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As Olimpíadas de Tóquio 2021 terminam neste domingo (8). Desde o dia 23 de julho, pessoas mundo afora ficaram grudadas em frente à televisão acompanhando inúmeras competições. Aqui no Brasil não foi diferente. Anônimos e famosos usaram as redes sociais para celebrar cada participação dos atletas, assim como fez Ivete Sangalo.

Neste sábado (7), a artista não poupou elogios ao homenagear o desempenho dos atletas baianos. Ivete exaltou na internet a garra dos conterrâneos Isaquias Queiroz, Ana Marcela Cunha e Hebert Conceição. Publicando uma foto de Ana Marcela, que conquistou a medalha de ouro na maratona aquática, Veveta escreveu: "Brinque!!! Nada muito e faz a felicidade da gente. É ouro".

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Compartilhando um clique de Hebert, Ivete parabenizou a vitória do boxeador. "Eu tô sorrindo e a culpa é sua!!! Parabéns e obrigada por essa alegria! É ouro", disparou a voz do hit 'Festa'. Já na postagem do velejador Isaquias, ela declarou: "Nasceu pra ser campeão!!! Parabéns e obrigada pelo ouro!!!!".

Confira as homenagens:

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Gustavo Martins, de 14 anos, tirou os pés do Brasil pela primeira vez em dezembro - e não foi para uma viagem de fim de ano com a família. O adolescente foi para Botsuana, no sul da África, para representar o País em uma olimpíada de Ciências. "É uma experiência que não sei nem descrever. Foi tudo pago. Além disso, foi algo por mérito meu", comemora.

Além das chances no vestibular, premiações em torneios científicos abrem outras portas, como a possibilidade de financiamento dos estudos, participação em laboratórios de pesquisa e até de estudar fora. Gustavo, por exemplo, concorreu a uma bolsa no Colégio Objetivo Integrado pelo Ismart, instituto que seleciona talentos.

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"Candidatos participantes de olimpíadas de Matemática, especialmente a Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), se destacam no processo seletivo para bolsas de estudos", diz Fabiane Pinto, coordenadora de Seleção do Ismart.

Já Renan Proença, de 17 anos, não só mudou de escola como de Estado - foi do interior de São Paulo ao Ceará para estudar em um colégio particular de ponta em Fortaleza, com bolsa integral, por causa do desempenho nas competições. "Fazia mais por diversão, não conhecia as premiações."

Hoje, é um divulgador. De memes dos torneios, passou a publicar em um site editais e materiais para estudo. "Muitas escolas não conhecem as olimpíadas e, depois que conhecem, têm dificuldades de achar informações", diz ele, que sonha com uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Imersão

Já para estudantes que se destacam na Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), há a chance de passar uma semana imerso em atividades de laboratório, como sequenciamento de DNA, sob orientação de cientistas do Instituto Butantã, em São Paulo, que organiza a competição. "São práticas que nós pesquisadores usamos no nosso cotidiano. Montamos todo um cenário investigativo, tipo CSI", explica Sonia Aparecida de Andrade, coordenadora da OBB.

Os alunos, diz Sonia, colocam essa experiência no currículo e ganham clareza sobre o trabalho dos cientistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Destino de muitos medalhistas de olimpíadas científicas, universidades norte-americanas de ponta como Yale, Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) incluem em seus processos seletivos uma análise sobre toda a trajetória dos estudantes que pretendem fazer uma graduação nas instituições. A participação nessas competições não é o único critério, mas conta. "O processo lá fora é bem mais holístico", explica Juliana Kagami, da Fundação Estudar.

A organização oferece consultoria a alunos interessados em fazer cursos fora do Brasil. Os estudantes, diz Juliana, são orientados a incluir nos formulários de aplicação informações sobre as competições científicas de que participaram.

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Não quer dizer, porém, que o resultado em exames mais tradicionais, como o SAT, a versão americana do Enem, perdeu valor. "As notas contam muito ponto. Mas elas não são tão importantes, se o aluno realizou algo de extraordinário na sua vida", diz Andrea Tissenbaum, especialista em educação internacional e autora do Blog da Tissen, no site do jornal O Estado de S. Paulo.

