Tópicos | Marco Civil da Internet

A ex-senadora Marina Silva (PSB) afirmou, em artigo divulgado nesta sexta-feira (14), que a discussão do Marco Civil na Câmara Federal atrai para o Brasil "avanços e retrocessos". Segundo ela, a matéria propõe uma "censura dupla": política e econômica, que "reduzem as possibilidades de ampliação da democracia e aprofundam a crise que balança a civilização". No texto, Marina também elogia a maneira com que o projeto foi elaborado, com a contribuição de autoridades públicas, cientistas, ONGs, internautas, ativistas da internet. 

A ex-senadora aponta ainda falhas no atual modelo de governança vigente, que vem comprometendo "o acesso e uso democrático da internet". "Todos devemos entrar no debate para evitar que o exacerbado desejo de controle suplante a democracia. Precisamos tirar nossos direitos do varejo fisiológico e inscrevê-los nos ativos futuros da boa política", crava a socialista no texto.

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Veja o artigo na íntegra:

Os modelos de governança afastados da sociedade e de suas mudanças dinâmicas levam os países aos becos sem saída das escolhas econômicas, sociais e ambientais equivocadas. A superação das crises depende cada vez mais da ampliação e aprofundamento da democracia.

Quem percebe isso acompanha com apreensão as tentativas de controlar a internet, situadas entre dois extremos: o controle estatal rígido –a censura política– e os privilégios de mercado para quem comercializa o acesso –a censura econômica. Ambos reduzem as possibilidades de ampliação da democracia e aprofundam a crise que balança a civilização.

No Brasil, o debate sobre o chamado Marco Civil da Internet tem avanços e retrocessos. O que se decide é a nossa liberdade de comunicação e direito à informação, incluindo os critérios de cobrança para acesso aos serviços –e ainda o que as empresas e governos poderão fazer com os nossos dados.

O projeto que está no Congresso Nacional reflete avanços e retrocessos. É resultado de um amplo processo colaborativo, iniciado em 2009 pelo Ministério da Justiça, em que participaram autoridades públicas, cientistas, ONGs, internautas, ativistas da internet.

A construção democrática da proposta, pouco comum em assuntos estratégicos, chamou a atenção do mundo todo. Só uma lógica da “oposição pela oposição”, que só vê defeitos em tudo o que o governo faz, pode desconhecer as evidentes qualidades do projeto.

No Parlamento, a força dos lobbies se fez sentir. Empresas querem cobrar pacotes diferenciados e separar o acesso segundo o preço, como se a internet fosse um canal de televisão pay-per-view. E o governo aproveita para inserir seu desejo de controlar a rede com a desculpa de combater a espionagem.

Agora o Marco Civil foi sequestrado pelo “blocão”, em mais um “telecatch” entre o governo e sua base parlamentar. O acesso e uso democrático da internet fica sob ameaça: depende, como vários outras questões estratégicas, de uma governabilidade torta, feita com distribuição de cargos e verbas, emendas e ministérios. Esse atraso só não é evidente na lógica da “situação pela situação”, que só vê qualidades em tudo o que o governo faz, mesmo onde os defeitos saltam à vista.

É preciso ter uma posição clara em defesa da democracia e da sociedade. Diversas organizações civis pedem que o projeto volte à pauta do Congresso. O compositor Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura, lidera uma campanha de assinaturas nesse sentido.

Todos devemos entrar no debate para evitar que o exacerbado desejo de controle suplante a democracia. Precisamos tirar nossos direitos do varejo fisiológico e inscrevê-los nos ativos futuros da boa política.

Enquanto o Planalto e os partidos aliados não se entendem, a votação do Marco Civil da Internet continua a ser adiada na Câmara. Desde outubro, a matéria tranca a pauta e não alcança um consenso entre os deputados.

Depois da derrota sofrida pelo governo nesta semana - com a criação da comissão externa que visa acompanhar as investigações de corrupção na Petrobras e a convocação de vários ministros para audiências públicas -, o Executivo sofreu mais um golpe: o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), apresentou um texto alternativo ao projeto do marco regulatório da internet.

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A emenda faz parte da estratégia do partido de derrubar a proposta do governo e alterar os pontos mais polêmicos. Um deles é a neutralidade da rede. Por esse princípio, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. 

