizer que, no seu entender, a decisão de Cunha com relação ao impeachment que afastou Dilma foi um "ato de estadista" e que ele prestou um "favor à população brasileira", Bessa argumentou que a cassação - pedida no relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) - é uma medida muito dura. "Acho que uma suspensão cairia bem", emendou.

As declarações foram dadas em reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que vai discutir e votar o parecer que pede a cassação de Cunha.

Em seu pronunciamento, o aliado de Cunha comentou o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dizendo que há uma clara interferência do Judiciário no Poder Legislativo e que não havia motivos para pedir a prisão de Cunha.

Ele também questionou o fato de a informação ser divulgada justamente hoje, quando o Conselho de Ética está reunido para decidir o futuro do peemedebista. "Nossa preocupação é que o pedido de prisão interfira nos votos", afirmou. Bessa ainda disse que dois outros pedidos de prisão, casos de Renan Calheiros e de José Sarney, estão corretos. "Renan e Sarney deveriam estar presos há muito tempo."

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), também aliado de Cunha, disse que o colegiado julgará o presidente afastado da Câmara pressionado pelo pedido de prisão do procurador-geral da República. Na defesa do aliado, Marun disse que não se pode abrir mão da presunção de inocência. E pontuou que prisão de parlamentar só pode acontecer em flagrante.

Sobre o relatório de Marcos Rogério, Marun disse que ele é bom, mas não é bem fundamentado. "É uma sucessão de acusações desprovidas da prova principal. Não diz em nenhum momento que truste é conta". Em sua defesa, Cunha alega que as contas na Suíça são geridas por um truste, o que, portanto, não caracteriza conta. No seu entender, dessa forma, uma prova de que não mentiu.

Antes de Marun falar, o deputado Sandro Alex (PSD-PR) disse que a eventual cassação de Cunha não é a punição mais grave. "(Mais grave) É a prisão, que cabe ao Judiciário", emendou. E lembrou que o deputado André Vargas teve seu mandato cassado, com o voto de Cunha, porque "pegou carona no avião do doleiro Alberto Youssef". Alex ainda destacou: "Por manobras, a PGR pediu a prisão de Cunha; cassação é a nossa obrigação."

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Em suas considerações, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) disse que ninguém analisa um processo destes, que envolve a cassação de um parlamentar, "com prazer", mas para o bem da imagem da Casa é importante acompanhar o parecer do relator, que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

No seu entender, o relatório de Marcos Rogério demonstrou de forma categórica que o peemedebista tem contas no exterior. O tucano classificou o peemedebista de "corrupto", reiterando que não há caminho plausível para a comissão que não seja o caminho da cassação.

Para Betinho Gomes, o processo foi eivado por manobras para evitar que o processo avançasse. Por isso, acredita que hoje a Câmara terá a oportunidade ou de aumentar o fosso que a separa da sociedade ou diminuir essa distância.

"Eduardo Cunha está mais próximo da prisão do que de retomar a presidência desta Casa", frisou, destacando que "não existe possibilidade de pena menor (para Cunha, que não a cassação)", pois isso "seria um tapa na cara da população."

Deputados se revezam, nesta terça-feira (7), em discursos a favor e contra a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conforme recomenda o parecer do relator do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, deputado Marcos Rogério (DEM-RO). 

Favorável a destituição do mandato do peemedebista, o deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) afirmou que o parecer pela cassação é inabalável. “Chegamos à conclusão clara que Eduardo Cunha possui recurso no exterior, faz uso de recursos no exterior e não conseguiu comprovar a origem desses recursos. O deputado Marcos Rogério se esmerou e fez um relatório que destruiu os argumentos apresentados pela defesa”, disse.

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Corroborando o par, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) pontuou que o grande mal de Eduardo Cunha não foi ter mentido à CPI da Petrobras sobre possíveis contas no exterior, mas a condução do processo de impeachment. “O grande mal não é nem o dinheiro na Suíça, foi ter feito um grande mal à democracia com esse governo interino. Por vingança instalou o processo de impeachment na Câmara”, afirmou. Ele lembrou que outros parlamentares, como o ex-vice presidente da Câmara André Vargas foram cassados por “menor dano”. 

Já o deputado Laerte Bessa (PR-DF), saiu em defesa de Cunha e argumentou que não há provas de que o presidente afastado teria mentido à CPI da Petrobras. “É esse meu posicionamento e não abro mão do que disse aqui. Talvez uma suspensão coubesse bem. Poderíamos dar uma suspensão, uma sentença mais amena. A cassação é muito dura, ela é muito perseverante”, observou. Bessa também elogiou a atuação de Eduardo Cunha na condução da Câmara durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, “a maior estelionatária do País” segundo ele.