Vinicius Armelin, de 17 anos, conta com isso para conseguir um espaço. Em julho, ele foi o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Química, disputada na Eslováquia e na República Tcheca. "Pretendo estudar fora, minha ideia é aplicar para os Estados Unidos. E, no momento, estou pensando em Stanford", diz o aluno do Colégio Etapa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As medalhas de Felipe Bagni, de 17 anos, têm um peso que, até então, nem ele media. Pela primeira vez, poderão valer uma vaga em um curso de graduação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Colega de Felipe, Gustavo Martins, de 14, também acumula prêmios. O aluno do 1.º ano do ensino médio não vai tentar vestibular agora, mas poderá ter ainda mais opções quando chegar a sua vez de se candidatar a uma universidade pública.

Seguindo o exemplo da Unicamp, a Universidade de São Paulo (USP) e a Estadual Paulista (Unesp) pretendem abrir vagas "olímpicas" - aquelas destinadas a alunos com medalhas em competições científicas como as de Matemática, Física e Química - nos próximos anos. A nova modalidade de seleção faz parte de uma tendência de diversificar formas de ingresso nas instituições paulistas.

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"Para um estudante que passou bom tempo se dedicando, é um ótimo jeito de a universidade reconhecer", diz Felipe, estudante do 3.º ano do Colégio Objetivo Integrado.

Empolgado com torneios práticos, ele tentará uma vaga em Engenharia da Computação na Unicamp com os prêmios que conquistou em competições de Robótica, Física e Informática.

"Eu me apaixonei pela Robótica. Tem o trabalho em equipe, de botar a mão na massa", diz Felipe, que teve até de aprender a ler partituras para criar um robô tecladista.

A Unicamp destinou 90 vagas (parte delas extras) em 26 cursos para ingresso exclusivo de alunos medalhistas - as inscrições começaram em novembro. Estudantes que optarem pelas vagas olímpicas na Unicamp não precisarão fazer os testes tradicionais - basta apresentar os prêmios e o histórico escolar.

Se quiserem, também podem concorrer na modalidade convencional separadamente. Neste ano, 18 olimpíadas serão consideradas nessa modalidade. Quanto mais dourada a medalha, maior a pontuação. E prêmios em torneios internacionais aumentam a chance.

Por enquanto, competições na área de Humanas, como as de História e Geografia, não estão valendo para este vestibular. Mas, segundo o professor José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comvest, que organiza o vestibular da Unicamp, poderão ser incluídas nas próximas edições.

"Os cursos de graduação têm autonomia para aderirem ou não ao sistema de vagas olímpicas, desde que cumpram alguns requisitos básicos (como caráter nacional e existência da competição há mais de 5 anos)", diz Freitas Neto. "Seria desejável que outras áreas adotassem o modelo."

Cérebros

A ideia da mudança é "atrair os melhores estudantes" para a Unicamp, diz o professor. É comum que alunos olímpicos, principalmente aqueles com premiações em torneios internacionais, deixem o País. No exterior, universidades de ponta avaliam todo o histórico dos candidatos - e o engajamento nesse tipo de atividade aumenta o crédito nas seleções.

"Se eles não têm oportunidade no próprio país, procuram onde oferece. São estudantes especiais", diz o pró-reitor de Graduação da USP, Edmund Baracat. A universidade, que ocupa o topo de rankings de desempenho no País, estuda a adoção desse novo modelo de ingresso para o próximo vestibular - com entrada em 2020. As discussões, diz, estão sendo feitas em cada uma das unidades e ainda não há definição sobre o número de vagas olímpicas.

Para Gladis Massini-Cagliari, pró-reitora de Graduação da Unesp, diversificar as formas de ingresso é um jeito de atender a dois tipos de expectativas. "As universidades públicas têm de conciliar a demanda pelo mérito, de selecionar os melhores, com a do compromisso social."

Para as vagas olímpicas, a Unesp estuda atribuir pontuação às medalhas e agregar outro critério para desempate - a nota no Enem pode ser um deles.

Um dos cuidados necessários, diz Gladis, é garantir que a proporção geral de ingressantes de escolas públicas seja mantida. Há ainda o desafio de garantir a segurança das competições.