O destaque também altera a questão da localização de data center, deixando de exigir que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil. Além disso, o texto do PMDB determina que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ficará responsável por regulamentar as exceções à neutralidade e não à Presidência da República, como diz o projeto do governo.

Dispostos a enfrentar o governo, os deputados do PMDB devem tentar aprovar a nova proposta.  “Primeiro vamos votar pela rejeição do marco civil; se não for rejeitado, vamos discutir a emenda”, explicou Cunha.

O esforço do Palácio do Planalto para manter a aliança com o PMDB e o apoio no Congresso será intensificado nesta semana. Com parlamentares descontentes com as intervenções do governo - que não aceita retirar a urgência constitucional de algumas matérias - e dispostos a derrubar o Marco Civil da Internet, os ministros José Eduardo Cardoso (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) devem passar os próximos dias em conversas com deputados para tentar garantir a votação na Câmara.

A estratégia de negociação vem sido mantida desde o início do ano legislativo, mas até agora não houve acordos suficientes para a deliberação. O impasse em torno do projeto dura meses e a matéria tranca a pauta do plenário desde 28 de outubro. Alguns partidos, inclusive da base aliada, resistem à votação. PSDB e DEM já aceitaram votar a matéria. Mas as demais legendas querem mais tempo para discutir. 

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Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e a localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

Com a formação do Centrão - bloco independente formado por cerca de 240 deputados de oito partidos -, a possibilidade de que o marco regulatório não passe na Câmara é grande. Por isso, o governo corre com as negociações. Em contrapartida, alguns partidos exigem a votação do requerimento para criação de comissão externa para acompanhar denúncias relacionadas à Petrobras, antes de votar o marco da internet. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que o requerimento será a prioridade da sessão ordinária desta terça-feira (11). Essa definição pode abrir caminho para a votação do marco civil.

Petrobras

O governo da Holanda investiga denúncias de que a empresa SBM Offshore teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O governo brasileiro demorou a se posicionar sobre o fato e gerou mal-estar no Congresso. Agora, os parlamentares querem acompanhar de perto a apuração.

Com a pauta trancada desde outubro, "bloco dos descontentes" em formação e pressão do governo, a Câmara dos Deputados terá dias decisivos na próxima semana. Dependendo do andamento dos acordos, uma nova CPI deverá ser criada e o marco civil da internet poderá, enfim, começar a ser votado.

O marco regulatório é prioridade para o Palácio do Planalto, mas muitos acordos precisam ser feitos para garantir o andamento na Casa. Um deles é com o PSDB, que exige a votação do requerimento para criação de comissão externa para acompanhar denúncias relacionadas à Petrobras. A matéria estava na pauta na semana passada, mas por falta de quórum a discussão foi adiada. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que o requerimento será priorizado e será colocado em votação na terça-feira (11).

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O caso envolve a empresa holandesa SBM Offshore. O governo da Holanda investiga denúncias de que a companhia teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O governo brasileiro demorou a se posicionar sobre o fato e gerou mal-estar no Congresso. Agora, os parlamentares querem acompanhar de perto a apuração.

Pauta

Se a chamada CPI da Petrobras for criada, abre uma possibilidade de votação do marco civil da internet. O impasse em torno do projeto dura meses. Alguns partidos, inclusive da base aliada, resistem à votação. PSDB e DEM já aceitaram votar a matéria. Mas os demais partidos querem mais tempo para discutir. 

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

Também estão pautados os projetos de lei que destina multa extra do FGTS ao programa Minha Casa, Minha Vida; que concede porte de arma para agentes penitenciários; e que cria cotas para negros em concursos públicos; entre outras matérias.

Sessão extraordinária

Na terça-feira, os deputados retornarão à votação dos destaques ao projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC).

Com a pauta da Câmara trancada desde outubro de 2013 pelo projeto do marco civil da internet, os ânimos dos deputados andam exaltados em torno do tema. Enquanto o governo quer apressar a votação, os demais partidos, especialmente o PMDB, não estão satisfeitos com o tratamento que está sendo dado à questão. O impasse pode se arrastar ainda mais e piorar o clima na Casa.

