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Não é de hoje que Marcelinho Carioca e Vanderlei Luxemburgo cultivam sua inimizade publicamente. E a treta ganhou mais um capítulo na noite dessa terça-feira (29). O ex-jogador disparou duras críticas ao trabalho do treinador no Corinthians e classificou Luxa como “retrógrado e ultrapassado”.

As palavras foram ditas por Marcelinho em sua web rádio, a MC7, após a classificação do Timão diante do Estudiantes pelas quartas-de-final da Copa Sulamericana. Sobraram xingamentos pesados.

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"O Estudiantes bagunçou, atropelou, esculachou o esquema tático do Luxemburgo, (treinador) covarde, omisso, medroso, colocando Romero como segundo lateral-esquerdo para ajudar o Fabio Santos. Ruan Oliveira igual barata tonta", disparou o ex-jogador.

O eterno camisa 7 do Corinthians seguiu detonando o treinador, com quem trabalhou durante campanhas vitoriosas do time de São Paulo.

"Retrógrado, ultrapassado, vai inventar palavras na coletiva. Classificou? Sim. Foi merecido? Não. Se fosse por merecimento o Estudiantes levaria. Covarde, frouxo, medroso. Isso que ele é hoje", criticou Marcelinho Carioca.

Histórico de intrigas

Marcelinho e Luxemburgo são inimigos públicos conhecidos do mundo do futebol. Em 2007, os dois brigaram ao vivo em um programa de TV na Band, quando Luxa chamou seu ex-comandado de "moleque" e "safado". O ex-jogador processou o técnico por danos morais e venceu.

O técnico Vanderlei Luxemburgo não escondeu a satisfação pelo momento vivido pelo Corinthians, após enfrentar dificuldades em seu início de trabalho no clube e até correr risco de demissão. Após a vitória sobre o Vasco por 3 a 1, neste sábado, o treinador exaltou a recuperação da equipe, que completou seu sétimo jogo seguido sem derrota, e o trabalho emocional feito com o elenco.

"Logo que cheguei ao Corinthians teve um movimento de (protesto de) torcida, eu estava com o Duilio (presidente) e Alessandro (gerente de futebol) e falei: 'vamos lá conversar com eles'. Essa parte emocional foi a que mais trabalhamos. Em momento algum eu peguei um jogador e expus ele aqui", comentou.

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"Às vezes vocês (jornalistas) não conseguem entender, eu respeito o lado de vocês, mas vocês têm que vir para o lado de cá. Quando eu faço uma palestra para os jogadores, sento um pouco do lado deles. Eu gostaria que vocês entendessem que eu sei a proposta de vocês, mas tem coisas que não podemos falar, está todo mundo de olho. Não vou chegar aqui e falar que meu jogador não jogou 'porra nenhuma'. Lá dentro do trabalho o couro come. Mas aqui (na coletiva), não."

Luxemburgo destacou que não chegou a temer pelo seu cargo no clube, apesar da sequência negativa logo ao assumir o comando do time, em maio. "Em momento algum eu falei aqui ou fiquei preocupado em ser mandado embora. O questionamento foi sempre externo. Se fosse mandado embora, seria algo normal do futebol. Tem que trabalhar, nada resiste ao trabalho. Aumentou a dificuldade? Trabalha mais. Ficou mais difícil? Trabalha mais ainda. Aí a coisa acontece", declarou.

Sobre o desempenho do Corinthians na vitória deste sábado, na Neo Química Arena, o treinador classificou como o melhor jogo da equipe no aspecto técnico desde que assumiu a equipe.

"Tecnicamente, sim (foi o melhor jogo). Muito passe certo, jogo de bola, domínio do que está fazendo. A única coisa que cobrei no intervalo era que tínhamos que ser mais contundentes, fazer o goleiro sofrer mais. Mas, tecnicamente, foi nosso melhor jogo. Envolvemos o adversário, jogamos o adversário para trás, foi o nosso melhor jogo", reforçou.

Renovado e, mais uma vez, com muitos jovens no time, o Corinthians lutou até o fim, mas não conseguiu evitar a derrota para o Red Bull Bragantino em casa pelo Campeonato Brasileiro. Os visitantes abriram o placar no primeiro tempo, controlando as ações do jogo, e seguraram os ataques dos donos da casa na etapa final para garantir a importante vitória por 1 a 0, em plena Neo Química Arena, pela 13ª rodada.

Com o resultado, o time de Bragança Paulista subiu ao quarto lugar, que classifica à fase de grupos da Libertadores, enquanto o Corinthians corre riscos de cair para a zona de rebaixamento, dependendo dos resultados de seus concorrentes diretos. Eduardo Sasha foi o autor do único gol do jogo, que ainda teve cinco cartões amarelos.

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A primeira chance do jogo foi do Red Bull Bragantino logo aos três minutos, em cabeçada após cobrança de falta que não levou perigo ao gol de Cássio. Na sequência, o Corinthians respondeu com lance individual de Guilherme Biro, que chutou e foi travado, no rebote, Maycon finalizou no canto e Cleiton defendeu. Ruan Oliveira, aos seis, criou nova jogada ao limpar a marcação na grande área e arriscar de longe, mas chutou para fora.

Aos 17, o time de Bragança Paulista, após trocar passes no meio-campo, marcou o primeiro gol do jogo. Juninho Capixaba encontrou Thiago Borbas na área, o atacante tocou de peito para Eric Ramires, que cruzou rasteiro para Eduardo Sasha empurrar para as redes.

Biro teve grande chance de empatar aos 30 minutos, quando, após uma jogada na meia-lua, a bola sobrou para ele sem marcação, mas ele chutou fraco e no meio do gol, para fácil defesa de Cleiton. O Red Bull Bragantino atacou em seguida, em uma finalização rasteira de Borbas.

Na sequência, Yuri Alberto roubou a bola no ataque e invadiu a meta, mas demorou para concluir a jogada e perdeu disputa com a zaga, reclamando de um pênalti, mas nada marcado. Os visitantes conseguiram controlar o ritmo do jogo e ainda tentaram duas vezes de fora da área antes do fim do primeiro tempo.

Ambos os times voltaram com mudanças para a segunda etapa: Matheus Araújo e Caetano entraram nos lugares de Maycon e Matheus Bidu no Corinthians, enquanto Matheus Fernandes e Thiago Borbas deixaram o campo para Guilherme Lopes e Sorriso no Red Bull Bragantino.

Logo aos dois minutos, o alvinegro quase fez um gol contra. Ruan Oliveira desarmou Sorriso dentro da área corintiana e acertou a trave de Cássio. Uma falta de ataque interrompeu o lance em seguida.

O Corinthians tinha dificuldades para furar a forte zaga do Red Bull Bragantino e a válvula de escape eram as pontas. Aos 14, após cruzamento na sequência de um escanteio, Yuri Alberto subiu mais alto que os zagueiros rivais e cabeceou para fora. A equipe de Bragança respondeu da mesma maneira, alçando a bola na área.

Róger Guedes encontrou Felipe Augusto perto da pequena área, que chutou cruzado de primeira e fez a bola passar perto do gol de Cleiton aos 22. O atacante ainda foi responsável por outras jogadas em seu lado do campo, mas faltava acertar a finalização.

Aos 35, foi a vez do Red Bull Bragantino ter a chance de ampliar. A zaga corintiana saiu jogando errado e Guilherme Lopes roubou a bola perto da grande área, ele chutou cruzado, mas Cássio conseguiu fazer a defesa.