"A olimpíada é muito barata, custa R$ 2 por aluno, e não tem mecanismos bem desenvolvidos para evitar vazamentos", diz Claudio Landim, coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Especialista em ensino superior, Elizabeth Balbachevsky aprova as mudanças. "O ensino secundário é montado dentro da estratégia de preparar para responder a um teste, como se isso desenvolvesse qualidades e competências para os jovens enfrentarem o mercado de trabalho", critica. Ela vê necessidade de que avaliações considerem todo o percurso escolar. "Nem sempre o aluno muito bem treinado para a maratona do Enem é o que se sai melhor na graduação."

Engenheiro químico formado na Espanha, William Teixeira, de 24 anos, não teve a chance de usar suas medalhas de Matemática, Química e Astronomia para entrar na faculdade. Ele prestou o Enem, passou em uma federal brasileira, mas acabou indo para a Europa. "As olimpíadas avaliam outras áreas que o vestibular não consegue. As fórmulas que eu tinha de saber eram mínimas, exigia mais capacidade de pensar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Nathielly Castro, 14 anos, e José Baeta ganharam medalha de ouro na Copa Brasil Nordeste de Judô, realizada no dia 18 de agosto, na cidade de Moreno, em Pernambuco. Aluna e professor, os dois subiram no pódio em suas respectivas categorias. Ela na categoria SUB 15, até 60 kg, e ele, no Master até 90 kg. Essa vitória garantiu ao Pará o 5º lugar geral na competição.

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Nathielly faz parte do Programa SESI Atleta do Futuro desde os 11 anos de idade e atualmente é atleta da Liga Confederada Paraense de Judô. Segundo o treinador, esse é apenas o começo de uma carreira de sucesso. “Ela é uma menina disciplinada, dedicada, é tranquila, motivada a aprender judô, não falta aos treinos. E para nossa felicidade, ela conquistou essa medalha de ouro, um resultado muito bom para nós, para o Estado do Pará, para a Liga Paraense de Judô, e esse, com certeza, é o primeiro passo para grandes vitórias que virão adiante", afirmou José Baeta, treinador de judô do SESI.

Ganhar a medalha de ouro não é fácil, mas todo o esforço foi recompensado. “O meu treinamento acontece há algum tempo, para poder participar dos eventos na categoria master, que é o pessoal acima de 30 anos. Nessa categoria o calendário é muito tenso, a gente só diminui o ritmo e se mantem em atividade”, explicou o atleta José Baeta.

Para o treinador, a competição foi muito importante, porque, apesar de ter conquistado outras medalhas, uma de ouro é sempre bem-vinda. “A emoção de estar contribuindo nesse momento com a Liga Paraense de Judô é muito grande. Ganhar uma medalha, mostrar o trabalho que estamos realizando, e conquistar um lugarzinho no pódio nacional é muito emocionante. Esse título na Copa Brasil Nordeste foi importante para o nosso Estado e para a minha carreira”, disse o atleta.

A campeã não escondeu a felicidade em ganhar a competição. “Eu estou muito feliz, muito grata por todo mundo que me ajudou e me apoiou, a minha mãe, o sensei, o pessoal aqui do judô e a minha família. Eu venho para treinar e também me divertir”, declarou Nathielly.

A mãe de Nathielly é só orgulho. “Eu me senti muito lisonjeada, por ela ganhar logo na primeira competição que ela foi fora do Estado. Eu chorei bastante também, não imaginava que ela iria ganhar logo uma medalha de ouro”, contou Maria Antônia Neves de Castro.

Por Fernanda Cavalcante.

Entre os dias 21 e 23 de abril ocorrerá, em São Paulo, o Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo e Natação, evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que acontece no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.

A disputa contará com atletas nacionais e internacionais e faz parte do Calendário da CPB. O Open Internacional também conta pontos para os atletas para a formação do ranking mundial de atletismo e natação. Nesta edição, confrontam-se 316 atletas (181 do atletismo e 135 da natação) representantes de oito países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Peru, México e Gana.