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), informou que o partido condiciona a votação do marco relatório à deliberação do requerimento para a criação ou não de comissão externa para investigar denúncias de recebimento de propina por funcionários da Petrobras. A suspeita é de que uma empresa holandesa que aluga plataformas para a petrolífera tenha dado dinheiro a alguns funcionários.

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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que o requerimento será priorizado após o Carnaval. A matéria estava na pauta da sessão da última quarta-feira (26), mas não houve quórum para a votação. O PT chegou a propor que ao invés de instalar um colegiado, fosse feito um requerimento de informações à Petrobras sobre as investigações realizadas pelo órgão. Os líderes da base aliada não aceitaram a sugestão.

Descontentes com o trancamento da pauta e as intervenções do PT e do Executivo, partidos da base e da oposição se reuniram para discutir as questões. O chamado "bloco dos descontentes" é formado por PMDB, PP, Pros, PDT, PR, PTB e PSC. O que os líderes pedem é esclarecimentos. Para eles, se não houve pagamento de propina, a estatal não deve temer as investigações. “O PMDB apoia tudo o que esteja no sentido de transparência”, disse Cunha na terça-feira. “Amigo não é só para dizer amém”, analisou o líder do Pros, deputado Givaldo Carimbão (AL).

O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) reconhece que há um mal-estar entre o governo e os demais líderes da base, mas preferiu não comentar as manifestações dos aliados. “A oposição, eu compreendo: ela busca fazer um fato político, para colocar, na opinião pública, a ideia de que a Petrobras vai mal. Não quero comentar por que alguns partidos da base apoiaram. Prefiro não fazê-lo, até porque isso eu quero fazer num outro ambiente”, disse.

Marco civil

O impasse em torno do projeto de marco regulatório da internet dura meses. A matéria é prioridade papara o Palácio do Planalto, que enviou ao Congresso os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tentar acordo com os deputados. Mas alguns partidos, inclusive da base aliada, resitem à votação.

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

PSDB e DEM já aceitaram votar a matéria. Mas os demais partidos querem mais tempo para discutir.

A pauta do plenário da Câmara continua trancada. Desde outubro do ano passado, os deputados não conseguem chegar a um consenso sobre o marco civil da internet, matéria que era prioridade para votação para o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Ele mesmo explica o porquê do impasse e da demora na votação. "O tema que é muito complexo, tem muitas posições pró e contra. E é um texto que, a meu ver, tem que ter um consenso na Casa, pela sua repercussão, pela sua importância. Enquanto não houver esse consenso, nós vamos procurar por ele".

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Sem acordo, a proposta só deve ser deliberada depois do Carnaval. Na próxima semana, os deputados deverão discutir o texto e apresentar emendas. Vários partidos acusam o relator Alessandro Molon (PT-RJ) de estar beneficiando os interesses do governo e das empresas de telecomunicações.

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

O líder do Democratas, Mendonça Filho (PE), disse que ainda há dúvidas sobre o projeto, inclusive sobre os trechos relativos à guarda de documentos e informações. "Ou o texto reflete a segurança necessária para que a gente tenha uma internet livre e pouco regulamentada, que tenha assegurada a segurança ao usuário da internet, ou a gente vai criar obstáculo para sua aprovação aqui no Congresso Nacional", frisou.

Ao deixar a reunião da base aliada, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o projeto de Marco Civil da Internet deverá ser votado apenas na semana que vem. Segundo ele, a ideia é aproveitar essa semana para negociar os acordos para a deliberação no plenário.

Ao que tudo indica, o projeto do marco regulatório será discutido e votado na terça (18) e quarta (19) da próxima semana. “Nós vamos, a partir de hoje, acompanhar as outras votações e trabalhar para ampliar a base de apoio ao marco civil da internet, incluindo-se aí a oposição", disse Chinaglia.

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Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que a matéria será colocada em votação ainda nesta terça-feira (11).

O marco regulatório tem pressa do Palácio do Planalto para aprovação. Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

Mesmo sem acordo sobre todos os artigos, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que a matéria será colocada em votação. Para ele, a Casa precisa tomar uma decisão, seja qual for, para que o projeto seja votado e a pauta do plenário seja destrancada.