Felipe Augusto teve mais uma oportunidade ao ganhar disputa no ataque e arriscar de longe, mas o chute saiu alto. Aos 46, a última chance clara: Wesley fez jogada individual e chutou forte no meio do gol, Cleiton defendeu.

Apesar de um segundo tempo onde o Corinthians teve mais as ações do jogo, diferentemente do primeiro tempo, os visitantes conseguiram segurar a vitória. No fim, a torcida protestou com cânticos contra a má fase da equipe em 2023, que continua.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 1 RED BULL BRAGANTINO

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Gil, Murillo e Matheus Bidu (Caetano); Gabriel Moscardo (Roni), Maycon (Matheus Araújo) e Ruan Oliveira; Guilherme Biro (Wesley), Yuri Alberto (Felipe Augusto) e Róger Guedes. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Aderlan, Luan Patrick, Eduardo Santos e Juninho Capixaba; Jadsom Silva, Matheus Fernandes (Guilherme Lopes depois Luan Cândido), Lucas Evangelista e Eric Ramires (Gustavinho); Thiago Borgas (Sorriso) e Eduardo Sasha (Alerrandro). Técnico: Pedro Caixinha.

GOLS - Eduardo Sasha, aos 17 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRA - Edina Alves Batista (FIFA-SP).

CARTÕES AMARELOS - Fagner, Gabriel Moscardo, Wesley (Corinthians); Sorriso, Eduardo Santos (Red Bull Bragantino).

RENDA - R$ 2.861.945,00

PÚBLICO - 42.404 presentes

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP)

O Corinthians está próximo de acertar a contratação do meio-campista paraguaio Matias Rojas. Cobiçado por outras equipes, como Botafogo e Internacional, o jogador de 27 anos não quer renovar seu contrato com o Racing - vínculo se encerra no dia 30 de junho - e ficará livre a partir de então.

Rojas já pode assinar um pré-contrato com qualquer clube. O Corinthians foi o último a entrar na briga para ter o jogador, mas é o que está mais perto de anunciá-lo. Restam detalhes financeiros para acertar a contratação do paraguaio. O empecilho maior é o valor do salário. O Racing ainda tenta convencer o atleta a ficar. O gerente de futebol Alessandro embarca para a Argentina a fim de fechar o negócio.

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Embora o Corinthians não tenha que pagar para tirar Rojas do Racing, uma vez que seu contrato está na iminência de terminar, o custo da operação é alto. Valorizado, o atleta exige cerca de R$ 15 milhões pelo pagamento de luvas e um salário anual de R$ 10 milhões líquidos. Ele entende viver a melhor fase de sua carreira e já recusou uma proposta do Botafogo porque não a considerou vantajosa.

A ideia de Rojas é definir sua situação nesta semana. Ele não entra em campo há mais de um mês e já manifestou seu desejo de deixar o Racing. Segundo o pai do atleta, Marcos Rojas, o filho recebeu propostas de times europeus também.

O Corinthians discute um contrato longo, de quatro anos, e teve o aval do técnico Vanderlei Luxemburgo, que espera reforços para reerguer o time. A diretoria vê o paraguaio como a solução para os problemas de criatividade da equipe, muito dependente de Renato Augusto, muitas vezes indisponível devido às lesões.

Ainda que tenha atuado pelo Racing na Libertadores, se Rojas aceitar a proposta do Corinthians, ele poderá defender a equipe alvinegra no torneio a partir da fase de mata-mata. Isso, claro, se a equipe avançar até lá. A Conmebol permite que um jogador atue por dois clubes em etapas diferentes da competição.

QUEM É MATIAS ROJAS?

Natural de Assunção, capital do Paraguai, Matías Nicolás Rojas Romero foi revelado pelo Cerro Porteño. Aos 22 anos, ele se mudou para a Argentina para defender o Lanús, no qual teve curta e discreta passagem, com poucos jogos e apenas um gol. De lá, se transferiu para o Defensa y Justicia, pelo qual ganhou destaque.

Seus dez gols em 27 partidas chamaram a atenção do Racing, que contratou o paraguaio em 2020 por indicação de Eduardo Coudet, hoje técnico do Atlético-MG - na época, o clube argentino pagou U$$ 2,5 milhões por 50% dos direitos do atleta.

O armador veste a camisa 10 do time argentino, bate faltas e se destaca pelo habilidoso e potente pé esquerdo. Também tem como virtudes o passe, a condução de bola e a versatilidade, uma vez que pode jogar como segundo volante e pelas pontas. No momento, inclusive, tem atuado pelo lado direito.

Rojas tem 24 gols e 14 assistências em quatro temporadas com a camisa do Racing. Pela seleção paraguaia, marcou um gol. Em 2023, foi às redes sete vezes e deu um passe para seus companheiros marcarem. O gol mais célebre ele marcou ao finalizar antes da linha do meio-campo em abril, em partida da Libertadores contra o Ñublense.

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Algo que preocupa os torcedores corintianos é o histórico de lesões de Rojas. O paraguaio se recupera de um problema no tornozelo direito e perdeu oito jogos do Racing na atual temporada. Em 2022, sofreu três contusões, três delas musculares e não esteve em campo em 16 partidas. No total, foram mais de três meses indisponível.

Vanderlei Luxemburgo já deu treinos em sua terceira passagem no Corinthians, comandou a equipe na Copa Libertadores e, nesta sexta-feira, se apresentou. Com o bom humor e a autenticidade que lhe são peculiares, o técnico afirmou que o clube é um "canhão", pediu que a torcida cesse os protestos contra a diretoria, fez a promessa de resgatar a essência da equipe alvinegra e discursou por longos minutos sobre as transformações pelas quais o futebol tem passado.

Divertido e um pouco vaidoso em alguns momentos da entrevista de quase uma hora, Luxemburgo fez reflexões sobre o futebol atual e respondeu aos críticos que o consideram ultrapassado. "Eu continuo com o mesmo pensamento e reconhecendo que muitas das coisas que têm hoje foi o Luxemburgo que trouxe. Eu acho que eu já vinha como vanguarda", afirmou o treinador.

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Ele reconheceu que o Corinthians é um "canhão" que marcou positivamente a sua vida. O técnico foi campeão brasileiro pelo clube em 1998, ano de sua primeira passagem. Na segunda, em 2001, ganhou o Campeonato Paulista. Ele acredita que a terceira passagem também pode ser vitoriosa. "Voltei para o Corinthians para conquistar títulos novamente", declarou.

"Em 98 vim e meu objetivo era a seleção brasileira. Eu direcionei para mostrar que eu tinha qualidade para ser técnico da seleção, e o Corinthians me proporcionou isso, até trabalhei nos dois ao mesmo tempo. Em 2001, o Corinthians me abriu as portas, eu vinha de uma CPI, onde perdi o cargo. Já falei, meu problema era com o Imposto de Renda, que eu resolvi. Eu fiz o Refis e fui execrado publicamente, perdi o cargo da seleção", recordou.

MODERNIDADE

Como já havia dito ao Estadão no ano passado, o veterano disse que seu plano é "resgatar a essência do futebol brasileiro", afirmou que domina todos os conceitos do futebol atual e não é contra a transformação pela qual passou a modalidade. "Gosto que existe a modernidade, mas que não prostitui o atleta brasileiro. Não brigo contra a modernidade. Eu trago a modernidade para o futebol".