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O Brasil marca presença nas competições aquáticas com 12 medalhistas olímpicos, entre eles Daniel Dias, dono de nove medalhas, Joana Neves, dona de três medalhas, André Brasil, dono de quatro medalhas, e Talisson Glock, dono de duas medalhas, que também foram ao pódio no Rio e estarão na piscina do CT Paralímpico.

Das pistas e do campo vêm 22 medalhistas do Brasil nos jogos, como Petrúcio Ferreira, recordista mundial dos 100m e 200m T47 (amputados de braço), Felipe Gomes, responsável por um ouro e três pratas nas provas rápidas da classe T11 (para cegos totais). Terezinha Guilhermina e Lorena Spoladore, ambas medalhistas de prata e bronze no Rio, vão também em busca dos índices para as principais disputas do ano.

O Open representa a principal oportunidade para os atletas obterem índices para os campeonatos mundiais de atletismo, que este ano será em Londres no mês de julho, e de natação, na Cidade do México, em setembro. 

Seis meses após os Jogos Olímpicos, os medalhistas sofrem com queda nos investimentos federais, dificuldades para atrair novos patrocinadores e até demissão pura e simples, como o técnico da seleção de futebol, Rogério Micale, que perdeu o emprego apesar do ouro inédito. A lista engloba várias modalidades.

Até Arthur Zanetti, estrela da ginástica artística, está em baixa. Suas dez fontes de renda até a Olimpíada foram reduzidas para apenas três: Bolsa Pódio, Força Aérea Brasileira e Adidas. Preocupado com a brusca redução no orçamento, o medalhista olímpico nas argolas (prata no Rio-2016 e ouro em Londres-2012) trabalha em um cenário de incertezas no ano da disputa do Campeonato Mundial, em outubro, em Montreal (Canadá).

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O temor também atinge Poliana Okimoto - a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica nos esportes aquáticos com o bronze na maratona aquática. No ano passado, tinha sua equipe multidisciplinar, financiada pela verba do Plano Brasil Medalhas - programa do governo federal - à disposição. Atualmente, conta apenas com o auxílio do preparador físico e do fisioterapeuta, ambos pagos do próprio bolso.

Sem perder o bom humor, a atleta tem tentado dar um jeito de contornar a crise depois da perda do maior investidor, os Correios. "Ainda bem que meu marido (Ricardo Cintra) é meu técnico. Assim, ele trabalha de graça", brinca. Poliana poderia desfrutar da estrutura oferecida pela Universidade Santa Cecília (Unisanta) para sua equipe olímpica, mas seria preciso se deslocar até Santos diariamente. Hoje, mantém a rotina de treinos no Clube Esperia, em São Paulo. "Uma medalha é feita de detalhes. Minha vida estava perfeita", afirma. Só lhe resta agora torcer para que a dificuldade seja passageira.

A vida de Micale também parecia perfeita. Tanto que, após acertar com a CBF que seu trabalho iria até 2020, mudou-se de Belo Horizonte para o Rio. Mas aí veio o fracasso no Sul-Americano Sub-20 e o desemprego.

FALTA DE VERBA ESMAGA NANICAS - Se os atletas de renome estão sofrendo com a crise econômica e a fuga de patrocinadores após os Jogos do Rio, a situação é dramática para as modalidades menores, aquelas que convivem com a falta de visibilidade e popularidade no País.

O badminton planeja acabar com a seleção brasileira permanente depois que perdeu 30% dos recursos da Lei Agnelo/Piva, cerca de R$ 500 mil. As alternativas são reduzir pela metade a participação em torneios internacionais ou diminuir o número de atletas. A modalidade não possui outras fontes de patrocínios públicos ou privados, pois não fazia parte do Plano Brasil Medalhas, programa do governo. "A situação piorou muito após os Jogos", diz José Roberto Santini, superintendente de Gestão Esportiva da Confederação Brasileira de Badminton.