“Eu vou pautar, mas eu não sei se haverá aprovação ou derrubada do projeto e reapresentação com o carimbo de urgência regimental, que não tranca a pauta. Se não houver uma maioria que consolide a aprovação, algum mecanismo tem que ser encontrado porque a pauta não pode mais continuar trancada”, frisou na manhã desta terça-feira (11). 

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O marco regulatório tem pressa do Palácio do Planalto para aprovação. Inclusive, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, participaram da reunião dos líderes da base aliada na Câmara para discutir a matéria. Apenas o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), não esteve presente devido à divergência com a Presidência da República em razão da reforma ministerial.

Os pontos mais polêmicos da proposta são a neutralidade da rede e localização de data centers no Brasil. Pelo princípio da neutralidade da rede, os provedores de conteúdo de conexão ficarão obrigados a tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo. O projeto também exige que os equipamentos utilizados para armazenamento e gerenciamento de dados de provedores de internet estrangeiros estejam localizados no Brasil.

O relator do projeto, Alessandro Molon (PT-RJ), está otimista, já o líder do PSD, deputado Moreira Mendes (RO), não acredita na votação nesta terça.

O Plenário da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira (11) sessão ordinária, que está marcada para as 14h e permanece com a pauta trancada por cinco projetos do Poder Executivo com urgência constitucional. O primeiro deles, o Marco Civil da Internet (PL 2126/11), tranca a pauta desde o fim de outubro do ano passado.

A proposta conta com o apoio do governo, mas ainda há divergência na base em relação ao texto. O PMDB não concorda com o trecho sobre a neutralidade de rede, segundo o qual os provedores de conteúdo e de conexão precisam tratar os usuários da mesma forma, sem privilegiar um determinado conteúdo ou aplicativo.

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O relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), já mudou o relatório para evitar que a neutralidade atrapalhe o modelo de negócio das empresas. O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), declarou, no entanto, ser contra a redação da neutralidade de maneira ampla, porque impediria a venda de pacotes diferenciados de acesso à internet pelas teles – só e-mail ou redes sociais, por exemplo.

Projetos com urgência

Além do marco civil da internet, trancam a pauta os projetos sobre a destinação da multa extra do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa Minha Casa, Minha Vida (PLP 328/13); o que concede porte de arma para agentes penitenciários (PL 6565/13); a criação de cotas para negros em concursos públicos (PL 6738/13); e a criação de cargos no Ministério da Cultura (PL 6655/13).

*Com informações da Agência Câmara

A votação do Marco Civil da Internet no Brasil, conjunto de leis que deverá estabelecer direitos e deveres de usuários e empresas, foi retomada nesta semana. Os deputados deverão votar nesta próxima terça (11) diversos pontos do Projeto de Lei (PL) 2.126/11. Este projeto é o primeiro de cinco que tem caráter de urgência constitucional. O Marco Civil tranca a pauta da Câmara desde outubro do ano passado, e a previsão de horário para o início de análise do primeiro item está marcado para as 16h de amanhã.  

O interesse do governo é emergencial. Já o interesse do Executivo na proposta vem com mais intensidade depois das denúncias de espionagem feita pelo governo dos Estados Unidos. O relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), alterou o texto no final depois de ouvir posições contrárias e favoráveis à proposta. Apesar de mudanças que afetaram mais a redação do que os fundamentos da proposta, Molon disse que não há mais resistência para que o projeto seja aprovado. 

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O ano legislativo ainda nem começou e a Câmara dos Deputados já têm importantes projetos aguardando aprovação. Logo no início do semestre, os deputados devem dar prioridade para as discussões sobre o Código de Mineração, o Marco Civil da Internet e a reforma política.

A expectativa é de que o projeto de lei 5807/13, que institui o novo marco regulatório do setor mineral, seja aprovado ainda nos primeiros meses. No final de 2013, o presidente da Casa, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), garantiu que a proposta será levada ao plenário já em fevereiro. O relator, Leonardo Quintão (PMDB-MG), espera concluir a votação em março.