"O que mudou no futebol? A terminologia? Marcação-pressão, time reativo, sei todos os nomes. Mas temos uma essência. Qual diferença tática? Nenhuma. O que mudou foi estrutura. A modernidade é ter um atleta melhor preparado em campo", questionou o técnico, bem-humorado.

No ano passado, ele havia aberto uma cruzada contra as novas terminologias do futebol nacional porque entende que o novo vocabulário, com termos como "extremos desequilibrantes" em vez de "pontas dribladores", não representa modernidade. Na sua visão, o jejum de títulos mundiais da seleção brasileira tem a ver com a ideia de copiar os europeus.

"Eu olho como alguém que sempre modernizou. O Brasil foi campeão do mundo em cima das nossas características, da nossa essência. O europeu tinha medo da gente. A partir do momento que queremos jogar que nem a Europa, ficamos iguais a eles e perdemos a diferença que nos fazia ganhar", refletiu. "A modernidade reside aonde? Na base? Só se preocupar com a tática, esquecendo que o jogador é empírico."

ATUALIZADO

O treinador assegurou que está atualizado e deu recado aos que dizem que o Corinthians tê-lo escolhido é um retrocesso. "Muita gente fala que tenho que me atualizar, e estou buscando me atualizar", sustentou. Ele avalia que o momento de sua carreira, aos 70 anos, é bom, ainda que tenha sido dispensado do Cruzeiro e tenha ficado um ano e meio desempregado.

"Entendo que é um momento muito bom do profissional Luxemburgo. A oportunidade de fazer de novo um grande trabalho e ressurgir novamente com o Corinthians, com o Luxemburgo", acredita. "As pessoas acham que a idade chegou e acabou. Muito pelo contrário, até porque estou bem saudável para buscar as coisas aí", completou o técnico, a cinco dias de completar 71 anos. Ele contou ter recebido convite de uma seleção, cujo nome não revelou, recentemente. Mas recusou em nome do Corinthians. "Eu preciso do Corinthians e o Corinthians precisa de mim."

PROTESTOS

Luxemburgo tem a missão de reanimar os atletas e pacificar também a relação com a torcida. Antes do clássico com o Palmeiras, Róger Guedes admitiu que o clima estava pesado. Tudo em virtude de resultados ruins e da passagem breve de Cuca, demitido após a pressão de parte da torcida motivada pela condenação por violência sexual contra uma jovem de 13 anos em 1987, na Suíça. O episódio causou fraturas até na equipe feminina, que passou a sofrer ameaças por protestar contra Cuca.

Ele passou um recado à torcida, que tem protestado contra a diretoria, sobretudo contra o presidente Duílio Monteiro Alves, e marcou uma manifestação para este sábado. Seu pedido é que os torcedores "abracem" o time. "Eu peço ao torcedor, que eu conheço, que entenda o momento. Se voltando contra nós, vai só separar. Essa torcida é fantástica quando abraça o time. Precisamos ser abraçados nesse momentos", pediu.

Ele prometeu que a essência do Corinthians será resgatada e a equipe dará uma resposta positiva aos torcedores. "A resposta vai vir com o trabalho. Vamos trabalhar para não ter protesto. Vou cobrar a essência do Corinthians nesses jogadores", afirmou. "Se eu puder mandar a mensagem, é para esquecer o protesto de amanhã (sábado), vem junto com a gente. Vai ser um processo interno, duro e com muito trabalho".

O treinador prometeu que alguns dos treinos no CT Joaquim Grava serão abertos à imprensa, mudando uma medida que a maioria dos clubes tem adotado. "Já falei com a assessoria, vamos colocar isso gradativamente, os jogadores vão ter que se adaptar a isso, e entender que quando a imprensa estiver vai ter que tomar cuidado, a imprensa vai ter respeitar o espaço, dá para sincronizar isso bem".

VIDA FORA DO FUTEBOL

Demitido do Cruzeiro em dezembro de 2021, o "pofexô" passou mais de um ano longe da bola. Nesse período, disse ter ficado com a família e dado atenção aos negócios. Ele tem empresas no Tocantins e, entre seus principais empreendimentos, está a TV Jovem, afiliada da TV Record.

"Eu sou dono de uma TV, fui âncora de um programa. Qual o problema que tem disso aí? Nenhum. Qual o problema de empreender em outras áreas? Nenhum. Eu não deixei de ser um cidadão. Nós pertencemos a sociedade brasileira, não deixamos de ser. Eu vejo com uma visão um pouco diferente, me incluindo na população brasileira, onde fui bem-sucedido no futebol, a oportunidade que tive".

"Não fiquei fora da bola porque quis. Muito pelo contrário. Eu tive propostas, uma boa para ir, mas o Corinthians falou mais alto. Não era algo que me atraiu, que poderia preparar minha saída do futebol de outra maneira", acrescentou, justificando sua escolha pelo Corinthians.

ELENCO

Luxemburgo falou rapidamente sobre a dependência que o time tem de Renato Augusto, meio-campista que sofre com lesões em série. No momento, o maestro do time se recupera de um problema no menisco. "A dependência não é ruim, é boa. Ele não vai ser eterno, isso faz parte do processo. Tudo vai acontecer, mas eu não vou te falar, você vai ter que noticiar. Você vai ter que ver o que vai acontecer".

Também fez uma avaliação do elenco e comentou que irá aproveitar a base ao máximo, como fizera no Palmeiras. "Uma coisa que todos sabem é que eu aproveito muito jogador da base, que tem a essência do clube, é mais aceito pela torcida, e isso facilita abrir o espaço deles. Aqui no profissional abrimos esse espaço para o jogador de baixo ver que tem espaço em cima. Isso vai acontecer no Corinthians", salientou.

"Os da base terão espaço no elenco profissional, fazendo parte, mas sendo dos jogadores da base. Jogou aqui, mostrou qualidade, fica. Não aproveitou, volta para continuar treinando e voltar. Sem fechar as portas. Nessa faixa etária, o jogador precisa jogar. Tenho visto no futebol brasileiro muitas competições na categoria, e isso é fundamental, jogar o ano todo."

A poucas horas de reestrear pelo Corinthians, o treinador Vanderlei Luxemburgo se vê às voltas novamente com a acusação sexual que sofreu na década de 90 - e da qual foi inocentado. A acusação foi feita pela manicure Cláudia Cavalcante, que voltou ao assunto nesta semana. Em entrevista ao canal CNN, ela alega ter depressão e acusa o novo técnico do Corinthians de ter "comprado todo mundo" que poderia servir de testemunha no processo.

"Estou nessa situação por causa dele", afirmou a manicure, em referência à "vida difícil" que leva, segundo a reportagem da CNN. Ela disse viver à base de remédios para depressão desde o suposto episódio de ataque sexual, que teria acontecido em 1996. A Justiça brasileira inocentou o treinador dois anos depois.

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Luxemburgo, então no comando do Palmeiras, teria tentado abusar da manicure no hotel Vila Rica, em Campinas, antes de um jogo de sua equipe contra o Rio Branco, em Americana. Segundo a versão da manicure, ela teria ido atender Luxemburgo em seu quarto, onde o treinador encontrava-se enrolado apenas em uma toalha.

"É difícil falar sobre isso. Já no primeiro momento, (ele) bateu a porta e o resto não dá para falar... Teve tudo. Só não teve penetração. E eu contra a parede", afirmou a profissional. Hoje ela tem 60 anos, enquanto o treinador está em sua terceira passagem pelo Corinthians aos 70 anos.