Torneios como o Campeonato Brasileiro, que está sendo disputado no Esporte Clube Pinheiros, ainda não foram afetados por causa do apoio dos próprios clubes. A confederação estuda pedir um apoio emergencial para o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

No tae kwon do, o medalhista de bronze Maicon Andrade demorou mais de dois meses para receber o prêmio de R$ 12,5 mil pela conquista. De acordo com um de seus técnicos, Reginaldo dos Santos, o próximo ciclo olímpico já está comprometido. "Ele perdeu cinco torneios importantes e não temos planos para o segundo semestre deste ano", reclama.

A demora foi causada por um escândalo. A confederação está paralisada após o afastamento do presidente Carlos Fernandes no mês de agosto. Ele deixou o cargo após uma ação da Polícia Federal para desarticular uma quadrilha responsável por fraudes em licitações e desvios de recursos públicos do Ministério do Esporte a diversas confederações esportivas. O interventor Carlos Carvalho iniciou as suas atividades em fevereiro para regularizar a administração em 90 dias. Cálculos iniciais apontam fraudes de R$ 8 milhões.

No levantamento de peso, Fernando Reis afirma que a situação virou um "salve-se quem puder". A modalidade tinha, entre seus maiores apoiadores, a Petrobrás, que reduziu drasticamente os patrocínios esportivos. "Caiu tudo, o apoio do Ministério do Esporte e da Petrobrás. Perdemos até o plano de saúde dos atletas", explica o quinto colocado na Olimpíada do Rio.

Na mesma situação, Ane Marcelle, que alcançou o melhor resultado do Brasil na história do tiro com arco ao chegar às oitavas, dá aulas da modalidade para complementar o orçamento, cortado pela metade. "Nós estamos acostumados com a falta de recursos, mas todo mundo esperava que uma Olimpíada no Brasil poderia mudar a situação", lamenta a arqueira.

Francisco Arado, técnico da mesa-tenista Bruna Takahashi, identifica uma debandada de atletas para a Europa para diminuir os gastos. Para um atleta, uma diária com transporte, alimentação e inscrição nos torneios gira em torno de 150 euros (R$ 496). Hugo Calderano, que chegou às oitavas de final, igualando feito de Hugo Hoyama, iniciou o movimento de partida anos atrás e vem sendo seguido por vários jovens. "É mais barato ficar três meses na Alemanha do que ir e voltar a cada torneio", explica o treinador.

Na esfera do apoio privado, Felipe Wu acredita que o problema maior é a crise econômica do País. O medalhista de prata no tiro esportivo tinha em 2016 as rendas do Bolsa Pódio e Forças Armadas, além do patrocínio de um fabricante de chumbinhos. Neste ano, não conseguiu atrair novos apoiadores. Para piorar, ficou sem psicólogo e fisioterapeuta por corte de verbas da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). "Até parece que estamos sendo punidos pelo bom resultado."

Mas a maior perda de Wu foi a saída do técnico colombiano Bernardo Tobar após um ano de trabalho e de bons resultados. Dessa forma, voltou a treinar sozinho no Hebraica, em São Paulo. De olho no futuro, o medalhista olímpico retomou para a faculdade de Engenharia Aeroespacial. "Infelizmente, não estou me dedicando exclusivamente ao esporte, como em 2016, mas tenho treinado, mesmo com a rotina puxada da faculdade", diz.

REPASSE DAS LOTÉRICAS CAI R$ 13 MILHÕES - Uma das razões da pindaíba do esporte brasileiro em 2017 foi a redução da arrecadação. A Lei Agnelo/Piva destina 1,7% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do País ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). A arrecadação do ano passado foi 14% menor em relação a 2015. Com isso, a entidade vai repassar R$ 85 milhões diretamente para as confederações, R$ 13 milhões a menos que os R$ 98 milhões do ano olímpico. Todas as confederações foram obrigadas a se adaptar à nova realidade.

Em seu primeiro mês como ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB) cancelou um edital de R$ 150 milhões que garantiria projetos para apoio a atletas após os Jogos. O órgão afirma que os critérios eram desconhecidos. "Não houve redução de investimento e sim o cancelamento de um edital, cujos critérios eram desconhecidos pela nova gestão que acabara de entrar. O apoio não vai cessar, porém será embasado em critérios melhor estruturados", diz nota do órgão à reportagem do Estado.