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A matéria foi elaborada pelo Executivo e visa modernizar o código, já que a regulação atual é de 1967. A proposta chegou à Câmara em junho do ano passado e passou por várias alterações na comissão especial. Antes da deliberação, 40 audiências públicas foram realizadas para ouvir as sugestões de empresários, trabalhadores, mineradores e governantes. Como resultado está o substitutivo do relator, que ja tem mais de 130 artigos, mais que o dobro dos 59 artigos do texto original.

O Marco Civil da Internet também deverá concentrar a atenção dos deputados em fevereiro. A matéria é prioridade para o governo, especialmente depois das denúncias de espionagem internacional realizada pelos Estados Unidos. Mas a proposta não tem acordo no plenário, inclusive entre os parlamentares do PMDB, aliado do governo, e também enfrenta a oposição dos empresários, que alegam que terão prejuízos.

Entre os pontos de discórdia está a neutralidade da rede, que proíbe as empresas de venderem pacotes de internet com diferenças de conteúdo de acordo com o valor pago pelo consumidor. Outra questão é a obrigatoriedade de as empresas estrangeiras armazenarem no Brasil os dados dos usuários brasileiros.

O relator do projeto, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), têm negociado com os deputados e está otimista. "Nós acrescentamos sugestões de várias bancadas, que aperfeiçoam o projeto, não interferem negativamente em nenhum dos princípios do projeto e garantem uma ampla maioria para que ele seja votado", garantiu.

A proposta de emenda à Constituição que propõe mudanças no sistema político do país também deve render grandes discussões. A matéria está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e trata sobre várias questões, como o fim do voto obrigatório, reeleição para cargos no Executivo e financiamento das campanhas políticas.

Ainda não foi neste ano de 2013 que os deputados federais conseguiram consenso sobre os pontos do Marco Civil da Internet. Todavia, ao que tudo indica, dada a retirada da urgência constitucional da proposta, o Marco será finalmente concluído nas primeiras semanas de 2014, caso os parlamentares queiram avançar com outras propostas na Câmara.  

Segundo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o Marco Civil da Internet será o primeiro assunto do Executivo a ser discutido no Congresso em 2014. Para quem não lembra, o projeto está trancando a pauta da Câmara desde o final de outubro, impedindo a votação de outras matérias. “A pauta da Câmara ficou trancada por quatro meses, no segundo semestre, com projetos carimbados com urgência constitucional vindos do Executivo”, lembrou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), durante um balanço de final de ano. "O carimbo de urgência constitucional solicitado pelo Planalto impediu que qualquer outro projeto avançasse. Pois só poderá haver uma votação depois deste último ter sido aprovado ou votado pelo plenário”, acrescentou.

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Alguns pontos do texto do caso do Marco Civil da Internet foram alterados, segundo o relator da proposta, Alessandro Moron (PT-RJ). Segundo ele, essas alterações servirão para facilitar a aprovação. "Não afetam ou prejudicam em nada nenhum dos princípios do projeto. Ou seja, não retiram do texto os pontos mais polêmicos, como a neutralidade da rede e os princípios de privacidade", afirma.

Na contramão da expectativa de alguns parlamentares e do desejo do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse há pouco que a votação do projeto que estabelece o Marco Civil da Internet (PL 2.126/11) está longe de ser concluída e não deve ocorrer nesta terça-feira (26). O debate sobre a neutralidade da rede é o ponto de maior divergência.

“O impasse continua e não há viabilidade de votar hoje. Mas vou reunir com líderes porque esta Casa não pode ficar com a pauta trancada por esse projeto, pelo projeto do FGTS [PL 328/13, que destina multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para o Programa Minha Casa, Minha Vida], e do porte de armas [para agentes penitenciários, do PL 6.565/13]. Quero ver com líderes como desobstruir a pauta”, lamentou.

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Todos os projetos citados pelo presidente da Câmara trancam a pauta da Casa e serão assunto da reunião de líderes, marcada para o início desta tarde. Henrique Alves quer aproveitar a reunião com as lideranças partidárias para definir matérias que podem ser votadas mesmo com a pauta trancada, como o projeto do novo Código de Processo Civil (PL 8.046/10).

“A Casa sabe que tem pauta remanescente importante e não vejo sentido ficarmos com a pauta trancada nas semanas finais de trabalho legislativo. Tem uma pauta de projetos importantes que precisa ser votada antes do recesso”, argumentou.