A Justiça aceitou uma acusação de atentado violento ao pudor, mas acabou inocentando o técnico em novembro de 1997. Em outubro de 1998, foi confirmada a sentença que o absolveu. "Ele tinha quatro advogados grandes e graúdos. E eu estava com um, me desculpe, que não fez nada por mim", afirmou.

"Ele comprou todo mundo, ele tinha uma mala de dinheiro. Ele comprou todo mundo. Ele comprou a recepcionista, um motorista de táxi que me trouxe embora. Foi isso o que aconteceu", alegou a manicure.

Cláudia Cavalcante disse que precisou deixar a cidade após a acusação porque recebia ameaças. "Os torcedores queriam me linchar. Porque você sabe... Ele estava no auge e eu tive que sumir de Campinas", declarou à CNN.

Luxemburgo chegou ao Corinthians em 1998, após ser campeão pelo Palmeiras. À época que correu o processo, o treinador acabara de comandar o time alviverde e teve breve passagem pelo Santos. No mesmo ano, após conquistar o título do Brasileirão pelo Corinthians, foi convidado pela CBF para comandar a seleção brasileira. Permaneceu apenas um ano no cargo e conquistou a Copa América de 1999.

Com passagens por grandes clubes do Brasil e também pelo futebol europeu, o volante Wesley anunciou que vai pendurar as chuteiras aos 35 anos. Ele usou sua conta no Instagram para anunciar a aposentadoria e dizer que vai atuar como assessor de atletas.

Alçado aos profissionais por Vanderlei Luxemburgo, no Santos, Wesley foi campeão da Copa do Brasil em 2010 pelo clube paulista. Depois, se transferiu para o Werder Bremen, da Alemanha, onde ficou até 2012. Passou ainda por Athlético Paranaense, Palmeiras, São Paulo e voltou a encontrar o "Profexô" no Sport, onde teve passagem apagada, em 2017.

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Seu último clube foi a Ponte Preta, onde disputou partidas pela série B em 2022, sendo a última no mês de agosto.

"Palavras jamais conseguirão definir minha alegria por toda trajetória que construimos até aqui. Toda minha gratidão a todas as pessoas que fizeram parte da minha carreira, todos tiveram um papel essencial em toda minha evolução profissional e pessoal. Quero agradecer a todas as equipes que confiaram em meu trabalho, aos torcedores, imprensa e minha família e amigos que sempre me apoiaram em todos os momentos.  Seguimos para uma nova etapa cheia de desafios e muitas surpresas para quem ama e vive o futebol", postou Wesley.

Sem comandar um time desde que deixou o Cruzeiro no fim do ano passado, Vanderlei Luxemburgo pode voltar à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. O treinador foi sondado para substituir Marquinhos Santos no comando do Ceará. Luxemburgo, que ainda não teria recebido proposta formal, ainda não se manifestou sobre o interesse do clube cearense.

Marquinhos Santos deixou o clube no domingo, após a derrota no clássico com o Fortaleza, por 1 a 0, na Arena Castelão. A passagem do treinador durou pouco mais de dois meses. "A decisão foi tomada em comum acordo. O auxiliar Edison Borges também não faz mais parte do quadro técnico do Alvinegro."

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Contratado em junho para substituir Dorival Júnior, que aceitou a proposta do Flamengo, Marquinhos Santos registrou com 45% de aproveitamento. Em 17 partidas sob seu comando, o Ceará teve seis vitórias, cinco empates e seis derrotas. As eliminações na Copa do Brasil, para o Fortaleza, e na Copa Sul-Americana, para o São Paulo, aumentaram a pressão sobre o treinador.

Na 14ª colocação do Brasileirão, com 25 pontos, o Ceará tem apenas dois a mais que o Avaí, que abre a zona de rebaixamento. Sem vencer há quatro jogos, o time busca a reabilitação no domingo, contra o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, pela 23ª rodada.

CORITIBA MUDA TREINADOR

O time paranaense também mudou seu comando no fim de semana. Trocou Gustavo Morínigo por Guto Ferreira. A derrota para o Atlético-MG, por 1 a 0, no Couto Pereira, foi a gota d'água para a diretoria do Coritiba.

No clube desde o ano passado, Gustavo Morínigo era um dos treinadores mais longevos do futebol brasileiro. O paraguaio, porém, não aguentou a sequência de três derrotas seguidas, que colocou o clube na zona de rebaixamento do Brasileirão.

Sob o comando de Gustavo Morínigo, o Coritiba conseguiu o acesso à elite do Campeonato Brasileiro no ano passado e foi campeão paranaense em 2022. Em 99 partidas, foram 43 vitórias, 22 empates e 34 derrotas. O head esportivo Renê Simões também foi desligado, assim como os auxiliares Toro Acuña e Diosnel Burgos, e o preparador físico Gonçalo llanos.

A diretoria coxa-branca não perdeu tempo e acertou com Guto Ferreira, que estava sem clube desde que deixou o Bahia no final de junho. O treinador de 56 anos chega com a missão de livrar o Coritiba do rebaixamento e deve estrear no próximo sábado, contra o Fluminense, no Rio de Janeiro.

Com passagens por Mogi Mirim, Criciúma, ABC, Ponte Preta, Portuguesa, Figueirense, Chapecoense, Internacional, Sport, Ceará e Bahia, Guto Ferreira vai ter a sua primeira experiência no futebol paranaense. Ele assume o Coritiba na 18ª colocação do Brasileirão, com 22 pontos. A diferença para o Cuiabá, primeiro time fora da zona de rebaixamento, é de apenas um ponto. Faltam 16 jogos para o fim do campeonato.

Para o ex-atacante Romário, o português Cristiano Ronaldo não vai alcançar a marca de mil gols na carreira. Em entrevista ao canal "Que Papinho", do influenciador digital Casimiro Miguel, o ídolo da seleção brasileira, que balançou as redes 1.002 vezes, ainda disse que teria feito o dobro de gols se atuasse no futebol de hoje.

"Não (algum jogador chegar na marca de mil gols), porque não tem cara pra fazer. Se tivesse um Romário, Ronaldo… poderia chegar. Ele (Cristiano Ronaldo) deve ter quase 800 (gols). Está com 37 anos, mas não vai conseguir chegar aos 1000. Eu tentaria", contou o Baixinho, que estava, como sempre, com a língua afiada.

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Cristiano Ronaldo tem 815 gols e vive um impasse na carreira. Ele quer deixar o Manchester United para poder disputar a próxima Liga dos Campeões, mas foi recusado por Bayern e Chelsea e vê as portas dos clubes fechadas. Seu futuro segue incerto.

Romário também criticou o nível do futebol de hoje e se irritou com a falta de qualidade de muitos atacantes. "Para começar, no futebol de hoje, eu faria dois mil gols. Está fácil para c...... O que hoje ele precisa ter? Preparo físico. O que eu ia fazer? Me prepararia melhor e passaria por cima, não tinha conversa".

Na entrevista, Romário lembrou da sua convocação para o jogo decisivo do Brasil contra o Uruguai, no Maracanã, em 1993, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do ano seguinte. A pressão popular para sua entrada no time deu certo e Romário foi a campo para marcar dois gols na sua maior atuação individual da carreira, como admite.

Mas o incômodo do ex-atacante com a comissão técnica em não ter recebido chances na equipe titular antes da partida era claro. Após o jogo, a vontade era de reclamar, mas o atacante decidiu guardar o sentimento de raiva e se arrepende.