Voto decisivo

A deputada Tia Eron (PRB-BA), que substituiu o primeiro relator do processo no conselho, deputado Fausto Pinato (PP-SP), ainda não marcou presença na reunião. O voto dela poderá definir se o parecer será rejeitado ou não. O primeiro suplente do bloco parlamentar dela a chegar e assinar presença para votação foi o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Marun já se pronunciou contra o afastamento de Eduardo Cunha. No caso de ausência de Tia Eron, caberá a Marun dar o voto pela parlamentar.

*Com a Agência Câmara

Membro de um partido da base aliada do governo, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) protocolou nesta segunda-feira, 21, na Câmara, novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na petição, o parlamentar pede o impedimento da petista acusando-a de ter cometido dois crimes de responsabilidade ao nomear o procurador de Justiça da Bahia Wellington Lima e Silva para o Ministério da Justiça e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Casa Civil.

Bessa afirma que, ao nomear Wellington, Dilma desrespeitou a Constituição, que proíbe membros do Ministério Público de assumirem cargos no Poder Executivo. Já no caso de Lula, o deputado acusa a petista de ter nomeado o ex-presidente para que ele obtivesse foro privilegiado. Para o parlamentar, a nomeação de Lula foi um "claro desvio de finalidade" e teve o objetivo de "obstruir" a ação do Poder Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que investigam o ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato.

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Wellington Lima e Silva deixou o cargo dias após ser nomeado, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que avaliou como inconstitucional a nomeação do procurador para o Ministério da Justiça. Já o ex-presidente Lula não pode assumir a chefia da Casa Civil de fato depois de o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspender sua nomeação, a pedido do PPS e PSDB. Na decisão, Mendes disse ter visto intenção de Lula em fraudar as investigações sobre ele na Operação Lava Jato ao assumir a Pasta.

Aditamento

Inicialmente, Laerte Bessa pensou em apresentar um pedido de aditamento ao processo de impeachment da presidente Dilma que já está sendo analisado pela Comissão Especial da Câmara. O parlamentar, contudo, desistiu da ideia, por entender que o pedido de anexação poderia atrasar a análise do processo atual, que tem como base jurídica as chamadas "pedaladas fiscais" - ou seja, a prática do Tesouro Nacional de atrasar repasse de recursos a bancos públicos para melhorar artificialmente as contas federais.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia admitido a aliados que poderá autorizar a abertura de um segundo pedido de impeachment de Dilma, caso a presidente não consiga rejeitar o atual com apoio pelo menos da maioria da Casa, ou seja, de 257 deputados. Segundo interlocutores do peemedebista, ele chegou a citar a própria nomeação de Lula como um dos motivos para que um novo pedido de afastamento fosse apresentado.

Relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) afirmou que o país vai poder, no futuro, identificar tendências à criminalidade ainda nas crianças em gestação. Em entrevista concedida ao jornal inglês The Guardian, ele disse que bebês deste tipo deverão ser abortados.

“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências criminosas e se isso acontecer à mãe não terá permissão para dar à luz”, declarou o republicano. Ao periódico, o deputado defende também que a PEC 171 “é uma boa lei que vai eliminar o sentimento de impunidade em nosso país”.

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Na matéria, Laerte Bessa ainda diz acreditar que a maioridade penal no Brasil para crimes hediondos pode chegar a ser de 12 anos. “Em vinte anos, reduziremos para 14, depois para 12 anos”, projetou.

O texto sobre a redução da maioridade penal foi aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados e a segunda votação deve acontecer em agosto. Para seguir em tramitação no Legislativo, a proposta que altera a Constituição Federal deve ser aprovada em dois turnos pelos deputados. A matéria é vista como inconstitucional por juristas e parlamentares.

A expectativa na Câmara, nesta terça-feira (30), é de uma sessão plenária tumultuada durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/93) que trata da redução da maioridade penal, com a presença de manifestantes liberada pela presidência da Câmara. O presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve distribuir senhas para os partidos horas antes da sessão. As legendas partidárias poderão entregar essas senhas para que movimentos favoráveis e contrários à mudança no Código Penal acompanhem decisão dos parlamentares. Desde o início da tramitação da PEC, o clima tem sido de confronto entre manifestantes e deputados favoráveis e contrários à redução da maioridade.

O relator da matéria, Laerte Bessa (PR-DF), sabe que partidos críticos da proposta de diminuir a maioridade de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, homicídio e roubo qualificado, tentarão obstruir e impedir que a PEC seja votada. Ainda assim, adiantou que não pretende fazer concessões em seu relatório. "A expectativa é repetir o que aconteceu na comissão especial. Não tem negociação alguma porque 90% das pessoas clamam por essa decisão. Entendo que o cidadão de 16 anos a 18 anos é um cidadão completo que tem que responder por seus atos”, defende Bessa.