O texto básico da proposta do novo CPC foi aprovado no início do mês, mas ainda há pontos polêmicos que precisam ser definidos. Não há consenso, por exemplo, em torno do dispositivo que determina o pagamento aos advogados públicos federais de honorários por causas ganhas para a União, como ocorre na iniciativa privada.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a base aliada vai tentar votar o CPC na sessão extraordinária prevista para a tarde de hoje. Segundo ele, as lideranças que apoiam o governo na Casa querem apresentar um requerimento para esvaziar a pauta da sessão ordinária do início da tarde, para que a votação do novo código possa ser concluída ainda hoje.

Com a pauta do plenário trancada, a Câmara dos Deputados deve concluir nesta semana a votação do marco civil da internet. Além dessa matéria, outras duas que também tramitam com urgência constitucional aguardam deliberação.

Polêmica, a proposta do marco civil da internet ainda não tem consenso entre os parlamentares. Entre os pontos em discussão está o da neutralidade da rede – regra que garante a igualdade de navegação a todos os usuários –, que para alguns deve ser ampla, mas para outros deve ser obrigatória apenas para conteúdo, não para serviços.

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A presidente Dilma Rousseff pediu urgência após às denúncias de espionagem feita pelos Estados Unidos contra empresas e autoridades brasileiras.

Outras matérias que trancam a pauta também estão previstas para votação. Entre elas, o projeto que destina multa de 10% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa ao programa Minha Casa, Minha Vida. A terceira proposta é o projeto de lei que concede porte de arma funcional aos agentes e guardas prisionais.

O plenário deve continuar, ainda, a votação do Código de Processo Civil (CPC). O texto-base já foi aprovado e os deputados analisam agora os destaques.

Apesar de muitos projetos estarem previstos para votação na Câmara dos Deputados, a proposta do marco civil da internet tem concentrado as discussões no plenário. Além de se tratar de um tema importante, a matéria tramita com urgência constitucional e está trancando a pauta, impedindo a votação de outros projetos.

Polêmica, a proposta ainda não tem consenso entre os parlamentares. Entre os pontos em discussão está o da neutralidade da rede – regra que garante a igualdade de navegação a todos os usuários –, que para alguns deve ser ampla, mas para outros deve ser obrigatória apenas para conteúdo, não para serviços.

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Outras matérias também estão previstas para votação. Entre elas, o projeto que destina multa de 10% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa ao programa Minha Casa, Minha Vida. Também tramita com urgência a matéria que visa repartir entre os governos o custo do aumento salarial dos agentes de saúde.

Na quarta-feira (20), o plenário deve retomar a votação do Código de Processo Civil (CPC). O texto-base já foi aprovado e os deputados analisam agora os destaques.

O governo quer mais tempo para fechar um acordo para a votação do projeto de lei 2126/11, que trata sobre o marco civil da internet. É o que confirmou no início da tarde desta terça-feira (12) o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

A matéria, de autoria do Executivo, tramita com urgência constitucional e está trancando a pauta das sessões ordinárias. Uma palavra final sobre a votação deve ser dada após a reunião de líderes, marcada para as 14h30 (horário de Brasília).

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“O ministro [da Justiça, José Eduardo] Cardozo e a ministra [das Relações Institucionais, Ideli] Salvatti ficaram de comparecer à reunião para ponderar que o governo precisa de mais uma semana para fechar um acordo em torno do marco civil da internet. Vamos ver se os líderes compreenderão esse tempo a mais, porque é muito desconfortável. A pauta da Câmara está trancada há semanas”, disse Alves.

O governador Eduardo Campos (PSB) criticou o adiamento da votação do Marco Civil da Internet na Câmara Federal. O projeto, que já tramita há quase quatro anos, ainda divide a opinião dos parlamentares e deve ser apreciado na próxima terça-feira (5). 

“Sou da opinião que é preciso proteger a liberdade de expressão internet, mas dando igual proteção a direitos fundamentais como a privacidade e a honra das pessoas. Precisamos buscar o equilíbrio, pois a internet se transformou num importante lugar de trocas sociais. Há vida aqui dentro. E quanto menos a gente judicializar a vida, melhor”, declarou o presidente do PSB, nas redes sociais. 