"A minha vontade era de mandar todo mundo tomar no c... A minha relação com eles, mas principalmente com o Zagallo, era tão ruim que, dois anos depois, não tinha como ele não me levar para as Olimpíadas. O filho da p... não me levou. (Fiquei puto) para c... Os caras (Zagallo, Felipão e Vanderlei Luxemburgo) me tiraram duas Olimpíadas e uma Copa do Mundo". Ao ser perguntado se guardava mágoa, Romário foi direto. "Não, quero que eles se f...."

Nesta semana, um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro completa 70 anos. Vanderlei Luxemburgo foi responsável por revolucionar o futebol brasileiro, principalmente o paulista, nos anos 1990. Por isso, o LeiaJá selecionou cinco curiosidades sobre o "pofexô":

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Vanderlei Luxemburgo é o treinador com mais vitórias na história do Brasileirão (1959-2022), com 350 vitórias. Além disso, o técnico é o maior vencedor da competição, com cinco títulos (empatado com Luís Alonso Pérez).

Vanderlei é o treinador brasileiro com mais campeonatos estaduais no século XXI, com nove conquistas, empatado com Givanildo Oliveira. O treinador foi campeão estadual em todos os quatro estados do Sudeste, sendo o maior campeão do Paulistão, com nove títulos.

Luxa possui uma forte ligação com o Palmeiras, mesmo já sendo campeão e tendo um respeito grande pelo Corinthians e pelo Santos. No verdão, Luxa é o treinador com mais conquistas, com dois brasileiros; cinco paulistas e um torneio Rio-São Paulo. Até 2022, Luxemburgo tinha sido responsável pelos últimos três Campeonatos Paulista do Verdão, vencendo em 1996, 2008 e 2020. A marca foi quebrada por Abel Ferreira na atual temporada.

Luxemburgo é o único treinador brasileiro a comandar o Real Madrid. Luxa fez parte dos "galácticos", em 2004. Seu bom trabalho no Santos naquele ano, garantiu a vaga como comandante do time estrelado por Ronaldo Fenômeno e Zidane. Apesar de badalada, a posição no cargo de comandante se estendeu por menos de um ano, saindo de lá em 4 de dezembro de 2005.

Apesar de ter sido  considerado por muitos como um gênio do futebol, Luxemburgo não foi muito exemplo fora da área de treinamento. Em 2000, o treinador foi acusado de crime de sonegação fiscal. Segundo sua secretária na época, o técnico desviava dinheiro para uma conta nas ilhas Cayman, além de estar envolvido em um esquema de venda ilegal de jogadores. Apesar da polêmica, não houve provas que confirmassem a acusação.

Porém, um pouco depois do ocorrido, o técnico foi acusado por estar com documentos com informações falsas, enquanto tentava expedir o seu CPF e quatro passaportes. Segundo a Polícia Federal, a certidão de batismo indica que Luxemburgo nasceu em 10 de maio de 1952, e não em 1954 como constava em sua identidade. Luxa assumiu a culpa e teve que mudar seus documentos.

Quatro dias após um desabafo de Vanderlei Luxemburgo nas redes sociais, a nova gestão do Cruzeiro anunciou a saída de toda a comissão técnica atual do time. O Comitê de Transição do clube mineiro alegou preocupação com custos para demitir o experiente treinador. O nome do novo técnico ainda não foi definido.

"Para adequar as contas à realidade orçamentária do clube, a diretoria foi orientada a não renovar com a atual comissão técnica. A nova equipe será anunciada nos próximos dias", informou o clube, em comunicado. "O Cruzeiro agradece imensamente a todos os profissionais pelos serviços prestados."

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A definição sobre o futuro de Luxemburgo já era aguardado desde sexta, quando o treinador veio a público para cobrar a nova gestão, encabeçada por Ronaldo, que adquiriu 90% da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Em vídeo publicado em seu canal, o treinador reclamou do que chamou de "exposição desnecessária" sobre o seu nome em reportagens que projetam o futuro do time.

"Entendo que existe uma mudança, uma transição. Mas é complicado porque aqui estamos ouvindo que 'Luxemburgo está sendo analisado, avaliado'. Se continua ou não continua, se o trabalho continua e os jogadores contratados vão continuar... Eu sou um profissional do futebol. Acho que essa exposição na mídia, 'se continua ou não', é desnecessária", declarara Luxemburgo.

Junto do treinador, deixam o clube o auxiliar técnico Maurício Copertino, o preparador físico Antônio Mello e o diretor técnico Ricardo Rocha. Todos tinham renovado seus contratos, até 2023, no fim de novembro, com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, que comandava o clube antes da chegada de Ronaldo.

Luxemburgo e sua comissão técnica chegaram ao Cruzeiro no início de agosto com a missão de salvar o time de um eventual rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. O treinador alcançou o objetivo, mas a equipe esteve longe de sonhar com o retorno à primeira divisão. Terminou em 14º lugar, com 48 pontos. O treinador encerrou sua terceira passagem pelo time mineiro com oito vitórias, 11 empates e quatro derrotas em 23 jogos na segunda divisão.

De acordo com o Cruzeiro, novos cortes de custos devem gerar mais demissões nos próximos dias. "Desde a instauração de auditoria interna, o Comitê de Transição analisa todas as operações, procedimentos e contratos vigentes a fim de desenvolver uma gestão eficiente da SAF Cruzeiro", disse o clube, no comunicado. "Em paralelo, outros desligamentos no departamento de futebol estão em curso."

Responsável por evitar o rebaixamento do Cruzeiro à Série C neste ano, o técnico Vanderlei Luxemburgo está incomodado com a indefinição do seu futuro no clube desde a chegada de Ronaldo ao comando do clube mineiro. Em tom de desabafo, o treinador reclamou nesta sexta-feira do que chamou de "exposição desnecessária" sobre o seu nome em reportagens que projetam o futuro do time, agora liderado pelo ex-atacante.

"Entendo que existe uma mudança, uma transição. Mas é complicado porque aqui estamos ouvindo que 'Luxemburgo está sendo analisado, avaliado'. Se continua ou não continua, se o trabalho continua e os jogadores contratados vão continuar... Eu sou um profissional do futebol. Acho que essa exposição na mídia, 'se continua ou não', é desnecessária", disse o treinador, em seu canal no YouTube.

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Em grave crise técnica e financeira nos últimos anos, o Cruzeiro vem dominando o noticiário desde o sábado passado, quando anunciou que Ronaldo adquirira 90% do futebol do clube, com investimento de R$ 400 milhões. A mudança aconteceu na esteira das alterações jurídicas do clube, que adotou as regras da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), uma das possibilidades do conceito de clube-empresa.

Desde então, o time mineiro se tornou alvo de seguidos rumores sobre o seu futuro. Ao mesmo tempo, o ex-jogador já vem começando a dar a sua cara ao clube. Na quinta, Ronaldo anunciou Paulo André e Gabriel Lima à frente do comitê de transição que vai atuar até o início da nova gestão no clube mineiro.

"Ronaldo é muito bem-vindo ao Cruzeiro. Tenho certeza que terá sucesso absoluto. Conheço ele, gosto dele, é meu amigo. Ele tem que tomar a decisão que achar que tem que tomar. Ele que sabe como vai administrar o Cruzeiro. Só acho desnecessária essa exposição na mídia", reiterou Luxemburgo.