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Ele acrescentou que não acredita que a presença dos manifestantes possa sensibilizar alguns parlamentares durante a sessão. A expectativa de Bessa é de que a matéria obtenha os 308 votos necessários para que seja enviada à análise do Senado Federal. “(A presença dos manifestantes) pode atrapalhar o andamento, mas não tenho medo de mudança de posição dos parlamentares”.

A PEC é o principal assunto da semana na Câmara e tem mobilizado toda a Esplanada dos Ministérios. O tema acabou mudando o local da reunião de líderes da base aliada, que, hoje, trocaram a sala do Congresso por outra, no Ministério da Justiça, para discutir o tema com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A base governista só deve voltar para a Câmara na hora das últimas negociações sobre a pauta, na reunião de 15h de Eduardo Cunha com todos os líderes partidários.

Cardozo também deve ir ao Congresso à tarde para debater a redução da maioridade, em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros e Pobres. No Salão Verde, o ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Pepe Vargas, a consultora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Casimira Benge e representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) marcaram uma coletiva para tentar convencer os deputados que ainda estão indecisos.

No gramado do Congresso, manifestantes contrários e favoráveis à mudança do Código Penal estão acampados e promovem uma série de atos. Um vídeo lançado pelo Unicef faz um alerta contra a redução da maioridade penal. Para a organização, a sociedade está preocupada com a violência, mas culpar os adolescentes não é a solução do problema. O vídeo faz parte de uma campanha contrária à redução da maioridade. Nela, o coordenador de Programas para Adolescentes da organização, Mario Volpi, diz que somente 0,01% dos 21 milhões de adolescentes do Brasil cometeram atos contra a vida. No entanto, ele lembra que a cada hora um adolescente é assassinado no Brasil, o que faz com que o país seja o segundo em homicídios de adolescentes no mundo.  

 

A comissão especial que analisa a redução da maioridade penal (Proposta de Emenda à Constituição 171/93 e 36 apensadas) tenta novamente votar o parecer do deputado Laerte Bessa (PR-DF) nesta quarta-feira (17), às 14h30. A votação deverá ser fechada, sem acesso do público. A análise da proposta no Plenário da Câmara está prevista para o dia 30 deste mês.

"Nós deixamos a reunião aberta hoje [na quarta-feira passada] para que pudesse ter a participação de todos os que quisessem vir acompanhar os trabalhos da comissão e, de forma respeitosa, se manifestar a favor ou contrário, mas, infelizmente, aqueles que são contrários não tiveram esse respeito. A próxima sessão será fechada, somente com os deputados e a imprensa", avisou o presidente da comissão especial, deputado André Moura (PSC-SE), na semana passada.

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O relator apresentou substitutivo sobre as propostas (PEC ) que tratam do tema. Em seu texto, Bessa reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, mas prevê um referendo, nas próximas eleições, para que a população confirme ou não a mudança na Constituição. Segundo a proposta apresentada por Bessa, os maiores de 16 e menores de 18 anos devem cumprir as penas em locais separados dos adultos, com objetivos voltados para a educação e a ressocialização.

 

 

O relator da comissão especial que analisa a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos (PEC 171/93), deputado Laerte Bessa (PR-DF), afirmou há pouco que vai apresentar seu parecer no próximo dia 10. A ideia dele é que a proposta seja votada até o dia 17. As declarações foram dadas antes do início da última audiência pública da comissão.

Bessa disse que o teor do relatório deverá ser decidido em conjunto com a comissão, mas adiantou que sua posição deve ser favorável à redução da maioridade. “Uma coisa é certa: alguma coisa vai ser feita e em acordo com o povo brasileiro, que está clamando pela redução da maioridade”, disse.

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Segundo o relator, já transcorreram 22 sessões – duas além das 20 sessões regimentais –, e, por isso, as outras audiências públicas previstas, inclusive em outros estados, serão prejudicadas. O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) afirmou que o tempo da comissão foi “atropelado” após as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que no último fim de semana anunciou que pretende colocar a proposta em votação no Plenário até o final de junho.

O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) pediu que o prazo da comissão seja estendido para 40 sessões, para que um número maior de audiências seja cumprido e para que “a comissão não seja atropelada”. Questionado por Braga, o 1º vice-presidente da comissão especial, deputado Efraim Filho (DEM-PB), informou que, dos 63 requerimentos de audiência pública aprovados na comissão, apenas 12 foram atendidos. O relator rejeitou a proposta, afirmando que tem a preocupação de que a Câmara vote a proposta antes do recesso parlamentar de julho.

Ao iniciar a reunião, Efraim Filho leu notas contrárias à redução da maioridade penal do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), do Conselho Nacional de Assistência Social, do Conselho Nacional de Educação, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Federal a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Na audiência desta manhã, a comissão ouve o secretário de Defesa Social de Minas Gerais e presidente do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp), Bernardo Santana de Vasconcellos, e a advogada especialista na área de violência Karyna Sposato. Karyna é também consultora independente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

*Com informações da Agência Câmara.

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