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Dentro outras propostas, o projeto do Marco Civil da Internet delibera os direitos e deveres dos provedores e dos usuários da internet, além da exigência da manutenção da qualidade dos pacotes vendidos.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o Marco Civil da Internet, que entrou em regime de urgência para votação, vai contemplar o trecho que trata da neutralidade das redes. Esse é um dos pontos que desagrada as teles no projeto. "O governo defende que a redação final do projeto contenha o princípio de neutralidade", afirmou durante participação em evento da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid).

Pelo texto inicial do projeto, o provedor de conexão, que liga o usuário à internet, fica proibido de diferenciar o conteúdo que trafega na web. Com a neutralidade das redes aprovada, se evita a criação de "pacotes" fechados de internet. "Sabemos da insatisfação das teles, que queriam vender linhas dedicadas para alguns serviços, como o de vídeos, mas o governo não concorda com isso", afirmou.

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O ministro comentou ainda sobre a portaria divulgada nesta quarta que destina mais faixas de espectro para pequenos e médios provedores de internet. Segundo ele, a intenção é acelerar a oferta de internet principalmente no interior do País. "Há localidades com muito potencial de crescimento, onde pequenas empresas, que ficam a margem do mercado, poderiam aumentar a competição", disse.

Bernardo citou como exemplo a Região Norte, que conta com poucas empresas prestando o serviço com baixa velocidade e a altos custos. Segundo a portaria publicada nesta quarta no Diário Oficial, os pequenos e médios provedores de internet fixa vão ter direito ainda este ano a faixa de frequência destinada ao 4G que não foi ocupada, por meio de leilões eletrônicos simplificados.

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu, nesta segunda-feira (16), no Palácio do Planalto, com integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil e se posicionou favoravelmente à neutralidade da rede – princípio segundo o qual todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma e com a mesma velocidade.

De acordo com o professor Sérgio Amadeu, representante do terceiro setor no CGI, foram tratadas questões relevantes na reunião, como a aprovação do Marco Civil da Internet, segurança da informação, inimputabilidade da rede e privacidade dos usuários e do governo.

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O Comitê se posicionou a favor da aprovação do Marco Civil com a neutralidade da rede, da liberdade de expressão e da privacidade. Também foi tratada da preocupação de não se permitir a remoção de conteúdo sem ordem judicial.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), criticou nesta quarta-feira, 11, a decisão da presidente Dilma Rousseff de pedir urgência constitucional para o projeto de lei que trata do Marco Civil da Internet. Para Alves, "fica complicado" aumentar o número de matérias em tramitação com potencial de trancar a pauta da Casa, como já acontece com o Código de Mineração.

"A que me preocupa mais é a do Código de Mineração que, todos sabem, esta Casa sabe, que não há a menor condição de votar essa matéria antes de outubro", comentou. Alves ressaltou que o projeto deve ser votado na Comissão Especial em 15 de outubro e que poderia colocá-la em votação no plenário já no dia 16 ou 17. "O governo poderia retirar a urgência da matéria para que esta Casa pudesse voltar a trabalhar e votar diversos projetos, que estão à espera de votação desde julho", reiterou.

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O peemedebista reconheceu que, diante das denúncias de espionagem contra o governo brasileiro, o projeto que trata do Marco Civil merece atenção. "O Marco Civil é até positivo. Podemos votar essa matéria que já está nessa Casa e vem sendo debatida há muito tempo. Está na hora de ter uma votação. Acho que até ajuda (a urgência) nesse caso para que possamos votá-la", disse.

Além do Código de Mineração, trancam a pauta da Câmara o projeto que cria Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e também a anistia financeira às Santas Casas. Segundo Alves, ambas não podem ser votadas enquanto o Código de Mineração não for apreciado em plenário.

Alves diz compreender o receio do governo de ver o Código de Mineração se "arrastando" no Parlamento, mas disse que ao estipular prazos para votação, ele dá garantias ao Executivo de que o projeto vai à votação. "Com essa segurança, eu insisto com o governo federal para retirar a urgência, para que possamos votar essas outras, a extensão rural, a das Santas Casas, e agora do Marco civil", reafirmou.

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