"Essa exposição, essa avaliação, é uma coisa que só expõe os dois lados, questionando um lado o outro. Qualquer decisão que for tomada, tenho que respeitar. Aqui, de coração, o que for feito, vai ser aceito e meu coração vai continuar no Cruzeiro. Se eu continuar, vou me empenhar ao máximo para levar o Cruzeiro para a primeira divisão. Se eu sair, vou torcer muito para voltar porque não pode ficar onde está", comentou.

Foi a primeira vez que o treinador se pronunciou publicamente desde a grande mudança que aconteceu na gestão do Cruzeiro, a partir de sábado passado. Ronaldo ainda não fez comentários públicos sobre a permanência do treinador ou sobre possíveis nomes que poderiam substituir o experiente técnico.

O Conselho Europeu autorizou nesta segunda-feira (6) o início das negociações sobre um salário mínimo comum para todos os países do bloco. A ideia não é ter um valor fixo para todos, mas sim estabelecer critérios para que o pagamento seja "justo" em todos os Estados-membros da UE conforme a situação econômica e o custo de vida de cada local.

Segundo dados da própria Comissão Europeia, os salários mínimos entre os 27 países do bloco tem uma variação enorme, sendo o menor na Bulgária (300 euros por mês, o que equivale a R$ 1.926) e o maior em Luxemburgo (pouco mais de 2,1 mil euros, quase R$ 12,5 mil).

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Proposta

A liberação para a proposta apresentada pela Comissão Europeia ocorreu durante uma reunião dos ministros para o Trabalho e para Políticas Sociais e marca o início formal do processo de negociação com o Parlamento, que já havia autorizado o procedimento.

"Não podemos aceitar que pessoas que coloquem toda a sua energia para o trabalho não possam ter padrões de vida dignos. Essa lei será um grande passo para uma retribuição justa", disse o ministro do Trabalho da Eslovênia, país que ocupa a presidência rotativa do bloco, Janez Cigler Kralj.

O ministro italiano do Trabalho, Andrea Orlando, também comemorou a aprovação e disse que a medida dá "uma resposta forte a dois fenômenos que caracterizam o mercado de trabalho: o 'dumping' salarial e a presença de muitos trabalhadores pobres".

"Essa é uma boa notícia para a Europa e também para a Itália. Trata-se de um passo importante na construção de uma Europa social. A diretriz define o percurso através do qual os países podem reforçar suas contratações", pontuou ainda o italiano.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que a medida ainda "está em estudo e será flexível". Os portugueses foram os primeiros a defender publicamente a discussão da proposta, apresentada pela Comissão em outubro de 2020, enquanto estavam na presidência rotativa do bloco.

Da Ansa

Nesta terça-feira (12), Portugal e Luxemburgo se enfrentam pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. O jogo ocorre no estádio Algarve, em Portugal, a partir das 15h45 (horário de Brasília).

Portugal ocupa atualmente a 2ª colocação no Grupo A, porém, a seleção possui um jogo a menos que a Sérvia (líder do grupo). Por outro lado, Luxemburgo está em 3° no grupo e possui sete pontos de diferença para Portugal.

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O treinador da seleção portuguesa falou sobre a próxima partida. "São três finais e é nisso que temos que nos concentrar. Se tivermos equilíbrio estaremos próximos da vitória", analisou Fernando Santos. Com isso, o técnico deve entrar com: Rui Patricio; Cancelo; Pepe e Rúben Dias; Nuno Mendes; João Moutinho; Palhinha e Bruno Fernandes; Bernardo Silva; Cristiano Ronaldo e Rafael Leão.

Luxemburgo tem de vencer para continuar vivo na competição. Com apenas duas vitórias e três derrotas, a seleção precisa encostar em Portugal e vencer a próxima partida. O técnico Luc Holtz deve entrar com: Moris; Jans; Chanot e Carlson; Pinto; Martins; Deville; Thill; Barreiro e Rodríguez; Sinani.

"Não sou covarde". Foi assim que o técnico Vanderlei Luxemburgo justificou a decisão de aceitar a proposta do Vasco para dirigi-lo na reta final do Campeonato Brasileiro. O treinador foi anunciado para o cargo na última quinta-feira, iniciou seu trabalho no sábado e nesta segunda concedeu sua primeira entrevista coletiva, no CT do Almirante, onde deu tal declaração.

Luxemburgo já havia definido o acerto com o Vasco como uma "convocação". Ele vai dirigir o time nas 12 rodadas finais do Brasileirão, sendo que a equipe está na zona de rebaixamento. A diretoria demitiu o português Ricardo Sá Pinto e recebeu a recusa de Zé Ricardo, antes de fechar com Luxemburgo.

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"Nesse momento muito difícil, as pessoas podem não querer aceitar, com medo de manchar a carreira, mas não sou covarde. Não foi um convite, foi uma convocação. É uma experiência nova de dirigir 12 jogos, mas estou me colocando à disposição do Vasco. O pensamento é a manutenção do Vasco na primeira divisão", afirmou.

A estreia de Luxemburgo será nesta quinta-feira, quando o time vai visitar o Atlético Goianiense. E ele destacou que o seu primeiro objetivo é melhorar o desempenho do sistema defensivo, que sofreu 39 gols em 26 jogos. Na frente, seguirá a aposta no faro de Germán Cano.

"O Vasco tem 12 jogos decisivos, e o primeiro ponto é não tomar gol. Não tomando gol, você já partiu do resultado de empate. Se você fizer 0,5 a 0, você ganha três pontos. Se você vencer três jogos, ganha nove pontos, que acrescenta muito. Se o time puder ser reativo, vai ser. Se puder ser pró-ativo, vamos fazer. Gol vai sair, até porque temos um goleador que bota a bola para dentro se ele chegar", disse.

Na sua apresentação, Luxemburgo apontou a importância dos confrontos diretos na briga contra o rebaixamento. E três serão disputados em sequência: depois de encarar o Atlético-GO, Botafogo e Coritiba serão os rivais seguintes do Vasco. "Temos cinco jogos de confronto direto. Vamos pensar nisso, a nossa manutenção passa muito por esses jogos", argumentou.

Luxemburgo teve uma passagem recente pelo Vasco, de maio a dezembro de 2019. Sob o seu comando o time somou 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas em 37 jogos, pelo Brasileirão e amistosos - foram três.

Ainda internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o técnico Vanderlei Luxemburgo divulgou nesta sexta-feira um vídeo nas redes sociais para revelar que se sente bem melhor dos sintomas do novo coronavírus. O treinador de 68 anos recebe cuidados médicos há uma semana, mas revelou não ter mais febre e disse que nos próximos dias já deve receber alta e poderá terminar a recuperação em casa.

"Agradeço a todos vocês pelo carinho, quero retribuir. Aos amigos, aos fãs, a todos que torceram que por mim, o meu muito obrigado. Estou próximo de sair daqui. Não estou curado, mas estou quase bom", disse o treinador. Luxemburgo procurou o hospital no dia 11 de dezembro após sentir dores pelo corpo e na cabeça. Prontamente ele foi atendido pelos médicos, que o internaram.

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O treinador teve a covid-19 pela primeira vez em julho, ainda quando dirigia o Palmeiras. O quadro foi assintomático e ele se recuperou em casa. Em dezembro novamente Luxemburgo testou positivo, porém apresentou sintomas mais graves. "Estou me recuperando bem, graças a Deus. O quadro está reduzindo bastante. A voz rouca é por causa da tosse. A febre foi embora", contou.