Por outro lado, o Ministério do Esporte garante que não mudará as regras do Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual do País. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros nos Jogos do Rio, apenas o ouro do futebol masculino não contou com atletas bolsistas.

O quinteto russo conquistou neste domingo o ouro na ginástica rítmica, na modalidade conjunto, nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, somando assim seu quinto título consecutivo.

A equipe espanhola ficou com a prata, voltando a um pódio olímpico 20 anos depois de seu triunfo histórico.

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O bronze ficou com a Bulgária, após uma disputa dramática em que as italianas perderam o terceiro lugar no último momento.

Apesar das espanholas terem terminado o primeiro exercício, de fitas, à frente da Rússia, a grande potência da ginástica rítmica realizou uma segunda rotação impecável, com a melhor nota da final.

Realizada no Clube do Nobre, no município de Paulista, no último final de semana, a Copa das Federações de Taekwondo teve um resultado positivo para os atletas pernambucanos. Ao todo, o Estado garantiu cinco medalhas na competição, sendo quatro de ouro e uma de prata. Oriundos da mesma cidade onde estava sendo realizado o torneio, os jovens David Barbosa (categoria juvenil até 80kg), Sandro José (juvenil até 73kg), Thalyta Karine (categoria adulto até 65kg) e João Felipe Santiago (categoria sub-21) conquistaram o primeiro lugar no pódio. Já a atleta Michele Batista, garantiu o segundo lugar na categoria sub-21 até 46kg.

As medalhas conquistadas renderam para Pernambuco o primeiro lugar na disputa por equipes, seguido por Rio Grande do Norte, em segundo, e Distrito Federal, em terceiro. Ao todo a Copa das Federações reuniu 421 atletas de 23 estados do país divididos em três categorias: Kadet, juvenil, sub-21 e adulto, ambos nas disputas masculinas e femininas.

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Como a competição faz parte do calendário oficial da modalidade, os vencedores ganharão um auxílio do governo federal para seguirem praticando o esporte. Eles irão receber o benefício do Bolsa Atleta, que garante uma remuneração mensal. Além disso, os medalhistas de ouro terão dez pontos no ranking nacional da modalidade.

Uma colisão entre dois helicópteros deixou 10 pessoas mortas na Argentina, entre elas oito franceses e dois argentinos. O acidente ocorreu na segunda-feira, em uma área remota da província de La Rioja, a um pouco mais de um quilômetro de Buenos Aires, durante as gravações do reality show europeu "Dropped".

Entre os franceses estavam dois medalhistas olímpicos, a nadadora Camille Muffat, de 25 anos, ouro nas Olimpíadas de Londres, em 2012, na categoria 400 metros livre, e o boxeador Alexis Vastine, de 28 anos, bronze na edição de 2008, em Pequim. Também morreu a velejadora Florence Arthaud, de 57 anos, considerada uma das melhores do mundo.

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Os demais franceses foram identificados pelo governo de La Rioja como Laurent Sbasnik, Lucie Mei-Dalby, Volodia Guinard, Brice Guilbert e Edouard Gilles. Os argentinos, que eram os pilotos dos helicópteros, chamavam-se Juan Carlos Castillos e Roberto Abate.

Em nota, o presidente da França, François Hollande, disse que "a morte brutal dos nossos compatriotas é uma imensa tristeza". As autoridades argentinas ainda desconhecem as causas do acidente e estão no local para realizar as investigações. Fonte: Associated Press.

A Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) convocou nove atletas para o Campeonato Sul-Americano Sênior de Luta Olímpica, nesta segunda-feira (8). O campeonato será realizado em Lima, no Peru, entre os dias 30 de outubro e 4 de novembro.A competição vai definir os lutadores que serão contemplados com o programa Bolsa Atleta, na categoria “atleta internacional”.

Os convocados foram os atletas que venceram o campeonato brasileiro e os vices com perspectiva de evolução para participarem dos Jogos do Rio, em 2016. 

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Medalhistas de competições nacionais que não estão na lista, mas que queiram participar do Sul-Americano poderão solicitar uma vaga, desde que arquem com os custos de viagem e inscrição. A relação final será confirmada no dia 15 de outubro.