O treinador está sem clube desde que foi demitido do Palmeiras, em outubro. Fora do futebol, Luxemburgo alterna a rotina entre São Paulo e Rio de Janeiro, além de cuidar de investimentos. Um dos seus empreendimentos é uma emissora de TV no Tocantins.

Poucos minutos após a derrota para o Coritiba, a direção do Palmeiras anunciou a demissão de Vanderlei Luxemburgo. O treinador foi demitido nesta quarta-feira, após o revés por 3 a 1, no Allianz Parque, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o terceiro revés consecutivo na competição. Ele encerrou, assim, a sua quinta passagem pelo clube e deixa o time alviverde com um título conquistado nesta temporada, o do Campeonato Paulista. Seu contrato era válido até o fim de 2021.

"Após a partida desta quarta-feira (14), a diretoria alviverde se reuniu na Academia de Futebol e decidiu pela não permanência do treinador no cargo. O Palmeiras agradece a Luxemburgo pelo trabalho desenvolvido em sua quinta passagem pelo clube, na qual conquistou o Campeonato Paulista de 2020", anunciou o clube paulista.

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Luxemburgo já vinha balançando no cargo há alguns dias. As críticas ao seu trabalho existem desde o Paulistão. Os questionamentos, antes, não tinham relação com os resultados. Eram relacionados ao futebol pobre tecnicamente apresentado, com muita dificuldade na criação das jogadas e de repertório limitado ofensivamente.

As cobranças foram intensificadas depois que o Palmeiras perdeu a invencibilidade de 20 jogos ao ser derrotado pelo Botafogo, no Engenhão, e o ambiente piorou ainda mais com o revés por 2 a 0 para o São Paulo, que representou a primeira derrota da equipe alviverde no Choque-Rei jogando no Allianz Parque. Contra o Coritiba, os comandados de Luxemburgo tiveram um desempenho muito ruim e foram dominados pelo rival, que ocupa a zona do rebaixamento.

Muito cobrado, o técnico chegou a questionar a qualidade do elenco ao dizer que não sabia se o time poderia jogar de forma ofensiva, prometeu retomar o "futebol feio, mas de resultado", da época do Paulistão, mas não jogava a toalha e negava que o trabalho era ruim. Internamente, o presidente Mauricio Galiotte, avesso a mudanças, resistiu à pressão da demissão enquanto pôde.

O treinador, de 68 anos, ficou dez meses no comando nesta quinta passagem pelo clube. Foram 36 partidas, com 17 vitórias, 14 empates e cinco derrotas. O acúmulo de igualdades, aliás, também foi motivo de parte das críticas da torcida.

Luxemburgo tem 411 partidas pelo Palmeiras e é o terceiro técnico que mais vezes dirigiu o clube, atrás somente de Luiz Felipe Scolari (484) e Oswaldo Brandão (586). Pentacampeão paulista pela equipe alviverde (1993, 1994, 1996, 2008 e 2020), ele é o treinador que mais levantou canecos estaduais pelo time.

A Nasa anunciou nesta terça-feira (13) que sete países assinaram os denominados "acordos de Artemisa", um texto que visa a estabelecer o marco legal para a nova era da exploração da Lua e outros astros e autorizar a criação de "zonas de segurança", mas as grandes potências espaciais rivais não estão entre os signatários.

Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido assinaram estes acordos com os Estados Unidos. Nem a China, nem a Rússia o fizeram até agora, o que gera temores do surgimento de um "Faroeste" espacial, já que o grande tratado internacional que rege o espaço, datado de 1967, continua sendo vago na questão da exploração dos recursos extraterrestres.

A Nasa tem pressa para estabelecer um precedente ao dar forma a um arcabouço legal que autorize explicitamente as empresas privadas a operar em outros astros de forma protegida.

O chefe da agência espacial russa, Dimitri Rogozin, disse na segunda-feira que o programa da Artemisa para voltar à Lua estava muito "centrado nos Estados Unidos".

Dois astronautas americanos, inclusive uma mulher, caminharão na Lua em 2024 durante a missão Artemisa 3, e a Nasa quer envolver outros países na construção da miniestação que será posta na órbita lunar a partir de 2023.

"Artemisa será o maior e o mais diverso programa internacional de exploração tripulada da história, e os Acordos de Artemisa serão o veículo para estabelecer esta coalizão global única", disse Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana.

Os acordos enumeram dez princípios, como a transparência das atividades, a interoperabilidade dos sistemas nacionais, a obrigação de catalogar qualquer objeto espacial, a assistência a um astronauta em perigo, a troca de dados científicos e a gestão adequada dos dejetos espaciais.

Mas o texto se torna mais controverso, ao contemplar a possibilidade de que os países criem "zonas seguras" para proteger suas atividades em um corpo celeste, por exemplo a extração de recursos, como a água no polo sul da Lua.

O tratado de 1967 proíbe qualquer "apropriação nacional por proclamação de soberania, nem pela via da utilização, nem por nenhum outro meio".

Mas a Nasa se baseia em outro artigo do tratado que proíbe qualquer atividade que "cause mal-estar potencialmente nocivo" para justificar a criação destas zonas seguras, embora reafirmando a primazia do tratado espacial.

Em meio a uma pandemia que já infectou quase 5 milhões de pessoas pelo novo coronavírus no Brasil, alguns técnicos de futebol não passaram ilesos e foram contaminados pelo vírus. Os treinadores que contraíram a doença ficaram longe de suas atividades por alguns dias e, mesmo os que não apresentaram sintomas, passaram por período em que tiveram que controlar a ansiedade e outras questões que os afligiram.

O Estadão reuniu depoimentos de seis treinadores que tiveram suas rotinas interrompidas por um tempo após terem testado positivo para a covid-19: Vanderlei Luxemburgo, Ramon Menezes, Dorival Junior, Thiago Larghi, Umberto Louzer e Eduardo Baptista.

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Eles contaram o que fizeram em suas casas para reduzir a ansiedade, como assistir séries, estudar futebol e ler livros, e revelaram os sentimentos desenvolvidos no período enclausurado. Alguns mostraram maior preocupação com a saúde por pertencer ao grupo de risco, outros conseguiram enfrentar o isolamento com mais tranquilidade. A maioria revelou sentimento de ansiedade e impotência diante do impedimento de trabalhar por quase duas semanas.

Confira abaixo os depoimentos:

VANDERLEI LUXEMBURGO, técnico do Palmeiras

"Passei assintomático. Sou igual vara de marmelo: envergo, mas não quebro. Não tive nada sério, parece que não tive a doença. Passei muito bem. A única coisa que incomodou é que parecia que eu estava preso. Minha mulher chegava, batia na porta do quarto e falava "almoço", "janta", "café". Aí ela deixava a bandeja na porta, eu pegava e comia. Isso era deprimente, muito ruim. Pensei: "estou preso".

Quando testei positivo, mandei todos saírem de casa. Cheguei no apartamento, tirei a roupa, deixei para lavar e fui direto para o quarto. Minha esposa deixou tudo separado lá para eu não sair e expor minha família. Fiquei 12 dias naquele quarto, com computador, trabalhando, lendo, vendo futebol e o que estava acontecendo.

Os médicos do Palmeiras me deram muita vitamina. É muito importante ter imunidade e se preparar antes de ter covid-19. Se estiver com a imunidade boa, com certeza esse negócio bate, encontra resistência e vai embora. Se tiver uma brecha, ele vai te pegar e te machucar."