Estilo Livre feminino:

Susana Almeida (RJ) – 48kg

Talita Giongo (SC) – 51kg

Gilga Oliveira (SP) – 67kg

Aline Ferreira (SP) – 72kg

Estilo Greco romano:

Diego Romanelli (MG) – 60kg

Ângelo Moreira (MG) – 66kg

Davi Albino (SP) – 96kg

Estilo Livre masculino:

Rafael de Jesus (SP) – 66kg

Adrian Jaoude (RJ) – 84kg

 

A Maratona de Nova York vai contar com a presença de atletas que participaram das Olimpíadas de Londres. Três medalhistas dos jogos já confirmaram presença na competição, que está agendada para o dia 4 de novembro. A etíope Tiki Gelana, a russa Tatyana Arkhipova, medalhista de bronze, e o queniano Wilson Kipsang, que também foi bronze, já estão garantidos na disputa.

Kipsang tem o tempo de 2h03min42s, apenas quatro segundos mais lento que o recorde mundial, alcançado em Frankfurt 2011. Moses Mosop, também do Quênia, e Gebre Gebremariam, da Etiópia, são os principais candidatos ao título da prova, que poderá ter o brasileiro Solonei Rocha da Silva, campeão da maratona dos Jogos Pan-Americanos de 2011.

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O etíope Firehiwot Dado, atual campeão da prova, e as quenianas Sharon Cherop, vencedora da Maratona de Boston, e Edna Kiplagat, campeã mundial, são os principais nomes da competição entre as mulheres.

Medalhistas de ouro dos jogos Paralímpicos foram recebidos com festa hoje (11) no Aeroporto de Salvador. Após conquistar as medalhas no Futebol de 5 os baianos Cássio, Gledson e Jefinho comemoraram no Aeroporto Internacional de Salvador com familiares, amigos e na presença de curiosos.

O time do qual os baianos fazem parte foi composto por Fábio, Marquinhos, Ricardinho, Nonato, Emerson, Bill e Daniel e venceram a final contra a França por 2x0. Na recepção dos craques Jefinho afirmou da qualiade da equipe para a conquista da medala. "Esse título foi resultado do planejamento, de muito treinamento. Não é à toa que a nossa Seleção conquistou os últimos três títulos”. Para Agripina Conceição, mãe de Jefinho, o filho é motivo de orgulho. “Desde as últimas Paralimpíadas que o Jefinho é considerado o melhor. Mas ele permanece humilde. Isso não mudou nada nele. Estamos muito felizes".

Após a recepção, o trio seguiu para o Instituto dos Cegos da Bahia onde festejaram com amigos. Na próxima sexta (14) eles terão um encontro com o governador Jacques Wagner. 

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As medalhistas olímpicas Juliana e Larissa voltaram para o Brasil na última quinta-feira, mas nesta sexta (10) chegaram a Fortaleza com a sensação de dever cumprido. A dupla foi recebida com festa pelos torcedores, amigos e familiares no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Mas o tempo de descanso será pequeno, já que na próxima quarta (15) voltam a jogar pelo Circuito Mundial.

A brasileira Juliana, que estreou nos Jogos Olímpicos agradeceu o carinho dos torcedores. “Jogar uma Olimpíada é realmente diferente e ganhar uma medalha representa muito para nós. Eu sou de Santos e a Larissa é do Espírito Santo, mas nos consideramos cearenses. Fortaleza representa uma grande virada na nossa vida e é uma satisfação enorme levar o nome do Ceará pelo mundo afora”, afirmou.

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Já Larissa, que foi quinto lugar em Pequim 2008, quando fazia dupla com Ana Paula, também comemorou a conquista na Inglaterra. “São oito anos juntas, várias competições, e só agora conseguimos jogar uma Olimpíada. O sentimento em 2008 não foi o mesmo porque não tinha a Juliana ao meu lado. No fim do último jogo, nos abraçamos, olhamos uma para outra e não precisamos dizer nada. Já tínhamos ganhado tanta coisa, mas realmente a Olimpíada tem um gostinho especial. Merecíamos fechar o ciclo olímpico com esta medalha, que, para nós, tem gosto de ouro”, disse.

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