DORIVAL JUNIOR, ex-Athletico-PR

"É uma situação complicada. Você tem que se isolar totalmente, mas é uma necessidade. Você fica inibido, sem sair de casa, e, queira ou não, é uma situação difícil. Mas eu tentei enfrentar da melhor forma e me preparei emocionalmente para isso. Eu procurei aproveitar o tempo livre o máximo possível com leituras, vendo jogos, estudando um pouco dentro das condições que se apresentavam e também assistindo a algumas séries.

Fiquei totalmente assintomático, sem dor nenhuma. Encarei com naturalidade, tranquilidade. O que tive foi uma ansiedade natural. Fiquei aguardando a autorização para retornar. Passei um período tranquilo, totalmente sozinho, fechado no meu apartamento, em Curitiba.

Estava bem tranquilo. É uma sensação de impotência estar acompanhando tudo o que está acontecendo e não poder participar, mas não é um problema tão sério. O ser humano tem que ter resiliência de saber enfrentar um período de dificuldade e saber tirar o melhor proveito possível dessa adversidade."

RAMON MENEZES, técnico do Vasco

"Não foi fácil esse período. A situação é atípica, todos nós, profissionais, corremos riscos. O tempo demora a passar e o receio de ter algum sintoma é contínuo. A cabeça fica a mil.

Minha rotina é muito ligada ao clube, muito forte. Sempre chego cedo e saio tarde, trabalho praticamente 24 horas por dia. Vivo intensamente o Vasco, então é difícil ter de mudar a rotina dessa forma e se isolar da família e trabalho de uma hora para outra.

Foi isso o que mais senti. Fiquei muito chateado com a notícia. Felizmente não senti nada, mas é claro que a atenção aos possíveis sintomas do novo coronavírus e às reações fica maior.

Fiquei muito preocupado com a minha família, mas felizmente ninguém teve o vírus detectado. Assusta saber que estamos positivos para o coronavírus e, nessa situação, qualquer reação do corpo diferente do normal nos faz pensar no pior. Porém, graças a Deus, não tive nada e estou recuperado e de volta ao trabalho."

UMBERTO LOUZER, técnico da Chapecoense

"Foi muito ruim o período de isolamento. Adoro o dia a dia no clube, sempre chego cedo para planejar as sessões de treinamento e, quando você interrompe essa rotina, acaba sendo ruim. Mas era uma situação em que não tinha escolha e o isolamento era fundamental para a saúde de todos. Não tive problema grave. O que tive foi a perda do paladar e do olfato, mas é claro que gera medo, uma angústia por se tratar de uma doença nova, desconhecida. Felizmente não tive nenhum tipo de sequela.

Quando você recebe a notícia é muito desagradável, causa impacto. Fiquei incrédulo porque não tive nenhum sintoma. Você começa a pensar nos dias distantes da rotina de trabalho e isso é muito ruim. Mas demos um jeito de nos comunicar com os atletas e acabei perdendo três sessões somente de treinos. Se eu tivesse que ficar um período maior em isolamento, pensamos em colocar um telão ou uma televisão ao lado do gramado para que pudesse assistir ao treinamento em tempo real. Felizmente não foi preciso.

THIAGO LARGHI, ex-Goiás

"Fiquei me cuidando bastante no período do isolamento. Segui me hidratando, me alimentando bem e tomei a medicação recomendada pelos médicos. Mantive reuniões periódicas todos os dias pela noite com a comissão técnica, e também de manhã para definir os treinamentos. Também acompanhava por meio de imagens e via vídeos gravados no clube. Foi ruim ficar longe do time, obviamente, mas usamos a tecnologia para manter a qualidade e o alto padrão dos treinos. Porém, é claro que não é como se eu estivesse no local, com a saúde plena. Houve um sentimento ruim, mas consegui lidar bem com isso.

Eu não fiquei assintomático. Tive febre dois dias, que foi se acentuando, e também senti cansaço. Quanto à questão mental, foi tranquilo. Não tive angústia e medo. Fiquei pouco preocupado porque os sintomas foram fracos. Consegui monitorar a questão da saturação do oxigênio por meio de um oxímetro e meu corpo respondeu bem, apesar de ter ficado um pouco debilitado."

EDUARDO BAPTISTA, ex-CSA

"Quando testei positivo, eu tive a sorte de estar em Campinas, onde tenho residência. Fiquei 10 dias dentro de casa, e minha maior preocupação na época era o medo de transmitir o vírus para minha esposa, filhos, sogro e sogra, que são do grupo de risco. Você vê as notícias chegando e fica apreensivo.

A sensação é de apreensão, de impotência por não poder fazer nada, ter que ficar trancado e a ansiedade também é muito grande. Mas também fiquei aliviado por não ter tido um sintoma grave, apenas dor de cabeça.

O que me assustou foram as notícias em relação ao vírus. Mas sei que no futebol pouca gente teve complicação. A grande maioria tem uma saúde muito boa, então isso que me deixava mais tranquilo.

Não poder trabalhar me atrapalhou demais. Sempre fazíamos reuniões por videoconferência, mas o treinamento não é tão simples. O comando é no olho no olho, está na vivência física. Fiquei dirigindo o CSA dois jogos à distância e isso é muito ruim. Fiquei limitado."

O técnico Vanderlei Luxemburgo ficou irritado com as três perguntas realizadas na coletiva de imprensa após o empate sem gols do Palmeiras com o Guaraní do Paraguai, na noite desta quarta-feira (24), em duelo válido pela Copa Libertadores. O treinador valorizou o resultado, que deixa o Palmeiras a apenas mais um empate da classificação para as oitavas de final.

O Palmeiras está invicto na Libertadores, lidera o Grupo B, com dez pontos, e só tem campanha pior do que o uruguaio Nacional entre os 32 times da competição. Ao ser questionado sobre o desempenho da equipe, Luxemburgo voltou a falar em "exagero" nas cobranças.

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"Parece que nós perdemos o jogo com essas perguntas. Todos os jogadores e comissão técnica estão satisfeitos porque avançamos em busca da classificação, e as perguntas sempre no sentido de que está faltando alguma coisa. O que eu posso fazer? Se eles acham que está faltando alguma coisa, deve estar sobrando em algum lugar. Nós estamos próximos de uma classificação, e tem equipes que não estão. Há um pouco de exagero na cobrança. Um empate aqui no Paraguai contra uma equipe forte como o Guaraní é um grande resultado", avaliou o treinador. "Não sei onde faltou alguma coisa. De repente temos que ganhar todos os jogos da Libertadores. Primeiro é classificar e depois é ver como as coisas vão acontecer", ironizou.

Luxemburgo admitiu que a maior preocupação nesta quarta-feira era não sair de campo derrotado. Com o empate, o Palmeiras manteve a vantagem de três pontos na liderança do Grupo B justamente para o Guaraní. O Bolívar está em terceiro, com quatro pontos, e o Tigre na lanterna, com apenas um.

"Minha preocupação hoje aqui era sair com um empate ou uma vitória. Em uma Libertadores, muitas vezes você joga pelo resultado, e o resultado para nós foi muito importante. O empate nos colocou próximo da classificação. Sabíamos que o adversário é complicado, joga com muita intensidade e com certeza iria buscar uma vitória. Foi um empate bom para nós e bom para eles. A Libertadores, se abrir muito, acaba saindo de campo com uma derrota", disse Luxemburgo.

O Palmeiras fez seu último jogo fora de casa nesta fase de grupos da Libertadores. O time alviverde ainda receberá o Bolívar e o Tigre no Allianz Parque.

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